Buscar

Aula 4 - Sinais de irritação meníngea

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

MARIA LAURA R BARROS – MED 108 
PAPM IV 
 
1 
 
Sinais de irritação meníngea 
“um médico que não conhece semiologia está condenado em repetir o erro” 
O diagnóstico da meningite é dado pela punção lombar. 
Tem características parecidas com dengue, covid, gripe, quadro viral. Porém tem como fazer exames físicos 
para diagnosticar e diferenciar a meningite. 
A punção lombar é para retirar o liquor, e a agulha é colocado entre a L3 e L4 
O sistema nervoso central é coberto pelas meninges: dura-máter, aracnoide e pia-máter. 
Espaço extradural ou espaço epidural – acima da dura-máter 
Espaço subdural – entre a dura-máter e a aracnoide 
Espaço subraquinoide – entre aracnoide e a pia-máter 
• É um espaço estéril 
• Caso o vírus chegar nesse espaço ele vai se instalar 
• O nosso corpo vai tentar proteger 
• A meninge vai começar a ficar inflamada, e ativando o norecipitor – gerando a dor de cabeça 
• Pessoa com meningite pode ter rigidez de nuca 
Espaço subpial – entre a pia-máter e o cérebro 
Nem todo paciente que tem covid tem meningite 
 
SINAIS DE MENINGITE 
São observados em todos os tipos de meninge (viral, bacteriana...) 
A rigidez de nuca o paciente não consegue colocar o queixo no peito 
HDA: Cefaleia intensa de início súbito, náuseas e vômitos, rebaixamento do nível de consciência - torpor, 
coma (GLASGOW 13-12 com piora) 
Febre pode estar presente em meningite. 
É frequente pelo quadro infeccioso, mas pode ocorrer sem febre. 
Idade frequente - criança e adolescente, idosos - pacientes com imunidades mais baixas. 
Paciente sem febre, tabagista, hipertenso - pode-se pensar em aneurisma. 
Exame complementar para diferenciar e exame físico. 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA LAURA R BARROS – MED 108 
PAPM IV 
 
2 
 
SINAL DE BRUDZINSKI 
Tecnica: paciente em decúbito dorsal, com a cabeça e os membros 
totalmente em repouso no leito. Realiza-se uma flexão passiva da cabeça 
(o examinador que faz o movimento), com o intuito do queixo do paciente 
encostar no próprio tórax. 
Quando há ́ inflamação da meninge, quanto mais ela é estirada, mais o 
paciente sente dor. Com isso, ele vai tentar evitar essa dor, fazendo uma 
resistência ao movimento e gerando uma rigidez da nuca. Isso impede que 
o queixo do paciente encoste no tórax. 
• Paciente não consegue encostar o queixo no peito e eleva os MMII 
• Aumenta a dor 
• O recolhimento das pernas é para reduzir a pressão e a dor sentida ao sinal 
Além disso, com o mesmo intuito de evitar a dor, o paciente também pode fletir as pernas. 
Sinal de rigidez de nuca - rigidez de nuca, mas o paciente não eleva as pernas. 
SINAL DE BRUDZINSKI - rigidez de nuca e o paciente eleva as pernas. 
 
 
SINAL DE KERNING 
Tecnica: com o paciente totalmente em decúbito dorsal, o examinador coloca o joelho em um ângulo de 
90º e, com uma das mãos trava-se o joelho e com a outra segura-se por trás do calcanhar do paciente, 
levantando o calcanhar. 
• É necessário testar as duas pernas (bilateral) 
O paciente que NÃO tem inflamação meníngea irá conseguir 
realizar todo o movimento normalmente, até ́ esticar totalmente a 
perna. Já o paciente que possui uma irritação meníngea não irá 
deixar o examinador completar o movimento, irá ter uma rigidez, 
aumento na dor de cabeça, resistência para elevar a perna. 
Em alguns casos o paciente irá fazer uma fácies de dor ao realizar o 
movimento e pode também fletir o pescoço ou a outra perna, com 
o intuito de diminuir a distensão realizada. 
 
 
 
SINAL DE LASEGUE 
Esse sinal é como se fosse uma variação do 
sinal de Kerning. 
Tecnica: com o paciente em decúbito 
dorsal e com o joelho totalmente esticado, 
o examinador coloca uma das mãos no 
joelho e a outra no pé ́, levantando a perna 
do paciente. 
• É necessário testar as duas pernas (é bilateral). 
MARIA LAURA R BARROS – MED 108 
PAPM IV 
 
3 
 
De 0 a 30º, nenhum paciente sente dor, todos conseguem levantar a perna, inclusive os pacientes com 
irritação meníngea. 
De 30° a 70º, se o paciente sentir dor ou aplicar uma resistência na perna, é o sinal de Lasegue positivo, o 
paciente tem a doença 
Vai aumentando a dor de cabeça do paciente quando positivo. 
Acima de 70º, todos os pacientes sentem dor ou desconforto, inclusive aqueles que não possuem a doença. 
OBS: o paciente com meningite tem que sentir uma piora da cefaleia. Dores na parte posterior da perna ou 
da coxa, um joelho que não se estica, não representam um sinal de Lasegue. Se é um problema neurológico, 
o paciente irá sentir dor nas costas e, no caso da meningite, uma piora da cefaleia. 
O sinal de Lasegue e o sinal de Kerning podem estar presentes unilateralmente na hérnia de disco na região 
lombar. Quando se tem um disco intervertebral lombar que sai do lugar e acaba fazendo uma compressão 
de uma raiz nervosa, ha ́ dor, e consequentemente um sinal de Lasegue unilateral ao lado que a hérnia está ́ 
presente. Além disso, um paciente com hérnia de disco não chegará à emergência com cefaleia, vômitos 
e náuseas, mas sim com quadros de lombalgia que irradia em faixa para uma das pernas, em um local 
específico (onde está ́ a raiz nervosa) da perna. 
 
HERNIA DE DISCO LOMBAR 
Os sinais de LASEGUE e KERNING pode estar positivo 
unilateralmente, porém sem associação a cefaleia, 
apresentando dor lombar com irradiação para a perna, isso 
acontece na hernia de disco lombar. 
Uma hernia de disco pode sair para um dos lados 
(normalmente não sai para o meio), para um lado de 
menor pressão, fazendo compressão da raiz que estaria 
saindo nesse local. 
Com o passar dos anos, o disco irá se desgastar. Pacientes 
que pegam muito peso, que fazem atividades braçais, 
podem ter um prejuízo maior nesses quadros. 
O disco intervertebral, na imagem, faz uma compressão da 
raiz de L5. Isso faz com que o paciente sinta uma dor 
irradiada, podendo ter perda da sensibilidade no território 
de L5. 
O território de L5 envolve: raiz de L4, raiz de L5 e raiz de S1, 
que compõem o nervo ciático. Está na face lateroposterior 
do glúteo, lateral da coxa, lateroposterior da panturrilha e 
região lateral do pé ́. 
Esse paciente, na imagem, tem o sinal de Lasegue positivo a ̀ esquerda. Então, a hérnia está ́ a ̀ esquerda. 
Elevação do MMII acima de 30º. 
Confirmação diagnóstica para hérnia de disco em sinal de LASEGUE positivo unilateralmente, sem cefaleia 
presente.

Outros materiais