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Resumo Embargos à execução

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INTRODUÇÃO 
O Código Processual Civil vigente reconhece que o executado, fundada a execução por título extrajudicial poderá manifestar sua oposição à execução através de dois meios: O primeiro refere-se aos embargos à execução, que serão autuados em apartado e poderão veicular uma série heterogênea de matérias. O segundo, refere-se à simples petição nos próprios autos da execução em relação à ausência de requisitos de admissibilidade da execução, validade e adequação de atos executivos. Tal defesa é amplamente reconhecida com a nomenclatura de exceção de pré-executividade.
O presente trabalho tratará sobre os embargos à execução através de tópicos quanto aos pontos relevantes e necessários para o entendimento do tema. 
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CONCEITO E ALEGAÇÕES
Refere-se aos embargos de execução como meio utilizado pelo executado para manifestar sua oposição, podendo veicular uma série heterógena de matérias. De acordo com o art. 917 do Código de Processo Civil o executado poderá alegar: Inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação; penhora incorreta ou avaliação errônea; excesso de execução ou cumulação indevida de execuções; retenção por benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos de execução para entrega de coisa certa; incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução; qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento. 
DESNECESSIDADE DE PENHORA, DEPÓSITO OU CAUÇÃO
Segundo o Código Processual Civil vigente o executado poderá opor-se à execução sem a necessidade de penhora, depósito ou caução: “art. 914. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se opor à execução por meio de embargos”. No entanto, existe uma exceção em relação à execução fiscal, pois a esta se aplica o que dispõem a Lei de Execuções Fiscais – Lei 6.830/1980, em seu art. 16, §1º- não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução”
Segundo o parágrafo quarto do art, 53 da Lei 9.099/1995, “inexistindo bens penhoráveis, o processo será imediatamente extinto”. Percebe-se portanto que a realização de penhora na execução regida pela lei acima referida impede a aplicação dos art. 914 do CPC/2015, mostrando portanto que a penhora é requisito para a própria subsistência do processo executivo.
EFEITOS SUSPENSIVOS 
Apesar de em regra não ser obrigatório a garantia do juízo ao embargar, poderá o executado o fazer, pois é um requisito obrigatório para atribuição do efeito suspensivo, além de ser um meio que impede ou cancela inscrição em cadastros restritivos de crédito.
Os efeitos suspensivos não são automáticos, estes são concedidos mediante decisão judicial, desde que haja requerimento da parte, a execução esteja garantida e estejam presentes os requisitos para a concessão de tutela provisória (arts. 300 e 311)
O §4º trata sobre a eficácia subjetiva do efeito suspensivo, afirmando que a concessão do referido efeito aos embargos oferecidos por um dos executados não suspende a execução contra os demais que não embargaram quando o respectivo fundamento disser respeito exclusivamente ao embargante.
Se o fundamento do efeito suspensivo for comum a todos os executados, todos os executados poderão ter a concessão do referido efeito.
PRAZO PARA OPOSIÇÃO
O executado terá prazo de 15 dias para apresentar embargos à execução, mediante o que preceitua o art. 915 do CPC/2015. A contagem se dará conforme o art. 231 do referido código, conforme vejamos: 
Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:
I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo correio;
II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial de justiça;
III - a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do escrivão ou do chefe de secretaria;
IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a intimação for por edital;
V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para que a consulta se dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica;
VI - a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo esse, a data de juntada da carta aos autos de origem devidamente cumprida, quando a citação ou a intimação se realizar em cumprimento de carta;
VII - a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso ou eletrônico;
VIII - o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em carga, do cartório ou da secretaria.
O §1º do art. 915 do CPC/2015 dispõe sobra a regra para contagem de prazo, no qual informa que havendo mais de um executado, os prazos serão autônomos, exceto no caso de se tratar de cônjuges ou de companheiros caso que o prazo será contado a partir da juntada da citação do último. 
Salienta o referido código que não serão permitida a contagem em dobro, mesmo que se litisconsortes que tiveram diferentes procuradores, de escritório de advocacia distintos. 
AUTUAÇÃO EM APARTADO
Os embargos à execução deverão ser autuados em apartado, segundo preceitos do §1º do art. 914 do CPC/2015. Nesse sentido difere da impugnação o qual é apresentado nos próprios autos.
Na petição inicial deverá ser juntada cópias das peças processuais relevantes. 
O Valor da causa será o valor que será discutido nos embargos e não o valor da execução. A distribuição será por dependência aos autos da execução.
EMBARGOS À EXECUÇÃO POR CARTA
Refere-se à execução através de carta precatória. Nesse caso o executado poderá oferecer os embargos no juízo deprecante ou no juízo deprecado.
Em relação ao julgamento a competência é do juízo deprecante, exceto se as alegações nos embargos se tratar de vícios ou defeitos de penhora, da avaliação ou da alienação dos bens, nessas hipóteses poderá o julgamento ser realizado pelo juízo deprecado. 
PARCELAMENTO 
Durante o prazo para oposição dos embargos à execução se o executado reconhecer a dívida e depositar 30% do valor mais honorários advocatícios mais as custas processuais, poderá requerer o parcelamento do restante do débito em até 6 vezes com correção monetária e juros de 1% ao mês sem necessidade de anuência do exequente, este será ouvido apenas para verificar se os requisitos da lei foi atendido referente ao depósito de 30%.
Se executado não pagar alguma das parcelas, as que não forem pagas terão vencimento antecipado, incidirá multa de 10% sobre o valor da dívida restante e a execução continuará.
CONTRADITÓRIO, INSTRUÇÃO E JULGAMENTO
O exequente será intimado para manifestar-se no prazo de 15 dias. Nesse caso poderá ser aplicado a regra do art. 229 do CPC/2015 que relata o prazo em dobro para litisconsortes com advogados diferentes de escritório de advocacia diferentes.
Na impugnação aos embargos, o exequente poderá pedir a compensação da dívida no caso de os embargos versarem sobre retenção por benfeitorias.
No caso de interposição da apelação, caso a sentença seja de improcedência dos embargos ou extinção sem resolução do mérito, não haverá efeito suspensivo ao recurso.
De acordo com o que preceitua o §2º do art. 827 do CPC/2015, o valor dos honorários poderá ser elevado até 25%, quando rejeitados os embargos à execução
CONCLUSÃO
Os embargos à execução é um meio eficaz para o executado se defender de uma execução fundada em título extrajudicial alegando as matérias do art. 917 do CPP/2015. Pode ser conferido efeitos suspensivos mediante concessão judicial, hipótese em que o juiz irá observar o preenchimento dos requisitos necessários. Pode ainda o executado ter a sua dívida parcelada em até 6 vezes com juros de 1% ao mês, tal solicitação deverá ser feita através de requerimento e pagamento de 30% do seu débito, mais honorário advocatícios e custas processuais. Pode-se afirmar portanto a relevância da referida ação para contemplação dos direitos de defesa do executado.

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