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Revisão técnica:
Gustavo da Silva Santanna 
Bacharel em Direito
Especialista em Direito Ambiental Nacional e Internacional 
e em Direito Público
Mestre em Direito
Professor em cursos de graduação e pós-graduação em Direito
Cata logação na publicação: Karin Lorien Menoncin – CRB 10/2147
C756 Constituição e tributação / Magnum Koury de Figueiredo 
Eltz... [et a l.] ; [revisão técnica: Gustavo da Silva 
Santanna]. – Porto Alegre: SAGAH, 2018.
346 p. : il. ; 22,5 cm
ISBN 978-85-9502-404-5
1. Direito constituciona l. 2. Direito tributário. I. Eltz, 
Magnum Loury de Figueiredo. II.Título.
CDU 34(091)
LIVRO_Constituicao e Tributacao.indb 2 30/04/2018 16:23:12
Direito Constitucional 
estadual e Constituições 
Estaduais
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Explicar as espécies de Poder Constituinte e as suas relações com as 
Constituições Estaduais.
  Reconhecer o que é princípio da simetria.
  Identificar o controle de constitucionalidade no âmbito das Consti-
tuições Estaduais.
Introdução
Ao refletirmos sobre o conceito de Constituição, não podemos ignorar 
a definição de Poder Constituinte, pois estaríamos excluindo a origem 
popular da validade da Constituição, uma vez que o Poder Constituinte 
desempenha papel fundamental de fundador e legitimador da ordem 
constitucional. Ele se classifica fundamentalmente em originário e deri-
vado: o primeiro é o responsável pela instauração de uma nova ordem 
jurídica, ao passo que o segundo, que se subdivide em reformador e 
derivado, é o responsável pela modificação da Constituição Federal e 
pela estruturação das Constituições Estaduais, respectivamente.
As normas que integram a Constituição Federal influenciam conside-
ravelmente a organização do ordenamento jurídico e são fundamentais à 
autonomia dos estados. A forma mais pura de manifestação da soberania 
popular se encontra no Poder Constituinte, que possui o privilégio de limi-
tar o poder estatal e preservar direitos e demais garantias. Ele é exercido 
pelos representantes escolhidos pelo povo, que possui exclusivamente 
a sua titularidade.
LIVRO_Constituicao e Tributacao.indb 213 30/04/2018 16:24:21
Diante disso, podemos observar o papel fundamental exercido pelo 
Poder Constituinte, pois é por intermédio dele que se pode instaurar 
uma nova ordem jurídica e, portanto, uma nova organização do Estado.
Neste capítulo, estudaremos as espécies de Poder Constituinte e as 
suas relações com as Constituições Estaduais. Também aprenderemos o 
que é o princípio da simetria e, por fim, analisaremos o controle de consti-
tucionalidade no âmbito das Constituições de cada estado da Federação. 
Espécies de Poder Constituinte 
e Constituições Estaduais
Para conceituarmos Poder Constituinte de forma simples e objetiva, podemos 
defi ni-lo como o poder de elaborar ou atualizar a Constituição, norma de maior 
importância do ordenamento jurídico, por meio de modifi cações, supressões 
ou acréscimos de normas constitucionais. Esse gênero possui duas espécies: 
o Poder Constituinte Originário e o Poder Constituinte Derivado. No Derivado, 
ainda é possível classifi cá-lo como Reformador ou Decorrente, conforme os 
apontamentos feitos por Lenza (2017).
O Poder Constituinte Originário estabelece a Constituição de um novo 
Estado ao instituir uma nova ordem, diferente das que vigoravam anteriormente. 
A esse respeito, Temer (2008, p. 35) afirma que:
Ressalta-se a ideia de que surge novo Estado a cada nova Constituição, pro-
venha ela de movimento revolucionário ou de assembleia popular. O Estado 
brasileiro de 1988 não é o de 1969, nem o de 1946, o de 1937, de 1934, de 1891, 
ou de 1824. Historicamente é o mesmo. Geograficamente pode ser o mesmo. 
Não o é, porém, juridicamente. A cada manifestação constituinte, editora de 
atos constitucionais como Constituição, Atos Institucionais e até decretos 
(veja o Decreto nº. 1, de 15 de novembro de 1889, que proclamou a República 
e instituiu a Federação como forma de Estado), nasce o Estado. Não importa 
a rotulação conferida ao ato constituinte. Importa a sua natureza. Se dele 
decorre a certeza de rompimento com a ordem jurídica anterior, de edição 
normativa em desconformidade intencional com o texto em vigor, de modo 
a invalidar a normatividade vigente, tem-se novo Estado.
Autonomia, incondicionalidade, soberania e permanência são algumas 
das principais características do Poder Constituinte Originário, que pode se 
expressar por meio da outorga ou da Assembleia Nacional Constituinte. A 
outorga sucede de movimento revolucionário e se caracteriza pela declaração 
unilateral dos seus agentes, enquanto a Assembleia Nacional Constituinte surge 
Direito Constitucional estadual e Constituições Estaduais214
LIVRO_Constituicao e Tributacao.indb 214 30/04/2018 16:24:21
de deliberação dos representantes do povo, como no caso da Constituição 
Federal de 1988, por exemplo. O Poder Originário é ilimitado, ou seja, diante 
da corrente positivista adotada, a ordem jurídica se inicia a partir dele. Assim, 
nem mesmo o direito natural pode limitá-lo, de forma que ele se faz presente 
tanto no surgimento da primeira Constituição do País como na elaboração 
da Constituição seguinte.
O Poder Constituinte Derivado, também chamado de Secundário 
ou de Segundo Grau, é estabelecido e instituído pelo Poder Constituinte 
Originário, caracterizando-se pela subordinação e pelo condicionamento 
aos parâmetros impostos pelo Originário, sendo passível de controle de 
constitucionalidade. De acordo com Moraes (2014), ele se subdivide em 
Reformador e Decorrente. 
O Poder Constituinte Derivado Reformador, também denominado 
Competência Reformadora, é capaz de realizar alterações no Texto Cons-
titucional desde que obedecidos os limites e as regulamentações especiais 
impostos pela Constituição por intermédio do Poder Originário. A mani-
festação do Poder Reformador se dá pelo estabelecido no art. 60 da Carta 
Magna, que prevê as possibilidades de emendas à Constituição. Dada uma 
norma introduzida na Constituição por meio de emenda, ela tem a mesma 
natureza constitucional e, logo, situa-se na mesma posição das normas 
instituídas pelo Poder Originário. 
Já o Poder Constituinte Derivado Decorrente possibilita aos estados a 
sua auto-organização em razão da autonomia que receberam com a fixação 
das suas respectivas constituições estaduais, desde que respeitadas as regras 
impostas pela Constituição Federal. É importante destacarmos que ele pode 
ser subdividido em duas modalidades, sendo uma inicial e a outra de revisão 
estadual. Nesse sentido, a modalidade inicial inaugura, elabora e implementa 
a Constituição Estadual, ao passo que a revisão é responsável por eventuais 
modificações no seu texto. Assim como acontece com o Poder Constituinte 
Reformador, o Poder Decorrente também deve observar as limitações consti-
tucionais e precisa obedecer aos princípios estabelecidos no art. 25 da Cons-
tituição Federal (BRASIL, 1988, documento on-line), que prevê:
Art. 25 Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que 
adotarem, observados os princípios desta Constituição.
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas 
por esta Constituição.
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os ser-
viços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida 
provisória para a sua regulamentação.
215Direito Constitucional estadual e Constituições Estaduais
LIVRO_Constituicao e Tributacao.indb 215 30/04/2018 16:24:21
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropo-
litanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos 
de Municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a 
execução de funções públicas de interesse comum.
Se estabelecem os limites à manifestação do Poder Constituinte Derivado 
Decorrente por meio dos princípios constitucionaissensíveis (que se encon-
tram expressos na Constituição), dos princípios constitucionais estabelecidos 
(extraídos da interpretação do conjunto das normas centrais como organização 
de poderes, Sistema Tributário Nacional, poderes políticos, etc.) e dos prin-
cípios constitucionais extensíveis, que estão relacionados com a estrutura 
de federação como o processo legislativo, os orçamentos, a investidura em 
cargos públicos, etc. 
O exercício do poder constituinte derivado decorrente fica a cargo das assembleias 
legislativas dos estados, conforme previsão expressa do art. 11 do Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias.
Por fim, o Distrito Federal, que é regido por lei orgânica e não por uma 
Constituição Estadual, como os demais entes federativos, é parcialmente 
tutelado pela União, conforme art. 32 da Constituição (BRASIL, 1988). O 
entendimento recorrente conclui que, nesse caso, a lei orgânica possui a mesma 
natureza de uma Constituição Estadual, sendo assim manifestação legítima 
do Poder Constituinte Derivado Decorrente. 
Princípio da simetria
No seu art. 1º, a Constituição Federal estabelece que a República Federativa 
do Brasil é formada pela união indissolúvel dos estados, municípios e do 
Distrito Federal, suscitando a noção de unidade entre os entes federados 
(BRASIL, 1988). Contudo, embora a República Federativa do Brasil seja 
soberana, os estados que a compõem são autônomos, ou seja, contam com 
poderes próprios para dispor de assuntos internos desde que observem os 
preceitos presentes na Constituição Federal. Dessa forma, os estados devem 
Direito Constitucional estadual e Constituições Estaduais216
LIVRO_Constituicao e Tributacao.indb 216 30/04/2018 16:24:21
respeitar a soberania da Constituição Federal frente a todas as demais normas 
do ordenamento jurídico brasileiro.
Os estados proferem oficialmente as suas autonomias por meio das respecti-
vas Constituições Estaduais, frutos do Poder Constituinte Derivado Decorrente 
que, como o próprio nome sugere, decorre do Poder Constituinte Originário. 
No entanto, a autonomia dos entes federativos é limitada. É precisamente sobre 
essa limitação que orbita o princípio da simetria, que define a obrigatorie-
dade de observação e harmonização das normas vigentes nas Constituições 
Estaduais com os dispositivos da Constituição Federal. Tal correspondência 
entre as normas pode ser efetuada com a reprodução das normas de natureza 
obrigatória e da orientação no que tange às demais normas, valendo-se da 
plenitude permitida acerca de determinadas áreas.
Ao abordarmos os limites impostos pela Constituição Federal, convém 
analisarmos o seu art. 34 (BRASIL, 1988, documento on-line), que expõe 
um rol taxativo das hipóteses em que a União pode intervir nos estados e 
no Distrito Federal com o objetivo de manter o vínculo indissolúvel, além 
de expor publicamente que a autonomia é limitada e passível de inter-
venção. Essa relação entre a autonomia dos estados e os limites impostos 
pela Constituição Federal sempre foi matéria de diversas discussões na 
esfera jurídica, pois se tratam de institutos muito próximos e, ao mesmo 
tempo, antagônicos, dificultando um entendimento único e homogêneo 
acerca do tema. A partir das discussões fomentadas pela doutrina e pela 
jurisprudência, convencionou-se o já mencionado princípio da simetria. Ele 
fundamenta que os estados se organizem de maneira a obedecer ao modelo 
constitucional da União.
Considerando o que estudamos até o momento, não restam dúvidas que as 
normas determinadas pela Constituição Federal devem ser observadas pelas 
Constituições Estaduais e também pelas leis orgânicas dos municípios. Todavia, 
não podemos esquecer a autonomia dos entes federativos e o equilíbrio para 
a coexistência de ambos, preservando a característica unitária de Federação. 
Outro aspecto importante ao qual devemos atentar é o fato de que algumas 
normas previstas na Constituição Federal são de reprodução impossível, ou 
seja, mesmo considerando que a repetição das normas constitucionais seria 
uma forma de manter a segurança jurídica, tal correspondência jamais poderia 
ser integral, pois só se pode copiar uma conduta quando se legitima praticá-la. 
Por exemplo, sobre as medidas provisórias, ainda que se tenha admitido a 
edição delas por parte dos governadores, elas nunca poderiam ter como objeto 
normas relativas ao Direito Civil, visto que compete apenas ao Presidente da 
República a edição de medidas sobre o assunto.
217Direito Constitucional estadual e Constituições Estaduais
LIVRO_Constituicao e Tributacao.indb 217 30/04/2018 16:24:21
Em suma, os limites impostos pelo Poder Constituinte Originário são uma 
forma de garantir que os estados não ultrapassem os limites previstos e, ao 
mesmo tempo, que não se exigirá nada além deles.
Controle de constitucionalidade diante 
das Constituições Estaduais
Reconhecer a autonomia dos estados na sua auto-organização é um impor-
tante passo para o reconhecimento da supremacia das normas presentes nas 
Constituições Estaduais diante dos demais atos normativos. Porém, essa 
supremacia não é plena, uma vez que os dispositivos legais dos estados se 
submetem à Constituição Federal, norma suprema do ordenamento jurídico 
brasileiro. No seu art. 125, § 2º, a Constituição Federal prevê a representação 
de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais, 
consagrando o controle de constitucionalidade estadual: “§ 2º Cabe aos 
Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou 
atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, 
vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão”. (BRASIL, 
1988, documento on-line). 
O Texto Constitucional determina que somente leis ou atos normativos 
estaduais ou municipais são objeto de controle, vedando a atribuição de legi-
timação para agir a um único órgão. Embora a Carta Magna tenha previsto 
apenas a representação de inconstitucionalidade, a doutrina entende que, de 
acordo com o princípio da simetria, é perfeitamente possível a implementa-
ção de outros meios de controle se as regras da Constituição Federal forem 
respeitadas nesse processo.
Do referido art. 2º, inferimos também que somente o Tribunal de Justiça 
de cada estado dispõe da competência para julgar o controle de constitu-
cionalidade estadual. No entanto, o Tribunal de Justiça local não julgará 
qualquer controle concentrado ou abstrato em lei federal, pois isso cumpre 
ao Supremo Tribunal Federal (STF). Vale referirmos ainda que o Texto 
Constitucional não especifica quem está legitimado para propor tais ações, 
posto que ele apenas vedou a atribuição de agir a um único órgão. Dessa 
forma, as Constituições Estaduais ficaram encarregadas de definir as regras 
para essa legitimação e, como se trata do Poder Constituinte Derivado De-
corrente, é preciso observar o art. 103 da Constituição Federal em respeito 
ao princípio da simetria (Quadro 1).
Direito Constitucional estadual e Constituições Estaduais218
LIVRO_Constituicao e Tributacao.indb 218 30/04/2018 16:24:21
Fonte: Lenza (2017, p. 357).
Art. 103 da 
Constituição Federal
Legitimados para o 
controle concentrado 
perante o STF
Art. 125, § 2º, da 
Constituição Federal
Legitimados 
para o controle 
concentrado perante 
o Tribunal de Justiça 
local (princípio 
da simetria)
Art. 125, § 2º, da 
Constituição Federal
Legitimados para o 
controle concentrado 
perante o Tribunal 
de Justiça local 
(princípio da simetria)
Especialmente em 
relação a leis ou 
atos municipais
Presidente da República Governador do estado Prefeito
Mesa do Senado 
Federal e Mesa da 
Câmara dos Deputados
Mesa da Assembleia 
Legislativa
Mesa da Câmara 
Municipal
Procurador-Geral 
da República
Procurador-Geral 
da Justiça
Conselho Federal 
da OAB
Conselho Seccional 
da OAB
Partido político com 
representação no 
Congresso Nacional
Partido político com 
representação na 
Assembleia Legislativa
Partidopolítico com 
representação na 
Câmara Municipal
Confederação sindical 
ou entidade de classe 
de âmbito nacional
Federação sindical 
ou entidade de classe 
de âmbito estadual
Quadro 1. Constituições Estaduais.
Com relação aos legitimados, entende-se que é possível a expansão do 
art. 103 da Constituição Federal com vistas a permitir que as Constituições 
Estaduais ampliem os legitimados que não guardam simetria com o Texto 
Constitucional, ao que já se verifica manifestação do STF sobre o assunto 
(BRASIL, 1988).
Outra questão muito relevante que carece de referência quando tratamos 
do controle de constitucionalidade é a cláusula de reserva de plenário, que 
se resume a um requisito para a declaração da inconstitucionalidade de lei 
ou ato normativo do Poder Público. Para isso, exige-se o voto da maioria dos 
membros dos tribunais ou do respectivo órgão especial para que a declaração 
219Direito Constitucional estadual e Constituições Estaduais
LIVRO_Constituicao e Tributacao.indb 219 30/04/2018 16:24:21
seja efetuada. Essa previsão está determinada no art. 97 da Constituição 
Federal e o seu procedimento está previsto nos arts. 948 a 950 do Código de 
Processo Civil. Assim, a regra da reserva de plenário, também chamada de 
full bench, legitima a atuação da Corte, seja por intermédio do Plenário ou 
de órgão especial, que invalida o dispositivo legal julgado inconstitucional.
1. De acordo com a doutrina 
constitucionalista, o Poder 
Constituinte Derivado 
se classifica em:
a) Poder Reformador e 
Poder Decorrente.
b) Poder Revisor e Poder Originário.
c) Poder Originário e 
Poder Reformador.
d) Poder Decorrente e 
Poder Originário.
e) Poder Majoritário e 
Poder Tomador.
2. O Poder Constituinte Derivado 
Decorrente consiste:
a) no estabelecimento da primeira 
Constituição de um novo país.
b) na possibilidade de alteração 
do Texto Constitucional do país, 
respeitada a regulamentação 
especial prevista na própria 
Constituição Federal.
c) na possibilidade de que os 
estados membros se auto-
-organizem por meio das 
suas próprias Constituições 
Estaduais, respeitando 
as regras limitativas da 
Constituição Federal.
d) no estabelecimento da 
Constituição posterior 
de um antigo país.
e) no fato de não estar sujeito a 
qualquer forma prefixada para 
manifestar a sua vontade.
3. A elaboração de uma nova 
Constituição compete ao Poder 
Constituinte Originário, cujas 
formas de manifestação são:
a) a recepção e a 
desconstitucionalização.
b) a outorga e a Assembleia 
Constituinte.
c) o Poder Derivado Decorrente 
e a revolução.
d) as emendas constitucionais e as 
normas infraconstitucionais.
e) os representantes do povo e o 
Poder Derivado Reformador.
4. O Poder Constituinte atribuído 
aos estados para a sua auto-
-organização é denominado:
a) Originário.
b) Originário Confederativo.
c) Originário Revisor.
d) Reformador Originário.
e) Decorrente.
5. Com base no princípio da simetria:
a) os estados devem se 
organizar de modo a 
obedecer ao mesmo modelo 
constitucional da União.
b) os estados desfrutam de 
autonomia ilimitada.
Direito Constitucional estadual e Constituições Estaduais220
LIVRO_Constituicao e Tributacao.indb 220 30/04/2018 16:24:23
BRASIL. Constituição Federal de 1988: promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível 
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituição.htm>. Acesso 
em: 8 abr. 2018.
LENZA, P. Direito Constitucional esquematizado. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
MORAES, A. de. Curso de Direito Constitucional. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
TEMER, M. Elementos de Direito Constitucional. 22. ed. São Paulo: Malheiros, 2008.
Leitura recomendada
BONAVIDES, P. Curso de Direito Constitucional. 30. ed. São Paulo: Malheiros, 2015.
c) os estados não precisam se 
organizar de acordo com 
o modelo constitucional 
da União, visto que podem 
existir normas idênticas para 
questões divergentes.
d) as Constituições Estaduais 
dispõem do mesmo status 
que a Constituição Federal.
e) sob nenhuma hipótese as 
Constituições Estaduais 
necessitam reproduzir 
normas determinadas pela 
Constituição Federal.
221Direito Constitucional estadual e Constituições Estaduais
LIVRO_Constituicao e Tributacao.indb 221 30/04/2018 16:24:24
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7%C3%A3o.htm
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
LIVRO_Constituicao e Tributacao.indb 222 30/04/2018 16:24:24

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