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Apostila Busca Terrestre (menos lição 7)

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Prévia do material em texto

ESTADO DE SANTA CATARINA
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
 
MANUAL DO PARTICIPANTE
Versão 2016-1
CURSO DE DE BUSCA E RESGATE 
TERRESTRE
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
Apresentação do Curso
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
Ao final desta lição, os participantes serão capazes de:
1. Identificar os participantes, os instrutores e o pessoal de apoio do curso;
2. Identificar as expectativas do grupo em relação ao curso;
3. Descrever a finalidade, o método de ensino e a forma de avaliação do curso;
4. Descrever os aspectos de agenda e logística do curso.
CBRT- 2016-1 MP - Introdução 1
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
DINÂMICA PARA A IDENTIFICAÇÃO DOS PARTICIPANTES, INSTRUTORES E
PESSOAL DE APOIO
IDENTIFICAÇÃO DAS EXPECTATIVAS DO GRUPO
FINALIDADE DO CURSO
Proporcionar aos participantes do Curso de Busca e Resgate Terrestre, os
conhecimentos necessários para desencadear uma Operação de Busca e Resgate
Terrestre (OBRT) e assim localizar, acessar, estabilizar e transportar vítima perdida
e/ou lesionada em ambiente terrestre rural. 
OBJETIVO DE DESEMPENHO DO CURSO 
Ao final do curso, os participantes distribuídos em equipes,
e aplicando os conhecimentos padronizados apreendidos
durante a capacitação, serão capazes de:
Desempenhar corretamente todas as fases de uma ocorrência de busca e
resgate terrestre, com base nas informações repassadas durante o acionamento
da equipe, progredindo em terreno rural utilizando carta topográfica, bússola e
GPS e/ou outras tecnologias, objetivando localizar, acessar, resgatar e
transportar uma ou mais pessoas que se encontrarão perdidas e/ou lesionadas,
em local de difícil acesso. 
MÉTODO DE ENSINO DO CURSO
Conforme técnicas de Ensino vigentes na Corporação, será utilizado o método de
ensino interativo valorizando a participação, a troca de experiências e o alcance de
objetivos preestabelecidos.
CBRT- 2016-1 MP - Introdução 2
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
PÚBLICO ALVO
Bombeiros Militares. 
AVALIAÇÃO DOS PARTICIPANTES
A avaliação dos participantes será realizada através de: 
1) Avaliação de desempenho escrita (objetiva de múltipla questão) realizada ao término
das lições teóricas 1 a 3, no tempo máximo de 60 min, compondo a média final dos
participantes; 
2) Avaliações de desempenho, práticas, de caráter eliminatório (apto ou inapto), após o
término das lições 4, 5 e 6;
3) Avaliação final correspondendo aos objetivos de desempenho deste curso, também
compondo a média final dos participantes. 
Observações:
Em caso de reprovação do participante (inapto nas lições 4, e/ou 5,
e/ou 6), será possibilitado a repetição, em uma única oportunidade, da
prova em que foi reprovado. Caso seja aprovado não terá no decorrer
do curso nova oportunidade de repetir prova nas avaliações
eliminatórias. 
A execução da prova de recuperação será efetivada logo após a
conclusão da avaliação de todos os participantes. 
A constatação de tentativa ou da efetiva utilização de meios ilícitos
nas avaliações, acarretará no desligamento do curso, bem como, na
adoção das medidas disciplinares. 
CONDIÇÕES PARA APROVAÇÃO E CERTIFICAÇÃO
Será aprovado o aluno que for considerado apto nas avaliações eliminatórias e que
obtenha média mínima 7 nas avaliações de desempenho. 
Ao participante que obter média mínima 8, a certificação o habilitará a utilizar o brevê de
formação no curso e a compor equipes de busca e resgate terrestre. 
CBRT- 2016-1 MP - Introdução 3
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
FREQUENCIA E PONTUALIDADE
É obrigatória a presença e a pontualidade em todas as lições do curso.
Espera-se responsabilidade e respeito mútuo de todos os participantes. 
AVALIAÇÃO DO CURSO PELOS PARTICIPANTES
Haverá duas modalidades de avaliações do curso que deverão ser preenchidas pelos
participantes. Uma deverá ser preenchida ao final de cada lição e a outra será realizada
conjuntamente no final do curso. Esclareça qualquer dúvida de preenchimento com o
coordenador ou com quaisquer dos instrutores do curso.
É muito importante para o melhoramento futuro do curso que você responda as
avaliações de forma criteriosa e atenta!
AVALIAÇÃO DO DIA
Ao final de cada jornada diária, os participantes participarão de uma dinâmica onde
apontarão os aspectos positivos e por melhorar observados durante o dia.
ASPECTOS DE ORDEM PRÁTICA
É proibido fumar tanto no ambiente de sala de aula quanto nos ambientes
externos quando do desenvolvimento das aulas. Somente poderá ser
permitido fumar nos horários de intervalos e em locais abertos e
amplamente ventilados. 
Durante as aulas é proibido o uso de telefones celulares e similares, exceto
se autorizado pela equipe de instrução.
 
PREGO
Servirá para anotar perguntas conflitivas ou dúvidas levantadas pelos participantes, as
quais deverão ser esclarecidas tão logo seja possível. 
CBRT- 2016-1 MP - Introdução 4
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
AGENDA DO CURSO
CURSO DE BUSCA E RESGATE TERRESTRE
3ºBBM
04/07/2016 A 15/07/2016
Segunda-feira (04/07/2016) 
07h45min - Abertura do curso
08h00min - Introdução e apresentação do curso 
10h00min - Pausa
10h20min - Lição 1 – Conceito e eventos que provocam OBRT; comportamento do
perdido
12h20min - Pausa para almoço
14h00min - Lição 1 – Conceito e eventos que provocam OBRT; comportamento do
perdido 
16h00min - Pausa
16h20min - Lição 2 – Fundamentos da Equipe de Busca e Resgate Terrestre 
18h20min - Avaliação do dia
Terça-feira (05/07/2016)
08h00min - Lição 2 – Fundamentos da Equipe de Busca e Resgate Terrestre 
10h00min - Pausa
10h20min - Lição 3 – Recursos materiais 
12h20min - Pausa para almoço
14h00min - Lição 3 – Recursos materiais 
16h00min - Pausa
16h20min - Lição 4 – Noções de cartografia e sistema de coordenadas 
18h20min - Avaliação do dia
Quarta-feira (06/07/2016) 
08h00min - Lição 4 – Noções de cartografia e sistema de coordenadas 
10h00min - Pausa 
10h20min - Lição 4 – Noções de cartografia e sistema de coordenadas 
12h20min - Pausa para almoço
14h00min - Avaliação de desempenho (lições 1 a 3)
15h00min - Lição 5 – Bússola, orientação e navegação 
16h00min - Pausa
16h20min - Lição 5 – Bússola, orientação e navegação
18h20min - Avaliação do dia
CBRT- 2016-1 MP - Introdução 5
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
Quinta-feira (07/07/2016) 
08h00min - Avaliação eliminatória nº 1 (coordenadas UTM em carta topográfica)
09h00min - Lição 5 – Bússola, orientação e navegação 
10h00min - Pausa 
10h20min - Lição 5 – Bússola, orientação e navegação 
12h20min - Pausa para almoço
14h00min - Lição 5 – Bússola, orientação e navegação 
16h00min - Pausa 
16h20min - Lição 6 – Sistema de posicionamento global 
18h20min - Avaliação do dia 
Sexta-feira (08/07/2016) 
07h00min - Lição 6 – Sistema de posicionamento global 
09h00min - Pausa 
09h20min - Lição 6 – Sistema de posicionamento global 
11h20min - Avaliação eliminatória nº 2 (navegação com bússola) 
12h20min - Pausa para almoço
14h00min - Avaliação eliminatória nº 3 (navegação com GPS) 
15h00min - Lição 7 – Novas tecnologias para localização e busca 
16h00min - Lição 7 – Pausa
16h20min - Lição 7 – Novas tecnologias para localização e busca 
18h20min - Avaliação do dia
Segunda-feira (11/07/2016) 
08h00min - Lição 7 – Novas tecnologias para localização e busca 
10h00min - Pausa
10h20min - Lição 7 – Novas tecnologias para localização e busca 
12h20min - Pausa para almoço
14h00min - Lição 8 – Fases e etapas de uma OBRT 
16h00min - Pausa
16h20min - Lição 8 – Fases e etapas de uma OBRT 
18h20min - Avaliação do dia
Terça-feira (12/07/2016) 
08h00min - Lição 9 – Noções da utilização de aeronaves 
10h00min - Pausa 
10h20min - Lição 9 – Noções da utilização de aeronaves 
12h20min - Pausa paraalmoço
14h00min - Lição 10 - OBRT com a utilização de cães 
16h00min - Pausa
16h20min - Lição 10 - OBRT com a utilização de cães 
18h20min - Pausa para jantar
CBRT- 2016-1 MP - Introdução 6
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
Quarta-feira (13/07/2016) 
08h00min - Exercícios de navegação
12h00min - Intervalo
14h00min – reinício dos exercícios de navegação 
18h00min - Encerramento exercícios de navegação 
18h00min - Avaliação do dia
Quinta-feira (14/07/2016) 
07h00min - Exercícios práticos - busca primária (início)
12h00min - Exercícios práticos - busca primária (término) 
12h00min - Pausa para almoço
14h00min - Exercícios práticos - busca avançada (início) 
24h00min - Exercícios práticos - busca avançada (término)
24h00min - Avaliação do dia
Sexta-feira (15/07/2016) 
07h00min - Avaliação final – busca avançada (início) 
16h00min - Avaliação final - busca avançada (término). 
16h00min - Avaliação do curso 
18h00min - Encerramento do curso
CBRT- 2016-1 MP - Introdução 7
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
AVALIAÇÃO DO CURSO PELOS PARTICIPANTES
Local: _________________________________ Data: _____________________
Curso de Busca e Resgate Terrestre
Utilizando o formulário abaixo, preencha os espaços com sua impressão sobre o curso
realizado. Inicialmente preencha os aspectos relativos ao conteúdo da lição e, em
seguida, avalie o instrutor da matéria. Utilize valores desde 10 (excelente) a 1 (péssimo).
LIÇÕES
Nota
BREVE COMENTÁRIOConteúdo Instrutor
Introdução e apresentação do curso
Conceito, eventos que provocam uma OBRT e
comportamento do perdido
Fundamentos da equipe de busca e resgate terrestre
Recursos Materiais
Noções de cartografia e sistema de coordenadas
Bússola, orientação e navegação. Controle de
distâncias
Sistema de posicionamento global (GPS)
Novas tecnologias para localização e busca
Fases e etapas de uma ocorrência de busca e resgate
terrestre
Noções da utilização de aeronaves em busca
Operações busca e resgate terrestre com a utilização
de cães 
Exercícios de navegação
Exercícios práticos finais
Avaliação final
CBRT- 2016-1 MP - Introdução 8
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
Na sua opinião, qual o melhor momento do curso?
Na sua opinião, qual aspecto do curso deveria ser alterado?
Avaliação do curso como um todo
Agora pedimos que você avalie o curso como um todo. 
Utilize novamente a mesma escala de valores. 
ASSUNTO NOTA BREVE COMENTÁRIO
1. Qualidade das instalações
2. Meios auxiliares e equipamentos
3. Instrutores como equipe
4. Alcance dos objetivos do curso
Utilize o espaço a seguir para sugestões e comentários adicionais sobre os pontos
fortes e os pontos fracos do curso (utilize o verso se o espaço for insuficiente):
CBRT- 2016-1 MP - Introdução 9
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR 
Lista de checagem – Avaliação de busca avançada
Equipe: Hora saída: Hora chegada: Sim = 10 pontos; Parcial = 5; Não = 0. 
ITEM SIM PARCIAL (1) NÃO OBSERVAÇÃO PONTOS
1 – Realizaram o complemento da coleta de informações?
2 – Determinaram corretamente a área de busca?
3 – Delimitaram corretamente os setores da área de busca?
4 – Avaliaram a necessidade de acionamento de recursos adicionais?
5 – Definiram o tipo de busca a ser realizada?
6 – Registraram corretamente em carta topográfica as coordenadas recebidas?
7 – Realizaram a checagem dos materiais a serem utilizados na busca?
8 – Utilizaram durante a busca os EPIs?
9 – Mantiveram dentro do setor estabelecido para a busca?
10 – Utilizaram a bússola adequadamente?
11 – Utilizaram o GPS adequadamente?
12 – Utilizaram corretamente a comunicação-rádio?
13 – Verbalizaram e sonorizaram adequadamente durante a busca?
14 – A equipe não se dispersou durante as buscas, se mantendo sempre no campo 
de visão um do outro?
15 – Demonstraram atenção durante a busca (observação/coleta de indícios 
verdadeiros ou descartáveis, observação de todo o ambiente em seu campo de 
visão (laterais, frente, ré, acima, abaixo)? 
16 – Registraram as distâncias percorridas?
(1) 02 ou mais observações de parcialidade equivalerão a “Não”; SOMA PONTOS
Componentes da equipe: NOTA
Avaliador: 
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
LIÇÃO 1
CONCEITO DE OCORRÊNCIA/OPERAÇÃO DE BUSCA E RESGATE TERRESTRE
EVENTOS QUE PROVOCAM UMA OBRT
COMPORTAMENTO DO PERDIDO
OBJETIVOS
Ao final desta lição, os participantes serão capazes de:
1. Conceituar Operação de Busca e Resgate Terrestre;
2. Identificar os principais eventos/situações que provocam o estabelecimento de uma
operação de busca e resgate terrestre;
3. Identificar os comportamentos mais comuns das pessoas perdidas.
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 1 1
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
1) CONCEITO DE OPERAÇÃO/OCORRÊNCIA DE BUSCA E RESGATE TERRESTRE 
(OBRT)
Operações/ocorrências de busca e resgate terrestre são os procedimentos
adotados por equipe especializada, com o objetivo de localizar, acessar, estabilizar e
transportar pessoa perdida ou desaparecida em ambiente terrestre com características
rurais, ou ainda pessoa que em ambiente rural e embora saiba onde se encontra não
tenha condições sair de tal local por seus próprios meios.
2) DESENCADEAMENTO DE UMA OCORRÊNCIA DE BUSCA E RESGATE
TERRESTRE
Uma ocorrência de busca e resgate terrestre será desencadeada quando:
a) se definir que há de fato pessoa(s) perdida(s) num ambiente rural
(desorientação);
b) existir informações mínimas de probabilidade de que haja pessoa(s) perdida(s)
num ambiente rural (desorientação);
c) se definir que há de fato pessoa(s) impossibilitada(s) de sair de um ambiente
rural por seus próprios meios, embora saiba(m) onde se encontram (não há
desorientação);
d) existir informações mínimas de probabilidade de que pessoa(s)
desaparecida(s) possam encontrar-se num ambiente rural.
Assim, é necessário definir pessoa perdida e pessoa desaparecida.
PESSOA PERDIDA:
Uma pessoa é considerada perdida a partir do momento em que, por descuido,
desconhecimento ou um acidente diverso, perde a noção de localização, não sendo
capaz de sozinha realizar as manobras que possibilitem seu retorno ao local de origem.
Portanto, no caso de pessoa perdida teremos sempre uma situação de desorientação.
Pode não se restringir a uma única pessoa, mas ocorrer coletivamente, em grupo.
Assim, uma ocorrência de busca e resgate terrestre envolvendo pessoa
perdida é aquela em que se tem informações confirmadas ou aproximadas:
- Sobre as circunstâncias que levaram a pessoa a se perder;
- Sobre o local ou a área em que em pessoa encontra-se perdida.
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 1 2
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
Exemplo 1: 
Casal que subiu o Morro do Cambirela e que não retornou dentro do tempo
esperado (informações de probabilidade).
Exemplo 2: 
Casal que subiu o Morro do Cambirela e que não mais encontrou o caminho para
a descida, havendo, contudo, informado por celular a situação em que se encontra
(confirmação do acontecimento). 
PESSOA DESAPARECIDA:
Uma pessoa é considerada desaparecida quando não se tem informações sobre
o seu paradeiro ou então se tais informações são ainda muito superficiais.
Esse tipo situação muitas vezes necessita ser investigada, inclusive pelos órgãos
policiais, antes que se procedam as buscas, as quais somente serão realizadas quando
se levante informações mínimas que possam indicar uma intervenção em ambiente
rural.
Dessa forma, uma ocorrência de busca e resgate terrestre envolvendo
pessoa desaparecidasomente será desencadeada quando:
- Existir informações mínimas sobre as circunstâncias do desaparecimento;
- Existir informações mínimas sobre o local ou a área rural em que a pessoa
possa encontrar-se.
Exemplo 1 (indicando o desencadeamento de busca terrestre): 
Pessoa que sumiu após deixar o trabalho, conduzindo seu veículo Gol azul
escuro e que desde então não mais foi vista e nem manteve contato. Veículo não foi
mais localizado. Investigação da Polícia Civil levantou informações de que uma terceira
pessoa teria sido vista entrando num veículo Gol de características semelhantes. Mais
tarde, mas já a noite, um veículo com as mesmas características teria sido avistado por
testemunha, saindo de um acesso que leva para uma grande área de reflorestamento
nas proximidades da cidade em que ocorreu o desaparecimento. Segundo a
testemunha, o local só é acessado pelas pessoas que trabalham naquela área e que no
veículo Gol não faz parte dos veículos que transitam rotineiramente por aquele local. 
 Nesse caso é viável desencadear busca terrestre na área em que há suspeita
levantada. 
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 1 3
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
Exemplo 2 (indicando o não desencadeamento de busca terrestre): 
Adolescente feminina que sumiu de sua residência, não sendo encontrada em
local algum. Não manteve mais contato com a família. O celular também desapareceu,
mas não foi mais utilizado. Há informações de que pessoa com características
semelhantes teria sido vista pedindo carona numa rodovia federal em município vizinho. 
 Nesse caso não há motivação para se iniciar busca terrestre, pois simplesmente
não há onde se procurar. Trata-se, portanto, de trabalho da alçada policial. 
Exemplo 3 (indicando o desencadeamento de busca terrestre): 
Masculino maior residente em área rural sumiu de sua residência. Familiares não
viram o momento exato de sua saída da residência. Já o procuraram nos arredores. Não
foi visto na comunidade mais próxima onde costumava ir com frequência e nem em
qualquer outro local. 
Embora as informações disponíveis sejam superficiais, há indicação para iniciar
busca terrestre nas proximidades de seu local de moradia, bem como, nas adjacências
da estrada que leva até a comunidade que costumava ir. 
3) EVENTOS QUE PROVOCAM UMA OBRT
SITUAÇÕES MAIS COMUNS QUE RESULTAM EM PESSOAS
PERDIDAS/DESAPARECIDAS
 Ecoturismo e passeios em matas
 Esportes (trilhas ou trekking, pescarias, canoagem, raftings, rapel, caçadas,
etc)
 Acidentes com aeronaves ou equipamentos similares
 Doentes mentais/depressivos/adolescentes
 Vítimas de crime
 Trabalho em área rural
4) COMPORTAMENTO DO PERDIDO/DESAPARECIDO
O comportamento dos perdidos em linhas gerais dependerá das seguintes
condições:
✔ Das situações descritas nos itens 2 e 3;
✔ Do grau de conhecimento do terreno e da experiência das pessoas envolvidas;
✔ Da quantidade de pessoas envolvidas;
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 1 4
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
✔ Da Idade, sexo e resistência física;
✔ Do estado de saúde ;
✔ Do tempo em que está perdido;
✔ Das condições psicológicas;
✔ Da disponibilidade de abrigo, roupas e alimentação;
✔ Das condições meteorológicas;
✔ Da “disposição” em ser encontrado ou não.
Assim, são possíveis e esperadas as seguintes condições:
a) Pessoas sem experiência:
São representadas geralmente por ecoturistas e pessoas sem qualquer
preparação específica em transito na mata. 
✔ Em geral possuem pouca ou nenhuma experiência e não saberão como agir
corretamente;
✔ Não conhecem a região;
✔ Não carregam alimentos suficientes;
✔ Não estão vestidos adequadamente;
✔ Poderão não possuir ou não saber encontrar abrigo adequado;
✔ Em geral não possuem preparo e resistência física;
✔ Manifestação de descontrole emocional e desmotivação prematura;
✔ Tendência a desentendimentos, chegando até mesmo a uma divisão, se em
grupo;
✔ Em geral estarão em trilhas principais ou em áreas adjacentes; 
✔ Eventualmente podem portar equipamentos de orientação (GPS, bússola) e até
mesmo cartas, porém poderão não saber como usá-los corretamente.
b) Pessoas com experiência:
✔ Em geral saberão como agir corretamente;
✔ Podem conhecer a região ou não. Se conhecem a região, a possibilidade de ter
ocorrido um acidente será muito grande. Se não conhecem a região, ainda assim, é
muito provável que tenha ocorrido um acidente; 
✔ Em geral carregam alimentos suficientes;
✔ Estão vestidos adequadamente;
✔ Em geral possuem bom preparo e resistência física;
✔ Mantém o controle emocional e a motivação por mais tempo;
✔ Se em grupo, a tendência é não ocorrer desentendimentos, podendo haver uma
divisão do grupo, a fim de buscar socorro;
✔ Procuram caminho de volta por trilhas seguras;
✔ Procuram deixar marcas e sinais e poderão margear cursos d`água;
✔ Possuirão ou saberão encontrar abrigo adequado;
✔ Acenderão fogueiras à noite.
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 1 5
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
c) Quantidade de pessoas envolvidas:
✔ As chances de sobrevivência e de ser encontrado serão maiores se os perdidos
encontram-se em grupo.
d) Homens:
✔ Em geral suportam caminhadas mais longas;
✔ Costumam percorrer as trilhas principais até o fim, passando a seguir para outra
trilha principal ou secundária;
✔ Procurará água e outros alimentos naturais e tentará se abrigar das intempéries.
e) Mulheres e crianças:
✔ O medo e o desespero podem levar a um prematuro desgaste físico e
psicológico;
✔ Costumam percorrer somente as trilhas principais e desistem antes do fim;
✔ Podem simplesmente andar, não buscando ou adotando medidas ativas de
preservação e de facilitação às equipes de busca, ou então procuram lugares em que
se sintam seguras e aguardam a chegada de socorro;
✔ Em geral não possuem preparo para tais tipos de situação. 
f) Idade e estado de saúde:
✔ Crianças e idosos possuem por suas características (físicas e fisiológicas) menores
chances de sobrevivência. O mesmo ocorre com pessoas feridas ou doentes. 
✔ O estresse contribui diretamente para a redução da imunidade. Lesões decorrentes
do contato com o meio podem facilitar o surgimento de infecções e doenças
oportunistas. 
g) Do tempo em que se está perdido:
✔ As chances de sobrevivência diminuem à medida que o tempo em que se está
perdido aumenta, especialmente se está ferido ou doente.
h) Condições Meteorológicas:
✔ As possibilidades de sobrevivência também dependerão das condições
meteorológicas. Tempo muito quente e ensolarado poderá representar desidratação e
insolação. Por sua vez, tempo muito frio, poderá causar hipotermia, congelamento e
necrose de extremidades. 
i) Da “disposição” em não ser encontrado:
✔ Situação geralmente representada por foragidos, doentes mentais, pessoas
depressivas e adolescentes. 
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 1 6
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
Foragidos:
✔ Situação em que as equipes de busca e resgate poderão excepcionalmente vir a
atuar, em geral somente em apoio ou em acompanhamento às forças policiais. 
Doentes mentais:
✔ Normalmente agem de forma ilógica, ora como criança, ora como foragido, ora
como animal;
✔ Em geral possuem bom preparo e boa resistência física;
✔ Desaparecem sozinhos;
✔ Estarão vestidos inadequadamente, sem alimentos e sem abrigo;
✔ Poderão tanto fugir como atacar a equipe de busca e resgate;
j) Paraquedistas, pilotos de asa delta, paragliders, e similares:
✔ Em geral o aparelho é avistado primeiro, sendo que os ocupantes, se feridos,
tendem a estar junto ao mesmo ou nas proximidades; 
✔ Normalmente se enquadram na situação de “pessoa com experiência”;
✔ Alta probabilidade de estar ferido;
✔ Poderão estar “pendurados” em árvores ou em rochas;
✔ Maior possibilidade deestar em local de acesso muito difícil.
k) Aeronaves:
✔ Da mesma forma anterior, normalmente o aparelho é avistado primeiro, sendo
que os ocupantes, se feridos, tendem a estar junto ao mesmo ou nas proximidades,
contudo, conforme a natureza do acidente as vítimas poderão estar espalhadas por
muitos quilômetros; 
✔ Implica em busca em grandes áreas;
✔ Maiores possibilidades de estar em local de acesso muito difícil, como topo de
montanhas.
✔ Poderá variar de poucas vítimas a centenas, com altíssima probabilidade de
haver mortos e feridos;
✔ Grande repercussão e consequente possibilidade de novas pessoas se perderem
ou se acidentarem (curiosos, “voluntários”, familiares, imprensa, etc)
 
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 1 7
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
LIÇÃO 2
FUNDAMENTOS DA EQUIPE DE BUSCA E RESGATE TERRESTRE
OBJETIVOS
Ao final desta lição, os participantes serão capazes de:
1. Identificar os objetivos da formação de equipes de busca e resgate terrestre;
2. Enumerar os componentes de uma equipe de busca e resgate terrestre;
3. Identificar os conhecimentos prévios e as habilidades dos componentes de uma
equipe de busca e resgate terrestre;
4. Identificar as atribuições de cada componente de uma equipe de busca e resgate
terrestre;
5. Citar as responsabilidades dos componentes de uma equipe de busca e resgate
terrestre.
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 2 1
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
FUNDAMENTOS DA EQUIPE DE BUSCA E RESGATE TERRESTRE
1) OBJETIVOS DA FORMAÇÃO DE EQUIPES DE BUSCA E RESGATE TERRESTRE
A formação de equipes específicas para a atuação em ocorrências de busca e
resgate terrestre, se justifica pelos seguintes motivos e possui os seguintes objetivos:
✔ As ocorrências de tal natureza não são ocorrências rotineiras de forma que
possibilite que o efetivo mantenha-se “treinado” e se aprimore por “experiência”,
ou seja, pela simples repetição dos atendimentos, como ocorre, por exemplo, na
maioria das ocorrências de atendimento pré-hospitalar. Contudo, o fato de ser um
tipo de ocorrência que não ocorre todo dia, não exime o Corpo de Bombeiros de
manter pessoal preparado e capacitado para o atendimento. 
✔ As características de uma operação de busca e resgate terrestre demandam a
existência de um grupo especifico, preparado e capacitado no assunto, cujos
componentes estejam previamente definidos e que saibam atuar em conjunto.
Não se trata do tipo de ocorrência em que, recebido o aviso, possa se arrebanhar
alguns bombeiros escolhidos ao acaso ou por conveniência e despachá-los para
o atendimento. 
✔ A existência de uma equipe específica ameniza os problemas de organização e
os conflitos de comando (pluralidade) e de competências (quem irá fazer o que),
bastante comuns em ocorrências não rotineiras, visto a preparação prévia
específica e o treinamento que a equipe disporá. 
✔ Em operações de maior envergadura ou duração, a atuação por equipes
específicas facilita e otimiza o trabalho em conjunto com outras equipes também
específicas, de outras unidades do próprio Corpo de Bombeiros Militar ou de
outros órgãos, em razão da formação afim e do treinamento idêntico ou similar. O
mesmo se aplica aos casos em que sejam necessárias eventuais substituições de
equipes ou de integrante de equipe durante uma operação de busca e resgate
terrestre. 
✔ Manter-se-á sempre o estado de preparação, inclusive de equipamentos e
materiais, visto que haverá uma definição de quem são os principais responsáveis
pelo atendimento de tais ocorrências. 
A adoção de uma ou mais equipes de busca e resgate terrestre formalmente
capacitadas numa unidade, não significa que os demais bombeiros devam ser ignorados
quanto aos conhecimentos, treinamentos e aperfeiçoamentos necessários para as
ocorrências do tipo. Na verdade espera-se que a própria equipe seja a disseminadora do
conhecimento a seus demais colegas. 
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 2 2
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
 
2) COMPOSIÇÃO DE UMA EQUIPE DE BUSCA E RESGATE TERRESTRE
Uma equipe de busca e resgate terrestre será formada por 4 membros, com a
seguinte composição, cujas qualificações prévias e atribuições serão apresentadas
posteriormente:
✔ Navegador;
✔ Resgatista 1 (R-1);
✔ Resgatista 2 (R-2);
✔ Logística. 
A função de comando da equipe recairá sobre o componente mais graduado ou
mais antigo.
Ocorrências de maior vulto ou com mais de uma equipe de busca atuando
simultaneamente, demandarão a atuação de um comandante de operação específico,
preferencialmente um Oficial, o qual, evidentemente, deverá estar qualificado e
capacitado para a função. 
Como ferramenta de apoio, a equipe poderá contar com o serviço de busca com
cães, não sendo porém essa uma atribuição propriamente da equipe de busca. O
cinotécnico não é um componente da equipe de busca e resgate terrestre, mas sim, um
complemento. 
 
3) CONHECIMENTOS GERAIS DOS COMPONENTES DE UMA EQUIPE DE BUSCA E
RESGATE TERRESTRE
Para que uma equipe esteja efetivamente bem capacitada para o atendimento de
ocorrências de busca e resgate terrestre, necessário é que seus componentes
conheçam dos seguintes assuntos:
✔ SCO (em especial em operações de maior envergadura).
✔ Relevo;
✔ Vegetação;
✔ Cartografia;
✔ Orientação;
✔ Navegação; 
✔ Vestígios, sinais e indícios.
✔ Ações em ambientes elevados (em desnível);
✔ Transposição, deslocamento e resgates em ambientes secos de difícil acesso;
✔ Transposição, deslocamento e resgates em ambientes aquáticos.
✔ Atendimento pré-hospitalar;
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 2 3
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
✔ Manipulação e transporte de vítimas;
✔ Animais peçonhentos. 
✔ Recursos materiais específicos; 
✔ Gerenciamento de recursos materiais;
✔ Radiocomunicação.
✔ Sobrevivência em meio rural;
✔ Utilização de meios de fortuna;
✔ Noções da ação de aeronaves em operações de busca e resgate terrestre;
✔ Noções da ação de cães em operações de busca e resgate terrestre.
 Após a conclusão do curso cada componente adotará uma função específica na
equipe. Entretanto todos devem desempenhar as funções realizadas pelos demais
membros da equipe, até mesmo por que poderá assumir ou agregar uma outra função. 
4) ATRIBUIÇÕES DE UMA EQUIPE DE BUSCA E RESGATE TERRESTRE
A seguir serão apresentadas as principais atribuições de cada membro da equipe.
a) Comandante da equipe:
Função absorvida pelo bombeiro mais graduado ou mais antigo da equipe, sendo
responsável pelas as ações de comando, devendo entre outras atribuições:
 
✔ Liderar a equipe;
✔ Manter a equipe e seus materiais e equipamentos em sempre em condições de
ser rapidamente reunida e deslocada para o teatro da operação;
✔ Estabelecer o comando (com todas as providências inerentes);
✔ Centralizar a coleta e o processamento das informações acerca da ocorrência,
preenchendo o formulário de busca;
✔ Elaborar o plano de busca;
✔ Coordenar as ações específicas para a localização, o acesso, a estabilização e o
transporte da vítima;
✔ Registrar as zonas delimitadas cuja busca já tenha sido efetuada; 
✔ Decidir, conjuntamente com o comandante da operação caso não seja o próprio,
ou com o comando da OBM da área, sobre a suspensão da operação.
✔ Manter ligação com o comando das aeronaves que também estejam atuando na
operação;
✔ Manter ligação com o comando da equipe de busca canina que também esteja
atuando na operação, caso a equipe não disponha de apoio canino próprio;
✔ Decidir, ouvido a sua equipe, pela necessidade de solicitar recursos adicionais. 
✔ Será o responsável geral pela segurança da equipe;
✔ Coordenar as ações de desmobilização;
✔ Efetuar o encerramento da ocorrência/operação;
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 2 4Curso de Busca e Resgate Terrestre
b) Navegador:
Será o membro da equipe diretamente responsável pelas ações e providências
relacionadas com a navegação e a busca, sendo dentre elas:
✔ Operar os equipamentos de orientação e navegação (bússola, GPS, etc);
✔ Definir e acompanhar o trajeto da equipe pelo terreno;
✔ Analisar, interpretar e registrar vestígios e sinais;
✔ Manter sempre em condições de uso os equipamentos e materiais inerentes à
sua função, bem como transportá-los; 
✔ Este membro da equipe, portanto, agrega as funções de homem-bússola e de
homem-carta.
c) Resgatistas 1 e 2: 
✔ Serão os membros da equipe diretamente responsáveis pelas ações e
providências relacionadas com o resgate propriamente dito, ou seja, do acesso da
equipe até a vítima, do atendimento pré-hospitalar e da retirada da mesma até
local seguro e de fácil acesso;
✔ Serão responsáveis também pelos deslocamentos da equipe nos locais de difícil
acesso ou em meios aquáticos;
✔ Manterão sempre em condições de uso os equipamentos e materiais inerentes às
suas funções, bem como transportá-los;
✔ Exercerão as funções de homem-ponto e homem-passo.
d) Logística:
✔ Será o responsável pela comunicação da equipe e com a equipe.
✔ Será o responsável pelo suprimento de alimentação e de água para a equipe.
✔ Será o responsável por manter sempre em condições de uso os suprimentos,
equipamentos e materiais de uso coletivo e não específicos aos demais
membros, como por exemplo, a viatura e os meios de acampamento.
✔ Será, acima de tudo, o responsável pela coordenação de todos os meios e
recursos materiais da equipe. Prepará-los, separá-los, acondicioná-los e
providenciar o transporte dos suprimentos e equipamentos, através de lista de
controle e checagem, em plena cooperação com os demais membros. 
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 2 5
A lista de controle e checagem é fundamental, a fim de evitar
o esquecimento de algum item, bem como, de conferi-los na
desmobilização.
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
5) RESPONSABILIDADES DOS COMPONENTES DE UMA EQUIPE DE BUSCA E
RESGATE TERRESTRE
Além das já definidas no item das atribuições, são responsabilidades dos
componentes de uma equipe de busca e resgate terrestre:
✔ Conhecer e utilizar os equipamentos de proteção individual e coletiva;
✔ Conhecer e empregar as medidas de segurança individual e coletiva (inclusive as
relativas a prevenção a incêndio florestal);
✔ Estar devidamente condicionado fisicamente;
✔ Realizar periodicamente treinamentos e simulados;
✔ Buscar o aprimoramento técnico;
✔ Manter-se sempre em condições de ser encontrado, a fim da realização da fase de
acionamento da equipe;
✔ Deslocar-se imediatamente ao quartel quando acionado.
 
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 2 6
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
LIÇÃO 3 
 RECURSOS MATERIAIS
OBJETIVOS
Ao final desta lição, os participantes serão capazes de:
1. Conhecer os recursos materiais disponíveis às equipes de busca e resgate terrestre;
2. Relacionar os recursos materiais mínimos para uma operação de busca e resgate
terrestre. 
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 3 1
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
RECURSOS MATERIAIS UTILIZADOS EM OPERAÇÕES DE 
BUSCA E RESGATE TERRESTRE
Diversos suprimentos, materiais e equipamentos serão necessários para o
desenvolvimento de uma operação por uma equipe de busca e resgate terrestre, sendo
que nesta lição relacionamos alguns dos mais comuns e importantes.
Facão
Ferramenta de corte
imprescindível para Operações de Busca
e Resgate Terrestre. O Ideal é a
utilização de um facão que tenha um
tamanho que possibilite a realização de
cortes necessários, mas que não se
torne um empecilho no seu transporte
pela Equipe de Busca e Resgate.
Faca
Ferramenta muito utilizada para
pequenos cortes, sempre deve estar a
mão do Bombeiro para seu pronto
emprego.
Lanterna
Equipamento de iluminação muito
necessário para os trabalhos de Busca e
Resgate Terrestre. O ideal é portar
lanternas a prova d’água e que possuam
um bom foco de iluminação. Sempre
lembrar de portar pilhas reservas. A
equipe deve dispor de pelo menos uma
lanterna de grande alcance.
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 3 2
http://shopping.terra.com.br/zion/product.asp?dept%5Fid=1003&pf%5Fid=wz%5Fkitlat&tpceid=JVPHFBMLV1MM9KP3FHVD4FVM6MFQ3QM2
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
Barraca
Destinada a proteção do durante
o descanso, devendo ser a mais prática
possível, de maneira a proporcionar o
espaço necessário para a proteção
completa do Bombeiro e, ao mesmo
tempo, ocupar o mínimo espaço para
seu transporte. 
Para este tipo de operação a
barraca mais recomendada é a do tipo
iglu. 
Saco de Dormir
Para Operações mais
prolongadas, este tipo de equipamento
se faz necessário, pois a proteção
térmica é importante para o Bombeiro
durante as Operações.
Entretanto cabe salientar que este
tipo de material, quando utilizado,
poderá ocupar um espaço considerável
no seu transporte até a base. 
Comunicação (rádio ou celular)
Equipamento de vital importância
para o sucesso de uma Operação de
Busca e Resgate Terrestre. Através de
sua utilização é possível informar e ser
informado do andamento das Buscas,
bem como, acionar caso necessário, os
recursos adicionais existentes a
disposição. 
A bateria deste tipo de
equipamento tem duração variável, o
que requer sempre o porte de uma
bateria extra pelo bombeiro. 
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 3 3
http://contaclick.webtraffic.com.br/contaclick.php?key=american_camper&posicao=56&url=http://www.mercadolivre.com.br/jm/pms?site=278887%5Eid=2021%5Eas_opt=/jm/item?site=MLB$$id=20943772
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 Curso de Busca e Resgate Terrestre
A experiência tem mostrado que as dificuldades de comunicação tem sido o fator
que mais prejudica as operações de busca e resgate terrestre, de forma que defende-se
a utilização de repetidoras móveis e mais ainda comunicação por meio de telefone via
satélite. 
Botas 
Este equipamento deve ser o
mais confortável e resistente possível.
Para o tipo de Operação a ser
desempenhada as botas mais indicadas
são aquelas utilizadas em montanhismo
ou atividades similares. 
Na falta de uma bota adequada,
é importante a utilização de perneiras,
tanto para a proteção contra ofídios
quanto para a proteção contra lesões.
Luvas
Destinam-se tanto as operações
de resgate propriamente ditas, quanto
à proteção das mãos durante os
deslocamentos (lembrar que
determinados tipos de vegetação
podem causar perfurações e cortes
profundos nas mãos). 
Capacetes
Destina-se a proteção da cabeça
contra quedas de nível ou choques da
cabeça contra obstáculos ou destes
com a cabeça. Deve ser um capacete
leve, podendo ser o mesmo que se
utiliza em resgates em altura. 
Óculos de proteção
Destina-se a proteção dos olhos,
principalmente, nos deslocamentos em
áreas de mata fechada, com risco de
lesão provocada por choques com
galhos, espinhos ou folhas nos olhos.
Deve ser leve e anatômico. 
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 3 4
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
Cantil
Para o transporte individual de
água potável. A água pode também ser
transportada em bolsas inseridas em
mochilas específicas conhecidos como
“camel back”. 
Mochila
Deverá ser resistente, leve,
impermeável e que comporte boa
quantidade de materiais sem ser
excessivamente grande de forma que
acabe se tornando muito pesada. O
ideal para operações de busca e resgate
terrestre são mochilas de pelo menos 50
litros de capacidade.
Bússola
A bússola é um instrumentodestinado à medida de ângulos
horizontais tendo como referencial o
norte magnético (Azimute). Baseia-se no
magnetismo natural do planeta,
possuindo uma agulha imantada que
tem a propriedade de possuir sempre
uma de suas extremidades apontando
para o norte magnético da terra.
GPS 
Moderno equipamento que vem conquistando um
importante espaço junto às equipes de Busca e Resgate,
pois permite uma localização exata do ponto onde se
está, ou do ponto onde se pretende acessar para a
localização das vítimas. A orientação pelo GPS
dependerá da potência do sinal recebido dos satélites.
Dependendo da memória equipamento utilizado, o
mesmo pode registrar até 300 (trezentas) coordenadas, o
que permite a montagem de uma rota pelo próprio
equipamento que garante o retorno até o ponto inicial.
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 3 5
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
Carta topográfica
Carta topográfica é a
representação, em escala, a partir de
fotografias aéreas do terreno sobre um
plano, localizando todos os acidentes
naturais e artificiais da superfície
terrestre de forma mensurável,
mostrando suas posições horizontais e
verticais.
Roupas
O Bombeiro sempre dever assegurar sua proteção frente às adversidades que
possa ocorrer neste tipo de operação. Roupas resistentes e confortáveis são as mais
indicadas para a utilização. 
Lembrete: “O excesso ou a Falta podem ocasionar problemas...”.
Equipamento de salvamento em altura
Este tipo de operação por suas características, principalmente, no que diz
respeito ao acesso a vítima, normalmente requer o emprego de equipamentos de
salvamento em Altura. Podemos citar como equipamentos do gênero: Cabo da vida,
cabo de 50m, cabo de 100m, aparelho oito, mosquetão, cadeiras de resgate,
ascensores, aparelhos morcegos, polias, macas de ribanceira,
etc.
Além destes materiais e equipamentos acima descritos ainda podemos citar:
✔ Capas de Chuva
✔ Sinalizadores
✔ Fósforo ou isqueiro
✔ Fogareiro
✔ Apito
✔ Megafone
✔ Material de APH
✔ Maca
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 3 6
http://www.trilhaecia.com.br/mapas/riobonito.jpg
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
✔ Colete de cor chamativa
✔ Repelente
✔ Protetor solar
✔ Binóculo de longo alcance. 
✔ Alimentação – Ração pronta individual
Veículos utilizados em operações de busca e resgate terrestre
Pela rusticidade natural que o serviço irá ser desenvolvido, os veículos
recomendados para utilização, neste tipo de operação, são os veículos do tipo “pick up”,
cabine dupla, com snorkel, tração nas 4 rodas, guincho elétrico e que garanta o acesso
da Equipe de Resgate até pontos onde veículos convencionais não acessem. 
Se possível a viatura deverá dispor ainda de reservatório de água potável,
gerador de energia elétrica, fogões de campanha, camas de campanha. 
De importância vital é a utilização de uma lista de checagem de materiais,
equipamentos e suprimentos (modelo anexo), quando do atendimento de ocorrência de
busca e resgate terrestre, a fim de evitar esquecer materiais necessários, bem como,
conferi-los quando da desmobilização da ocorrência. 
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 3 7
SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA
COORDENADORIA DE BUSCA TERRESTRE
LISTA DE CHECAGEM DE MATERIAIS PARA BUSCA E RESGATE TERRESTRE
DESTINAÇÃO (1)
(1) Descrever para qual atividade o material está sendo retirado/solicitado.
RETIRADA RETORNO
DEVOLUÇÃO Observação
Material Qtd Data Qtd Data
Capacete
Óculos
Luva (par)
Bota de cano longo
Perneiras
Capa de chuva
Protetor solar
Repelente
Barraca
Saco de dormir
Isolante térmico
Colchonete auto-inflável
Lona
Mochila
Cantil
Camel back
Clorin
Marmiteira de campanha
Mini-fogareiro
Isqueiro
Faca
Facão
Ração fria
Bússola
GPS
Bateria/pilha reserva GPS
RETIRADA RETORNO
DEVOLUÇÃO Observação
Material Qtd Data Qtd Data
Lanterna
Bateria/pilha reserva lanterna
Rádio HT
Bateria reserva rádio
Gerador
Apito
Maca de ribanceira
Mosquetão
Oito
Cabo solteiro
Cabo salvamento 50 m
Cabo salvamento 100 m
Polia
Ascensor
Cadeirinha
Maca rígida completa
Kit 1ºs socorros
Carta topográfica
Caneta
Lápis/lapiseira
Compasso
Escalímetro
Caneta tipo retroprojetor
Sachê álcool gel
Barbante
Bloco para anotações
Formulário de entrevista
Roupa/calçado/fardamento 
reserva
Material de higiene
Papel higiênico
Toalha superabsorvente
Sinalizador
Saco estanque 
RETIRADA RETORNO
DEVOLUÇÃO Observação
Material Qtd Data Qtd Data
RESPONSÁVEL PELA RETIRADA CONFERÊNCIA DEVOLUÇÃO
Nome:
Mtcl:
Assinatura:
Nome:
Mtcl:
Assinatura:
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
LIÇÃO 4 
NOÇÕES DE CARTOGRAFIA E SISTEMAS DE COORDENADAS
OBJETIVOS
Ao final desta lição, os participantes serão capazes de:
1) Efetuar leituras de distâncias numa carta topográfica utilizando escala numérica e
escala gráfica;
2) Identificar as três variações de norte utilizados no trabalho com carta topográfica; 
3) Determinar a altitude real ou aproximada de um ponto qualquer de uma carta
topográfica; 
4) Identificar visualmente numa carta topográfica pontos de maior e de menor
declividade;
5) Localizar numa carta topográfica pontos referentes às coordenadas planimétricas
previamente fornecidas;
6) Determinar as coordenadas planimétricas de pontos quaisquer de uma carta
topográfica. 
Imagem “The World (1772)” – Disponível em <http://www.flickr.com/photos/13964815@N00/page10/> Acesso em 19 Out 2011.
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 4 1
http://www.flickr.com/photos/13964815@N00/page10/
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
NOÇÕES DE CARTOGRAFIA
INTRODUÇÃO1
O vocábulo CARTOGRAFIA se traduz, etimologicamente, como descrição de
cartas, e foi introduzido em 1839, pelo segundo Visconde de Santarém - Manoel
Francisco de Barros e Souza de Mesquita de Macedo Leitão, (1791 - 1856). 
A Cartografia apresenta-se como o conjunto de estudos e operações científicas,
técnicas e artísticas que, tendo por base os resultados de observações diretas, ou da
análise de documentação, se voltam para a elaboração de mapas, cartas e outras
formas de expressão ou representação de objetos, elementos, fenômenos e ambientes
físicos e socioeconômicos, bem como, a sua utilização”. (Associação Cartográfica
Internacional - 1996 )
Dentre os diversos tipos de representações cartográficas citamos os mapas e as
cartas topográficas como as mais importantes na atividade de busca terrestre, sendo
que podemos definir: 
1) MAPA: 
Mapa é a representação sobre um plano,
em escala, de parcelas da superfície terrestre ou
de toda ela, mostrando as posições horizontais
dos principais componentes naturais da
superfície abrangida e as divisões político-
administrativas. 
2) CARTA TOPOGRÁFICA:
Carta topográfica é a representação, em
escala, a partir de fotografias aéreas, ou outros
recursos, de parcelas menores de um terreno
sobre um plano, localizando em detalhes e de
forma mensurável, os acidentes naturais e
artificiais da superfície terrestre, mostrando
suas posições horizontais e verticais.
1 O texto realçado tem caráter meramente informativo.
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 4 2
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
2.1) ESCALAS
É uma relação entre a medida de um objeto ou lugar representado no papel e a
sua medida real, sendo representada de duas formas:
2.1.1) Escala Numérica:
É a representação em forma de fração: E = d/D, onde: 
E = Escala
d = medida na carta
D = Medida no terreno
Com base nas informações disponíveis chegar-se-á a escala utilizada. 
Exemplos: 
Determinada distância na carta é de 4 cm e no terreno a mediçãodo mesmo trecho foi
de 100.000 cm: 
E = d/D 
E = 4cm/100.000cm
E = 1cm/25.000cm ou simplesmente, E = 1/25.000 ou ainda E = 1:25.000
 Determinada distância na carta é de 5 cm e no terreno a medição do mesmo trecho
foi de 5 Km: 
Antes de tudo é necessário trabalharmos com apenas uma unidade, sendo que
devemos transformar 5 km em centímetros.
DICA : Para facilitar podemos utilizar a tabela de conversão de medidas, a qual visa
transformar de maneira correta medidas de quilometro à milímetro, sendo ela:
km hm dam m dm cm mm
 
No exemplo acima se faz necessário transformar 5Km e centímetros, utilizando a
tabela teremos:
km hm dam m dm cm mm
5 0 0 0 0 0
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 4 3
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
Portanto teremos que 5 km corresponde a 500.000 cm e podemos voltar a nossa
fórmula de escala:
 
E = d/D 
E = 5cm/500.000cm
E = 1cm/100.000cm ou simplesmente, E = 1/100.000 ou ainda E = 1:100.000
Uma escala de 1:25.000 significa que cada 1 cm na carta corresponde a 25.000
cm no terreno (ou 250m). 
Uma escala de 1:50.000 significa que 1 cm na carta corresponde a 50.000 cm no
terreno (ou 500m).
Uma escala de 1:100.000 significa que 1 cm na carta corresponde a 100.000 cm
no terreno (ou 1000m).
2.1.2) Escala Gráfica:
É a representação gráfica de várias distâncias no terreno sobre uma linha reta
graduada. Este tipo de representação possuí um segmento à direita da referencia zero,
a que se denomina de escala primária, e um outro segmento à esquerda do zero,
chamado de escala de fracionamento, subdividida em sub-múltiplos da unidade
escolhida.
Como utilizar a escala gráfica (conforme explicações em sala de aula):
1° - Toma-se na carta a distância que se pretende medir (usar preferencialmente
um compasso, ou uma régua);
2° - Transporta-se a distância medida para a escala gráfica;
3° - Lê-se o resultado.
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 4 4
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
 
Embora não se tenha o costume de utilizar a escala gráfica, ela é muito útil, visto
que permite uma leitura mais direta (sem necessidade de muito cálculo) e sem a
necessidade de outros meios de leitura, visto que até mesmo com um barbante é
possível obtermos as distâncias que desejamos saber. O processo do barbante e escala
gráfica, também facilita a leitura de distâncias de trechos sinuosos (como rios e
estradas, por exemplo).
Outra grande vantagem da escala gráfica é que permite a utilização da carta
mesmo que ela tenha sido fotocopiada ou impressa em tamanhos maiores ou menores
que o original.
As cartas topográficas apresentam tanto a escala numérica quanto a escala
gráfica. 
Vale salientar que quanto menor for o número denominador da fração maior será
a escala, assim uma escala de 1:25.000 é maior que uma escala de 1:100.000.
Quanto maior for a escala mais detalhes serão apresentados na carta topográfica,
porém menor será a área abrangida pela carta. 
As aplicações das cartas topográficas variam de acordo com sua escala.
As cartas topográficas utilizadas por equipes de busca e resgate,
preferencialmente devem ser as de 1:10000, 1:25000 e 1:50000. Quanto maior a escala
maior será a precisão, de forma que a carta topográfica de 1:10000 seria a ideal.
Contudo, tais tipos de cartas são muito difíceis de se obter, sendo que as que mais
facilmente se obtém são as de 1:100000.
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 4 5
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
3) TIPOS DE NORTE
A definição de “norte” como referencial, nos leva, inicialmente, a recapitulação dos
pontos cardeais, pontos colaterais e pontos subcolaterais, indicados na “rosa dos
ventos”:
Imagem “Rosa dos Ventos” – Disponível em <http://www.marcospaiva.com.br/localizacao.htm> Acesso em 19 Out 2011.
Representações dos pontos cardeais com as direções dadas em inglês, será: 
N (North), S (South), E (East) e W (West.
Consideramos 3 diferentes tipos de “norte” para a utilização das cartas
topográficas, sendo eles o norte verdadeiro ou geográfico, o norte magnético e o norte
da quadrícula ou cartográfico.
 Norte verdadeiro ou geográfico: É aquele que se refere ao norte geográfico
(direção do polo norte). Do local onde estamos traçando-se uma linha imaginária
(meridiano local) até o polo norte obteremos uma direção para o norte geográfico da
terra. Numa carta topográfica é representado somente pelas linhas verticais das
bordas. 
 Norte magnético: É aquele que é indicado pela força do campo magnético terrestre.
O norte magnético é aquele que é apontado por uma bússola, não coincidindo com o
norte geográfico, apontando para o polo magnético da terra. 
 Norte da quadrícula ou cartográfico: É aquele que se refere ao norte cartográfico,
sendo obtido pela direção das linhas verticais das quadrículas de uma carta
topográfica. Uma carta topográfica é dotada de diversas linhas verticais e
horizontais, cujo cruzamento forma uma quadrícula denominada de quadrícula UTM,
de grande auxílio para determinar posições, distâncias e azimutes. 
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 4 6
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
Esses três tipos de norte, numa carta
topográfica estão graficamente
demonstrados através do chamado
diagrama de orientação ou do popular “pé-
de-galinha”. O norte magnético é
identificado pela sigla NM e/ou por uma
linha com seta; O norte geográfico é
identificado pela sigla NG e/ou por uma
linha com uma estrela (representa a estrela
polar); E o norte da quadrícula é identificado
pela sigla NQ e/ou uma linha simples. 
4) CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS: 
a) Informações gerais: 
Identificação alfanumérica da folha2: Para cartas de até 1:25.000 se compõem de
Letra1+letra2+Numero1+Letra3+Letra4+Numero romano+Número2+Sigla, sendo que
(exemplo): 
FOLHA SG-22-Z-D-V-4
Letra 1: Será N ou S, indicando se a carta é de região ao sul ou ao norte do Equador. 
S...
Letra 2: Indica um intervalo de 4° de latitude a norte ou a sul do Equador, a cada letra,
iniciando-se no A. 
 ..G..
Número1: Indica o fuso horário que contem a folha. 
...22...
Letra 3: Será V, X, Y ou Z, sendo as subdivisões de uma carta de 1:1.000.000 em 04
cartas de 1:500.000. A Carta V é a do canto superior esquerdo e a seqüência obedece
ao sentido horário. 
...Z...
Letra 4: Será A, B, C ou D, sendo agora as subdivisões de uma carta de 1:500.000 em
04 cartas de 1:250.000. A Carta A é a do canto superior esquerdo e a seqüência
obedece ao sentido horário. 
...D...
2 O texto realçado tem caráter meramente informativo.
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 4 7
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
Número romano: Será I, II, III, IV, V ou VI, sendo agora as subdivisões de uma carta de
1:250.000 em 06 cartas de 1:100.000. A Carta I é a do canto superior esquerdo e a
sequência obedece ao sentido horário. 
...V...
Número 2: Será 1, 2, 3 ou 4, sendo agora as subdivisões de uma carta de 1:100.000 em
04 cartas de 1:50.000. A Carta 1 é a do canto superior esquerdo e a seqüência obedece
ao sentido horário. 
...4
Sigla: Será NO, NE, SO ou SE, sendo agora as subdivisões de uma carta de 1:50.000
em 04 cartas de 1:25.000. 
Nome da folha: É a identificação nominal da carta.
Articulação da folha: Identifica as cartas adjacentes.
Localização da folha no Estado: As cartas brasileiras trazem esta
figura que identifica a localização da carta dentro do território de um
Estado da Federação. 
b) Elementos de representação: 
Os elementos de representação de uma carta topográfica podem ser divididos em
elementos de planimetria (plano) e de altimetria (altitude): 
b.1) Planimetria:
A planimetria apresentada em carta topográfica subdivide-se em representações
de elementos naturais e de elementos artificiais.Os elementos naturais são os relacionados com a hidrografia e a vegetação e os
elementos artificiais são os que decorrem da ocupação humana, como o sistema viário,
as construções e os limites políticos administrativos. 
Hidrografia: 
São os elementos que numa carta topográfica
representam a presença de água, através da cor azul. Haverá
na carta uma legenda que identificará as representações
hidrográficas nela existentes. 
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 4 8
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
Vegetação: 
São os elementos que numa carta topográfica representam a presença de
cobertura vegetal natural ou cultivada, através da cor verde. Haverá na carta uma
legenda que identificará as representações de vegetação nela existentes. 
 
Divisão administrativa: 
Identifica as divisões político-
administrativas abrangidas pela carta. 
Localidades: 
São os elementos que numa carta topográfica representam
as aglomerações humanas, através de tamanhos de letras
associados à população da localidade (quanto maior a letra
maior a população), apresentados em legenda. 
Sistema viário: 
São os elementos que numa carta topográfica
representam as rodovias, estradas, caminhos,
trilhas e ferrovias, apresentadas em legenda
conforme sua importância e porte. 
Além das representações planimétricas apresentadas podem ser encontradas
outras informações como linhas de comunicação e de energia elétrica, campos de
pouso, linhas de limites territoriais, áreas especiais, etc. 
b.2) Altimetria:
São os elementos que representam as informações relacionadas ao relevo
(altitude). 
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 4 9
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
Curvas de nível: 
São linhas marrons imaginárias do terreno em que todos os pontos da referida
linha tem a mesma altitude, tendo esta como referência o nível do mar, as quais têm por
finalidade permitir que o usuário possa ter uma ideia aproximada do relevo da região
representada, da sua altitude e declividade. 
As curvas de nível indicam se o terreno é plano, ondulado, montanhoso ou se o
mesmo é íngreme ou de declive suave. 
Imagens disponíveis em <http://professoradegeografia.blogspot.com/2011/03/cartografia-linguagem-dos-mapas.html> Acesso em 19
Out 2011.
As curvas de nível impressas com traço de maior espessura e acompanhadas do
valor da altitude são denominadas de curvas de nível mestras, as quais são
representadas a cada cinco curvas. 
Equidistância das curvas de
nível:
Equidistância é o
espaçamento, ou seja, a
distância vertical (desnível) entre
as curvas de nível. Essa
equidistância varia de acordo
com a escala da carta com o
relevo e com a precisão do
levantamento. 
Imagem disponível em <http://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/curva-nivel.htm> Acesso em 19 Out 2011.
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 4 10
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
ESCALA EQUIDISTÂNCIA
1: 25.000 10 m
1: 50.000 20 m
1: 100.000 50 m
1: 250.000 100 m
1: 1.000.000 100 m
Com base na informação da altitude existente na curva de nível mestra,
acrescendo-se ou diminuindo a equidistância em metros conforme a escala da carta
apresentada na tabela, saberemos a altitude de cada curva de nível. 
✔ Importante: Equidistância não significa a distância entre uma curva de nível e
outra, mas sim o desnível (diferença de altitude) existente entre ambas, de
forma que quanto mais próxima uma linha de curva de nível da outra numa carta,
mais íngreme ou mais inclinado será o terreno. 
Caso desejarmos obter em quantitativo numérico a inclinação (declividade) de uma
parte qualquer do terreno, basta apanharmos a diferença de altitude entre as curvas de
níveis consideradas, dividir o resultado pela distância entre as curvas de nível conforme
apresentado na carta, e por fim multiplicar o resultado por 100, sendo o resultado
expresso em percentual.3
Exemplo: 
Curva de nível 1 = 1000m
Curva de nível 2 = 950m
Distância entre ambas no ponto considerado = 800m
 I = {(1000-950)/800}x100
I = 6,25%, ou seja uma inclinação bem suave (significa que, em média, a cada 1m
[100cm] a altitude aumenta em 6,25cm). 
Também é possível calcular a inclinação em Graus, aplicando o arco da tangente
(tangente inversa) ao resultado da diferença entre as curvas de nível dividido pela
distância entre os pontos considerados. 
Utilizando os mesmos dados do exemplo anterior: 
Curva de nível 1 = 1000m
Curva de nível 2 = 950m
Distância entre ambas no ponto considerado = 800m
I = Arc tg {(1000-950)/800}
I = Arc tg (50/800)
I = Arc tg 0,625
I = 3º 34'
3 O texto realçado tem caráter meramente informativo.
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 4 11
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
Algumas cartas topográficas apresentam uma escala de declividade, o que torna
bastante fácil sua leitura não necessitando cálculos matemáticos, bastando apenas
comparar a distância entre as curvas de nível em apreciação com o grau que a mesma
mais se aproxime na escala de declividade da carta topográfica. 
5) SISTEMAS DE COORDENADAS
Os sistemas de coordenadas são utilizados para expressar a posição (o
endereço) de um ponto qualquer da superfície terrestre. 
5.1) SISTEMA DE COORDENADAS PLANIMÉTRICAS
Sistema de coordenadas que se utiliza de distancias em metros, podendo se
estabelecer através dela a localização de um ponto qualquer da superfície terrestre com
até 1 metro de precisão. É chamada também de coordenadas UTM (Universal
Transversa de Mercator). 
Em UTM a terra é dividida em 60 fusos, onde cada um se estende por 6º de
longitude. Os fusos são numerados de 1 (um) a 60 (sessenta) começando no fuso 180º
W e continuando para Leste até 174º E.4 
O quadriculado UTM está associado ao sistema de coordenadas plano-
retangulares; 
Latitudes Limites: 80º Norte e Sul. 
Imagem (Dana 1995) Peter H. Dana, disponível em <http://www.personal.psu.edu/agb143/Geo482/Project
%201/Project_1_Final_Report.html> Acesso em 19 Out 2011.
4 Texto realçado tem caráter meramente informativo.
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 4 12
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
Esse sistema é mais adequado às operações de busca e resgate terrestre com
auxílio de carta topográfica, visto que permite uma leitura bem mais direta, sem a
necessidade de muitos cálculos ou conversões. 
Lembrando das aulas de matemática básica, como poderemos definir a
localização do ponto A da figura abaixo, sendo as unidades em metro: 
A localização do ponto A poderá ser definida como 2m no eixo horizontal X e 7m
no eixo vertical Y, ou A = (2,7).
 
A utilização das coordenadas UTM utiliza exatamente o mesmo princípio, sendo
que ao invés dos eixos X e Y utilizaremos os eixos E (leste) e N (norte). 
As coordenadas UTM são, portanto, coordenadas retangulares e para
memorização podemos utilizar o seguinte esquema: XY = EN = 67.
A memorização EN significa que deve ser lida primeiro no sentido E (leste) ou da
esquerda para a direita, e em seguida no sentido N (norte) ou de baixo para cima. Já a
memorização 67 significa que no sentido E (leste) será composta de seis dígitos válidos,
enquanto no sentido N (norte) de sete dígitos válidos. 
Na legenda das cartas topográficas haverá a informação do ponto de origem da
quilometragem, tanto no sentido norte quanto no sentido leste.5
Exemplo: Na carta topográfica “Curitibanos” (SG-22-Z-C-I) temos a informação
que a origem da quilometragem N é no Equador com o acréscimo de uma constante de
10000km e a origem da quilometragem E é 51º a W de Greenwich (que por coincidencia
encontra-se na citada carta) com o acréscimo de uma constante de 500km. Essas
informações nos permitem tambémsabermos qual a distância entre um determinado
ponto e o Equador e do ponto para a coordenada 51º W Gr. 
5 Texto realçado tem caráter meramente informativo.
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 4 13
1 2 3
3
5
7 A
Y
X
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
5.1.1) Localizando numa carta topográfica uma coordenada planimétrica (UTM)
recebida:
Tal processo será explicado através do seguinte roteiro-exemplo: 
Recebida as coordenadas 22J ________mE e UTM _________mN, localizar o
ponto em questão em carta topográfica. 
Inicialmente há que se localizar o fuso 22 e a banda J apresentados, a fim de
delimitar a zona e escolher a carta em que se encontra o ponto a ser localizado. No
exemplo as coordenadas em questão estão na carta _________________, escala
_____________, região de _________________. 
A fim de facilitar a obtenção das coordenadas UTM, é importante primeiro
identificar (isolar) a quadrícula na qual se encontram as coordenadas buscadas ou
o ponto dado. 
Encontrando a coordenada E (leste):
1° passo – Encontrar na carta a coordenada E (leste) imediatamente menor que a
coordenada pretendida, que no caso será a coordenada ________mE.
2° passo – Obter a diferença entre ambas as coordenadas: ________ – ________ =
_____mE. Ou seja, a primeira coordenada estará a _______m a leste (direita) da linha
de coordenada ________mE pré-existente na carta. 
3° passo – Com uso de régua e por conversão com escalas ou com um escalímetro,
traçar uma linha reta a ______m da coordenada _________mE (ou um ponto para
completar a linha reta quando tivermos a coordenada N). 
Encontrando a coordenada N (Norte):
1° passo – Encontrar na carta a coordenada N (norte) imediatamente menor que a
coordenada pretendida, que no caso será a coordenada __________mN.
2° passo – Obter a diferença entre ambas as coordenadas: ________ - ________ =
______mN. Ou seja, a nossa segunda coordenada estará a ______m a norte (acima)
da linha de coordenada __________mN pré-existente na carta. 
3° passo – Com uso de régua e por conversão com escalas ou com um escalímetro,
traçar uma linha reta a ______m da coordenada _________mN. 
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 4 14
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
Localizando o ponto:
O ponto procurado é aquele em que as duas retas obtidas se cruzarem, que no caso
representa a ____________________________. 
5.1.2) Determinando as coordenadas planimétricas (UTM) de um ponto qualquer de
uma carta topográfica:
Tal processo será explicado através do seguinte roteiro-exemplo, considerando
como ponto a ser determinado as coordenadas, a(o) ____________________________
constante na carta _______________, escala 1:_________, região de ______________.
Determinando a coordenada E (leste):
1° passo – Identificar na carta a coordenada E (leste) imediatamente menor que a
coordenada do ponto pretendido, que no caso será a coordenada ________mE.
2° passo – Com uso de régua e por conversão com escalas ou com um escalímetro,
medir na carta a distância em linha reta entre a coordenada _________mE e o ponto
pretendido, o que dá _______m. 
3º passo – Somar os ________m obtidos à coordenada utilizada como referência: ___m
+ ________m = _________mE. 
Determinando a coordenada N (norte):
1° passo – Identificar na carta a coordenada N (norte) imediatamente menor que a
coordenada do ponto pretendido, que no caso será a coordenada _________mN.
2° passo – Com uso de régua e por conversão com escalas ou com um escalímetro,
medir na carta a distância em linha reta entre a coordenada _________mN e o ponto
pretendido, o que dá ______m. 
3º passo – Somar os _______m obtidos à coordenada utilizada como referência: ____m
+ _________m = _________mN. 
Portanto, as coordenadas planimétricas (UTM) do __________________________
serão: 22 J ________mE e UTM _________mN. 
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 4 15
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
5.2) SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS6
O globo terrestre é subdivido em diversas linhas imaginárias de forma que
possamos determinar um ponto qualquer do planeta, ainda que não tenhamos pontos de
referência no terreno para tal.
As linhas imaginárias dispostas na direção norte-sul são os meridianos, cujo
meridiano inicial (0°) é o meridiano de “Greenwich”. Já as linhas na direção leste-oeste
são os paralelos, cujo paralelo inicial (0°) é o paralelo do “Equador”. 
O cruzamento entre um paralelo e um meridiano nos indicará um ponto qualquer
do globo terrestre, através da leitura de sua latitude e longitude.
Latitude é a distância em graus entre o ponto considerado e o paralelo do
“Equador”. O que estiver ao norte do Equador é dito como latitude Norte (N) ou latitude
positiva, e que estiver ao sul do Equador terá latitude Sul (S) ou latitude negativa. 
Longitude é a distância em graus entre o ponto considerado e o meridiano de
“Greenwich”. O que estiver a leste de Greenwich é dito como longitude Leste (E) ou
longitude positiva, e o que estiver a oeste de Greenwich terá longitude (W) ou longitude
negativa. 
Imagem disponível em <http://www.brasilescola.com/geografia/coordenadas-geograficas.htm> Acesso em 19 Out 2011.
6 O texto realçado tem caráter meramente informativo, visto que não é objetivo da lição o trabalho com coordenada geográfica. No entanto, caso 
haja tempo disponível, a critério do instrutor, poderão ser desenvolvidos os cálculos referentes as coordenadas geográficas, conforme passo a passo 
das páginas seguintes.
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 4 16
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
5.2.1) Como encontrar numa carta topográfica uma coordenada geográfica
recebida:
Tal processo será explicado através do seguinte roteiro-exemplo:
Recebida a coordenada: Latitude S __-°___’___”; Longitude W ___°___’___”,
localizar o ponto em questão na carta topográfica, no caso a disponível é carta
_____________, escala 1:___________, região de ______________. 
Encontrando a latitude:
1° passo - Observando a carta verifica-se que a latitude da mesma varia de
S___°___’___” a S ___°___’___”. 
Também se verifica que entre essas duas latitudes, a carta apresenta-se subdividida de
___’ ___” em ___’___”. 
2° passo - Com a finalidade de obter maior precisão converteremos essa diferença de
___’ ___” toda para segundos: ___’ x 60 + ___” = _____”.
3° passo - Com o uso de uma régua medimos a diferença entre S ___°___’___” e S
___°___’___”, que são as coordenadas entre as quais que a latitude que procuramos se
encontra, usando a escala em mm para maior precisão. 
Efetuando a leitura obtemos ___ mm. Ou seja, a diferença de ___’ ____” (ou ___”)
corresponde a uma diferença de ___ mm.
4° passo - Em seguida, diminuiremos da latitude procurada a latitude mais próxima e
menor que for encontrada expressa na carta, no caso a latitude S ___°___’___”,
transformando o resultado em segundos, para maior precisão :
5° passo - A partir daí efetuar uma regra de três simples. Se ___” equivalem a ___ mm,
a quantos mm equivalerão ___”?: 
___” ------- ___ mm
___” ------- X
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 4 17
 ° ’ ” -
 ° ’ ”
 ° ’ ”
X
60
 ” + ” = ”
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
X = _____ mm
6° passo - Com uma régua medir o valor encontrado a partir da latitude mais próxima e
menor encontrada na carta (no caso S ___°___’___”), marcando um ponto e traçando
uma reta paralela aos paralelos da carta. 
Encontrando a longitude:
1° passo - Observando a carta verifica-se que a longitude da mesma varia de
W___°___’___” a W ___°___’___”. 
Também se verifica que entre essas duas longitudes, a carta apresenta-se subdividida
de ___’ ___”em ___’___”. 
2° passo - Com a finalidade de obter maiorprecisão converteremos essa diferença de
___’ ___” toda para segundos: ___’ x 60 + ___” = _____”.
3° passo - Com o uso de uma régua medimos a diferença entre W ___°___’___” e W
___°___’___”, que são as coordenadas entre as quais que a longitude que procuramos
se encontra, usando a escala em mm para maior precisão. 
Efetuando a leitura obtemos ___ mm. Ou seja, a diferença de ___’ ___”(ou ___”)
corresponde a uma diferença de ___ mm.
4° passo - Em seguida, diminuiremos da longitude procurada a longitude mais próxima
e menor que for encontrada expressa na carta, no caso a longitude W ___°___’___”,
transformando o resultado em segundos, para maior precisão :
5° passo - A partir daí efetuar uma regra de três simples. Se ___” equivalem a ___ mm,
a quantos mm equivalerão ___”: 
___” ------- ___ mm
___” ------- X
X = ____ mm
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 4 18
 ° ’ ” -
 ° ’ ”
 ° ’ ”
X
60
 ” + ” = ”
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
6° passo - Com uma régua medir o valor encontrado a partir da longitude mais próxima e
menor encontrada na carta (no caso W ___°___’___”), marcando um ponto e traçando
uma reta paralela aos meridianos da carta. 
Localizando o ponto:
O ponto procurado é aquele em que as duas retas obtidas se cruzarem, no caso
______________________________________________. 
5.2.2) Determinando as coordenadas geográficas de um ponto qualquer de uma
carta:
É o processo inverso do item anterior. Será explicado através do seguinte roteiro-
exemplo:
Determinar as coordenadas geográficas de _____________________________ ,
na carta _________________, escala _______________, região de _____________. 
Passo inicial: A partir da(o) ______________, traçar uma reta paralela aos paralelos da
carta e uma outra reta paralela aos meridianos da carta. 
Encontrando a latitude:
1° passo - Verificar a distância, em mm, entre o ponto considerado e a latitude mais
próxima e menor que conste da carta, no caso a latitude S ___°___’___”. Será obtido o
valor de ___ mm.
2° passo - Sabendo que ___’ ___” corresponde a ____” e que equivale a ___ mm,
efetua-se uma regra de três simples:
___ mm ------- ___”
___ mm ------- X”
X = ___”
3° passo - Transformar o valor obtido de segundos para minuto: ___”/60 = ___’ ___”
4° passo - Somar o valor obtido (___’___”) à latitude mais próxima e menor:
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 4 19
 ° ’ ” +
 ° ’ ”
 ° ’ ”
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
Encontrando a longitude:
1° passo - Verificar a distância, em mm, entre o ponto considerado e a longitude mais
próxima e menor que conste da carta, no caso a longitude W ___°___’___”. Será obtido
o valor de ___ mm.
2° passo - Sabendo que ___’ ___” corresponde a ___” e que equivale a ___ mm, efetua-
se uma regra de três simples:
___ mm ------- ___”
___ mm ------- X”
X = ___”
3° passo - Transformar o valor obtido de segundos para minuto: ___”/60 = ___’___”
4° passo - Somar o valor obtido (___’___”) à longitude mais próxima e menor:
Assim, as coordenadas geográficas de ________________________ são: Latitude S
___°___’___”; Longitude W ___°___’___”.
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 4 20
 ° ’ ” +
 ° ’ ”
 ° ’ ”
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
LIÇÃO 5
BÚSSOLA: ORIENTAÇÃO E NAVEGAÇÃO 
CONTROLE DE DISTÂNCIAS PERCORRIDAS
OBJETIVOS
Ao final desta lição, os participantes serão capazes de:
1. Navegar com a utilização de bússola; 
2. Navegar com a utilização de bússola e carta topográfica.
Imagem disponível em <http://www.northbrasil.com.br/northbrasil/NoticiaVisualizar.aspx?id=1256> Acesso em 19 Out 2011.
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 5 1
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
BÚSSOLA: ORIENTAÇÃO E NAVEGAÇÃO
1) DEFINIÇÃO 
Bússola é um instrumento destinado à medida de ângulos horizontais tendo como
referencial o norte magnético. 
Baseia-se no magnetismo natural do planeta, possuindo uma agulha imantada
que tem a propriedade de possuir sempre uma de suas extremidades apontando para o
norte magnético da terra.
1.1) TIPOS DE BÚSSOLAS
Existem diversos tipos de bússolas, sendo que as mais utilizadas em operações
de busca e resgate terrestre são a bússola de orientação ou transferidora e a
bússola de visada. A bússola de orientação, contudo, é muito mais útil, visto que
permite trabalhar conjuntamente com cartas topográficas.
1.1.1) Bússola de visada:
Embora possa ser utilizada em operações de busca e resgate terrestre, não
permite trabalhar em conjunto com cartas topográficas, de forma que seu uso, portanto,
é desaconselhável. 
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 5 2
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
1.1.2) Bússola de orientação ou bússola transferidora:
Imagem disponível em <http://trekking.marionery.com/orientacao-com-bussola-e-mapa-parte-1/> Acesso em 19 Out 2011.
A bússola de orientação ou transferidora é composta de um invólucro circular
chamado de cápsula, colocado sobre uma placa base de acrílico transparente. Dentro
dela existe uma peça metálica chamada de agulha, a qual se equilibra sobre um eixo
que tem livre movimento. 
Como a agulha é magnetizada, ela sempre indicará para o norte magnético. A
parte da agulha que interessa é a metade que é destacada em vermelho, por um N, uma
seta, ou por outro meio de destaque. 
Em torno da cápsula deve haver anel giratório denominado limbo, devendo tal
anel ser graduado. Dependendo do tamanho da bússola o limbo é graduado de grau em
grau (muito raro) ou de dois em dois graus (mais comum) ou mais. 
Quanto maior o diâmetro do limbo, mais graus haverá entre as marcas.
Normalmente a escala do limbo é em graus, esta escala vai de 0º a 360º, ou da marca
"N" do limbo até ela de novo, ou seja, começando e terminando no mesmo ponto,
denominando-se norte-do-limbo. 
Os valores lidos no limbo são chamados de azimutes magnéticos, que são
valores angulares que iniciam na direção do norte magnético apontado pela agulha e
vão até uma direção escolhida por nós, seja ele um pico, uma árvore, ou outro
referencial qualquer. 
CBRT- 2016-1 - MP – Lição 5 3
 Curso de Busca e Resgate Terrestre
No fundo da cápsula é importante que exista uma série de linhas paralelas, sendo
que as linhas mais externas servem para alinhar a bússola com as linhas de
coordenadas de uma carta. 
Já as duas linhas centrais geralmente são mais espessas ou de outra cor ou
ainda representada por uma seta. À faixa entre estas linhas internas chamamos de seta-
guia ou portão. 
Na placa base da bússola, originando-se da cápsula existe uma outra seta
apontando para extremidade desta placa que chamamos de linha-de-fé ou seta de
rumo, que será a linha que apontaremos para o nosso “alvo”. 
Nessa placa base teremos também uma pequena régua em centímetros, e
escalímetros nas laterais, em geral nas escalas 1:50.000 e 1:25.000.
 
1.2) CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO DE BÚSSOLAS
Por se tratar de um equipamento, baseado no magnetismo natural do planeta,
existe algumas medidas preventivas que devem ser respeitadas para que o
equipamento funcione corretamente, não acarretando desvio de direção. Assim,
considere sempre, para o bom funcionamento da bússola, um afastamento mínimo de:
- 60 metros de redes de alta tensão (muito importante, a interferência é muito 
grande);
- 20 metros de redes de baixa tensão;
- 20 metros de veículos;
- 20 metros de torres de telefonia;
- 10 metros de cercas e redes de arame;
- Que esteja afastada de aparelhos celulares;
- Que esteja afastada de eletroeletrônicos

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