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Cidade Ano NOMES DOS ALUNOS SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO CIÊNCIAS CONTÁBEIS CONSULTORIA EMPRESARIAL: Investidores José Carlos e Robert Wilson Cidade Ano CONSULTORIA EMPRESARIAL: Investidores José Carlos e Robert Wilson Trabalho de Ciências Contábeis apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral. Orientadores: Prof. Valdeci da Silva Araújo; Profa. Isis C. Massi Vicente; Prof. André Juliano Machado; Prof. Antônio Ricardo Catânio, e Profa. Carla Patrícia Rodrigues Ramos. NOMES DOS ALUNOS SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3 2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................4 2.1 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO............................................................................4 2.2 DIREITO TRIBUTÁRIO..........................................................................................8 2.3 CONTROLADORIA................................................................................................9 2.4 AUDITORIA E PERICIA ......................................................................................12 3 CONCLUSÃO.........................................................................................................15 REFERENCIAS .........................................................................................................16 3 1 INTRODUÇÃO Neste trabalho desenvolveremos uma análise sobre os eixos de negócio que os investidores Jose Carlos e Robert Wilson pretendem efeituar. Eles possuem um capital para investimento estimado em R$ 1.000.000,00, (um milhão de reais), e visam investir em uma empresa que atue no ramo de transporte de passageiros municipal e interestadual, cujo o principal intuito será a prestação de serviços para órgãos públicos, razão pela qual deverão participar de processo licitatório para efetivação dos contratos de prestação de serviços de transporte. Para a empresa que objetivam iniciar e sobre a possibilidade de celebração de contrato e de rendimento, verificaram que o edital referente ao processo licitatório a qual pretendem participar, prevê em uma de suas cláusulas de contrato que a remuneração máxima a ser celebrado será de R$ 420.000,00 (quatrocentos e vinte mil reais), e, por conseguinte o faturamento mensal da empresa acabará sendo de R$ 420.000,00. Assim calcularemos quais as possibilidades tributárias desta futura organização, esboçando o planejamento e assessoramento explicando conceitos administrativos para os investidores Jose Carlos e Robert Wilson, observando que esta estará localizada na cidade de Muriaé no estado de Minas Gerais. 4 2 DESENVOLVIMENTO Diante do contexto atual, em especial em decorrência da globalização, as empresas passaram a atuar em um contexto cada vez mais competitivo, sendo os custos tributários altamente relevantes, pois as empresas não se atêm somente aos custos operacionais normais. 2.1 PLANEJAMENTO TRIBUTARIO O planejamento tributário é um conjunto de sistemas legais que visam diminuir o pagamento de tributos. O contribuinte tem o direito de estruturar o seu negócio da maneira que melhor lhe pareça, procurando a diminuição dos custos de seu empreendimento, inclusive dos impostos. Se a forma celebrada é jurídica e lícita, a fazenda pública deve respeitá-la. É sabido que os tributos (impostos, taxas e contribuições) representam importante parcela dos custos das empresas, senão a maior. Com a globalização da economia, tornou-se questão de sobrevivência empresarial a correta administração do ônus tributário. O planejamento tributário pode objetivar três finalidades: evitar a incidência do tributo, reduzir o montante do tributo devido e postergar o momento de sua exigibilidade. Com efeito, o que deve ser observado para realizar um planejamento tributário responsável são os procedimentos contábeis e operacionais da empresa. No caso a empresa estar realizando atos que gerem acréscimo em sua carga tributária, a função dos analistas consiste em estudar e optar pelas alternativas operacionais que, respaldadas em leis, possam desonerar seus encargos. A natureza jurídica da futura organização pode ser: 1. SIMPLES NACIONAL: De acordo com a Secretaria da Receita Federal Brasileira, o Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional) é um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido previsto na Lei Complementar n° 123, de 5 14/12/2006, aplicável às Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte, a partir de 01/07/2007, destinado as empresas com receita bruta anual de até R$ 3.600.000,00. 2. LUCRO PRESUMIDO: O lucro presumido é a forma optativa de tributação simplificada para determinação da base de cálculo do Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL) das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas a apurar o lucro real. A partir de 2003, a pessoa jurídica cuja receita bruta total, no ano- calendário anterior, tenha sido igual ou inferior a R$ 48.000.000,00 ou a R$4.000.000,00 multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a doze meses, poderá optar por este regime de tributação. No regime do lucro presumido são quatro os tipos de impostos federais incidentes sobre o faturamento, que devem ser recolhidos pelo DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais), dentre eles o PIS e a COFINS, que devem ser apurados mensalmente, e o IRPJ e a CSLL cuja apuração deverá ser feita trimestralmente, caso optado. Em princípio, todas as pessoas jurídicas podem optar por este regime de tributação, salvo aquelas obrigadas à apuração do Lucro Real. Contudo, para verificar se esse é o regime mais benéfico, é necessário realizar simulações, pois caso a empresa tenha valores consideráveis de despesas dedutíveis para o IRPJ, é muito provável que o lucro real seja mais econômico. 3. LUCRO REAL: “Lucro Real é o lucro líquido do período, apurado com observância das normas das legislações comercial e societária, ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas pela legislação do Imposto de Renda”. Essa forma de tributação está ao alcance de qualquer empresa, ou seja, todas as empresas independentes de seu ramo de atividade ou do seu porte podem optar pela tributação com base no lucro real, a legislação define apenas as que estão obrigadas a fazerem esta opção, e essas pessoas jurídicas são definidas pelo art. 246 do Decreto 3.000, de 1999. Os impostos Federais incidentes nas empresas que apuram o Lucro Real são basicamente os mesmos do Lucro Presumido: PIS, COFINS, IRPJ e CSLL, sendo também os dois primeiros apurados mensalmente sobre o faturamento e os dois últimos anualmente ou trimestralmente, tendo como base o Lucro Líquido 6 contábil, ajustado pelas adições, exclusões e compensações permitidas ou autorizadas pelo Regulamento do Imposto de Renda. Por fim, é preciso salientar que não há um tipo de regime de tributação que seja mais benéfico para a totalidade das empresas. Cada pessoa jurídica deve considerar suas particularidades, meios de operação, e tipos de atividade que desenvolve, para conseguir vislumbrar a forma mais econômica de tributação, lembrando que uma vez formalizada a opção perante a Receita Federal, esta é irretratável durante todo o ano-calendário. Baseado nas informações dos investidores, Jose Carlos e Robert Wilson sobre o investimentoe valor de faturamento mensal, segue simulação de planejamento tributário. SIMPLES NACIONAL Receita Bruta Mensal (limite de 200 mil + 20%) R$ 420.000,00 Em 12 meses R$ 5.040.000,00 Custo do Serviço = 58,0% R$ 243.600,00 Folha salarial = 3,0% R$ 12.600,00 Despesas diversas = 3,0% R$ 12.600,00 Encargos Fiscais (Anexo III) Alíquota de 17,42% R$ 73.164,00 Lucro - Simples R$ 78.036,00 Carga Tributária - Lucro Real R$ 69.020,15 Carga Tributária-Lucro Presumido R$ 70.114,00 Carga Tributária- Simples R$ 85.764,00 Lucro Presumido R$ 92.526,00 Lucro Real R$ 82.179,85 7 LUCRO REAL LUCRO PRESUMIDO Receita Bruta R$ 420.000,00 Receita Bruta R$ 420.000,00 ISS de 4% R$ 16.128,00 ISS de 4% R$ 16.128,00 PIS de 0,65% R$ 2.730,00 PIS de 0,65% R$ 2.730,00 Cofins de 3% R$ 12.600,00 Cofins de 3% R$ 12.600,00 Receita Líquida R$ 388.542,00 Receita Líquida R$ 388.542,00 Custo do Serviço = 58,0% R$ 243.600,00 Custo do Serviço = 58,0% R$ 243.600,00 Margem Bruta R$ 144.942,00 Resultado operacional R$ 144.942,00 Folha salarial = 3,0% R$ 12.600,00 Folha salarial = 3,0% R$ 12.600,00 Encargos sociais = 20,0% R$ 2.520,00 Encargos sociais = 20,0% R$ 2.520,00 Despesas diversas = 3,0% R$ 12.600,00 Despesas diversas = 3,0% R$ 12.600,00 Lucro Líquido R$ 117.222,00 Lucro Líquido R$ 117.222,00 CSLL de 9% R$ 10.549,98 Base de cálculo do Lucro Presumido CSLL LALUR Serviços > 12% R$ 50.400,00 IR de 15% R$ 17.583,30 Alíquota da CSLL de 9% R$ 4.536,00 R$ 89.088,72 Base de cálculo do Lucro Presumido IR Adicional de IR se > 20 mil reais 10% R$ 6.908,87 Serviços > 32% R$ 134.400,00 LUCRO REAL R$ 82.179,85 Alíquota do IR de 15% R$ 20.160,00 Adicional de IR se > 20 mil reais 10% R$ 11.440,00 Carga Tributária - Lucro Real R$ 69.020,15 Lucro Presumido R$ 92.526,00 Carga Tributária - Lucro Presumido R$ 70.114,00 Carga Tributária- Simples R$ 85.764,00 Carga Tributária - Lucro Real R$ 69.020,15 Carga Tributária - Lucro Presumido R$ 70.114,00 Lucro Presumido R$ 92.526,00 Carga Tributária- Simples R$ 85.764,00 Lucro no Simples R$ 78.036,00 Lucro Real R$ 82.179,85 Lucro no Simples R$ 78.036,00 8 Analisando os demonstrativos de faturamento mensal, com seus respectivos tributos e lucro final a empresa seria uma empresa de sociedade limitada, optante pelo lucro presumido. 2.2 DIREITO TRIBUTARIO Considerando que os tributos impactam significativamente no custo operacional e, por conseguinte influenciam a competitividade, sendo inclusive o lucro a principal função social da empresa, sendo o ISS - Imposto sobre Serviços de competência municipal e o ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, A empresa que atua na área de transportes de passageiros municipal e interestadual, está sujeita a cobrança de ICMS e ISS. Mas para avaliar a tributação é necessário saber onde e como será prestado o serviço, pois a operação pode ser tributada pelo Estado ou pelo Município. Pois de acordo com o que determina o art. 12, II, da Lei complementar 87/96 o ICMS incide sobre as prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores. Desta maneira o ICMS é devido aos estados e incide quando o serviço de transporte iniciar em um município e terminar em outro município, iniciar em um estado e terminar em outro, iniciar fora do Brasil e ocorrer um trecho intermunicipal ou interestadual no Brasil. O ICMS incidente sobre o serviço de transporte é devido ao estado onde for iniciada a prestação de serviço, exceto nos casos onde se inicia o transporte fora do Brasil, neste caso o valor do ICMS será devido ao Estado onde o transporte for concluído. Relativamente ao ISS, o art. 1º, parágrafo 2ª, os serviços da lista anexa à Lei complementar nº 116/03 não ficam sujeitas ao ICMS, ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias. Nesta lista o transporte de natureza municipal sujeita-se ao pagamento de ISS ao Município. 9 Sendo assim quando o transporte iniciar em um município e terminar no mesmo município será devido o valor de ISS ao município onde foi realizado o transporte. No caso de nossa cidade Muriaé MG o valor cobrado de ISS pela prefeitura é de 3% sobre o valor do serviço, no estado de Minas Gerais o valor cobrado de ICMS depende para qual estado será realizado o transporte, exemplo: Muriaé para outra cidade de Minas o valor cobrado é de 18%, transporte de Minas Gerais para o Rio de Janeiro 12%, Minas Gerais para São Paulo 12%. O enquadramento da empresa no Simples Nacional não poderá ser efeituado já que a estimativa de faturamento anual é de R$5.040.000,00. O simples Nacional só enquadra Microempresa com faturamento no valor igual ou inferior a R$360.000,00 ou Empresa de Pequeno Porte onde o faturamento deve ser superior a R$360.000,00 e ser igual ou inferior a R$3.600.000,00. 2.3 CONTROLADORIA O papel da controladoria com suas próprias ferramentas, informações contábeis e gerenciáveis, tornou-se precisa, pois está, informa, orienta e conduz a administração no seu método de gestão e tomada de decisões mais apropriadas para associar os documentos contábeis ao sistema de gestão empresarial. A Controladoria precisa operar nas fases do processo de gestão, idealização, execução e controle, gerando um eficaz sistema de comando e atuando em possíveis correções nos planos estipulados. Os controles de gestão necessitam ser formulados tendo em vista às carências de estratégia e funcional da empresa. Nessa acepção, Padoveze (2002, p.25) destaca que: Basicamente, este apoio centra-se em auxiliar os processos decisórios dos gestores por meio de sugestões, além da elaboração de modelos de informação e mensuração, adequados às diversas necessidades de tomada de decisão desses gestores, para todos os principais eventos econômicos. Consideram-se todos os níveis de atuação na hierarquia da empresa. Assim, podemos ter modelos tanto para decisões de caráter estratégico como modelos de cunho puramente transacional para as necessidades de execução das atividades operacionais. 10 Constata-se que a controladoria tem como papel básico assistir à administração e interagir com frequência com o ambiente organizacional, por meio de táticas e níveis a serem alcançados por meio das propostas das estimativas e pela execução dos controles estabelecidos ao lado dos gestores. O tributo desproporcional é lesivo à eficiência econômica, pois altera preços relativos e aumenta os custos, por isso, o planejamento tributário pode ser entendido como um processo de busca de conhecimentos e instrumentos eficazes e legais, que visa uma economia de tributos através da exclusão, redução ou postergação do ônus tributário. As empresas precisam também procurar maneiras lícitas de reduzir os tributos e no mesmo instante estar preparadas para alterações na legislação, fazendo um planejamento tributário. Deste modo, a controladoria é responsável para aferir probabilidades para a empresa, organizar políticas, distribuir atividades, ordenar orçamentos, fundar moldes de controle, arquitetar um sistema de dados para atender às carências operacionais e gerenciais. Devido às características do âmbito de transporte, os métodos habituais de planejamento na escolha da melhor decisão não são satisfatórios para o entendimento e elaboração de um projeto empresarial de transporte, ponderando sua ação num ramo altamente regimentado em que as estruturas aplicadas nem sempre são hábeis ou aplicáveis. O foco principal da empresa estudada é a prestação de serviços públicos, sendo assim a regulamentação sugere fixações de preços máximosa serem praticados no prestamento de serviço. LSA de consumo tecnicamente confirmados, chegando-se ao custo total variável. Podemos também classificar os imediatos custos diretos, entendendo que são diretamente alocados ao serviço, sem a obrigação de quaisquer tipos de rateio para congregar ao preço final: (a) impostos diretos; (b) Depreciação; (c) Combustíveis; (d) Óleos e Lubrificantes; (e) Peças e componentes; (f) Emplacamentos; (g) Seguro Obrigatório; (h) Mão de obra direta, salários de motoristas e cobradores e encargos sociais e trabalhistas. 11 É preciso também a definição dos custos indiretos, porem estes devem ser analisados com muitos critérios, pois não estão diretamente ligadas ao ônibus. Podemos citar: Custo com fiscalização, Manutenções da oficina, salários e obrigações trabalhistas dos mecânicos etc. A colocação estratégica da empresa deve ter o enfoque do comando em custos e diferenciação dentro do mercado, com enfoque maior no primeiro posicionamento em função da demarcação de preços máximos realizada pela ANTT, no caso do transporte rodoviário de passageiros. As funções da controladoria podem contribuir para otimização de resultados garantindo informações adequadas ao processo decisório, colaborando com os gestores na busca eficácia gerencial. É a adoção de profissionais capacitados na gestão que podem minimizar os riscos empresariais, e garantir bons resultados. Nas gestões modernas é essencial aferir o desempenho dos processos da organização por meio de medidas não financeiras, apesar de estarem atreladas ao desempenho financeiro, visto que as práticas que garantiram bons resultados no passado podem não ser mais suficientes. Por meio do uso dessas técnicas, as empresas podem orientar seus investimentos e suas ações para seu crescimento e 12 sobrevivência no longo prazo, melhorando sua gestão de forma contínua. 2.4 AUDITORIA E PERICIA A Auditoria Fiscal também é chamada de Auditoria Tributária tem como objetivo principal analisar se todas as obrigações tributárias estão sendo seguidas corretamente em uma empresa. Ela é responsável pelo controle e bom andamento dos procedimentos legais que envolvem diversos processos como pagamento e recuperação de impostos ou quaisquer outras coisas relacionadas a parte fiscal de uma organização. A administração de uma sociedade tem o dever de apresentar demonstrações contábeis e divulgações adequadas e esclarecedoras à opinião pública. O parecer dos auditores sobre esses demonstrativos é elemento fundamental na extensão que se traduz em sinônimo de confiabilidade às informações prestadas. A Auditoria Fiscal tributária é importante pois, consiste na análise e avaliação detalhada de informações e documentos pertinentes à vida fiscal da empresa, seguidas de sugestões fundamentadas sobre saneamento de irregularidades e prevenção de eventuais passivos tributários, com o objetivo de manter as contas fiscais da sociedade enxutas e racionalizadas. A Governança Fiscal e Tributária é uma prioridade crescente, ao mesmo tempo em que a legislação se torna mais complexa. Quem cuida desta verificação tributária é a Receita Federal do Brasil - RFB, sendo ela denominada Administração Tributária, ou seja, a responsável por controlar toda a tributação e zelar pelo bom andamento das operações. Segundo Colares (apud ALMEIDA ,1996, p.45) “os procedimentos de auditoria representam um conjunto de técnicas que o auditor utiliza para colher as evidências sobre as informações das demonstrações financeiras” Os principais procedimentos de auditorias são: Exame físico; confirmação; exame de documentos originais; conferência de cálculos; exame de escrituração; investigação minuciosa; inquérito; exame dos registros auxiliares; correlação das informações obtidas e observação. 13 Para a elaboração de uma auditoria fiscal é necessário ter em mãos documentos que dão suporte ao bom andamento do trabalho desenvolvido, portanto antes de iniciar a auditoria devemos solicitar alguns documentos como: 1) Notas Fiscais de Entradas de Fornecedores. 2) Notas Fiscais de Entradas Emitidas pela empresa. 3) Notas Fiscais de saídas. 4) Livros Fiscais. 5) Guias de ICMS entre outros. O Auditor deve documentar, através de papéis de trabalho, todos os elementos significativos dos exames realizados e que evidenciam ter sido a auditoria executada de acordo com as normas aplicáveis. Os papéis de trabalho devem ter abrangência e grau de detalhes suficientes para propiciar o entendimento e o suporte da auditoria executada, compreendendo a documentação do planejamento, a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria, bem como o julgamento exercido pelo auditor e as conclusões alcançadas. Estes devem ser elaborados, organizados e arquivados de forma sistemática e racional. Quando o Auditor se utilizar de análises, demonstrações ou quaisquer outros documentos fornecidos pela área auditada, deve certificar-se da sua exatidão. Uma auditoria envolve tantos detalhes, que itens importantes podem passar despercebidos, como resultados da elaboração imperfeita dos papéis. Por isso, os Papéis de Trabalho devem ser completos quanto a: Informações e fatos importantes; escopo do trabalho efetuado; fonte das informações obtidas; e suas opiniões e conclusões. Os Papéis de Trabalho devem ser preparados tendo-se em mente seu completo entendimento por outro auditor que não teve ligação direta com o trabalho. É comum a consulta aos documentos em anos posteriores para se prestar esclarecimentos ou informações sobre algum aspecto a área auditada. Estes documentos de auditoria devem ser arquivados em dois tipos de arquivos: Arquivo Permanente e Arquivos Correntes de Auditoria. O arquivo permanente deve conter assuntos que forem de interesse para consulta sempre que se quiserem dados sobre o sistema, área ou unidade objeto da auditoria. Os papéis e anexos dessa natureza não devem ser incluídos nos arquivos Correntes, nem duplicados por material neste arquivo, mas devem ser conservados somente no Permanente. Referências cruzadas adequadas e o uso conveniente do arquivo Permanente tornarão tais duplicações desnecessárias. 14 Os anexos juntados ao arquivo Permanente constituem parte integrante dos Papéis de Trabalho para cada serviço e devem ser revistos e atualizados a cada exame. Material obsoleto ou substituído deve ser removido e arquivado a parte, numa pasta Permanente separada, para fins de registro. Os arquivos correntes de Papéis de Trabalho contêm o programa de auditoria, o registro dos exames feitos e as conclusões resultantes do trabalho de auditoria. Juntamente com o arquivo Permanente, os Papéis de Trabalho Correntes devem constituir um registro claro e preciso do serviço executado. Com exceção de certos casos, não é prática usar modelos padronizados de Papéis de Trabalho, nem prescrever as informações que devem constar nos papéis. 15 3 CONCLUSÃO Este trabalho analisou os possíveis eixos tributários que os investidores possuíram no ramo de atividade pretendida constatando através dos demonstrativos de faturamento mensal, com seus respectivos tributos e lucro final que a empresa deve consistir em uma sociedade limitada, optante pelo lucro presumido. Neste regime de lucro presumido são quatro os tipos de impostos federais incidentes sobre o faturamento, que devem ser recolhidos pelo DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais), dentre eles: o PIS e a COFINS, que devem ser apurados mensalmente, e o IRPJ e a CSLL cuja apuração deverá ser feita trimestralmente, caso optado. No caso de nossa cidade Muriaé MG o valor cobrado de ISS pela prefeitura é de 3% sobre o valor do serviço, no estado de Minas Gerais o valor cobrado de ICMS depende do transporte realizado; o intermunicipal é de 18% e o interestadual é 12%. Osconceitos de controladoria e auditoria foram apresentados neste esboço. Mostrando a importância das funções da controladoria que podem contribuir para otimização de resultados garantindo informações adequadas ao processo decisório, colaborando com os gestores na busca da eficácia gerencial. E a Auditoria Fiscal que é um instrumento de gestão administrativa que engloba informações importantes de todos os segmentos de uma empresa, consiste na análise e avaliação detalhada de informações e documentos pertinentes à vida fiscal da entidade, seguidas de sugestões fundamentadas sobre saneamento de irregularidades e prevenção de eventuais passivos tributários, com o objetivo de manter as contas fiscais da sociedade enxutas e racionalizadas. Finalizamos concluindo que a adoção de profissionais capacitados na gestão pode minimizar os riscos empresariais, e garantir bons resultados. 16 REFERÊNCIAS BORNIA, Antonio Cezar. Análise gerencial de custos em empresas modernas. Porto Alegre: Brookman, 2002. BRUNSTEIN, I., NAKAGAWA, M. Os novos paradigmas da produção e da controladoria em ambientes de tecnologias avançadas de produção. In: Anais do XII Enegep – São Paulo, vol. 1, p. 107-12, 1992. COLARES, Tiza. Centro de Ensino Superior do Amapá CEAP. Procedimentos de Auditoria. Disponível em:< http://www.ceap.br/material/MAT01042011210807.pdf>. Acesso em: 01 mai 2017. DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA PARA ELABORAÇÃO DA AUDITORIA FISCAL. Disponível em:<http://www.portaldeauditoria.com.br/sobreauditoria/auditoriadeicms_documenta cao.asp> Acesso em: 22 abr 2017. ESCOLA DE AUDITORIA. Documentação da auditoria interna operacional. Disponível em:<http://auditoriaoperacional.com.br/documentacao-da-auditoria- operacional/>. Acesso em: 07 abr. 2017. MARTINS, E. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2003. RECEITA FEDERAL DO BRASIL.Disponível em:<http://idg.receita.fazenda.gov.br/>. Acesso em: 30 mar 2017. SALIM, Cesar Simões. et al. Construindo planos de negócios. Todos os passos necessários para planejar e desenvolver negócios de sucesso. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 338p. TUNG, Nguyen H. Controladoria financeira das empresas – uma abordagem pratica. 3ª ed. São Paulo: Edições Universidade Empresa Ltda., 1973. ZANLUCA, Júlio César. Planejamento tributário para 2017. Disponível em:< http://www.portaltributario.com.br/planejamento.htm>. Acesso em: 23 mar 2017.
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