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Texto 10 – O Nome, a Taxonomia e o Campo do Aconselhamento Questionário: 1. Aconselhamento e Teoria Traço-Fator Teoria do Tração e Fator é o ponto inicial da prática de aconselhamento. Esta ligada à orientação vocacional e psicometria, enfatizando a ideia de que cada indivíduo possui um conjunto de capacidades e potencialidades. O foco está em alinhar habilidades individuais com oportunidades profissionais, usando testes psicológicos para avaliar e orientar os indivíduos. No aconselhamento, esta abordagem é utilizada para ajudar as pessoas a compreender suas próprias habilidades e como elas podem ser aplicadas para atingir metas pessoais e profissionais. Ele tem a tarefa de promover o ajustamento atual e remoto do indivíduo ao seu meio, através da aprendizagem. É uma relação de “pensamento” (racional), a serviço do controle emocional demandado por uma “boa educação”. O conselheiro assume o lugar e o papel de modelo, veiculando normas de conduta, valores sociais e cidadania. Adota a perspectiva positivista, caracterizada pelo controle rigoroso/autoridade. Se utiliza de técnicas e sugestão com vistas a induzir o orientando a certas atitudes e comportamentos. Duas concepções centrais: o indivíduo é portador de um conjunto de capacidades e potencialidades e unidade entre organismo e ambiente (influência do ambiente social no organismo, remetendo a função de ajustamento do aconselhamento - busca traços compatíveis, ajustar). Questionário: 2. Aconselhamento em Rogers O Aconselhamento na abordagem de Carl Rogers se destaca por deslocar o foco do problema para a pessoa. Ele introduz uma abordagem centrada no cliente, enfatizando a autenticidade e a não-diretividade do terapeuta, enfatizando condições como empatia, congruência e aceitação incondicional como fundamentais para o crescimento e a mudança do cliente. Rogers enfatiza a importância de o terapeuta atuar como um ouvinte interessado e compreensivo, permitindo que o cliente explore suas questões de forma mais livre. Neste modelo, o aconselhamento se concentra no processo de aprendizado e desenvolvimento das potencialidades humanas, oferecendo suporte para que os indivíduos se adaptem bem à sociedade e promovam seu crescimento pessoal. Ele acreditava que o aconselhamento deveria facilitar a tendência atualizante inerente a cada pessoa, permitindo-lhes alcançar sua auto- realização. Questiona a fronteira entre psicoterapia e aconselhamento e busca aproximar estas duas práticas. Destaca o papel da aprendizagem significativa no desenvolvimento do processo de aconselhamento. Questionamento sobre o poder do especialista: cabe ao “especialista” criar um ambiente favorável para que os aprendizes desenvolvam suas próprias teorias sobre preferências psicológicas interpessoais. Para Rogers o facilitador é um questionador do poder do especialista: promovendo relações de ajuda mais horizontais e igualitárias. Ele definiu o facilitador como alguém que oferece condições para o crescimento e aprendizado de outra pessoa, em vez de detentores do poder tradicional. Questionário: 3. Diferenças e definições de Aconselhamento e Psicoterapia Psicoterapia: lida com perturbações mais profundas da personalidade e comportamento, buscando tratar e modificar padrões psicológicos disfuncionais. Envolve a eliminação de psicopatologias e a reestruturação da personalidade. É um processo de aprendizagem significativo que combina aspectos emocionais e cognitivos. A interação terapêutica fornece insights sobre a aprendizagem e a integração do conhecimento. A Aprendizagem Significativa envolve a incorporação de novas informações de forma relevante e pessoal, levando a mudanças profundas no indivíduo, especialmente dentro da relação terapêutica. Aconselhamento (Counseling): é frequentemente destinado a clientes menos perturbados, com problemas específicos e que não apresentam psicopatologias significativas, centrando-se em aspectos educacionais e orientacionais. Adota a perspectiva positivista, caracterizada pelo controle rigoroso das condições metodológicas dos estudos realizados. É conceituado como um processo de aprendizado, focando no desenvolvimento das potencialidades do indivíduo. Através dele, busca-se compreender o indivíduo dentro do seu contexto social. É um auxílio ou orientação que o profissional presta ao paciente. “O auxílio ou orientação que um profissional (pedagogo, psicólogo, entre outros) presta ao paciente nas decisões que este deve tomar quanto à escolha de profissão, cursos, entre outras, ou quanto à solução de pequenos desajustamentos de conduta”. Deve considerar as diferenças individuais, grupais e institucionais, promovendo a igualdade na participação de leigos e profissionais na criação de oportunidades para aprendizagem significativa. Orientação (Guidance): Facilita a análise de comportamento, orientando a pessoa para compreender suas ações e tomar decisões informadas. Questionário: 4. Condições necessárias à tendência atualizante (equação) Segundo Carl Rogers, as condições necessárias para a tendência atualizante (crescimento/desenvolvimento), que promove o crescimento e a mudança, são: empatia, congruência e aceitação incondicional. Essas condições são consideradas essenciais para facilitar a aprendizagem significativa, pois permitem que a pessoa cresça e se desenvolva de maneira saudável, alcançando a autoatualização. Ele acreditava na existência de potencialidades inerentes nos seres humanos que poderiam se manifestar sob as condições certas. Isso se refere à inclinação inata em seres vivos para se desenvolver e atingir seu potencial máximo. Questionário: 5. Aconselhamento e 3 temas problemáticos 1. Concepção de homem que dota de potencialidades: A concepção de que os seres humanos possuem potencialidades que necessitam de auxílio para se desenvolver ou atualizar, com raízes na psicometria e na orientação vocacional. 2. Relação indivíduo ambiente: A ideia de que a relação entre o indivíduo e o ambiente desempenha um papel fundamental, pressupondo que um ambiente psicossocial favorável é necessário para o crescimento natural. 3. Vocação/orientação institucional das práticas de aconselhamento: A vocação varia de acordo com o grau de perturbação emocional dos indivíduos e sua capacidade de adaptação ao ambiente. Ruth Scheeffer (1976) – diferenciação entre Aconselhamento psicológico e psicoterapia Aconselhamento psicológico: assistência à maximização dos recursos pessoais e na realização de “opções”. É visto mais como uma forma de indicar ou preservar caminhos. Clientes menos perturbados, com problemas específicos, relativamente "menos comprometidos" em sua estrutura de personalidade, atendidos em instituições não- médicas. Orientação: facilita o conhecimento e análise de caminhos ou direções para um comportamento. Lógica disciplinar: Realizar uma competente peritagem da clientela, distribuindo-a entre as formas de assistência conforme "suas reais necessidades”. Insinua que a solidez dos conhecimentos psicodiagnósticos, que devem ser "adquiridos" pelos profissionais em sua formação, prescreve a assistência adequada para cada caso. A essa lógica agrega-se todo um imaginário em torno do Aconselhamento e da psicoterapia. Psicoterapia: eliminação de psicopatologias e reestruturação da personalidade. Lida com o tratamento de perturbações da personalidade por meio de métodos e técnicas psicológicas. Clientes mais perturbados, portadores de psicopatologias, "mais comprometidos" em sua estrutura de personalidade, atendidos em instituições médicas (hospitais, clínicas e consultórios). Questionário: 6. O conjunto de circunstâncias, apontado por Rogers, em que uma psicoterapia “direta” torna-se impossível, impondo-se um tratamento indireto ou pelo ambiente 1. Os fatores constituintes da situaçãodo indivíduo são tão hostis que ele não os pode enfrentar mesmo com a modificação das atitudes e da compreensão. 2. O indivíduo é inacessível à consulta psicológica e não consegue expressar seus sentimentos e problemas; falhando uma razoável oportunidade e os esforços na descoberta de quaisquer meios pelos quais possa exprimir os seus sentimentos e problemas. 3. O tratamento eficaz pelo ambiente é mais simples e mais eficiente do que o método terapêutico direto. 4. O indivíduo é considerado muito jovem, muito velho ou instável para uma terapia direta. Texto: 11 Plantão Psicológico como Aconselhamento Psicológico (USP) Questionário: 1. característica do plantão psicológico O plantão psicológico é caracterizado como um atendimento emergencial e flexível, destinado a pessoas que buscam auxílio imediato em situações de crise ou dificuldade. Diferentemente de uma terapia tradicional, não requer um número fixo de sessões e atende a necessidades variadas e urgentes dos clientes (podendo variar até 4 sessões). O serviço é adaptável e imediato, enfocando a queixa principal do paciente já na primeira sessão. Ele se finaliza no momento em que a demanda se esclarece, de forma única e sutil. É um início de um processo e um caminho para outro serviço. Tem por objetivo acolher a pessoa com o seu sofrimento naquele momento e adequar suas necessidades para determinadas situações. Não é definido pela queixa do cliente, mas sim pela maneira como a demanda é tratada. Cada atendimento é único, e a resposta do profissional deve ser adaptada à situação. É um processo de começo meio e fim. Questionário: 2. Diferença entre QUEIXA e DEMANDA Queixa: aquilo que aparece como explicação da sua ida (normalmente aparece na 1ª sessão). É o motivo/necessidade que a pessoa trás no primeiro encontro. Refere-se ao problema específico, aquilo que o levou a buscar o atendimento psicológico Demanda: desdobramento que cliente e terapeuta fazem da queixa no processo de atendimento. É a tradução da necessidade feita pelo terapeuta. É transformar essa queixa em uma demanda, de forma conjunta (T. e C.). Questionário: 3. Objetivos do Plantão Psicológico • Acolher a pessoa no momento em que ela sentiu necessidade de buscar ajuda; proporcionar atendimento imediato a pessoas em situações de crise ou dificuldade; • Dar tempo para que ela possa perceber, junto com o psicólogo, que ajuda ela quer; • Adequar a intervenção psicológica à real necessidade do cliente; determinar os próximos passos para a assistência e apoio do cliente; ESCUTA → COMPREENSÃO → ENCAMINHAMENTO Questionário: 4. Formato do Plantão Psicológico O formato do plantão psicológico é flexível e não segue um número fixo de sessões. É um serviço que se adapta às circunstâncias e necessidades imediatas do cliente, oferecendo um espaço de atendimento rápido e focado. Funciona em horários específicos e em um ambiente que respeita a privacidade do cliente, com a possibilidade de continuação do tratamento, mas sem a obrigatoriedade de um acompanhamento a longo prazo. Atendimentos por um breve espaço de tempo (no máximo 4 encontros); Se constatada outra necessidade e o desejo de psicoterapia mais longa - cliente deve ser encaminhado para outro serviço. A teoria tem uma função norteadora das ações e as supervisões são muito ricas. É necessária uma teoria que sustente as nossas ações/perguntas. Importância do setting terapêutico: a privacidade, neutralidade, cuidado com as colocações, ter mais sutileza (o espaço, a organização, a limpeza). PRÁXIS - promoção de reflexão crítica da prática e teoria; Questionário: 5. O papel das supervisões na formação do psicólogo plantonista A proximidade entre supervisor e aluno leva à coesão do processo, um melhor afinamento da intervenção. As supervisões são fundamentais na formação do psicólogo plantonista, pois proporcionam oportunidades de aprendizado, reflexão crítica sobre a prática e orientação por profissionais experientes. A supervisão ajuda na superação de inseguranças, na compreensão da teoria em contextos práticos e no desenvolvimento de habilidades necessárias para lidar com a diversidade e complexidade dos atendimentos. Questionário: 6. O que significa dizer que “a teoria tem que ser internalizada”? Dizer que “a teoria tem que ser internalizada” significa que o conhecimento teórico não deve apenas ser compreendido intelectualmente, mas também integrado de maneira profunda à prática do psicólogo. Isso implica que o profissional deve ser capaz de aplicar os conceitos teóricos de forma intuitiva e flexível durante os atendimentos, adaptando-os às necessidades e situações específicas de cada cliente. A teoria tem função norteadora. Questionário: 7. Premissa de que “O cliente é a fonte de seus próprios recursos” Esta premissa sugere que os clientes possuem em si mesmos a capacidade de compreender e resolver seus problemas. O papel do psicólogo, portanto, é facilitar este processo, ajudando os clientes a acessarem e utilizarem seus recursos internos para o crescimento e resolução de suas dificuldades. Premissa de que o cliente é a fonte de seus próprios recursos. Sendo assim, devemos auxiliá-lo neste processo de descoberta e acolhimento destes recursos. Texto 12: Plantão – Hospital Psiquiátrico 1. Tipos de Terapêuticas e Perfis de Pacientes do Hospital Apresentado – Compreensão Crítica: O local possui diferentes andares/áreas para pacientes com necessidades diversas: Térreo: Pessoas com níveis mais elevados de desorganização e comprometimento, incluindo pacientes de convênios particulares. Primeiro andar/ala A: pessoas cronicamente doentes ou com deficiências moderadas e graves que necessitam de atenção direta da equipe de enfermagem. A terapia ocupacional é central nesse setor para melhorar a organização e eficiência do uso dos recursos internos. Primeiro andar/ala B: Pacientes mais avançados no tratamento, em quadro subagudo, incluindo idosos e aqueles prontos para receber alta hospitalar. Segundo andar/ala A: pessoas em estado agudo de sua doença, com foco primordial em tratamento medicamentoso devido à intensa desorganização e ruptura com a lógica. O estabelecimento de vínculos psicoterapêuticos e ação verbal são restritos. Segundo andar/ala B: pacientes que já superaram o estágio agudo de suas doenças, mas ainda não estão prontos para serem transferidos para alas com tratamento menos medicamentoso. Este andar atua como uma etapa interativa entre o estágio agudo e o alto hospitalar, onde a terapia psicoterapêutica é particularmente eficaz. 2. Análise Crítica Acerca do Processo da Institucionalização: A institucionalização, muitas vezes criticada por seu modelo rígido e despersonalizado, parece ser abordada com uma perspectiva mais humanizada no hospital mencionado, focando na integração de serviços e no cuidado centrado no paciente. “Acreditamos que o lugar do paciente deva ser junto à sua família e inserido na sociedade. A função da institucionalização é exercer uma ação terapêutica enquanto essa ainda não possa ser realizada em âmbito ambulatorial.” 3. A Psicologia no Hospital Psiquiátrico: “O setor de psicologia realiza grupos psicoterápicos, atendimentos individuais (em esquema de psicoterapia breve e focal) e o plantão psicológico. Esporadicamente, são realizados processos psicodiagnósticos, porém essa tarefa não é a prioridade do setor, visto que o psicólogo é reconhecido nesta instituição pela sua ação terapêutica direta.” 4. Concepções de Saúde Mental: OMS, Knobel, Senso-Comum, Familiares-Hospital: ➢ OMS: Saúde mental é vista como um estado de bem-estar completo físico, mental e social e não somente a ausência de sintomas. ➢ Knobel: a ausência de sintomas não significa saúde, pois pode haver processos não manifestosou uma negação da doença. Ao considerar esse conceito, concluiríamos que estamos todos doentes. ➢ Senso-comum: doente mental como alguém “anormal”. A doença mental seria definida pelo não pertencimento a uma regra geral (normalidade). ➢ Familiares-Hospital: doente mental é aquele que sofre. Embora muitas vezes o sofrimento psíquico esteja evidente na doença mental, não podemos definir a doença pela sua existência. 5. Concepção Saúde Mental Afinada ao Autor do Texto: A definição de doença mental é influenciada pela cultura, filosofia, teoria e outros fatores. Pode-se entender a doença mental como a perda da capacidade de escolha, levando uma pessoa a ser controlada por sua patologia, tornando-se incapaz de agir de maneira livre. É visto como um momento de crise que desorganiza a identidade do indivíduo, afastando-o da cultura geral e impedindo-o de tomar decisões independentes em sua vida. O sofrimento psíquico não precisa ser sintoma de doença. 6. Qual Deve Ser o Objetivo da Ação Terapêutica: O objetivo da ação terapêutica é fazer com que o indivíduo se veja como o responsável por sua própria vida, integrado em sua sociedade e capaz de tomar decisões livres de influências culturais. O psicoterapeuta deve ajudar o indivíduo a sair de um estado de vazio paralisante, muitas vezes associado a crises e doenças mentais, e levá-lo de volta à plenitude de sua cidadania. O processo terapêutico é uma abertura que leva a pessoa a se perceber como agente de sua existência. 7. Desafios de se Trabalhar com Esse Outro Enfoque no Hospital Psiquiátrico: O desafio abordado foi implementar uma mudança em um hospital psiquiátrico com características peculiares, considerando a necessidade de fazê-lo em um curto período de tempo, devido à brevidade das internações. Embora os métodos tradicionais de atendimento tenham sido mostrados positivamente, houve a necessidade de melhoria do tempo disponível para promover o desenvolvimento dos pacientes. Além disso, a dinâmica institucional muitas vezes pressionava os pacientes a participarem de atividades terapêuticas, resultando em uma falta de autonomia e identidade por parte deles. A vinculação de pacientes a grupos terapêuticos e atendimentos individuais muitas vezes era superficial, já que eles participavam principalmente por pressão da instituição, em vez de um desejo próprio. Isso gerava sentimentos persecutórios e prejudicava a eficácia das relações terapêuticas. Os psicoterapeutas eram vistos mais como informantes da instituição do que como facilitadores do autoconhecimento e do desenvolvimento dos pacientes, o que dificultava o estabelecimento de relações terapêuticas eficazes. 8. Psicoterapia Focal-Breve: Características, Indicações, Objetivos e Desafios: ➢ Características: Tempo limitado, foco em objetivos específicos e problemas identificados. ➢ Indicações: Particularmente útil para pacientes que podem beneficiar-se de intervenções direcionadas e concisas. ➢ Objetivos: Resolver ou aliviar questões específicas rapidamente. ➢ Desafios: Desenvolver uma aliança terapêutica eficaz em um período curto e alcançar mudanças significativas rapidamente. A psicoterapia breve-focal envolve uma escolha de focos terapêuticos, que podem ser determinados pelo terapeuta com base em diversos diagnósticos. No entanto, é importante que o paciente tenha autonomia para determinar o que é mais relevante para ele, pois o verdadeiro crescimento ocorre quando o cliente se envolve no processo terapêutico. O terapeuta pode oferecer diretrizes, mas deve confiar na capacidade do cliente de identificar e abordar seus próprios conflitos, proporcionando um ambiente de apoio para essa jornada de autodescoberta e crescimento. 9. Plantão Psicológico: Por que uma Boa Forma de Atenção Psicológica Neste Contexto? Propostas e Desafios: O planejamento psicológico em uma instituição exige que a instituição acredite na capacidade de seus clientes em se desenvolver, com base no conceito de “Tendência Atualizante” de Carl Rogers e Kinget. Sem essa crença, o plantão não é viável, pois falta o solo fértil para a experiência florescer. Acreditar nesse conceito cria um ambiente propício para a terapia do plantão. Sua principal vantagem é a capacidade de intervenção eficaz e rápida, com flexibilidade para atender indivíduos com diversos níveis de comprometimento, suas famílias e até a mesma instituição de forma indireta. 10. Demandas Institucionais x Demandas dos Pacientes: Demandas institucionais: ex. horários, calendário acadêmico. Demandas do paciente: ouvir sua perspectiva. Outro cuidado é estar atento para não focar somente na instituição. Devemos saber diferenciar uma demanda instituição da demanda do plantão, trazida pelo paciente. É necessário que haja uma sistematização do serviço. O cliente precisa saber quando e onde o plantonista vai estar à disposição. A sistematização do serviço em hospitais psiquiátricos é essencial para oferecer suporte terapêutico. Isso fornece soluções coordenadas de disponibilidade, auxiliando na reorganização mental dos pacientes e proporcionando conforto e controle em momentos de angústia. Os plantonistas devem estar preparados para situações terapêuticas não planejadas, comuns nesse ambiente. O plantonista deve atender às necessidades imediatas do cliente, focando em compreender sua experiência e não apenas seus sintomas. Isso ajuda o cliente a enxergar seus problemas como parte de um contexto mais amplo, valorizando a doença como algo contextualizado, não isolado. Texto 13 - Desafios Oficina de Criatividade Definição de Oficina de Criatividade: As oficinas de criatividade caracterizam-se como espaços de elaboração da experiência pessoal e coletiva através do uso de recursos expressivos, tais como movimento corporal e atividades de expressão plástica e de linguagem. Tendo em vista esta definição inicial, uma das tarefas do oficineiro consiste na clarificação de propostas teórico-práticas capazes de criar as condições propícias à elaboração e à transmissão da experiência dos grupos junto aos quais atua. O que é imprescindível explicitar para um bom funcionamento da Oficina de Criatividade: É crucial explicar o papel dos facilitadores, a natureza de suas disciplinas, o ambiente, os materiais, a composição dos grupos e como a proposta se integra em diferentes contextos institucionais. Esse esclarecimento é fundamental para promover processos criativos em grupos, que resultam na criação de objetos que capturam experiências individuais e coletivas, como pinturas, coreografias, esculturas, instalações e fotos. Esses produtos não apenas refletem as experiências do grupo, mas também são meios sugeridos de sugestões com outros grupos sociais por meio de exposições, apresentações e publicações. Função do Oficineiro e seus cuidados para um bom funcionamento da Oficina de Criatividade: A função do oficineiro é a de facilitador, o fundamento de sua atuação reside na atitude centrada na relação com o outro: o grupo e as pessoas que deles participam. O facilitador, não se colocando como especialista, é alguém que oferece atenção, conforto e respeito para permitir que os outros experimentem e compartilhem suas experiências em liberdade. Isso envolve estar presente e acompanhar as pessoas. No contexto da oficina, o facilitador orienta o processo criativo das pessoas, utilizando recursos expressivos não- racionais e não-verbais. Ele acredita que essa experiência é enriquecedora e profunda. O facilitador é responsável pelo planejamento das oficinas, incluindo a formação de grupos, a escolha de temas adequados, a seleção de recursos e a divulgação. Durante a oficina, ele propõe e coordena atividades, observando atentamente o grupo e entrevistando apenas para facilitar a expressão criativa de cada indivíduo.O foco não é interpretado psicologicamente, mas compreende o significado que cada pessoa atribui ao seu trabalho criativo e ajuda na percepção de suas dimensões criativas. A questão do tempo e espaço: O tempo e o espaço são subjetivados, evoluindo a cronologia objetiva e os contornos materiais em elegantes imprevisíveis. A fluidez do tempo e do espaço durante a criação abre infinitas possibilidades. Portanto, o oficineiro deve considerar as disposições espaciais- temporais como matéria-prima metabolizada pelos participantes. Isso significa que a reflexão sobre o tempo e o espaço nas oficinas é fundamental para criar condições desenvolvidas ao processo criativo. O que é prioritário no manejo do Tempo e Espaço? A estruturação do tempo em oficinas envolve três fases essenciais: aquecimento, trabalho e fechamento, direcionando à eficácia na organização das atividades. A flexibilidade na estruturação da oficina permite ajustar o acordo com o tempo subjetivo do grupo. A decisão de realizar oficina em uma ou várias sessões está relacionada à escolha do tema e do material, assim como à necessidade de cuidados específicos no acompanhamento e encerramento do processo. O espaço como referência não necessita de um local fixo, mas depende de como as pessoas utilizam os espaços disponíveis de acordo com a proposta, permitindo autonomia e formação de grupos criativos independentes do facilitador em um ateliê aberto. Os recursos materiais: Planejamento e quais são os materiais mais usados, suas qualidades e possibilidades de atuação? Planejar atividades e materiais para escritórios pode estimular a criatividade do facilitador, independentemente das características dos materiais. A combinação e uso variam conforme a imaginação, sensibilidade e pesquisa de novas formas de uso. Recursos corporais: promovem a sensibilização e a expressão, permitindo que as pessoas se reconectem com seus corpos, enriquecendo a experiência e promovendo um sentimento de integridade criativa. Sensibilização sensorial: envolve explorar os sentidos, como tato, olfato e paladar, para acessar novas perspectivas de conhecimento. Recursos plásticos: torna experiências pessoais tangíveis, estimulando a expressão criativa e possibilitando oportunidades de avaliação estética, flexibilidade na crítica, estímulo da imaginação e realização. A escolha dos materiais desempenha um papel crucial nesse processo. Música: é uma linguagem que impacta as pessoas sensorialmente e emocionalmente devido às suas qualidades estéticas e infinitas possibilidades de combinações sonoras, rítmicas e de movimento. Ela cria climas emocionais, reduz a ansiedade, promove o relaxamento e a expressão sem julgamentos racionais. A música libera movimentos corporais, orienta gestos e estimula a imaginação criativa, sendo utilizada em diversas atividades corporais e práticas, permitindo a expressão de ritmo, movimento, fantasia e emoção em diversos gêneros, desde étnicos e jazz até eruditos e new age. O contexto institucional e sua relação na constituição de grupos de participantes das Oficinas de Criatividades: possibilidades e desafios. O exame das dimensões institucionais das oficinas de criatividade começa com a constituição do grupo de participantes, diferenciando entre grupos institucionais formados por equipes de trabalho em instituições de saúde ou educação, e coletivos resultantes da divulgação das oficinas em circuitos diversos. Nos grupos institucionais, é crucial o esclarecimento da demanda, pois a atualização da equipe influencia a eficácia das oficinas, que visam facilitar o florescimento das potencialidades criativas. Já nos coletivos, o oficineiro desempenha um papel fundamental na formação do grupo, considerando a camada dos participantes e ouvindo suas expectativas. Esses grupos podem estabilizar-se e solicitar continuidade via instituição. Além disso, as oficinas provocam mudanças na rotina institucional e afetam não apenas os participantes diretos, mas também aqueles de fóruns, o que pode levar a uma reconfiguração do contexto institucional e do propósito das oficinas em cada contexto. A apropriação da experiência pessoal e coletiva O grupo ligado ao SAP realizou experimentações com oficinas de criatividade e descobriu que essas práticas fortalecem laços sociais, quebram o isolamento e promovem sentimentos de pertencimento. As oficinas permitem a criação de objetos que refletem a experiência pessoal e coletiva, demonstrando a criatividade dos grupos e o desejo de compartilhar. Os participantes utilizam esse espaço para se apropriar de sua história e legado cultural, bem como para interagir socialmente. O que resulta também ajuda na construção do grupo como referência e conexão com outros grupos sociais por meio da exposição de seus trabalhos. ANOTAÇÕES DA AULA SOBRE O TEXTO DAS OFICINAS: A oficina é uma ferramenta essencial na elaboração da experiência pessoal, e sua eficácia depende de diversos fatores. Pode haver diversos materiais, mas exige do oficineiro um objetivo para aplicação desta intervenção. Para aplicar esta intervenção com sucesso, o oficineiro deve ter um objetivo claro em mente e estar atento a todo o processo. Nunca se deve deixar o grupo desacompanhado, pois a observação e o alinhamento são cruciais. Existem diversas aplicabilidades em oficinas, como experiência gráfica, danças e movimentos corporais. Ao escolher um recurso para utilizar, é necessário que o oficineiro esteja em sintonia consigo mesmo e com seu corpo. Além disso, a escolha deve estar alinhada com o grupo em questão. Para garantir a eficácia da intervenção, é fundamental que haja um fundamento claro. O oficineiro precisa saber o que vai intervir, por que vai intervir e qual é o perfil do grupo que está trabalhando. Essa compreensão profunda é essencial para o sucesso do escritório. A oficina é uma ferramenta da elaboração da experiência pessoal. TEMPO E ESPAÇO: O tempo: pode ser examinado sob duas perspectivas: o cronológico e o interno. O tempo cronológico é medido em minutos e é um recurso finito que precisamos gerenciar de forma eficiente. Ao aplicarmos uma oficina, é importante definir um tempo limitado, 2 horas é o suficiente para cada fase da atividade - aquecimento, desenvolvimento e conclusão. Isso ajuda a manter o grupo focado e a alcançar os objetivos definidos. O tempo interno é uma percepção subjetiva do tempo, varia de pessoa para pessoa. Alguns podem sentir que o tempo passa rapidamente, enquanto outros podem achá-lo mais lento. Por isso é importância avaliar e planejar as intervenções adequadas para o grupo, seja eles rápidos ou lentos. Espaço: é o ambiente físico e emocional no qual a oficina ocorre. É um campo de possibilidades que influencia diretamente as emoções e as interações dos participantes. Cada pessoa aproveita de maneira única ao espaço, considerando-o bom ou ruim. Portanto, é fundamental criar um ambiente acolhedor e seguro, onde os participantes se sintam à vontade para se envolverem. Dando espaço a cada indivíduo para olhar e experimentar, estamos promovendo a expressão e o crescimento pessoal. Além disso, o espaço também pode ser usado como uma ferramenta para direcionar as atividades, mantendo o alinhamento com as orientações do grupo e os objetivos do escritório, bem como intervenções. O espaço é como uma referência estável, alinhado com as preferências do trabalho. Criatividade: é um processo que começa com a abertura para novas oportunidades, como o desejo de se expandir e passar mais tempo com amigos. Ao se expandir, é possível trazer diversas oportunidades. Nesse contexto, o uso de diferentes materiais desempenha um papel fundamental. Sempre temos como objetivo entender como o oficineiro se sente ao utilizar esses materiais e como o grupo reage a eles. Alguns participantes manifestam suas preferênciasou aversões, como "tenho nojo de argila" ou "as tintas fedem". Essas respostas fornecem pistas importantes para moldar as oficinas de criatividade de forma a fazer com que as pessoas se sintam à vontade e encorajadas a participar. ➢ Didática: estamos perdendo nossa capacidade humana de registrar nossas emoções. ➢ Vivência: ninguém tira isso da gente. DISSERTATIVA: uma ideia de como pode cair A escola tinha interesse em fz uma atividade, mas n sabia se os alunos estavam dispostos: ➢ A escola diz: quero vocês fazem uma oficina de criatividade, frente a esta questão… ➢ Os alunos: não conhece o aplicador, se sentem ameaçados. ➢ Psicólogo: fica frustrado, por ter comprado os materiais. Correção: o psicólogo precisa preparar esse processo, construir um objetivo comum entre o grupo e psicólogo, para ver o que esse grupo encontra como objetivo. Precisamos criar um grupo Por que não rola a oficina: porque vai ser um grupo reativo, n vai ter participação. A oficina de entrar em contato com a subjetiva para resolução de conflitos não será positiva. Para aplicar uma oficina precisamos estar antenado com as atualizações do mundo, precisamos sabe como está o mundo contemporâneo. Objetivo da oficina de criatividade: caracteriza pelo espaço de elaboração da experiência. Criar é abrir possibilidades. É espaço de escuta para vivenciar ressignificação. É necessário observar as expressões, observar a oficina também é participar. Tudo pode ser terapêutico. Dissertativa: Oficina e plantão CONTEÚDO DE PROVA: ➢ Aconselhamento psicológico ➢ Plantão psicológico - Dissertativa ➢ Plantão em instituições ➢ Oficina de criatividade - Dissertativa
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