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DIAGNÓSTICO E CONDUTA DE INFECÇÕES VIRAIS Stephanie Ribeiro – Odontologia UFBA Herpes Simples Infecção causada pelo herpes vírus simples. É considerada uma IST causada pelo herpes vírus tipo 1 ou 2. Esses dois vírus tem uma semelhança genética grande entre si, mas há uma predominância do HSV-1 por infectar região de face, oral e ocular, e HSV-2 na genitália. Por conta do sexo oral, hoje podemos encontrar esses vírus nos locais de menor predominância. Caracteristicas clínicas - Gengivoestomatite herpética primaria aguda: trata-se de uma infecção primaria (causada no momento do contágio). Geralmente encontrada em pacientes jovens apresentando sintomas como febre, mal-estar, náusea, anorexia e lesões bucais disseminadas (múltiplas vesículas que darão origem as úlceras extremamente dolorosas) - Herpes recorrente (secundária): mais comum em pacientes adultos. Corresponde a uma reativação viral em situações de imunossupressão sistêmica ou local. Algumas queixas dos pacientes podem ser que ao tomar sol ou se submeter a temperaturas mais baixas, a lesão aparece. Outra causa é o stress. Aparecem normalmente em borda do lábio (geralmente no limite do vermelhão do lábio), pele perioral. São múltiplas vesículas carregadas com líquido rico em partículas virais. Quando as vesículas se rompem, dão início a uma lesão secundaria (úlcera), que dão lugar a crostas que são o processo cicatricial. Importante ter cuidado com o líquido que vai escorrer a partir dela. Diagnostico - Diagnostico clínico é predominante. Caso haja alguma dificuldade ou alteração do aspecto clínico parte para outras opções - Histopatologico: degeneracao balonizante, células de Tzank, células epiteliais multinucleadas. - Citologia - Sorrologia para anticorpos anti-HSV - PCR Conduta terapêutica Gengivoestomatite herpética primária: o tratamento sera sintomático Sistêmico: anti-inflamatório não esteroidal, analgésico e antitérmico Local: anestésico tópico (prévio a refeições), clorexidina 0,12% (prevenção da infecção secundaria) Herpes secundaria: o tratamento sera feito com antivirais Local: aciclovir creme (3-4x ao dia), penciclovir (a cada 2h por 4 dias), PDT (laser de baixa potência junto a um corante como azul-dimetileno) Sistemico: pacientes imunocomprometidos, ou imunocompetentes que sofrem grande número de recidivas ao ano OBS.: Nas lesões há o momento prodrômico que e quando o paciente “sente” que a crise virá. Há sinais como prurido e essa é a fase ideal para o tratamento local e sistêmico para reduzir o tempo de evolução da doença. Varicela Também conhecida como catapora. Causada pelo vírus varicela-zoster (VZV). O contágio se da a partir da presença de gotículas no ar ou no contato direto com lesões ativas. Há a varicela sendo a infecção primaria do vírus varicela zoster. Infecção secundaria é a herpes zoster. É considerada a doença da infância e há vacina para ela, por isso não há mais tantos casos. Características clínicas Fortemente marcada por sintomas sistêmicos como febre, mal-estar, faringite e exantemas (pintinhas) espalhados por face e tronco, podendo acometer outros membros. Presença de vesículas em uma base maculopapular eritematosa. Lesões orais: comuns, tendem a preceder lesões cutâneas. Normalmente se resolvem rapidamente, muitas vezes antes das cutâneas se resolverem. São indolores e geralmente tendem a aparecer como vesículas brancas em mucosa, irão se romper e dar origem a úlceras. A quantidade de lesões orais vai variar de acordo com a quantidade de lesões cutâneas. Diagnóstico É puramente clínico e pode ser feito com sorologia Conduta terapêutica Sintomático: antitérmico, banhos com bicarbonato e talcos mentolados, não coçar. Vacina como método preventivo. Herpes-zoster Infecção primaria é VZV, causada pela reinfecção viral. Essa reinfecção requer uma imunossupressão sistêmica mais severa do que a herpes simples, não recorrente e com prevalência em adultos (prevalencia aumenta com a idade) Caracteristicas clínicas Fase prodrômica: paciente percebe ardência, sensação de queimação ou dor muito forte na região inervada por aquele dermatomo. O vírus foi ativado nesse local e está na fase de replicação e movimentação Fase aguda: erupções cutâneas, vesículas em base eritematosa, aparecimento de crostas que respeitam a linha média do paciente. A lesão se limita ao dermatomo acometido. Extremamente dolorosas e debilitantes. Nesse caso, em lesões de face, podem causar comprometimento ocular, levando a cegueira. Lesões orais: envolvimento do nervo trigêmeo, concomitantemente com a pele afetada. Apresenta-se como vesículas branco-opacas, também respeitando a linha média. Fase crônica: em torno de 15% dos pacientes queixam-se de neuralgia pos-herpetica (mesma dor da fase aguda e prodrômica). Essa dor leva de 1-3 meses. Diagnostico Clínico, pois a apresentação desta infecção é bastante característica Conduta terapêutica Antivirais: usados em períodos iniciais para conter a proliferação viral Sintomático: Higiene das feridas, antitérmicos, anti-inflamatório e analgésico para dores.
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