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Elaboração de quadro orçamentário

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GESTÃO 
ORÇAMENTÁRIA
Silvio César de Castro 
Elaboração de quadro 
orçamentário
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Conceituar os diferentes tipos de orçamentos.
  Elaborar diferentes orçamentos como instrumentos de planejamento 
e controle dentro da organização.
  Discutir a estrutura, o conteúdo e a finalidade de cada um dos 
orçamentos.
Introdução
O orçamento empresarial é composto por diversos outros “suborça-
mentos”, também chamados de peças orçamentárias ou orçamentos 
parciais. E isso, naturalmente, acaba ocorrendo de forma que o orçamento 
das organizações, como um todo, seja impossível de ser construído 
sem que essa separação em várias peças orçamentárias ocorra. É como 
um quebra-cabeças em que cada peça é um orçamento, por exemplo, 
orçamento de vendas, produção, matérias-primas, mão de obra direta, 
custos indiretos de fabricação, custo de produção, despesas de vendas 
e administrativas, investimentos, aplicações financeiras e financiamentos. 
O motivo da explicação para isso é simples: as organizações atuam em 
forma de departamentos. Independentemente do tipo de departamenta-
lização por produtos, processos ou clientes, cada um desses orçamentos 
é gerido por sua respectiva área nas organizações.
Este capítulo vai fazer com que você consiga compreender a sua 
finalidade e as informações que cada um desses orçamentos apresenta. 
E, ainda por meio da apresentação de casos práticos, fazer uma discussão 
e verificar como eles se interligam, sendo que seu conjunto resulta no 
orçamento empresarial como um todo.
1 Tipos de orçamento
O orçamento empresarial como um todo, também chamado de orçamento mestre, 
é o resultado do conjunto de vários outros orçamentos departamentais parciais ou 
por áreas. E quando agrupados, formam o orçamento do período, curto prazo (12 
meses) e longo prazo (5 anos). E o propósito nesse primeiro momento é fornecer 
explicações sobre o orçamento de vendas, produção, matérias-primas, mão 
de obra direta, custos indiretos de fabricação, custo de produção, despesas de 
vendas e administrativas, investimentos, aplicações fi nanceiras e fi nanciamentos.
Orçamento de vendas — O orçamento de vendas é um plano do que será 
comercializado pela organização em um futuro próximo, curto prazo (12 
meses) e longo prazo (5 anos). 
De acordo com Hoji (2018), geralmente o orçamento de vendas é efetuado 
em conjunto ou iniciado pela equipe de marketing ou comercial. E não existem 
quaisquer questionamentos por autores, executivos analistas, consultores 
ou professores que atuam, ensinam e utilizam o orçamento quanto ao fato 
de o orçamento de vendas ser o mais importante e o primeiro orçamento 
que deve ser considerado quando o exercício de planejamento se inicia. Ou 
seja, é o primeiro orçamento que precisa estar pronto e ditará o ritmo dos 
demais orçamentos. 
Isso não significa que, por conta de dimensionamentos e estruturas que terão 
que ser suportados pelos demais orçamentos não serem capazes de atender ao 
que foi no orçamento de vendas, ele não possa ser revisitado e reconsiderado. 
Ou seja, pode ocorrer de fatores internos de restrição de produção, logística, 
armazenamento, financeiros, entre outros, fazerem com que as primeiras 
definições dos orçamentos de vendas não tenham que ser revistas.
Sanvicente e Santos (c1983) afirmam que o orçamento de vendas é apresen-
tado em forma de tabelas ou quadros. Nestes demonstrativos são apresentadas 
informações previstas de vendas para o período projetado, geralmente 12 meses e 
mensal, individualizadas dos produtos e serviços em quantidade e valor, por família 
ou segmento, regiões geográficas, filiais e, se possível, por executivo de vendas. 
Orçamento de produção — Após o orçamento de vendas, o orçamento de 
produção pode ser determinado. Este é uma declaração da produção por 
produto e é geralmente expresso em unidades. Deve levar em consideração 
o orçamento de vendas, a capacidade das estruturas de produção, se os 
Elaboração de quadro orçamentário2
estoques devem ser aumentados ou diminuídos, o tempo de produção, o 
número de unidades projetadas de produção para atender às necessidades 
de vendas e o nível de manutenção de estoque de produtos para serem 
comercializados.
O orçamento de produção é composto pelos itens de estoque de matérias-
-primas, materiais, insumos e outros materiais acessórios, pelo pessoal ou 
mão de obra que vai fazer a transformação dos produtos, bem como de custos 
indiretos de fabricação que são trabalhados em seus próprios orçamentos, os 
quais serão abordados ainda neste capítulo.
Sanvicente e Santos (c1983) alertam sobre a dificuldade em definir esse 
orçamento. Primeiramente, pela exigência da área comercial no atendimento 
ao orçamento de vendas. Em seguida, na tentativa de estabelecer métodos e 
um ambiente que vise a minimizar os custos de produção e, por fim, reduzir 
as necessidades de investimentos em estoques, o que é sempre exigido pela 
área financeira do empreendimento.
Orçamento das matérias-primas — Quando o nível de produção é calculado, 
um orçamento material direto deve ser construído para mostrar quanto material 
será necessário para a produção e quanto dele deve ser comprado para atender 
a esse requisito de produção. Logo, o objetivo desse orçamento é dimensionar 
quantitativamente e fi nanceiramente a necessidade de matérias-primas para 
suprir o orçamento de produção.
Orçamento de mão de obra direta — Este orçamento leva em conside-
ração a quantidade de horas necessárias para cada unidade produzida e 
remete ao valor da remuneração, aos encargos sociais e aos benefícios dos 
funcionários, fazendo uma relação do custo com o tempo em horas de mão 
de obra. Primeiro, calcula-se o custo por hora dos funcionários, levando em 
consideração encargos sociais, benefícios, 13º salário e férias. Em seguida, 
é preciso saber quantas horas de mão de obra direta são consumidas em 
cada unidade produzida. Multiplicando o custo por hora pela quantidade de 
horas (tempo), para fabricar cada unidade, tem-se o custo de mão de obra 
de cada unidade. 
Depois, para calcular a necessidade de mão de obra direta, a partir volume 
de produção esperado para cada período, multiplica-se pela quantidade de 
produtos que serão fabricados.
3Elaboração de quadro orçamentário
Orçamento dos custos indiretos de fabricação — Lembrando que os custos 
indiretos são aqueles que anteriormente não foram identifi cados como diretos 
ou mão de obra. Para Sanvicente e Santos (c1983, p. 89): “Este é um dos 
orçamentos mais complexos, dada a heterogeneidade dos itens envolvidos e 
a difi culdade para correlacionar o montante e os custos indiretos aos volumes 
de produção”. Outra consideração efetuada por esse autor diz respeito à sua 
própria responsabilidade e elaboração. Geralmente, os custos indiretos são 
fi xos, ou seja, não têm o seu valor alterado em função das oscilações da pro-
dução, como aluguel, seguros, imposto predial. Nesse sentido, é interessante 
fi car atento à correta atribuição do valor dos custos indiretos de fabricação 
ao orçamento do custo de produção.
Orçamento dos custos de produção — O orçamento dos custos de produ-
ção tem como fi nalidade identifi car com base no orçamento de vendas; e no 
orçamento de produção, apurar os custos com base nas movimentações de 
estoques dos bens a serem comercializados. 
Orçamento das despesas de vendas — As despesas com vendas estão 
diretamente ligadas ao orçamento de vendas e levam em consideração um 
vasto conjunto de itens que fazem parte desse orçamento. De forma geral, ele 
é utilizado para projetar todos os recursos consumidos no esforço de vendas.
Orçamento das despesas administrativas — Este orçamento visa a projetar 
o consumo de recursos relacionados à gestão e à organização do empreendi-
mento, enquanto que, em uma indústria, existe a área de produção, na qual o 
consumo de recursos se chama custos; e nas áreas administrativas e vendas, 
o consumode recursos se chama despesas. As despesas administrativas 
não têm a mesma característica de variação das despesas com vendas, em 
que o volume do nível de atividade eleva ou reduz proporcionalmente ao 
volume de atividades comerciais. As despesas administrativas têm carac-
terísticas mais estáveis, pouco sensíveis à variação dos níveis de atividade 
do empreendimento.
Orçamento dos investimentos — O orçamento de investimento se refere, 
basicamente, a informar quais recursos serão alocados no período, ou até 
mesmo antes, de forma que no período em que o orçamento ocorrer, o inves-
timento já tenha sido implementado, em infraestrutura, também conhecido 
Elaboração de quadro orçamentário4
como ativos permanentes. Por isso, esse orçamento é chamado de orçamento 
do ativo permanente. São investimentos em máquinas, equipamentos, am-
pliação de imóveis, veículos, etc. Geralmente, são seguidos de projetos de 
viabilidade, demonstrando qual será, e em quanto tempo, o retorno fi nanceiro 
do que foi investido.
Orçamento de aplicações fi nanceiras — As organizações podem, apesar 
de não ser muito comum, ter excedentes de caixa (banco conta movimento), 
de forma a permitir que elas apliquem esses recursos no mercado fi nanceiro. 
Isso vai possibilitar a geração de receitas provenientes dos juros recebidos. 
Isso deve ser efetuado em paralelo com a programação do fl uxo de caixa do 
empreendimento.
Orçamento de fi nanciamentos — O orçamento de fi nanciamentos, basi-
camente, é uma decorrência do orçamento de investimentos. A explicação 
se dá face ao montante de recursos alocado em investimento ser geral-
mente elevado. Logo, pagar por uma máquina, equipamento ou ampliação 
do processo produtivo por meio de recursos disponíveis em caixa pode 
comprometer o capital de giro do empreendimento. Nesse sentido, o mais 
adequado é procurar por fontes de fi nanciamento de longo prazo, que 
geralmente têm taxas de juros menores, fazendo com que os impactos no 
caixa do empreendimento sejam absorvidos sem preocupações ou com-
prometimento. E o objetivo desse orçamento é identifi car as melhores 
formas de fi nanciamento, em termos de taxa de juros, prazos, impostos 
envolvidos e garantias, servindo, inclusive, de subsídio para o estudo de 
viabilidade dos investimentos.
Existem modalidades de aplicações financeiras, também chamadas de papéis, que têm 
carência para serem resgatadas depois de efetuada a aplicação. Isso significa que se não 
houver uma perfeita sincronia entre as necessidades dos recursos para pagamento de 
fornecedores e outras obrigações do empreendimento e conhecimento por parte do 
seu gestor financeiro em relação aos prazos que permitem o resgate das aplicações, o 
empreendimento pode ficar em uma situação em que tem dinheiro aplicado e está 
inadimplente com alguma obrigação, na qual o credor pode cobrar juros e encargos 
muito superiores ao rendimento que a aplicação trará.
5Elaboração de quadro orçamentário
2 Elaboração de orçamentos como instrumentos 
de planejamento e controle dentro 
da organização
Agora que você já compreende o que cada orçamento deve apresentar, sua 
importância e papel, o objetivo é demonstrar de forma mais aplicada como 
cada um desses orçamentos se apresenta e se interliga. Para isto, vamos fazer 
uso de um empreendimento fi ctício, chamado Profi tGo Indústria Eletrônica, 
efetuando uma projeção para três meses.
ProfitGo Indústria Eletrônica
A Profi tGo é uma indústria que atua com produtos para dispositivos móveis, 
basicamente celulares. Ela tem uma linha de carregadores de celular e outra dos 
cabos utilizados nos carregadores para troca de dados com outros dispositivos. 
O Quadro 1 apresenta a lista de produtos.
Família Produto
Carregadores 3 V
4 V
5 V
Cabos USB
Fast
USB C
 Quadro 1. Lista de produtos da ProfitGo 
Elaboração de quadro orçamentário6
Elaboração do orçamento de vendas — Como já foi abordado, o primeiro 
orçamento a ser elaborado é o orçamento de vendas. Primeiramente, deve 
ser realizada a estimativa da quantidade produzida e vendida. Esta pode ser 
visualizada no Quadro 2.
Família Carregadores Cabos
Produto 3 V 4 V 5 USB Fast USB C
Mês 1 Total
Dias Reg.1 900 820 960 980 650 300 4.610
30 Reg.2 720 656 768 979 649 299 4.072
Total mês 1 1.620 1.476 1.728 1.959 1.299 599 8.682
Mês 2 Total
Dias Reg.1 840 765 896 915 607 280 4.303
28 Reg.2 672 612 717 914 606 279 3.800
Total mês 2 1.512 1.378 1.613 1.829 1.213 559 8.103
Mês 3 Total
Dias Reg.1 930 847 992 1.013 672 310 4.764
31 Reg.2 744 678 794 1.012 671 309 4.207
Total mês 3 1.674 1.525 1.786 2.025 1.343 619 8.971
Total do período 4.806 4.379 5.126 5.812 3.854 1.778 25.755
 Quadro 2. Orçamento de vendas: quantidade 
7Elaboração de quadro orçamentário
O Quadro 2 mostra que a ProfitGo optou por segmentar seus produtos por 
região. Outro aspecto a ser observado é que a empresa considera a quantidade 
de dias do mês. Nos meses com mais dias, as quantidades são maiores e nos 
meses com menos dias, menores. 
Definida a quantidade, o próximo passo é projetar os preços a serem pra-
ticados. O Quadro 3 apresenta essa projeção.
Família Carregadores Cabos
Produto 3 V 4 V 5 V USB Fast USB C
Mês 1
Reg.1 37,50 42,30 48,40 17,50 48,40 27,90
Reg.2 41,25 46,53 53,24 19,25 53,24 30,69
Mês 2
Reg.1 41,25 46,53 53,24 19,25 53,24 30,69
Reg.2 41,25 46,53 53,24 19,25 53,24 30,69
Mês 3
Reg.1 39,38 44,42 50,82 18,38 50,82 29,30
Reg.2 43,31 48,86 55,90 20,21 55,90 32,22
 Quadro 3. Orçamento de vendas: prática de preços (R$) 
O Quadro 3 mostra que existe uma estabilidade de preços nos três meses 
apresentados. No entanto, existe uma diferenciação de preço entre as regiões 
1 e 2. A região 2 tem preço um pouco mais elevado do que a região 1. Isto 
pode ocorrer tendo-se em vista diversos fatores, como concorrência, formas 
de comercialização, aspectos logísticos, entre outros.
Elaboração de quadro orçamentário8
O Quadro 4 é uma convergência entre os Quadros 2 e 3. No Quadro 4, são 
apresentadas as projeções de receitas multiplicando as quantidades do Quadro 
2 pelos preços a serem praticados do Quadro 3.
Família Carregadores Cabos
Produto 3 V 4 V 5 V USB Fast USB C
Mês 1 Total
Reg.1 33.750 34.686 46.464 17.150 31.460 8.370 171.880
Reg.2 29.700 30.524 40.888 18.850 34.563 9.182 163.707
Total 
mês 1
63.450 65.210 87.352 36.000 66.023 17.552 335.587
Mês 2
Reg.1 31.500 32.374 43.366 16.007 29.363 7.812 160.421
Reg.2 27.720 28.489 38.162 17.593 32.259 8.570 152.794
Total 
mês 2
59.220 60.862 81.529 33.600 61.622 16.382 313.215
Mês 3
Reg.1 36.619 37.634 50.413 18.608 34.134 9.081 186.490
Reg.2 32.225 33.118 44.364 20.452 37.501 9.963 177.623
Total 
mês 3
68.843 70.753 94.777 39.060 71.635 19.044 364.112
Total do 
período
191.513 196.825 263.658 108.659 199.281 52.979 1.012.915
 Quadro 4. Orçamento de vendas: receita prevista (R$) 
Perceba que é possível identificar o quanto de receita é previsto por família 
de produtos, por produto, por mês, por região e total do período.
9Elaboração de quadro orçamentário
O link a seguir contém um guia completo sobre como elaborar o orçamento de vendas 
com foco na projeção do faturamento.
https://qrgo.page.link/iE1ff
Elaboração do orçamento de produção — A forma de produção da Profi tGo, 
aliada aos prazos necessários de chegada das matérias-primas e também de 
entrega dos produtos aos clientes, requer a manutenção dos estoques em:
  carregadores — 35%;
  cabos — 20%;
  fones — 40%.
Para saber as quantidades a serem produzidas, é necessário saber os estoques 
anteriores do período do orçamento. Neste caso, os estoques dos produtos eram:
  3 V: 500
  4 V: 700
  5 V: 600
  USB: 500
  Fast: 300
  USB C: 100
O Quadro 5 faz a composição entre o que já existia em estoque, o percentual 
a ser mantido e a quantidade a ser produzida, que foi definida no orçamento 
de vendas.
Elaboração de quadro orçamentário10
Família Carregadores Cabos
Produto 3 V 4 V 5 V USB Fast USB C
% Estoque final a ser 
mantidono mês
35% 20%
Mês 1 Previsão de vendas 
(Reg 1 + Reg 2)
1.620 1.476 1.728 1.959 1.299 599
(+) Estoque final 
a ser mantido
567 517 605 392 260 120
(-) Estoque inicial 500 700 600 500 300 100
(=) Quantidade men-
sal a ser produzida
1.687 1.293 1.733 1.851 1.259 619
Mês 2 Previsão de vendas 
(Reg 1 + Reg 2)
1.512 1.378 1.613 1.829 1.213 559
(+) Estoque final 
a ser mantido
529 482 564 366 243 112
(-) Estoque inicial 567 517 605 392 260 120
(=) Quantidade men-
sal a ser produzida
1.474 1.343 1.572 1.802 1.195 551
Mês 3 Previsão de vendas 
(Reg 1 + Reg 2)
1.674 1.525 1.786 2.025 1.343 619
(+) Estoque final 
a ser mantido
586 534 625 405 269 124
(-) Estoque inicial 529 482 564 366 243 112
(=) Quantidade men-
sal a ser produzida
1.731 1.577 1.846 2.064 1.368 631
 Quadro 5. Orçamento de produção 
11Elaboração de quadro orçamentário
Elaboração do orçamento de matéria-prima — O orçamento de matérias-
-primas deve apresentar, primeiramente, a quantidade de insumos consumida 
que cada produto terá. No caso da Profi tGo, as seguintes matérias-primas 
foram estimadas (Quadro 6).
O segundo passo é efetuar o levantamento do custo de cada um dos com-
ponentes (Quadro 7).
Matéria-prima MP1 MP2 MP3 MP4 MP5 MP6 MP7 MP8 MP9 MP10 MP11 MP12 
Valor unitário 
(R$)
0,87 1,12 1,85 2,02 1,47 1,89 1,95 1,85 1,75 1,47 1,25 1,23 
Matéria-prima MPa MPb MPc MPd MPe MPf MPg MPh MPi MPj MPk MPl
Valor unitário 
(R$)
1,12 2,02 2,13 1,45 1,13 1,23 1,96 1,12 1,45 1,32 1,71 1,22 
 Quadro 7. Valor das matérias-primas por unidade 
 
Pr
od
. Matéria-
-prima
MP1 MP2 MP3 MP4 MP5 MP6 MP7 MP8 MP9 MP10 MP11 MP12
Ca
rr
eg
ad
or
es
5 V 1 2 4 6 7 2 1 — — — — —
4 V — — 1 2 1 — 3 2 1 — — —
5 V — — 3 4 7 1 3 — 2 1 1 2
Ca
bo
s
Matéria-
-prima
MPa MPb MPc MPd MPe MPf MPg MPh MPi MPj MPk MPl
USB 1 1 2 1 1 1 1 2 1 1 — —
Fast — — — 1 2 1 2 1 1 1 — —
USB C 1 1 2 — — 1 1 1 — — 1 1
 Quadro 6. Quantidade de matéria-prima estimada 
Elaboração de quadro orçamentário12
O próximo passo é multiplicar a quantidade de matérias-primas utilizadas 
pelos seus respectivos preços de venda, ou seja, a convergência entre os Quadros 
6 e 7, resultando no Quadro 8.
Família Carregadores Cabos
Matéria-
prima
3 V 4 V 5 V Matéria-
prima
USB Fast USB C
MP1 1,02 — — MPa 2,01 — 2,01
MP2 2,90 — — MPb 0,89 — 0,89
MP3 7,40 1,85 5,55 MPc 1,04 — 1,04
MP4 3,30 3,30 6,60 MPd 0,42 0,42 —
MP5 1,30 1,30 9,10 MPe 1,12 2,24 —
MP6 2,00 — 1,00 MPf 1,85 1,85 1,85
MP7 0,95 2,85 2,85 MPg 1,75 3,50 1,75
MP8 — 3,30 — MPh 2,94 1,47 1,47
MP9 — 1,03 2,06 MPi 1,65 1,65 —
MP10 1,28 — 1,28 MPj 0,89 0,89 —
MP11 — — 1,85 MPk — — 1,54
MP12 — — 2,22 MPl — — 0,32
Total 20,15 13,63 32,51 Total 14,56 12,02 10,87
 Quadro 8. Custo com matéria-prima de cada unidade 
Elaboração do orçamento de mão de obra direta — O orçamento de mão de 
obra direta leva em consideração o custo das pessoas envolvidas diretamente 
com a produção e, ainda, especifi camente com um ou outro produto. As 
pessoas que atendem à produção de forma geral, ou seja, mais de um produto 
ou departamento, são consideradas como mão de obra indireta e compõem 
os custos indiretos de fabricação.
13Elaboração de quadro orçamentário
Primeiramente, é levantado o tempo dos funcionários envolvidos espe-
cificamente com um ou outro produto e quanto tempo, em média, gastam 
para produzir os produtos. No caso da ProfitGo, isso pode ser observado no 
Quadro 9.
Família Carregadores Cabos
Matéria-prima 3 V 4 V 5 V USB Fast USB C
Técnicos plenos 0,10 0,10 0,10 0,20 0,30 0,30
Técnicos assistentes 0,1 0,1 0,1 0,15 0,2 0,2
Operários especializados 0,5 0,5 0,5 1 1,5 1,3
 Quadro 9. Hora de mão de obra direta por produto unitário 
O segundo passo é calcular o custo por hora dos funcionários que ficam à 
disposição do empreendimento, e aproveita-se para saber de forma totalizada 
qual será o custo por mês dos cargos envolvidos na produção. Isso foi efetuado 
no caso da ProfitGo e apresentado no Quadro 10.
Cargos
Técnicos 
plenos
Técnicos 
assistentes
Operários 
especializados
Total
Remuneração mensal 6.000 3.600 2.250 11.850
1/12 13º salário 500 300 188 988
1/12 Ad. férias 167 100 63 329
Subtotal 6.667 4.000 2.500 13.167
Enc. soc. 2.333 1.400 875 4.608
Benefícios mensais 1.000 1.000 1.000 3.000
Total mensal 10.000 6.400 4.375 20.775
 Quadro 10. Levantamento dos custos totais e por hora com mão de obra direta 
(Continua)
Elaboração de quadro orçamentário14
E a multiplicação do valor de cada hora, com as horas consumidas em cada 
unidade produzida, gera o custo com mão de obra direta para cada unidade 
produzida, retratada no caso da ProfitGo no Quadro 11.
Família Carregadores Cabos
Produtos 3 V 4 V 5 V USB Fast USB C
Técnicos plenos 5,95 5,95 5,95 11,90 17,85 17,85
Técnicos assistentes 3,81 3,81 3,81 5,71 7,62 7,62
Operários especializados 13,02 13,02 13,02 26,03 39,05 33,84
Total de mão de obra 
direta por unidade
22,78 22,78 22,78 43,65 64,52 59,31
 Quadro 11. Custo com mão de obra direta para cada unidade produzida 
Cargos
Técnicos 
plenos
Técnicos 
assistentes
Operários 
especializados
Total
Horas disponíveis 
mensalmente
168 168 168
Custo por hora 59,50 38,08 26,03
Quantidade de 
funcionários
2 4 20 26
Gasto mensal 
com o cargo
20.000,00 25.600,00 87.500,00 133.100,00
Gasto 3 meses 60.000,00 76.800,00 262.500,00 399.300,00
 Quadro 10. Levantamento dos custos totais e por hora com mão de obra direta 
(Continuação)
15Elaboração de quadro orçamentário
Elaboração do orçamento dos custos indiretos de fabricação — Os custos 
indiretos não podem ser identifi cados de forma imparcial com um ou outro 
produto. São genéricos e geralmente atendem toda a estrutura de produção 
de forma compartilhada. No caso da Profi tGo, os gastos para o período estão 
dispostos no Quadro 12.
Descrição Mês 1 Mês 2 Mês 3
Suprimentos 18.000 18.900 19.800
Mão de obra indireta 13.000 13.650 14.300
Encargos sociais 7.000 7.350 7.700
Benefícios 8.000 8.400 8.800
Energia 12.000 12.600 13.200
Manutenção 6.000 6.300 6.600
Depreciação 7.000 7.350 7.700
Imposto predial 500 525 550
Seguros 1.500 1.575 1.650
Total 73.000 76.650 80.300
 Quadro 12. Custos indiretos de fabricação 
Elaboração do orçamento dos custos de produção — O orçamento dos custos 
de produção é o resultado do que foi levantado no orçamento de mão de obra 
direta, matéria-prima, quantidade a ser produzida e dos custos indiretos de 
produção. No caso da Profi tGo, esse orçamento está apresentado no Quadro 13.
Elaboração de quadro orçamentário16
 
Família Carregadores Cabos
Total
Produto 3 V 4 V 5 V USB Fast USB C
Mês 1 Mão de obra 
direta
38.422 29.439 39.465 80.791 81.230 36.716 306.062
Matéria-prima 33.993 17.619 56.337 26.951 15.134 6.729 156.763
Quantidade a 
ser produzida
1.687 1.293 1.733 1.851 1.259 619
Custo direto 
por unidade
42,93 36,41 55,29 58,21 76,54 70,18
Custos indiretos 73.000
Total custos de produção 535.825
Mês 2 Mão de obra 
direta
33.575 30.591 35.813 78.671 77.115 32.696 288.461
Matéria-prima 29.705 18.309 51.124 26.244 17.403 6.626 149.411
Quantidade a 
ser produzida
1.474 1.343 1.572 1.802 1.195 551
Custo direto 
por unidade
42,93 36,41 55,29 58,21 79,08 71,33
Custos indiretos 76.650
Total custos de produção 514.522
Mês 3 Mão de obra 
direta
39.417 35.913 42.045 90.072 88.291 37.434 333.173
Matéria-prima 34.874 21.494 60.020 30.047 16.449 6.861 169.745
Quantidade a 
ser produzida
1.731 1.577 1.846 2.064 1.368 631
Custo direto 
por unidade
42,93 36,41 55,29 58,21 76,54 70,18
Custos indiretos 80.300
Total custos de produção 583.218
Custo total do período 1.633.565
 Quadro 13. Custos de produção 
17Elaboração de quadro orçamentário
Elaboração do orçamento das despesas de vendas — O orçamento de vendas 
relaciona os esforços para se comercializar os bens do empreendimento. Na 
Profi Go, eles estão representados pelo Quadro 14.
Descrição Mês 1 Mês 2 Mês 3
Pesquisa de 
marketing
2.000 2.100 2.200
Treinamento de 
revendedores
1.5001.575 1.650
Publicidade 500 525 550
Reparo e 
assistência 
técnica
3.000 3.150 3.300
Salário fixo dos 
vendedores
18.000 18.900 19.800
Benefícios 8.000 8.400 8.800
Despesas de 
viagens
400 420 440
Comissões de 
vendas 5%
16.779 15.661 18.206
Total 50.179 50.731 54.946
 Quadro 14. Orçamento de vendas 
Orçamento das despesas administrativas — As despesas administrativas 
são provenientes dos recursos consumidos com a gestão e a organização do 
empreendimento. A Profi tGo projetou as despesas administrativas para o 
período, apresentadas no Quadro 15.
Elaboração de quadro orçamentário18
Descrição Mês 1 Mês 2 Mês 3
Suprimentos R$ 700,00 R$ 735,00 R$ 770,00
Salário pessoal R$3.000,00 R$ 3.150,00 R$ 3.300,00
Salário diretores R$ 12.000,00 R$ 12.600,00 R$13.200,00
Benefícios R$ 9.000,00 R$ 9.450,00 R$ 9.900,00
Pró-labore R$ 7.000,00 R$ 7.350,00 R$ 7.700,00
Vigilância R$ 2.000,00 R$ 2.100,00 R$ 2.200,00
Encargos sociais R$ 5.000,00 R$ 5.250,00 R$ 5.500,00
Telefone R$ 300,00 R$ 315,00 R$ 330,00
Depreciação R$ 1.000,00 R$ 1.050,00 R$ 1.100,00
Total R$ 40.000,00 R$ 42.000,00 R$ 44.000,00
 Quadro 15. Orçamento de despesas administrativas 
Apresentação do orçamento dos investimentos — O orçamento dos inves-
timentos relaciona quais recursos serão alocados em ativos permanentes, ge-
ralmente relacionados ao aumento da capacidade de produção e modernização 
da infraestrutura do empreendimento. A Profi tGo apresentou os investimentos 
do Quadro 16 para o período projetado.
Orçamento de investimentos Valor (R$)
Ampliação da linha de produção 350.000
Aquisição de um caminhão de entrega 158.000
Aquisição de uma empacotadora automatizada 76.000
Total de investimento 584.000
 Quadro 16. Orçamento de investimentos 
19Elaboração de quadro orçamentário
Projeção do orçamento de aplicações fi nanceiras — As aplicações fi nanceiras 
podem ocorrer nos empreendimentos quando existe sobra de caixa. Isto pode 
ser identifi cado por meio da projeção do fl uxo de caixa.
A ProfitGo apresentou o seu fluxo de caixa para o período, por meio do 
Quadro 17, no qual o saldo final de cada mês demonstra que existem sobras 
e estas podem ser aplicadas no mercado financeiro.
Descrição Mês 1 Mês 2 Mês 3
Saldo inicial de caixa 1.800.000 1.498.657 1.194.044
(+) Recebimentos 335.587 313.215 364.112
Caixa disponível 2.135.587 1.811.872 1.558.156
(–) Desembolsos — — —
MP e MOD 462.825 437.872 502.918
Custos indiretos de fabricação 73.000 76.650 80.300
(–) Depreciação (7.000) (7.350) (7.700)
Despesas administrativas 40.000 42.000 44.000
Despesas com vendas 50.179 50.731 54.946
Total de desembolsos 619.004 599.903 674.463
Caixa disponível — desembolsos 1.516.583 1.211.969 883.693
Saldo mínimo de caixa desejado — — —
Sobra/falta 1.516.583 1.211.969 883.693
Empréstimos e financiamentos 17.926 17.926 29.752
Amortização 14.714 14.795 14.876
Juros 3.212 3.131 14.876
Saldo final de caixa (disponível 
para aplicação financeira)
1.498.657 1.194.044 853.941
 Quadro 17. Orçamento de aplicações financeiras 
Elaboração de quadro orçamentário20
Análise do orçamento de fi nanciamentos — O orçamento de fi nanciamentos 
é o resultado da projeção por busca de recursos para fi nanciar os investimentos. 
No caso da Profi tGo, ela tem projeções de investimento no montante de R$ 
584.000. Nesse sentido, o Quadro 18 apresenta uma alternativa de fi nancia-
mento para esses investimentos.
Empréstimo R$584.000
Taxa de juros mensal % 0,55
Duração em meses (períodos) 36
Taxa anual % 6,80%
Pgto Pagamento Juros Amortização
Saldo devedor final 
(pós-pagamento)
0 584.000,00
1 17.925,61 3.212,00 14.713,61 569.286,39
2 17.925,61 3.131,08 14.794,54 554.491,85
3 17.925,61 3.049,71 14.875,91 539.615,95
4 17.925,61 2.967,89 14.957,72 524.658,22
5 17.925,61 2.885,62 15.039,99 509.618,23
6 17.925,61 2.802,90 15.122,71 494.495,52
7 17.925,61 2.719,73 15.205,89 479.289,64
8 17.925,61 2.636,09 15.289,52 464.000,12
9 17.925,61 2.552,00 15.373,61 448.626,51
10 17.925,61 2.467,45 15.458,17 433.168,34
11 17.925,61 2.382,43 15.543,19 417.625,16
12 17.925,61 2.296,94 15.628,67 401.996,49
13 17.925,61 2.210,98 15.714,63 386.281,85
14 17.925,61 2.124,55 15.801,06 370.480,79
15 17.925,61 2.037,64 15.887,97 354.592,83
 Quadro 18. Proposta de financiamento 
(Continua)
21Elaboração de quadro orçamentário
Por meio do estudo de caso apresentado, foi possível identificar de forma 
mais clara quais informações cada uma das peças orçamentárias pode apresentar. 
Lembrando, essa é uma das várias formas de se apresentar o orçamento. Cada 
empreendimento busca a melhor apresentação de acordo com as suas atividades, o 
nível de detalhamento, o período a ser contemplado, entre outros inúmeros fatores.
Pgto Pagamento Juros Amortização
Saldo devedor final 
(pós-pagamento)
17 17.925,61 1.862,40 16.063,21 322.554,26
18 17.925,61 1.774,05 16.151,56 306.402,70
19 17.925,61 1.685,21 16.240,40 290.162,30
20 17.925,61 1.595,89 16.329,72 273.832,58
21 17.925,61 1.506,08 16.419,53 257.413,05
22 17.925,61 1.415,77 16.509,84 240.903,21
23 17.925,61 1.324,97 16.600,64 224.302,57
24 17.925,61 1.233,66 16.691,95 207.610,62
25 17.925,61 1.141,86 16.783,75 190.826,87
26 17.925,61 1.049,55 16.876,06 173.950,81
27 17.925,61 956,73 16.968,88 156.981,93
28 17.925,61 863,40 17.062,21 139.919,72
29 17.925,61 769,56 17.156,05 122.763,66
30 17.925,61 675,20 17.250,41 105.513,25
31 17.925,61 580,32 17.345,29 88.167,96
32 17.925,61 484,92 17.440,69 70.727,28
33 17.925,61 389,00 17.536,61 53.190,67
34 17.925,61 292,55 17.633,06 35.557,60
35 17.925,61 195,57 17.730,04 17.827,56
36 17.925,61 98,05 17.827,56 0,00
 Quadro 18. Proposta de financiamento 
(Continuação)
Elaboração de quadro orçamentário22
3 Peças orçamentárias
Depois de ser apresentado o conceito de cada um dos suborçamentos de um 
orçamento mestre e sua aplicação de forma prática no estudo de caso da 
empresa Profi tGo, vamos efetuar o encerramento deste capítulo apresentando 
o que cada uma das peças orçamentárias precisa compreender e fazer alguns 
comentários sobre a sua construção.
Itens que compõem o orçamento de vendas — Sanvicente e Santos (c1983) 
afi rmam que o orçamento de vendas é apresentado em forma de tabelas ou 
quadros. Nestes demonstrativos são apresentadas informações previstas de 
vendas para o período projetado, geralmente 12 meses e mensal, individuali-
zadas dos produtos e serviços em quantidade e valor, por família ou segmento, 
regiões geográfi cas, fi liais e, se possível, por executivo de vendas. 
Hoji (2018), Sanvicente e Santos (c1983) apontam que o orçamento deve, 
ainda, trazer os elementos a seguir.
  Efeitos da sazonalidade e número de dias do mês: existem meses com 
mais e menos dias úteis, e isto impacta na quantidade de receitas que o 
empreendimento recebe, enquanto existem gastos (custos e despesas) 
que são mensalmente fixos independentemente da quantidade de dias 
de operação dos negócios, e também períodos (meses, semanas) em 
que existem datas comemorativas ou estações do ano que favorecem 
o consumo de alguns produtos e desencorajam o consumo de outros.
  Receitas realizáveis no longo prazo: considerando-se que existem 
atividades em que as formas de comercialização fazem com que os 
recebimentos ocorram por um período maior que 12 meses, afetam o 
fluxo de caixa e a necessidade de capital de giro do empreendimento.
  Política de preços: a política de preços certamente sofrerá influência de 
aspectos vinculados à estrutura de mercado em que o empreendimento 
atua. Os principais são relacionados à concorrência e à demanda de 
produtos e de serviços no mercado, bem como o efeito da elasticidade.
  Política de produtos: está relacionada à introdução, à modificação, à 
modernização ou à eliminação de produtos para o período em que estão 
sendo compreendidas as previsões. Os aspectos relacionados ao ciclo 
de vida do produto devem ser considerados.
  Política de distribuição: os aspectos logísticos impactam nasvendas e no 
tempo que os produtos e as mercadorias levam para chegar até os centros de 
distribuição, ou ao ponto de comercialização que recebe os consumidores.
23Elaboração de quadro orçamentário
  Política de propaganda: pode ser definida em separado ou em conjunto 
com as políticas de produtos. Nesse ponto são determinados os produtos 
que terão foco nas vendas do próximo período e ainda de que forma 
devem ser apresentados e em quais mídias devem ser divulgados.
Itens que compõem o orçamento de produção — O orçamento de produção é 
composto pelos itens de estoque de matérias-primas, materiais, insumos e outros 
materiais acessórios, pelo pessoal ou mão de obra que vai fazer a transformação 
dos produtos, bem como de custos indiretos de fabricação que são trabalhados 
em seus próprios orçamentos, os quais serão abordados ainda neste capítulo.
Itens que compõem o orçamento de matérias-primas — O orçamento das 
matérias-primas deve apresentar a composição das matérias-primas que serão 
utilizadas tanto em termos quantitativos quanto fi nanceiros para o nível de cada 
componente, bem como a sua utilização em cada produto ou mercadoria que 
foi utilizado. Dessa forma, será possível identifi car o custo com as matérias-
-primas de cada unidade produzida.
Itens que compõem o orçamento de mão de obra direta — Este orçamento 
apresenta de forma detalhada, e com base nos volumes a serem produzidos, 
anteriormente informados no orçamento de vendas e no orçamento de pro-
dução, a quantidade de mão de obra necessária para que se possa realizar os 
volumes programados.
Itens que compõem o orçamento de custos indiretos de fabricação — 
Lembrando que os custos indiretos são aqueles que anteriormente não foram 
identifi cados como diretos ou mão de obra. Para Sanvicente e Santos (c1983, 
p. 89): “Este é um dos orçamentos mais complexos, dada a heterogeneidade 
dos itens envolvidos e a difi culdade para correlacionar o montante de custos 
indiretos aos volumes de produção”. Outra consideração efetuada por esse 
autor diz respeito à sua própria responsabilidade e elaboração. Geralmente, 
os custos indiretos são fi xos, ou seja, não têm o seu valor alterado em função 
das oscilações da produção, como aluguel, seguros, imposto predial. Mas 
podem existir também custos indiretos variáveis, tais como manutenção de 
máquinas que são utilizadas em vários produtos, energia elétrica e água, em 
que não existe controle individual do consumo por produto, entre outros. Nesse 
sentido, é interessante fi car atento à correta atribuição do valor dos custos 
indiretos de fabricação ao orçamento do custo de produção.
Elaboração de quadro orçamentário24
Itens que compõem o orçamento de custos de produção — Segundo Hoji 
(2018), este orçamento é composto pelas seguintes informações: custos vari-
áveis e indiretos de produção, matérias-primas, movimentação dos estoques 
e, podemos incluir, ainda, os custos com mão de obra, o que vai resultar nos 
custos totais de produção.
Itens que compõem o orçamento de despesas de vendas — Não é uma unani-
midade entre os principais autores sobre orçamento empresarial quanto aos itens 
que são considerados neste orçamento. Por exemplo, alguns consideram que as 
despesas de marketing e propaganda são parte do orçamento de vendas. Outros 
acreditam que o orçamento de vendas deveria ter um orçamento próprio. Nesse 
sentido, esse orçamento pode considerar: pesquisa de marketing, treinamento de 
revendedores, publicidade, reparo e assistência técnica, comissões de vendas, 
salário fi xo dos vendedores, benefícios, despesas de viagens, entre outras.
Itens que compõem o orçamento de despesas administrativas — São as 
despesas da administração e a organização do empreendimento, entre elas, 
estão: suprimentos de escritório, salário pessoal, considerando os encargos 
sociais, salário de diretores, benefícios, pró-labore, vigilância, sistemas de 
comunicação, depreciação do mobiliário e computadores e energia elétrica.
Itens que compõem o orçamento de investimentos — Geralmente, o orçamento 
de investimentos vem sumarizado com o valor a ser utilizado na implementação. 
No entanto, ele será acompanhado de um projeto de viabilidade econômico e 
fi nanceiro. Ou seja, dentro do prazo em que o bem terá sua vida útil estimada, 
existem também, além do investimento, os recursos que esse vai retornar. Ou 
seja, cada R$ 1,00 investido precisa trazer um retorno maior que isso. E, geral-
mente, isso leva em consideração taxas de infl ação, bem como comparações com 
o mercado fi nanceiro em relação à taxa de juros de uma aplicação fi nanceira.
Itens que compõem o orçamento de aplicações fi nanceiras — Sendo verifi cado 
que o empreendimento tem sobras de caixa, de forma a permitir que os valores 
sejam aplicados no mercado fi nanceiro, o orçamento de aplicação fi nanceira vai 
apresentar informações sobre diversos papéis disponível para aplicação. E, claro, 
será levado em consideração a melhor alternativa em relação: à melhor taxa de 
juros, aos valores mínimos para se aplicar, aos valores mínimos para resgate, 
ao tempo de carência, aos impostos sobre a remuneração, ao vencimento do 
papel, entre outros aspectos. E a melhor alternativa, levando em consideração 
a possível utilização dos recursos aplicados, será, então, a escolha a ser feita.
25Elaboração de quadro orçamentário
Itens que compõem o orçamento de fi nanciamentos — O orçamento de fi -
nanciamentos vai existir se o empreendimento precisar de recurso de terceiros 
(instituições fi nanceiras) para fi nanciar os investimentos em ativos fi xos (máquinas, 
equipamentos, ampliações). Vai levar em consideração um leque de produtos 
existentes no mercado (Leasing, CDC, Finame, Projer, Finem, BNDES automático, 
etc.) aliado a prazos, taxa de juros, impostos e garantias. E dentro da capacidade 
do empreendimento, a melhor alternativa será, então, a escolha a se fazer. 
HOJI, M. Orçamento empresarial: passo a passo. São Paulo: Saraiva Educação, 2018.
SANVICENTE, A. Z.; SANTOS, C. C. Orçamento na administração de empresas: planejamento 
e controle. 2. ed. São Paulo: Atlas, c1983.
Os links para sites da Web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de 
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
Elaboração de quadro orçamentário26

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