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A pessoa fundamento e fim da ordem juridica

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A Pessoa, fundamento e fim da ordem jurídica
Noção de personalidade Jurídica
Pessoas Singulares
· O Direito é constituído por causa e para o serviço do Homem, só pode ser concebido tendo como destinatário o ser humano em sociedade – não é um fim em si mesmo
· A necessidade de uma vida em comum na sociedade desencadeia uma multiplicidade de relações sociais que, quando são tuteladas pelo Direito, originam as relações jurídicas.
· As relações jurídicas atribuem direitos e deveres jurídicos aos sujeitos do Direito.
· Os sujeitos do Direito são pessoas em sentido jurídico (ser sujeito de direitos e obrigações) dotadas de personalidade jurídica.
· Personalidade Jurídica (PJ) – aptidão para ser titular de relações jurídicas (= direitos e obrigações).
· A PJ é uma exigência da natureza e da própria dignidade do ser humano que deve ser reconhecida pelo Direito Objetivo = condição indispensável para que cada ser humano, nas suas relações com os outros, realize os seus fins e interesses.
· A PJ cessa com a morte.
Capacidade Jurídica (CJ)
· A CJ é dividida em capacidade de gozo e exercício.
· Com o nascimento completo e com vida é adquirida a PJ e com ela a capacidade de gozo (é inerente á PJ) – aptidão para ser titular de um círculo maior ou menor de relações jurídicas.
· Com a maioridade civil acresce á capacidade de gozo, a capacidade de exercício – medida de direitos e vinculações que a pessoa pode exercer ou cumprir por si, pessoal e livremente (exceto em caso de incapacidade de agir pessoal e livremente) - Art.º 130º CC.
· A lei não permite á nascença que se adquira a capacidade de exercício por proteção – exigindo assim assistência ou representação.
· A é um conceito PJ é um conceito qualitativo, refere-se apenas á condição da entidade em causa e a CJ é um conceito quantitativo pois mede os direitos e vinculações de cada um.
Pessoas Coletivas
· Pessoas coletivas: - organizações constituídas por uma coletividade de pessoas ou por uma massa de bens, dirigidas à realização de interesses comuns ou coletivos, às quais a ordem jurídica atribui PJ.
· São pessoas coletivas o Estado, os municípios, as juntas, as fundações, as sociedades comerciais.
· A capacidade de gozo das pessoas coletivas é uma capacidade específica, ao contrário do que acontece com as pessoas singulares, porque está limitada á natureza da mesma, ou seja, aos direitos e vinculações adequados á prossecução dos seus interesses - princípio da especialidade
· Quanto á capacidade de exercício, é aplicável às pessoas coletivas, o princípio da capacidade genérica de exercício porque a lei os dota de órgãos através dos quais elas atuam juridicamente. Estes órgãos confundem-se por vezes com as próprias pessoas coletivas por estarem vinculados a elas por uma relação orgânica.
Direitos de Personalidade
· A PJ é inerente a todos os seres humanos e pertence-lhes por Direito originário.
· Existiram situações na história do mundo em que a PJ foi negada (ex. escravos e autores de crimes graves).
· O Direito moderno reconhece PJ a todos os seres humanos.
· Estão associados á PJ os direitos fundamentais = direitos de personalidade – poderes jurídicos pertencentes a todas as pessoas por força do seu nascimento e que se impõem ao respeito de todos os outros, incidindo sobre os vários modos de ser físicos ou morais da sua personalidade.
· A integridade física, a honra, a liberdade física e psicológica, o nome, a imagem, a intimidade da vida privada são verdadeiros direitos subjetivos que incidem sobre a vida da pessoa.
· Classificam-se estes como:
- Gerais (todos os possuem)
- Não patrimoniais ou pessoais (não são suscetíveis de expressão pecuniária).
- Absolutos (corresponde-lhes um dever geral de respeito por parte de todos)
- Inalienáveis e irrenunciáveis.
· A violação de um destes direitos desencadeia a responsabilidade civil e penal do infrator, bem como a adoção de determinadas medidas adequadas às circunstâncias do caso.
1ª Geração: Direitos Civis e Políticos
· Direitos civis – os que decorrem da livre atuação do individuo, isolada ou coletivamente. (Vêm consagrados na Constituição nos art.º 24.º a 47.º)
· Direitos políticos – atribuem ao cidadão o poder de cooperar na vida estadual ou no exercício das funções públicas, ou de manifestarem a própria vontade para a formação da vontade coletiva. (Vêm consagrados na Constituição nos art.º 48 e seguintes)
· O Estado deve não só respeitar os direitos políticos como também criar condições necessárias para que possam ser exercidos plenamente. 
2ª Geração: Direitos sociais, económicos e culturais
· Direitos Sociais – faculdades que se traduzem na exigência ao Estado da prestação de bens e serviços indispensáveis para a consecução de condições mínimas de vida em sociedade. (Vêm consagrados na Constituição nos art.º 63.º a 72.º).
· Dentro dos direitos sociais encontram-se ainda os direitos económicos e os culturais consoante a natureza do bem em causa.
· Os económicos vêm consagrados na Constituição nos art.º 58.º a 62.º e os culturais vêm consagrados na Constituição nos art.º 73.º a 79.º
3ª Geração: Direitos de Solidariedade
· Mesmo não tendo ainda sido ganha a batalha pela implementação dos direitos de 1ª e 2ª geração, a partir da década de 60 começaram a afirmar-se os direitos de 3ª geração: direito á paz, ao desenvolvimento, ao ambiente, recursos naturais, espaço aéreo, fundo dos mares. No entanto, os resultados não são satisfatórios.
· Estes direitos defendem um desenvolvimento sustentável procurando assegurar uma boa qualidade de vida às gerações vindouras.
Direito Constitucional – conceito e importância
· A necessidade de preservar os direitos fundamentais do individuo contra os abusos do poder levou ao estabelecimento de normas que limitassem esse poder (ex. Magna Carta inglesa).
· É no séc. XVIII que, os direitos do homem, ao identificarem-se com os do cidadão, passam a integrar o Direito Constitucional. É na Constituição enquanto Lei Fundamental de um Estado, que os direitos do Homem passam a estar consagrados (ex. Constituição francesa ao iniciarem-se com a Declaração dos direitos do Homem e do Cidadão).
· O direito Constitucional acolhe os Direitos do Homem, ligando-os á própria estrutura interna do Estado.
Constituição
· A Const. enquanto lei fundamental de um país fixa os grandes princípios de organização politica e de ordem jurídica e os direitos e deveres fundamentais dos cidadãos.
· As normas constitucionais ocupam o lugar cimeiro na hierarquia das leis.
· Existem dois sentidos do termo Constituição:
- Material: organização do Estado, forma de governo e órgãos, ou seja, aquilo que contém, a sua matéria.
- Formal: texto escrito que codifica as normas que regulam a forma e o exercício do poder político e que é decretada por um órgão de poderes especiais.
· Diferença entre Consts. Rígidas e flexíveis
- Rígidas: exigem para a sua modificação, a observância de uma forma distinta do processo legislativo ordinário.
- Flexíveis: podem ser revistas pelo mesmo processo adotado para a elaboração das leis ordinárias.
· A constituição portuguesa é semirrígida pois só permite a sua revisão de 5 em 5 anos por abranger dois governos.
· O 25 de abril pôs fim ao texto Constitucional do Estado Novo, a Const. de 1933 e em 1975 foi eleita um Ass. Constituinte que concluiu a nova Constituição em 1976.
· Sofreu 7 revisões, em: 1982, 1989, 1992, 1994, 2001, 2004, 2005.
· A Const. está dividida em 4 partes:
Parte I: Direitos e deveres fundamentais (III Títulos)
Parte II: Organização Económica (IV Títulos)
Parte III: Organização do Poder político (X Títulos)
Parte IV: Garantia e Revisão da Constituição (II Títulos)
Os Direitos Fundamentais dos Cidadãos
· Os direitos Humanos assumem grande relevância jurídica no âmbito do Direito Constitucional e Internacional e isto permite a defesa dos direitos da pessoa humana contra os abusos do poder político.
· Tendo em conta que a luta do ser humano pela conquista dos seus direitos tem sido uma constante ao longo da história,hoje em dia deparamo-nos com uma abundância de direitos protetores dos diferentes domínios da vida humana.
· Vários autores defendem a utilização da expressão “Direitos do Homem” em detrimento da expressão “Direitos Humanos” porque por direitos humanos poder-se-á entender uma referência aos direitos da Humanidade em detrimento dos da pessoa/cidadão.
· Com o reconhecimento do Direito Constitucional dos Direitos Humanos, é consensual a aceitação da denominação de Direitos Fundamentais – direitos ou posições jurídicas subjetivas das pessoas enquanto tais, individual ou institucionalmente consideradas, consagrados na Constituição.
· Os Direitos do Homem estão assim agrupados nas 3 Gerações anteriores conforme as etapas históricas em que foram afirmados.

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