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Cidade Ano NOMES DOS ALUNOS SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO CIENCIAS CONTABEIS - BACHARELADO CONSULTORIA EMPRESARIAL Cidade Ano CONSULTORIA EMPRESARIAL Trabalho apresentado ao Curso Bacharel em Ciências Contábeis da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná. Orientador: Prof. Valdeci da Silva Araújo Profa. Vanessa Vilela Berbel Prof. Alcides José da Costa Filho Prof. Antonio Ricardo Catanio Profa. Carla Patrícia Rodrigues Ramos. Tutor eletrônico: Isaac Martins Vieira Tutor de sala: Zenith Cristine Dutra Florentino NOMES DOS ALUNOS SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3 2 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................ 4 2.1 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO...........................................................................4 2.2 DIREITO TRIBUTÁRIO..................................................................................................9 2.3 CONTROLADORIA..............................................................................................10 2.4 AUDITORIA E PERÍCIA......................................................................................12 3 CONCLUSÃO.........................................................................................................16 4 REFERÊNCIAS.......................................................................................................17 3 1 INTRODUÇÃO O portfólio pretende desenvolver uma análise sobre os eixos de negócio que os investidores Jose Carlos e Robert Wilson pretendem efetuar. Os mesmos possuem um capital para investimento estimado em R$ 1.000.000,00, (um milhão de reais), e pretendem investir em uma empresa no ramo de transporte de passageiros municipal e interestadual, com o objetivo específico a prestação de serviços para órgãos públicos, razão pela qual deverão participar de processo licitatório para efetivação dos contratos de prestação de serviços de transporte. Para a empresa que objetivam iniciar e sobre a possibilidade de celebração de contrato e de rendimento, verificaram que o edital referente ao processo licitatório a qual pretendem participar, prevê em uma de suas cláusulas de contrato que a remuneração máxima a ser celebrado será de R$ 420.000,00 (quatrocentos e vinte mil reais), e, por conseguinte o faturamento mensal da empresa acabará sendo de R$ 420.000,00. Diante dos fatos, serão analisadas as possibilidades tributárias desta futura organização, sendo ela localizada na Cidade de Muriaé – MG, apresentando o esboço do planejamento e assessoramento explicando conceitos administrativos para os investidores Jose Carlos e Robert Wilson. 4 2 DESENVOLVIMENTO Atualmente, o principal desafio que as empresas enfrentam está relacionado à elevação dos custos e a alta complexidade do nosso sistema tributário. Trabalhar e conhecer o planejamento tributário estratégico da empresa é um dos diferenciais que podem resultar em redução da carga tributária ou, até mesmo, garantir a sua sobrevivência. Passou a ser essencial gerir tributos de forma eficaz. 2.1 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Um dos passos mais importantes para o sucesso de uma empresa é a escolha do regime tributário. É muito importante ser feita a escolha de maneira correta, uma vez que essa opção será definitiva durante todo o ano calendário tendo como principal consequência o aumento da carga tributária. O regime tributário é caracterizado como um conjunto de leis que consegue reger e indicar os tributos que devem ser pagos aos governos. O planejamento tributário serve para reduzir, adiar ou anular, dentro dos meios legais, o ônus fiscal. Em decorrência do complexo e oneroso sistema tributário brasileiro, fazer uso destas técnicas é, para muitas empresas, uma forma de sobreviver no mercado, operando com preços passíveis de competição. Uma das funções mais importantes do contador é o cálculo de tributos. Num país altamente burocrático como o Brasil, esse papel é fundamental para evitar multas e juros exorbitantes, que podem minar o fluxo de caixa e levar o empreendimento à bancarrota. Além do Imposto de Renda (IR), ele calculará outros tributos como o Imposto sobre Produtos Industrializados (o famoso IPI), o INSS (Imposto Nacional do Seguro Social), o PIS (Programa de Integração Social), o COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), o IOS (Imposto sobre Operações Financeiras/Seguros), o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), entre outros. Existe três tipos de regime de tributação: Simples Nacional, Lucro Presumido e lucro Real. 5 SIMPLES NACIONAL: Pode ser a melhor opção para muitas empresas, pois apresenta alíquotas mais baixas e inúmeros benefícios. Esse regime apresenta alíquotas reduzidas, pois há a união de oito impostos e contribuições: PIS, COFINS, IPI, ICMS, CSLL, ISS, imposto de renda de pessoa jurídica, e em alguns casos INSS patronal. Tem também a facilidade de pagamento, pois existe uma única guia de pagamento; concede ás empresas oportunidade de formar SPE – sociedade de propósito específica e participar de compras e vendas de forma conjunta, com obtenção de descontos e aquisição de mercado; possibilidade de tributar com o uso do regime de caixa; participação nas licitações, as empresas de pequeno porte e microempresas, através do decreto 6. 204/2007 participam das licitações públicas de forma favorecida, diferenciada e simplificada; na justiça do trabalho, as empresas optantes pelo simples nacional podem ter seus representados por terceiros, desde que conheçam os fatos. Essa determinação surgiu pelo motivo de que o microempresário nem sempre pode deixar seu estabelecimento sozinho para que se apresente na justiça do trabalho; As empresas optantes pelo simples têm direitos garantidos na lei, com regras que favorecem o pequeno empresário em protesto de títulos, com facilidades de pagamentos; podem também ser proponentes de ação no juizado especial; para dar baixa na empresa, basta que a microempresa ou empresa de pequeno porte, esteja até três anos sem movimento, independendo do pagamento de taxas, multas ou débitos tributários; estão também isentas da apresentação de documentos como: a DCTF – declaração de débitos e créditos de tributos federais e do DACON – demonstrativo de apuração das contribuições federais. Algumas empresas não podem fazer a opção pelo simples nacional pelo tipo de atividade que exercem, empresas também que o capital é constituído na maior ou menor parte por outras pessoas jurídicas, e empresas onde o dirigente ou sócio participe de outra empresa que tenha fins lucrativos, desde que a renda mensal bruta ultrapasse o limite aceito pelo regime tributário. De acordo com a Secretaria da Receita Federal Brasileira, o Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional) é um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido previsto na Lei Complementar n° 123, de 14/12/2006, aplicável às Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte, a partir de 01/07/2007, destinado as empresas com receita bruta anual de até R$ 3.600.000,00. 6 LUCRO PRESUMIDO: É uma fórmula de tributação simplificada para determinar a base de cálculo do imposto de renda pessoa jurídica e da CSLL contribuição social sobre o lucro líquido. Ela pode ser adotadapor empresas que não estiverem obrigadas a adotar o regime do lucro real para o ano calendário em questão. A partir de 2003, a pessoa jurídica cuja receita bruta total, no ano- calendário anterior, tenha sido igual ou inferior a R$ 48.000.000,00 ou a R$ 4.000.000,00 multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a doze meses, poderá optar por este regime de tributação. No regime do lucro presumido são quatro os tipos de impostos federais incidentes sobre o faturamento, que devem ser recolhidos pelo DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais), dentre eles o PIS e a COFINS, que devem ser apurados mensalmente, e o IRPJ e a CSLL cuja apuração deverá ser feita trimestralmente, caso optado. As margens presumidas são basicamente, de 8% para as atividades de cunho comercial e de 32% para a prestação de serviço. Apesar de ficar dispensado do lucro efetivamente auferido exceto o proveniente de algumas situações específicas como os ganhos com aplicações financeiras o grande risco do modelo de lucro presumido é a possibilidade de uma empresa pagar mais imposto que deve, caso as margens de lucro efetivas forem menores do que a estabelecida pela legislação. Os pagamentos das alíquotas são de 3,65% sobre o faturamento e não geram abatimentos de crédito. LUCRO REAL: É o regime tributário em que a tributação é calculada sobre o lucro liquido do período de apuração, considerando valores a adicionar ou descontar conforme as compensações permitidas pela lei. Assim, antes de afirmar qual foi a lucratividade real, é preciso verificar o lucro liquido de cada ano ou período conforme a legislação. Para apuração desse valor a empresa terá que saber exatamente qual foi o lucro auferido para realizar a base de cálculo do IRPJ a d CSLL. Dessa forma, os encargos irão diminuir ou aumentar de acordo com a apuração, sendo que, se forem computados prejuízos durante o ano, a empresa fica dispensada do pagamento. Os impostos Federais incidentes nas empresas que apuram o Lucro Real são basicamente os mesmos do Lucro Presumido: PIS, COFINS, IRPJ e CSLL, sendo também os dois primeiros apurados mensalmente sobre o faturamento e os dois últimos anualmente ou trimestralmente, tendo como base o Lucro Líquido contábil, ajustado pelas adições, exclusões e compensações permitidas ou autorizadas pelo Regulamento do Imposto de Renda. No lucro real não é cumulativo 7 para o PIS e o COFINS, apesar da alíquota dessas contribuições serem superior ao lucro presumido 9,25% sobre faturamento, aqui existe as possibilidade de descontar créditos com base em alguns fatores como o montante da depreciação dos ativos, o consumo de energia elétrica, dentre outros. No lucro real, a empresa fica obrigada a apresentar á Receita Federal alguns registros específicos do sistema contábil e financeiro. A contabilidade da empresa deve sempre estar em dia e ainda deve possuir bons sistemas de informação para evitar erros na prestação de conta, por exemplo, por meio de arquivos eletrônicos, como o SPED. Uma empresa não pode simplesmente querer optar pelo Lucro Real, ela deve estar pronta para esse perfil tributário, pois o custo dessa falha pode ser maior do que a economia teoricamente gerada. Lembrando que, não há um tipo de regime de tributação que seja mais benéfico para a totalidade das empresas. Cada pessoa jurídica deve considerar suas particularidades, para conseguir mais econômica de tributação. Uma vez formalizada a opção perante a Receita Federal, esta é irretratável durante todo o ano-calendário. De acordo com as informações dos investidores, Jose Carlos e Robert Wilson sobre o investimento e valor do faturamento mensal, o planejamento tributário poderá ficar da seguinte forma: SIMPLES NACIONAL Receita Bruta Mensal (limite de 200 mil + 20%) R$ 420.000,00 Em 12 meses R$ 5.040.000,00 Custo do Serviço: 58,0% R$ 243.600,00 Folha salarial: 3,0% R$ 12.600,00 Despesas diversas: 3,0% R$ 12.600,00 Encargos Fiscais Alíquota de 17,42% R$ 73.164,00 Lucro - Simples R$ 78.036,00 Carga Tributária - Lucro Real R$ 69.020,15 Carga Tributária-Lucro Presumido R$ 70.114,00 Carga Tributária- Simples R$ 85.764,00 Lucro Presumido R$ 92.526,00 Lucro Real R$ 82.179,85 8 LUCRO REAL LUCRO PRESUMIDO Receita Bruta R$ 420.000,00 Receita Bruta R$ 420.000,00 ISS de 4% R$ 16.128,00 ISS de 4% R$ 16.128,00 PIS de 0,65% R$ 2.730,00 PIS de 0,65% R$ 2.730,00 Cofins de 3% R$ 12.600,00 Cofins de 3% R$ 12.600,00 Receita Líquida R$ 388.542,00 Receita Líquida R$ 388.542,00 Custo do Serviço = 58,0% R$ 243.600,00 Custo do Serviço = 58,0% R$ 243.600,00 Margem Bruta R$ 144.942,00 Resultado operacional R$ 144.942,00 Folha salarial = 3,0% R$ 12.600,00 Folha salarial = 3,0% R$ 12.600,00 Encargos sociais = 20,0% R$ 2.520,00 Encargos sociais = 20,0% R$ 2.520,00 Despesas diversas = 3,0% R$ 12.600,00 Despesas diversas = 3,0% R$ 12.600,00 Lucro Líquido R$ 117.222,00 Lucro Líquido R$ 117.222,00 CSLL de 9% R$ 10.549,98 Base de cálculo do Lucro Presumido CSLL LALUR Serviços > 12% R$ 50.400,00 IR de 15% R$ 17.583,30 Alíquota da CSLL de 9% R$ 4.536,00 R$ 89.088,72 Base de cálculo do Lucro Presumido IR Adicional de IR se > 20 mil reais 10% R$ 6.908,87 Serviços > 32% R$ 134.400,00 LUCRO REAL R$ 82.179,85 Alíquota do IR de 15% R$ 20.160,00 Adicional de IR se > 20 mil reais 10% R$ 11.440,00 Carga Tributária - Lucro Real R$ 69.020,15 Lucro Presumido R$ 92.526,00 Carga Tributária - Lucro Presumido R$ 70.114,00 Carga Tributária- Simples R$ 85.764,00 Carga Tributária - Lucro Real R$ 69.020,15 Carga Tributária - Lucro Presumido R$ 70.114,00 Lucro Presumido R$ 92.526,00 Carga Tributária- Simples R$ 85.764,00 Lucro no Simples R$ 78.036,00 Lucro Real R$ 82.179,85 Lucro no Simples R$ 78.036,00 De acordo os demonstrativos de faturamento mensal, com seus tributos e lucro final, chegamos a conclusão que a empresa seria uma empresa de sociedade limitada, optante pelo lucro presumido. 9 2.2 DIREITO TRIBUTÁRIO A empresa que atua na área de transportes de passageiros municipal e interestadual está sujeita a cobrança de ICMS e ISS. Mas para ser avaliada a tributação é preciso saber a localidade e como será prestado o serviço, pois a operação a ser tributada pelo ser pelo Estado ou pelo Município. O ISS a ser recolhido deve ser calculado de acordo com as regras determinadas pelo município onde for realizado o transporte. De acordo com o que determina o art. 12, II, da Lei complementar 87/96 o ICMS incide sobre as prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores. Desta maneira o ICMS é devido aos estados e incide quando o serviço de transporte iniciar em um município e terminar em outro município, iniciar em um estado e terminar em outro, iniciar fora do Brasil e ocorrer um trecho intermunicipal ou interestadual no Brasil. O ICMS incidente sobre o serviço de transporte é devido ao estado onde for iniciada a prestação de serviço, exceto nos casos onde se inicia o transporte fora do Brasil, neste caso o valor do ICMS será devido ao Estado onde o transporte for concluído. Sendo assim quando o transporte iniciar em um município e terminar no mesmo município será devido o valor de ISS ao município onde foi realizado o transporte. O enquadramento da empresa no Simples Nacional não poderá ser efeituado já que a estimativa de faturamento anual é de R$5.040.000,00. O simples Nacional só enquadra Microempresa com faturamento no valor igual ou inferior a R$360.000,00 ou Empresa de Pequeno Porte onde o faturamento deve ser superior a R$360.000,00e ser igual ou inferior a R$3.600.000,00. No caso de nosso Município o valor cobrado de ISS pela prefeitura é de 3% sobre o valor do serviço. No Estado de Minas Gerais o valor cobrado de ICMS depende para qual estado será realizado o transporte. EX: Muriaé para outra cidade de Minas o valor cobrado é de 18%, transporte de Minas Gerais para o Rio de Janeiro 12%, Minas Gerais para São Paulo 12%. 10 2.3 CONTROLADORIA Criada no exterior e trazida ao Brasil pelas grandes corporações norte- americanas, a controladoria é um órgão administrativo importante para a sobrevivência e crescimento das empresas. A controladoria surge como alternativa para modelar as informações destinadas aos gestores, podendo ser considerada como uma evolução da Contabilidade Gerencial tradicional que está mais voltada ao tratamento de eventos passados, não atendendo plenamente as necessidades gerenciais. O contador que trabalha na área de controladoria auxilia os administradores em suas decisões, oferecendo informações de controle financeiro, fiscal e até de performance, baseados nos planos do empreendimento. Ele ajuda a definir padrões de controle, apontando a existência de algum desvio não planejado e, então, sugere possíveis caminhos e soluções aos gestores do negócio. A controladoria é um papel gerencial que precisa ser desenvolvida por um profissional contábil capacitado e com um conhecimento amplo. A busca contínua por atualização e por novas soluções são apenas o começo de um caminho para quem pretende seguir neste mercado. As funções da controladoria podem contribuir para otimização de resultados garantindo informações adequadas ao processo decisório, colaborando com os gestores na busca eficácia gerencial. É função da controladoria, proporcionar um ambiente que garanta perfeitas condições para a efetivação do processo decisório, que consiste em planejar, por em prática as ações, gerar informações, acompanhar e controlar as atividades da organização. É seu dever assegurar a continuidade da empresa, fornecendo informações para o processo decisório, direcionando os esforços para a otimização dos resultados. Ela proporciona uma visão geral dos recursos na organização de forma a facilitar a verificação do cumprimento das metas estabelecidas A informação é o principal alimento que proporciona a interação entre as diversas áreas das organizações, mas para que ela interfira positivamente na qualidade das decisões tomadas, atendendo a expectativa, deve ser útil e bem transmitida. É a adoção de profissionais capacitados na gestão que podem minimizar os riscos empresariais, e garantir bons resultados. Nas gestões modernas é essencial aferir o desempenho dos processos da organização por meio de medidas não 11 financeiras, apesar de estarem atreladas ao desempenho financeiro, visto que as práticas que garantiram bons resultados no passado podem não ser mais suficientes. Assim, as empresas podem orientar seus investimentos e suas ações para seu crescimento e sobrevivência no longo prazo, melhorando sua gestão de forma contínua. A controladoria foi estruturada em dois segmentos: Planejamento/controle que se ocupa da gestão organizacional e contábil/fiscal que realiza as atividades comuns da contabilidade, conforme a figura. Nesse contexto, a controladoria garante informa relevantes aos usuários internos e externos, promovendo eficácia no processo de tomada de decisões. 12 2.4 AUDITORIA E PERÍCIA A auditoria fiscal tem por objetivo garantir que todas as obrigações tributárias da empresa estão sendo cumpridas de acordo com a legislação. Ela é elemento crucial da auditoria contábil, que analisa e avalia não apenas os aspectos fiscais, mas todos os itens relativos à gestão administrativa de uma empresa. É um procedimento realizado por especialistas, em que ocorre uma profunda análise do cumprimento das obrigações tributárias pelos contribuintes, procurando dar a eles uma solução para que realizem esse processo com maior qualidade e segurança. Diante da complexa legislação tributária de nosso país, é fundamental que os profissionais responsáveis pelas empresas estejam atentos a qualquer movimentação. Alterações nas leis sobre tributos são comuns e, frequentemente, causam impactos pesados nas empresas. Isso quando não pegam os gestores de surpresa, obrigando-os a adequarem-se a prazos e adotarem procedimentos novos, muitas vezes, sem a devida informação. Por isso, é preciso ter um controle sobre a situação, tanto no que diz respeito à atualização quanto à arrecadação dos tributos para evitar problemas com o Fisco. A Auditoria Fiscal é feita através da realização de inspeções físicas dos bens e da documentação que suporta as operações e transações efetuadas; da averiguação das funções, competências e responsabilidades atribuídas; da recolha de documentos internas ou externas necessárias à emissão do parecer pelo auditor; da análise dos saldos das contas e dos registos contabilísticos, com o fim de averiguar a credibilidade das informações financeiras; da revisão analítica realizada com base nas informações financeiras, destinada a evidenciar a variação entre o exercício a auditar e os exercícios anteriores; da verificação dos cálculos aritméticos e dos valores declarados; da realização de testes destinados a verificar se os procedimentos de controle interno são adequados e permitem detectar irregularidades; e da conciliação dos valores escriturados com informações do setor de atividade da empresa. A Auditoria Fiscal é uma Ferramenta que auxilia a administração da empresa, assegurando que os controles fiscais e rotinas de trabalho estejam sendo habilmente executadas e que os dados contábeis estejam adequadamente de acordo com as normas fiscais e os princípios fundamentais de contabilidade. 13 Para efetuar o trabalho de elaboração da auditoria fiscal, é necessário ter documentos que dão suporte ao bom andamento do trabalho desenvolvido, antes de iniciar a auditoria, solicitando os seguintes documentos, conforme o caso: 1) Notas Fiscais de Entradas de Fornecedores. 1.1) Aquisição de Insumos 1.2) Aquisição de Material Intermediário 1.3) Aquisição Material de Uso e Consumo 1.4) Aquisição de Bens do Ativo Imobilizado 1.5) Aquisição de Material para Revenda 1.6) Entradas em Devolução 1.7) Fatura de Energia Elétrica 1.8) Fatura de Telecomunicações 1.9) Conhecimentos de Transportes Rodoviários e Aéreos 1.10) Entradas para Conserto 1.11) Entradas em Demonstração 1.12) Entradas em Consignação 1.13) Entradas Amostra Grátis 1.14) Outras Entradas 2) Notas Fiscais de Entradas Emitidas pela empresa. 3) Notas Fiscais de saídas. 3.1) Notas Fiscais de Venda (produção, revenda) 3.2) Notas Fiscais de Venda Ambulante 3.3) Notas Fiscais de Transferência 3.4) Notas fiscais de venda de bens do Ativo Imobilizado 3.5) Notas Fiscais de Remessa para Conserto 3.6) Notas Fiscais de Remessa em Demonstração 3.7) Notas Fiscais de Remessa em Consignação 3.8) Notas Fiscais de Venda de Mercadoria para Exportação 3.9) Notas Fiscais de Devolução 3.10) Notas Fiscais de Outras Saídas 3.11) Notas Fiscais de Prestação de Serviços 14 4) Livros Fiscais 4.1) Livro Registro de Entradas 4.2) Livro Registro de Saídas 4.3) Livro Registro de Apuração do ICMS 4.4) Livro Registro de Apuração do IPI 4.5) Livro Registro de Inventário 4.6) Livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências. 4.7) Livro Registro Serviços Prestados 5) Guias de ICMS 5.1) Guia de Informação e Apuração do ICMS – GIA/ICMS 5.2) Guia de Informação das Operações e Prestações Interestaduais - GI 5.3) DFC – declaração Fisco-Contábil 5.4) GUIA Nacional de Informação e Apuração do ICMS substituição tributária - GIA- ST 5.5) Guiasde Recolhimento do ICMS – GR-PR. 5.6) Guias de Recolhimento do ISS O Auditor deve documentar, através de papéis de trabalho, chamados também de documentação de auditoria todos os elementos significativos dos exames realizados e que evidenciam ter sido a auditoria executada de acordo com as normas aplicáveis. Os papéis de trabalho devem ter abrangência e grau de detalhes suficientes para propiciar o entendimento e o suporte da auditoria executada, compreendendo a documentação do planejamento, a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria, bem como o julgamento exercido pelo auditor e as conclusões alcançadas. Os papéis de trabalho devem ser elaborados, organizados e arquivados de forma sistemática e racional. As documentações de auditoria constituem um registro permanente do trabalho efetuado pelo auditor, dos fatos e informações obtidos, bem como das suas conclusões sobre os exames. É com base nos Papéis de Trabalho que o auditor irá relatar suas opiniões, criticas e sugestões. É o registro de procedimentos e auditoria executados, da evidência de auditoria relevante obtida e conclusões alcançadas pelo auditor. Os registros da documentação de auditoria, para cada serviço, compreendem duas seções principais: 15 Arquivo Permanente: Contém informações úteis para um período de anos. Cada seção é parte necessária e integrante dos Papéis de Trabalho referentes a qualquer ano. O Arquivo Permanente deve conter assuntos que forem de interesse para consulta sempre que quiserem dados sobre o sistema, área ou unidade objeto da auditoria. Os materiais geralmente incluídos são: Pontos de pré-auditoria a liquidar, Pontos de pré-auditoria liquidados, organograma da área, Atas de reunião da auditoria, Atas importantes de reunião dos dirigentes locais, memorandos de procedimentos, modelos de impressos e registros importantes, fluxograma, manuais e outros. Arquivo Corrente: Para cada período coberto pela auditoria. Contém informações utilizáveis somente para o trabalho em curso. São incompletos sem os Permanentes, visto que estes contêm trabalhos de auditoria e dados aplicáveis tanto ao ano corrente como a anos anteriores. 16 3 CONCLUSÃO Ao realizarmos o trabalho concluímos através dos demonstrativos de faturamento mensal, com seus respectivos tributos e lucro final que a empresa deve consistir em uma sociedade limitada, optante pelo lucro presumido, analisando os possíveis eixos tributários que os investidores possuíram no ramo de atividade pretendida. Podemos verificar que não existe um modelo ideal que pode ser utilizado para todas as empresas, pois cada uma possui suas particularidades que devem ser consideradas. Empresas do mesmo ramo de negócio podem ter regimes diferentes de acordo com a viabilidade. O estudo para a opção é a forma correta de amenizar a possibilidade de erro ao fazer a opção. Em um país com grande competividade como o Brasil, planejar e se enquadrar na melhor forma de tributação, se torna um diferencial, capaz de trazer a organização à frente das demais. Assim, o contador desempenha um papel muito importante na empresa, também oferecendo um gerenciamento. 17 4 REFERÊNCIAS COLARES, Tiza. Centro de Ensino Superior do Amapá CEAP. Procedimentos de Auditoria. Disponível em:< http://www.ceap.br/material/MAT01042011210807.pdf>. Acesso em: 01 mai 2017. https://www.jornalcontabil.com.br/artigo-qual-o-melhor-regime-de-tributacao-para- uma-empresa/ DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA PARA ELABORAÇÃO DA AUDITORIA FISCAL. Disponível em:<http://www.portaldeauditoria.com.br/sobreauditoria/auditoriadeicms_documenta cao.asp> Acesso em: 22 abr 2017. ESCOLA DE AUDITORIA. Documentação da auditoria interna operacional. Disponível em:<http://auditoriaoperacional.com.br/documentacao-da-auditoria- operacional/>. Acesso em: 07 abr. 2017. MARTINS, E. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2003. RECEITA FEDERAL DO BRASIL.Disponível em:<http://idg.receita.fazenda.gov.br/>. Acesso em: 30 mar 2017. SALIM, Cesar Simões. et al. Construindo planos de negócios. Todos os passos necessários para planejar e desenvolver negócios de sucesso. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 338p. TUNG, Nguyen H. Controladoria financeira das empresas – uma abordagem pratica. 3ª ed. São Paulo: Edições Universidade Empresa Ltda., 1973. ZANLUCA, Júlio César. Planejamento tributário para 2017. Disponível em:< http://www.portaltributario.com.br/planejamento.htm>. Acesso em: 23 mar 2017. https://www.jornalcontabil.com.br/artigo-qual-o-melhor-regime-de-tributacao-para-uma-empresa/ https://www.jornalcontabil.com.br/artigo-qual-o-melhor-regime-de-tributacao-para-uma-empresa/
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