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UNIDADE 2 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS 100 enquanto que o membro superior recuado se desloca para cima. Aparentemente, a velocidade de nado perdida durante o período desacelerativo compreendido entre o fim da ação ascendente do membro superior “atrasado” e o agarre do membro superior “dianteiro” é compensada por uma maior propulsão durante a ação ascendente (CARVALHO, 2008). Há o movimento rotacional do tronco e da bacia para os membros superiores, implicando um aumento da força propulsiva gerada pelos membros superiores. A rotação do corpo sobre o eixo longitudinal do tronco e membros inferiores é uma causa natural da utilização alternada dos membros superiores. Assim, o corpo do nadador deverá acompanhar o movimento dos membros superiores, efetuando a rotação dos ombros, tronco e membros inferiores como um todo, senão a bacia e os membros inferiores oscilarão lateralmente (CARVALHO, 2008). 6 SAÍDAS E VIRADAS De acordo com Massaud (2004), a literatura que aborda, especificamente, as saídas e viradas do nado crawl, se apresenta de forma bastante reduzida, ou seja, são poucos os trabalhos que abordam este assunto. Contudo, o autor sugere que seja dada uma maior atenção a este assunto, uma vez que os tempos de saída representam, aproximadamente, 25% do tempo total consumido nas provas de 25 metros, 10% nas de 50 metros e 5% nas de 100 metros. Os nadadores de nado crawl gastam entre 20% e 38% de seu tempo dando viradas, nas provas de piscina curta, que variam de 50 a 1500 metros, respectivamente. Dados reunidos ao longo de vários anos indicam que, na média, a melhora da técnica de saída pode reduzir os tempos das provas em, pelo menos, 0,10 segundos e que, nas viradas, pode diminuí-los em, pelo menos, 0,20 segundos por piscina nadada. Além disso, a melhora no desempenho da técnica de chegada pode reduzir os tempos das provas em, pelo menos, mais 0,10 segundos. Assim, duas horas de prática semanal destas técnicas podem melhorar o tempo do nadador de 50 metros em piscina curta em, pelo menos, 0,40 segundos; em um de 100 metros, 0,80 segundos e; em distâncias maiores, a melhora será ainda mais significativa (MASSAUD, 2004). 6.1 SAÍDA DE AGARRE Na saída de agarre, o nadador deverá estar posicionado sobre o bloco de partida com os dois pés presos, com a flexão dos dedos na parte anterior do bloco; flexionar o tronco, mantendo as pernas ligeiramente flexionadas com o quadril alto e segurar com as mãos a parte anterior do bloco por entre os pés ou seus lados. A cabeça deverá estar encaixada nos braços, com a visão voltada para os pés (MASSAUD, 2004). Conforme o autor, ao sinal de partida do árbitro, o nadador deverá executar os seguintes passos: • Tracionar contra o lado inferior do bloco para fazer com que o seu corpo inicie o desequilíbrio à frente. • Lançar a cabeça e as mãos para cima e à frente, sob o queixo, iniciando a projeção do corpo para o voo.
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