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MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 1 Introdução a radiologia É uma das especialidades médicas que se ocupa nas tecnologias de imagem Entre as tecnologias mais utilizadas, estão • Radiologia convencional (RX) • Mamografia • Ultrassonografia • Tomografia computorizada • Ressonância magnética; • Densitometria óssea; • Tomografia por emissão de Pósitrons(PET-CT); • Radiologia intervencionista. RADIOLOGIA - É a parte da ciência que estuda a visualização de ossos, órgãos e estruturas através do uso de radiações, gerando imagem. DIAGNÓSTICO POR IMAGEM - É uma das especialidades médicas que se ocupa do uso das tecnologias de imagem para auxílio no diagnósticos. RADIOLOGIA CONVENCIONAL É um método de imagem mais antigo e prevalente o mais utilizado até hoje Disponível universalmente e de fácil realização. Tem como princípio básico o uso dos raios X, que atravessam a parte do corpo a ser examinada sendo absorvidos em diferentes quantidades pelas diversas estruturas e órgãos, a depender da sua densidade e composição. Realizado em aparelho simples, com mesa e tubo de raios X, que irão atravessar a região anatômica e registrar a imagem/radiografia da região em estudo. A quantidade do feixe que é barrado (atenuado) por um objeto determina a densidade radiográfica das imagens: • IMAGENS “BRANCAS” (RADIOPACAS): estruturas densas que barram totalmente o feixes de raios X. • IMAGENS “PRETAS” (RADIOTRANSPARENTES): Os feixes de raios X passam através do objeto e não são totalmente barrados. • Os TONS DE CINZA representam áreas onde o feixe de raios X foi atenuado em escala variada. As diferentes densidades dos tecidos do corpo humano são responsáveis pela formação da imagem. Para interpretar a imagem radiográfica é importante considerar um bom conhecimento anatômico. A radiografia convencional mostra cinco densidades básicas: MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 2 1. Ar - área mais escura da radiografia (pulmão) 2. Gordura - área pouquíssimo mais clara que o ar e facilmente confundida com a densidade da água (cinza mais escuro) 3. Partes moles - área mais clara que a densidade da gordura (fígado) 4. Osso - área esbranquiçada radiografia (costelas) 5. Metal ou meios de contraste - maior densidade da radiografia, maior que a densidade osso . PRINCIPAIS INDICAÇÕES: • Suspeita de fraturas; • Avaliação de doenças pulmonares (pneumonia, derrame pleural, pneumotórax etc.); • Avaliação de doenças cardíacas; • Suspeita de obstrução/perfuração intestinal; • Pesquisa de alterações degenerativas (coluna, joelhos etc.) MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 3 VANTAGENS DESVANTAGENS Ampla disponibilidade; Uso de radiação ionizante Baixa custo Sobreposição de imagens Fácil realização Pequena diferenciação de densidades comparado a outros métodos Método rápido e indolor. Uso de contraste ULTRASSONOGRAFIA Método de imagem que utiliza o eco produzido pelo som para ver em tempo real as reflexões produzidas pelas estruturas anatômicas. Não apresenta radiação, apenas ondas sonoras que interagem com área a ser estudada e retorna na forma de eco – ondas sonoras e retornam como imagem Transdutores de US (2 MHz a 40 MHz): geração do ultrassom e recepção de ecos. Frequência superior à capacidade de audição humana (20 HZ a 20 KHz). • quanto MAIOR a frequência MENOR a penetração • quanto MENOR a frequência MAIOR a penetração CONVEXO ENDOCAVITÁRIO LINEAR Menor frequência Frequência intermediaria Maior frequência Maior penetração Ex: Avaliação transvaginal (útero e ovários) e endorretal (próstata) Menor penetração Bom para avaliar estruturas mais profundas Bom para avaliar estruturas superficiais Ex: abdome, endotélio... Ex: mama e tireoide PADRÕES DE IMAGEM HIPERECOGÊNICO • mais branco que as estruturas ao redor • normalmente imagens calcificadas • imagens hiperecogênicas determinam sombra acústica posterior • feixe preto embaixo • a estrutura calcificada impede que a onda sonora continue à frente após ela • ex: cálculos renais ou da vesícula biliar MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 4 HIPOECOGÊNICO - Menos branco que as estruturas ao redor – nódulos ISOECOGÊNICO - Mesma cor que as estruturas ao redor ANACOGÊNICO • Cor nenhuma • Preto mais preto que existe • Líquido são estruturas anacogênicas • Imagens anacogênicas determinam – reforço acústico posterior • Feixe “branco” embaixo • Ex: bexiga, cisto na mama (com conteúdo líquido), cisto hepático VANTAGENS DESVANTAGENS Prático Examinador e equipamento dependentes Inócuo ao paciente Prejudicado pelo ar/gás Inofensivo ao médico Difícil para examinar pacientes obesos Muitas aplicações em medicina MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 5 MAMOGRAFIA Não é um método muito utilizado nas emergências Finalidade de estudar os tecido mamários Detecção precoce do câncer de mama em mulheres assintomáticas (carcinoma dúctil in situ ou carcinomas invasoras em estágios iniciais) Assim como a radiologia, também utiliza radiação para obtenção de imagens • Dose pequena • O exame pode ser realizado rotineiramente RASTREAMENTO NA POPULAÇÃO GERAL • Países europeus e SUS – a partir de 50 anos, bianual • Nos demais países – a partir de 40 anos, anualmente INCIDÊNCIAS BÁSICAS • Crânio caudal (CC) – divide em direita e esquerda • Médio - lateral obliqua – divide em superior e inferior, e conseguimos avaliar também a área axilar TOMOGRAFIA COMPUTORIZADA Baseia-se nos mesmos princípios que a radiografia convencional, segundo os quais tecidos com diferentes composições absorvem os raios X de forma diferente. Ao serem atravessados, tecidos mais densos (como o fígado) ou com elementos mais pesados (como o cálcio presente nos ossos), absorvem mais radiação que tecidos menos densos (como o pulmão, que está cheio de ar). A imagem é mais completa, pois ele gira em volta do paciente O paciente é visto pelo pé, mas mantendo o posicionamento como se o paciente estivesse em nossa frente. ESCALA DE HOUNSFIELD A escala cinza é formada por grande espectro de representações de tonalidades entre branco, cinza e preto Limites entre -1000 até +4000 • -1000 UH = ar • -120 a -80 UH = gordura • 0 UH = água • 50 a 55 UH = músculo • Acima de 300 UH = osso Artefatos: Se referem aos componentes da imagem que não reproduzem de modo confiável estruturas anatômicas devido a distorção, adição ou supressão de informações. MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 6 TERMINOLOGIA HIPODENSA - mais escuras (preto e cinza escuro) ISODENSA - mesma cor e mesma densidade, semelhante ao tecido que circunda HIPERTENSA - mais branca (branca) VANTAGENS DESVANTAGENS Produz imagens em fatias Uso de radiação ionizante Permite reconstruções nos diferentes planos Utiliza contraste à base de iodo Não há sobreposição de imagens Rápido e indolor MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 7 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA A ressonância magnética (RM) é um método do diagnóstico por imagem em crescente desenvolvimento Compreende o resultado da interação do forte campo magnético produzido pelo equipamento com os prótons de hidrogênio do tecido humano. Não há emissão de radiação (raios X). A ressonância magnética (RM) não utiliza radiação ionizante e sim campo magnético Exame caro, claustrofóbico e com difícil acesso TERMINOLOGIA HIPOINTENSA – preto e cinza escuro ISOINTENSO – semelhante ao tecido que o circunda HIPERINTENSO – branco HIPERCAPTANTE (captou muito) x HIPOCAPTANTE (captou pouco) – em contrasteVANTAGENS DESVANTAGENS Sem radiação ionizante Método demorado Obtém imagens em qualquer plano Sensível a movimentações Pode ser utilizado em gestantes. Muitas contraindicações Utiliza contraste à base de gadolínio MARIA LAURA R. BARROS – MED 108 DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 8 DENSITOMETRIA ÓSSEA Método mais moderno e inofensivo para se medir a densidade mineral óssea e comparando com padrões para idade e sexo. É indispensável para o diagnóstico e tratamento da osteoporose. A exposição à radiação é baixa. As partes de interesse na obtenção das imagens para diagnóstico são o fêmur, a coluna lombar e o antebraço.
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