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ANDREIA ED ESPECIAL

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4
Instituto Pedagógico de Minas Gerais - IPEMIG
EDUCAÇÃO ESPECIAL E O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE)
 
ANDREIA PEREIRA DA SILVA
BELO HORIZONTE –MG 
2024
Instituto Pedagógico de Minas Gerais - IPEMIG
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL E O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE)
ANDREIA PEREIRA DA SILVA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Pedagógico de Minas Gerais, como pré-requisito para obtenção do título de LICENCIATURA EDUCAÇÃO ESPECIAL
BELO HORIZONTE –MG 
2024
RESUMO
Este trabalho de conclusão de curso tem o objetivo de mostrar a importância da Educação Especial nas Salas de Recursos Multifuncionais, ou seja, nas salas onde funcionam o Atendimento Educacional Especializado (AEE). Nesse contexto, procura evidenciar o atendimento de qualidade e inclusivo e o papel do professor. É importante destacar a formação continua desse profissional especializado, principalmente no que diz respeito à inserção nas salas adaptadas. Vale ressaltar que entre as funções do professor em Educação Especial sua intervenção, mediação, e o estudo da construção e reconstrução do saber humano. Atuar na área educacional, assim auxiliando essas escolas na qualidade de atendimento ao aluno com necessidades especiais, pais, professores e comunidade escolar. Portanto, esse profissional com apoio de professores, pais e alunos busca a resolução e superação dos problemas encontrados. 
Palavras chaves: Educação Inclusiva, Atendimento Educacional Especializado,
metodologias, formação de professores.
1. INTRODUÇÃO
Este artigo de Conclusão de Curso tem por objetivo evidenciar a importância da Educacional Especial e o Atendimento Educacional Especializado, ou seja, o AEE e o diferencial das Salas de Recursos Multifuncionais no aprendizado de desenvolvimento dos alunos e a necessidades da inserção do trabalho do professor de apoio, no contexto escolar. Nesse contexto, a metodologia utilizada foi à pesquisa bibliográfica de livros, visita a uma Sala de Recursos Multifuncionais, artigos, periódicos, consultas em revistas e websites.
Sabe-se que vários fatores contribuem para um bom desenvolvimento dos alunos com necessidades especiais, dentre elas destacam-se: o professor especializado e sua busca continua pela formação de qualidade na Educação Especial e seu papel na educação como mediador do conhecimento, na importância do Atendimento Educacional Especializado e as Salas de Recursos Multifuncionais.
É importante salientar que o atendimento educacional especializado é um atendimento da educação especial que procura desenvolver e complementar a formação dos discentes, assim promovendo ao aluno autonomia e independência dentro e fora da escola. 
 Além disso, esse serviço é desenvolvido na rede pública e regular de ensino e conta com apoio de recursos pedagógicos muitas vezes escassos nas escolas. Nesse sentido, é fundamental a presença de profissionais especializados nesses espaços. Esses professores especializados buscam adaptar o material necessário, procurando eliminar barreiras e tornar possível a acessibilidade e a plena participação do aluno no processo ensino-aprendizagem. Outro fator importante é o atendimento educacional especializado (AEE), esse é um serviço da educação especial que busca identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos de acessibilidade, que eliminem as barreiras e promova uma plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas" (SEESP/MEC, 2008).
Diante do exposto, as salas de recursos multifuncionais são espaços físicos necessários nas redes públicas de ensino, onde é realizado o atendimento educacional especializado. Atuar nesses espaços é importante ter uma formação do magistério de nível básico e conhecimentos específicos de Educação Especial, adquiridos em cursos de aperfeiçoamento e de especialização. Nesse caso, o papel de um profissional especializado nessas Instituições, torna-se fundamental, principalmente, nas escolas públicas onde entre as funções estão o analisar, o mediar, o desenvolver trabalhos e os métodos que favoreçam a aprendizagem plena do ser humano, visando à participação efetiva e de qualidade para toda comunidade escolar. 
Portanto, esse artigo tem o intuito de demonstrar a importância do papel do professor da educação especial, no campo educacional público e do trabalho do mesmo, no Atendimento Educacional Especial nas Salas de Recursos Multifuncionais para o desenvolvimento pleno, inclusivo e participativo dos alunos com suas várias necessidades de aprendizagem. 
2. EDUCAÇÃO ESPECIAL E O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE) 
	
A Educação Especial é uma modalidade do ensino que perpassa todos os níveis e etapas da educação no Brasil, e o atendimento educacional especializado (AEE), destina-se a alunos com necessidades e deficiências. Nesse contexto, alunos que tem impedimentos permanentes ou de longo prazo de natureza intelectual, física, sensorial. 
A Educação Especial, de acordo com a atual Política do MEC, deve assegurar o Atendimento Educacional Especializado (AEE), que é definido pelo Decreto Federal 7.611/11, no § 1º do Art. 2º, alíneas I e II como:
(…) conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucional e continuamente, prestado das seguintes formas: 
I - Complementar a formação dos alunos com deficiência, Transtornos Globais do Desenvolvimento, como apoio permanente e limitado, no tempo e na frequência dos estudantes às Salas de Recursos Multifuncionais, doravante denominadas pela sigla SRM; ou 
II - Suplementar a formação de alunos com Altas Habilidades/ Superdotação.
Sabe-se que os alunos com deficiência visual e pessoas com surdez parcial ou total. Além disso, atende também alunos com altas habilidades e com transtornos globais de desenvolvimento. Segundo as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, Resolução CNE/CEB nº 2/2001, no artigo 2º, determinam que:
Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizarem-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos (BRASIL, 2001).
O atendimento educacional especializado, ainda é um grande desafio, pois é diferente do ensino escolar, pois pauta-se na adaptação e complementação das atividades escolares. Esse atendimento especializado promove a acessibilidade na prática de atendimento aos alunos. Dentre tantos fatores relevantes, temos: a introdução e formação de alunos na utilização de recursos de tecnológica, o ensino da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), o código BRAILLE, material pedagógico adaptado e acessível, recurso de acessibilidade e mobilidade, a adaptação no uso do computador, entre outros.
Nesse contexto, as funções do Atendimento Educacional Especializado está o apoio ao desenvolvimento do aluno com deficiência, transtorno global de desenvolvimento e altas habilidades. Esse atendimento disponibiliza o ensino de códigos específicos de comunicação, sinalização e linguagem. Além disso, produz e adéqua materiais didáticos pedagógico, observando para tanto as necessidades especificas de cada educando. Além, oportunizar a ampliação e suplementação curricular para alunos com altas habilidades. A proposta do AEE é articulada com as demandas da escola comum, embora suas atividades sejam diferentes das atividades feitas em sala de aula das escolas do ensino regular.
Além disso, o atendimento acontece no contra turno das aulas que os alunos frequentam, e é feito preferencialmente na própria escola do aluno e em salas de recursos multifuncionais, assim oferecendo acesso mais fácil ao educando. É importante ressaltar o eficiente trabalho dos profissionais especializados, no qual promovem uma educação de qualidade, para tanto é necessária uma equipe especializada, dentre estes profissionais estão professores especializados, pedagogos e Psicopedagogodesenvolvendo trabalhos com programas que incluam e favoreçam o aprendizado desses alunos com deficiência e necessidades especiais, assim adaptando, ampliando e suplementando o programa curricular. De acordo com Resolução nº4, AEE deve ser
Realizado, prioritariamente, na sala de recursos multifuncionais da própria escola ou em outra escola de ensino regular, no turno inverso da escolarização, não sendo substitutivo às classes comuns, podendo ser realizado, também, em centro de Atendimento Educacional Especializado da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com a Secretaria de Educação ou órgão equivalente dos Estados, Distrito Federal ou dos Municípios. (BRASIL, 2009, Art.5, p.2).
Diante disso, o Atendimento Educacional Especializado é de oferta obrigatória nas redes regulares de ensino, assim sendo disponibilizado ao aluno e cabendo aos pais ou responsáveis de forma opcional a matrículas desses alunos.
3. TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO E ALTAS HABILIDADES E SUPERDOTAÇÃO
Na educação especial e no Atendimento Educacional Especializado são trabalhos diversas necessidades dos alunos como o TGD e as altas habilidade e superdotação dos alunos. Esses trabalhos visam promover os alunos, possibilitando uma vida mais autônoma e independente. 
O Transtorno Global do Desenvolvimento, ou, TGD são distúrbios que ocorrem geralmente nas interações sociais é e comum se manifestar nos primeiros anos de vida da criança. Esse transtorno tem por características padrões de comportamento repetitivos, comunicação estereotipada e a fixação nas mesmas atividades e interesses. Nesse contexto as relações e interações sociais das crianças com transtorno global do desenvolvimento acontecem com dificuldade, pois essas crianças matem geralmente isoladas e quando iniciam uma conversa dificilmente matem essa conversa. Além disso, a grande maioria dessas crianças evita o contato visual, preferem brincar isoladamente. Nesse sentido, as mudanças de humor são constantes, pode usar comunicação verbal no qual a criança repete a fala dos outros, essa comunicação também pode ocorrer e por gestos.
Sabe-se que O Transtorno Global do Desenvolvimento não diz respeito apenas ao autismo. Dentre vários transtornos que afetam o desenvolvimento das crianças estão: Autismo, Síndrome de Rett, Transtorno ou Síndrome de Asperger, Transtorno Desintegrativo da Infância e o Transtorno Global do Desenvolvimento sem outra especificação.
Cabe dizer que é de extrema importância o trabalho do psicopedagogo diante dessas necessidades especiais e deficiências, pois o profissional procura entender o processo de aprendizado humano, a fim de incluir o aluno nessa comunidade escolar cada vez mais diversificada. 
Os alunos com transtornos de desenvolvimento têm comportamentos diversos e precisam de atenção, principalmente nas áreas de interação social e comunicação. Nesse sentido, a atuação da Psicopedagogia importante, pois essa busca entender os processos de aprendizagem e procura meios para incluir esse aluno nos momentos do cotidiano escolar. Assim, estabelecer rotinas em grupo nas escolas com alunos da mesma faixa etária, estabelecer regras para todo o grupo e orientar professores na elaboração de atividades que incluam todos os alunos na sala de aula. 
Assim, o Atendimento Educacional Especializado ajuda no processo de ensino- aprendizagem do aluno. Esse atendimento procura ajustar as atividades sempre que necessário, orientar professores na identificação de potenciais dos alunos, em ações positivas, na estimulação da autonomia e busca a confiança do aluno. Assim, desenvolver o aprendizado desses alunos de forma plena.
As Altas Habilidades E Superdotação, faz parte da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) concebe como público da educação especial alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Nesse sentido, a educação inclusiva defende o direito de escolarização como direito de todos. Cabe ressaltar os alunos heterogêneos que ingressam na escola, assim para esses alunos são disponibilizados recursos e serviços orientados para sua efetiva participação na aprendizagem escolar e esse atendimento deve ocorrer de forma complementar ou suplementar na rede regular de ensino. 
Segundo o Ministério de Educação, os alunos com altas habilidades/superdotação são aquelas que demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, combinadas ou isoladas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes; também apresenta elevada criatividade, grande envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse (MEC, 2008). Dessa forma, podemos identificar as seguintes características nos superdotados escolares: aprender com rapidez, apresentar bom vocabulário, necessitar pouca repetição do conteúdo escolar, apresentar longos períodos de concentração, ser perseverante, apresentar excelente raciocínio verbal e/ ou numérico, ler por prazer, gostar de livros técnicos/ profissionais, ser consumidor de conhecimento, tender a agradar aos professores, tender a gostar do ambiente escolar, gostar de fazer perguntas, ter boa memória tirar boas notas na escola.
Sabe-se que a maioria dessas crianças apresentam formas diferentes no desenvolvimento intelectual, emocional, cognitivo e psicomotor. Dessa forma, se torna importante o papel do psicopedagogo juntamente com professores e a equipe escolar no desenvolvimento de atividade especifica para essas crianças, assim para o progresso da aprendizagem do aluno. Para tanto, é necessário conhecer os interesses desses alunos, as necessidades cognitivas, afetivas e sociais, a fim de oferecer várias vivências e oportunidades dentro e fora do contexto escolar. 
Nesse sentido, a formação e a capacitação da equipe escolar ajudam a identificar e atender esses alunos, na aplicação de estratégias e técnicas de ensino para completar ou suplementar, a diferenciação e o enriquecimento no curricular. Assim, propõem o acompanhamento dos pais, professores, alunos e comunidade escolar, a participar efetivamente na construção de uma educação inclusiva e de qualidade, cumprindo a legislação brasileira pautada no direito de igualdade e oportunidade para todos. Vale lembrar a definição, do MEC que apresentou um documento em 1995, “Subsídios para Organização e Funcionamento de Serviços de Educação Especial”, que trata dos mecanismos necessários para identificação possível de altas habilidades, que apresentou: Observação do comportamento, testes Psicométricos, escalas de características, questionários, entrevistas com família e professores.
Portanto, o atendimento educacional especializado para educandos com habilidades/superdotação, visa oportunizar e ampliar o atendimento para desenvolvimento pleno do aluno. Além disso, desenvolve as potencialidades dos mesmos na construção do seu próprio conhecimento no seu ritmo. Segundo Delou (2007 pág. 27) 
No que concerne à temática especificamente abordada no presente artigo alta habilidade/superdotação, este parece ser um assunto ainda periférico na agenda educacional brasileira. Isto porque são raros os programas voltados exclusivamente para este público, embora seja inegável o ganho real alcançado com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9394/96) quanto ao reconhecimento das necessidades educacionais especiais, atendimento educacional especializado e a aceleração dos estudos para concluir em menor tempo os cursos realizados no âmbito da Educação Básica e Superior.
 
As escolas e os profissionais da educação especial trabalham diferencialmente, assim, possibilitando ao aluno o direito de desenvolver seu talento dentro do ambiente escolar e em suas especialidades, oportunizando nas salas do AEE, um aprendizado adequado e eficiente para o desenvolvimento do aluno.
 Fundamental nos programas de atendimento a alunos superdotados é permitir sua autorrealização, através de educação individualizada.Igualmente importante é possibilitar que esses alunos cheguem a idade adulta capazes de desempenhar o papel, na sociedade, escolhido por eles, com autonomia cognitiva e moral. (GAMA, 2006, pág. 89)
Dessa forma, os ensinamentos e programas de atendimentos aos educandos da educação especial devem ser contínuos e feito por profissionais da educação especial, pois esses mediadores buscam adaptar da melhor forma as atividades desses discentes para que possam desenvolver e progredir nos estudos.
4. A IMPORTÂNCIA DAS SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS PARA O APRENDIZADOS DOS ALUNOS ESPECIAIS
As Salas de Recursos Multifuncionais, são importantíssimas para o desenvolvimento e aprendizado dos alunos com necessidades especiais. Esses espaços físicos nas escolas atualmente disponibilizam e confeccionam material didático e mobiliário de forma pedagógica para possibilitar o acesso e aprendizado mais completo aos educandos alvos da Educação Especial e que precisam do atendimento do AEE. Esses espaços são chamados de Sala de Recursos Multifuncionais – SRMF. Nesse contexto, o Atendimento Educacional Especializado a Constituição Federal de 1988 inova, ao trazê-lo como complemento. Isto porque antes desta Lei, o AEE era compreendido como um ensino substituto para assegurar a homogeneidade entre os alunos (KASSAR, 1999; FERREIRA, GUIMARÃES, 2003).
Nesse sentido, o papel pedagógico dos profissionais da educação especial, nesses espaços é de grande relevância, principalmente na organização do material pedagógico a ser usado e das adaptações e da organização do lugar. 
Além disso, a gestão escolar e os professores que atuam nesse processo educacional devem procurar uma formação continuada, para melhor atender esses alunos. Para tanto, os cursos de aperfeiçoamento e de especialização são fundamentais para o sucesso do ensino e aprendizagem do aluno. Segundo o Ministério da Educação/ Secretária de Educação Especial, Brasil, 2006. 
Os alunos com necessidades educacionais especiais têm assegurado na Constituição Federal de 1988, o direito à educação (escolarização) realizada em classes comuns e ao atendimento educacional especializado complementar ou suplementar à escolarização, que deve ser realizado preferencialmente em salas de recursos na escola onde estejam matriculados, em outra escola, ou em centros de atendimento educacional especializado. Esse direito também está assegurado na LDBEN - Lei n°. 9.394/96, no parecer do CNE/CEB n°. 17l 01, na Resolução CNE/CEB n°. 2, de 11 de setembro de 2001, na Lei n°. 10.436/02 e no Decreto n°. 5.626, de 22 de dezembro de 2005. As salas de recursos multifuncionais são espaços da escola onde se realiza o atendimento educacional especializado para alunos com necessidades educacionais especiais, por meio do desenvolvimento de estratégias de aprendizagem, centradas em um novo fazer pedagógico que favoreça a construção de conhecimentos pelos
alunos, subsidiando-os para que desenvolvam o currículo e participem da vida escolar. P.13
Vale lembrar que o atendimento educacional especial, os profissionais da educação especial como os professores ou pedagogos buscaram junto com a família e aluno, identificar as barreiras que existem no ambiente escolar que limita ou impede a participação integral do aluno na aprendizagem escolar. Dessa maneira, detectado o problema e as habilidades do aluno, o profissional buscará meios, estratégias e recursos pedagógicos diversos, que auxiliarão e o promoverão na participação nesse ambiente de forma efetiva na comunicação, nas relações e nas atividades nos diversos espaços escolares. Para tanto, a Sala de Recurso Multifuncional é um local propício para desenvolver as capacidades e habilidades dos alunos com necessidades especiais. Além disso, as utilizações ferramentas das tecnologias assertiva visa o desenvolvimento da autonomia do aluno. 
Dessa forma, essas salas têm como objetivo possibilitar a melhora e o aproveitamento na aprendizagem do aluno, por meio de material produzido e adaptados conforme a necessidade desse aluno, assim facilitando a autonomia, o acesso e a permanecia do educando na escola e uma melhor qualidade de vida. De acordo com o Ministério da Educação/ Secretária de Educação Especial, Brasil, 2006. 
Incluem-se, nesses grupos, alunos que enfrentam limitações no processo de aprendizagem devido a condições, distúrbios, disfunções ou deficiências, tais como, autismo, hiperatividade, déficit de atenção, dislexia, deficiência física, paralisia cerebral e outros. Esses alunos que, muitas vezes, não têm encontrado respostas às suas necessidades educacionais especiais no sistema de ensino, poderão ser beneficiados com os recursos de acessibilidade por meio de ajudas técnicas e de tecnologias assistidas, utilização de linguagens e códigos aplicáveis e pela abordagem pedagógica que possibilite seu acesso ao currículo. P.1
Diante do exposto, a tecnologia assistida possibilita a ampliação das habilidades funcionais das pessoas com deficiência e promove no cotidiano uma vida mais independente e inclusiva. Assim, valorizando as potencialidades humanas e uma positiva expectativa aos alunos na qualidade de vida.
5. A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
É notório que um dos papeis fundamentais dos professores na Educação Especial é a buscar constantemente o conhecimento e as formas mais acessíveis a aprendizagem e o desenvolvimento dos discentes com necessidades especiais. Nesse caso, a atuação e formação do educador nas da sala de recursos multifuncionais é o grande diferencial na educação e desenvolvimento desse aluno. Nesse sentido, o professor deve ser graduados ou ter cursos de pós-graduação ou formação continuada, as quais possibilitem a atuação dos profissionais da educação nesses espaços da educação especial e no atendimento desses educandos com necessidades especiais.
A formação do professor deve ser um processo contínuo, que perpassa sua prática com os alunos, a partir do trabalho transdisciplinar com uma equipe permanente de apoio. É fundamental considerar e valorizar o saber de todos os profissionais da educação no processo de inclusão. Não se trata apenas de incluir um aluno, mas de repensar os contornos da escola e a que tipo de Educação estes profissionais têm se dedicado. Trata-se de desencadear um processo coletivo que busque compreender os motivos pelos quais muitas crianças e adolescentes também não conseguem encontrar um “lugar” na escola. (BRASIL, 2005, p.21).
Vale mencionar, que o profissional da Educação Especial deve desenvolver conhecimentos nas seguintes áreas da formação humana: Sistema de Braile, Ensino da Língua Brasileira de Sinais- Libras, Ensino de Língua Portuguesa para Surdos, Atividades Cognitivas Diárias, Enriquecimento Curricular, Comunicação Aumentativa e Alternativa, Orientação e Mobilidade, Soroban entre outras. Assim, para o melhor desenvolvimento e conhecimento do trabalho. Segundo o Ministério da Educação/ Secretária de Educação Especial, Brasil, 2006. A atuação do profissional deve pautar-se:
• atuar, como docente, nas atividades de complementação ou suplementação curricular específica que constituem o atendimento educacional especializado dos alunos com necessidades educacionais especiais; 
• atuar de forma colaborativa com o professor da classe comum para a definição de estratégias pedagógicas que favoreçam o acesso do aluno com necessidades educacionais especiais ao currículo e a sua interação no grupo; 
• promover as condições para a inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais em todas as atividades da escola;
 • orientar as famílias para o seu envolvimento e a sua participação no processo educacional; 
• informar a comunidade escolar acerca da legislação e normas educacionais vigentes que asseguram a inclusão educacional;
 • participar do processo de identificação e tomada de decisões acerca do atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos;
 • preparar material específico para uso dos alunos na sala de recursos; 
• orientar a elaboração demateriais didático-pedagógicos que possam ser utilizados pelos alunos nas classes comuns do ensino regular; 
• indicar e orientar o uso de equipamentos e materiais específicos e de outros recursos existentes na família e na comunidade;
 • articular, com gestores e professores, para que o projeto pedagógico da instituição de ensino se organize coletivamente numa perspectiva de educação inclusiva. p.17
É suma importância a participação da família no processo educacional e desenvolvimento dos alunos, pois esse trabalho deve ser colaborativo, no qual envolva toda comunidade escolar. 
Portanto, o papel do profissional de especialização em educação especial torna-se importante na orientação e elaboração de materiais didáticos e pedagógicos, assim facilitando a participação e compreensão do processo que envolve a família, o aluno, os professores e a comunidade escolar nas várias atividades cotidianas. Assim, buscando a qualidade educacional necessária para o aluno e desenvolvendo-o nas mais variadas situações do dia a dia, no qual, promovera uma maior autonomia do educando.
6. CONCLUSÃO
A intenção deste artigo é elucidar a importância dos professores da Educação Especial, principalmente sua atuação nas Salas de Recursos Multifuncionais, ou seja, nas salas onde funcionam o Atendimento Educacional Especializado (AEE), de alunos com várias necessidades especiais. 
 Sabe-se que a constante busca de um atendimento de qualidade e inclusivo nas escolas das redes públicas e nos espaços que atendem esses profissionais da educação. É importante mencionar que o trabalho feito por esses profissionais especializados, principalmente no que diz respeito à inserção de professores, pedagogo e psicopedagogos nessas salas adaptadas que se torna cada vez mais necessário para o desenvolvimento humano, social e político dos educandos. Além disso, a importância da participação da família e da comunidade escolar nesses espaços, ambos atuando de forma colaborativa, em busca de uma educação de qualidade e igualitária para todos os cidadãos nas redes púbicas de ensino, nas várias modalidades da educação.
Portanto, dentre as funções do professor de Educação Especial e os espaços que atendem discentes da educação especial, o AEE são fundamentais na intervenção, na adaptação, na mediação, e nos estudos da construção e reconstrução do saber humano, na autonomia e independência desses alunos. Assim, atuar na área educação especial nas escolas públicas, promovendo a qualidade e o atendimento ao aluno com necessidades especiais, busca a superação dos problemas encontrados. 
7. REFERÊNCIAS
 ANDRADE, M. S. Rumos e diretrizes dos cursos de Psicopedagogia: análise crítica do surgimento da Psicopedagogia na América Latina. Cadernos de Psicopedagogia, v.3, n. 6, 70-71, jun. 2004. AXLINE, Virgínia M. Ludoterapia: a dinâmica do interior da criança. 2 ed. Belo Horizonte: Interlivros, 1984. 
BIANCHETTI, Lucídio. Aspectos Históricos da Educação Especial. Revista Brasileira de Educação Especial. Vol. 03, 1995.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União de 23 de dezembro de 1996.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Decreto Nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei Nº 10.436, de 24 de abril de 2002.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 8.068 de 13 julho de 1990. (Ementa). Diário Oficial da União de 13 de julho de 1990.
CURY, V. E. Psicoterapia Centrada na Pessoa: Evolução das Formulações sobre a Relação Terapeuta-Cliente. Dissertação (Mestrado) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 1987. 
DECLARAÇÃO de Salamanca e Linha de Ação sobre Necessidades Educativas Especiais. (1994, Salamanca). Brasília: CORDE, 1997.
FERREIRA, Júlio Romero. A exclusão da diferença: a educação do portador de deficiência. Piracicaba: Unimep, 1993.
Acesso em 08/10/2020: http://www.oneesp.ufscar.br/orientacoes_srm_2006.pdf. O Ministério da Educação/ Secretária de Educação Especial, Brasil, 2006

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