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Conteudista Prof.ª Dra. Carmen Conti Revisão Textual Aline de Fátima Camargo da Silva Corpo e Movimento: Jogos, Brincadeiras e Artes na Construção do Desenvolvimento Humano 2 Sumário Objetivos da Unidade ........................................................................................................... 3 Contextualização .................................................................................................................. 4 Introdução .............................................................................................................................. 5 Corpo e Movimento: Jogos, Brincadeiras e Artes na Construção do Desenvolvimento Humano ................................................................ 6 O Jogo e a Brincadeira na Psicomotricidade ...................................................................7 A Psicomotricidade e as Artes ..........................................................................................16 A Psicomotricidade na Educação Inclusiva e Especial ...............................................20 A Psicomotricidade no Berçário .......................................................................................21 Em Síntese ............................................................................................................................ 27 Atividades de Fixação ........................................................................................................28 Material Complementar..................................................................................................... 29 Referências ...........................................................................................................................30 Gabarito .................................................................................................................................31 3 Atenção, estudante! Aqui, reforçamos o acesso ao conteúdo on-line para que você assista à videoaula. Será muito importante para o entendimento do conteúdo. Este arquivo PDF contém o mesmo conteúdo visto on-line. Sua disponibili- zação é para consulta off-line e possibilidade de impressão. No entanto, re- comendamos que acesse o conteúdo on-line para melhor aproveitamento. • Compreender e contextualizar aquilo que representa o conhecimento e com- preensão sobre a interação entre a criança e suas capacidades táteis, auditivas e visuais; • Reconhecer a influência dos jogos e brincadeiras para o desenvolvimento; • Analisar a relação entre Arte e psicomotricidade. Objetivos da Unidade 4 VOCÊ SABE RESPONDER? O que é mais importante para educar uma criança: levar em conta a sua capacidade tátil, considerar tudo aquilo que ela é capaz de ouvir ou, ainda, levar em consideração tão somente aquilo que ela vê? Contextualização Como educar é um grande conjunto de ensinos e aprendizagens, no qual quem en- sina deve aprender e em que quem aprende pode e deve ensinar, certamente, será o conjunto destas três dimensões (tato, audição e visão), com tantas outras, que é possível elencar o que teremos aquilo cujo é importante para educar. Veremos, a seguir, a contextualização desses vetores e, posteriormente, com certe- za, vamos ter alguma condição de dizer/afirmar o que é importante ou quais são os fatores essenciais para se educar. Sem dúvidas, acabaremos por descobrir que a junção de tudo é o que fará com que tenhamos um princípio educacional o qual valha a pena. Site O site que veremos a seguir, Mapa do Brincar, será capaz de lhe dar uma dimensão do quão grande são as possibilidades de se educar mediante os sentidos. Acesse-o e sinta algu- mas das muitas formas de brincar. O Mapa do Brincar é uma iniciativa da “Folhinha”, suplemento infantil do jornal Folha de S. PAULO. Atualmente, o site reúne 750 brincadeiras de todo o país. Vídeo Assista ao vídeo O pato – Toquinho, veja e sinta uma das músicas que poderá ser traba- lhada e cantada com crianças. https://bit.ly/2znaXXH https://bit.ly/2znaXXH https://youtu.be/z8-yWOXXJ4Y https://youtu.be/z8-yWOXXJ4Y 5 Introdução Estamos chegando ao final de nossa disciplina e, neste momento, compreendemos que para falar sobre o desenvolvimento integral da criança não podemos focar so- mente na perspectiva corporal. Somos um corpo, não estamos em um corpo. Essa afirmação reforça a apresentação dos conceitos desde a primeira unidade. Quando pensamos em discorrer sobre o desenvolvimento de uma criança pelo seu corpo, trazemos a sua dimensão corporal, com toda a sua maturação orgânica e seus aspectos cognitivos, bem como as suas experiências no mundo com todas as suas relações afetivas, que formam a dimensão afetivo/social. Assim, pensar a crian- ça e o desenvolvimento do corpo é levar em conta todas essas dimensões. Além do olhar dessas dimensões, precisamos conhecer como uma criança se de- senvolve, suas fases, suas características, a expectativa de resposta daquela faixa etária, seu funcionamento cerebral e, diante de toda essa complexidade de um de- senvolvimento harmonioso e integral, pensar qual é a melhor ação pedagógica ou estímulo que podemos usar a fim de favorecer a organização da aprendizagem e do desenvolvimento na infância. Os conceitos da Psicomotricidade foram apresentados, e, agora, vamos expor as propostas práticas para pensarmos no melhor estímulo na escola. A aprendizagem ativa pode ser definida como “aprendizagem que é ini- ciada pelo sujeito que aprende, no sentido de que é executada pela pes- soa que aprende, em vez de lhe ser apenas ‘passada’ ou ‘transmitida’. Hohmann; Banet; Weikart, 1984, n.p. Saiba Mais Hoje, as metodologias ativas conseguem nos ajudar no proces- so de aprendizagem de desenvolvimento da criança e refinar os aspectos psicomotores. Em uma metodologia ativa a criança é o aprendiz ativo. 6 Ao estudar os conceitos de psicomotricidade, entendemos que todo ser humano se desenvolve desde seu nascimento até a morte, porém é na fase da infância que ele acontece em maior escala, principalmente, na área motora e cognitiva. Nessa direção, pensar em estímulos a fim de desenvolver cada fase da criança, torna-se um objetivo fundamental na área de desenvolvimento e aprendizagem. Neste momento, já sabemos que os elementos da psicomotricidade são indicativos de pontos importantes no desenvolvimento integral de uma criança. Desse modo, como desenvolver ações pedagógicas em que cada elemento psicomotor possa ser estimulado, e qual atividade e método para contemplar os elementos? Vamos lembrar que o ápice do desenvolvimento psicomotor acontece por volta dos 6/7 anos e, nessa fase, as crianças adoram se expressar, seja pelo movimento, por expressões artísticas ou pelo lúdico. Corpo e Movimento: Jogos, Brin- cadeiras e Artes na Construção do Desenvolvimento Humano Na primeira infância, a criança está em um momento em que o corpo é sua princi- pal forma de comunicação. Ela manifesta pelas ações corporais seus sentimentos e emoções, suas aquisições de habilidades e sua relação com o mundo, e ao fazer o uso do movimento para se expressar, a criança sente prazer. Contudo, esse mo- vimento não é de qualquer tipo, dentro de gestos do cotidiano, é o movimento do brincar, do jogar e das atividades expressivas artísticas. Pretendemos, então, enfatizar a relevância do estímulo à criatividade das crianças a fim de que elas aprendam com a diversidade existente. Para tanto, vamos pensar em metodologias que possam favorecer o desenvolvimento do corpo pelo lúdico e pelas expressões de linguagens artísticas. Reflita O movimento é a essência da infância e o lúdico é, igualmen- te, fundamental para a criança. Portanto, qual é a relevância do movimento e do lúdico quando o professor pretende trabalhar aspectos psicomotores para o desenvolvimento da criança? 7 A escola, infelizmente, não valoriza o corpo, os espaços educacionais ainda trazem a ideia de que a aprendizagem deve ocorrer pelo não movimento, por discentes paradose estáticos. Em qualquer fase da vida isso é impossível, porém na educação infantil o corpo precisa ser muito valorizado, pois na primeira infância, mais do que em qualquer período, o movimento é a forma de expressão e comunicação, em que a criança utiliza seu corpo para experimentar o mundo e desenvolver-se de forma integral. Na educação infantil, quando falamos em movimento e corpo, tratamos de 100% das suas atividades, visto que as relações da criança com o mundo e com os objetos são totalmente corporais. Elas organizam suas experiências pelo movimento, mas como elas fazem isso? Isso pode se dar por meio dos jogos, das brincadeiras e dos gestos expressivos com as manifestações artísticas. O Jogo e a Brincadeira na Psicomotricidade O termo lúdico é conceituado na literatura por diversas concepções. Ele pode es- tar em um contexto, na metodologia de uma atividade e também está ligado aos termos jogar e brincar. O conceito do termo lúdico do historiador Johan Huizinga (2012) traz o que acreditamos ser primordial para compreendermos a sua importân- cia na educação infantil, para ele, o lúdico está relacionado ao prazer. Ao observarmos crianças brincando, podemos afirmar que o lúdico é a base de toda a atividade da Educação de Infância, pois é o meio de motivação para ela, que pode dar origem a processos de aprendizagem relevantes, fonte de desco- berta e prazer. 8 Figura 1 – Ludicidade Fonte: Freepik, 2023 A ludicidade é a espontaneidade de se expressar na educação infantil, já que a brin- cadeira espontânea e prazerosa possibilita uma abertura às emoções, à organização do esquema corporal e da maturação da cognição. Importante O brincar e o jogo na educação devem estar totalmente conec- tados com o desenvolvimento do corpo. Na infância brincar é coisa séria. Quando a criança brinca ela desenvolve algumas habilidades que são cruciais para o seu desenvolvimento. Ainda, conseguimos notar três habilidades ligadas aos jogos e brincadeiras, a saber: as habilidades motora, comportamental e expressiva. Elas permitem à criança desenvolver seus potenciais motores, cognitivos e afetivos, e a organizar seu esquema corporal. 9 Vamos conversar sobre possibilidades de atividades lúdicas psicomotoras? Figura 2 – Jogos de encaixe, uma possibilidade de atividade lúdica para desenvolver coor- denação motora fina e estruturação espacial Fonte: Getty Images, 2023 #ParaTodosVerem: foto de quatro crianças, três meninas e um menino brincando com peças de encaixe. As crianças estão sentadas em um tatame colorido e as peças estão em cima dele. Fim da descrição. A imagem anterior é um exemplo de atividade lúdica, pois além do movimento de manipulação ser refinado, a criança precisa usar a atenção, desenvolver a noção es- pacial e refinar sua coordenação motora fina, somando-se a tudo isso, a tarefa é atraente para elas pelas suas características lúdicas. Outro exemplo interessante é a atividade chamada “perseguindo pegadas colori- das”, a qual é bastante parecida com a amarelinha, contudo, aqui, a criança terá que colocar seus pés em cada uma das pegadas disponibilizadas na sala de aula, o que favorece o desenvolvimento motor, como coordenação motora ampla, noção espa- cial, lateralidade e equilíbrio. Na área cognitiva, a criança desenvolve a atenção e a percepção visual. Além do desenvolvimento psicomotor, você pode estimulá-las ao conhecimento das cores. 10 Figura 3 – Brincadeira de pegadas 1 Fonte: Getty Images, 2023 #ParaTodosVerem: foto de um menino com os dois pés em cima de recortes em forma de pegadas colados no chão. Há quatro recortes de pegada, um azul, um amarelo, um verde e um cinza. O menino está em cima do recorte amarelo. Na foto há também duas cadeiras infantis coloridas. Fim da descrição. Essa mesma atividade pode ter muitas variações, veja, a seguir, outro exemplo que pode ser usado para desenvolver as mesmas áreas. Figura 4 – Brincadeira de pegadas 2 Fonte: Fotolia/Acervo da conteudista, 2023 #ParaTodosVerem: desenhos de pegadas em um chão. Há pegadas dentro e fora dos círculos, de forma inter- calada, em uma lógica como a da brincadeira de amarelinha. Fim da descrição. 11 Vale ressaltar que, em se tratando de esquema corporal, as atividades lúdicas nas quais a criança tenha que descobrir seu corpo são sempre bem divertidas na escola. Assim, vamos propor algumas delas, a seguir. Figura 5 – Brincadeira de montagem - sentidos Fonte: Divulgação | Diy Artesanato, 2023 #ParaTodosVerem: desenho das silhuetas de uma cabeça, de um menino e das partes do rosto para colagem. As partes são os olhos, o nariz, a boca, a sobrancelha e os óculos. Fim da descrição. Na imagem anterior, podemos fazer com as crianças materiais para localizar e no- mear os sentidos e junto agregar as características emocionais. Outra atividade lúdica para os esquemas corporais envolve a localização e nomea- ção das partes do corpo: 12 Figura 6 – Brincadeira de montagem - partes do corpo Fonte: verefazer.org, 2023 #ParaTodosVerem: desenho das silhuetas das partes do corpo de uma boneca, para montagem. As partes são cabeça, corpo, braços, mãos, pernas e pés. Fim da descrição. Na internet você poderá encontrar vários moldes para esse tipo de atividade. As atividades lúdicas são prazerosas para as crianças e você poderá utilizá-las para todas as faixas etárias. O interessante também é o material que podemos usar, as- sim, a falta de verba não pode ser uma desculpa para propô-las. Vamos observar nas imagens alguns exemplos de atividades. Vídeo Atividade de coordenação motora e equilí- brio – Acerte a bola no buraco da caixa. https://youtu.be/ddUYfGDPsMY 13 Com poucos recursos você será capaz de fazer essas atividades, as quais desenvol- vem a noção espacial, a coordenação motora ampla, refinam os movimentos loco- motores e desenvolvem a atenção. Figura 7 – Coordenação motora Fonte: Getty Images, 2023 #ParaTodosVerem: foto de duas crianças desenhando sobre uma mesa. O foco está no desenho de uma delas, que usa folhas de árvores como molde para contorná-las. Ao fundo, sobre a mesa, há folhas e materiais de de- senhos, como canetas. Fim da descrição. Importante Faça pesquisas e desenvolva atividades com poucos recursos a fim de estimular os elementos da Psicomotricidade. 14 A seguir, vejamos algumas noções de espaço e coordenação motora ampla e fina. Figura 8a – Coordenação motora ampla Fonte: Getty Images, 2023 #ParaTodosVerem: foto de um menino junto de um homem adulto. No chão, há algumas estruturas circulares coloridas, na forma de uma tigela. O menino salta de uma para outra, com o auxílio do adulto. Fim da descrição. Figura 8b – Coordenação motora fina Fonte: Getty Images, 2023 #ParaTodosVerem: foto de um menino brincando em uma estrutura metálica com uma escadinha. Ele sobe os degraus da escadinha, com o auxílio do homem adulto. Ante isso, é possível notar que, quando a criança brinca, ela desenvolve algumas habilidades que são fundamentais para o seu desenvolvimento. Além disso, as ha- bilidades motora, comportamental e expressiva, permitem que elas desenvolvam os potenciais motores, cognitivos e afetivos, bem como a organizar o seu esque- ma corporal. Dessa maneira, as habilidades motoras na Educação Infantil se dividem em cinco tipos e estão ligadas aos movimentos das crianças, a saber: força, equilíbrio, flexibi- lidade, coordenação motora fina e global, fechando com a lateralidade. Quando falamos em habilidades motoras, há uma aproximação com outros termos como: capacidades, padrão de movimento, aprendizagem motora ou desenvolvi- mento motor. 15 O termo habilidades motoras pode ser adotado em diferentes contextos. Aqui, esta- mos empregando como sendo as habilidades básicas primordiais para o controle do corpo e da organização do esquema corporal. Essas habilidades são desenvolvidas quando as crianças brincam e jogam. Já as habilidades comportamentais, ligadas às relações e aos comportamentos hu- manos, são divididas emquatro tipos: a primeira é a desinibição; a segunda, a socia- lização; depois, os conceitos de saúde e as vivências emocionais. Igualmente, as habilidades comportamentais são de suma importância para um desenvolvimento motor harmonioso. Por exemplo, trabalhar a desinibição dos(as) estudantes por intermédio das atividades lúdicas pode ajudar as crianças nas ex- pressões artísticas e corporais. Já as habilidades expressivas estão ligadas à comunicação, nossa relação com o mundo e com as pessoas. Entre elas, estão a fluência verbal, o ritmo, a expressão dramática (que são as representações dos papéis sociais), a dicção (importante na fala) e, por último, a destreza manual. Leitura O desenvolvimento da psicomotricidade e a interdisciplinaridade no trabalho com artes O presente artigo mostra como a discipli- na de Arte se constitui em um meio prático e prazeroso para desenvolver as habilidades motoras e psicomotoras dos(as) alunos(as). Vídeo Importância do brincar no desenvolvimento infantil – Conexão – Canal Futura Brincar é um direito estabelecido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e é tam- bém fundamental para o desenvolvimento e formação do ser humano. A Semana Mundial do Brincar ressalta a importância dessa atividade na infância. Entrevistados: Giovana Barbosa de Souza, conselheira da Aliança pela Infância; e Sônia Teixeira, orientadora educacional. https://youtu.be/C0XY2O1lbE8 https://youtu.be/C0XY2O1lbE8 https://bit.ly/2VNO4nO 16 No desenvolvimento global das crianças, precisamos estimular essas três habilida- des, a fim de gerar as competências necessárias para elas desenvolverem e intera- girem com o mundo. Vale salientar que a Educação Psicomotora é uma Educação Global, na qual associa todas as potencialidades: motora, cognitiva e afetiva/social. Assim, no momento em que elaboramos um Plano de Ação pensando no desenvol- vimento da criança, devemos focar todas as potencialidades e lembrar que o lúdico é um meio de chegar às respostas desejadas. A Psicomotricidade e as Artes A psicomotricidade, como já vimos, é a ciência da educação cujo um dos seus obje- tivos é ajudar as crianças a conhecerem o seu corpo, bem como todas as suas pos- sibilidades, sua linguagem emocional, suas formas de expressão, permitindo, assim, que elas lidem com as relações de tempo, as interações entre seus pares, familiares e a escola. O nosso corpo fala e representa aquilo que nós somos, representa a nossa identidade, o que cada um de nós desenvolve em movimentos, é o que nos caracteriza como pessoa e todas as nossas ações motoras, como sabemos, tem interdependência com as dimensões afetiva e cognitiva. O nosso corpo representa os nossos sentimentos, ele é o veículo que usamos para nos expressar, e na criança, a expressão corporal tem um papel crucial durante a in- fância, permitindo que ela manifeste corporalmente diferentes expressões median- te o contato, gestos, posturas, sendo essas representativas de seus sentimentos e emoções, ou seja, na infância, o corpo é o veículo de comunicação. Um dos elementos da psicomotricidade, fundamental para a formação da perso- nalidade da criança, é o conhecimento do esquema corporal. Após a sua aquisição, ela passa a se expressar pelo seu corpo de forma mais consciente, com suas formas de agir e movimentos, jogos corporais, exploração do espaço, desencadeando uma série de sensações em relação ao corpo com o espaço que o envolve. São pelas sensações que a criança expressa suas angústias, medos, alegrias, desejos. 17 O uso da arte como forma de expressão tem como objetivo auxiliar a criança no seu percurso de desenvolvimento emo- cional, cognitivo e criativo, funcionando como uma alavanca para o desenvolvi- mento integral e tornando-a conhece- dora do seu eu interno e externo. A arte, nesta perspectiva, deve atuar no contexto em que envolve as crianças na satis- fação por meio da expressão, não tendo como finalidade a reprodução de algo, mas, sim, a expressão das emoções e sentimentos por intermédio das suas criações. Nesses processos criativos, o objetivo é vivenciar a espontaneidade com que são feitos, além de se pensar a adoção da arte como meio de desenvolver a manifesta- ção expressiva da criança, bem como os conteúdos e linguagens artísticas permi- tem que ela possa desenvolver os aspectos psicomotores. Os elementos, como estruturação espacial e temporal, podem ser desenvolvidos por conteúdos, como dança, música, teatro, artes visuais, desenhos, pinturas etc. Figura 9 – Arte e movimento Fonte: Getty Images, 2023 18 Leitura A Associação Brasileira de Psicomotricidade (ABP) é uma enti- dade de caráter científico-cultural, sem fins lucrativos, e foi fun- dada com o objetivo de agregar aos profissionais que vinham se formando e trabalhando na área. Nessa página, você encontrará muita informação acerca da área da psicomotricidade, e dentre as possibilidades, o link para o artigo traz temas atuais e discus- sões importantes para a formação dos profissionais que preten- dem atuar com a ciência psicomotora. No texto Ser arte: Corpo/Criação nos Espaços Educacionais através da Trans psicomotricidade, você entenderá novos ter- mos e possibilidades para a área da psicomotricidade. A partir da reflexão sobre os sentidos e significados do que vem a ser uma “escola criativa”, esse artigo busca explicitar as relações entre Psicomotricidade, Pensamento Complexo e Transdisciplinaridade, a partir da proposta da Formação em TransPsicomotricidade Educacional e Clínica, a qual capacita profissionais graduados para a sensibilização pela via do corpo das premissas da refor- ma do pensamento propostas por Morin, desde o casal grávido ao idoso. Para conseguir realizar tamanho empreendimento, o TransPsicomotricista precisa de um mergulho intenso por inter- médio da experiência corporal, em cada um dos sete saberes. A seguir, vamos pensar em algumas possibilidades de atividades nas quais a arte e os elementos psicomotores estão presentes. https://bit.ly/3QdpeLN 19 Figura 10 – Brincadeira de montagem - partes do corpo Fonte: verefazer.org, 2023 #ParaTodosVerem: desenho das silhuetas das partes do corpo de uma boneca, para montagem. As partes para montagem são os braços, pernas, corpo, um vestidinho, e a cabeça, com os traços do rosto. Fim da descrição. Na atividade anterior, a proposta envolve a coordenação motora fina no recortar, as noções de espaço ao pintar e o esquema corporal na organização dos recortes de um corpo. Figura 11 – Montagem de peças Fonte: Getty images, 2023 #ParaTodosVerem: foto de crianças brincando no chão com peças de montagem de números. O foco está nas peças no chão, aparecendo apenas as pernas das crianças. Fim da descrição. Figura 12 – Colagem Fonte: Getty images, 2023 #ParaTodosVerem: foto de uma mão adulta auxiliando uma criança em uma atividade de colagem. Fim da descrição. 20 Convém sublinhar que as atividades que envolvem a estruturação espacial podem estar em jogos, desenhos e dança. Agora, você consegue perceber que a criança necessita desenvolver todas suas di- mensões, e que o lúdico e as artes podem ajudá-lo nessa tarefa? Lembre-se que esses tipos de atividades são prazerosas e, ainda, são capazes de ajudar as crianças. A Psicomotricidade na Educação Inclusiva e Especial Neste momento, vamos abordar um pouco sobre a área psicomotora e a educação inclusiva e especial. Quando falamos da ligação entre a psicomotricidade e as ne- cessidades educativas especiais, é importante salientar que aquelas desenvolvidas dentro das práticas psicomotoras exercem influências diretas na aprendizagem da criança, assim, quando uma apresenta qualquer dificuldade de aprendizagem ou no seu desenvolvimento, alguma dimensão foi comprometida, e, com certeza, teremos algumas alterações no desenvolvimento psicomotor. Por exemplo, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por prejuí- zos em três áreas do desenvolvimento: a) habilidades de interação social; b)habilidades de comunicação; c) presença de comportamentos este- reotipados e/ou interesses restritos. Consideramos a criança com TEA um sujeito que possui dificuldades na rela- ção e interação com os outros, consigo mesma e com o mundo que a cerca, bem como dificuldades na inclusão no universo da linguagem e na socializa- ção. Nessa análise, podemos obser- var que as dimensões comprometidas proporcionam comprometimento na formação do esquema corporal. 21 A Psicomotricidade é uma possibilidade de intervenção com crianças autistas, uma vez que promove o desenvolvimento de várias características que elas apresentam, por exemplo, nos movimentos estereotipados, os quais fortalecem a interiorização da criança ao se movimentar em torno de si própria e dificultam a relação desta com o mundo exterior. Neto et al. (2013) discorrem que as noções espaço-temporais também são importan- tes para o desenvolvimento motor, social e cognitivo. Entretanto, para o desenvolvi- mento dessas noções, é necessário uma melhor elaboração da percepção corporal. Frente às considerações feitas sobre o corpo da criança autista, salienta-se que a proposta da psicomotricidade para esse sujeito é de contribuir, na medida do pos- sível, para com o processo de significação desse corpo fragmentado, possibilitando que ela possa sentir e vivenciar seu corpo. A proposta desse tipo de intervenção é oferecer à criança autista o prazer de vivenciar suas experiências por meio de seu corpo, nas várias relações que esta desenvolverá. Assim, a ideia, neste momento, é que você compreenda como a psicomotricidade trata do desenvolvimento de todas as crianças. Portanto, necessitamos pesquisar e investigar qual é a condição do nosso(a) aluno(a) e, junto a sua singularidade, propor estímulos. A Psicomotricidade no Berçário Apesar de a escolha na formação em Pedagogia, percebemos que muitos pedago- gos ainda continuam pensando no berçário como um lugar no qual só realizamos a função de cuidar e esquecemos do estímulo psicomotor. Nesse sentido, vamos finalizar esta unidade pensando em possibilidades de atividades para essa fase No berçário, podemos trabalhar com estímulos voltados à exploração e à tonicidade muscular. Aqui, começamos o conhecimento das possibilidades corporais, das sensações e da percepção. As crianças nessa faixa etária necessitam de atividades de exploração. Uma estraté- gia é deixar para elas objetos em cestos ou caixas com texturas e formas diferentes. A primeira coisa que o bebê vai fazer é levar os objetos à boca, pois essa é a forma que ele tem de conhecê-los. Vamos lembrar que, aqui, eles estão na fase sensório- -motor de Piaget e, além de trabalhar os movimentos de manipulação e controle corporal, eles vão experimentar diversas sensações. 22 Atividade 1: Exercícios para o corpo • Objetivo geral: fortalecer os músculos do corpo; • Objetivo específico: fortalecer os músculos do corpo para desenvolver capacidades posturais. Descrição • Braços e pernas: deite o bebê de barriga para cima, pegue-o suavemen- te pelos pés e pelas mãos e faça flexões e movimentos circulares com as pernas e braços; • Braços e abdômen: coloque o bebê deitado de barriga para cima, moti- ve-o a agarrar seus polegares, levante-o suavemente e volte a deitá-lo; • Braços e tórax: deite o bebê de barriga para cima e, com delicadeza, se- pare suas mãos na altura do peito. Essa atividade promove o fortalecimento do tônus muscular e o desenvol- vimento da capacidade de força física. Assim, a criança terá maior controle e domínio do seu corpo para interagir com o ambiente. Atividade 2: Exercícios para o corpo Objetivo Geral: fortalecer os músculos do corpo; • Objetivo Específico: fortalecer os músculos do corpo para desenvolver capacidades posturais e motoras; • Recursos: bola e bandeja com farinha. Descrição • Engatinhar com auxílio: deite a criança de barriga para baixo e levante-a delicadamente pela cintura, fazendo com que seus pés e mãos toquem o chão. Movimente um pouco a criança para a frente, de modo que ela comece a engatinhar; • Engatinhar até a bola: sente-se no chão, com as pernas esticadas. Deite a criança no seu colo, na posição de barriga para baixo, depois que você já estiver sentado. Mostre a ela uma bola que está centímetros além do alcance das suas mãos. Faça-a rolar e motive-a a tentar chegar até ela; • Exercito o meu corpo: encha uma bandeja grande com bastante farinha. Coloque a criança perto da bandeja, usando somente fraldas, para que tenha a possibilidade de sentir em todo o corpo a textura da farinha. Deixe-a entrar na bandeja e manusear seu conteúdo. 23 Atividade 3: Sentar-se e ficar parada • Objetivo Geral: desenvolver diferentes capacidades posturais; • Objetivo Específico: dominar diferentes posturas; • Recursos: travesseiro e brinquedos. Descrição • Sentar-se sem auxílio: deite o bebê de barriga para cima com o traves- seiro nas suas costas, de tal forma que seu tronco fique ligeiramente er- guido. Convide a criança a sentar-se na sua frente oferecendo um brin- quedo que está a cerca de 30 centímetros de distância; • Coloque-se de pé e mantenha-se ereto, com auxílio: ofereça a criança que está no berço um brinquedo para que ela se erga agarrando-se no berço; • Transferir o peso de uma perna para a outra: pare a criança em uma bor- da de uma cama. Uma vez nesta posição, coloque um brinquedo sobre ela, sempre ao alcance da criança, porém, às vezes do seu lado esquerdo e outras vezes do seu lado direito. Ensine-a a transferir um peso de uma perna para a outra colocando em uma das suas mãos um objeto peque- no, quando ela estiver em pé. Observação: a capacidade de transferir o peso de uma perna para a outra é fundamental na ação de caminhar. Atividade 4: Aprender a deslocar-se pela casa • Objetivo Geral: desenvolver diferentes formas de deslocamento e locomoção; • Objetivo Específico: aperfeiçoar o engatinhar e subir degraus; • Recursos: diferentes tipos de obstáculos. Descrição • Engatinhar: coloque diferentes obstáculos no chão e motive a criança a engatinhar desviando-se deles; • Subir e descer degraus: motive a criança a subir e descer degraus. Supervisione esse exercício, que dará a ela muita força e ânimo para se- guir explorando a casa. 24 Atividade 5: Brincando com as mãos • Objetivo Geral: desenvolver a capacidade de segurar e manusear objetos; • Objetivo Específico: ordenar o movimento dos dedos de acordo com as rimas. Descrição • Recite para a criança rimas e estrofes, acompanhando-as com movi- mentos coordenados das mãos e dos dedos. Atividade 6: Manipulando objetos • Objetivo Geral: desenvolver a capacidade de segurar e manusear objetos; • Objetivo Específico: desenvolver a capacidade de compreensão e mani- pulação de objetos não muito familiares. Descrição • Entregue à criança um objeto por vez, para exercitar assim suas capaci- dades de compreensão em relação às distintas formas. Não o coloque diretamente na mão da criança, espere que ela a estique para concreti- zar a ação; • Transfira você a água de um recipiente para outro. Essa atividade, que cativará a atenção da criança, pode ser desenvolvida na hora do banho. Atividade 7: Pegando a gelatina • Objetivo Geral: desenvolver a capacidade de segurar e manusear objetos; • Objetivo Específico: desenvolver a coordenação óculo-manual. Descrição • Sente a criança em frente a um pote de gelatina. Deixe-a colocar as mãos no recipiente, manuseá-la e comê-la. 25 Atividade 8: Exercícios para o corpo • Objetivo Geral: fortalecer os músculos do corpo; • Objetivo Específico: fortalecer os músculos do corpo para desenvolver capacidades posturais e motoras. Descrição • Desenvolver e fortalecer os músculos das crianças, tanto das que ainda engatinham como daquelas que estejam dando seus primeiros passos. Coloque diversos obstáculos no chão, como uma bola, uma caixa de pa- pelão, um brinquedo grande, dos quais elas terão de desviar em um pas- seio engatinhando;• Motive-as para que engatinhem e não se deixem alcançar por um adulto que vem atrás dela e as perseguem dizendo: “Vou te pegar, vou te pegar”. Atividade 9: Colocar-se de pé • Objetivo Geral: desenvolver diferentes capacidades posturais; • Objetivo Específico: ensinar a criança a ficar em pé sem auxílio. Descrição • Coloque um brinquedo sobre uma cadeira, motivando a criança a se er- guer para alcançá-lo. Atividade 10: Os primeiros passos • Objetivo Geral: desenvolver diferentes formas de deslocamento e locomoção; • Objetivo Específico: desenvolver a estabilidade e equilíbrio ao caminhar. Descrição • Caminhar segurando na mão de um adulto: segure a criança pela mão e motive-a a dar os seus primeiros passos. Solte-a pouco a pouco, colo- cando-lhe o desafio de percorrer distâncias cada vez mais longas; • Caminhar puxando um brinquedo: ofereça à criança um brinquedo de puxar, preferencialmente, um que produza algum efeito visual e sonoro ao se mover. Caso ela ainda não ande, ajude-a segurando pela mão. 26 Atividade 11: Manipulando objetos de diferentes tipos • Objetivo Geral: desenvolver a capacidade de segurar e manusear objetos; • Objetivo Específico: desenvolver a preensão e a autonomia. Descrição • Ensine a criança os vários usos de cada um dos materiais. Dê a ela tempo para experimentar cada objeto. Uma vez que saiba como se divertir com eles, deixe-a brincar sozinha o maior tempo possível. 27 Essas foram as nossas sugestões nesta unidade para o fechamento da disciplina Corpo, Movimento e Psicomotricidade. Vale sempre frisar a importância da atua- lização nesta área, pois o desenvolvimento integral é o foco da psicomotricidade. Esperamos ter contribuído para o seu conhecimento, lembrando que o nosso papel é oferecer estímulos para cada fase de desenvolvimento e para o entendimento do desenvolvimento integral com ênfase na dimensão corporal. Em Síntese 28 1 – Qual é a principal importância dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento humano? a. Os jogos e brincadeiras não têm relevância no desenvolvimento humano. b. Eles são atividades exclusivamente voltadas para a diversão, sem impacto no desenvolvimento. c. Os jogos e brincadeiras promovem o desenvolvimento de habilidades sociais, cognitivas e emocionais, além de estimular a criatividade e a imaginação. d. Os jogos e brincadeiras são atividades exclusivas da infância e não afetam o de- senvolvimento em outras fases da vida. e. A importância dos jogos e brincadeiras está relacionada apenas ao desenvolvi- mento físico e atlético. 2 – Qual é a relação entre a prática da arte e a psicomotricidade? a. A prática da arte não tem relação com a psicomotricidade, pois são domínios completamente distintos. b. A psicomotricidade é exclusivamente voltada para o desenvolvimento físico, en- quanto a arte se concentra apenas no aspecto emocional e criativo. c. A prática da arte pode contribuir para o desenvolvimento psicomotor, promoven- do a coordenação motora fina e estimulando a expressão emocional e criativa. d. A psicomotricidade é uma forma de arte que se concentra na criação de obras visuais. e. A prática da arte não tem impacto no desenvolvimento psicomotor, pois são áre- as separadas do desenvolvimento humano. Atividades de Fixação Atenção, estudante! Veja o gabarito desta atividade de fixação no fim deste conteúdo. 29 Material Complementar Música para aprender e se divertir Esta matéria, da Revista Nova Escola, fala sobre a importância da linguagem musical na educação infantil, “o trabalho com a música ajuda a melhorar a sensibilidade das crianças, a capacidade de concentração e a memória, tra- zendo benefícios ao processo de alfabetização e ao raciocínio matemático” (Nova Escola, 2004, n.p.). Leitura A Importância do Brincar Neste vídeo você verá a professora da faculdade de Educação da Univer- sidade de São Paulo (USP), Tizuko Morchida, falando um pouco mais sobre o papel das brincadeiras na educação infantil. Ela destaca que até os bebês aprendem a fazer escolhas por meio dos brinquedos. https://youtu.be/HpiqpDvJ7-8 Vídeo https://youtu.be/HpiqpDvJ7-8 30 BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) Brasília: MEC/ SEF, 1998. HUIZINGA, J. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 7. ed. São Paulo: Perspectiva, 2012. MELLO FILHO, J. de. O ser e o viver: uma visão da obra de Winnicot. 2. ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2011. NETO, F. R. et.al. Efeitos da intervenção motora em uma criança com transtorno do espectro do autismo. Temas sobre desenvolvimento. Florianópolis, 2013. NICOLA, M. Conceitos. In: NICOLA, M. Psicomotricidade: manual básico. Rio de Janeiro: Revinter, 2004. Cap. 2, p. 5-12. PERRI, K. Crianças utilizam objetos como pontes para o exterior. Disponível em: <h t t p s : / / m i g r e . m e / e F C M 8>. Acesso em 15 abr. 2013. Referências http://migre.me/eFCM8 31 Questão 1 c) Os jogos e brincadeiras promovem o desenvolvimento de habilidades sociais, cognitivas e emocionais, além de estimular a criatividade e a imaginação. Justificativa: Os jogos e brincadeiras desempenham um papel fundamental no de- senvolvimento humano, pois promovem o desenvolvimento de habilidades sociais, cognitivas e emocionais, estimulam a criatividade e a imaginação, e fornecem opor- tunidades de aprendizado por meio da exploração e da interação com os outros. Essas atividades são essenciais em todas as fases da vida, não se limitando à in- fância. Portanto, a resposta correta destaca a importância abrangente dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento humano. Questão 2 c) A prática da arte pode contribuir para o desenvolvimento psicomotor, promo- vendo a coordenação motora fina e estimulando a expressão emocional e criativa. Justificativa: A prática da arte, como desenho, pintura, escultura e outras formas de expressão artística, pode contribuir para o desenvolvimento psicomotor das pessoas, especialmente crianças. Ela envolve a coordenação motora fina, o controle dos movi- mentos das mãos e a estimulação da expressão emocional e criativa. Portanto, a res- posta correta destaca a relação positiva entre a prática da arte e a psicomotricidade. Gabarito Contextualização Introdução Corpo e Movimento: Jogos, Brincadeiras e Artes na Construção do Desenvolvimento Humano O Jogo e a Brincadeira na Psicomotricidade A Psicomotricidade e as Artes A Psicomotricidade na Educação Inclusiva e Especial A Psicomotricidade no Berçário Material Complementar Referências
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