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1. O QUE É O DÉBITO CARDÍACO E COMO ELE FUNCIONA? EMBORA O CORAÇÃO TENHA FIBRAS AUTORRÍTMICAS QUE POSSIBILITAM A ELE BATER DE MODO INDEPENDENTE, SEU FUNCIONAMENTO É REGULADO POR EVENTOS QUE OCORREM EM TODO O CORPO. AS CÉLULAS DO CORPO PRECISAM RECEBER UMA CERTO APORTE DE OXIGÊNIO DO SANGUE A CADA MINUTO PARA MANTER A SAÚDE E A VIDA. QUANDO AS CÉLULAS ESTÃO METABOLICAMENTE ATIVAS, COMO DURANTE O EXERCÍCIO, ELAS GASTAM AINDA MAIS OXIGÊNIO DO SANGUE. DURANTE OS PERÍODOS DE REPOUSO, A DEMANDA METABÓLICA CELULAR É REDUZIDA, E A CARGA DE TRABALHO DO CORAÇÃO DIMINUI. O DÉBITO CARDÍACO (DC) É O VOLUME DE SANGUE EJETADO PELO VENTRÍCULO ESQUERDO (OU VENTRÍCULO DIREITO) NA AORTA (OU TRONCO PULMONAR) A CADA MINUTO. O DÉBITO CARDÍACO É IGUAL AO VOLUME SISTÓLICO (VS), O VOLUME DE SANGUE EJETADO PELO VENTRÍCULO A CADA CONTRAÇÃO, MULTIPLICADO PELA FREQUÊNCIA CARDÍACA (FC), A QUANTIDADE DE BATIMENTOS CARDÍACOS POR MINUTO: DC (ML/MIN) = VS (ML/BATIMENTO) × FC (BATIMENTOS/MIN) EM UM HOMEM ADULTO TÍPICO EM REPOUSO, O VOLUME SISTÓLICO É DE 70 ML/BATIMENTO, EM MÉDIA, E A FREQUÊNCIA CARDÍACA É DE CERCA DE 75 BPM. ASSIM, O DÉBITO CARDÍACO MÉDIO É: DC= 70 ML/BATIMENTO × 75 BPM = 5.250 ML/MIN = 5,25 L/MIN ESTE VOLUME É PRÓXIMO DO VOLUME TOTAL DE SANGUE, QUE É DE CERCA DE 5 L EM UM HOMEM ADULTO TÍPICO. ASSIM, TODO O VOLUME DE SANGUE FLUI PELAS CIRCULAÇÕES PULMONAR E SISTÊMICA A CADA MINUTO. FATORES QUE AUMENTAM O VOLUME SISTÓLICO OU A FREQUÊNCIA CARDÍACA NORMALMENTE ELEVAM O DC. DURANTE O EXERCÍCIO LEVE, POR EXEMPLO, O VOLUME SISTÓLICO PODE AUMENTAR PARA 100 ML/BATIMENTO, E A FREQUÊNCIA CARDÍACA PARA 100 BPM. O DÉBITO CARDÍACO ENTÃO SERIA DE 10 L/MIN. DURANTE O EXERCÍCIO INTENSO (MAS AINDA NÃO MÁXIMO), A FREQUÊNCIA CARDÍACA PODE ACELERAR PARA 150 BPM E O VOLUME SISTÓLICO PODE SUBIR PARA 130 ML/BATIMENTO, RESULTANDO EM UM DÉBITO CARDÍACO DE 19,5 L/MIN. A RESERVA CARDÍACA É A DIFERENÇA ENTRE O DÉBITO CARDÍACO MÁXIMO DE UMA PESSOA E O DÉBITO CARDÍACO EM REPOUSO. A PESSOA MÉDIA TEM UMA RESERVA CARDÍACA DE QUATRO OU CINCO VEZES O VALOR DE REPOUSO. OS ATLETAS DE ENDURANCE DE ELITE TÊM UMA RESERVA CARDÍACA SETE OU OITO VEZES O SEU DC DE REPOUSO. AS PESSOAS COM CARDIOPATIA GRAVE PODEM TER POUCA OU NENHUMA RESERVA CARDÍACA, O QUE LIMITA A SUA CAPACIDADE DE REALIZAR ATÉ MESMO AS TAREFAS SIMPLES DA VIDA DIÁRIA. OBS: A PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS AUMENTA A DEMANDA DE OXIGÊNIO DOS MÚSCULOS. O FATO DE A DEMANDA SER ATENDIDA DEPENDE PRINCIPALMENTE DA ADEQUAÇÃO DO DÉBITO CARDÍACO E DO BOM FUNCIONAMENTO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO. APÓS VÁRIAS SEMANAS DE TREINAMENTO, UMA PESSOA SAUDÁVEL AUMENTA O DÉBITO CARDÍACO MÁXIMO (O VOLUME DE SANGUE EJETADO DOS VENTRÍCULOS PARA AS RESPECTIVAS ARTÉRIAS POR MINUTO), ELEVANDO ASSIM O FORNECIMENTO MÁXIMO DE OXIGÊNIO AOS TECIDOS. O TRANSPORTE DE OXIGÊNIO TAMBÉM AUMENTA PORQUE OS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS DESENVOLVEM MAIS REDES CAPILARES EM RESPOSTA AO TREINAMENTO PROLONGADO. DURANTE A ATIVIDADE EXTENUANTE, UM ATLETA BEM TREINADO PODE ALCANÇAR O DOBRO DO DÉBITO CARDÍACO DE UMA PESSOA SEDENTÁRIA, EM PARTE PORQUE O TREINAMENTO PROVOCA HIPERTROFIA DO CORAÇÃO. ESTA CONDIÇÃO É CONHECIDA COMO CARDIOMEGALIA FISIOLÓGICA. A CARDIOMEGALIA PATOLÓGICA ESTÁ RELACIONADA COM CARDIOPATIA GRAVE. MESMO QUE O CORAÇÃO DE UM ATLETA BEM TREINADO SEJA MAIOR, SEU DÉBITO CARDÍACO DE REPOUSO É APROXIMADAMENTE O MESMO DE UMA PESSOA NÃO TREINADA SAUDÁVEL, PORQUE O VOLUME SISTÓLICO (VOLUME DE SANGUE BOMBEADO A CADA CONTRAÇÃO DE UM VENTRÍCULO) É AUMENTADO ENQUANTO A FREQUÊNCIA CARDÍACA É DIMINUÍDA. A FREQUÊNCIA CARDÍACA DE REPOUSO DE UM ATLETA TREINADO MUITAS VEZES É DE APENAS 40 A 60 BPM (BRADICARDIA DE REPOUSO). A PRÁTICA REGULAR DE EXERCÍCIO TAMBÉM AJUDA A REDUZIR A PRESSÃO ARTERIAL, A ANSIEDADE E A DEPRESSÃO; A CONTROLAR O PESO; E A AUMENTAR A CAPACIDADE DO ORGANISMO DE DISSOLVER COÁGULOS DE SANGUE. 2. COMO O SISTEMA NERVOSO CENTRAL REGULA OS BATIMENTOS CARDÍACOS ? Inervação dos vasos sanguíneos: A maior parte da vasculatura é um exemplo de um órgão efetor autonômico que recebe inervação da divisão simpática, mas não da parassimpática, do sistema nervoso autônomo. Fibras nora- drenérgicas simpáticas terminam nos músculos lisos vasculares em todas as partes do corpo para mediar a vasoconstrição. Em algumas espécies, vasos de resistência nos músculos esqueléticos dos membros também são inervados por fibras vasodilatadoras, as quais, embora acompanhem os nervos simpáticos, são colinérgicas (sistema vasodilatador colinérgico simpático). Esses nervos são inativos em repouso, mas podem ser ativados durante estresse ou exercício físico. Faltam evidências para um sistema vasodilatador colinérgico simpático em seres humanos. É mais provável que a vasodilatação da vasculatura dos músculos esqueléticos em resposta à ativação do sistema nervoso simpático se deva a ações da adrenalina liberada pela medula suprarrenal. A ativação de receptores β2-adrenérgicos nos vasos sanguíneos do músculo esquelético promove a vasodilatação. Há poucas exceções à regra de que somente o sistema nervoso simpático controla a musculatura lisa vascular. As artérias no tecido erétil dos órgãos reprodutivos, os vasos sanguíneos uterinos e alguns faciais, e os vasos sanguíneos das glândulas salivares também podem ser controlados por nervos parassimpáticos. Embora as arteríolas e os outros vasos de resistência sejam mais densamente inervados, todos os vasos sanguíneos, exceto os capilares e as vênulas, contêm músculos lisos e recebem fibras nervosas motoras da divisão simpática do sistema nervoso autônomo. As fibras para os vasos de resistência regulam o fluxo sanguíneo tecidual e a pressão arterial. As fibras para os vasos de capacitância venosos variam o volume de sangue “armazenado” nas veias. A inervação da maioria das veias é esparsa, embora as veias esplâncnicas sejam bem inervadas. A venoconstrição é produzida por estímulos que também ativam os nervos vasoconstritores para as arteríolas. A diminuição da capacidade venosa resultante aumenta o retorno venoso, deslocando sangue para o lado arterial da circulação. Quando nervos simpáticos são seccionados (simpatecto- mia), os vasos sanguíneos se dilatam. Uma mudança no nível de atividade (aumento ou diminuição) nos nervos simpáticos é apenas um dos muitos fatores que medeiam a vasoconstrição ou a vasodilatação. O coração é um exemplo de um órgão efetor que recebe influências opostas das divisões simpática e parassimpática do sistema nervoso autônomo. A liberação de noradrenalina dos nervos simpáticos pós-ganglionares ativa receptores β1-adrenérgicos no coração, notadamente no nodo sinoatrial (SA), nodo atrio- ventricular (AV), sistema condutor de His-Purkinje, e tecido contrátil atrial e ventricular. Em resposta à estimulação dos nervos simpáticos, a frequência cardíaca (cronotropismo), a velocidade de transmissão no tecido condutor cardíaco (dromotropismo) e a força de contração ventricular (inotropismo) são aumentadas. Por outro lado, a liberação de acetilcolina por nervos parassimpáticos (vagos) pós-ganglionares ativa receptores nicotínicos no coração, especialmente nos nodos SA e AV, tecido condutor His-Purkinje, e tecidos contráteis atrial e ventricular. Em resposta à estimulação do nervo vago, a frequência cardíaca, a velocidade de transmissão por meio do nodo AV e a contratilidade atrial são reduzidas. A descrição anterior representa uma explicação muito simplificada do controle autonômico da função cardíaca. Há receptores adrenérgicos e colinérgicos nos terminais nervosos autonômicos que modulam a liberação de transmissores pelas terminações nervosas. Por exemplo, a liberação de acetilcolina de terminações nervosas vagais inibe a liberação de noradrenalina de terminações nervosas simpáticas, havendo probabilidade de aumentar os efeitos da ativação do nervo vago sobreo coração. Há uma quantidade moderada de descarga tônica nos nervos simpáticos cardíacos em repouso, mas há descarga vagal tônica considerável (tônus vagal) em seres humanos e outros animais. Após a administração de antagonistas de receptores colinérgicos nicotínicos, como a atropina, a frequência cardíaca em humanos aumenta de 70, seu valor normal em repouso, para 150 a 180 bpm, pois o tônus simpático não tem oposição. Em seres humanos, nos quais tanto os sistemas noradrenérgico como colinérgico estão bloqueados, a frequência cardíaca é de aproximadamente 100 bpm. O sistema cardiovascular está sob influências neurais provenientes de várias partes do tronco encefálico, prosencéfalo e córtex insular. O tronco encefálico recebe retroalimentação de receptores sensoriais nos vasos (p. ex., barorreceptores e quimiorreceptores). Um modelo simplificado do circuito de controle da retroalimentação é mostrado na. Um aumento do efluxo neural do tronco encefálico para os nervos simpáticos leva a uma diminuição do diâmetro dos vasos sanguíneos (vasoconstrição arteriolar) e evolução do volume de ejeção e frequência cardíaca, que contribuem para uma elevação da pressão arterial. Isto, por sua vez, causa elevação da atividade dos barorreceptores, o que sinaliza ao tronco encefálico para reduzir o efluxo neural aos nervos simpáticos. Venoconstrição e uma diminuição do sangue armazenado nos reservatórios venosos geralmente acompanham aumentos da constrição arteriolar, embora mudanças nos vasos de capacitância nem sempre sejam paralelas àquelas nos vasos de resistência. Na presença de um aumento da atividade dos nervos simpáticos para o coração e vasculatura, geralmente há uma diminuição associada na atividade das fibras vagais para o coração. Inversamente, uma diminuição da atividade simpática causa vasodilatação, queda na pressão arterial, e um aumento do acúmulo de sangue nos reservatórios venosos. Geralmente, há uma diminuição concomitante da frequência cardíaca, mas isto se deve, principalmente, à estimulação da inervação vagal do coração. Controle Bulbar do sistema cardiovascular: Uma das fontes principais de influxo excitatório para os nervos simpáticos que controlam a vasculatura é um grupo de neurônios localizado perto da superfície pial no bulbo rostral ventrolatera (BRVL). Esta região é também chamada de área vasomotora. Os axônios de neurônios do BRVL seguem no sentido dorsal e medial, e depois descem na coluna lateral da medula espinal em direção à substância cinzenta in- termediolateral toracolombar (IML). Esses neurônios contêm feniletanolamina-N-metiltransferase (PNMT; ver Capítulo 7), mas parece que o transmissor excitatório é glutamato, em vez de adrenalina. A compressão neurovascular do BRVL tem sido ligada a alguns casos de hipertensão essencial em seres humanos). A atividade dos neurônios do BRVL é determinada por muitos fatores (ver Tabela 32–2). Eles incluem não somente as fibras muito importantes provenientes dos barorreceptores arteriais, mas também fibras de outras partes do sistema nervoso e de quimiorreceptores carotídeos e aórticos. Além disso, alguns estímulos agem diretamente sobre a área vasomotora. Há tratos descendentes para a área vasomotora a partir do córtex cerebral (particularmente do córtex límbico) que são projetados ao hipotálamo. Essas fibras são responsáveis pela elevação da pressão arterial e taquicardia produzidas por emoções como estresse, excitação sexual e raiva. As conexões entre o hipotálamo e a área vasomotora são recíprocas, com aferentes do tronco encefálico fechando a alça. A insuflação dos pulmões causa vasodilatação e uma diminuição da pressão arterial. Esta resposta é mediada via aferentes vagais dos pulmões que inibem a descarga vasomotora. A dor geralmente provoca um aumento da pressão arterial por meio de impulsos aferentes na formação reticular convergindo no BRVL. Contudo, a dor intensa prolongada pode levar à vasodilatação e desmaio. A atividade em aferentes a partir de músculos em exercício provavelmente exerce um efeito pressor semelhante por meio de uma via ao BRVL. A resposta pressora à estimulação de nervos aferentes somáticos é chamada de reflexo somatossimpático. O bulbo é também um sítio importante de origem de aferência excitatórias para neurônios motores vagais cardíacos no núcleo ambígu. Na Tabela 32–3, há um resumo de fatores que afetam a frequência cardíaca. Em geral, estímulos que aumentam a frequência cardíaca também elevam a pressão arterial, ao passo que aqueles que diminuem a frequência cardíaca abaixam a pressão arterial. Entretanto, há exceções, como a produção de hipotensão e taquicardia por estimulação de receptores de distensão atriais, e a produção de hipertensão e bradicardia pela pressão intracraniana aumentada. Barorreceptores: Os barorreceptores são receptores de distensão nas paredes do coração e nos vasos sanguíneos. Os receptores do seio carotídeo e do arco aórtico monitoram a circulação arterial. Receptores também estão localizados nas paredes dos átrios direito e esquerdo na entrada das veias cavas superior e inferior e das veias pulmonares, bem como na circulação pulmonar. Esses receptores na parte de baixa pressão da circulação são referidos coletivamente como os receptores cardiorrespiratórios. O seio carotídeo é uma pequena dilatação da artéria carótida interna logo acima da bifurcação da carótida comum em ramos carotídeos externo e interno (Figura 32–4). Barorreceptores estão localizados nessa dilatação e também são encontrados na parede do arco aórtico. Receptores estão localizados na adventícia dos vasos. As fibras nervosas aferentes a partir do seio carotídeo formam um ramo distinto do nervo glossofaríngeo, o nervo do seio carotídeo. As fibras a partir do arco aórtico formam um ramo do nervo vago, o nervo depressor aórtico. Os barorreceptores são estimulados por distensão das estruturas nas quais estão localizados, e, assim, descarregam em uma frequência aumentada quando a pressão nessas estruturas se eleva. Suas fibras aferentes passam pelos nervos glossofaríngeo e vago para o bulbo. A maioria delas termina no núcleo do trato solitário (NTS), e o transmissor excitatório que elas secretam é o glutamato (Figura 32–2). Projeções excitatórias (glutamato) se estendem do NTS para o bulbo caudal ventro- lateral (BCVL), onde estimulam neurônios inibitórios que secretam ácido γ-aminobutírico (GABA) que se projetam para o BRVL. Projeções excitatórias também se estendem do NTS para os neurônios motores vagais no núcleo ambíguo e no núcleo motor dorsal. Assim, a descarga barorreceptora elevada inibe a descarga tônica de nervos simpáticos e excita a inervação vagal do coração. Estas alterações neurais produzem vasodilatação, venodilatação, hipotensão, bradicardia e uma diminuição do débito cardíaco. Os barorreceptores são mais sensíveis à pressão pulsátil do que à pressão constante. Um declínio na pressão de pulso sem qualquer alteração na pressão média diminui a frequência da descarga dos barorreceptores e provoca uma elevação das pressões arteriais sistêmica e taquicardia. Em níveis normais de pressão arterial (cerca de 100 mmHg de pressão média), uma descarga de potenciais de ação aparece em uma fibra isolada de barorreceptor durante a sístole, mas há poucos potenciais de ação no início da diástole. Em pressões médias mais baixas, essa mudança fásica nos disparos é até mais drástica se a atividade ocorre apenas durante a sístole. Nessas pressões mais baixas, a frequência geral de disparos é reduzida consideravelmente. O limiar para provocar atividade no nervo do seio carotídeo é de aproximadamente 50 mmHg; a atividade máxima ocorre em aproximadamente 200 mmHg, com atividade por todo o ciclo cardíaco. Quando um seio carotídeo é isolado e perfundido e os outros barorreceptores são desnervados, não há descarga nas fibras aferentes do seio perfundido e nenhuma queda na pressão arterial ou frequência cardíacado animal quando a pressão de perfusão está abaixo de 30 mmHg. Em pressões de perfusão do seio carotídeo de 70 a 110 mmHg, há uma relação quase linear entre pressão de perfusão e a queda na pressão arterial sistêmica e frequência cardíaca. Em pressões de perfusão acima de 150 mmHg não há aumento adicional na resposta, presumivelmente porque a frequência de descarga dos barorreceptores e o grau de inibição da atividade nervosa simpática estão no máximo. Da discussão precedente, é aparente que os barorreceptores no lado arterial da circulação, suas conexões aferentes às áreas cardiovasculares do bulbo e as vias eferentes destas áreas constituem um mecanismo de retroalimentação reflexa que opera para estabilizar a pressão arterial e a frequência cardíaca. Qualquer queda na pressão arterial sistêmica diminui a descarga nas fibras nervosas aferentes, e há uma elevação compensatória da pressão arterial e débito cardíaco. Qualquer elevação na pressão produz dilatação das arteríolas e diminui o débito cardíaco até que a pressão arterial retorne a seu nível basal anterior. Controle simpático: A estimulação simpática nas células marca-passo acelera a frequência cardíaca (Fig. 14.19b). As catecolaminas noradrenalina (dos neurônios simpáticos) e adrenalina (da medula da glândula suprarrenal) aumentam o fluxo iônico através dos canais If e de Ca2. A entrada mais rápida de cátions acelera a taxa de despolarização, fazendo a célula atingir o limiar mais rapidamente e, assim, aumentando a taxa de disparo do potencial de ação (Fig. 14.19e). Quando o marca-passo dispara potenciais de ação mais rapidamente, a frequência cardíaca aumenta. A permeabilidade aumentada ao Na e ao Ca2 durante as fases do potencial marca-passo acelera a despolarização e a frequência.
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