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AULA 2 - Transição demográfica, epidemiológica e nutricional

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2/22/2018 
1 
Natal, 
2018 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO 
DISCIPLINA: NUTRIÇÃO EM SAÚDE COLETIVA 
Refere-se aos efeitos que as mudanças dos níveis de 
fecundidade e mortalidade provocam sobre o ritmo 
de crescimento populacional e sobre a estrutura por 
idade e sexo, promovendo mudanças na dinâmica 
populacional 
 TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA 
 “ TRANSIÇÃO ” 
 Este processo, refere-se aos efeitos das mudanças 
nos níveis de: 
 TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA 
Fecundidade 
Natalidade 
Mortalidade 
2/22/2018 
2 
TAXA (COEFICIENTE) DE NATALIDADE GERAL 
 
 É fundamental para a estimativa de Crescimento 
Populacional. 
 
 TNG = Número de Nascidos vivos x 1000 
 População Total 
 
 
 TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA 
TAXA (COEFICIENTE) DE FECUNDIDADE GERAL 
OU DE FERTILIDADE 
 
 É uma medida mais apropriada da intensidade da geração de 
filhos em uma população do que a taxa de natalidade. 
 
 TFG = Número de Nascidos Vivos x 1000 
 Pop. Feminina 15–49 anos 
 
OBS: Se a estrutura etária das mulheres em idade fértil de duas 
populações for muito diferente, há problemas de comparabilidade, 
assim como há no caso de mortalidade. 
Para evitar esse problema, calculam-se as 
taxas de fecundidade específica por faixa 
etária, que são sintetizadas em uma taxa de 
fecundidade total. 
 TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA 
 
TAXA DE FECUNDIDADE ESPECÍFICA 
 
 Essa medida relaciona o número de nascidos vivos de mulheres 
de uma idade determinada com a população de mulheres da 
mesma idade determinada. 
 
• Mede a contribuição de cada idade para a fecundidade total. 
 
TFE = Número de Nascidos vivos de mulheres de uma determinada idade X 1000 
 População feminina da mesma idade determinada 
 TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA FASES DA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA 
•↑ Taxas de natalidade e mortalidade 
(principalmente infantil) 
Fase Pré-industrial ou 
primitiva: equilíbrio 
populacional 
•↑ natalidade e ↓ da mortalidade 
•Explosão populacional 
 Fase intermediária: 
Divergência de 
coeficientes 
•↓ acelerada natalidade e ↓ mortalidade 
•Envelhecimento da população 
Fase intermediária: 
Convergência de 
coeficientes 
•↓ natalidade e ↓ mortalidade 
•Aproximação de coef em níveis mais ↓ 
•↑ a esperança de vida 
Fase moderna ou pós-
transição: Retorno ao 
equilíbrio populacional 
2/22/2018 
3 
1
5
 M
IL
 
3
0
0
 M
IL
 
3
,2
 
M
IL
H
Õ
E
S
 
1
7
,4
 
M
IL
H
Õ
E
S
 
5
1
,9
 
M
IL
H
Õ
E
S
 
1
7
3
,3
 
M
IL
H
Õ
E
S
 
2
5
9
,8
 
M
IL
H
Õ
E
S
 
FASE 1 - LENTO FASE 2 FASE 3 
 ↑ URBANIZAÇÃO = 1940 (68,8% Z. RURAL) / 2000 (81,2% Z. URBANA) / 2030 (91,3% Z. URBANA) 
 Taxa de reposição = taxa de fecundidade 
 
 2,1 filhos/mulher  para a população continuar a 
crescer. 
 
 2 crianças substituem os pais e a fração 0,1 é 
necessária para compensar os indivíduos que morrem 
antes de atingir a idade reprodutiva. 
6,48 F/♀ 3,37 2,35 2,1 1,85 
2/22/2018 
4 
 
6,2 
5,8 
4,3 
2,7 
2,3 
TAXAS ESPECÍFICAS DE FECUNDIDADE, 
SEGUNDO OS GRUPOS DE IDADE DA MÃE – 
BRASIL 1980/2006 
44/1000 NV 29 12 21 6,3/1000 19,7/1000 28,8/1000 9,3/1000 
2/22/2018 
5 
TAXAS DE NATALIDADE E MORTALIDADE GERAL 
(nascimentos e óbitos /1000 habitantes) 
- BRASIL (1900-1999) 
 
 
Taxa de Crescimento Populacional  percentual médio de 
aumento anual da população em um determinado período. 
Ela indica o ritmo de crescimento populacional. A taxa é 
influenciada pela natalidade, pela mortalidade e pelas 
migrações. 
 
 Crescimento Vegetativo  diferença entre as entradas 
(nascimento e migrações) e as saídas (morte e 
emigrações) de uma população. 
 
Esses dois indicadores são relacionados  um 
crescimento vegetativo determina uma alta taxa de 
crescimento. 
 
 TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA 
Comportamento da 
FECUNDIDADE/MORTALIDADE/NATALIDADE 
 TENDÊNCIA DE REDUÇÃO 
 2,94% = ANO DE 1900 
 3,00% = ANO DE 1950 
 1,50% = ANO 2000 
 0,24% = ANO DE 2050 
“ZERO” = ANO DE 2062 
 
 
2/22/2018 
6 
Malta et. al, 2006 
A transição demográfica não é 
um fenômeno homogêneo em 
nosso país e reflete diferenças 
socioeconômicas e de acesso. 
ENVELHECIMENTO DA 
POPULAÇÃO BRASILEIRA 
- “Envelhecimento Demográfico”  acúmulo 
progressivo de maiores contingentes 
populacionais nas faixas etárias mais avançadas 
 
- Caracterização  ↓ jovens e crianças 
 ↑ adultos / idosos 
 
 - Fatores envolvidos = 
• ↓ mortalidade geral e infantil / ↑ expectativa de vida 
• queda da fecundidade 
 
- Instrumentos quantificados para representar o “envelhecimento 
demográfico” = → Idade Mediana 
→ Esperança de Vida ao Nascer 
→ Pirâmides Populacionais 
ENVELHECIMENTO DA 
POPULAÇÃO BRASILEIRA 
- ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER 
 
33,7 
45,9 
73,4 
81,3 
INCREMENTO DE 12 
ANOS EM MEIO 
SÉCULO 
INCREMENTO 
DE 25 ANOS 
ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA 
2/22/2018 
7 
ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA Percentual da População com 60 anos e mais 
2006 
Percentual da População com 60 anos e mais 
2050 
30 
2/22/2018 
8 
 - O processo engloba três mudanças básicas: 
 
• substituição  entre as primeiras causas de morte, das 
doenças transmissíveis por doenças não transmissíveis 
(associadas ao sobrepeso, p.ex.) e causas externas; 
 
• deslocamento  da maior carga de morbi-mortalidade 
dos grupos mais jovens aos grupos mais idosos; 
 
• transformação  de uma situação em que predomina a 
mortalidade para outra em que a morbidade é dominante. 
TRANSIÇÃO 
EPIDEMIOLÓGICA 
“Transição epidemiológica”: pode ser definida como a 
mudanças no perfil das causas de morte. 1 – Pestilência (pestes) e Fome: Mortalidade e fecundidade ↑ 
2 - Pandemias em recessão: Mortalidade e fecundidade em queda 
3 – Doenças Degenerativas e provocadas pelo homem: Mortalidade e 
fecundidade ↓ 
4 – Declínio da mortalidade por doenças cardiovasculares, mudanças 
no estilo de vida, doenças emergentes e reemergentes 
5 – Longevidade paradoxal  doenças enigmáticas (p.ex.: câncer), 
capacitação tecnológicas para sobrevivência do inapto. 
 A partir do Século XIX / países industrializados 
 
 
 mudanças no perfil epidemiológico 
 
 
 Principais fatores: 1) Alterações na estrutura etária 
 2) Alteração dos padrões de morbi e 
 mortalidade 
 
 
 
 Brasil: transição prolongada ou “polarizada” (contraste) 
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA 
N
O
 B
R
A
S
IL
 
Superposição entre as etapas onde predominam as 
doenças transmissíveis e crônico-degenerativas; 
Contra-transição: reintrodução de doenças como 
dengue e cólera, ou o recrudescimento de outras 
como a malária, hanseníase e leishmanioses 
Transição prolongada: morbi-mortalidade persiste 
elevada por ambos os padrões. 
Polarização epidemiológica: as situações 
epidemiológicas de diferentes regiões em um 
mesmo país tornam-se contrastantes. 
2/22/2018 
9 
 
 A mudança no perfil epidemiológico: apresenta caráter 
diferenciado. 
 
 
 DUPLA/TRIPLA CARGA DE DOENÇAS  Co-existência de 
doenças infecciosas / parasitárias / crônico-degenerat. / 
outros agravos não infecciosos. 
 
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA 
As tendências atuais, caracterizadas 
pela diminuição da mortalidade infantil, 
deslocam o óbito para as idades mais 
avançadas, aumentando as causas de 
óbito relacionadas às doenças crônico-
degenerativas (aparelho circulatório e 
neoplasias) [GOLDANI, 1999:28]. 
Doenças infecciosa ainda importantes no século 21: 
 
• Malária - 800.000 mortes anuais no mundo 
• Febre amarela – surto Brasil 2007-2009 
• Tuberculose – 1,3 milhões de mortes anuais no mundo 
• Infecção puerperal- 3 causa de óbito materno no país 
• HIV/AIDS- epidemia a partir dos anos 1980 
DOENÇAS INFECCIOSAS PERSISTENTES, 
EMERGENTES E REEMERGENTES 
DOENÇAS COM TENDÊNCIA DECRESCENTE 
- ↓ incidência (doenças imunopreviníveis/Prog. Nacionalde Imunização); 
- Varíola, poliomelite, sarampo, raiva humana, rubéola congênita e tétano 
neonatal e acidental, difteria, coqueluche, doença de Chagas, febre tifóide, 
oncocercose, filariose e peste. 
- Malária, tuberculose, leishimaniose visceral e tegumentar, febre amarela 
silvestre, hepatites virais (B e C), meningite, hanseníase e acidentes com 
animais personhentos. 
DOENÇAS COM TENDÊNCIA DE PERSISTÊNCIA 
- AIDS (1980, atual), dengue (1992, atual), cólera (1991), etc 
DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES 
40 
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
DIP Neoplasias A. Circulatório C. Externas
DIP 45,7 43,5 35,9 25,9 15,7 11,4 6,3
Neoplasias 2,7 3,9 5,7 8,1 9,7 11,2 14,3
A. Circulatório 11,8 14,5 14,2 21,5 24,8 30,8 32
C. Externas 2,6 2,4 3,3 4,8 7,5 7,7 14,3
1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990
2/22/2018 
10 
40 
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL 
- Escassez de estudos 
- Processo de transição nutricional 
- Identificação: estudos de base populacional 
 ENDEF - Estudo Acional de Despesas Familiares – 1974 e 1975 
 PNSN - Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutricional - 1997 
 
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL 
 Obesidade  doença epidêmica 
A transição nutricional não deve ser entendida como uma 
maneira mecânica 
“ a fome e desnutrição ainda persistem” 
↑ Obesidade nas camadas sociais desfavorecidas 
Baixo gasto energético (sedentarismo) 
Aumento de sobrepeso em crianças e adolescentes 
Expansão do consumo alimentar 
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL 
 Nos últimos 25 anos: 
 
 Desnutrição em crianças 
 declínio de 72% 
 praticamente desapareceu em maiores de 18 anos. 
 
 Em contraposição: 
 Obesidade em adultos triplicou no Nordeste e duplicou 
no Sudeste 
 Há evidências de que começa a se reduzir nos estratos 
de renda mais elevada 
 
 Obesidade = Fator de risco para DCV e DM 
2/22/2018 
11 
 
 O papel do gênero – a mulher acumulando vida profissional e 
responsabilidade pela alimentação da família; 
 
 A modificação dos espaços físicos para refeições e práticas de 
preparação dos alimentos; 
 
 As mudanças nas relações familiares e pessoais com a 
diminuição do tempo e da frequência do compartilhamento 
das refeições; 
 
 A perda da identidade cultural no ato 
das preparações e receitas com a 
globalização de hábitos e costumes; 
 
 O consumo crescente de alimentos 
processados, pré-preparados ou prontos. 
 
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL 
GLOBALIZAÇÃO E 
MUDANÇAS ALIMENTARES 
 Estrutura da dieta entre nações de diferentes rendas ficam 
menos acentuadas; 
 
 Concentração de indústrias multinacionais de alimentos; 
 
 Comercialização e distribuição concentrada em redes de 
mercados de grandes superfícies; 
 
 Enfraquecimento da pequena produção local; 
 
 Alto investimento em propaganda 
e publicidade 
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL 
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL 
EVOLUÇÃO DO SOBREPESO E DA OBESIDADE NO 
BRASIL- 1974-2009 
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
5-9a. 10-
19a.
.+20a. 5-9a. 10-
19a.
.+20a. 5-9a 10-
19a.
.+ 20a. 5-9a 10-
19a.
.+ 20a.
1974-1975 1989 2008-2009
Homens c/ 
sobrepeso 
Mulheres c/ 
sobrepeso 
Mulheres 
obesa 
Homens 
 obeso 
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL 
2/22/2018 
12 
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL 
CONSEQUÊNCIAS 
 Epidemia de sobrepeso e obesidade (acúmulo excessivo de 
gordura) 
 
 Surgimento das Doenças crônicas não transmissíveis: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Envelhecimento com piora da qualidade de vida e redução 
 da longevidade. 
 
. Hipertensão, diabetes tipo 2; 
. alterações no perfil lipídico; 
. síndrome metabólica (alterações no metabolismo da glicose/insulina); 
. aumento na incidência de doenças cardiovasculares e de acidentes 
vasculares cerebrais. 
TRANSIÇÃO 
DEMOGRÁFICA 
TRANSIÇÃO 
NUTRICIONAL 
TRANSIÇÃO 
EPIDEMIOLÓGICA 
POR HOJE É SÓ...

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