Buscar

Problema I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Módulo I – Estudo da Medicina
Problema I
Termos desconhecidos:
Taxonomia de Bloom
A Taxonomia de Bloom é um desses instrumentos cuja finalidade é auxiliar a identificação e a declaração dos objetivos ligados ao desenvolvimento cognitivo que engloba a aquisição do conhecimento, competência e atitudes, visando facilitar o planejamento do processo de ensino e aprendizagem. 
Embora a nova taxonomia mantenha o design hierárquico da original, ela é flexível, pois possibilitou considerar a possibilidade de interpolação das categorias do processo cognitivo quando necessário, devido ao fato de que determinados conteúdos podem ser mais fáceis de serem assimilados a partir do estímulo pertencente a uma mais complexa. Por exemplo, pode ser mais fácil entender um assunto após aplicá-lo e só então ser capaz de explicá-lo.
A interpolação das categorias não é total, especificamente no domínio conhecimento, a ordem deve ser respeitada, pois se considera que não há como estimular ou avaliar o conhecimento metacognitivo sem anteriormente ter adquirido todos os anteriores.
O princípio da progressão da complexidade foi mantido: do simples para o complexo; do concreto para o abstrato; mas, novamente, foi atribuída mais flexibilidade ao conceito cumulativo e dependente de cada categoria, pois:
· Sabe-se que diferentes disciplinas requerem processos cognitivos diferenciados;
· Os estilos de aprendizagem possibilitam aos discentes aprenderem melhor num estágio mais elevado e depois serem capazes de entender os anteriores; e
· O conceito de metacognição abre espaço para que alunos transitem livremente pelas subcategorias com o objetivo de melhorar seu autoaprendizado
A taxonomia de Bloom possibilita uma avaliação do conhecimento ao se observar a capacidade de solucionar problemas que exigem diversos níveis cognitivos, partindo da capacidade de lembrar (o menor nível taxonômico) até a capacidade de criar, que corresponde ao nível mais complexo na taxonomia. Este método taxonômico pode ser muito útil nos processos de verificação de conhecimento e tem como objetivo identificar, classificar e estruturar o conteúdo intelectual do avaliado.
Conhecimento processual corresponde à capacidade para completar uma tarefa, executar métodos de pesquisa e critérios para o uso de habilidades, algoritmos, técnicas e métodos. Este processo geralmente envolve um conjunto de etapas, uma sequência ou uma série de passos a seguir. 
Conhecimento metacognitivo diz respeito à consciência e ao conhecimento do próprio conhecimento, bem como ao conhecimento da cognição de modo geral. Ainda na dimensão metacognitiva, espera-se que os alunos que conhecem diferentes estratégias de aprendizagem provavelmente irão utilizá-las para pensar e resolver problemas. Estudantes que estejam conscientes dos seus pontos fortes e limitações pessoais podem ajustar a aprendizagem e contribuir para estratégias de aprendizagem mais favoráveis às suas necessidades. 
Conhecimento fatual diz respeito ao conhecimento de fatos. Logicamente, tal dimensão se relaciona diretamente à memória e por este motivo está nos níveis mais baixos da taxonomia de Bloom. Esta dimensão corresponde, essencialmente, aos elementos básicos que o estudante deve ter para se familiarizar com determinado contexto. Para finalizar, a dimensão conceitual do conhecimento consiste nas inter-relações entre os elementos básicos em um contexto mais amplo ou estrutura que lhes permitam funcionar em conjunto.
Objetivos:
1- Explicar as metodologias ativas, caracterizando e diferenciando o PBL, TBL e problematização.
2- Identificar as principais diretrizes relativas à matriz curricular nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de medicina. (perfil generalista e metodologia ativa)
3- Conhecer as unidades educacionais de medicina da Faciplac, indicando quais são as verticais e as horizontais.
4- Explicar os sete passos a serem aplicados no tutorial.
5- Discutir a utilização do arco de Maguerez na metodologia de PBL e problematização.
Objetivo 1
 Podemos descrever metodologias ativas como o processo em que os estudantes desenvolvem atividades que necessitam de reflexão de ideias e desenvolvimento da capacidade de usá-las. Elas priorizam a autonomia dos estudantes para que eles se tornem profissionais independentes, críticos e formadores de opinião. A fim de estimular a busca de conhecimento por parte do aluno, os conteúdos curriculares devem se comunicar com a realidade do educando. Elas têm como objetivo serem: construtivista – se basear em aprendizagem significativa; colaborativa – favorecer a construção do conhecimento em grupo; interdisciplinar – proporcionar atividades integradas a outras disciplinas; contextualizada – permitir que o educando entenda a aplicação deste conhecimento na realidade; reflexiva - fortalecer os princípios da ética e de valores morais; crítica – estimular o educando a buscar aprofundamento de modo a entender as limitações das informações que chegam até ele; investigativa – despertar a curiosidade e a autonomia, possibilitando ao educando a oportunidade de aprender a aprender; humanista – ser preocupado e integrado ao contexto social; motivadora - trabalhar e valorizar a emoção; desafiadora – estimular o estudante a buscar soluções.
O PBL é uma metodologia ativa de aprendizagem que trabalha com pequenos grupos de cerca de 12 estudantes. Ele é um dos métodos ativos de aprendizagem que contemplam diversas nuances da aprendizagem significativa, particularmente quando se valoriza o conhecimento prévio nas primeiras etapas até a motivação dos estudantes que podem se envolver na solução do problema apresentado. O aprendizado é centrado no aluno, sendo uma metodologia formativa, que incentiva o aluno a buscar o conhecimento e não apenas a informação. O método garante que o aluno estude situações suficientes que o façam procurar o conhecimento em si quando diante de uma situação ou caso clínico. Além disso, faz uso do tutorial, treinamentos de habilidades e estágios de várias complexidades. Para melhor resultado no PBL, o papel do tutor é fundamental, assim como boa comunicação, sem desconsiderar que um ambiente amigável e não ameaçador parece contribuir consideravelmente em cada uma das fases.
O TBL (Team Based Learning) é um método de aprendizagem dinâmico, que proporciona um ambiente motivador e cooperativo. Embora possa existir uma sutil competição entre os educandos, a produção coletiva é realmente valorizada. Os estudantes se sentem motivados a participar, o que torna o ambiente de educação mais interessante, minimizando o desinteresse pelo aprendizado. No TBL, a classe é dividida em pequenos grupos de cinco a oito estudantes, e é importante haver o máximo de heterogeneidade entre os membros dos grupos. A leitura de um artigo de revisão sobre o tema a ser trabalhado pode ser atribuída a cada sessão ou pode-se tratar de algum tema já abordado em outras aulas e disciplinas ou de um tema ainda não discutido em sala de aula, o que valoriza o conhecimento prévio dos estudantes. As sessões de TBL começam com um teste de avaliação rápida elaborado previamente, que é respondido individualmente e, em seguida, por equipes, sendo as respostas analisadas com a classe posteriormente. O objetivo das discussões em grupo é a troca de experiências, de modo que todos devem chegar a um consenso sobre as questões do caso (por exemplo, quando se descreve um paciente que tem vários sintomas de determinada doença e se questiona o diagnóstico apropriado). Após chegarem a um consenso, as equipes se reúnem como uma classe e revelam, ao mesmo tempo, suas respostas. Este, então, se torna o material para a discussão em classe, durante a qual os principais pontos de ensino são revistos.
A problematização trata-se de uma metodologia ativa de ensino-aprendizagem que se baseia na análise de problemas da realidade, diferentemente do PBL, em que os problemas analisados são elaborados com base numa proposta curricular. Deste modo, a primeira etapa da problematização é a observação da realidade, identificandosuas características com o objetivo de transformá-la por meio do estudo. Uma vez definido o problema, dá-se início a uma reflexão sobre os possíveis fatores e determinantes relacionados ao problema. Isto levará o educando à definição dos pontos-chave do estudo, que podem ser questões básicas para a compreensão do tema, afirmações, tópicos, etc. A etapa seguinte é a teorização, quando se constroem as respostas para o problema, e os dados são analisados e discutidos. Após esta fase, parte-se para a quarta etapa, que corresponde à elaboração da hipótese de solução. Só resta agora a quinta etapa, que trata da intervenção propriamente dita. É neste momento que o educando modifica o ambiente para solucionar o problema em questão. Todas estas etapas são representadas no Arco de Maguerez, que demonstra a passagem por cada fase do processo de solução do problema.
Objetivo 2
De acordo com as diretrizes do MEC, a estrutura do curso de graduação em medicina deverá: 
· ter como eixo do desenvolvimento curricular as necessidades de saúde dos indivíduos e das populações referidas pelo usuário e identificadas pelo setor saúde; 
· utilizar metodologias que privilegiem a participação ativa do aluno na construção do conhecimento e a integração entre os conteúdos, além de estimular a interação entre o ensino, a pesquisa e a extensão/assistência; 
· incluir dimensões éticas e humanísticas, desenvolvendo no aluno atitudes e valores orientados para a cidadania; 
· promover a integração e a interdisciplinaridade em coerência com o eixo de desenvolvimento curricular, buscando integrar as dimensões biológicas, psicológicas, sociais e ambientais;
· inserir o aluno precocemente em atividades práticas relevantes para a sua futura vida profissional; 
· utilizar diferentes cenários de ensino-aprendizagem permitindo ao aluno conhecer e vivenciar situações variadas de vida, da organização da prática e do trabalho em equipe multiprofissional; 
· propiciar a interação ativa do aluno com usuários e profissionais de saúde desde o inicio de sua formação, proporcionando ao aluno lidar com problemas reais, assumindo responsabilidades crescentes como agente prestador de cuidados e atenção, compatíveis com seu grau de autonomia, que se consolida na graduação com o internato; 
· através da integração ensino-serviço, vincular a formação médico-acadêmica às necessidades sociais da saúde, com ênfase no SUS.
Perfil do formando de acordo com o MEC:
Médico, com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva. Capacitado a atuar, pautado em princípios éticos, no processo de saúde-doença em seus diferentes níveis de atenção, com ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação à saúde, na perspectiva da integralidade da assistência, com senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania, como promotor da saúde integral do ser humano.
Objetivo 3
Nas unidades verticais (tutorias) são utilizados problemas ou situações de saúde que permitem a exploração do conhecimento prévio dos estudantes, o desenvolvimento do raciocínio clínico e epidemiológico, a formulação de hipóteses, a busca e análise crítica do conhecimento necessário para a melhor explicar o problema e a formulação de planos de cuidado para situações individuais e coletivas.
Nas unidades horizontais (PISSCO e Habilidades Médicas) os estudantes desenvolvem habilidades a partir do contato supervisionado com pacientes, famílias e comunidade.
Objetivo 4
Sete passos para aplicação do PBL (Problem based learning). 
Passo 1 – Identificar e esclarecer termos desconhecidos apresentados no cenário; fazer uma lista daqueles que permanecem sem explicação após a discussão. 
Passo 2 – Definir o problema ou problemas a serem discutidos. Nesta fase, os alunos podem ter diferentes pontos de vista sobre as questões, mas todos devem ser considerados. Devem-se realizar os registros da lista dos problemas acordados. 
Passo 3 – Realizar uma sessão de brainstorming para discutir o(s) problema(s), sugerindo possíveis explicações com base no conhecimento prévio. Os alunos devem se basear no conhecimento um do outro e identificar as áreas de conhecimento incompleto. Mais uma vez, é necessário registrar toda a discussão. 
Passo 4 – Revisar as etapas 2 e 3 e disponibilizar explicações como tentativas de solução. Registrar e organizar as explicações e reestruturá-las se necessário. 
Passo 5 – Formular objetivos de aprendizagem. O grupo chega a um consenso sobre os objetivos de aprendizagem. O tutor garante que os objetivos de aprendizagem sejam focados, realizáveis, abrangentes e apropriados ao caso. 
Passo 6 – Estudo individual (todos os alunos devem reunir informações relacionadas a cada objetivo de aprendizagem).
Passo 7 – O grupo parte dos resultados do estudo privado (os alunos apontam seus recursos de aprendizagem e compartilham seus resultados) para uma discussão coletiva. O tutor verifica o aprendizado e pode avaliar o grupo.
Membros:
TUTOR: Estimula a participação, auxilia o coordenador, verifica relevâncias, previne o desvio do foco, assegura que o grupo atinja os objetivos e verifica o entendimento.
COORDENADOR: liderar, encorajar a participação, manter a dinâmica, controla o tempo e assegura a qualidade das anotações.
RELATOR: registra pontos relevantes, ajuda a ordenar o raciocínio, participa das discussões e registra fontes de pesquisa.
MEMBROS DO GRUPO: acompanham as etapas, participam das discussões, ouvem e respeitam opiniões, fazem questionamentos e alcançam os objetivos de aprendizagem.
Objetivo 5
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS;
- “Aprendizagem Ativa na Educação em Saúde: Percurso Histórico e Aplicações” de Pablo Antonio Maia de Farias, Ana Luiza de Aguiar Rocha Martin e Cinthia Sampaio Cristo.
- “Diretrizes Nacionais Curriculares de Medicina” Portal do MEC
- “Taxonomia de Bloom: revisão teórica e apresentação das adequações do instrumento para definição de objetivos instrucionais” de Ana Paula do Carmo Marcheti Ferraz e Renato Vairo Belhot

Outros materiais