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ENFERMAGEM EM CLÍNICA CIRÚRGICA Iris Silva Enfermeira – Univisa Sanitarista – Upe Mestranda em Saúde Pública – Fiocruz/PE Assistência de Enfermagem a Cirurgia Urológica e geniturinária CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Relembrando alguns termos Defiinição de Noctúria Definição de Nictúria Definição de Enurese CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Prostatectomia A glândula prostática é um orgão fibroso que circunda a uretra urinária. https://www.youtube.com/watch?v=OYW3SGKLOiM CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Sintomas de dilatação ou bloqueio prostático - Micção frequente com pequena quantidade de urina; - Nictúria; - Dificuldade para iniciar a micção; - Jato de urina lento; - Perda de urina após a micção (gotejamento); - Sensação de que a bexiga está baixa. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Pré- operatório - Orientar o que será feito e cuidados necessários no pós-operatório; - Controle dos SSVV; - Tricotomia a critério médico; - Sondagem vesical; - Uso de antibióticos profiláticos a critério médico; - Possibilidade de impotência sexual, ejaculação retrógrada e incontinência ou gotejamento da urina por até 1 ano após a cirurgia. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Pós-operatório - Controle de SSVV (atentar para PA e FC); - Controle de sangramento; - Manter SVD em irrigação contínua; - Atentar para sinais de obstrução SVD; - Realizar balanço hídrico rigoroso (controle de entradas e saídas); - Realizar registros de enfermagem, atentando para aspecto e volume urinário; - Manter SVD fixada em região supra-púbica. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Sonda de Folew CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Postectomia Fimose: Consiste em um estreitamento do prepúcio que impede a exposição da glande, provocando desconforto devido a dificuldade de higiene, predispõe ao câncer do pênis. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Nefrectomia Retirada de um rim devido: - Cálculos; - Tumor; - Lesões graves; - Cistos; - Doação renal; - Hidronefrose (dilatação por acúmulo de urina); - Anomalias congênitas. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Pré-operatório - Esclarecer as dúvidas do paciente quanto ao procedimento; - Realizar coleta de exames; - Verificar a SVD; - Estimular o paciente a ingerir líquidos em abundância para promover aumento da excreção dos detritos antes da cirurgia. Caso o paciente não esteja ingerindo por via oral, será prescrito por via endovenosa, com finalidade de ativar a função renal; - Tricotomia anterior e posterior do tronco. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Pós-operatório - Controle de SSVV; - Controle de diurese rigoroso com anotações de volume, cor e densidade; - Insistir em exercícios respiratórios (fisioterapia); - Estimular a ingestão de líquidos; - Obsevrar curativo e realizar trocas; - Atentar para sangramento e sinais de choque hipovolêmico; - Sinais e sintomas de dor; - Manter a permeabilidade dos tubos de drenagem urinária (nefrostomia, cateter suprapubiano ou uretral ); - Monitorar as extremidades inferiores e o estado respiratório quanto a complicações trombólicas; - Avaliar se há distensão abdominal e dor que possa indicar íleo paralítico. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Nefrostomia É necessário quando há uma obstrução das vias urinárias na pelve, que impede a drenagem normal da urina para a bexiga. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Cistectomia É a retirada de bexiga inteira (radical) por tumor ou outra causa grave, com a confecção de uma nova “bexiga” ou reservatório interno para a urina, com o uso de intestino delgado . Neste reservatório serão reimplantados os ureteres de ambos os rins. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Cistostomia Abertura cirúrgica da bexiga para introdução de cateter. Indicação: obstrução, neoplasia, malformação. Algumas situações é realizado cistostomia para irrigação, mantendo também sonda uretral. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Mastectomia Retirada total ou parcial da glândula mamária. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Pré-operatório - Preparo psicológico; - Falar sobre recursos estéticos; - Realizar tricotomia torácica a axilar do lado da mama que será retirada. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Pós-operatório - Controle de SSVV, PA deverá ser aferida do lado oposto ao procedimento cirúrgico; - Controle de sangramento; - Atentar para curativos e drenos (sucção); - Medir, desprezar e registrar e rigorosamente aspecto e volume do conteúdo do dreno. - Manter braço do lado da cirurgia elevado e apoiado (evitar edema); - Orientar exercícios com a mão movimentos de abrir e fechar, flexionar e estender e elevar gradualmente o membro; - Observar cicatriz cirúrgica após retirada do dreno; - Orientar não realizar esforço do lado mastectomizado. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Histerectomia Retirada total ou parcial ou útero. - Abdominal; - Vaginal. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Pré-operatório - Oferecer apoio psicológico, esclarecer dúvidas da paciente e familiares; - Realizar tricotomia abdominal e pubiana ou perineal; - Verificar a SVD. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Pós-operatório - Controle de SSVV; - Atentar para sangramento e sinais de choque; - Verificar a SVD; - Controle rigoroso de infusão e débito urinário; - Retirar tamponamento vaginal após 24h a 48h; - Estimular diurese espontânea após retirada da sonda. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Assistência de Enfermagem em Cirurgias Vasculares CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM A cirurgia vascular é feita quando outros métodos de tratamento não- invasivo não conseguiram eliminar ou disfarçar as varizes, que continuam causando desconforto e alterações estéticas das pernas. Nenhum tratamento cirúrgico é definitivo, sendo que as varizes podem voltar a aparecer se o paciente não tomar os cuidados necessários. Como controlar seu peso, manter uma alimentação balanceada, praticar exercício físico e melhorar a circulação sanguínea. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Tipos de Cirurgia Vascular Injeção de espuma/Escleroterapia É uma técnica em que o médico injeta uma espuma especial diretamente nas veias dilatadas que estão provocando as varizes. Cirurgia a laser Indicada para tratar vasinhos ou varizes pequenas e é feita com a luz de um laser aplicada diretamente sobre o vaso da variz. Esta luz provoca calor dentro do vaso, eliminando-o lentamente até que desapareça completamente. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Radiofrequência A radiofrequência funciona de forma semelhante à cirurgia a laser, utilizando calor dentro do vaso para fechar a variz. Para fazer isso, o médico insere um pequeno cateter no interior da veia a tratar e, depois, utilizando radiofrequência, aquece a ponta, deixando-a quente o suficiente para levar o vaso a fechar. Microcirurgia de varizes Conhecida como flebectomia ambulatória, é feita no consultório do cirurgião vascular com anestesia local. O médico faz pequenos cortes sobre as varizes e remove os vasos que estão provocando as varizes mais superficiais. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Pós-operatório O pós-cirúrgico da cirurgia vascular depende do tipo escolhido de cirurgia que deve ser indicada pelo seu médico. No entanto, existem alguns cuidados que são comuns a vários tipos de cirurgia: - Evitar fazer esforços, como subir ou descer escadas, nos 2 a 7 dias; - Manter alguma atividade física, fazendo pequenas caminhadas em casa; - Deitar com os pés mais elevados que o quadril, para permitir a drenagem. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Segurança do Paciente no Centro Cirúrgico CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM A segurança do paciente no Centro Cirúrgico envolve uma ampla gama de práticas, desde garantir a esterilidade do ambientee dos instrumentos, até implementar medidas para prevenir erros de medicação e garantir a identificação correta do paciente e do local cirúrgico. Além disso, é crucial garantir que todos os membros da equipe estejam adequadamente treinados e habilitados para as tarefas que realizam. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Prevenção de Infecções A prevenção de infecções é uma prioridade absoluta no centro cirúrgico. 1. Higiene das Mãos: A lavagem das mãos com água e sabão ou a utilização de um desinfetante à base de álcool antes e depois de cada contato com o paciente. 2. Uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI): A equipe deve usar EPI adequado, que pode incluir luvas, máscaras, óculos de proteção, aventais e outros, dependendo do procedimento. 3. Esterilização de Instrumentos e Equipamentos: Todos os instrumentos e equipamentos utilizados na cirurgia devem ser adequadamente limpos e esterilizados para eliminar microrganismos. 4. Preparação do Sítio Cirúrgico: O sítio cirúrgico deve ser adequadamente preparado e desinfetado antes da cirurgia. Isso pode incluir a remoção de pelos, a limpeza da pele com um antisséptico adequado e a aplicação de campos estéreis para isolar a área. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 5. Profilaxia Antibiótica: Quando indicado, os pacientes devem receber antibióticos antes da cirurgia para prevenir infecções. A seleção, o tempo e a duração do antibiótico devem ser adequadamente escolhidos. 6. Manejo de Resíduos e Fluidos Corporais: Resíduos e fluidos corporais devem ser adequadamente manuseados e descartados para evitar a propagação de infecções. 7. Controle de Fluxo de Pessoas: O número de pessoas e o movimento dentro do centro cirúrgico devem ser minimizados para reduzir o risco de infecção. 8. Monitoramento e Vigilância: As taxas de infecção devem ser constantemente monitoradas, e qualquer aumento deve ser investigado para identificar e corrigir as causas subjacentes. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Verificação Pré-operatória A verificação pré-operatória é um componente crucial da segurança do paciente no centro cirúrgico. Este processo envolve uma série de checagens e preparações para garantir que o paciente esteja pronto para a cirurgia e que todos os aspectos do procedimento estejam corretamente planejados e comunicados à equipe cirúrgica. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Elementos principais da verificação pré-operatória: 1. Confirmação de Identidade: A equipe deve confirmar a identidade do paciente, geralmente verificando o nome completo, a data de nascimento e outras informações identificáveis. Isso é feito para garantir que o paciente certo esteja sendo preparado para a cirurgia correta. 2. Verificação de Consentimento: O consentimento informado do paciente para o procedimento cirúrgico deve ser verificado. Isso inclui a confirmação de que o paciente compreendeu os riscos e benefícios da cirurgia, as alternativas disponíveis e o que esperar durante a recuperação. 3. Verificação do Procedimento e do Local Cirúrgico: A equipe deve verificar o procedimento que será realizado e o local cirúrgico. Isso pode envolver a marcação do local da cirurgia no corpo do paciente, se aplicável. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 4. Avaliação de Saúde: A condição de saúde do paciente deve ser avaliada, incluindo quaisquer condições médicas existentes, alergias e a utilização de medicamentos. Testes pré-operatórios, como exames de sangue ou imagens, também podem ser revistos neste momento. 5. Jejum: A equipe deve confirmar que o paciente seguiu as instruções de jejum para minimizar o risco de aspiração durante a anestesia. 6. Preparação para Anestesia: A equipe de anestesia deve revisar a avaliação pré-anestésica do paciente e confirmar o plano de anestesia. 7. Checklist de Segurança Cirúrgica da OMS: Muitos centros cirúrgicos utilizam a Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica da Organização Mundial da Saúde, que é uma ferramenta desenvolvida para reduzir os erros e os eventos adversos que podem ocorrer durante a cirurgia. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM Aspectos para a preparação da sala de cirurgia: 1. Limpeza e Desinfecção: A sala de cirurgia deve ser meticulosamente limpa e desinfetada entre cada procedimento para minimizar o risco de infecções. Isso inclui a limpeza de todas as superfícies, o piso, e a substituição de cortinas ou lençóis usados. 2. Configuração do Equipamento: Todo o equipamento necessário para a cirurgia deve ser verificado e preparado. Isso pode incluir equipamentos de anestesia, monitores de sinais vitais, equipamento de iluminação, equipamento cirúrgico e qualquer outro equipamento especializado necessário para o procedimento. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 3. Preparação dos Instrumentos Cirúrgicos: Os instrumentos cirúrgicos devem ser cuidadosamente limpos, esterilizados e organizados de maneira que estejam facilmente acessíveis durante a cirurgia. A contagem de instrumentos é um passo crucial para garantir que todos os instrumentos estejam presentes no início e no final da cirurgia. 4. Preparação dos Materiais de Consumo: Materiais de consumo, como luvas, gazes, suturas, drenos e outros, devem ser preparados e dispostos de forma que estejam facilmente acessíveis. CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 5. Verificação da Funcionalidade do Equipamento: Todo o equipamento deve ser verificado para garantir que esteja funcionando corretamente. Isso pode incluir a verificação da máquina de anestesia, monitores, equipamento de diatermia, equipamento de aspiração e assim por diante. 6. Ajuste da Temperatura e Iluminação: A temperatura da sala deve ser ajustada para um nível confortável para o paciente e a equipe, e a iluminação deve ser verificada para garantir que o local cirúrgico possa ser claramente visualizado. 7. Verificação da Lista de Verificação Cirúrgica: Antes da chegada do paciente, a equipe deve verificar a lista de verificação cirúrgica para garantir que todos os preparativos foram concluídos.
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