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Apostila de Endodontia

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Apostila de 
Endodontia 
Anatomia da cavidade pulpar
Introdução 
Endodontia – ramo da odontologia que trata 
da etiologia, diagnostico, terapêutica e 
profilaxia das doenças e lesões que afetam a 
polpa dentária e a raiz dentária, bem como o 
tecido periapical 
Cavidade pulpar 
Espaço no interior do dente, ocupado pela 
polpa e limitado por dentina, esse espaço é 
conhecido como espaço pulpar, sendo 
ocupado pela polpa (único tecido mole do 
dente). 
A cavidade pulpar divide se em: 
Câmara pulpar 
Canal radicular 
 
Câmara pulpar 
Compõe a porção coronária da cavidade 
pulpar, assemelhando-se em forma à 
superfície externa do dente. 
Componentes da câmara pulpar 
Paredes (P) – circundam a parte interna da 
câmara pulpar. 
Teto (T) – localizado abaixo da superfície 
oclusal para dentes posteriores e da margem 
incisal para dentes anteriores; 
Corno pulpar ou divertículo pulpar (C) - Um 
para cada cúspide, logo a câmara pulpar 
acompanha o formato das cúspides 
Assoalho (A) - O assoalho da câmara pulpar 
é a face oposta ao teto da câmara e onde 
estão localizadas as entradas dos canais 
(mesmo nível da linha cervical). 
 
Canal radicular 
Compõe a porção radicular da cavidade 
pulpar, que se afunila progressivamente 
assemelhando- se ao formato externo da raiz. 
De modo geral o canal radicular apresenta o 
mesmo trajeto da raiz a que pertence. Pode 
ser, portanto, reto, curvo e sinuoso. 
Didaticamente, pode ser dividido em três 
porções ou terços denominados cervical, 
médio e apical. Podem ainda apresentar 
variações quanto ao número, à forma, 
direção e configuração. 
 
Sistema de canais 
O sistema de canais radiculares é uma série 
de ramificações que formam um sistema, não 
é formado exclusivamente por canais únicos, 
e sim por um emaranhado de canais; 
A) Canal principal – presente em todos as 
raízes é o principal e o mais calibroso 
percorre toda extensão da raiz até o ápice. 
B) Canal colateral ou bifurcado - paralelo ao 
canal principal, porém de menor calibre 
C) Canal lateral ou adventício – está 
ramificação está localizada no terço médio ou 
cervical da raiz, sai do canal principal e alcança 
o periodonto lateral. 
D) Canal secundário - sai do canal principal e 
termina no periodonto lateral, está 
ramificação está localizada no terço apical da 
raiz. (não confundir com canal colateral). 
E) Canal acessório - ramificação que sai do 
canal secundário e termina na região do 
periodonto apical. 
F) Interconduto ou intercanal - Comunica dois 
canais. 
G) Canal recorrente - Sai do canal principal 
percorre a dentina e volta ao canal principal. 
H) Canais reticulares - entrelaçamento de 3 
ou mais canais. 
I) Canal Delta apical - Múltiplas terminações do 
canal principal, originando forames múltiplos. 
J) Canal cavo - inter - radicular - sai do 
assoalho da câmara pulpar e termina na 
bi/trifurcação radicular (raro). 
 
Segmento apical do canal 
Canal dentinário: Formadas por paredes 
dentinárias. 
Canal dentinocementário (CDC): união entre 
os canais dentinários e cementários. - Local 
onde termina a polpa e começa o periodonto. 
Canal cementário: estende-se do CDC até o 
forame apical. 
Forame apical: abertura do canal radicular na 
região apical através do qual os tecidos da 
polpa e do ligamento periodontal se 
comunicam e por onde penetram os vasos 
sanguíneos que vão suprir a polpa dentária 
 
 
 
 
Morfologia dos canais radiculares 
Incisivo central superior 
Número de raízes: Raiz única (entretanto em 
algumas anomalias pode ser encontrado mais 
de uma raiz); 
Forma radicular: forma cônica triangular com 
ápice rombo (ápice mais arredondado). 
Números de canais: canal único; 
Ponto de eleição: centro da face palatina 
(região de cíngulo); 
Direção de trepanação: perpendicular ao 
longo eixo; 
Forma de conveniência: triangular com base 
para incisal (seguir anatomia da fossa P). 
 
Incisivo lateral superior 
Número de raízes: raiz única; 
Forma radicular: forma cônica triangular; 
Número de canais: canal único 
Ponto de eleição: centro da face palatina 
(região de cíngulo); 
Direção de trepanação: perpendicular ao 
longo eixo; 
Forma de conveniência: triangular com base 
para incisal (seguir anatomia da fossa P). 
 
Incisivo central inferior 
Número de raízes: Raiz única; 
Forma radicular: forma elipsoide (como se 
fosse uma elipse); 
Números de canais: Canal único (em algumas 
anomalias devido ao seu formato achatado 
pode ser encontrado mais de uma raiz; 
Ponto de eleição: centro da face lingual 
(região de cíngulo); 
Direção de trepanação: perpendicular ao 
longo eixo; 
Forma de conveniência: triangular com base 
para incisal (seguir anatomia da fossa L). 
 
Incisivo lateral inferior 
Número de raízes: Raiz única; 
Forma radicular: cônica elipsoide; 
Números de canais: Canal único (85%) ou 
duplo (15%). 
Ponto de eleição: centro da face lingual 
(região de cíngulo); 
Direção de trepanação: perpendicular ao 
longo eixo; 
Forma de conveniência: triangular com base 
para incisal (seguir anatomia da fossa L). 
 
Canino superior 
Número de raízes: raiz única; 
Forma radicular: forma cônica triangular, 
achatamento mesiodistal; 
Número de canais: canal único; 
Ponto de eleição: centro da face palatina 
(imediatamente em cima do cíngulo); 
Direção de trepanação: perpendicular a 
superfície da coroa depois paralelo ao longo 
eixo; 
Forma de conveniência: Ovoide (chama de 
vela). 
 
Canino inferior 
Número de raízes: raiz única; 
Forma radicular: forma cônica triangular, 
achatamento mesiodistal (se for muito grande 
divide a raiz em duas); 
Número de canais: canal único 97% ou duplo; 
Ponto de eleição: centro da face lingual 
(imediatamente em cima do cíngulo); 
Direção de trepanação: perpendicular a 
superfície da coroa depois paralelo ao longo 
eixo; 
Forma de conveniência: Ovalado (chama de 
vela). 
 
 
1° pré-molar superior 
Número de raízes: 2 raízes, uma vestibular e 
outra palatina; 
Forma radicular: vestibular: estreita e elíptica. 
Palatina: calibrosa e circular; 
Número de canais: geralmente apresenta 2 
canais (raramente pode apresentar 3); 
Ponto de eleição: Centro da face oclusal; 
Direção de trepanação: paralelo ao longo eixo 
longitudinal do dente; 
Forma de conveniência: Ovalada com eixo 
maior no sentido vestibulopalatino. 
 
1° pré-molar inferior 
Número de raízes: raiz única; 
Forma radicular: cônico triangular pode 
apresentar bi ou trifurcação; 
Número de canais: geralmente apresenta 2 
canais (raramente pode apresentar 3); 
Ponto de eleição: Centro da face oclusal; 
Direção de trepanação: paralelo ao longo eixo 
longitudinal do dente; 
Forma de conveniência: Ovalada com eixo 
maior no sentido vestibulolingual. 
 
2° pré-molar superior 
Número de raízes: raiz única; 
Forma radicular: elipsoide, achatamento mesio 
distal; 
Número de canais: geralmente apresenta 1 
canal (raramente pode apresentar 2); 
Ponto de eleição: Centro da face oclusal; 
Direção de trepanação: paralelo ao longo eixo 
longitudinal do dente; 
Forma de conveniência: paredes divergente 
para oclusal (circular). 
 
2° pré-molar inferior 
Número de raízes: raiz única; 
Forma radicular: Cônica; 
Número de canais: geralmente apresenta 1 
canal (raramente pode apresentar 2); 
Ponto de eleição: Centro da face oclusal; 
Direção de trepanação: paralelo ao longo eixo 
longitudinal do dente; 
Forma de conveniência: paredes divergente 
para oclusal (circular). 
 
 
 
 
1° molar superior 
Número de raízes: possui 3 raízes; 2 raízes 
vestibular (M - D) e uma palatina. 
Forma radicular: bem diferenciadas e 
divergentes; 
Número de canais: 3 ou 4 canais radiculares, 
o 4° canal aparece na raiz mesio vestibular 
devido ao achatamento proximal. 
Ponto de eleição: Sulco central; 
Direção de trepanação: paralelo ao longo eixo 
do dente, depois inclina para palatina; 
Forma de conveniência: trapezoidal. 
 
1° molarinferior 
Número de raízes: possui 2 uma mesial e 
outra distal 
Forma radicular: raízes bem diferenciadas 
separadas ou fusionadas; 
Número de canais: Normalmente apresenta 3 
condutos (MV, ML e D), pode apresentar 
também um quarto conduto ou apenas 2 
condutos; 
Ponto de eleição: Sulco central; 
Direção de trepanação: paralelo ao longo eixo 
do dente, depois inclina para distal; 
Forma de conveniência: trapezoidal. com 
base para mesial. 
 
2° olar superior 
Número de raízes: possui 3 raízes; 2 raízes 
vestibular (M - D) e uma palatina. 
Forma radicular: pode apresentar 3 raízes 
separadas ou fusionadas ou ainda as 2 raízes 
vestibulares fusionadas; 
Número de canais: 3 canais radiculares; 
Ponto de eleição: Sulco central; 
Direção de trepanação: paralelo ao longo eixo 
do dente, depois inclina para palatina; 
Forma de conveniência: triangular com a base 
voltada para face vestibular (a câmara está 
mais para mesial). 
 
2° Molar inferior 
Número de raízes: possui 2 uma mesial e 
outra distal 
Forma radicular: raízes bem diferenciadas 
separadas ou fusionadas; 
Número de canais: Normalmente apresenta 3 
condutos (MV, ML e D), pode apresentar 
também um quarto conduto (D²); 
Ponto de eleição: Sulco central; 
Direção de trepanação: paralelo ao longo eixo 
do dente, depois inclina para distal; 
Forma de conveniência: trapezoidal. com 
base para mesial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Acesso coronário 
O acesso à cavidade é a abertura na coroa 
dental através da remoção do teto da câmara 
pulpar que tem por objetivo a localização, 
limpeza, modelagem, desinfecção e 
obturação do sistema de canais radiculares. 
Princípios básicos da abertura 
coronária 
Fase de penetração 
Atravessar o teto da câmara pulpar com uma 
broca 1557 ou broca diamantada esférica 
compatível com o tamanho da cavidade, em 
alta rotação. 
 
Fase de alargamento 
Broca esférica, em baixa rotação, de menor 
diâmetro do que a ponta usada na fase de 
penetração. Preferencialmente uma broca HL 
(haste longa) para melhor penetração e 
visibilidade. 
 
Fase de acabamento 
Alisar as paredes da cavidade de acesso. 
(Endo z). 
Etapas de abertura coronária 
PONTO DE ELEIÇÃO: ponto onde iniciamos 
a abertura. 
ZONA DE ABORDAGEM: início da perfuração 
do esmalte até chegar na dentina. 
DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO: a direção que 
a broca segue. 
FORMA DE CONTORNO: forma obtida após 
a remoção do teto pulpar. 
FORMA DE CONVENIÊNCIA: refinamento, 
para que não haja batente. 
 
Abertura coronária nos incisivos 
superiores e inferiores 
1. Ponto de eleição: Centro da face 
palatina/lingual; 
2. Direção de trepanação: Inicialmente 
penetração perpendicular à superfície até a 
espessura do esmalte e metade da dentina; 
muda a direção da broca esférica para 
paralela ao eixo longitudinal do dente; 
3. Forma de contorno: triangular com base 
voltada para incisal; 
4. Forma de conveniência: Paredes proximais 
discretamente expulsivas; 
 
Em incisivos inferiores segue os mesmos 
princípios, contudo fica um triangulo mais 
estreito no sentido mesio distal. 
Abertura coronária nos caninos 
superiores e inferiores 
1. Ponto de eleição: Centro da face 
palatina/lingual, imediatamente acima do 
cíngulo; 
2. Direção de trepanação: Inicialmente 
penetração perpendicular à superfície até a 
espessura do esmalte e metade da dentina; 
muda a direção da broca esférica para 
paralela ao eixo longitudinal do dente; 
3. Forma de contorno: Ovalada ou ovoide 
com eixo maior no sentido cérvico-incisal; 
4. Forma de conveniência: Paredes proximais 
discretamente expulsivas; 
 
Abertura coronária nos pré-molares 
superiores e inferiores 
1. Ponto de eleição: Centro da face oclusal; 
2. Direção de trepanação: Inicialmente 
penetração com a broca paralelamente ao 
longo eixo; depois muda a direção da broca 
levemente para palatina; 
3. Forma de contorno: Ovalada ou ovoide 
com eixo maior no sentido vestibulopalatino; 
4. Forma de conveniência: Paredes 
proximais discretamente expulsivas para 
oclusal; 
 
 
Abertura coronária nos molares 
superiores 
1. Ponto de eleição: sulco central entre as 
margens mesial e distal; 
2. Direção de trepanação: primeiro a broca 
entra paralela ao eixo longitudinal do dente, 
depois vai ser discretamente inclinada para o 
canal radicular de maior volume (palatino); 
3. Forma de contorno: varia de acordo a 
quantidade de canais; triangular com a base 
voltada para face vestibular (3 canais) ou 
trapezoidal (4 canais); 
4. Forma de conveniência: parede mesial 
divergente e distal convergente para oclusal. 
 
Abertura coronária nos molares 
inferiores 
1. Ponto de eleição: sulco central entre as 
margens mesial e distal; 
2. Direção de trepanação: primeiro a broca 
entra paralela ao eixo longitudinal do dente 
desgastando o esmalte e uma parte da 
dentina, depois em um segundo momento 
vai-se inclinar discretamente a broca a distal; 
3. Forma de contorno: trapezoidal com a 
base voltada para face mesial; 
4. Forma de conveniência: parede mesial 
divergente e distal convergente para oclusal. 
 
 
 
Instrumentos endodônticos 
Limas endodônticas 
São feitas de aço inoxidável, ou seja, não 
sofrem oxidação se entrarem em contato 
com substâncias químicas. 
Existem dois tipos limas, as manuais, o 
movimento quem faz é o operador com as 
mãos e tem-se algumas limas que são 
acionadas com o moto, que são limas 
rotatórias. 
Cabo: traz algumas informações importantes, 
como COR, NÚMERO, FORMATO; 
Cursor: útil para determinar o comprimento 
da lima que se quer usar, ele é móvel; 
Haste intermediaria: variável que muda de 
tamanho de acordo com a lima; 
Parte Ativa: responsável por cortar a dentina, 
tem o comprimento fixo de 16 mm. 
 
 
Séries 
Série Especial 
Limas de numeração 06, 08 e 10 (incremento 
de 2 em 2). 
 
 
1ª Série 
Limas de numeração 15, 20, 25, 30, 35, 40 
(incremento de 5 em 5). 
 
2ª Série 
Limas de numeração 45, 50, 55, 60, 70, 80; 
(incremento de 5 em 5 até 60, depois de 10 
em 10). 
 
3ª Série 
limas de numeração 90,100, 110, 120, 130, 140; 
(incremento de 10 em 10). 
 
Características das limas 
Existem limas que cortam mais e limas que 
cortam menos, mais rígidas ou mais flexíveis, 
depende da variação da parte ativa. 
Limas tipo K 
Quadrado sem está pintado na parte de cima 
do cabo; 
São usadas em canais amplos e retos; 
Contêm menos espiras; 
São mais rígidas; 
Mais resistentes à torção; 
Guia de penetração ATIVA. 
 
Limas Tipo “H” - Hedströen 
Formato circular na parte de cima do cabo; 
Eficientes no corte; 
Bem flexíveis (frágeis); 
A fabricação dela é por usinagem; 
Guia de penetração INATIVA. 
 
Limas Tipo K Flexofile 
Quadrado pintado ou triangulo; 
Contêm mais espiras; 
São mais flexíveis; 
A secção transversal é triangular; 
A fabricação dela é por torção; 
Guia de penetração INATIVA. 
 
 
Tipos de material 
Limas de Aço-Carbono 
Boa eficiência 
Duráveis (carbono) 
Alta rigidez 
Sofrem corrosão 
Limas de Aço Inoxidável 
Menos rígidas 
Menos duráveis 
Desgasta mais 
Limas de Níquel -Titânio 
Alta flexibilidade 
São caras 
Alta durabilidade 
 
Cinemática da lima 
Movimento de Penetração 
Pressão apical - ¼ de volta à direita - ¼ de 
volta à esquerda 
Retirada 
Repetir 
Limagem 
Introdução passiva 
Pressão lateral 
Retirada em viés em todas as paredes 
Repetir até o instrumento estar folgado 
Ação de Força Balanceada 
Introdução no sentido anti-horário 
Resistência 
Girar no sentido horário 
Retirada 
 
Isolamento absoluto 
Na endodontia sempre deve ser realizado o 
isolamento absoluto, na maioria das vezes 
isola - se apenas um dente. 
O isolamento é empregado para isolar um ou 
mais dentes do contato com saliva e fluidos 
orais, permite a manutenção das condições 
de assepsia. 
Na endodontia a falta de isolamento absolutoé considerado uma negligência profissional, 
pois poderá ocasionar a contaminação do 
conduto e levar bactéria para o periápice. 
Acidentes que podem acontecer por 
falta de isolamento absoluto: 
Deglutição de um grampo, broca, lima; 
Substâncias como o hipoclorito de sódio pode 
entrar em contato com a cavidade bucal, 
provocando queimadura; 
Não mantem uma biossegurança, quebrando 
a cadeia asséptica. 
Barreira Gengival: Nos casos em que mesmo 
fazendo o isolamento absoluto de forma 
adequada, pode ocorrer de não se adaptar, 
nesses casos utiliza-se a barreira gengival. 
 
Materiais e instrumentais 
Perfurador de ainsworth 
Ajusta a perfuração de acordo com o 
diâmetro do dente. 
 
 
Lençol de borracha 
Feito de látex ou silicone comercializado em 
diferentes espessuras e cores. 
 
Arcos 
Utilizados para retrair e estabilizar o lençol de 
borracha. 
 
Pinça 
Transporta o grampo 
 
Grampos 
Os grampos prendem o lençol ao dente a ser 
tratado, ou em casos de isolamentos 
múltiplos, ao dente mais posterior, ajudam 
também na retração dos tecidos moles. 
 
Preparo biomecânico 
Etapa do tratamento endodôntico que visa à 
limpeza e modelagem do canal radicular por 
meio da ação mecânica dos instrumentos. 
No início do tratamento endodôntico deve ser 
realizado uma radiografia periapical (inicial). 
ORTORADIAL não tem distorção. 
O movimento do batente apical é o 
movimento de ROTAÇÃO. 
 O sucesso da terapia endodôntica depende 
da execução bem-feita do preparo químico-
mecânico e de uma boa obturação. 
O preparo biomecânico de um canal radicular 
é realizado por meio do emprego de 
soluções químicas (irrigação e aspiração), 
limas e instrumentais endodônticos. 
Preparo do canal radicular = 
INSTRUMENTAÇÃO + IRRIGAÇÃO do canal. 
A limpeza e o preparo do canal têm por 
finalidade a obturação compacta do sistema 
de canais radiculares. 
Limpeza 
Eliminar os irritantes através da ação química 
e mecânica. 
Modelagem 
O objetivo da modelagem é através da 
instrumentação, obter um canal de formato 
cônico contínuo, sem modificar o formato 
original do canal. 
ZONA CRÍTICA APICAL 
Essa área é dita crítica porque contém em 
íntima relação os tecidos e os elementos 
estruturais do periápice. É nessa área que 
ocorre a maioria dos problemas do 
tratamento dos canais radiculares. Esta zona 
crítica compreende os 4 milímetros finais da 
raiz, ou seja, a área apical. 
NEUTRALIZAÇÃO 
Mediata – paciente sistemicamente 
comprometido, quando não tem tempo; 
Imediata – coroa ápice, terço a terço. 
Odontometria 
A odontometria é a fase do tratamento 
endodôntico em que o dente é mensurado, 
para que seja estabelecido o limite apical de 
instrumentação. 
O comprimento é definido com base na 
radiografia inicial. 
Comprimento Aparente Do Dente (CAD). 
Medida da incisal à raiz do dente, mede a 
radiografia. 
 
Comprimento de Trabalho Provisório (CTP) 
valor de CAD – 3 mm. 
Ex: Um dente com CAD de 21 mm, no CTP 
subtrai 3 mm = 18 CTP. 
Transferir o valor do CTP para a lima 
previamente escolhida. O tamanho do CTP 
deve ser definido com o cursor, que deve 
ficar exatamente na incisal do dente. 
Neste momento deve se radiografar o dente 
com a lima em posição (radiografia 
odontométrica). 
D (distância da ponta da lima até o ápice) 
Distância medida da ponta da lima até o 
vértice radiográfico (ápice). 
 
Comprimento Real do Dente (CRD) 
Com base no valor obtido entre a ponta da 
lima e o ápice, saberemos quantos mm pode 
-se ainda adentrar, determinando o 
Comprimento Real do Dente. 
EX: CTP + D = CRD. Ex: CTP = 2 0 mm e 
D= 2mm, CRD= 22. 
Comprimento Real de Trabalho (CRT) 
É o comprimento real do dente – 1 mm. 
Ex: CRD = 18 mm – 1mm = CRT: 17 mm 
 
Técnica escalonada 
Vantagens 
Boa remoção raspas de dentina e resíduos; 
Maior penetração da solução irrigadora 
(especialmente no terço apical); 
Maior ampliação do forame e do batente 
apical. 
Preservação da forma original do forame 
apical. 
Como consequências da falta de patência. 
Podem ocorrer degraus e perfurações 
 
Batente Apical 
É como se fosse um degrau para limitar o 
material obturador e evitar que ele extravase. 
Faz a instrumentação do canal, “subindo” 
cerca de 3 ou 4 limas após a instrumentação 
apical inicial (IAI). 
Ex: Lima 30 (IAI), em sequência, Lima 35, 
Lima 40, Lima 45. 
Lima Memória 
O último instrumento a ser utilizado na 
primeira fase do preparo. Ela definirá, 
também, o tamanho do cone da guta percha 
a ser utilizada. 
A cada mudança de lima, usa-se a lima 
memória para igualar o canal. 
Ex: Lima 30 (IAI), Lima 30 (lima memória). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Medicação intracanal 
A medicação intracanal tem como objetivo, 
principalmente, potencializar a limpeza do 
canal e a reparação tecidual. 
Utilizada nos casos em que o tratamento 
endodôntico não pode ser concluído em uma 
sessão única, casos de polpa necrosada com 
ou sem lesão periapical. 
Hidróxido de cálcio 
Hidróxido de cálcio P.A. (Pró-Análise); 
Apresentado como um Pó Branco; 
Base forte, pH alcalino (12,6); O pH alcalino é 
um meio letal para as bactérias. 
Tem atividade antimicrobiana; 
Medicação intracanal mundialmente mais 
empregada, foi introduzida por Herman em 
1920. 
Vantagens: 
Absorve secreções purulentas; 
Biocompativel; 
Bactericida; 
Ótimo custo-benefício. 
 
 
 
Paramonoclorofenol 
canforado (PMCC) 
Usado como curativo de demora em casos 
de necrose pulpar quando a instrumentação 
não for terminada em apenas uma sessão. 
Geralmente é utilizado associado à pasta de 
hidróxido de cálcio; 
Citotóxico potente; 
Pouco efetivo sobre anaeróbios estritos; 
Não age na presença de matéria orgânica; 
Tem atividade antimicrobiana. 
 
Formocresol 
Utilizando quando não se instrumentou ainda 
o canal radicular (emergências); 
Efetivo sobre bactérias anaeróbicas (bola de 
algodão - age por volatização). 
Deve-se tomar cuidado pois é toxico. 
 
E.D.T.A 
O EDTA é um quelante que serve como 
amolecedor de dentina. Ele “rouba” íons de 
cálcio, desmineralizando a dentina e a deixa 
menos resistente, o que facilita na abertura 
do canal. 
É um material biocompativel e tem ação 
antisséptica. 
 
Corticosteroide e antibiótico 
Tem ação anti-inflamatória e ação 
antimicrobiana, e pode usar dentro do canal; 
São utilizados em casos de polpa viva, que 
precisa de uma ação anti-inflamatória; 
Otosporin (ouvido) e Maxitrol (olho) são as 
duas soluções mais utilizadas. 
 
Protocolo de Uso 
Polpa Viva 
Canais não-instrumentados: o Corticosteroide 
antibiótico 
Ex.: Otosporin ou Maxitrol. 
Canais instrumentados: Hidróxido de cálcio PA 
+ Veículo (aquoso ou viscoso) ou pastas 
prontas 
Ex.: Calen ou Ultracal. 
Polpa Necrosada (com ou sem lesão): 
Canais não-instrumentados: Formocresol 
Canais instrumentados: Hidróxido de cálcio PA 
+ Veículo + Paramonoclorofenol canforado 
ou pastas prontas. 
Ex.: Calen PMCC. 
O cimento de ionômero de vidro e o cimento 
obturador provisório são empregados no 
selamento provisório do canal. 
Cimento de ionômero de vidro 
Material restaurador provisório; 
Tem como vantagem a constante liberação 
de flúor, colaborando para a adequação do 
meio bucal. 
 
Cimento obturador 
provisório 
É indicado como isolante temporário de 
acessos e cavidades em tratamento 
endodôntico. 
 
Obturação de canais 
É o preenchimento tridimensional e 
hermético do sistema de canais radiculares 
por um material inerte ou material que 
estimule a reparação. 
Um canal bem obturado impede 
contaminação do ápice. 
 
Materiais obturadores 
Os materiais utilizados para obturar o canal 
radicular são os cones de guta-percha e o 
cimento obturador; 
Cones de guta percha+ Cimento Obturador 
= obturação do canal; 
É necessário utilizar o máximo de cones de 
guta-percha que conseguir (condensação 
lateral) e o espaço que não for preenchido 
pelos cones o cimento tem que escoar e 
preencher; 
Requisitos de um material obturador 
Físico-químico 
1. Ser plástico no momento de inserção, 
tornando-se sólido posteriormente; 
2. Bom tempo de trabalho e presa lenta; 
3. Ser radiopaco e de fácil remoção; 
4. Bom escoamento e boa aderência; 
5. Não ser solubilizado. 
 
Biológica 
1. Biocompativel; 
2. Ser reabsorvido no ápice quando 
extravasado; 
3. Estimular ou permitir a deposição do 
tecido mineralizado a nível foraminal 
 
 
Guta-percha 
 
É feita de um isômero da borracha, derivada 
do látex; 
O que preenche o canal é a guta-percha o 
cimento é usado em conjunto para ocupar o 
restante do espaço (não ter a estabilidade 
que a guta tem, ele é solubilizado). 
 
Vantagens: 
Boa adaptação; 
Não pigmenta a estrutura dental; 
Não é solubilizado pelos fluidos orgânicos; 
É estável; 
Fácil remoção. 
Desvantagem: 
Falta de rigidez; 
Não se adere as desregularidades do canal; 
Falta de adesividade. 
Cone principal 
Tem o mesmo calibre da lima memória que 
encaixa no batente apical. 
Deve-se colocar apenas 1 cone principal em 
cada canal, os demais espaços vazios 
preenchem-se com cone acessório. 
A guta percha deve ser posicionada a 1mm 
aquém do CDC (canal dento-cementário). 
Como saber se o cono está adaptado? 
1. Avaliação visual; 
2. Avaliação tátil (travamento); 
3. Avaliação radiográfica (prova do cone). 
 
Cones de 1° série 
Vai de 15 a 40 (como as limas de 1° serie). 
 
 
Cones de 2° série 
Vai de 45 a 80 (como as limas de 2° serie). 
 
 
Cones acessórios 
Após colocado o cone principal, o conduto é 
preenchido com cones acessórios. 
São mais finos e são colocados no conduto 
com o auxílio de espaçadores digitais. 
 
 
Cimentos endodônticos 
O cimento vai penetrar nas ramificações do 
canal e ocupar os espaços que a guta não 
ocupou. 
C. a base de oxido de zinco e eugenol 
Antimicrobiano; 
Não é o cimento de primeira escolha por ser 
citotóxico (é irritante); 
 
Cimentos a base de resina epóxicas 
Excelente radiopacidade e escoamento; 
Biocompativel; 
Solubilidade é menor; 
É mais estável; 
Padrão ouro. 
 
 
 
Cimentos com hidróxido de cálcio 
 
Muito tolerado pelos tecidos periapicais; 
Bom selamento biológico. 
 
 
 
Soluções irrigadora 
A limpeza do canal é feita pela ação mecânica 
dos instrumentos e pela ação física da 
solução irrigadora. Dentro do canal radicular 
existem ramificações que tem tanto tecido 
pulpar, quanto bactérias, que precisam ser 
removidos, então precisa-se da ação química 
da solução irrigadora, para realizar a limpeza 
completa do canal. 
Consequências de uma irrigação ineficiente 
Presença de raspas de dentina e matéria 
orgânica dentro do conduto; 
Plug de dentina no ápice; 
Extravasamento de material no periapice. 
Propriedades desejáveis das 
soluções irrigadoras 
Baixo coeficiente de viscosidade - logo 
precisa ser fluido; 
Baixa tensão superficial; 
Ter a capacidade de dissolver tecidos 
orgânicos; 
Facilitar a instrumentação; 
Ter atividade antimicrobiana; 
Atividade quelante - remoção da smear layer; 
Biocompatibilidade. 
Classificação das Soluções Irrigadoras 
Compostos halógenos - liberam cloro; 
Tensoativo (detergentes) - associados a 
outras soluções, não é eficaz sozinho; 
Quelantes; Ácidos; Peróxidos. 
Hipoclorito de sódio 
NaOCl - é obtido pela reação entre o 
hidróxido de sódio e o cloro à frio; 
O hipoclorito de sódio tem capacidade de 
dissolver matéria orgânica e poucas soluções 
irrigadoras têm essa capacidade. 
É uma das soluções mais empregadas na 
irrigação de canais, por possuir boas 
propriedades; 
Uso do hipoclorito de sódio (CUIDADO) 
Não é biocompativel - em altas 
concentrações causa irritação dos tecidos; 
 
Clorexidina 2% 
A clorexidina é um agente antibacteriano de 
amplo espectro, ele não é capaz de dissolver 
biofilme, mas tem capacidade de matar 
bactérias (gram negativas e positivas); 
Por ter substantividade ela tem uma ação 
prolonga mesmo depois do seu uso, até 72h 
depois do seu uso; 
Não é totalmente biocompativel, mas é mais 
que o hipoclorito de sódio; 
Desvantagens 
Não dissolve matéria orgânica; 
Não tem ação detergente; 
Não elimina smear layer. 
NaOCl Clorexidina 2% 
Alterações pulpares e periapicais 
A causa da dor odontogênica pode-se dar 
por/de três formas/origem: 
Pulpar; 
 90% DOS CASOS 
Periapical; 
Periodontal; 10% DOS CASOS 
Principais alterações pulpares 
• Natureza inflamatória. 
• Etiologia infecciosa. 
Testes de vitalidade pulpar 
TÉRMICOS 
Calor: Com um bastão de guta-percha 
plastificado, coloca -se o teste por 15 
segundos no dente, se nesse tempo o 
paciente levantar a mão deu positivo, do 
contrário deu negativo. 
 
Frio: Com uma bolinha de algodão 
embebida de gás refrigerante coloca-se de 
10 a 5 segundos ou até o paciente sentir. O 
paciente deve ficar com a mão levantada 
enquanto sentir estímulo do frio. Se o 
paciente não sentir nada deu negativo. 
 
PERCUSSÃO 
Utiliza-se o cabo do espelho, realiza 3 batidas 
leves, se o paciente sentir dolorido, o 
mesmo deve levantar a mão, dando assim 
um sinal positivo; 
Percussão vertical: cabo do espelho 
está paralelo ao longo eixo do dente; 
quando o resultado é positivo é indicativo de 
comprometimento apical; 
 
Percussão horizontal: cabo do espelho 
está perpendicular ao longo eixo do dente, 
quando o resultado é positivo é indicativo de 
comprometimento periodontal. 
 
PALPAÇÃO 
Consiste em tatear a região apical do órgão 
dentário, se a resposta for positiva 
certamente já tem comprometimento do 
periodonto. 
CAVIDADE 
Com uma broca diamantada esférica, é 
realizado uma pequena cavidade no dente 
sem anestesiar (região de acesso), se o 
paciente não relatar nenhum desconforto é 
porque está necrosado. 
 
ELÉTRICO 
utilizam a passagem de corrente elétrica 
estimulando diretamente as fibras sensoriais. 
O teste é realizado com o Pulp tester, sobre 
uma estrutura de dente saudável (o paciente 
precisa segurar a caneta para fechar o 
circuito). Quando o paciente sentir uma 
“fisgada”, o mesmo deve tirar a mão do 
aparelho. Se chegar até 80 e o paciente não 
acusar o resultado é negativo. 
 
RADIOGRAFIA 
Para fechar um correto diagnostico uma 
radiografia é essencial. 
 
 
 
Fatores Etiológicos 
Fatores biológicos (ex:carie), físicos 
(ex:trauma) e químicos (ex:ácido fosfórico) 
podem desenvolver na polpa um processo 
inflamatório, onde pode ser reversível ou 
irreversível. 
Pulpite reversível 
Leve alteração inflamatória da polpa que 
cessa quando remove o estímulo. Hiperemia 
pulpar 
Sinais e sintomas 
Geralmente é assintomática, contudo, o 
paciente pode acusar dor aguda, rápida, 
localizada e fugaz. Queixa de dor ao estímulo 
frio. 
Clinicamente detecta-se restauração ou lesão 
de carie extensa. 
Teste pulpares (positivo) 
Calor: Dor aguda e imediata, passa após 
remoção de estímulo. 
Frio: Dor aguda, rápida, localizada, passa após 
remoção de estímulo. 
Elétrico: Formigamento ou queimação. 
Cavidade: Dor aguda. 
Testes perirradicular (negativo) 
Percussão e palpação: resultado negativo, 
sem comprometimento. 
Radiográfico: lesão de cárie. 
Tratamento 
Remoção da causa 
 
Pulpite irreversível 
Quadro de inflamação severa, de caráter 
irreversível em área de contato direto desta 
com M.O da cárie. 
Sinais e sintomas 
Assintomática: Não há dor, o que se dar 
em virtude da exposição pulpar, o que 
possibilita a drenagem do exsudato. 
Clinicamente pode apresentar presença de 
cárie ou restauração extensa, que por sua 
vez quando removida, observa-se exposição 
pulpar. Paciente pode relatar episódio anterior 
de dor.Testes pulpares 
Calor: Positivo 
Frio: Pode haver resposta. Menos nos casos 
avançados. 
Elétrico: Somente em alta potência. 
Cavidade: geralmente é positivo. 
Testes perirradiculares (negativo) 
Percussão: Negativo 
Sintomática: A dor pode ser provocada, 
aguda, localizada, persistente. Em casos mais 
avançados, a dor relatada pode ser pulsátil, 
lancinante, continua e espontânea. 
Analgésicos não apresenta efeito. 
Testes pulpares 
Calor: A aplicação de calor aumenta a dor. 
Frio: O frio pode causar alívio da dor, devido 
ao efeito vasoconstritor e anestésico. 
Testes perirradiculares 
Parte dos pacientes apresentam alodínia 
mecânica em resposta ao teste de 
percussão. 
Tratamento 
Biopulpectomia. 
 
Necrose pulpar 
Caracterizado pelo somatório de alterações 
morfológicas que acompanham a morte 
celular em um tecido. 
Clinicamente é assintomático, pode haver 
relato prévio de dor. Em casos que o tecido 
está comprometido a dor pode estar 
presente. 
Testes pulpares 
Todos os testes pulpares são negativos. 
Testes perirradiculares 
Percussão e palpação: Depende do status da 
polpa. 
Radiográfico: O epitélio do ligamento 
periodontal pode apresentar-se espaçado e 
também lesão radicular caracterizada por 
reabsorção óssea. 
 
 
 
Pulpite crônica hiperplásica 
Crescimento hiperplásico da polpa que 
apresenta tecido de granulação que 
ultrapassa os limites da câmara pulpar. 
 
Granuloma periapical 
É uma área radiolucida no ápice do dente (só 
é possível diferenciar do cisto no exame 
histopatológica) resultante de uma necrose 
pulpar, cujos subprodutos atingem a região 
de periápice e estimulam hiperemia, edema, 
reabsorção óssea e formação de tecido de 
granulação. 
Cisto periapical 
É uma área radiolucida no ápice do dente 
desvitalizado, assim como o granuloma, só 
pode ser diagnosticado após a biopsia. 
Revestido internamente por epitélio, 
contendo líquido no seu interior (Restos 
epiteliais de malasses). 
 
1Diagnóstico diferencial cisto ou granuloma 
 
Pericementite apical aguda 
É uma inflamação aguda dos tecidos situados 
em volta do ápice. Dependendo do agente 
agressor pode se transformar em abscesso 
agudo ou periodontite apical crônica . Dor 
provocada pela pressão e oclusão. 
Abcesso dento alveolar aguda 
Inflamação aguda purulenta e localizada. 
Apresenta mais de uma fase que varia de 
acordo com a gravidade. 
Fase inicial: A coleção purulenta está limitada 
a região apical. 
Tratamento 
• Abertura coronária (mínimo 2 sessões) 
• Drenagem espontânea 
• Antibiótico 
Fase em evolução: Avança pelos tecidos 
subperiosteais. 
Tratamento 
• Abertura coronária (mínimo 2 sessão) 
• Antibiótico 
Fase evoluída : Fase cíclica da fístula 
Tratamento 
• Rastreamento da fistula com cone de 
guta-percha esterilizado. 
• Tratamento em múltiplas sessões até a 
fistula fechar. 
 
 
Rizogênese imperfeita 
É um incompleto desenvolvimento radicular, 
que pode ser causado pela interrupção 
celular da bainha epitelial de hetwin, trauma 
em dentes recém erupcionados, cárie muito 
extensa também pode interromper o 
processo de rizogênese. A rizogênese 
imperfeita acontece em dentes jovens. 
 
Tipos de reabsorção 
Externa: Acontece na parte externa da raiz. 
 
Interna: Acontece dentro do canal radicular. 
Na reabsorção interna faz todo tratamento 
endodôntico e coloca MTA na lesão, que irá 
estacionar a reabsorção. 
 
 
 
Técnicas: 
Apicificação 
Tratamento onde estimula a formação de 
uma barreira calcificada no ápice do dente. 
Hidróxido de cálcio ou MTA 
Remoção da cárie → Acesso → Preparo 
químico-mecânico → Insere o material de 
escolha (60 em 60 dia trocar). 
 
Revascularização 
Restabelecimento da vitalidade da polpa em 
casos de necrose de dentes em 
desenvolvimento (ápices abertos até 1,5 mm) 
1ª consulta: Anestesia → Irrigação → aplica 
pasta antibiótica no canal → Selamento 
2ª consulta: (2 a 4 semanas) → Remover a 
medicação intracanal com EDTA a 17 % → 
Induzir sangramento do canal → 3mm de 
MTA → ionômero de vidro de 3 a 4 mm 
sobre o MTA. → Restauração com resina 
Apicigênese 
Complementação radicular, em dentes que 
apresenta pelo menos tecido vivo na porção 
apical. 
Hidróxido de cálcio - Óxido de zinco e 
eugenol. 
Acidentes e complicações 
durante a instrumentação 
Os principais fatores que podem levar a 
acidentes e complicações são: 
• Insucesso endodôntico; 
• Complexidade anatômica do canal; 
• Desconhecer as propriedades 
mecânicas dos instrumentos 
• Pouca habilidade do profissional 
• Falta de técnica. 
Os acidentes mais comuns no preparo 
químico-mecânicos dos canais são: 
• Formação de Degraus 
• Transporte Apical – Canal Curvo 
• Fratura do Instrumento 
• Perfurações Endodôntica. 
Formação de degraus 
Irregularidade criada na parede de um canal 
radicular, aquém do comprimento de trabalho 
e sem comunicação com o periodonto; 
Como resolver? 
Para ultrapassar o degrau, deve-se pré-curvar 
o instrumento, a fim de seguir para o leito 
natural do canal; 
 
Transporte apical 
Mudança do trajeto do canal na parede 
externa de um canal radicular curvo no terço 
apical, é um acidente exclusivo do terço apical 
em canais curvos. Quando esse tipo de 
intercorrência acontece sempre sangra. 
Prevenção: 
Pré-curvar os instrumentos: Necessário para 
canais curvos, nos canais retos não precisa. 
Não realizar movimento de limagem e sim 
movimento de alargamento. 
Sempre que possível, empregar 
instrumentos elásticos. 
 
 
Sobreinstrumentação 
Transporte apical, só que, em canal reto; 
Consequências: 
Hemorragia 
Dor e/ou desconforto persistente 
Dificuldade de travar o cone 
 
 
Como resolver? 
Um novo batente apical deve ser 
estabelecido, situado aproximadamente de 2 
a 3 mm a partir do ápice radiográfico; 
Caso não seja possível, realiza-se um tampão 
apical com MTA. 
 
Fratura de instrumento 
Ocorre quando uma parte do instrumento 
fratura e o segmento fraturado precisa ser 
removido do canal. 
Como resolver? 
Com o auxílio do microscópio, pontas 
ultrassónicas e instrumentais específicos é 
possível remover instrumentos fraturados no 
interior do canal. 
O segmento pode ser sepultado quando não 
for possível remover, contudo não pode 
estar impedindo a passagem no sentido apical. 
Perfurações endodônticas 
São comunicações acidentais da cavidade 
pulpar (câmara pulpar ou canal radicular) de 
um dente com o periodonto. 
Quanto mais para próximo da porção coronal 
estiver, melhor o prognóstico. 
Como resolver? 
O tratamento depende do local que ocorreu 
a lesão. Em região mais coronal pode ser 
resolvido com restauradores usado em 
dentistica. 
Quando vai se aproximando do ápice uma 
forma de tratar é preenchendo a lesão com 
MTA tomando cuidado para não extravasar 
em outras regiões do canal. 
Outra opção de tratamento é o seu 
preenchimento com pastas à base de 
hidróxido de cálcio, que devem ser renovadas 
até ocorrer o selamento biológico da 
perfuração. 
 
 
 
Referências bibliográficas 
Hélio Pereira Lopes, José Freitas Siqueira Jr. 
Endodontia, Biologia e Técnica. 15ª Edição. 
Kenneth M. HARGREAVES e LOUIS H. 
BERMAN Cohen. Caminhos da Polpa, 11ª 
edição, 2017. 
COHEN, S. & HARGREAVES, K. M. Caminhos 
da Polpa. 9ª. ed. (português), Ed. Elsevier 
Editora Ltda, Rio de Janeiro, 2007. 1079p. 
Acidentes e Complicações no Tratamento 
Endodôntico – Soluções Clínica. 2ª Ed. 2004. 
Clóvis Monteiro Bramante, Alceu Berbert

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