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4 - Sistema Nacional de Avaliação Institucional no Brasil

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Descrição
O Sistema Nacional de Avaliação no Brasil e a sua relação com os organismos internacionais.
PROPÓSITO
Compreender o sistema de avaliação institucional educacional brasileiro, com vistas a atingir parâmetros internacionais.
OBJETIVOS
Módulo 1
Reconhecer o contexto da construção de sistemas de avaliação da educação em âmbito nacional baseado nos parâmetros internacionais
Módulo 2
Identificar as características do Sistema Brasileiro de Avaliação
Introdução
No presente material, discutiremos a respeito do Sistema Nacional de Avaliação Institucional no Brasil, que podemos comparar a uma bateria de exames pedida pelo médico para acompanhar nossa saúde. Os exames oferecem diversas informações, mas não um diagnóstico. Este só é obtido após a interpretação pelo médico.
Sendo assim, as diversas avaliações que compõem nosso sistema de avaliação nacional originam muitos dados, que, por si só, não retratam a educação nacional. Sendo mais claro: são milhares de escolas, milhões de alunos, professores sendo formados todos os dias, prefeituras, estados, União, empresas. Tudo isso faz parte de uma mesma rede, prevista na Constituição. O princípio é lindo: Educação para Todos, um compromisso social, mas, ao mesmo tempo, estão envolvidas forças econômicas, pessoas, experiências de vida. Como saber se o investimento é suficiente? Como saber que ações são necessárias? A educação é esse todo complexo, essa enorme rede. Uma avaliação apenas não é viável para estudar, pensar esse enorme esforço. É necessário construir um sistema, complexo, que cruze informações. Ainda assim, serão só dados, retratos, informações que servem para atuar na educação, números em si não definem a educação.
Voltando ao nosso exemplo, vale pensar que o objetivo do médico não é o diagnóstico, mas sim a cura. Portanto, nosso Sistema de Avaliação não tem a finalidade de apenas diagnosticar a realidade educacional do país, mas avançar na garantia do direito a uma educação de qualidade, que é um dever do Estado. Tal cenário se amplia no contexto de mundo globalizado, visto que as fronteiras entre as nações não são impermeáveis.
Então, vamos discutir a respeito do Sistema Nacional de Avaliação Institucional do Ensino Superior, no Brasil, entendendo que a avaliação institucional oferece um retrato do nosso sistema de ensino e que, como até a década de 1990, ele não existia de fato, dialogou com as dinâmicas internacionais para ser organizado e constantemente reestruturado. Vamos lá?
MÓDULO 1
Reconhecer o contexto da construção de sistemas de avaliação da educação em âmbito nacional baseado nos parâmetros internacionais
Organismos internacionais, suas métricas e impacto na gestão política e educacional brasileira
Mas qual desafio?
Professora Claudia Costin faz um debate sobre o desafio histórico que essa nova realidade precisa enfrentar e medir.
Veja a manchete da capa do jornal, na sequência, atentando para a sigla contida nela:
A sigla OMS tem sido muito presente em nosso cotidiano na história recente. Por que isso aconteceu? Certamente, você inferiu que ouvimos muito falar da OMS por causa da pandemia da COVID-19. Ora, se a questão é uma doença, ela está diretamente relacionada à área da Saúde e, por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) se tornou protagonista das orientações a serem tomadas pelos países.
Além disso, será que a OMS sempre existiu? Por que, enquanto sociedade, surgiu a necessidade de termos uma organização mundial para este fim? E no caso da Educação? Será que essa é uma questão que demande organizações internacionais?
Vivemos em um mundo globalizado. Embora pareça que esta frase seja quase uma obviedade, apenas a partir da década de 1980 e, de maneira mais acentuada, na de 1990, com o avanço das tecnologias das telecomunicações, passamos a usar o termo globalização.
Então, para melhor compreendermos o contexto de criação dos organismos internacionais e o impacto deles nas tomadas de decisão internas, voltaremos um pouco no tempo. Partiremos do contexto pós-guerra.
Após dois grandes conflitos: 
· Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918) 
· Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) 
Podemos notar um mundo reflexivo, como podemos não mergulhar novamente nas mesmas situações. Diante disso, as ideias a respeito de um novo sistema político-econômico, idealizado no século anterior, passaram a ocupar o debate sobre o papel do Estado. Este sistema foi denominado Estado de bem-estar social. 
Estado de bem-estar social
O Estado de bem-estar social é um princípio em que a função do Estado é garantir a organização e o provimento de serviços básicos ao cidadão, reduzindo de forma gradual as desigualdades, tornando-as mais amenas.
O ano de 1945 foi marcado pelo fim da Segunda Guerra Mundial. No mesmo ano foi criada a Organização das Nações Unidas (ONU), um organismo internacional, como a OMS.
Organização das Nações Unidas (ONU)
Organismo internacional é uma instituição composta por mais de uma nação, que visa um objetivo comum.
A ONU foi criada como resultado das conferências de paz, que tinham por finalidade assegurar a paz e o desenvolvimento dos países. Para caminhar em direção a tais objetivos, diferentes frentes de atuação foram criadas. Cada uma delas ofereceu serviços distintos para as nações, como, por exemplo, a disponibilização de crédito financeiro para a necessária reconstrução dos países. Essas frentes permeiam as ações dos países membros e, provavelmente, você já ouviu falar sobre algumas delas. Confira alguns exemplos a seguir de instituições criadas em 1946:
· Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF)
· Criada para oferecer apoio às crianças e adolescentes, por meio de suporte para programas.
· Organização das Nações Unidas para a Educação Ciência e a Cultura (UNESCO)
· Objetiva atingir a paz e o desenvolvimento econômico das nações pela educação, ciência e cultura.
Nos debates a respeito da agenda da paz mundial, um dos fatores para a sua efetivação era a necessidade de uma maior equidade entre as nações. Nessa discussão, a educação passou a ser compreendida como um fator de promoção de equidade.
1944
Com relação a este objetivo (equidade), uma organização relevante no cenário internacional foi criada, o Banco Mundial (BM). Inicialmente tinha como intuito a reconstrução dos países no pós-guerra e, atualmente, consiste em uma instituição financeira que oferece empréstimos com o objetivo de oferecer recursos para países em desenvolvimento. Discutiremos mais adiante o impacto desse organismo na educação de maneira detalhada.
1948
Outro organismo internacional foi criado para administrar os recursos disponibilizados para a reconstrução da Europa no pós-guerra, promover a cooperação entre os países europeus e criar zonas de livre comércio tendo como fim o desenvolvimento: a 
Organização Europeia de Cooperação Econômica (OECE).
Também em 1948, a ONU, indignada com as atrocidades cometidas na Segunda Guerra, redige a Declaração Universal dos Direitos Humanos, documento que estabelece os direitos fundamentais do ser humano, independentemente da nação.
Logo no caput, a declaração estabelece o ensino e a educação como meios de assegurar os direitos nela estabelecidos, enquanto ideal comum. Cabe destacar que, em seu artigo XXVI, a instrução gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais, é reconhecida como direito humano, e as instruções técnico-profissional e superior também devem ser acessíveis a todos, baseadas no mérito (ONU, 1948).
1961
A OECE - Organização Europeia de Cooperação Econômica -passou a ter uma finalidade mais abrangente e absorveu países fora da Europa. Desse modo, a partir desse ano passou a se chamar Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Para um país se tornam membro dessa organização, é necessário o alinhamento com as políticas praticadas pelos países do grupo, como, por exemplo, a definição da educação como direito.
A partir da década de 1980
No lugar da doutrina de bem-estar social, o neoliberalismo ganhou espaço no cenário da economia mundial. Segundoessa linha de pensamento, o Estado deve reduzir sua ação na economia e as interações sociais devem ser moldadas de acordo com as necessidades do mercado. Nessa lógica, o desenvolvimento individual dos sujeitos ocasionaria o bem-estar de todos, não sendo o Estado responsável por isso. Então, teoricamente, o desenvolvimento das habilidades dos cidadãos caras ao mercado de trabalho ocasionaria o enriquecimento da nação e, consequentemente, a compreensão da educação como fator econômico ganhou força.
Organismos internacionais e avaliação em educação
Diante do panorama anteriormente apresentado, vimos que os organismos internacionais reúnem diferentes países em prol de causas em comum, nos quais a educação é uma preocupação estratégica para atingi-las. Desse modo, os financiamentos internacionais não são donativos, mas uma estratégia para atingir determinados objetivos. Quando um país recebe um financiamento, deve, como contrapartida:
· Seguir orientações determinadas pelas organizações, o que demanda instrumentos destinados a acompanhar a eficiência da aplicação desses recursos.
Observe a manchete a seguir
Questione-se sobre o motivo pelo qual uma instituição financeira se preocupa com o financiamento da educação de um país. O Estado deve atuar para garantir ações em que não haja interesse da iniciativa privada ou nas quais o custo de investimento não seja comportado pela iniciativa privada.
Assim, tudo aquilo que tem pessoas dispostas a consumir (comprar) e cujo esforço para comprar é reconhecido, como o Ensino Superior, deixa de uma função a ser mantida pelo Estado. O Estado deve regular, garantir, mas não ser o fornecedor direto. Veja o comparativo a seguir:
Escola no Estado de bem-estar social
Algo que é distribuído para a população pelo governo conforme seus interesses.
Escola no modelo neoliberal
A educação é um bem que todos buscam, pagam para adquiri-la (Estado, as pessoas, as empresas) e ela se mantém pela sua atratividade mercadológica.
Comentário
Por essa perspectiva, pode-se debater se o Estado deve manter universidades públicas.
A resposta é que, se por um lado existe o investimento em pesquisas e retorno social, também há manutenção de cursos e profissionais de baixo interesse do mercado e alto custo.
O mote aqui não é a observação econômica, mas conhecer o contexto é fundamental para entender como foi construído o nosso atual olhar para a educação e seus sistemas.
Como observamos, o Banco Mundial nasceu em um contexto de necessidade da manutenção da paz e de reconstrução dos países após as guerras mundiais. Até os anos 1960, para atingir esse objetivo, o Banco aplicava seus fundos em financiamentos para importações e acertos orçamentários, além de realizar investimentos em projetos de geração de energia, transporte e comunicações.
Com as pressões sociais, motivadas pelas desigualdades econômicas que permaneciam, essa instituição financeira mudou de estratégia nas décadas seguintes e passou a investir em profissionalização da mão de obra, que seria qualificada tecnicamente para viabilizar a maior eficiência dos processos. Mas não se iluda, não estamos falando de um modelo assistencialista. Com o redirecionamento do foco de atuação do Banco Mundial para a área da educação, os países interessados em obter crédito passaram a alinhar suas políticas públicas em educação com a agenda neoliberal, garantindo uma proximidade de seus interesses.
(A agenda neoliberal é um conjunto de políticas econômicas e sociais que enfatizam a redução da intervenção do Estado na economia, a promoção da livre concorrência, a privatização de empresas estatais, a desregulamentação de setores econômicos e a diminuição do tamanho do Estado em áreas como saúde, educação e previdência. Essa abordagem busca incentivar a iniciativa privada e o livre mercado como principais motores do desenvolvimento econômico, defendendo que a competição e a liberdade de escolha geram benefícios para a sociedade como um todo. A agenda neoliberal tem sido objeto de debate e controvérsia em diversos contextos políticos e sociais)
No Brasil, esse alinhamento se iniciou a partir da década de 1970, quando, em parceria com o Ministério da Educação (MEC), projetos financiados pelo Banco Mundial incentivaram o ensino profissionalizante, entendendo-o como: 
· fator de crescimento econômico 
· diminuição da pobreza.
No financiamento seguinte, o objeto de intervenção eram as Secretarias Estaduais de Educação, com 
· O planejamento e a 
· Gestão das unidades escolares. 
No projeto seguinte, os financiamentos da parceria Banco Mundial/MEC voltaram-se para o 
· 1º grau (atuais séries iniciais do ensino fundamental), que era uma demanda social.
A partir da década de 1990, como vimos, o neoliberalismo ganhou força e seus preceitos passaram a se alinhavar com a área educacional, importando a lógica empresarial para o campo, tornando-se uma estratégia do Banco Mundial para a área.
Comentário
Lembra que discutimos o fato de os financiamentos oferecidos pelos organismos internacionais não serem caridade? Pois bem, quando um país aceita um financiamento, em contrapartida, ele admite seguir as orientações dessas instituições para nortear suas tomadas de decisões e formular políticas públicas. Ou seja, um país que assume a cultura neoliberal em suas ferramentas institucionais obtém maiores facilidades de crédito junto aos organismos credores, não somente com relação ao Banco Mundial.
No Brasil, a incorporação dos ideais neoliberais foi intensificada a partir do primeiro mandato do Presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-1998). No entanto, a adoção desses princípios no campo educacional se chocava com a construção social que se tinha até então, orientada pelos princípios constitucionais (1988), tecidos em fóruns nacionais de educação, que defendiam uma educação pública, gratuita e para todos, acompanhada de uma luta a favor da melhoria das condições de trabalho docente.
Destacam-se as seguintes estratégias do Banco Mundial para a educação brasileira:
Foco no investimento na educação básica por parte do Estado e direcionamento dos recursos para o setor privado, no caso da educação superior.
Incremento dos investimentos em insumos instrucionais em oposição a fatores humanos.
Podemos identificar essas estratégias de gestão da educação em programas do governo que apresentam volumosos investimentos, como é o caso do
· PNLD (Programa Nacional do Livro e do Material Didático), 
· PROUNI (Programa Universidade para Todos)
· REUNE (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais)
PNLD
O Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) é destinado a avaliar e a disponibilizar obras didáticas, pedagógicas e literárias, entre outros materiais de apoio à prática educativa, de forma sistemática, regular e gratuita, às escolas públicas de educação básica das redes federal, estaduais, municipais e distrital e às instituições de educação infantil comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos e conveniadas com o Poder Público.
Fonte: MEC
PROUNI
O Programa Universidade para Todos (PROUNI) do Ministério da Educação é um programa que oferece bolsas de estudo, integrais e parciais (50%), em instituições particulares de educação superior. Somente poderá se inscrever no Prouni o estudante brasileiro que não possua diploma de curso superior e que tenha participado do Enem mais recente e obtido, no mínimo, 450 pontos de média das notas. Além disso, o estudante não pode ter tirado zero na redação.
Fonte: MEC
REUNI
O Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI) busca ampliar o acesso e a permanência na educação superior. Para alcançar o objetivo, todas as universidades federais aderiram ao programa e apresentaram ao ministério planos de reestruturação, de acordo com a orientação do Reuni. As ações preveem, além do aumento de vagas, medidas como a ampliação ou abertura de cursos noturnos, o aumento do número de alunos por professor, a redução do custo por aluno,a flexibilização de currículos e o combate à evasão.
Fonte: MEC
Priorizar o conceito de qualidade fornecido pelo Banco Mundial reflete como é interpretado o papel da educação neste cenário neoliberal, no qual a excelência do ensino seria refletida pela capacidade de aprimorar “vínculos entre educação e necessidades requeridas pelas novas relações de produção e consumo” 
(OLIVEIRA, 2007, p. 91).
Indicadores, gestão e construção de um sistema
Você deve estar se perguntando no momento: estamos falando bem ou mal da educação neoliberal?
Com os avanços tecnológicos, sociais e políticos, entramos em contato com novas trocas, novos valores, novas dinâmicas sociais. Se a educação no início e ao longo do século XX (1901 – 1970) era um bem estratégico, de 1970 em diante ela passou a ser um bem material. E como um bem, ela tem um valor. A educação não deixou de ter um papel social, o Estado não está desobrigado de oferecê-la, mas a maneira de gerir e pensar a educação passou a ter métricas de investimento. Como tal, é necessária uma mudança na sua gestão. Esse processo foi executado durante os governos de Fernando Henrique Cardoso, Luís Inácio, Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro, independentemente das diversas correntes políticas adotadas por eles.
Todos esses líderes do Executivo apresentaram, na figura de seus ministros da Educação, ações para consolidar e estruturar um sistema de medição, regulamentação e investimento público na educação. Nas próximas linhas, vamos entender como ele foi organizado no Brasil.
Comentário
Diversos autores identificam o alinhamento aos ideais dos organismos internacionais investidores como algo prejudicial à soberania nacional. Segundo Oliveira e Pádua (2000), deixar setores estratégicos nas mãos da iniciativa privada sob orientação externa provocou uma redução das responsabilidades estatais, levando ao abandono das áreas sociais. No contexto de países com acentuada desigualdade social, tal negligência ocasiona o aprofundamento dessa desigualdade.
Compreendendo a educação como elemento para o desenvolvimento e direito humano, em 1990, diferentes instâncias da ONU como a UNESCO, a UNICEF e o Banco Mundial, organizaram a Cúpula Mundial de Educação para Todos, em Jomtien, na Tailândia. Nessa reunião, os governos, agências internacionais, associações e organizações não governamentais, com representatividades em todo o mundo, juntaram-se para idealizar meios de colocar em prática algo que já estava em leis em muitos países: a educação como um dos direitos humanos. Isso se deveu ao fato dela ainda não ser uma realidade no cenário mundial.
A Cúpula Mundial de Educação para Todos originou a Declaração Mundial sobre Educação para Todos, um plano de ação para satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem, tendo como objetivo universalizar o acesso à educação e promover a equidade (UNESCO, 1990).
Esta reunião definiu compromissos a serem cumpridos pelos países signatários e, partindo desse imperativo, o Brasil formulou o Plano Decenal de Educação para Todos.
Este plano marca a aceitação, pelo governo brasileiro, das estratégias formuladas nos foros internacionais para a melhoria da educação básica. Segundo o Plano, até 2003, o governo brasileiro deveria garantir as necessidades básicas educacionais para promover a aprendizagem dos conteúdos essenciais para a vivência e compreensão da realidade social contemporânea.
Como veremos mais adiante, diversas leis brasileiras foram influenciadas por esta Declaração. A cúpula reuniu-se novamente após dez anos em Dakar e, dentre os acordos, estava o monitoramento mais efetivo e regular do progresso das metas do documento ratificado pelas nações, incluindo avaliações periódicas.
Diante da necessidade de acompanhar, ao redor do mundo, o desenvolvimento das ações com vistas às metas estabelecidas no campo da educação, observamos um incremento das avaliações padronizadas externas ou avaliações em larga escala. 
Os resultados obtidos nessas avaliações oferecem dados sobre as realidades educacionais dos países, porém esses dados brutos não são capazes de oferecer elementos suficientes para realizar um diagnóstico confiável, identificar demandas ou subsidiar a formulação de estratégias. Sendo assim, a partir de uma metodologia de tratamento sobre os dados, damos origem a indicadores sociais que oferecem uma tradução de um conceito social abstrato a partir da interação entre diferentes dados.
Embora pareça que este conceito de indicadores seja algo muito complexo, observamos referências a eles em diversas situações cotidianas, como é o caso do Produto Interno Bruto (PIB).
Indicadores como esses são muito veiculados por serem utilizados por:
· Pessoas do governo para embasar políticas públicas; 
· Por estudantes tentando compreender o contexto socioeconômico em que vivem; 
· Pelos cidadãos, para acompanhar a eficiência dos recursos obtidos pelo estado e 
· Pelo setor privado, para nortear decisões de investimentos e análises de risco.
Saiba mais
No campo da educação, há vários indicadores, que englobam diferentes dados, não somente as notas em provas como outras informações, como a frequência, a formação dos professores, as condições de infraestrutura da escola etc. Esses indicadores ajudam a compreender o contexto educacional de modo amplo e, a partir de seu diagnóstico, formular políticas públicas para avançar na qualidade de acesso e efetivação da aprendizagem.
Pode parecer simples, mas não é! A professora Claudia Costin, que atuou no Banco Mundial como diretora de projetos internacionais de educação, faz um histórico comparando as realidades nacional e internacional para demonstrar que os novos paradigmas tinham uma missão muito ingrata: levar mais alunos a concluir o ensino e gerar mecanismos para compreender esse processo.
Principais avaliações internacionais em larga escala
No âmbito das avaliações internacionais, a mais relevante, devido ao grande número de países participantes e por atingir todos os continentes, é o exame realizado pelo Programme for International Student Assessment / Programa Internacional de Avaliação Estudantil. (PISA).
O exame do PISA é realizado a cada três anos, desde 2000, pela OCDE. No Brasil, é coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). O exame é realizado digitalmente com estudantes de 15 e 16 anos, idade limite da obrigatoriedade de ensino da maioria dos países participantes do organismo. Estudantes de escolas públicas e privadas são avaliados em três grandes áreas do conhecimento: Leitura, Matemática e Ciências.
Em geral, para a realização dos exames de larga escala são elaboradas matrizes de referência para definir o que será avaliado. No caso do PISA, a avaliação trienal concentra-se em três domínios, e para cada um deles é definida uma Matriz de Referência (INEP, 2020). São eles:
I. Letramento em leitura
II. Letramento matemático
III. Letramento científico
Saiba mais
O QUE É UMA MATRIZ DE REFERÊNCIA?
O termo Matriz de Referência ou Quadro Conceitual (em inglês Framework) é utilizado especificamente no contexto das avaliações em larga escala para definir o construto e os fundamentos teóricos de cada teste ou questionário que compõem a avaliação, indicar as habilidades ou traços latentes a serem medidos e orientar a elaboração de itens. Além disso, também orienta a construção de escalas de proficiência, que especificam os níveis em que os estudantes se encontram e quais habilidades provavelmente são capazes de realizar no contexto da avaliação.
Fonte: INEP.
O PISA engloba dados obtidos, além dos exames realizados pelos estudantes, em questionários respondidos por estudantes, diretores de escola, professores e responsáveis, a respeito do histórico familiar dos estudantes, ambientes e abordagens de aprendizagem (INEP, 2020).
Os resultados da avaliação são contrastados com os demais países, constituindo o ranking de desempenho. No caso do Brasil, o compromisso com a melhoria do desempenho no PISA está legalmente assumido na meta 7, tópico 7.11,do Plano Nacional de Educação (PNE) (BRASIL, 2014), onde são projetadas metas a serem alcançadas, indicadas através das médias obtidas nas provas de matemática, leitura e ciências:
2 - * adiado para 2022, devido à pandemia da Covid-19
	PISA
	2015
	2018
	2021*
	Metas estabelecida no PNE
	438
	455
	473
	Média dos resultados obtidos
	395
	400
	-
Tabela: Notas no PISA (média geral) - Extraída de: Brasil, 2015.
Na primeira edição do exame, o Brasil ocupou a última posição, tendo melhorado pouco seu desempenho, que está estagnado desde 2009. É importante considerar que o número de países participantes do estudo mais que dobrou entre a primeira e a última edição, realizada em 2018.
Atenção
A má colocação do país neste ranking acontece apesar de o Brasil investir proporcionalmente mais em educação, 6% do PIB, do que outros países. Esse percentual de investimento em educação é maior do que 80% dos países do estudo, incluindo membros da OCDE. Tal constatação evidencia uma possível ineficiência do Estado. O Banco Mundial, informou, na conferência de Dakar, que os recursos para educação existem, mas são mal aproveitados 
(ANJOS, 2012).
Outro indicador, também realizado pela OCDE, e coordenado no Brasil pelo INEP, é o Teaching and Learning International Survey / Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (TALIS). Criado para preencher lacunas do PISA, o TALIS foca no espaço pedagógico e nas condições de trabalho.
Abrangendo escolas das redes pública e privada, países membros e convidados da OCDE, a TALIS é aplicada a professores e diretores de instituições de ensino, tendo como foco o ambiente de aprendizagem e as condições de trabalho dos professores.
Saiba mais
Na última pesquisa, quase a totalidade dos professores brasileiros, aproximadamente 94%, concordam com o ambiente pacífico nas escolas e nos relacionamentos, resultado que contrasta com a taxa de bullying no Brasil, que é o dobro da média dos países da OCDE (OECD, 2018). Outras taxas comparativas podem ser analisadas no documento Country Note (OECD, 2018), documento, no qual os resultados obtidos pelo TALIS são organizados e comparados.
Além do PISA e do TALIS, existem outras avaliações externas internacionais com vistas à compreensão sobre a dinâmica da expansão e da qualidade educacional. Desde a criação da Declaração Mundial Todos pela Educação, a UNESCO vem desenvolvendo estudos educacionais comparativos, através do programa:
· World Education Indicators / Indicadores de Educação Mundial. (WEI). 
· International Association for the Evaluation of Educational Achievement / Associação Internacional de Avaliação de Desempenho Educacional. (IEA) 
também realiza a sua pesquisa, intitulada Trends in International Mathematics and Science Studies / Tendências Internacionais em Estudos de Matemática e Ciências. (TIMMS).
Para refletir
Diante do que discutimos até aqui, podemos notar que os países com maior vulnerabilidade econômico-social, como é o caso do Brasil, dependem dos financiamentos dos organismos internacionais.
Nessa relação, os países devedores têm como condicionantes assumir as estratégias definidas pelos credores que, por sua vez, criam instrumentos para verificar se os países devedores estão cumprindo o acordado. No entanto, essa dinâmica interfere em diferentes instâncias: desde a tomada de decisões governamentais, como a elaboração de políticas públicas para a educação; passando pelos currículos locais, que se alinham às matrizes de referência das avaliações externas e impactando no que será ensinado e aprendido nos cotidianos escolares.
Será que é possível aferir e mensurar tudo o que um sujeito precisa desenvolver para um bem-viver em sociedade?
E mais, será que temos um consenso na sociedade do que é uma educação de qualidade?
Você pode imaginar a complexidade de uma avaliação externa e em larga escala ser aplicada para avaliar a capacidade de um estudante, como, por exemplo, no que se refere a sua oralidade, como ele se sai em um trabalho em grupo ou, ainda, se tem disciplina?
Muitas habilidades e competências relevantes, que podem ser desenvolvidas nas escolas, não são meramente cognitivas e/ou não são aferíveis por esse tipo de avaliação. Tampouco é possível indicar os múltiplos fatores capazes de interferir na aprendizagem. Além disso, sabemos que os sujeitos têm pontos de partida diferentes diante de uma meta a ser atingida. Podemos, então, entender os dois lados que as avaliações externas em larga escala nos trazem:
· Oferecem informações relevantes para a gestão educacional e para o controle social da qualidade da educação oferecida.
· Causam efeitos colaterais indesejados que podem, inclusive, caminhar em direção oposta ao que é buscado.
Dentre esses efeitos indesejáveis, podemos citar o empobrecimento do currículo escolar. Como as escolas e sistemas se veem pressionados a obter bons resultados nessas avaliações e estatísticas, eles podem vir a priorizar apenas as competências avaliadas pelos exames ou progredir estudantes para o ano de escolaridade seguinte, sem que eles estejam aptos e sem oferecer ferramentas pedagógicas para que obtenham sucesso diante desta situação.
Tal controvérsia levanta tantos questionamentos que Diane Ravitch, maior idealizadora do currículo nacional dos Estados Unidos, que impulsionou a adoção de testes padronizados e a de um modelo empresarial para o sistema de ensino, publicou um livro que refuta a lógica da reforma educacional por ela defendida 40 anos antes. A autora aponta como essa reforma trouxe mais prejuízos do que avanços para a educação escolar americana. Cabe destacar que esse modelo serviu de referência para inúmeros sistemas de ensino mundo afora.
Resumindo 
Diante do exposto, podemos afirmar, sem medo de errar, que essas avaliações externas e em larga escala, além dos indicadores e estatísticas sociais, são necessárias. Todavia, elas oferecem uma visão reduzida sobre os processos de ensino-aprendizagem.
A partir dessa constatação, você docente ou futuro docente, como pode conjugar o bom desempenho de seus alunos nessas avaliações em larga escala com uma prática pedagógica rica e diversa?
Verificando o aprendizado
Parte superior do formulário
1. Relacione as colunas de acordo com a definição correta de cada elemento apresentado: 
(A) Banco Mundial
(B) Organismo internacional
(C) Organização das Nações Unidas
(D) Declaração Universal dos Direitos Humanos 
(D) Documento que estabelece os direitos fundamentais do ser humano, independentemente de sua nação.
(C) Tem como finalidade assegurar a paz e o desenvolvimento dos países.
(B) Instituição composta por mais de uma nação.
(A) Instituição financeira que oferece recursos para países em desenvolvimento. 
Agora, assinale a alternativa que indica a correspondência adequada: 
a) D; C; B; A
b) B; A; C; D
c) A; B; C; D
d) D; B; C; A
e) A; C; D; B
Parte inferior do formulário
Comentário
Parabéns! A alternativa "A" está correta.
Como observamos, os organismos internacionais possuem influência nas ações de todos os países. O Banco Mundial e a Organização das Nações Unidas são os principais organismos internacionais. Acordos entre os países são celebrados nas conferências realizadas por essas entidades supranacionais. Estes acordos pautam instrumentos legislativos e políticas públicas ao redor do mundo, como é o caso da Declaração Internacional dos Direitos Humanos. O objetivo dessa questão é que o estudante consiga diferenciar os atores e as ações internacionais.
Parte superior do formulário
2. Assinale a alternativa que corresponde ao programa educacional mais relevante, de caráter internacional, que permite a cada país avaliar os conhecimentos e as habilidades de seus estudantes em comparação com os de outros países: 
a) Teaching and Learning International Survey (TALIS) 
b) Programme for International Student Assessment (PISA) 
c) World Education Indicators (WEI) 
d) International Association for the Evaluation of Educational Achievement (IEA) 
e) Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura
Parteinferior do formulário
Comentário
Parabéns! A alternativa "B" está correta.
Embora todas estas siglas estejam em inglês, isto não interfere que o aluno reconheça o PISA. Este conhecimento é necessário, pois o PISA é a avaliação mais utilizada no mundo.
MÓDULO 2 
Identificar as características do Sistema Brasileiro de Avaliação
Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Imagine que você levou seu carro à uma oficina mecânica e, na hora do pagamento, o mecânico informou que você deve pagar um valor, sem que ele oferecesse informações sobre os serviços e peças que utilizou no seu carro. Tampouco evidenciou que tais procedimentos melhoraram o desempenho e o funcionamento do seu veículo, como é feito nas ordens de serviço. O que você pensaria a respeito desta postura?
Pois bem, toda oneração, principalmente de bens públicos, demanda uma prestação de contas que não se refere somente aos valores despendidos, mas também aos efeitos que eles produzem. Desse modo, nesta seção, vamos conhecer a respeito dos instrumentos que o nosso país desenvolveu para sanar tais demandas.
Como vimos anteriormente, os organismos internacionais oferecem financiamentos para os países, sob a exigência de assumirem determinadas ações. Para acompanhar se tais ações estão sendo efetivas, os organismos internacionais criam ferramentas, como avaliações em larga escala, questionários, originando indicadores e estipulando metas a serem cumpridas.
Como ocorre no âmbito interno do nosso país?
Resposta
Da mesma maneira como as instituições que financiam recursos para os países demandam um acompanhamento dos resultados obtidos pelo investimento realizado, os cidadãos que custeiam o sistema educacional público com seus impostos também demandam uma prestação de contas de sua eficiência.
História da criação do sistema
Primeiramente, vamos entender um pouco do conceito de sistema: ele é a unidade de vários elementos intencionalmente reunidos, de modo a formar um conjunto coerente e operante (SAVIANI, 1996, p. 80).
Atualmente, o sistema educacional brasileiro é avaliado, nacionalmente, de maneira muito análoga aos processos realizados pelas avaliações internacionais, constituindo um Sistema de Avaliação Institucional. Tal sistema veio se complexificando e consolidando ao longo do tempo, notadamente a partir de meados da década de 1990. Os processos pelos quais nosso sistema passou para chegar à configuração que temos hoje é o assunto que abordaremos nos próximos parágrafos.
Segundo o Censo Escolar de 2020, o sistema educacional brasileiro possui, na etapa da educação básica, 179.533 escolas que atendem a 23.790.817 estudantes. Você consegue imaginar o quão caótico seria acompanhar e oferecer direcionamento para essa magnitude de público, sem um panorama geral? Seria como dirigir um veículo gigante às cegas.
Vamos entender como se deu o processo de avaliação do Sistema Educacional brasileiro:
Década de 1930
Os primeiros dados coletados pelo convênio em 1932 foram publicados em 1939. Tais dados passaram a nortear a Sinopse Estatística da Educação Básica, uma das formas de apresentação dos dados declarados pelas escolas, que permanece até os dias de hoje. Podemos identificar a iniciativa de criação desta sinopse como o primeiro esforço sistematizado de termos um diagnóstico da educação brasileira, importante para a obtenção e divulgação de informações educacionais para nortear as tomadas de decisão.
A Sinopse Estatística da Educação Básica oferecia informações referentes aos elementos ligados diretamente à instituição escolar. Mais adiante, foi identificada a necessidade de avaliar um possível impacto dos contextos socioeconômicos nas aprendizagens.
Década de 1960
Em 1966, o Centro de Estudos de Testes e Pesquisas Psicológicas (CETPP), da Fundação Getúlio Vargas, elaborou e aplicou exames em uma amostra de estudantes do ensino médio. No exame, foram avaliadas as áreas de Linguagem, Matemática, Ciências Físicas e Naturais e Estudos Sociais. Além do exame, os estudantes deviam preencher “um questionário sobre características socioeconômicas dos alunos e suas aspirações” (GATTI, 2009).
Na mesma década, foram realizados outros estudos menores com esta mesma perspectiva, com o início da parceria entre Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais, ligado ao Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP) e ao Ministério da Educação (MEC).
Início da década de 1980
Na década de 1980, foi criado o Programa de Expansão e Melhoria da Educação no Meio Rural Nordeste (EDURURAL-NE), uma parceria entre o Banco Mundial e o MEC para oferecer maior abrangência e qualidade do ensino em áreas rurais, desenvolvido em todos os estados do Nordeste. A avaliação realizada para acompanhar o programa e os usos de seus resultados, tendo uma metodologia bem definida e cuidadosa com a coleta e análise dos dados, foi considerada um exemplo a ser replicado, para se caminhar em direção a uma educação “mais condizente com as necessidades das populações menos favorecidas” (GATTI, 2009).
Meados da década de 1980
As políticas públicas educacionais eram elaboradas em consonância com a área de administração, lógica instituída pelo regime civil-militar. Com a destituição do regime militar, em 1985, e o contexto da redemocratização do país, valores progressistas foram incorporados aos debates educacionais e a gestão educacional herdada do antigo regime passou a contrastar com eles.
Nesse panorama, passam a circular nas discussões do campo o ideal de uma gestão democrática da educação, embasada pelos princípios de igualdade ao acesso à educação e ao pluralismo de ideias, valores consolidados pela Constituição Federal de 1988.
Concomitantemente, os levantamentos realizados pelo MEC evidenciaram a situação de fracasso escolar, traduzida nas elevadas taxas de repetência. Tal constatação encorpou a pressão social por uma educação de qualidade e direcionou as políticas públicas e legislação ao longo das décadas seguintes.
Final da década de 1980
A redemocratização exige uma nova constituinte. A Constituição Federal de 1988, no primeiro artigo da sessão que aborda o direito à educação, define que a educação é um direito de todos e dever do Estado em conjunto com a sociedade. Ainda, estabelece que esta educação é necessária para o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. No segundo artigo, sétimo inciso, está prevista a garantia do padrão de qualidade.
Logo, se educação de qualidade é uma garantia, ela precisa ser comprovada. É deste imperativo que surge a necessidade de monitoramento dela. No caso, as avaliações são o meio de se ter tal monitoramento.
Cabe destacar que, embora as avaliações dos sistemas educacionais tenham relação com o controle social dos gastos públicos, a educação é um bem público e, portanto, esta avaliação engloba as instituições particulares de ensino, previstas na Constituição de 1988.
Década de 1990
Em 1996, foi sancionada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), Lei 9.394/96, que instituiu como dever da União “assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino fundamental, médio e superior, em colaboração com os sistemas de ensino, objetivando a definição de prioridades e a melhoria da qualidade do ensino” (BRASIL, 1996).
Como já discutimos, avaliamos os sistemas educacionais para monitorar o desempenho das políticas públicas da área. No entanto, é importante sabermos quais objetivos temos com essas políticas. No campo da educação não há um consenso do que vem a ser uma educação de qualidade, além disso, inúmeros aspectos integram este conceito como, por exemplo, infraestrutura, formação docente, clima escolar, merenda, dentre tantos outros fatores que impactam no direito de aprender.
Diante disso, a LDBEN (Lei de diretrizes e bases da educação nacional) estabeleceu padrões mínimos de qualidade, “definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem.” Além disso,indicou que os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, que influenciarão também as matrizes das avaliações externas e em larga escala (BRASIL/1996).
Brasil no caminho da gestão de indicadores
Você lembra que os organismos internacionais exigiam alinhamento entre as políticas públicas do país interessado e as orientações oferecidas por eles? Uma dessas orientações é a instituição de um sistema nacional de avaliação. Diante dessa demanda, a LDBEN instituiu que o Plano Nacional de Educação (PNE, um plano decenal que define metas para a educação do país neste período) estará em sintonia com a Declaração Mundial Sobre Educação para Todos (PNUD, UNESCO, UNICEF, Banco Mundial), assinada em Jomtiem em 1990, como vimos anteriormente. Com isso, estados e municípios, com auxílio de caráter suplementar da União, são incumbidos de integrar todos os estabelecimentos de Ensino Fundamental a um único sistema nacional de avaliação do rendimento escolar.
Com a Lei 10.172, de 9 de janeiro de 2001, o PNE foi aprovado e, para estabelecer os mecanismos necessários para acompanhamento das metas, instituiu o Sistema Nacional de Avaliação e o desenvolvimento de sistemas de informação e de avaliação em todos os níveis e modalidades de ensino, com constante aperfeiçoamento dos processos de coleta e difusão dos dados, considerados instrumentos indispensáveis para a gestão do sistema educacional e melhoria do ensino.
Em 2007, foi assinado o Decreto 6.094 que implementou o Plano de Metas Compromisso todos pela Educação. Em seu artigo primeiro, é citada a melhoria da qualidade da Educação Básica e é organizado um comitê com diversos atores-chave para mobilizar a acompanhar a evolução nas metas estabelecidas para a educação.
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Atualmente, estamos sob a vigência do PNE sancionado pela Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, com previsão até 2024 que, dentre seus objetivos, visa a permanência dos alunos, mensurada pelo Censo Brasil, e a qualidade do ensino, mensurada pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), viabilizando o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), instrumentos que vamos conhecer adiante.
Sistema de Avaliação da Educação Básica – SAEB
Sistema de Avaliação da Educação Básica. 
O Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) é um conjunto de avaliações externas em larga escala. A coleta de informações é realizada bienalmente por meio de provas e questionários para qualificar a Educação Básica brasileira, bem como levantar dados sobre as condições em que o ensino está sendo realizado.
Em sua primeira edição, em 1990, foram aplicados exames para estudantes da 1ª, 3ª, 5ª e 7ª séries do Ensino Fundamental, que contemplaram as áreas de Português, Matemática, Ciências Naturais e Redação, em uma amostra de escolas públicas no país. A matriz de referência desta edição foi balizada pelos currículos dos sistemas estaduais de ensino. De forma semelhante, a avaliação foi realizada em 1993.
Em 1995, o SAEB trouxe inovações. Para conhecer o contexto dos alunos, foi iniciada a aplicação de questionários socioeconômicos. As provas mantiveram as bases fundamentais das edições anteriores, mas com uma nova metodologia de composição e análise de dados, a Teoria de Resposta ao Item (TRI).
Teoria da Resposta ao Item
A TRI deu origem à metodologia de avaliação utilizada, que não é apenas o somatório de quantas questões o avaliado acertou, ou o percentual de acerto. Este método tem por unidade o item. O item é o conjunto de três características das questões: a dificuldade, a possibilidade de acerto ao acaso (chute) e a capacidade da questão em selecionar os avaliados que realmente têm as competências necessárias para atender à finalidade da prova.
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É elaborada também a escala de proficiência, que seria a gradação das habilidades dos alunos, variando de 0 a 9. A interpretação desta régua é cumulativa, por exemplo, se o que está sendo avaliado é a alfabetização, a escala contempla, em um ponto menor, a leitura de palavras com sílabas simples (àquelas compostas apenas pela dupla consoante-vogal, c/v) e, em ponto maior, a leitura de palavras com sílabas complexas (exemplo: consoante-consoante-vogal, ccv).
Conclui-se que o aluno com habilidade de maior proficiência, como ler palavras mais complexas, possui a habilidade de ler as mais simples. A escala de desempenho é única para todos os anos de aplicação e séries, permitindo a comparabilidade entre os anos de aplicação.
Na edição de 1997 do SAEB pudemos observar algumas modificações: a alteração do público-alvo, contemplando os estudantes da 4ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e de 3ª série do Ensino Médio; inserção das áreas de Física, Química e Biologia; inclusão de escolas particulares na amostragem.
Em 1999, a reformulação mais importante foi a criação das Matrizes de Referência do SAEB, que passaram a embasar a formulação das questões e a análise dos dados. A Geografia também passou a ser avaliada. Nas matrizes de referência, os conteúdos associados a competências e habilidades desejáveis para cada série e para cada disciplina são divididos em descritores.
É importante dizer que as matrizes não abordam todo o currículo e não devem ser tomadas como metodologia para ensino em sala de aula, que é muito mais abrangente.
Em 2001, as áreas de conhecimento são resumidas a Língua Portuguesa e Matemática, alinhando-se à metodologia do PISA.
Na edição de 2005, o SAEB foi reestruturado, sendo composto por duas avaliações, a Avaliação Nacional da Educação Básica (ANEB) e a Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (ANRESC ou PROVA BRASIL). Os resultados do SAEB de cada município e escola passaram a ser divulgados, e não apenas os resultados a nível federal e por região, como era antes. Esse procedimento oportuniza que cada unidade escolar e município tenha ciência do seu desempenho e crie estratégias para alcançar melhores rendimentos. Este novo formato também viabilizou o cálculo do IDEB.
Os testes do Saeb são elaborados a partir de matrizes de referência (INEP, 2020). Os conteúdos associados a competências e habilidades desejáveis para cada série e para cada disciplina são subdivididos em partes menores, os descritores, cada uma especificando o que os itens das provas devem medir. Os descritores, por sua vez, traduzem uma associação entre os conteúdos curriculares e as operações mentais desenvolvidas pelos alunos. Os descritores, portanto, especificam o que cada habilidade implica e são utilizados como base para a construção dos itens de diferentes disciplinas.
Por exemplo, em Língua Portuguesa, temos o tópico Procedimentos de Leitura; dentro deste tópico temos descritores, que variam de localizar informações explicitas em um texto a distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
Em Matemática, no tópico de Grandezas e Medidas, temos como exemplo de descritores estabelecer relações entre unidades de medida de tempo, resolver problemas envolvendo o cálculo do perímetro de figuras planas e coisas cotidianas como estabelecer trocas entre cédulas e moedas brasileiras.
3 - Composição do SAEB até 2019.
A ANEB manteve os procedimentos da avaliação amostral (atendendo aos critérios estatísticos de no mínimo dez estudantes por turma), sendo realizada nas redes públicas e privadas. Estudantes do 5º e 9º ano do ensino fundamental e do 3º do ensino médio passaram por este exame. Aqui o foco é avaliar a equidade, qualidade e eficiência da educação. Os dados são publicados regionalmente e a nível estadual.
Já a ANRESC ou PROVA BRASIL é censitária, ou seja, avalia todos os estudantes em todas as instituições públicas que atendam ao critério mínimo de trinta estudantes matriculados no 5° e 9º ano do Ensino Fundamental. Os resultados são divulgados por escola e por redes, municipal, estadual e federal. O objeto de estudo é o sistema público de ensino. O sistema de avaliação seguiu com esta metodologia até 2013, e os exames aplicados nas séries do Ensino Fundamental agora são de caráter censitário na redepública.
Nesta edição, um novo exame passou a fazer parte do SAEB, a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), prevista no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC).
Metodologicamente, a ANA funciona de maneira semelhante à Prova Brasil, com suas matrizes de referência e escalas de proficiência. Esta avaliação é censitária e realizada com os alunos do 3º ano do ensino fundamental das escolas públicas. O objetivo da ANA é obter informações sobre a alfabetização e a matemática na rede pública de ensino. Enquanto as demais avaliações que ocorrem no SAEB são bienais, a ANA é realizada todos os anos.
No SAEB seguinte, os estudantes do Ensino Médio de escolas públicas também passaram a fazer parte da avaliação de forma censitária. Além disso, o INEP lançou a plataforma Devolutivas Pedagógicas, que, ao trazer interpretações dos dados obtidos pela Prova Brasil, aproximou os resultados estatísticos à realidade de docentes e gestores, facilitando a utilização desses para a gestão escolar.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi promulgada em 2017 e passou a orientar a matriz curricular do SAEB, em 2019, para o 2º e o 9º anos do ensino fundamental e educação infantil. Os demais anos mantêm a matriz anterior, para permitir a comparação entre os resultados. Notamos a incorporação da etapa da Educação Infantil ao sistema de avaliação, de forma experimental, com questionários para diretores, professores e gestores públicos.
Atenção
Na mesma edição de 2019, ANA, ANEB e ANRESC integraram um sistema único e todas as avaliações passaram a ser identificadas pelo nome SAEB, acompanhado das etapas, áreas de conhecimento e tipos de instrumentos envolvidos. O letramento em português e matemática passou a ser realizado no 2º ano do ensino fundamental, como previsto na BNCC.
Os últimos números do SAEB realizado em 2019, mostram que o exame foi aplicado em mais de 72 mil escolas, e 5,6 milhões de estudantes fizeram os testes de Língua Portuguesa e de Matemática nas etapas do 5º ano do ensino fundamental, 9º ano do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio. Além disso, foram aplicados questionários contextuais para estudantes, professores e diretores, e o questionário da escola para atender aos diferentes levantamentos que compõem o SAEB.
Uma das formas de publicação dos resultados do SAEB é o ganho de aprendizagem, que é a evolução da proficiência média em relação à última edição do SAEB.
Analise o gráfico a seguir, extraindo informações e alguns questionamentos possíveis:
4 - Ganho de aprendizagem por estado no SAEB de 2011 a 2017.
Com esse gráfico, podemos observar a evolução por estado na área de Língua Portuguesa, desde 2011 até 2017. Observe que a barra que representa a nota média obtida por cada estado, dentro de sua respectiva região.
Lembra que na Introdução apontamos para o fato de que a apuração dos números não deve gerar uma leitura equivocada? Por exemplo: olhar o gráfico e notar um desempenho pior no Nordeste em relação ao Sudeste, e concluir que não precisamos de investimento de educação no Sudeste, somente no Nordeste. O exemplo é simplório, mas é provocativo e necessário. Esses números devem dar subsídios a gestores, ser testados e analisados.
Exemplo
O desempenho médio do Ceará, tão melhor do que outras regiões e até o destaque nacional, ficou atrás somente de São Paulo. Como será que, tendo um cenário econômico semelhante aos demais estados nordestinos, o Ceará conseguiu ter notas tão altas? Esta questão despertou o interesse do Banco Mundial que, em 2020, publicou um estudo sobre a experiência do Ceará com a Educação Básica. Entendeu? Não gera uma descoberta, mas uma investigação.
Este estudo concluiu que as seguintes práticas levaram a esta melhoria no desempenho nas avaliações do estado (GRUPO BANCO MUNDIAL, 2020):
Distribuição do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) coletado de acordo com o desempenho no IDEB (composto pelo SAEB, como veremos mais adiante);
Intensificação do papel das secretarias estaduais de educação na formação de professores, que passaram a oferecer cursos, materiais didáticos, dentre outras ações de apoio técnico aos municípios;
Desenvolvimento do Programa Escola Nota 10, no qual as escolas que têm bons níveis de desempenho prestam assistência técnica a outras escolas e são premiadas, enquanto as escolas com pior desempenho podem ser penalizadas;
Estabilidade política do estado;
Monitoramento contínuo do aprendizado pelo IDEB e pelo Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará (SPAECE).
Provavelmente você já ouviu falar do IDEB, mesmo antes de ingressar na universidade. Isso acontece porque ele é um indicador muito utilizado para o controle da qualidade da educação por parte da sociedade, ou seja, um instrumento de pressão social para cobrar resultados dos gestores públicos. A seguir, encontramos mais informações sobre este indicador.
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB)
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. 
Como pincelamos anteriormente, o IDEB foi criado em 2007 para acompanhar a qualidade do ensino. Com esse intuito, o INEP conjugou dois fatores elementares: o fluxo escolar e o desempenho escolar.
O fluxo escolar trata de aprovação dos estudantes para o ano de escolaridade seguinte, reprovação e abandono. O acompanhamento desses dados é realizado pelo Censo Escolar, que discutiremos adiante. Já o desempenho escolar é aferido pelas provas do SAEB.
A associação as duas variáveis (fluxo e rendimento) são relevantes, pois impede que os resultados obtidos no SAEB sejam mascarados pelo fluxo.
Exemplo 
Um aluno que avançou para o ano de escolaridade seguinte sem ter adquirido as habilidades básicas previstas ou um estudante que se saiu bem nos exames por estar refazendo um ano de escolaridade qualquer.
Matematicamente, o IDEB varia de 0 a 10 e é o produto entre a média de proficiência da etapa Prova Brasil (ANRESC), do SAEB (separados em Língua Portuguesa e Matemática) e a média das aprovações (separados entre as etapas iniciais e finais do Ensino Fundamental e o Ensino Médio).
Embora tenhamos uma meta a ser atingida pelo IDEB em nível nacional, cada unidade escolar e sistema de ensino (municipal e estadual) tem metas próprias a serem atingidas.
Com relação às notas do IDEB, o Brasil obteve 3,8 na primeira edição, realizada em 2005, e tem como meta atingir 6,0 em 2021. A média 6,0 foi estabelecida pela comparação com países desenvolvidos, membros da OCDE. Na última edição, em 2019, o IDEB observado para o Brasil foi de 5,9.
Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM
Em 1998, através da portaria nº 438 de 28 de maio, o MEC institui o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). O ENEM foi criado tendo como objetivos avaliar o desempenho dos estudantes no ensino médio e criar uma alternativa de acesso ao ensino superior que, na época, era realizado por seleções de ingresso (vestibulares) específicas de cada instituição.
O exame é aplicado anualmente sob a coordenação do INEP. Possui uma matriz de competências própria, com habilidades necessárias para a vida profissional e acadêmica, previstas de serem adquiridas ao longo da educação básica.
O ENEM avalia o domínio básico das seguintes competências:
 Uso da norma culta da língua portuguesa;
· Compreensão das diferentes linguagens, tais como: 
· A matemática, 
· A científica, 
· A artística, dentre outras.
· Compreensão de fenômenos naturais; 
· processos histórico-geográficos; 
· produções tecnológicas; 
· manifestações artísticas;
· Solução de situações-problema com visão crítica para tomada de decisões; 
· construir argumentações consistentes e elaboração de propostas de intervenções na realidade; 
· considerando aspectos socioculturais e 
· conhecimentos desenvolvidos nas diferentes etapas da escolarização.
Atenção
O ENEM é opcional. Os interessados em realizar o exame pagam taxa de inscrição, que ajuda no financiamento da elaboração e aplicação das provas, sendo prevista por lei a isenção do pagamento para alunos com incapacidade financeiracomprovada.
Resguardado o sigilo individual de cada participante, o INEP possui um banco de dados, no qual é possível analisar os resultados de forma global. Tais dados originam relatórios que são divulgados para instituições de ensino superior, secretarias de educação e pesquisadores. Com isso, os gestores têm acesso a informações capazes de contribuir para a formulação de políticas públicas e ampliar a compreensão a respeito do ensino no país.
Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos – ENCCEJA
Realizada pela primeira vez em 2002, esta avaliação objetiva conferir as competências de jovens e adultos que:
· Não terminaram o Ensino Fundamental ou 
· O Ensino Médio na idade apropriada;
· Estão privados de liberdade;
· Residem no exterior.
O ENCCEJA também está a cargo do INEP, mas a certificação dos alunos é responsabilidade das secretarias estaduais de educação e institutos federais de educação, ciência e tecnologia. As aplicações fora do Brasil são realizadas em parceria com o Ministério das Relações Exteriores.
O exame acontece uma vez por ano e é composto por uma prova de redação e quatro provas objetivas. Cada prova é composta por trinta questões de múltipla escolha:
Ensino fundamental
São avaliadas as seguintes áreas:
· Ciências Naturais;
· Matemática;
· Linguagens;
· História e Geografia.
Ensino médio
São avaliadas as seguintes áreas:
· Química, Física e Biologia;
· Matemática;
· Linguagens;
· História, Geografia, Sociologia e Filosofia.
Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes – ENADE
O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE), realizado pelo INEP desde 2004, avalia o desempenho dos graduandos e é pré-requisito para a conclusão da graduação. Embora o exame tenha periodicidade anual, cada ano avalia uma grande área de conhecimento, que recebe a nomenclatura de ciclos, sendo cada área avaliada trienalmente.
As áreas de conhecimento para os cursos de bacharelado e licenciatura derivam da tabela de áreas do conhecimento divulgada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Já os eixos tecnológicos são baseados no Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia (CNCST), do Ministério da Educação.
ENADE: ciclos de avaliação.
No Ciclo I
São avaliados cursos de bacharelado em Ciências Agrárias, da Saúde, Engenharias, Arquitetura e Cursos Superiores de Tecnologia nas áreas de Ambiente e Saúde, Produção Alimentícia, Recursos Naturais, Militar e Segurança.
No Ciclo II
Passam pelo exame os cursos de bacharelado das Ciências Humanas, com ênfase nos cursos de licenciatura nas áreas de conhecimento de Ciências da Saúde; Ciências Humanas; Ciências Biológicas; Ciências Exatas e da Terra; Linguística, Letras e Artes, além de Cursos Superiores de Tecnologia nas áreas de Controle e Processos Industriais, Informação e Comunicação, Infraestrutura e Produção Industrial.
No Ciclo III
Passam pelo teste os cursos de Ciências Sociais Aplicadas e Cursos Superiores de Tecnologia nas áreas de Gestão e Negócios, Apoio Escolar, Hospitalidade e Lazer, Produção Cultural e Design.
O ENADE possui os seguintes instrumentos de coleta de dados:
· A prova em si;
· O Questionário do Estudante, destinado a levantar informações que permitam caracterizar o perfil e o contexto de seus processos formativos;
· O Questionário de Percepção de Prova, destinado a levantar informações que permitam medir o entendimento dos estudantes em relação à prova.
· O Questionário do Coordenador de Curso, destinado a levantar informações que permitam caracterizar o perfil do coordenador de curso e o contexto dos processos formativos dos estudantes avaliados no ENADE.
As provas do ENADE são elaboradas pelo INEP, a partir do Banco Nacional de Itens da Educação Superior. Esse banco é resultante da colaboração de docentes do Ensino Superior, que são selecionados mediante edital de chamada pública.
O ENADE integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES). Os resultados do ENADE, aliados às respostas do Questionário do Estudante, são insumos para o cálculo dos Indicadores de Qualidade da Educação Superior.
O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) é formado por três componentes principais: 
I. A avaliação das instituições, 
II. Dos cursos e do 
III. Desempenho dos estudantes.
Os principais objetivos da avaliação envolvem melhorar o mérito e o valor das instituições, áreas, cursos e programas, nas dimensões de ensino, pesquisa, extensão, gestão e formação; melhorar a qualidade da educação superior e orientar a expansão da oferta.
O SINAES possui uma série de instrumentos complementares: 
autoavaliação, 
avaliação externa, 
Enade, 
avaliação dos cursos de graduação e 
instrumentos de informação como o censo e o cadastro.
Fonte: Inep
A nota no ENADE varia de 1 a 5 e a avaliação é composta por duas etapas. 
A primeira, Formação Geral (FG), conta com dez questões, sendo oito de múltipla escolha e duas discursivas. 
A segunda, Componentes Específicos (CE), é composta por trinta questões, sendo 27 de múltipla escolha e as restantes discursivas.
A etapa FG avalia as competências relacionadas à compreensão de temas exteriores ao âmbito específico do curso, ligados à realidade brasileira e mundial e a outras áreas do conhecimento. A etapa CE avalia o desempenho dos estudantes em relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares do respectivo curso de graduação. A nota final do estudante é a média ponderada entre as partes, na qual a etapa CE tem peso de 75%.
Saiba mais
Em 2019, 70% dos cursos de graduação que receberam a nota máxima no ENADE eram ministrados em universidades públicas. Das 1.426 instituições públicas testadas, mais de 20% conquistaram a nota 5. Entre as 6.360 universidades privadas testadas, menos de 2% obtiveram a avaliação máxima. Além da distinção do desempenho entre instituições públicas e privadas, também é possível acessar os resultados por unidade federativa, curso ou instituição.
Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira – REVALIDA
O REVALIDA, instituído em 2019, é destinado a médicos que concluíram o curso de medicina no exterior e querem exercer a profissão no Brasil. Para isso, é preciso que o conhecimento do profissional esteja em nível equivalente ao exigido nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina no Brasil. O processo de revalidação de diplomas obtidos em território estrangeiro já era previsto na LDBEN.
Esta avaliação é dividida em duas etapas: 
· parte teórica e 
· avaliação de habilidades clínicas. 
Tem periodicidade semestral e é custeada pelos interessados em exercer a medicina no país.
Para participar, os profissionais formados em medicina devem ter nacionalidade brasileira ou estrangeira em situação legal, indicar em qual instituição pública deseja a revalidação do diploma, ter CPF e apresentar o diploma da instituição de ensino superior estrangeira, reconhecida no país de origem pelo seu ministério da educação ou órgão equivalente.
Provinha Brasil.
A Provinha Brasil, instituída em 2007, é um exame aplicado duas vezes ao ano, por meio do qual os estudantes do 2º ano do ensino fundamental de escolas públicas brasileiras são avaliados nas áreas de Língua Portuguesa e Matemática.
A Provinha Brasil tem por objetivo avaliar o nível de alfabetização nos anos iniciais do ensino fundamental; oferecer resultados da qualidade da alfabetização, prevenir o diagnóstico tardio das dificuldades de aprendizagem; melhorar a qualidade de ensino.
Este exame embasa o Guia de Correção e Interpretação de Resultados, documento no qual são descritos os cinco níveis de desempenho, identificados a partir das análises e estatísticas das questões de múltipla escolha.
A partir da identificação das habilidades e do grau de dificuldade das questões, como na metodologia do SAEB, são definidos limites mínimos, que caracterizam cada nível de alfabetização, assim como cada nível de matemática, queas crianças demonstraram. o Sistema Provinha Brasil-Escolas divulga os resultados em relatórios por aluno, por turma, por escola e por questão.
Saiba mais
Acesse o site do INEP e pesquise os modelos utilizados na Provinha Brasil, que também indicamos no Explore+ ao final do tema.
Prova Nacional de Concurso para o Ingresso na Carreira Docente – Prova Docente
A Prova Docente é uma iniciativa do INEP que visa fornecer subsídios para a valorização e contratação de professores da Educação Básica por parte dos estados e municípios. Instituída em 2011, tem periodicidade anual e cabe às administrações locais escolherem se o exame fará parte do seu processo seletivo e, caso positivo, como será utilizado. Esta alternativa de processo seletivo tem custos reduzidos para os estados e municípios e, com ela, o professor pode se inscrever em diferentes concursos.
Sua matriz de referência foi elaborada pela Diretoria de Estudos Educacionais do INEP em conjunto com uma comissão técnica de professores e pesquisadores vinculados a instituições de ensino no país.
Em 2012, foi feita uma aplicação-piloto, chamada de pré-teste, com o objetivo de obter dados para a realização desta pesquisa.
Até agora aprendemos sobre diferentes métricas obtidas por avaliações e indicadores. Mas o primeiro esforço para coletar dados padronizados em larga escala sobre a educação no Brasil foi o Censo Escolar, em 1964. Censo é um conjunto de dados estatísticos dos habitantes de uma localidade. Isto quer dizer que o Censo Escolar é um conjunto de dados capazes de gerar análises e comparações entre as escolas ou localidades. Conheceremos um pouco mais sobre este levantamento a seguir.
Censo Escolar da Educação Básica
Desde 1964, o INEP realiza, além das avaliações, um levantamento de dados sobre o fluxo escolar dos alunos. O Censo Escolar da Educação Básica, como é chamado esse levantamento, é feito por meio de uma pesquisa declaratória, em parceria com as secretarias de educação e as escolas públicas e privadas.
Realizar uma pesquisa declaratória, neste caso, significa que as informações requeridas pelo INEP, para compor o Censo Escolar, são obtidas pelo preenchimento de questionários com informações declaradas pela escola. Esses dados devem ter registro junto à instituição de ensino, como matrículas, diários de classe, histórico escolar, dentre outras fontes.
A partir de 1998, o Censo Escolar é realizado anualmente e, no momento, é preenchido por uma robusta plataforma on-line, o Sistema Educacenso.
O preenchimento dos questionários produzidos pelo INEP está dividido em dois momentos: 
· O primeiro consiste no cadastro dos alunos, das turmas, das escolas e dos docentes; 
· O segundo, na alimentação da plataforma com dados de rendimento e fluxo escolar.
Principais variáveis levantadas por aluno
Sexo, idade, cor ou raça, transporte escolar, necessidades educacionais especiais e se o aluno foi aprovado ou não.
Informações levantadas por turma
Horários, existência de atividades complementares e tipo de disciplinas. 
Já sobre as escolas, são levantadas informações a respeito do 
Local da instituição, da situação de funcionamento, das condições de infraestrutura, dos equipamentos didáticos, da alimentação etc.
Em 2007, questionários sobre os professores começaram a ser aplicados, obtendo informações sobre sexo, idade, cor ou raça, escolaridade, turmas e disciplinas na qual lecionam.
O Censo Escolar da Educação Básica compreende todas as modalidades de ensino: regular, especial, profissional e educação de jovens e adultos.
Observando os resultados do Censo Escolar da Educação Básica de 2019, é possível identificar que as matrículas no ensino médio caíram mais de 4% em relação ao ano anterior. Também houve queda no ensino de jovens e adultos e no ensino fundamental. Contrastando com estas quedas, houve um incremento no número de matrículas de crianças até três anos.
Censo da Educação Superior – CENSUP
O sistema de coleta do Censo da Educação Superior é semelhante ao do Censo Escolar da Educação Básica. Também é realizado anualmente, desde 1995, e sob coordenação do INEP. O objeto de estudo deste levantamento são as informações a respeito dos alunos, professores e instituições ligados ao ensino superior.
A pesquisa é realizada com o preenchimento das informações solicitadas na plataforma on-line Sistema CENSUP, em que se tem o registro de todas as instituições de ensino superior e informações sobre seus cursos. A partir desses dados, pode-se conhecer sobre a infraestrutura da instituição de ensino, vagas, candidatos, situação, ingressos e concluintes, além de docentes.
No percurso realizado ao longo do módulo, observamos diversas iniciativas que visam melhor compreender o sistema educacional brasileiro, que transcendem as fronteiras nacionais, originando um complexo sistema de avaliação da educação.
Buscando sistematizar os marcos desta trajetória avaliativa, trazemos a seguir uma linha do tempo com os principais marcos deste processo.
1939 - Sinopse estatística da educação básica.
1944 - Início do Banco Mundial.
1945 - Fim da Segunda Guerra Mundial.
1961 - Criação da ONU.
1964 - OCDE.
1988 - Censo Escolar.
1990 - Constituição Federal.
1995 - SAEB. Declaração Mundial sobre Educação para Todos.
1995 - Censo Educação Superior.
1996 - LDBEN.
1998 - ENEM.
2000 - PISA.
2002 - ENADE.
2004 - ENADE.
2007 - IDEB.
2011 - Provinha Brasil.
2019 - Prova Docente. REVALIDA.
Para refletir
Abordagens históricas dos indicadores de educação
O professor Rodrigo Rainha navega na linha do tempo que acabamos de conferir, apontando o que cada marco representa para a educação brasileira.
Verificando o aprendizado
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1. A respeito do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), julgue as afirmativas a seguir: 
I. Tem em sua composição um conjunto de avaliações externas em larga escala.
II. Além dos testes, inclui questionários socioeconômicos.
III. Possui matrizes de referência, que embasa a formulação das questões.
IV. Tem como resultado o somatório de quantas questões o estudante acertou.
Estão corretas as afirmativas: 
a) I, II e III
b) I, II e IV
c) I, III e IV
d) II, III e IV
e) Apenas a I
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Comentário
Parabéns! A alternativa "A" está correta.
O SAEB é formado por avaliações e questionários socioeconômicos para que seja possível a interpretação dos dados de acordo com as condições em que o ensino é realizado. Além disso, o SAEB possui uma metodologia robusta, baseada nos itens, escalas de proficiência, descritores e matrizes de referência. Portanto, o resultado não é calculado a partir do somatório de acertos.
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2. Observe o trecho da reportagem da Revista Nova Escola e assinale a alternativa que preenche a lacuna de maneira correta: 
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) divulgou em setembro os resultados do IDEB 2019, que mostram que todas as etapas avançaram, ainda que em ritmo diferente. Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, o IDEB passou de 5,8 para 5,9. Nos anos finais, de 4,7 para 4,9. O Ensino Médio registrou o maior salto: após três edições de estagnação e um aumento de apenas 0,1 entre 2015 e 2017, o índice subiu de 3,8 para 4,2. Ainda assim, ficou longe da meta de 5. O único que atingiu a meta, no caso 5,7, foi o 5º ano do Ensino Fundamental.
Esses dados são obtidos graças ao fato de o Brasil possuir um: 
a) Sistema de Avaliação Nacional da Educação. 
b) Instituto Nacional de Pesquisa em Educação. 
c) Fundo de Financiamento da Educação Básica. 
d) Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. 
e) Ministério da Educação.
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Comentário
Parabéns! A alternativa "D" está correta.
O IDEB varia de 0 a 10. Portanto, pelos dados do texto, é possível que o estudante identifique de qual indicador a questão trata. Isso é importante, pois o IDEB é o principal indicador pelo qual se estipulam as metas para a educação básica no país. No entanto, o IDEB é um índice que só pode ser obtido por ter sidoconsolidado um Sistema de Avaliação Nacional da Educação.
Conclusão 
Considerações Finais
Podemos compreender que a educação é socialmente vista como um bem público e uma dimensão estratégica para efetivação de uma responsabilidade social. Isso quer dizer que a educação se relaciona com outras pautas, extremamente caras à sociedade, como a paz, a diminuição das desigualdades sociais, o exercício da cidadania, dentre outras.
Diante disso, presenciamos, tanto no âmbito nacional quanto no internacional, a criação e o aperfeiçoamento de inúmeros instrumentos que visam acompanhar a qualidade e a eficiência da educação.
Constatar dada realidade, de um cenário educacional, por si só, não gera avanços na direção dos resultados que esperamos do processo de ensino-aprendizagem oferecido, mas a interpretação dessa fotografia oferece informações que balizam as tomadas de decisões de gestores educacionais.
Podcast
Agora, o professor Rodrigo Rainha encerra o tema falando sobre o Sistema Nacional de Avaliação Institucional no Brasil.
Referências
ANJOS, R. A. Para que a avaliação do sistema educacional brasileiro? IX ANPED SUL, Caxias do Sul. Publicado em 2012. Consultado na internet em: 19 mar. 2021.
BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras providências. Consultado na internet em: 15 abril 2021.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Consultado na internet em: 19 mar. 2021.
BRASIL. Plano Nacional de Educação 2014-2024. Brasília: Ministério da Educação, 2015.
GATTI, B. A. Avaliação de sistemas educacionais no Brasil. Sísifo/Revista de Ciências da Educação, nº 9. Publicado em: 2009. Consultado na internet em: 19 mar. 2021.
GRUPO BANCO MUNDIAL. Fazendo a educação dar certo: o sucesso do Ceará e Sobral nas reformas educacionais para a alfabetização universal. Nota, 2020. Consultado na internet em: 19 mar. 2021.
INEP. Matrizes de Referência. Publicado em: 2020. Consultado na internet em: 19 mar. 2021.
LIMA, M. R. IV Conferência Nacional de Educação e o Convênio Estatístico: breve relatório sobre a pesquisa no arquivo da Associação Brasileira de Educação. Projeto aceito pelo CNPq pelo edital universal de 2011. Consultado na internet em: 19 mar. 2021.
OECD. Programme for International Student Assessment: Results from PISA 2018, Country Note Brazil. Nota, 2018. Consultado na internet em: 19 mar. 2021.
OLIVEIRA, D. A. (Org.). Gestão democrática da educação: desafios contemporâneos. Petrópolis: Vozes, 2007.
OLIVEIRA, M. A. M.; PÁDUA, I. C. A. A reforma da educação profissional: avanço ou retrocesso? In: III Seminário ANPAE – Sudeste 3, Anais eletrônicos, Vitória (ES). Publicado em: 2000.
ONU. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Assembleia Geral das Nações Unidas. Paris, 1948. Consultado na internet em: 19 mar. 2021.
RAVITCH, D. Vida e Morte do Grande Sistema Escolar Americano: como os testes padronizados e o modelo de mercado ameaçam a educação. 1. ed. Porto Alegre: Sulina, 2011.
UNESCO. Declaração Mundial sobre Educação para Todos. Jomtien, 1990. Consultado na internet em: 19 mar. 2021.
SAVIANI, D. Educação brasileira: Estrutura e sistema. 7. ed., Campinas: Autores Associados, 1996.
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE SANTA CATARINA. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC). Consultado na internet em: 15 abril 2021.
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Canais
Você sabe que existem canais exclusivos falando sobre a atualidade da educação brasileira e que relatam muito sobre o nosso atual sistema de avaliação? Seguem algumas delas para você procurar e assistir: TV Senado, Multirio, TV Cultura, Portal Cultura Paraná e Secretaria Municipal de Educação GV (SMEDGV).
Documentários
Vamos assistir um documentário? Procure por: Ministério da Educação - Documentário OCDE - Crescimento do Brasil no PISA.
Artigo
ROTHEN, J. C.; SANTANA, A.C.M. Uma pequena história da avaliação da educação a partir do caso brasileiro e francês. In: Avaliação da educação: referências para uma primeira conversa. São Carlos: UFSCar, p. 17-35, 2018.
Site
Acesse o site do INEP e busque os modelos de avaliações disponíveis que abordamos no tema.
Livro
RAVITCH, Diane. A Vida e a Morte do Grande Sistema Escolar Americano. Porto Alegre: Sulina, 2011.
Conteudista
Marina Santos Nunes de Campos

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