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Um cirurgião a frente de seu tempo
Breve história dos antissépticos 
Antes do século 19, acreditava-se na teoria dos miasmas e as cirurgias eram praticadas sem nenhuma higiene: não havia troca de roupas entre os procedimentos, os aventais costumavam ficar imundos, com crostas secas de sangue e pus por cima – acreditava-se que essas eram marcas de um bom exercício da profissão.
1840: Ignaz Semmelweis
Médico húngaro, tentou implementar um sistema de lavagem das mãos em para reduzir as taxas de mortalidade na maternidade (febre puerperal relacionada a contaminação pelo contato com cadáveres) 
1857: Joseph Lister
Sugeria 3 métodos de assepsia filtração exposição ao calor e exposição à antissépticos 
Introduziu a assepsia com ácido carbólico como mais eficaz, reduzindo o número de óbitos em cirurgias
1860: Lois Pasteur
Teoria microbiana das doenças, defendendo que elas têm origem de microrganismos capazes de contagiar outras pessoas, acreditava-se, antes, que as doenças eram causadas por “miasmas”. 
Assepsia
Conjunto de medidas que possuem o objetivo de prevenir a contaminação dos tecidos. 
- Ocorre de forma preventiva, sendo uma higienização prévia 
Exemplos: uso de EPI’s, lavagem das mãos 
Antissepsia
Processo que remove a flora patogênica transitória em organismos vivos.
- Desinfecção de um tecido já invadido por microrganismos 
Exemplos: uso de antissépticos, álcool 70%, compostos de iodo, cloro-hexedina, sabões e detergentes 
A importância da higienização das mãos da equipe cirúrgica 
As etapas de higienização são de extrema importância para que haja a assepsia do ambiente cirúrgico e a antissepsia do profissional, evitando, assim, a contaminação do ambiente cirúrgico e do paciente. Além do controle de infecções relacionadas à assistência à saúde.
Atualmente, não há estudos suficientes acerca do melhor antissépticos para a garantia do melhor a ser usado. No entanto, mostra-se que a clorexidina a 0,5% em álcool metílico está associada a menores taxas de infecção cirúrgica do que a tintura de iodopovidona (PVPI) à base de álcool.
Antissépticos
Seus diferentes mecanismos estão relacionados com a sua capacidade de inibir certos sistemas enzimáticos vitais para o metabolismo bacteriano, capacidade de penetração na célula bacteriana. 
Bactericida: produtos químicos cujo objetivo é eliminar as bactérias do ambiente
Ex: álcool isopropílico 
Bacteriostáticos: antibiótico quimioterápico que inibe o crescimento/proliferação de bactérias facilitando para o sistema imunológico combater as já existentes
Ex: sabonetes 
Bacteriolítico: substâncias capazes de matar bactérias (provocam sua lise) impedindo proliferação e crescimento, destruindo sua parede celular e provocando perda do material interno
Ex: Enzimas como a lisozima 
Os antissépticos são utilizados para inibir o crescimento de microrganismos na pele e nas mucosas. Agem penetrando na parede celular dos microrganismos, oxidam e substituem o conteúdo microbiano por iodo livre levando a morte celular.
· Halogênicos 
Iodo: álcool iodado
PVPI: iodopovidona 
Cloro: usado para desinfectar matéria não viva
· Aldeídos
Formaldeído, formol: irritante para mucosas mas é um potente desinfectante 
· Álcoois 
Etílico e isopropílico, ação quase imediata, sem ação residual e recessão a pele (pode ser resolvido com adição de glicerina) 
· Fenóis 
Atuam desnaturando proteínas
· Clorexidina 
Maior efetividade em ph de 5 a 8, ação imediata e efeitos em pacientes alérgicos a iodo
Age no rompimento da membrana plasmática precipitando o conteúdo celular 
Ação contra Gram-positivo
· Sabões e detergentes 
Sais formados de ácidos graxos, são detergentes ou surfactantes, agindo através de carga negativa 
PCIH e CCIH 
Com a descoberta do antibiótico e seu uso como quimioterápico para infecções, muitos microrganismos adquiriram resistência, o que promoveu o surgimento das bactérias multirresistentes (pois possuem facilidade de mutação).
Nos regulamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária foi orientado a formação do Programa de Controle de Infecção Hospitalar, o qual é um conjunto de ações criadas com o objetivo de reduzir ao máximo a incidência e a gravidade das infecções hospitalares.
Para que a PCIH seja devidamente executada, é exigido aos hospitais a formação de uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, cuja responsabilidade é cumprir com a execução das ações de controle dessas infecções e deve ser formado por profissionais da área da saúde, designados formalmente.
Papel da CCIH: + estabeler critérios para o controle de infecções hospitalares
 + desenvolver e avaliar o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH)
 + acompanhar e colaborar com os hospitais na execução das ações de controle 
Deve ser composta de modo adequado ao perfil da instituição, formada por profissionais consultores e executores de nível superior, obrigatoriamente incluindo, farmacêuticos, médicos, enfermeiros e membros do laboratório de microbiologia.
Competências:
· Abordagem epidemiológica da infecção hospitalar e seus fatores de risco
· Conhecer os microrganismos identificados em casos de infecção e sua cadeia epidemiológica, além de reconhecer e controlar seus mecanismos de resistência
· Diagnosticar, prevenir e tratar as infecções
· Humanização da assistência e redução do risco de contaminação ambiental
· Aplicar princípios de gestão dos serviços de saúde para aprimoramento do atendimento, empregando aspectos éticos
· Compreender o comportamento de profissionais da saúde e o emprego de evidências científicas para aprimoramento profissional
· Difundir os princípios de prevenção e controle de infecção em todas as interfaces da área da saúde
História da cirurgia
Pré-história
Registros de trepanação na era neolítica, datadas de 8.500 a.C.
Mesopotâmia - 2150 a.C.
A profissão médica possuía ashipu (feiticeiros) e asu (médicos) 
Os asu estavam envolvidos com primeiros socorros e medicamentos de cirurgia
· Quando a cirurgia realizada pelos asu, em um Lorde, tinha sucesso eles eram pagos com prata 
· Mas se o Lorde viesse a morrer, a mão do médico era retirada (prática defendida no código Hamurabi) 
São descritos cortes no peito de um paciente a fim de remover pus da pleura. Descrevem também cortes na cabeça do paciente por Asu, e a prescrição de ataduras com óleo de gergelim com agende antibactericida. 
Egito antigo –2000 a.C. 
Já existiam médicos especialistas, inclusive o cirurgião, porém a pressão sobre esta especialidade era maior. 
As cirurgias egípcias eram mais avançadas devido a familiaridade com o processo de mumificação (embalsamento) dos faraós. 
- Conhecimento anatômico 
Cirurgias desenvolvidas: circuncisão (obrigatória), castração, cesariana, excisão de cataratas. 
Uso de anestésicos cirúrgicos a base de opiáceos, considerados anteriores à morfina. 
No antigo Egito, foram encontradas evidências das primeiras técnicas de cirurgia plástica. Restos mortais mumificados que datam de 3000 a.C. mostram evidências de procedimentos cirúrgicos, como reconstruções de 🔸nariz e aumento de seios. Esses procedimentos provavelmente eram realizados para fins cosméticos e reconstrutivos, destacando a importância da beleza na sociedade egípcia antiga
Índia 
Houve grande desenvolvimento da cirurgia plástica, pois os adúlteros e prisioneiros de guerra tinham seus narizes amputados, o grande cirurgião indiano da época foi o Susruta
ANTIGUIDADE
· Papiro cirúrgico de Edwin Smith, importante documento da medicina antiga do Vale do Nilo, 1700 a.C.
Grécia antiga 
460 e 377 a.C., com o Juramento de Hipócrates foi proibido que médicos (figuras respeitadas) cortassem pacientes, ficando essa tarefa, para os artesãos e barbeiros. 
Eram treinados por guildas e lidavam com sangrias, colocação de bandagens, drenagem de abcessos e removiam membros. 
Roma antiga
Até 200 instrumentos médicos diferentes eram conhecidos, incluído o espéculo vaginal
Cornelius Celsus
Sabia fazer o pinçamento de veias para evitar hemorragias (foram encontrados fórceps romanosque comprovam isso) 
Ele descreveu operações cirúrgicas como bócio e catarata, e até cirurgias plásticas. 
Claudio galeno
Foi um marco importante na história das cirurgias, já que fez grandes estudos anatômicos com a dissecção de macacos. Além disso, era considerado o cirurgião dos gladiadores, realizando transplantes. 
IDADE MÉDIA – V ao XV
Era mantida a competência das cirurgias aos barbeiros. Eles faziam a operação no menor tempo possível, para evitar hemorragias, eram realizadas numa maca de madeira e o paciente recebia um pano para morder. 
Para amenizar a dor, era oferecida bebida alcoólica aos pacientes. O controle da dor através de ervas ou outros compostos químicos podia ser interpretado como magia ou bruxaria pela Santa Inquisição.
RENASCIMENTO XIV ao XVI
André Versalius, De Humani Corporis Fabrica: critica galeno e avança os estudos anatômicos.
Ambroise Paré: aprendiz de Versalius, cirurgião de guerra, substituiu o uso de óleo fervente por ma mistura de terebintina, gema de ovo e óleo de rosas para o tratamento de feridas, substituiu o uso de ferro em brasa pela ligadura cirúrgica de vasos sanguíneos e inventou novos instrumentos cirúrgicos e prótese de membros 
William Harvey também auxiliou os processos cirúrgicos por meio de seus estudos sobre a circulação sanguínea. 
IDADE MODERNA – XV
Mulheres que tentassem se livrar da dor do parto eram punidas, tal postura foi seguida até o séc. XIX.  O controle da dor através de ervas ou outros compostos químicos podia ser interpretado como magia ou bruxaria pela Santa Inquisição. A doença, a dor e o sofrimento eram vistos como castigos divinos para purificação da alma
Ambroise Paré: pai da cirurgia moderna (século XVI) 
· Não foi médico, e sim cirurgião
· Em 1536, ele era um cirurgião do exército francês. As feridas de bala eram tratadas com óleo quente, mas ele usou gema de ovo, óleo de rosas e terebetina. 
· Substituiu o uso de ferro em brasa pela ligadura cirúrgica de vasos sanguíneos.
· Inventou novos instrumentos cirúrgicos e prótese de membros 
COMPTENPORÂNEA – XVIII
No século 18: Ocorreu a separação entre cirurgiões barbeiros e médicos, e as principais universidades da Europa oferecem cátedras em cirurgia 
Século 19: No século 19, os avanços na antissepsia e as técnicas de esterilização introduzidas por médicos como Joseph Lister ajudaram a reduzir as taxas de infecção pós-operatória. Além disso Louis Pasteur e Alexander Fleming são figuras importantes. 
William Stewart Halsted: Um pioneiro na cirurgia, Halsted introduziu técnicas meticulosas de sutura e esterilização, além de contribuir para o desenvolvimento da cirurgia de câncer de mama e da anestesia local.
Cirurgia Abdominal e Vascular: A cirurgia abdominal e vascular também avançou com médicos como Theodor Kocher, que desenvolveu técnicas para a cirurgia da tireoide, e Alexis Carrel, que trabalhou no refinamento de técnicas de sutura vascular.
Cirurgia Laparoscópica: No final do século 19 e início do século 20, a cirurgia laparoscópica começou a ser explorada. No entanto, sua verdadeira popularização ocorreu nas décadas mais recentes.
Anestesia
Idade moderna: 
Os chineses utilizavam a acupuntura para o alívio da dor, enquanto os Incas da América do Sul usavam uma anestesia tópica, pela excitação e torpor pela mastigação das folhas de coca. 
Idade Contemporânea:
Na idade 
Gás hilariante (óxido nitroso): usado por volta de 1840 pelo dentista Horace Wells. 
Éter: A primeira cirurgia realizada sob anestesia geral ocorreu em 1846, quando o éter foi administrado a um paciente pelo dentista William Morton. (via inalatória, cirurgia no pescoço). 
Cloroformio (1847): David Young Simpson, obstetra. A princípio usou ele para aliviar dores de parto, até chegar numa dosagem ideal. 
· Jonh Snow popularizou seu uso, usando no parto da rainha Vitória, da Califórnia 
1950: Descobriu-se que a adição de flúor tornava os anestésicos mais estáveis, por isso foi desenvolvido o alotano (anestésico inalatório) 
1970: Isoflurano, desflurano, sevoflurano 
Anestesia Intravenosa
1903: Emil Fisher e Joseph von Mering usaram o fenobarbital, ele causava longos períodos de inconsciência. 
- John Lundi em 1073, enfatizou uma abordagem chamada “anestesia balanceada” combinando vários agentes anestésicos e o bloqueio neuromuscular
Anestesia Regional
· A cocaína tornou-se a abse da anestesia loca, descrita por Carl Koller em 1900. Ela foi usada como bloqueio de nervos e plexos e raquianestesia. Porém causou efeitos adversos como cefaleia. 
· A modificação da substância por outras, além da criação da agulha epônica (agulha espinal) melhorou a anestesia local. 
Desde então, métodos de administração subaracnoide e peridural de anestésicos locais e opioides são usados comumente para analgesia durante o trabalho de parto e o parto, bem como para a redução da dor pós-operatória

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