Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
2008 Relatório Sustentabilidade de R e la tó ri o d e S u st e n ta b il id a d e 2 00 8 Tema deste Relatório Inspirado no slogan “o banco que acredita nas pessoas”, o tema deste Relatório de Sustentabilidade busca mostrar a CAIXA também como uma instituição que acredita nos sonhos e no futuro das pessoas. E, para a CAIXA, organização financeira e instituição pública com forte atuação social, “acreditar nas pessoas” significa atuar objetivamente para que o potencial realizador de cada um dos seus públicos se manifeste e possa influenciar, para melhor, a vida das pessoas mais próximas, da comuni- dade, do País e do próprio planeta. De modo a ilustrar essa preocupação com a construção de um futuro mais justo, ético e sustentável, o relatório apresenta em destaque depoi- mentos de pessoas que, de uma forma ou de outra, relacionam-se com a CAIXA em seu cotidiano. São jovens e adultos a expressar seus sonhos e sua visão de mundo e, principalmente, suas opiniões sobre o que deve- mos fazer para que esse futuro melhor seja alcançado. Os depoimentos mostram ainda a percepção de cada um a respeito do papel da CAIXA na vida brasileira e de que maneira ela pode aperfeiçoar a sua contribuição econômica, social e ambiental – e o presente relatório é um meio de prestação de contas de tudo o que a empresa vem fazendo para o pleno cumprimento de suas responsabilidades perante o Brasil e sua gente. O papel dessa publicação foi produzido com madeira proveniente de florestas certificadas pelo FSC e outras fontes controladas. 2008 Relatório Sustentabilidade de FALTA Tema deste Relatório Inspirado no slogan “o banco que acredita nas pessoas”, o tema deste Relatório de Sustentabilidade busca mostrar a CAIXA também como uma instituição que acredita nos sonhos e no futuro das pessoas. E, para a CAIXA, organização financeira e instituição pública com forte atuação social, “acreditar nas pessoas” significa atuar objetivamente para que o potencial realizador de cada um dos seus públicos se manifeste e possa influenciar, para melhor, a vida das pessoas mais próximas, da comuni- dade, do País e do próprio planeta. De modo a ilustrar essa preocupação com a construção de um futuro mais justo, ético e sustentável, o relatório apresenta em destaque depoi- mentos de pessoas que, de uma forma ou de outra, relacionam-se com a CAIXA em seu cotidiano. São jovens e adultos a expressar seus sonhos e sua visão de mundo e, principalmente, suas opiniões sobre o que deve- mos fazer para que esse futuro melhor seja alcançado. Os depoimentos mostram ainda a percepção de cada um a respeito do papel da CAIXA na vida brasileira e de que maneira ela pode aperfeiçoar a sua contribuição econômica, social e ambiental – e o presente relatório é um meio de prestação de contas de tudo o que a empresa vem fazendo para o pleno cumprimento de suas responsabilidades perante o Brasil e sua gente. Sumário Apresentação 4 Missão e Visão 5 Código de Ética 7 Síntese de Desempenho 10 Mensagem da Presidenta 12 Perfil da CAIXA 14 Governança Corporativa 28 Relacionamento com o Público Interno 36 Relacionamento com o Público Externo 50 Desempenho Ambiental 68 Patrocínios 82 Prêmios e Reconhecimentos 96 Tabela Ibase 2008 102 Sobre este Relatório 104 Indicadores GRI 106 MISSÃO E VISÃO NossA Missão A missão da CAIXA é promover a melhoria da qualidade de vida da sociedade, intermediando recursos e negócios financeiros de qualquer natureza, atuando prioritariamente no desenvolvimento urbano, nos segmentos de habitação, saneamento e infraestrutura e na administração de fundos, programas e serviços de caráter social, ancorada nos seguintes valores: • o direcionamento de ações para o atendimento das expectativas da sociedade e dos clientes; • a busca permanente de excelência na qualidade de seus serviços; • o equilíbrio financeiro em todos os negócios; • a conduta ética pautada exclusivamente nos valores da sociedade; • o respeito e a valorização do ser humano. NossA Visão A visão de futuro definida pela CAIXA estende-se até 2015 e nela o tempo e o teor deixam clara a intenção de enraizamento de uma cultura corpora- tiva que privilegie o desenvolvimento do espírito público, conforme segue: • a CAIXA será referência mundial como banco público integrado, rentável, socialmente responsá- vel, eficiente, ágil e com permanente capacidade de renovação; • manterá a liderança na implementação de políticas públicas e será parceira estratégica dos governos estaduais e municipais; • consolidará sua posição como o banco da maioria da população brasileira, com relevante presença no segmento de pessoa jurídica e excelente relacionamento com seus clientes; • será detentora de alta tecnologia da informação em todos os canais de atendimento e destacar-se-á na gestão de pessoas, reconhecidas em seu mérito, capacitadas e com desenvolvido espírito público; • manterá relacionamentos sólidos, coesos e inovadores com parceiros competentes e de forte compromisso social. APRESENTAÇÃO Relatório de Sustentabilidade 2008 . 5 Apresentação EstrAtégiA A CAIXA é um banco público que exerce papel funda- mental na promoção da justiça social e do desenvolvi- mento econômico, social e ambiental do País, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população, especialmente a de baixa renda. Suas ações têm funções múltiplas e diferenciadas, atendendo aos compromissos firmados como organização ligada ao governo federal, como instituição financeira e como agente promotor de políticas públicas. Para que seus objetivos sejam alcançados, a empresa conta com uma série de recursos de gestão. Um deles é o Planejamento Estratégico, documento que serve de guia para as ações corporativas ao longo de um determinado período. Em 2003, a CAIXA inaugurou uma prática inédita no que se refere ao Planejamento Estratégico – o estabelecimento de mecanismos para a efetiva participação dos empregados em seu processo de elaboração. O envolvimento dos colaboradores na definição do planejamento teve início ainda em 2004, com as discussões para a formatação do conteúdo da versão 2005-2007. A prática participativa revelou-se de grande utilidade para a CAIXA, já que possibilitou o desenvolvimento de um amplo e rico processo interno de avaliação das estratégias da empresa. Como resultado, foram estabelecidas as novas diretrizes corporativas, bem como definidos os conteúdos da Visão de Futuro e dos Desafios Estratégicos da CAIXA. Outro resultado importante desse trabalho foi o estabelecimento de indicadores de acompanhamento da evolução das ações programadas. O ano de 2009 será igualmente importante na vida da CAIXA, já que marca a revisão do Plano Estratégico para o período que se estende até 2015. Esse processo se voltará também para a adequação dos conceitos da Missão, da Visão de Futuro, dos Valores e dos Desafios Estratégicos à nova realidade da CAIXA no contexto de suas relações institucionais e competitivas. A revisão tem como premissas o processo participativo – que ampliará o envolvimento dos empregados em relação a 2004 – e o alinhamento das ações estratégicas da CAIXA ao Plano Plurianual do governo federal (PPA). Outro objetivo a ser perseguido será a conquista da plena assimilação interna dos conceitos relativos aos temas Responsabilidade Social Empresarial, Desenvolvi- mento Regional Sustentável, Sustentabilidade Empresa- rial, Sinergia e Integração dos Negócios. PriNcíPios E VAlorEs Além dos valores que integram a Missão da CAIXA, a partir de Resolução de Diretoria, a atuação da empresa passou a ser orientada, também, pelos princípios e valores seguintes: • responsabilidade ou accountability – assumir voluntariamente o dever de responder por todas as consequências de suas ações. • transparência – mais que a obrigaçãode informar, deve ser cultivado o desejo de informar, mediante a divulgação eficaz, oportuna e precisa de informações financeiras e não financeiras, inclusive aquelas relacio- nadas às práticas de sustentabilidade e responsabilidade social da CAIXA, para proporcionar às partes interessadas o acompanhamento e o entendimento do desempenho de forma inequívoca. CÓDIGO DE ÉTICA A gestão da ética na CAIXA dá suporte aos desafios do Planejamento Estratégico, entre os quais se destacam “ser uma das melhores empresas para se trabalhar” e “ser referência no atendimento”. Tal instrumento diz respeito, primeiramente, ao modo como a CAIXA procura “cuidar” das pessoas, e, depois, como isso se reflete na elaboração e na condução dos processos. Essa responsabilidade, inicialmente, está nas mãos dos gestores da empresa. Por isso, a competência ética é exigida formalmente, segundo o Modelo de Gestão por Competências adotado pela empresa. Como ferramenta, o Código de Ética da CAIXA orienta a conduta de todos os empregados, favorecendo as práticas que contribuem para a realização de negócios sustentáveis, refletindo o comportamento esperado de uma empresa socialmente responsável, nas parcerias e relações, sejam estas entre o setor público ou privado, entre pares, clientes ou fornecedores, e no cuidado com o meio ambiente. Conside- rando o caráter de banco público, ressalta-se a importância da transparência na gestão dos recursos que mobiliza para a implementação das políticas sociais do governo. Baseado em cinco valores – Respeito, Honestidade, Compromisso, Transparência e Responsabilidade –, o Código de Ética foi elaborado de forma participativa, após uma pesquisa realizada em 2004 com os colaboradores. Ele se caracteriza, portanto, como a expressão dos sentimentos da equipe de trabalho da empresa, ao mesmo tempo que conjuga as recomendações corporativas com os princípios éticos universais e da boa governança. • comportamento ético – agir de modo aceito como correto pela sociedade, sem impor ou fazer aos outros o que não aceitaria que fosse imposto por outros a você. • consideração pelas partes interessadas – ouvir e considerar as reivindicações das pessoas ou entidades que tenham um interesse identificável nas atividades da organização. • legalidade – como ponto de partida mínimo para ser socialmente responsável, cumprir integralmente as leis do país onde está operando. • Normas internacionais – adotar prescrições de tratados e outros acordos internacionais favoráveis à responsabilidade social, mesmo que ainda não obrigada por lei. • Direitos humanos – reconhecer a importância e a universalidade dos direitos humanos, cuidando para que as atividades da organização não os agridam direta ou indiretamente, por meio do ambiente econômico, social e natural que requerem. • gestão participativa – compartilhar e promover a participação das partes interessadas, em especial a dos empregados, nas operações fundamentais da organização nas suas funções de planejamento, avaliação e controle, a fim de viabilizar o melhor desempenho e a competitivi- dade da CAIXA para o alcance de sua sustentabilidade. continuação de PriNcíPios E VAlorEs continua... 6 . Relatório de Sustentabilidade 2008 Relatório de Sustentabilidade 2008 . 7 rEsPEito As pessoas na CAIXA são tratadas com ética, justiça, respeito, cortesia, igualdade e dignidade. Exigimos de dirigentes, empregados e parceiros da CAIXA absoluto respeito pelo ser humano, pelo bem público, pela sociedade e pelo meio ambiente. Repudiamos todas as atitudes de preconceitos relacio- nadas à origem, à raça, ao gênero, à cor, à idade, à religião, ao credo, à classe social, à incapacidade física e a quaisquer outras formas de discriminação. Respeitamos e valorizamos nossos clientes e seus direitos de consumidores, com a prestação de informa- ções corretas, o cumprimento dos prazos acordados e o oferecimento de alternativa para satisfação de suas necessidades de negócios com a CAIXA. Preservamos a dignidade de dirigentes, empregados e parceiros, em qualquer circunstância, com a determinação de eliminar situações de provocação e constrangimento no ambiente de trabalho que diminuam o seu amor próprio e a sua integridade moral. Os nossos patrocínios atentam para o respeito aos costumes, às tradições e aos valores da sociedade, bem como à preservação do meio ambiente. HoNEstiDADE No exercício profissional, os interesses da CAIXA estão em primeiro lugar nas mentes dos nossos empregados e dirigentes, em detrimento de interesses pessoais, de grupos ou de terceiros, de forma a resguardar a lisura dos seus processos e de sua imagem. Gerimos com honestidade nossos negócios e os recursos da sociedade e dos fundos e programas que administramos, ofere- cendo oportunidades iguais nas transações e relações de emprego. Não admitimos qualquer relacionamento ou prática desleal de comportamento que resulte em conflito de interesses e que esteja em desacordo com o mais alto padrão ético. Não admitimos práticas que fragilizem a imagem da CAIXA e comprometam o seu corpo funcional. Condenamos atitudes que privilegiem fornecedores e prestado- res de serviços, sob qualquer pretexto. Condenamos a solicitação de doações, contribuições de bens materiais ou valores a parceiros comerciais ou institucionais em nome da CAIXA, sob qualquer pretexto. coMProMisso Os dirigentes, os empregados e os parceiros da CAIXA estão comprometidos com a uniformidade de procedimentos e com o mais elevado padrão ético no exercício de suas atribuições profissionais. Temos compromisso permanente com o cumprimento das leis, das normas e dos regulamentos internos e externos que regem a nossa instituição. Pautamos nosso relacionamento com clientes, fornecedores, correspondentes, coligadas, controladas, patrocinadas, associações e entidades de classe dentro dos princípios deste Código de Ética. Temos o compromisso de oferecer produtos e serviços de qualidade que atendam às expectativas dos nossos clientes ou as superem. Prestamos orientações e informações corretas aos nossos clientes para que tomem decisões conscien- tes em seus negócios. Preservamos o sigilo e a segurança das informações. Buscamos a melhoria das condições de segurança e saúde do ambiente de trabalho, preservando a qualidade de vida dos que nele convivem. Incentivamos a participação voluntária em atividades sociais destinadas a resgatar a cidadania do povo brasileiro. rEsPoNsABiliDADE Devemos pautar nossas ações nos preceitos e valores éticos deste código, de forma a resguardar a CAIXA de ações e atitudes inadequadas à sua missão e imagem e a não prejudicar ou comprometer dirigentes e empregados, direta ou indiretamente. Zelamos pela proteção do patrimônio público, com a adequada utilização das informações, dos bens, equipamentos e demais recursos colocados à nossa disposição para a gestão eficaz dos nossos negócios. Buscamos a preservação ambiental nos projetos dos quais participamos, por entendermos que a vida depende diretamente da qualidade do meio ambiente. Garantimos proteção contra qualquer forma de represália ou discriminação profissional a quem denunciar as violações a este código, como maneira de preservar os valores da CAIXA. trANsPArÊNciA As relações da CAIXA com os segmentos da sociedade são pautadas pelo princípio da transparência e pela adoção de critérios técnicos. Como empresa pública, estamos comprometidos com a prestação de contas de nossas atividades e dos recursos por nós geridos e com a integridade dos nossos controles. Aos nossos clientes, parceiros comerciais, fornecedores e à mídia dispensamos tratamento equânime na disponi- bilidade de informações claras e tempestivas, por meio de fontes autorizadas e no estrito cumprimento dos normativos aos quais estamos subordinados. Oferecemos aos nossos empregados oportunidades de ascensão profissional,com critérios claros e do conheci- mento de todos. Valorizamos o processo de comunicação interna, disseminando informações relevantes relacionadas aos negócios e às decisões corporativas. Apresentação 8 . Relatório de Sustentabilidade 2008 Relatório de Sustentabilidade 2008 . 9 síntese do Desempenho Ambiental e social (em milhares de R$) 2006 2007 2008 indicadores sociais Indicadores sociais internos 2.558.409 2.765.451 3.425.893 Indicadores sociais externos 1.380.435 495.906 1.084.819 indicadores Ambientais Investimentos relacionados com a produção/operação da empresa 9.103 4.626 3.941 Investimentos em programas e/ou projetos externos 2.307 3.215 1.623 Total dos investimentos em meio ambiente 11.410 7.841 5.564 itens de investimento (em milhares de R$) 2006 2007 2008 meta 2009 Aumento da capacidade produtiva1 457.586.276 335.770.272 437.700.723 1.100.037.664 Educação/treinamento2 50.746.568 58.678.208 65.396.511 84.933.686 1 Aumento da capacidade produtiva (investimentos) - Engloba os seguintes itens: imóveis, máquinas e equipamentos e hardware/software 2 Treinamento – Engloba os seguintes itens: diárias, passagens, instrutores internos, outras despesas com treinamento, hospedagem, treinamento externo (instrutores externos, curso de pós-graduação),treinamento (idiomas), material didático, graduação, cursos técnicos e Reembolso Vida Futura. indicadores de Produtividade (em %) 2006 2007 2008 Margem bruta 39,70 33,64 34,94 Margem líquida 8,53 9,36 12,02 Retorno sobre ativo médio (ROA)1 1,14 1,01 1,32 Índice de liquidez2 1,03 1,06 1,12 1) Retorno sobre ativo médio (ROA) – A CAIXA adotou o conceito de Retorno sobre Ativos 2) Índice de liquidez – A CAIXA adotou o conceito de Liquidez Geral gErAÇão E DistriBUiÇão DE riQUEZA E rENDA 1. geração de riquezas (em milhares de R$) 2006 2007 2008 (A) Receita Bruta 34.832.258 35.272.167 40.626.955 (B) Despesa de Intermediação Financeira 15.735.036 15.863.011 18.324.003 (C) Bens e serviços adquiridos de terceiros 8.066.561 8.670.841 8.839.469 (D) Valor adicionado bruto (A - B - c) 11.030.661 10.738.315 13.463.483 (E) Retenções (depreciação, amortização, exaustão) 349.970 383.330 469.082 (F) Valor adicionado líquido (D - E) 10.680.691 10.354.985 12.994.401 (G) Transferências Resultado da equivalência patrimonial Resultado de participações societárias 177.917 237.071 254.420 Receitas financeiras (H) Valor adicionado a distribuir (F + g) 10.858.608 10.592.056 13.248.821 2. Distribuição por Partes interessadas 2006 2007 2008 goVErNo Impostos expurgados os subsídios (isenções) 2.164.799 1.094.116 1.009.072 EMPrEgADos Salários 3.991.920 4.636.914 5.481.689 Encargos previdenciários 313.561 309.813 352.967 Previdência privada 134.327 194.188 264.502 Benefícios 969.107 1.045.948 1.271.401 Participação nos resultados 417.308 310.781 432.674 FiNANciADorEs Remuneração de capital de terceiros 481.396 490.198 553.227 AcioNistAs Juros sobre capital próprio e dividendos 1.146.245 1.111.537 1.573.488 rEtiDo Lucros retidos/prejuízo do exercício 1.239.945 1.398.561 2.309.801 síNtEsE DE DEsEMPENHo Apresentação 10 . Relatório de Sustentabilidade 2008 Relatório de Sustentabilidade 2008 . 11 T emos a honra de apresentar o Relatório de Sustentabilidade da Caixa Econômica Federal para o ano de 2008. Ele reflete o amplo debate e o trabalho desenvolvidos na CAIXA para que os critérios de responsabilidade social e ambiental estejam presentes em todas as ações da empresa. Em seus fins e em seus meios. A CAIXA é uma instituição estratégica para o Estado brasileiro. Em seus quase 150 anos de existência, ela tem sido chamada a cumprir objetivos importantes. Assim foi no ano de 2008, com a expansão do crédito, a redução dos juros, as obras do PAC e os pagamentos de benefícios sociais, entre outras ações que contribuíram para o desenvolvimento econômico e social do País. A CAIXA, atendendo a demandas das políticas públicas, tem alcançado números extraordinários na sua atuação social. Somente em pagamentos ao FGTS, PIS, ao Seguro Desemprego e a benefícios sociais como o Bolsa Família foram destinados recursos superiores a R$ 110 bilhões em 2008. A conta simplificada CAIXA Fácil propiciou a mais de 7 milhões de brasileiros, que nunca tiveram uma conta bancária, fazer parte dos cerca de 47 milhões de clientes da empresa. O saldo da carteira de crédito atingiu valores 44% superiores aos do ano anterior, com destaque para a carteira de habitação, que foi responsável por 24% do total de R$ 80 bilhões disponibilizados. Coube à CAIXA também, com outros bancos públicos, cobrir o vazio de crédito que se formou pela retração dos bancos privados, reduzindo drasticamente os efeitos da crise internacional no País. A crise mundial mostrou que os problemas não se restringem à esfera estritamente econômica. Questio- nam-se os próprios valores que têm norteado a sociedade, tais como a onipotência do mercado, o consumismo desmedido, o uso predatório dos recursos naturais, o vale-tudo no mercado, a busca desen- freada pelo lucro fácil e rápido. A crise evidenciou as dificuldades desse modelo para a sustentabilidade econômica, social e ambiental. No mundo corporativo, há iniciativas que visam introduzir princípios de responsabilidade social como parte da forma de se fazer negócios e da cultura empresarial. Para a CAIXA, a responsabilidade social e ambiental é indissociável de todas as suas ações, MENSAGEM DA PRESIDENTA desde as condições de trabalho oferecidas aos empregados até o crédito habitacional. Definimos como valor fundamental de nossa cultura interna a incorporação dos princí- pios da responsabilidade social e ambiental. Exemplos disso são a exigência de licencia- mento ambiental para as operações de crédito a empresas cujas atividades sejam potencial- mente agressivas ao meio ambiente, a obrigatorie- dade de apresentação de documento que comprove a origem legal de madeiras para construção e a nossa adesão ao Protocolo Verde. Acreditar nas pessoas é a força que norteia nossas ações, e essa escolha tem sido responsável pelo crescimento da presença da CAIXA no País. Um novo modelo de atendimento começou a ser implantado para imprimir mais agilidade e melhor relacionamento com nossos clientes. Nossas agências e postos de atendimento de benefícios estão sendo adaptados para o atendimento a pessoas com deficiência física. Com os empregados, cultivamos uma relação demo- crática, o que tem nos permitido resolver algumas distorções históricas. A CAIXA, em 2008, investiu mais de R$ 65 milhões na educação dos empregados, com vistas à sua capacitação e ao seu desenvolvi- mento intelectual. Em busca da equidade, foram criadas comissões nacionais para a igualdade racial e a integração de pessoas com deficiência física e contra a discriminação a orientações sexuais. O Relatório de Sustentabilidade, que temos o orgulho de apresentar, é a amostra de que a CAIXA deu mais um passo nesta longa jornada para a construção de uma sociedade mais justa, economicamente forte e ambientalmente responsável. Maria Fernanda ramos coelho 12 . Relatório de Sustentabilidade 2008 Relatório de Sustentabilidade 2008 . 13 Otto Schmidt Neto Tem 49 anos, 30 deles como empregado da CAIXA. É gerente-geral da agência Afogado s, no Recife (PE). É casado com Jane e, junto s, têm três filhos, um deles Adriana. Quais são seus sonhos? Ver meus filhos formarem famílias e terem sucesso pro fissional, baseando-se em valores morais e éticos. Terminar minha carreira na CAIXA sendo reconhecido e iniciar um novo ciclo após a aposentador ia que seja tão gratificante quanto foi o meu tempo na empresa. O que você tem feito para que esses sonhos sejam realizados? Acompanho a educação dos meus filhos a cada dia. Tam bém tenho desempenhado meu trabalho com o mesmo entusiasmo ecom a mesma de terminação da época que ingressei na CAIXA. Adriana Paula Schmidt Tem 22 anos e está há três ano s na CAIXA. É assistente de Ne gócios Pessoa Física da agênci a Ilha do Leite, no Recife (PE). É filha de Otto e Jane. Quais são seus sonhos? Constituir uma família com valores éticos, d esenvolver uma carreira e aumentar a cada dia a minha participação em trabalh os sociais. O que você tem feito para que ess es sonhos sejam realizados? Tenho trabalhado, estudado e participado de projetos sociais, buscando uma melhoria profissional e pessoal. Como melhorar o Brasil e o mundo ? Tudo pode sempre ser melhorado e aprimor ado. Mas acredito que o principal é diminuir as desigualdades sociais. Procur o realizar a minha parte e a dos que nada podem fazer. Devemos respeitar t udo e todos, interferindo o mínimo possível na natureza e atuando para ajudar a sociedade. > os depoimentos continu am nas páginas 16 e 17 Tem 49 anos. É gerente-geral da agência Casa Amarela, no Recife (PE). É casada com Otto e, juntos, têm três filhos, um deles Adriana. Quais são seus sonhos? O primeiro é viver em uma sociedade mais harmônica. O segundo é ser tão feliz quanto sou hoje na próxima etapa da minha vida que está para acontecer: a de aposentada. O que você tem feito para que esses sonhos sejam realizados?Procuro me relacionar com o mundo de forma harmônica para receber de volta boas energias. Se todos agirem assim, os sonhos se realizam. Além disso, voltei a estudar. Quero me preparar para uma nova profissão depois de sair da CAIXA. Jane Maria de Barros Lima Schmidt DA CAIXA Perfil CONTINuAÇÃO DOS DEPOIMENTOS Otto, Adriana e Jane: integrantes da mesma família e empregados da CAIXA no Recife (PE) Como melhorar o Brasil e o mundo? Tudo pode ser melhorado, principalmente o jeito de se olhar o mundo e os outros. Precisamos ver a vida como se todos estivessem no mesmo barco para, assim, diminuirmos as diferenças. Como transformar o nosso País e o planeta? Fazendo o bem sem olhar para quem! Plantando o bem em todos os aspectos de nossas vidas. Como o seu trabalho ajuda nesse esforço? Atuo numa empresa que possui uma função social muito importante, algo de que me orgulho. A CAIXA tem uma grande missão dentro do cenário social brasileiro como banco de políticas públicas. O que você espera deixar para seus filhos e seus netos? Um mundo de mais oportunidades e paz. O que você espera do futuro? Que haja uma melhoria contínua, não só na sociedade brasileira, mas também no mundo. Qual é o papel da CAIXA na vida dos brasileiros? Ajudar a melhorar a vida de cada cidadão. O que a CAIXA pode fazer para termos um futuro melhor? Continuar desempenhando o seu papel, aprimorando a sua forma de atuar e, assim, contribuir para diminuir as desigualdades, com políticas baseadas na sustentabilidade e no progresso social. O que ainda falta à CAIXA para cumprir plenamente a sua missão? Aperfeiçoar o atendimento, investir mais na formação dos seus empregados e desburocratizar processos de forma segura, de modo que os objetivos sejam alcançados mais tempestivamente. Otto CONTINuAÇÃO DOS DEPOIMENTOS Como melhorar o Brasil e o mundo? Falta visão sistêmica. As pessoas só veem seus umbigos, agindo como se seus atos tivessem consequências apenas em suas vidas. O que vai melhorar o Brasil e o mundo são as atitudes e as decisõ̃es de cada pessoa. Como transformar o nosso País e o planeta? Abrindo os olhos das pessoas para o chamado Efeito Borboleta*, procurando compartilhar essa visão com os que estão à nossa volta. Como o seu trabalho contribui para esse esforço? Como gerente-geral de uma agência, meu trabalho influencia a sociedade. Os negócios fechados em uma agência da CAIXA geram renda e melhor qualidade de vida para os brasileiros. O que você espera deixar para seus filhos e seus netos? Busco arduamente deixar para eles um mundo mais harmônico, equilibrado e seguro. O que você espera do futuro? Paz. Qual é o papel da CAIXA na vida dos brasileiros? Ser um banco que precisa construir resultados, mas com um olhar para a sustentabilidade. O que a CAIXA pode fazer para termos um futuro melhor? Preocupando-se com coisas básicas como não financiar quem não tem responsabilidade social, o que ela já faz. Ou realizando tarefas mais complexas, como se tornar um educador da sociedade, disseminando para os clientes, por exemplo, conhecimentos sobre sustentabilidade. O que ainda falta à CAIXA para cumprir plenamente a sua missão? Atender com mais dignidade à população e prestar mais atenção para a realização profissional dos seus empregados. Você gosta do seu trabalho? Adoro me relacionar com gente, realizar desafios e ajudar a realização de sonhos dos outros. Fico contente por assistir ao crescimento profissional e pessoal dos colegas, trocar energia e fazer o bem. Jane Como o seu trabalho contribui para esse esforço? Trabalho na área de atendimento às pessoas físicas. Ao comercializar serviços e produtos que beneficiam a população de maior renda e a mais necessitada, represento a CAIXA na concretização de suas políticas de diminuição da desigualdade social. O que você espera deixar para seus filhos e seus netos? Um mundo mais justo, com menos desigualdade social e onde a maioria das pessoas tenha acesso à moradia, ao saneamento básico e à educação. Como será o futuro deles? Espero que eles vivam num País mais justo e igualitário, com menos violência, mais inclusão social, menos preconceito, mais esperança, mais ação. Mas acho que sofrerão com os problemas climáticos, a escassez de recursos naturais e a poluição. Qual é o papel da CAIXA na vida dos brasileiros? Melhorar o bem-estar dos cidadãos, principalmente dos mais carentes, e seguir como braço do governo federal, efetivando políticas públicas para diminuir as desigualdades e melhorar a infraestrutura, os benefícios sociais, a educação e a habitação. O que ainda falta à CAIXA para cumprir plenamente a sua missão? Agilizar processos para a implementação de políticas públicas, potencializar as açõ̃es de capacitação dos empregados, consolidar uma política clara de valorização dos colaboradores, criar funçõ̃es e distribuí-las de forma transparente, ampliar a agilidade operacional e prestar um atendimento com maior eficiência e cortesia. Por que você decidiu trabalhar na CAIXA? O orgulho que meus pais sentem em trabalhar na empresa foi a minha grande influência. Adriana *A expressão Efeito Borboleta surgiu nos Estados Unidos, nos anos 1970. É́ uma alegoria para explicar que, teoricamente, açõ̃es insignificantes podem provocar resultados catastróficos. 16 . Relatório de Sustentabilidade 2008 Relatório de Sustentabilidade 2008 . 17 P resente na vida dos brasileiros desde 12 de janeiro de 1861, a CAIXA é uma das mais importantes instituições nacionais, tanto pelo desempenho como organização econômica, quanto pela vasta gama de serviços que presta à população como agente do governo federal. Com 47 milhões de correntistas e poupado- res, a CAIXA encerrou 2008 com um lucro líquido de R$ 3,9 bilhões. Esse resultado foi impulsionado, em grande parte, pela expansão do crédito, uma das atividades de maior relevância social executadas pela empresa. Num período marcado pelos maiores processos de fusões e aquisições da história do Sistema Financeiro Nacional, a instituição consolidou-se como o quinto maior banco do País, detentor de ativos totais da ordem de R$ 295,9 bilhões (16,7% a mais do que em 2007) e de patrimônio líquido de R$ 12,7 bilhões (montante maior em 20% ao do ano anterior). Em plena turbulência da crise econômica mundial, a CAIXA completou o exercício também como praticante das menores taxas de juros entre seus pares no mercado, evidenciando a compreensão do momento do Brasil e do mundo, traduzida num comportamento que tem tudo a ver com a trajetória de uma instituição historicamentecomprometida com o desenvolvimento brasileiro e o bem-estar de sua gente. Instituição 100% pública, com sede em Brasília (DF), a CAIXA é vinculada ao Ministério da Fazenda, submetendo-se se às suas decisões e à sua disciplina normativa. Estatuto aprovado pelo Decreto nº 6.473/08 (veja a íntegra do documento no portal caixa.gov.br) rege as atividades da instituição, que, como integrante do Sistema Financeiro Nacional, tem seu desempenho acompanhado e fiscalizado pelo Banco Central do Brasil. Quando foi criada há 148 anos, por Dom Pedro II, a CAIXA veio estimular o hábito da poupança e oferecer empréstimos sob penhor aos súditos do Brasil imperial. Hoje, a atuação da entidade se estende a uma faixa infinitamente mais ampla de atribuições e responsabilidades. Para atender aos cidadãos de um país complexo e diverso como o Brasil, a CAIXA consolidou-se como uma organização multifacetada que harmoniza as funções empresariais com o cumprimento de sua missão social. Para seus clientes, por exemplo, trata-se do banco ao qual se pode confiar economias e investimentos. Para os 5.564 municípios do País, a CAIXA significa desenvolvimento, ao financiar ou repassar recursos próprios ou do governo federal para aplicação em obras de infraestrutura, saneamento e habitação: em 2008, foram mais de R$ 33 bilhões. Para os cerca de 29 milhões de trabalhadores com carteira assinada, a CAIXA pagou R$ 43,6 bilhões como operadora do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). No ano, a CAIXA administrou 151,4 milhões de contas ante as 128,7 milhões de 2007, o que representa uma evolução de 17,6%. Os benefícios a título de Abono Salarial, Seguro Desemprego e PIS quotas de rendimentos representaram R$ 20,8 bilhões. Foram pagos, ainda, mais de 126 milhões de benefícios do Programa Bolsa Família, dos 130 milhões disponibilizados, o que significa uma efetividade operacional/produtiva de 96,8% Entre essas e outras ações, como agente operador dos programas de transferências de renda do governo federal, a CAIXA realizou 133 milhões de pagamentos de benefícios em 2008, totalizando um volume de recursos de R$ 10,7 bilhões e um total de incremento de 18,5% em relação ao mesmo período de 2007. A CAIXA é também um dos principais gestores dos recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo governo federal em 2007. No imaginário da população, a CAIXA também é sinônimo da casa própria, como principal agente de crédito habitacional do País. Ou do sonho de fortuna proporcionada pelos bilhetes premiados em uma das loterias federais, que se constituem também como fonte de recursos para ações de inclusão social e de incentivo ao esporte – quesito em que a CAIXA representa esperança de medalhas olímpicas, como patrocinadora das confederações nacionais de atletismo e de ginástica e do Comitê Paraolímpico Brasileiro. Sem contar o apoio à democratização do acesso à arte e à cultura, materializado nos espaços CAIXA Cultural e em sua eclética programação de espetáculos, exposições, oficinas e eventos. Para assegurar a onipresença na vida da população, bem como tamanha multiplicidade dos papéis desem- penhados, a CAIXA contou em 2008 com o empenho de cerca de 98 mil colaboradores. A maioria deles – 78.175, ao final de 2008 – foi composta de empregados concursados, enquanto os estagiários somaram 12.009 pessoas e os prestadores de serviço, 4.851. Os 3.710 adolescentes aprendizes completaram o quadro funcional do ano – que reproduz em microescala a diversidade social brasileira. Em números consolidados em dezembro de 2008, a CAIXA totalizava 24.996 unidades, considerando agências, postos de atendi- mento, correspondentes lotéricos, correspondentes bancários e salas de autoatendimento – uma rede 8,7% maior do que a existente em 2007. rEDE DE AtENDiMENto DA cAiXA rede Física – tipo de Unidade 2007 Quantidade de Unidades 2008 Quantidade de Unidades Agências 2.051 2.074 Postos de Atendimento Bancário (PAB) 445 470 Postos de Atendimento Eletrônico (PAE) 1.053 1.095 Correspondentes Lotéricos 8.853 8.910 Correspondentes CAIXA Aqui 8.074 9.914 Salas de Autoatendimento 2.513 2.533 TOTAL 22.989 24.996 18 . Relatório de Sustentabilidade 2008 Relatório de Sustentabilidade 2008 . 19 Perfil DA CAIXA A CAIXA extrapola fronteiras levando soluções de melhoria da qualidade de vida das pessoas. No exterior, por exemplo, disponibiliza o serviço de remessa de valores para contas da CAIXA, com a possibilidade de saque em dinheiro no Brasil. A remessa de valores para contas da CAIXA no País é um serviço disponível nos Estados Unidos, no Japão e em Portugal, por meio dos seguintes bancos conveniados: • Millenium bcp bank (Banco Comercial Português) – Estados Unidos; • Iwata Shinkin Bank – Japão; • Millennium bcp bank – Portugal. Por meio da Cooperação Técnica Internacional (CTI), conhecida como Cooperação Técnica entre Países em Desenvolvimento, a CAIXA auxilia países a promoverem mudanças estruturais nos seus sistemas produtivos, de forma a superar barreiras que dificultam seu crescimento. Desde 2003, quando foram iniciadas as primeiras tratativas com o governo da Namíbia para a elaboração de projeto de desenvolvimento urbano, a CAIXA tem se mostrado um importante instrumento de apoio à política externa do governo federal, com a prestação de cooperação técnica internacional. Entre os países com os quais a CAIXA já mantém relacionamento para projetos de CTI estão Namíbia, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Marrocos, Líbano, República Dominicana, Nicarágua, Guatemala e Venezuela. Em 2008, a CAIXA finalizou o seu primeiro projeto de cooperação. O acordo Apoio ao Desenvolvimento Urbano da Namíbia teve como objetivos auxiliar a formulação de políticas de habitação para população de baixa renda, ensinar processos de construção adequados à realidade namibiana e desenvolver projeto-piloto para gerencia- mento de resíduos sólidos e saneamento básico. Em 2008, a CAIXA firmou um projeto de cooperação técnica com o Ministério das Obras Públicas e Habitação de Moçambique. O acordo prevê a transferência de tecnologia à elaboração da política de habitação para baixa renda e de pesquisa de materiais, modelos construtivos e sistemas de custos da construção. Em novembro de 2008, os moçambicanos visitaram empreendimentos habitacionais em diferentes cidades brasileiras, participaram de reuniões com técnicos da CAIXA e entraram em contato com tecnologias não-convencionais de construção. A CAIXA é importante aliada na atividade de CTI prestada pelo Brasil, já que detém conhecimento em várias áreas que interessam às nações com as quais o País mantém acordos de cooperação para desenvolvi- mento urbano, inclusão bancária, loterias, tecnologia bancária e transferência de benefícios, entre outros. sEtor DE AtUAÇão A CAIXA, além das funções que lhe são inerentes como instituição financeira, é a principal parceira do governo federal na implantação e execução de políticas públicas. Atua fortemente na redistribuição dos recursos federais, seja na forma de investimentos essenciais ao desenvol- vimento local, seja na transferência de benefícios aos cidadãos brasileiros. Todo ano, cabe à empresa fazer o repasse de recursos (próprios ou governamentais) aos municípios – dinheiro que melhora a infraestrutura urbana, gera empregos, interioriza o saneamento básico, amplia o atendimento em saúde e educação, constrói moradias, incentiva o esporte e capacita a gestão pública. No último triênio, o total de repasses às cidades brasileiras superou os R$ 550 bilhões – mais de R$ 214 bilhões somente em 2008. grUPo DE PArtEs iNtErEssADAs Dados seu porte, sua inserção territorial e a natureza de sua prestação de serviços, é natural que a CAIXA esteja no centro de uma teia de relacionamentos tão ampla quanto heterogênea em sua composição.Tratar públicos tão diferentes entre si com equidade e transparência constitui a chave para qualificar e perenizar essas interações. PÚBlico iNtErNo Empregados A aprovação em concurso público é a porta de acesso ao quadro permanente de colaboradores da CAIXA. A classificação obtida na prova seletiva determina a ordem de convocação para assumir os cargos de carreira administrativa ou profissional. Para consumar sua admissão, o candidato tem de efetivar exames médicos e comprovar que preenche todos os requisitos previstos no edital de concurso público. Aposentados O respeito e a admiração pelos colaboradores que se retiram depois de anos de dedicação à CAIXA são expressos de diversas maneiras. rEPAssEs DA cAiXA Aos MUNicíPios BrAsilEiros (em milhões de R$) grupo de informações Valor 2006 Valor 2007 Variação (%) 2007/2006 Valor 2008 Variação (%) 2008/2007 Programas Sociais 7.529 8.945 18,81% 10.654 19,11% Benefícios ao Trabalhador 72.546 88.487 22% 98.529 11,35% Emprego e Renda - PF 25.126 27.744 10,42% 31.693 14,23% Emprego e Renda - PJ 23.156 25.816 11,49% 37.817 46,49% Desenv. Urbano - Habitação 14.136 21.138 49,53% 24.317 15,04% Desenv. Urbano - Saneam. e Infra. 4.221 15.657 270,93% 9.223 -41,09% Apoio à Gestão Pública 51 133 160,78% 54 -59,40% Saúde 495 899 81,62% 2.318 157,84% TOTAL 147.260 188.819 28,22% 214.605 13,66% Com 47 milhões de correntistas e poupadores e uma vasta gama de prestação de serviços à sociedade, a CAIXA é uma das importantes instituições do País 20 . Relatório de Sustentabilidade 2008 Relatório de Sustentabilidade 2008 . 21 Perfil DA CAIXA Empresa dá a jovens a chance de iniciação profissional combinada com a valorização do estudo cursar o Ensino Médio ou o Ensino Superior. Comprovantes de matrícula e de frequência em seus cursos, em escolas públicas ou particulares, são pré-requisitos para a admissão. Agências bancárias e postos de serviços oferecem o primeiro contato com o mundo profissional aos jovens alunos de nível médio. Por sua vez, quem está ou já superou o 5º semestre do curso universitário pode atuar nas unidades administrativas da CAIXA. Prestadores de serviços São incluídos como prestadores de serviços os colaboradores de empresas contratadas para a execução de serviços contínuos – que constituem necessidade permanente – nas dependências da CAIXA ou em instalações de terceiros indicadas pelo banco. correspondentes Bancários A CAIXA mantém sob contrato uma rede de empresas de comércio varejista com permissão para prestar serviços à comunidade em seu nome, obedecendo a critérios devidamente acordados. São os chamados correspondentes bancários. Podem atuar sob essa denominação estabelecimentos como mercearias, quitandas, panificadoras, minimercados, mercados, supermercados e hipermercados e outros locais que comercializem itens da cesta básica. Em municípios não assistidos por sua rede de atendimento, a CAIXA também inclui como correspondentes bancários empresas como postos de gasolina e lojas de material de construção. Unidades lotéricas São as empresas detentoras de permissão da CAIXA para atuar nas seguintes categorias: Casa Lotérica, Casa Lotérica Avançada, Casa Lotérica Avançada Temporária e Unidade Simplificada de Loterias. O candidato a empresário lotérico tem de se submeter à licitação pública. A concessão das permissões de funcionamento, porém, está subordinada às diretrizes da CAIXA, que considera o potencial de mercado e a disponibilidade tanto de bilhetes das loterias federais como de equipamentos apropriados para a execução dos serviços lotéricos. Loterias CAIXA: sonho de fortuna e inclusão social e esportiva Quem se aposenta pela CAIXA mantém o benefício do plano de saúde, além de poder usufruir de plano de previdência privada patrocinado pela empresa, caso tenha feito sua adesão no período da ativa. Esse público tem direito, ainda, a um seguro específico nas operações de crédito consignado oferecidas pelo banco. Renovação de convênio implantado em 1996 garante também o recebimento dos benefícios pagos pelo INSS por meio da Fundação dos Economiários Federais (Funcef), entidade que mantém atendi- mento para aposentadoria por tempo de contribuição, aposentadoria por idade e pensão por morte. Acordo celebrado em 2008 sistemati- zou uma agenda de encontros semanais com a Federação Nacional dos Aposentados da CAIXA (Fenacef), como forma de a CAIXA manter um canal de diálogo permanente com representantes da categoria. Adolescente Aprendiz Categoria criada em 2003 para designar os colaboradores admitidos por meio do Programa Adolescente Aprendiz, desenvolvido em parceria com entidades assistenciais com vistas a oferecer formação técnico-profissional a jovens de 15 a 17 anos e 11 meses. Em seu período na empresa, o adolescente recebe orientação educacional e profissional especializada. A iniciativa tem como público-alvo as populações de baixa renda, atendendo inclusive a comunidades indígenas e quilombolas, graças à capilaridade territorial da CAIXA. A prioridade é a contratação de adolescentes oriundos de famílias beneficiadas pelos programas de inclusão social do governo federal. Jovem Aprendiz Como ampliação de seu programa de aprendizagem, a CAIXA concebeu esta categoria de colaboradores no intuito de incentivar a inserção de jovens de 18 a 24 anos no mercado de trabalho – não há limite etário para portadores de deficiência física. As tarefas atribuídas ao jovem aprendiz envolvem um grau mais elevado de responsabilidades em relação àquelas desempenhadas pelo adolescente aprendiz. Estagiários Outra via de ingresso no mercado de trabalho está nas vagas de estágio. Para se candidatar a estagiário da empresa, o jovem deve 22 . Relatório de Sustentabilidade 2008 Relatório de Sustentabilidade 2008 . 23 Perfil DA CAIXA PÚBlico EXtErNo Banco central do Brasil (Bc) Criado pela Lei nº 4.595/64, o Banco Central permanece como principal instrumento de regência do Sistema Financeiro Nacional, tendo como uma de suas atribui- ções fiscalizar a CAIXA, bem como bancos comerciais, bancos múltiplos, bancos de desenvolvimento, bancos de investimentos e sociedades de crédito, financia- mento e investimento. Cabe ao BC, ainda, autorizar e normatizar instituições pertencentes ao Sistema Financeiro Nacional, bem como nelas intervir. governo Federal A execução de políticas públicas do governo federal é uma atividade central da CAIXA. Vinculada ao Ministério da Fazenda, a instituição se vale da estrutura privile- giada, da onipresença geográfica e de expertise única para administrar e operar os programas que lhe são delegados pelo poder central. sociedade Ao longo de sua história de quase 150 anos de identifi- cação com a sociedade brasileira, a CAIXA consolidou a dupla vocação de perseguir sólidos resultados empresa- riais e de contribuir para a construção de um País mais desenvolvido, justo e igualitário. Seja por meio da oferta de serviços e produtos bancários, seja por sua atuação como agente de importantes programas governamentais em benefício da coletividade, a empresa tem papel importante no impulso ao desenvolvimento e à integração nacional. clientes Trata-se do principal grupo de partes interessadas da CAIXA: um público diversificado composto por cidadãos, empresas, organizações e instituições públicas e privadas, que compram bens e serviços para consumo, revenda ou transferência. coMUNicAÇão coM As PArtEs iNtErEssADAs As produtivas interações com a diversidade de públicos que constitui a rede de relacionamentos da CAIXA dependem em grande parte de canais de comunicação eficientes. Capazes de dinamizar o intercâmbio de informações entre a empresa e seus stakeholders, essas vias de diálogo permanente servem à prestação de contas, à divulgação de informações e aos esclarecimentos acerca de operações e atos administrativos. Paratanto, a empresa mantém os seguintes instrumentos de comunicação: PÚBlico EXtErNo relatório de sustentabilidade Peça publicada anualmente que se presta a identificar, mensurar e divulgar os impactos causados pela atividade produtiva da CAIXA e a apresentar as correspondentes ações para mitigar os efeitos. O Relatório de Sustentabilidade da CAIXA obedece aos padrões do modelo GRI (Global Reporting Initiative), referência mundial e que permite gerir, comparar e comunicar o desempenho social, ambiental e econômico de diferentes organizações. relatório da Administração Também de periodicidade anual, é parte integrante das Demonstrações Financeiras da CAIXA. Sua função é complementar as peças contábeis e as notas explicativas, formando um quadro completo do comportamento e do desempenho dos administradores na gestão e na alocação de recursos confiados à CAIXA. Enviado ao Banco Central como documento mandatório, o Relatório da Administração também é aberto ao conhecimento público por meio de divulgação pela imprensa e pela internet. relatório de gestão É um documento apresentado anualmente como prestação de contas da CAIXA ao Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. informações para o Balanço geral da União Na qualidade de agência oficial de fomento, a CAIXA tem o dever de fornecer informações sobre seu desempenho empresarial com vistas a subsidiar a produção do Balanço Geral da União, um dos documentos de prestação de contas que o Poder Executivo é constitucio- nalmente obrigado a levar ao conhecimento da sociedade. informações ao Banco central Como órgão regulador do Sistema Financeiro Nacional, o Banco Central é destinatário compulsório e regular de informações financeiras relacionadas à atividade da CAIXA. Além disso, sempre que for solicitada, a empresa deve atender prontamente a outras eventuais demandas do BC, como pedidos de dados adicionais. serviço de Atendimento ao consumidor Em respeito ao Decreto nº 6.523/08 – que regulamenta o Código de Defesa do Consumidor –, a CAIXA reativou no ano passado seu Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), canal de comunicação que as instituições bancárias passaram a ser obrigadas a abrir para seus clientes. Clientela da CAIXA: público diversificado composto por cidadãos, empresas e organizações oficiais e privadas 24 . Relatório de Sustentabilidade 2008 Relatório de Sustentabilidade 2008 . 25 O SAC da CAIXA presta atendimento em âmbito nacional por telefone (0800 726 0101), em sistema de discagem direta gratuita; por correio eletrônico, acessível pelo site da empresa, na seção “Ouvidoria CAIXA”; ou pelo endereço eletrônico sac@caixa.gov.br. ouvidoria Externa Também por conta do Decreto nº 6.523/08, o canal de Ouvidoria Externa da CAIXA passou por reestruturação, somando agora a atribuição de atuar como última instância de intermediação entre cliente e empresa, no caso de pendências não solucionadas pelas unidades de atendimento ou pelo SAC. No desempenho desse papel, a Ouvidoria Externa amplia seu papel estratégico, colocando-se como interlocutora das áreas gestoras e dos conselhos deliberativos. informações aos Órgãos Externos de controle e de Fiscalização, ao conselho Fiscal e à Auditoria independente A CAIXA assume inteira responsabilidade pela exatidão das informações prestadas ao grupo de stakeholders formado pelos órgãos de controle e fiscalização – do sistema financeiro, como um todo, e das atividades da CAIXA, em particular. A empresa se empenha para atender com a máxima eficiência possível a toda e qualquer demanda dessas autoridades por dados, oferecendo esclarecimentos e documentos resultantes de auditorias, inspeções, acórdãos, decisões, requisi- ções, diligências, reclamações e representações. telefone 0800 – Pessoas com Deficiência Auditiva Entre os serviços oferecidos às pessoas com necessidades especiais, destacam-se duas centrais de atendimento telefônico exclusivo para pessoas com deficiência auditiva. No número 0800 726 2492 é possível obter informa- ções sobre todos os produtos e serviços da CAIXA, inclusive programas sociais (como PIS, bolsas e Seguro Desemprego), suporte tecnológico e efetuar reclamações, sugestões e elogios, 24 horas por dia, sete dias por semana. Já no telefone 0800 728 4462, a CAIXA oferta acesso a consultas e serviços dos cartões de crédito. Nos dois casos, para utilizar o sistema é necessário que a pessoa com deficiência auditiva faça a ligação de um telefone conhecido como TDD, que possui um teclado (semelhante ao de uma máquina de datilografia) e um pequeno monitor de cristal líquido, que permitem a comunicação com os operadores/atendentes por escrito. Esses aparelhos podem ser encontrados em aeroportos, shoppings e outros centros de grande circulação. internet Comodidade 24 horas por dia para a sociedade brasileira é o que a CAIXA busca oferecer por meio da tecnologia digital. Pelo site da empresa na internet, qualquer usuário tem acesso a seu portfólio de produtos, com destaque para serviços e informações nas áreas de habitação, loterias e FGTS. Por sua vez, os correntistas são brindados com a praticidade do Internet Banking CAIXA, que lhes permite realizar transações financeiras, ou dos serviços prestados por telefone celular, como consultas, pagamentos e transferências. PÚBlico iNtErNo intranet cAiXA A intranet tem papel central no diálogo da empresa com seu público interno e, também, no intercâmbio de informações entre os empregados. Composto por um conjunto de redes digitais interconectadas, o sistema faz circular com agilidade notícias e esclarecimentos funcionais, divulga metas e ações, dissemina conheci- mentos e enfatiza no dia a dia a missão, as políticas e as diretrizes corporativas. correio Eletrônico Ferramenta de comunicação administrativa entre as unidades da CAIXA, seus empregados, estagiários e prestadores de serviço, a chamada CAIXA-M@il facilita e agiliza o desenvolvimento das atividades da empresa. ouvidoria interna Canal de comunicação destinado ao cliente interno e de uso exclusivo para o encaminhamento de reclamações, sugestões, elogios e denúncias. O remetente tem garantia de sigilo de sua identidade. As manifestações, além de merecerem resposta tão pronta quanto possível, alimentam um banco de informações úteis para a adoção de medidas corretivas e a melhoria de processos, produtos e serviços. A Ouvidoria Interna se destaca como instrumento que promove a gestão participativa, uma vez que valoriza e integra a contribuição individual dos colaboradores da empresa. Perfil DA CAIXA Com uma trajetória de 148 anos e 98 mil colaboradores, a CAIXA consolidou-se como organização voltada para o desenvolvimento do País 151,4 milhõ̃es de contas foram administradas pela CAIXA em 2008, 17,6% a mais do que em 2007 24.996 unidades formaram a rede de atendimento da empresa no ano passado 26 . Relatório de Sustentabilidade 2008 Relatório de Sustentabilidade 2008 . 27 CORPO RATIVA Gover nança Edson Gaspar de Moraes Tem 47 anos e 28 de C AIXA. Há 25 anos, tra balha como gerente-g eral da agência Domin gos Martins (ES). Também é orient ador local do Program a Adolescente Aprend iz. Você gosta de trabalha r na CAIXA? Sim, muito. Como gerente, cr io condiçõ̃es para o crescime nto dos colegas e ofereço produtos e serviços que ajud am a melhorar a vida da pop ulação. Na CAIXA, também me envolvo com traba lho voluntário. Quais são seus sonhos? Dentro da CAIXA, fazer o curso de instrutor antes de me aposentar. Fora dela, terminar o curso de Psicolog ia, ter meus quatro filhos be m encaminhados e, por fim, ver uma sociedade mais justa e solidária. O que você tem feito p ara que esses sonhos s ejam realizados? Voltei a cursar Psicologia, e educo meus filhos dentro de princípios morais,éticos e espirituais. Doo ainda parte d o tempo para o trabalho volu ntário. Como ajudar o País e o planeta? Qualquer mudança deve come çar pelo indivíduo. Por isso, c uido da educação dos meus filhos. Se as pessoas d erem ao mundo filhos melhore s, teremos um mundo melhor. Como acredito na fo rça do trabalho voluntário, também faço palestras para sensibilizar as pessoas. Nádia Klipel Littig Tem 15 anos. Estuda no 9º ano do Ensino Fundamental, em Vitória (ES). Portadora de deficiência auditiva, integra desde julho de 2008 o Programa Adolescente Aprendiz, da CAIXA, em Domingos Martins (ES).O que você mais gosta de fazer?Gosto de dançar, porque, quando danço, fico perto dos meus amigos. Qual é o seu maior sonho?Quero ter uma moto para ir visitar a minha avó na casa dela. Como é ser uma adolescente aprendiz da CAIXA?É ́muito bom. Gosto de trabalhar, curto conhecer coisas novas. O que eu tenho aprendido na CAIXA me ajudará a ter independência financeira. O que você quer ser no futuro?Ser bancária. Aprendi na CAIXA a gostar do ambiente de um banco. O que precisa ser melhorado no planeta?O mundo necessita de paz. Não precisa ter violência. > os depoimentos continuam na página 30 A adoção das melhores práticas em governança corporativa tem possibilitado à CAIXA o desenvolvimento de um modelo de gestão compatível com os desafios centrais das organizações modernas: integrar as dimensões social, econômica e ambiental por meio do desempenho empresarial responsável, que prioriza a ética na geração de valor para a sociedade. Presente no dia a dia da população como braço operacional de políticas de desenvolvi- mento do Estado, a CAIXA tem compromisso histórico e uma gestão corporativa contempo- rânea, que se traduzem em honestidade, respeito, responsabilidade e transparência – na condução dos negócios, nos relacionamentos com as partes interessadas e na prestação de contas de suas atividades. Atualizado em junho de 2008, o Estatuto da empresa propõe um desenho organizacional de acordo com esse princípio. Compõem a estrutura de comando da CAIXA o Conselho de Administração, a Presidência, o Conselho Diretor e 11 Vice-Presidências. Cabem a essas instâncias as tarefas de propor a orientação geral do negócio e de conceber, deliberar e executar a estratégia adequada à consecução dos objetivos corporativos. O Estatuto da CAIXA também prevê a existência de órgãos de apoio à gestão: comitês, comissões e conselhos que, agindo sinérgica e integra- damente, assumem decisões operacionais e administrativas. A gestão da CAIXA está, segundo seu sistema de governança corporativa, organizada em três níveis. São eles: • Nível Estratégico, envolvendo o Conselho de Administração, a Presidência e o Conselho Diretor; • Nível Executivo, do qual participam a Presidência, o Conselho Diretor, os Comitês de Gestão de Ativos de Terceiros e de Fundos Governamentais e as Vice-Presidências; • Nível Operacional, a cargo das Vice-Presidências, individualmente, e de todas as unidades organizacionais. coNsElHo DE ADMiNistrAÇão No papel de instância superior, o Conselho de Administração tem como responsabilidade a aprovação das políticas e das estratégias corporativas, do Plano Geral de Negócios, do Plano de Trabalho Anual, dos programas de longo prazo e do orçamento da empresa. Atua em consonância com as diretrizes da política econômica do governo federal. De seus sete conselheiros, cinco são indicados pelo ministro da Fazenda e um, pelo ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão. O sétimo conselheiro é o próprio presidente da CAIXA, que, conforme o Estatuto, atua como vice-presidente do Conselho de Administração. A nomeação de todos os membros é feita pelo Ministério da Fazenda. Seus mandatos valem por três anos, com direito à recondução por mais um período consecutivo. O que você pode fazer para ajudar as pessoas? Não brigar e ser bem-educada com todos. Como você acha que vai ser o mundo no futuro? Acho que as pessoas vão ter mais amor no coração e, assim, poderão se ajudar mais. Qual deve ser o papel da CAIXA na nossa vida? A CAIXA pode oferecer mais trabalho para os menores aprendizes e ajudar as pessoas pobres a ter emprego. O que a CAIXA poderia fazer que ainda não faz? Ela pode ampliar o número de vagas para as pessoas deficientes terem trabalho. Como você imagina que será a CAIXA do futuro? Um banco melhor para se trabalhar e melhor para todas as pessoas. O que precisa ser melhorado no Brasil e no mundo? Precisamos mudar o modelo econômico que valoriza mais os que podem produzir algo e exclui os que não se enquadram no padrão. É́ um modelo que leva as pessoas a pensarem no lucro a qualquer custo, sem compromisso com a sustentabilidade. O que você espera deixar para seus filhos e seus netos? Um mundo mais justo e solidário, com pessoas valorizadas e respeitadas pelo que são e não pelo dinheiro que possuem. O que você espera do futuro? Aposentar-me na CAIXA e depois trabalhar como psicólogo (voluntário ou remunerado), para contribuir com a construção de um mundo mais fraterno e justo. Qual é o papel da CAIXA na vida dos brasileiros? A CAIXA tem um papel fundamental: o de ajudar a redução das desigualdades sociais. O que ela pode fazer para termos um futuro melhor? Estar sempre comprometida com os seus valores. O que ainda falta à CAIXA para cumprir plenamente sua missão? Ter mais agilidade nas decisõ̃es e na condução de processos internos, melhorar o parque tecnológico, contratar conforme as necessidades de cada unidade e conscientizar os empregados sobre a missão e os valores empresariais. Nádia Edson CONTINuAÇÃO DOS DEPOIMENTOS Edson, com a jovem Nádia: valorização dos princípios éticos, morais e espirituais 30 . Relatório de Sustentabilidade 2008 Relatório de Sustentabilidade 2008 . 31 coNsElHo DirEtor Órgão executivo que formula as políticas e estratégias corporativas e as apresenta ao Conselho de Administração. É responsável pelo Plano Geral de Negócios, pelos progra- mas de atuação de longo prazo, pelo Plano Diretor e pelo orçamento global das Demonstrações Contábeis, entre outras atribuições. Sua composição prevê dez membros: o presidente da CAIXA mais nove executivos escolhidos entre os 11 vice-presidentes da empresa. Aos outros dois vice-presidentes cabe responder pela áreas de Gestão de Ativos de Terceiros e de Administração de Fundos, Progra- mas e Serviços Delegados pelo Governo Federal. PrEsiDÊNciA De acordo com o Estatuto aprovado pelo Decreto nº 6.473, de 5 de junho de 2008, em seu artigo 20, a Presidência é o órgão de administração responsável pela gestão e repre- sentação da CAIXA e, conforme o artigo 21, compete-lhe: I - Elaborar, ouvido o Conselho Diretor, o modelo de gestão da CAIXA e submetê-lo, com suas atualizações e aperfei- çoamentos, à aprovação do Conselho de Administração. II - Propor ao Conselho de Administração, ouvido o Conselho Diretor, desafios e objetivos corporativos para a CAIXA. III - Elaborar, ouvido o Conselho Diretor, proposta de Plano Estratégico da CAIXA e submetê-la à aprovaçào do Conselho de Administração. IV - Encaminhar o Plano Estratégico da CAIXA ao Conselho Diretor, orientando-o quanto à elaboração do plano de sua implementação. V - Supervisionar, monitorar e controlar o cumprimento dos dasafios e objetivos corporativos da CAIXA, de tudo prestando contas ao Conselho de Administração. VI - Homologar e monitorar o cumprimento do plano de implementação do Plano Estratégico da CAIXA. VII - Coordenar e supervisionar os trabalhos das Vice- Presidências. VIII - Propor ao Conselho de Administração a criação, instalação e supressão de Superintendências Nacionais e Regionais. IX - Aprovar normas corporativas propostas pelas Vice- Presidências. X - Elaborar os Regimentos Internos da Comissão de Ética e dos Comitês Estatutários, exceto os do Comitê de Auditoria, e submetê-los à apreciaçãodo Conselho de Administração. XI - Analisar, com a Vice-Presidência de cada área, o desempe- nho e os resultados obtidos pela área, decidindo sobre a necessidade de ajustes, correções ou planos de contingência. XII - Divulgar, perante órgãos e instituições públicas, econômicas e sociais, os resultados obtidos pela CAIXA no cumprimento de seus objetivos e na administração ou operacionalização de fundos, programas e serviços delegados pela governo federal. XIII - Requerer a cessão de servidores dos quadros de pessoal da administraçào pública federal e aprovar a contratação a termo de profissionais, na forma e nos limites estabelecidos no artigo 46 deste Estatuto. VicE-PrEsiDÊNciAs A estrutura da CAIXA compreende 11 Vice-Presidências. Divididas por áreas de competência, sobre as quais assumem a responsabilidade administrativa, têm como missão elaborar estratégias gerais, fixando objetivos e metas para diretores de suas respectivas unidades. São elas: • Vice-Presidência de Atendimento e Distribuição; • Vice-Presidência de Gestão de Ativos e Terceiros; • Vice-Presidência de Controle e Risco; • Vice-Presidência de Finanças; Governança CORPORATIVA • Vice-Presidência de Fundos de Governo e Loterias; • Vice-Presidência de Gestão de Pessoas; • Vice-Presidência de Governo; • Vice-Presidência de Logística; • Vice-Presidência de Pessoa Física; • Vice-Presidência de Pessoa Jurídica; • Vice-Presidência de Tecnologia da Informação. APoio À gEstão De acordo com o artigo 32 do Estatuto, a CAIXA constituirá os seguintes conselhos e comitês: • Conselho de Gestão de Ativos de Terceiros; • Conselho de Fundos Governamentais e Loterias; • Comitê de Auditoria; • Comitê de Risco; • Comitê de Prevenção contra os Crimes de Lavagem de Dinheiro; • Comitê de Compras e Contratações; • Comitê de Avaliação de Negócios e Renegociação; • Comitê de Ética. coNtrolE DA gEstão Como convém ao bom exercício da governança, a CAIXA dispõe de diferentes instâncias para realizar as indispensáveis tarefas de monitorar e fiscalizar seu processo de gestão. Em âmbito mais amplo, o próprio aparato público prevê o acompanhamento e o controle externo da empresa por instituições como o Ministério da Fazenda, o Banco Central, o Tribunal de Contas, a Controlado- ria Geral da União, o Ministério Público, o Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais e até mesmo o Congresso Nacional. Independentemente dos instrumentos de controle externo, a CAIXA conta com a atuação do Conselho Fiscal, integrado por cinco membros escolhidos pelo ministro da Fazenda. O mandato de cada integrante é de um ano, com possibilidade de recondução ao cargo. O conselho tem como atribuições principais fiscalizar os atos dos administradores, verificar o cumprimento dos deveres legais e estatutários, opinar sobre a prestação anual de contas da CAIXA, analisar os balance- tes e Demonstrativos Contábeis, examinar as Demonstrações Financeiras e manifestar sua opinião sobre a situação econômico-financeira da empresa. A empresa conta, ainda, com uma Auditoria Interna, unidade vinculada ao Conselho de Administração e que executa, acompanha e monitora as determinações do Comitê de Auditoria. Dentro da empresa, desempenha o trabalho de atestar a legalidade e a legitimidade dos atos administrativos. A avaliação da eficácia da gestão de risco, do controle e das práticas de governança também está sob seu encargo. MoDElo DE gEstão O ano de 2008 consolidou o novo modelo de gestão da CAIXA, que vinha sendo implantado desde o exercício anterior. Fazer o simples para fazer mais e melhor foi o princípio norteador desse modelo, que alinha as boas práticas do mercado com as especificidades da empresa, de modo a otimizar seu processo decisório, aprimorar a gestão de pessoas, ajustar a arquitetura organizacional, reposicionar os processos de maneira a focar o cliente e aperfeiçoar a integração dos negócios. O resultado é uma CAIXA cada vez mais ágil, competitiva e apta a incorporar a excelência no dia a dia de atendimento à população brasileira. O modelo de gestão vigente baseia-se em quatro eixos: governança corporativa, sistema de planejamento (que promove a integração entre o Plano Estratégico, o Plano de Implementação e planos operacionais), avaliação de resultados (que contempla resultados financeiros, econômicos, sociais e ambientais, sob a ótica da sustentabilidade) e arquitetura organizacional. Este último eixo demandou a reconfiguração dos macroprocessos corporativos, agora organizados em três níveis: Macroprocessos de Governança Corporativa, Macropro- cessos de Negócios e Macroprocessos de Suporte. gestão de risco A crise que se abateu sobre os mercados mundiais a partir do último trimestre de 2008 pôs em evidência o tema da gestão 32 . Relatório de Sustentabilidade 2008 Relatório de Sustentabilidade 2008 . 33 de riscos por parte das instituições financeiras. A política corporativa da CAIXA, em conformidade com seu Plano Estratégico, com regulações internas e externas e com as boas práticas de governança, permite aos gestores identificar o comprometimento de capital para fazer frente aos riscos inerentes a produtos, serviços e operações; avaliar os impactos sobre os resultados e decidir sobre os limites de exposição aceitáveis. Os índices de inadimplên- cia comprovam a eficácia da gestão de controle e risco: só em financiamentos habitacionais, o índice de 2,1% do final de 2007 caiu para 1,7% em 2008. No crédito comercial, a queda foi ainda mais expressiva, de 5,4% para 4%. Para além de sua atividade-fim, o macroprocesso de Gestão de Controle e de Risco contribui para a tomada de decisões da CAIXA, garantindo o cumprimento das políticas de gerenciamento de riscos – além do empenho permanente na implementação das melhores práticas, visando à segurança dos clientes, dos investidores e da sociedade. Implantado pelo Conselho Diretor em 2007, o Projeto Estratégico Basileia II gerencia todas as ações em andamento na CAIXA, com o intuito de adequá-las aos requisitos do Novo Acordo de Capitais da Basileia, documento internacional que preconiza a adoção de modelos avançados de gestão de riscos financeiros. conflitos de interesse Como parte de seu modelo de governança corporativa, a CAIXA dispõe de instrumentos que asseguram a inibição de conflitos de interesses entre suas diversas instâncias de gestão. O Estatuto da empresa (disponível no portal caixa.gov.br/acaixa/estrutura_organizacional.asp) explicita que os órgãos de administração deverão, no âmbito das respectivas atribuições e competências, observar algumas regras de segregação de funções, como forma de evitar conflitos de interesse. São elas: I - As unidades responsáveis por funções de contabi- lidade, controladoria, controle e riscos ficarão sob a supervisão direta do vice-presidente designado exclusivamente para a função de controle e risco. II - O vice-presidente designado exclusivamente para a função de controle e risco responderá ao Banco Central pelo acompanhamento, pela supervisão e pelo cumpri- mento das normas e procedimentos de contabilidade, riscos e do Sistema de Controles Internos. III - As unidades responsáveis pela formulação de políticas e gestão de risco de crédito não podem ficar sob a supervisão direta de vice-presidente a que estiverem vinculadas as atividades de concessão de créditos ou de análise de garantias. IV - É vedado ao Conselho Diretor e aos responsáveis pela administração de recursos próprios da CAIXA intervir na formulação de políticas de gestão de ativos de terceiros e de administração ou operacionalização das loterias federais e dos fundos instituídos pelo governo federal, incluído o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). V - Os membros do Conselho Diretor não responderão solidariamente pelasatividades de formulação de politicas de gestão de ativos de terceiros e pela administração ou operacionalização das loterias federais e dos fundos instituídos pelo governo federal, incluído o FGTS. VI - Um dos vice-presidentes responderá pelo cumpri- mento das medidas e pelas comunicações relativas à prevenção e ao combate às atividades relacionadas com os crimes previstos na Lei nº 9.613/98. VII - Um dos vice-presidentes responderá ao Banco Central pelo acompanhamento e pela supervisão das atividades da Ouvidoria, sendo-lhe permitido exercer outras atividades na CAIXA, exceto a de responsável pela adminis- tração de recursos de terceiros. Além do Estatuto, uma das diretrizes da Política de Governança Corporativa da CAIXA diz que os tomadores de decisão condu- zem-se de forma a prevenir a ocorrência de quaisquer situações que possam, de alguma forma, caracterizar conflito de interesses e afetar os negócios, serviços e demais operações da empresa. Participação em Associações e organismos Com o objetivo de favorecer a defesa de seus interesses, a CAIXA participa de fóruns de discussão de entidades externas governamentais e não governamentais, nacionais e internacio- nais, por meio de filiação ou de associações. Entre os organis- mos dos quais participa, destacam-se: • Associação Brasileira de Instituições Financeiras de Desenvolvimento (ABDE); • Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip); • Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito (Abecs); • Associacion Latinoamericana de Instituciones Financeiras para el Desarrollo (Alide); • Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos dos Mercados de Capitais (Apimec); • Brazilian-American Chamber of Commerce; • Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB); • Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC); • Câmara de Comércio Brasileira no Japão (CCBJ); • Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds); • Comitê de Entidades de Combate à Fome e pela Vida (COEP); • Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social; • Federação Brasileira dos Bancos (Febraban); • Fundação dos Economiários Federais (Funcef); • World Lotery Association (WLA). Governança da CAIXA: ética, transparência e geração de valor à sociedade Governança CORPORATIVA 34 . Relatório de Sustentabilidade 2008 Relatório de Sustentabilidade 2008 . 35 Relacionamento COM O PÚBLICO INTERNO Daniel da Costa Maha Tem dez anos. É filho de Maria An gélica e estuda no 5º ano do Ensi no Fundamental, em Brasília (DF) . O que você mais gosta de fazer ? Jogar videogame. Acho que alguns jogos têm a minha cara. O que você quer ser quando cre scer? Quero ser biólogo. Adoro animais. Qual é o seu maior sonho? Ter uma casa repleta de bichos. O que precisa ser melhorado no planeta? O meio ambiente. Ao poluir, as pessoas estão destruindo a Terra. O que você pode fazer pelo mu ndo? Acho que ajudar as pessoas e não joga r lixo no chão. Como você acha que vai ser o mundo no futuro? Vai ter mais avanço tecnológico, e as pe ssoas vão parar de poluir o meio ambien te. Também acho que vai acabar a crise ec onômica. Quais são seus sonhos? Um mundo justo, com cada pessoa vivendo dignamente, sem medo, semganância, respeitando os outros e o planeta. O que você tem feito para que esses sonhos sejam realizados?Trato as pessoas com respeito e ajudo quem precisa, dentro de minhas condiçõ̃es. Também ensino aos meus filhos valores morais e éticos. O que precisa ser melhorado no Brasil e no mundo?No Brasil, a distribuição de renda. No mundo, a intolerância e a discriminação devem acabar. Além disso, as pessoas precisam entender que tudo o que elas fazem repercute no meio ambiente. Como ajudar o País e o planeta?Tratando as pessoas com respeito e tendo preocupaçõ̃es como comprar produtos de empresas que cuidam do meio ambiente, adquirir frutas e vegetais cultivados localmente, reciclar coisas, reutilizar objetos, não jogar lixo no chão, não estragar as plantas, não maltratar animais. E ensinar, ensinar, ensinar: os filhos, os amigos, os vizinhos e os colegas. Maria Angélica da Costa Tem 40 anos e está há oito anos na CAIXA. É analista sênior da Gerência Nacional de Educação Corporativa e Capacitação e integrante da Comissão de Igualdade Racial da empresa, em Brasília (DF). Tem três filhos, entre eles o Daniel. > os depoimentos continuam na página 38 N o desempenho de suas atividades, a CAIXA jamais perde o foco do beneficiário final de suas ações: as pessoas. Nesse quase século e meio de estreita convivência com o povo brasileiro, a empresa sempre se empenhou em atender aos interesses populares e, de certa forma, transformou-se num espelho dessa sociedade, refletindo em seu quadro de funcionários a riqueza da diversidade humana brasileira. No fim de 2008, a empresa assinalava 78.175 empregados, uma comunidade espalhada por todo o País. Trata-se de pessoas de diferentes formações, raças, costumes e crenças, concentradas em grandes centros ou dispersas pelos rincões, mas que compartilham a missão de ajudar o País a melhorar por meio de seu trabalho cotidiano a serviço da CAIXA. Sem o comprometimento de tais pessoas, seria inviável à empresa dar conta de seus objetivos institucionais e empresariais. Investir na preservação de tamanho recurso estratégico é dever corporativo. Ajudar no desenvolvimento do ser humano, para que busque sua autorrealização, é destino institu- cional. A dupla motivação atrela à CAIXA uma política de gestão de pessoas baseada no diálogo, com respeito ao indivíduo e estímulo permanente ao pleno aproveitamento do potencial dos empregados. Por meio da aplicação de programas de educação e capaci- tação, a empresa não só forma profissionais melhor preparados, como também forma cidadãos conscientes de sua importância no contexto da sociedade moderna. Mais do que capital humano, os colaboradores da CAIXA aprendem a se reconhecer como construtores de um modelo de desenvolvimento sustentável, pautado pela ética, pela inclusão e pelo respeito ambiental. gEstão DE PEssoAs O Pacto Global é uma iniciativa articulada pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de disseminar um novo padrão ético para a atividade empresarial. A CAIXA é uma das signatárias desse acordo internacional e traduz esse compromisso semeando em seu dia a dia a cultura da responsabilidade corporativa. Tal compromisso significa o dever, entre uma multiplicidade de outras obrigações, de aprimorar constantemente o relaciona- mento com sua força de trabalho. Disseminado em todos os níveis operacionais como um valor estratégico, o aperfeiçoa- mento da gestão de pessoas tem na Comissão de Ética da CAIXA um fórum de permanente troca de ideias acerca de demandas e problemas práticos vividos pelo colaborador no desempenho de sua profissão. Por meio de suas deliberações, o órgão promove o ajuste fino das relações entre as pessoas dentro da organização e também entre os colaborado- res e a empresa, examinando cada caso sob a lente dos princípios da responsabilidade socioempresarial. Faz parte da natureza do trabalho da Comissão de Ética destacar Maria Angélica, com o filho Daniel: desejo de um mundo melhor, mais justo e igualitário Por que você participa da Comissão de Igualdade Racial da CAIXA? Sou negra, sei o sofrimento que a cor da pele pode impor a uma pessoa. Não quero isso para meus filhos. Quando falava sobre o assunto com colegas, percebia muita desinformação. Decidi fazer algo. A oportunidade de atuar na comissão veio na hora certa. Como seu trabalho na comissão ajuda a melhorar a sociedade? Acredito na CAIXA e em seu poder de influência. Se ampliarmos o respeito à diversidade e criarmos açõ̃es que demonstrem nosso compromisso com a transformação da sociedade, outras empresas seguirão o exemplo. O que você espera
Compartilhar