Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Apostila de Endodontia Anatomia da cavidade pulpar Introdução Endodontia – ramo da odontologia que trata da etiologia, diagnostico, terapêutica e profilaxia das doenças e lesões que afetam a polpa dentária e a raiz dentária, bem como o tecido periapical Cavidade pulpar Espaço no interior do dente, ocupado pela polpa e limitado por dentina, esse espaço é conhecido como espaço pulpar, sendo ocupado pela polpa (único tecido mole do dente). A cavidade pulpar divide se em: Câmara pulpar Canal radicular Câmara pulpar Compõe a porção coronária da cavidade pulpar, assemelhando-se em forma à superfície externa do dente. Componentes da câmara pulpar Paredes (P) – circundam a parte interna da câmara pulpar. Teto (T) – localizado abaixo da superfície oclusal para dentes posteriores e da margem incisal para dentes anteriores; Corno pulpar ou divertículo pulpar (C) - Um para cada cúspide, logo a câmara pulpar acompanha o formato das cúspides Assoalho (A) - O assoalho da câmara pulpar é a face oposta ao teto da câmara e onde estão localizadas as entradas dos canais (mesmo nível da linha cervical). Canal radicular Compõe a porção radicular da cavidade pulpar, que se afunila progressivamente assemelhando- se ao formato externo da raiz. De modo geral o canal radicular apresenta o mesmo trajeto da raiz a que pertence. Pode ser, portanto, reto, curvo e sinuoso. Didaticamente, pode ser dividido em três porções ou terços denominados cervical, médio e apical. Podem ainda apresentar variações quanto ao número, à forma, direção e configuração. Sistema de canais O sistema de canais radiculares é uma série de ramificações que formam um sistema, não é formado exclusivamente por canais únicos, e sim por um emaranhado de canais; A) Canal principal – presente em todos as raízes é o principal e o mais calibroso percorre toda extensão da raiz até o ápice. B) Canal colateral ou bifurcado - paralelo ao canal principal, porém de menor calibre C) Canal lateral ou adventício – está ramificação está localizada no terço médio ou cervical da raiz, sai do canal principal e alcança o periodonto lateral. D) Canal secundário - sai do canal principal e termina no periodonto lateral, está ramificação está localizada no terço apical da raiz. (não confundir com canal colateral). E) Canal acessório - ramificação que sai do canal secundário e termina na região do periodonto apical. F) Interconduto ou intercanal - Comunica dois canais. G) Canal recorrente - Sai do canal principal percorre a dentina e volta ao canal principal. H) Canais reticulares - entrelaçamento de 3 ou mais canais. I) Canal Delta apical - Múltiplas terminações do canal principal, originando forames múltiplos. J) Canal cavo - inter - radicular - sai do assoalho da câmara pulpar e termina na bi/trifurcação radicular (raro). Segmento apical do canal Canal dentinário: Formadas por paredes dentinárias. Canal dentinocementário (CDC): união entre os canais dentinários e cementários. - Local onde termina a polpa e começa o periodonto. Canal cementário: estende-se do CDC até o forame apical. Forame apical: abertura do canal radicular na região apical através do qual os tecidos da polpa e do ligamento periodontal se comunicam e por onde penetram os vasos sanguíneos que vão suprir a polpa dentária Morfologia dos canais radiculares Incisivo central superior Número de raízes: Raiz única (entretanto em algumas anomalias pode ser encontrado mais de uma raiz); Forma radicular: forma cônica triangular com ápice rombo (ápice mais arredondado). Números de canais: canal único; Ponto de eleição: centro da face palatina (região de cíngulo); Direção de trepanação: perpendicular ao longo eixo; Forma de conveniência: triangular com base para incisal (seguir anatomia da fossa P). Incisivo lateral superior Número de raízes: raiz única; Forma radicular: forma cônica triangular; Número de canais: canal único Ponto de eleição: centro da face palatina (região de cíngulo); Direção de trepanação: perpendicular ao longo eixo; Forma de conveniência: triangular com base para incisal (seguir anatomia da fossa P). Incisivo central inferior Número de raízes: Raiz única; Forma radicular: forma elipsoide (como se fosse uma elipse); Números de canais: Canal único (em algumas anomalias devido ao seu formato achatado pode ser encontrado mais de uma raiz; Ponto de eleição: centro da face lingual (região de cíngulo); Direção de trepanação: perpendicular ao longo eixo; Forma de conveniência: triangular com base para incisal (seguir anatomia da fossa L). Incisivo lateral inferior Número de raízes: Raiz única; Forma radicular: cônica elipsoide; Números de canais: Canal único (85%) ou duplo (15%). Ponto de eleição: centro da face lingual (região de cíngulo); Direção de trepanação: perpendicular ao longo eixo; Forma de conveniência: triangular com base para incisal (seguir anatomia da fossa L). Canino superior Número de raízes: raiz única; Forma radicular: forma cônica triangular, achatamento mesiodistal; Número de canais: canal único; Ponto de eleição: centro da face palatina (imediatamente em cima do cíngulo); Direção de trepanação: perpendicular a superfície da coroa depois paralelo ao longo eixo; Forma de conveniência: Ovoide (chama de vela). Canino inferior Número de raízes: raiz única; Forma radicular: forma cônica triangular, achatamento mesiodistal (se for muito grande divide a raiz em duas); Número de canais: canal único 97% ou duplo; Ponto de eleição: centro da face lingual (imediatamente em cima do cíngulo); Direção de trepanação: perpendicular a superfície da coroa depois paralelo ao longo eixo; Forma de conveniência: Ovalado (chama de vela). 1° pré-molar superior Número de raízes: 2 raízes, uma vestibular e outra palatina; Forma radicular: vestibular: estreita e elíptica. Palatina: calibrosa e circular; Número de canais: geralmente apresenta 2 canais (raramente pode apresentar 3); Ponto de eleição: Centro da face oclusal; Direção de trepanação: paralelo ao longo eixo longitudinal do dente; Forma de conveniência: Ovalada com eixo maior no sentido vestibulopalatino. 1° pré-molar inferior Número de raízes: raiz única; Forma radicular: cônico triangular pode apresentar bi ou trifurcação; Número de canais: geralmente apresenta 2 canais (raramente pode apresentar 3); Ponto de eleição: Centro da face oclusal; Direção de trepanação: paralelo ao longo eixo longitudinal do dente; Forma de conveniência: Ovalada com eixo maior no sentido vestibulolingual. 2° pré-molar superior Número de raízes: raiz única; Forma radicular: elipsoide, achatamento mesio distal; Número de canais: geralmente apresenta 1 canal (raramente pode apresentar 2); Ponto de eleição: Centro da face oclusal; Direção de trepanação: paralelo ao longo eixo longitudinal do dente; Forma de conveniência: paredes divergente para oclusal (circular). 2° pré-molar inferior Número de raízes: raiz única; Forma radicular: Cônica; Número de canais: geralmente apresenta 1 canal (raramente pode apresentar 2); Ponto de eleição: Centro da face oclusal; Direção de trepanação: paralelo ao longo eixo longitudinal do dente; Forma de conveniência: paredes divergente para oclusal (circular). 1° molar superior Número de raízes: possui 3 raízes; 2 raízes vestibular (M - D) e uma palatina. Forma radicular: bem diferenciadas e divergentes; Número de canais: 3 ou 4 canais radiculares, o 4° canal aparece na raiz mesio vestibular devido ao achatamento proximal. Ponto de eleição: Sulco central; Direção de trepanação: paralelo ao longo eixo do dente, depois inclina para palatina; Forma de conveniência: trapezoidal. 1° molarinferior Número de raízes: possui 2 uma mesial e outra distal Forma radicular: raízes bem diferenciadas separadas ou fusionadas; Número de canais: Normalmente apresenta 3 condutos (MV, ML e D), pode apresentar também um quarto conduto ou apenas 2 condutos; Ponto de eleição: Sulco central; Direção de trepanação: paralelo ao longo eixo do dente, depois inclina para distal; Forma de conveniência: trapezoidal. com base para mesial. 2° olar superior Número de raízes: possui 3 raízes; 2 raízes vestibular (M - D) e uma palatina. Forma radicular: pode apresentar 3 raízes separadas ou fusionadas ou ainda as 2 raízes vestibulares fusionadas; Número de canais: 3 canais radiculares; Ponto de eleição: Sulco central; Direção de trepanação: paralelo ao longo eixo do dente, depois inclina para palatina; Forma de conveniência: triangular com a base voltada para face vestibular (a câmara está mais para mesial). 2° Molar inferior Número de raízes: possui 2 uma mesial e outra distal Forma radicular: raízes bem diferenciadas separadas ou fusionadas; Número de canais: Normalmente apresenta 3 condutos (MV, ML e D), pode apresentar também um quarto conduto (D²); Ponto de eleição: Sulco central; Direção de trepanação: paralelo ao longo eixo do dente, depois inclina para distal; Forma de conveniência: trapezoidal. com base para mesial. Acesso coronário O acesso à cavidade é a abertura na coroa dental através da remoção do teto da câmara pulpar que tem por objetivo a localização, limpeza, modelagem, desinfecção e obturação do sistema de canais radiculares. Princípios básicos da abertura coronária Fase de penetração Atravessar o teto da câmara pulpar com uma broca 1557 ou broca diamantada esférica compatível com o tamanho da cavidade, em alta rotação. Fase de alargamento Broca esférica, em baixa rotação, de menor diâmetro do que a ponta usada na fase de penetração. Preferencialmente uma broca HL (haste longa) para melhor penetração e visibilidade. Fase de acabamento Alisar as paredes da cavidade de acesso. (Endo z). Etapas de abertura coronária PONTO DE ELEIÇÃO: ponto onde iniciamos a abertura. ZONA DE ABORDAGEM: início da perfuração do esmalte até chegar na dentina. DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO: a direção que a broca segue. FORMA DE CONTORNO: forma obtida após a remoção do teto pulpar. FORMA DE CONVENIÊNCIA: refinamento, para que não haja batente. Abertura coronária nos incisivos superiores e inferiores 1. Ponto de eleição: Centro da face palatina/lingual; 2. Direção de trepanação: Inicialmente penetração perpendicular à superfície até a espessura do esmalte e metade da dentina; muda a direção da broca esférica para paralela ao eixo longitudinal do dente; 3. Forma de contorno: triangular com base voltada para incisal; 4. Forma de conveniência: Paredes proximais discretamente expulsivas; Em incisivos inferiores segue os mesmos princípios, contudo fica um triangulo mais estreito no sentido mesio distal. Abertura coronária nos caninos superiores e inferiores 1. Ponto de eleição: Centro da face palatina/lingual, imediatamente acima do cíngulo; 2. Direção de trepanação: Inicialmente penetração perpendicular à superfície até a espessura do esmalte e metade da dentina; muda a direção da broca esférica para paralela ao eixo longitudinal do dente; 3. Forma de contorno: Ovalada ou ovoide com eixo maior no sentido cérvico-incisal; 4. Forma de conveniência: Paredes proximais discretamente expulsivas; Abertura coronária nos pré-molares superiores e inferiores 1. Ponto de eleição: Centro da face oclusal; 2. Direção de trepanação: Inicialmente penetração com a broca paralelamente ao longo eixo; depois muda a direção da broca levemente para palatina; 3. Forma de contorno: Ovalada ou ovoide com eixo maior no sentido vestibulopalatino; 4. Forma de conveniência: Paredes proximais discretamente expulsivas para oclusal; Abertura coronária nos molares superiores 1. Ponto de eleição: sulco central entre as margens mesial e distal; 2. Direção de trepanação: primeiro a broca entra paralela ao eixo longitudinal do dente, depois vai ser discretamente inclinada para o canal radicular de maior volume (palatino); 3. Forma de contorno: varia de acordo a quantidade de canais; triangular com a base voltada para face vestibular (3 canais) ou trapezoidal (4 canais); 4. Forma de conveniência: parede mesial divergente e distal convergente para oclusal. Abertura coronária nos molares inferiores 1. Ponto de eleição: sulco central entre as margens mesial e distal; 2. Direção de trepanação: primeiro a broca entra paralela ao eixo longitudinal do dente desgastando o esmalte e uma parte da dentina, depois em um segundo momento vai-se inclinar discretamente a broca a distal; 3. Forma de contorno: trapezoidal com a base voltada para face mesial; 4. Forma de conveniência: parede mesial divergente e distal convergente para oclusal. Instrumentos endodônticos Limas endodônticas São feitas de aço inoxidável, ou seja, não sofrem oxidação se entrarem em contato com substâncias químicas. Existem dois tipos limas, as manuais, o movimento quem faz é o operador com as mãos e tem-se algumas limas que são acionadas com o moto, que são limas rotatórias. Cabo: traz algumas informações importantes, como COR, NÚMERO, FORMATO; Cursor: útil para determinar o comprimento da lima que se quer usar, ele é móvel; Haste intermediaria: variável que muda de tamanho de acordo com a lima; Parte Ativa: responsável por cortar a dentina, tem o comprimento fixo de 16 mm. Séries Série Especial Limas de numeração 06, 08 e 10 (incremento de 2 em 2). 1ª Série Limas de numeração 15, 20, 25, 30, 35, 40 (incremento de 5 em 5). 2ª Série Limas de numeração 45, 50, 55, 60, 70, 80; (incremento de 5 em 5 até 60, depois de 10 em 10). 3ª Série limas de numeração 90,100, 110, 120, 130, 140; (incremento de 10 em 10). Características das limas Existem limas que cortam mais e limas que cortam menos, mais rígidas ou mais flexíveis, depende da variação da parte ativa. Limas tipo K Quadrado sem está pintado na parte de cima do cabo; São usadas em canais amplos e retos; Contêm menos espiras; São mais rígidas; Mais resistentes à torção; Guia de penetração ATIVA. Limas Tipo “H” - Hedströen Formato circular na parte de cima do cabo; Eficientes no corte; Bem flexíveis (frágeis); A fabricação dela é por usinagem; Guia de penetração INATIVA. Limas Tipo K Flexofile Quadrado pintado ou triangulo; Contêm mais espiras; São mais flexíveis; A secção transversal é triangular; A fabricação dela é por torção; Guia de penetração INATIVA. Tipos de material Limas de Aço-Carbono Boa eficiência Duráveis (carbono) Alta rigidez Sofrem corrosão Limas de Aço Inoxidável Menos rígidas Menos duráveis Desgasta mais Limas de Níquel -Titânio Alta flexibilidade São caras Alta durabilidade Cinemática da lima Movimento de Penetração Pressão apical - ¼ de volta à direita - ¼ de volta à esquerda Retirada Repetir Limagem Introdução passiva Pressão lateral Retirada em viés em todas as paredes Repetir até o instrumento estar folgado Ação de Força Balanceada Introdução no sentido anti-horário Resistência Girar no sentido horário Retirada Isolamento absoluto Na endodontia sempre deve ser realizado o isolamento absoluto, na maioria das vezes isola - se apenas um dente. O isolamento é empregado para isolar um ou mais dentes do contato com saliva e fluidos orais, permite a manutenção das condições de assepsia. Na endodontia a falta de isolamento absolutoé considerado uma negligência profissional, pois poderá ocasionar a contaminação do conduto e levar bactéria para o periápice. Acidentes que podem acontecer por falta de isolamento absoluto: Deglutição de um grampo, broca, lima; Substâncias como o hipoclorito de sódio pode entrar em contato com a cavidade bucal, provocando queimadura; Não mantem uma biossegurança, quebrando a cadeia asséptica. Barreira Gengival: Nos casos em que mesmo fazendo o isolamento absoluto de forma adequada, pode ocorrer de não se adaptar, nesses casos utiliza-se a barreira gengival. Materiais e instrumentais Perfurador de ainsworth Ajusta a perfuração de acordo com o diâmetro do dente. Lençol de borracha Feito de látex ou silicone comercializado em diferentes espessuras e cores. Arcos Utilizados para retrair e estabilizar o lençol de borracha. Pinça Transporta o grampo Grampos Os grampos prendem o lençol ao dente a ser tratado, ou em casos de isolamentos múltiplos, ao dente mais posterior, ajudam também na retração dos tecidos moles. Preparo biomecânico Etapa do tratamento endodôntico que visa à limpeza e modelagem do canal radicular por meio da ação mecânica dos instrumentos. No início do tratamento endodôntico deve ser realizado uma radiografia periapical (inicial). ORTORADIAL não tem distorção. O movimento do batente apical é o movimento de ROTAÇÃO. O sucesso da terapia endodôntica depende da execução bem-feita do preparo químico- mecânico e de uma boa obturação. O preparo biomecânico de um canal radicular é realizado por meio do emprego de soluções químicas (irrigação e aspiração), limas e instrumentais endodônticos. Preparo do canal radicular = INSTRUMENTAÇÃO + IRRIGAÇÃO do canal. A limpeza e o preparo do canal têm por finalidade a obturação compacta do sistema de canais radiculares. Limpeza Eliminar os irritantes através da ação química e mecânica. Modelagem O objetivo da modelagem é através da instrumentação, obter um canal de formato cônico contínuo, sem modificar o formato original do canal. ZONA CRÍTICA APICAL Essa área é dita crítica porque contém em íntima relação os tecidos e os elementos estruturais do periápice. É nessa área que ocorre a maioria dos problemas do tratamento dos canais radiculares. Esta zona crítica compreende os 4 milímetros finais da raiz, ou seja, a área apical. NEUTRALIZAÇÃO Mediata – paciente sistemicamente comprometido, quando não tem tempo; Imediata – coroa ápice, terço a terço. Odontometria A odontometria é a fase do tratamento endodôntico em que o dente é mensurado, para que seja estabelecido o limite apical de instrumentação. O comprimento é definido com base na radiografia inicial. Comprimento Aparente Do Dente (CAD). Medida da incisal à raiz do dente, mede a radiografia. Comprimento de Trabalho Provisório (CTP) valor de CAD – 3 mm. Ex: Um dente com CAD de 21 mm, no CTP subtrai 3 mm = 18 CTP. Transferir o valor do CTP para a lima previamente escolhida. O tamanho do CTP deve ser definido com o cursor, que deve ficar exatamente na incisal do dente. Neste momento deve se radiografar o dente com a lima em posição (radiografia odontométrica). D (distância da ponta da lima até o ápice) Distância medida da ponta da lima até o vértice radiográfico (ápice). Comprimento Real do Dente (CRD) Com base no valor obtido entre a ponta da lima e o ápice, saberemos quantos mm pode -se ainda adentrar, determinando o Comprimento Real do Dente. EX: CTP + D = CRD. Ex: CTP = 2 0 mm e D= 2mm, CRD= 22. Comprimento Real de Trabalho (CRT) É o comprimento real do dente – 1 mm. Ex: CRD = 18 mm – 1mm = CRT: 17 mm Técnica escalonada Vantagens Boa remoção raspas de dentina e resíduos; Maior penetração da solução irrigadora (especialmente no terço apical); Maior ampliação do forame e do batente apical. Preservação da forma original do forame apical. Como consequências da falta de patência. Podem ocorrer degraus e perfurações Batente Apical É como se fosse um degrau para limitar o material obturador e evitar que ele extravase. Faz a instrumentação do canal, “subindo” cerca de 3 ou 4 limas após a instrumentação apical inicial (IAI). Ex: Lima 30 (IAI), em sequência, Lima 35, Lima 40, Lima 45. Lima Memória O último instrumento a ser utilizado na primeira fase do preparo. Ela definirá, também, o tamanho do cone da guta percha a ser utilizada. A cada mudança de lima, usa-se a lima memória para igualar o canal. Ex: Lima 30 (IAI), Lima 30 (lima memória). Medicação intracanal A medicação intracanal tem como objetivo, principalmente, potencializar a limpeza do canal e a reparação tecidual. Utilizada nos casos em que o tratamento endodôntico não pode ser concluído em uma sessão única, casos de polpa necrosada com ou sem lesão periapical. Hidróxido de cálcio Hidróxido de cálcio P.A. (Pró-Análise); Apresentado como um Pó Branco; Base forte, pH alcalino (12,6); O pH alcalino é um meio letal para as bactérias. Tem atividade antimicrobiana; Medicação intracanal mundialmente mais empregada, foi introduzida por Herman em 1920. Vantagens: Absorve secreções purulentas; Biocompativel; Bactericida; Ótimo custo-benefício. Paramonoclorofenol canforado (PMCC) Usado como curativo de demora em casos de necrose pulpar quando a instrumentação não for terminada em apenas uma sessão. Geralmente é utilizado associado à pasta de hidróxido de cálcio; Citotóxico potente; Pouco efetivo sobre anaeróbios estritos; Não age na presença de matéria orgânica; Tem atividade antimicrobiana. Formocresol Utilizando quando não se instrumentou ainda o canal radicular (emergências); Efetivo sobre bactérias anaeróbicas (bola de algodão - age por volatização). Deve-se tomar cuidado pois é toxico. E.D.T.A O EDTA é um quelante que serve como amolecedor de dentina. Ele “rouba” íons de cálcio, desmineralizando a dentina e a deixa menos resistente, o que facilita na abertura do canal. É um material biocompativel e tem ação antisséptica. Corticosteroide e antibiótico Tem ação anti-inflamatória e ação antimicrobiana, e pode usar dentro do canal; São utilizados em casos de polpa viva, que precisa de uma ação anti-inflamatória; Otosporin (ouvido) e Maxitrol (olho) são as duas soluções mais utilizadas. Protocolo de Uso Polpa Viva Canais não-instrumentados: o Corticosteroide antibiótico Ex.: Otosporin ou Maxitrol. Canais instrumentados: Hidróxido de cálcio PA + Veículo (aquoso ou viscoso) ou pastas prontas Ex.: Calen ou Ultracal. Polpa Necrosada (com ou sem lesão): Canais não-instrumentados: Formocresol Canais instrumentados: Hidróxido de cálcio PA + Veículo + Paramonoclorofenol canforado ou pastas prontas. Ex.: Calen PMCC. O cimento de ionômero de vidro e o cimento obturador provisório são empregados no selamento provisório do canal. Cimento de ionômero de vidro Material restaurador provisório; Tem como vantagem a constante liberação de flúor, colaborando para a adequação do meio bucal. Cimento obturador provisório É indicado como isolante temporário de acessos e cavidades em tratamento endodôntico. Obturação de canais É o preenchimento tridimensional e hermético do sistema de canais radiculares por um material inerte ou material que estimule a reparação. Um canal bem obturado impede contaminação do ápice. Materiais obturadores Os materiais utilizados para obturar o canal radicular são os cones de guta-percha e o cimento obturador; Cones de guta percha+ Cimento Obturador = obturação do canal; É necessário utilizar o máximo de cones de guta-percha que conseguir (condensação lateral) e o espaço que não for preenchido pelos cones o cimento tem que escoar e preencher; Requisitos de um material obturador Físico-químico 1. Ser plástico no momento de inserção, tornando-se sólido posteriormente; 2. Bom tempo de trabalho e presa lenta; 3. Ser radiopaco e de fácil remoção; 4. Bom escoamento e boa aderência; 5. Não ser solubilizado. Biológica 1. Biocompativel; 2. Ser reabsorvido no ápice quando extravasado; 3. Estimular ou permitir a deposição do tecido mineralizado a nível foraminal Guta-percha É feita de um isômero da borracha, derivada do látex; O que preenche o canal é a guta-percha o cimento é usado em conjunto para ocupar o restante do espaço (não ter a estabilidade que a guta tem, ele é solubilizado). Vantagens: Boa adaptação; Não pigmenta a estrutura dental; Não é solubilizado pelos fluidos orgânicos; É estável; Fácil remoção. Desvantagem: Falta de rigidez; Não se adere as desregularidades do canal; Falta de adesividade. Cone principal Tem o mesmo calibre da lima memória que encaixa no batente apical. Deve-se colocar apenas 1 cone principal em cada canal, os demais espaços vazios preenchem-se com cone acessório. A guta percha deve ser posicionada a 1mm aquém do CDC (canal dento-cementário). Como saber se o cono está adaptado? 1. Avaliação visual; 2. Avaliação tátil (travamento); 3. Avaliação radiográfica (prova do cone). Cones de 1° série Vai de 15 a 40 (como as limas de 1° serie). Cones de 2° série Vai de 45 a 80 (como as limas de 2° serie). Cones acessórios Após colocado o cone principal, o conduto é preenchido com cones acessórios. São mais finos e são colocados no conduto com o auxílio de espaçadores digitais. Cimentos endodônticos O cimento vai penetrar nas ramificações do canal e ocupar os espaços que a guta não ocupou. C. a base de oxido de zinco e eugenol Antimicrobiano; Não é o cimento de primeira escolha por ser citotóxico (é irritante); Cimentos a base de resina epóxicas Excelente radiopacidade e escoamento; Biocompativel; Solubilidade é menor; É mais estável; Padrão ouro. Cimentos com hidróxido de cálcio Muito tolerado pelos tecidos periapicais; Bom selamento biológico. Soluções irrigadora A limpeza do canal é feita pela ação mecânica dos instrumentos e pela ação física da solução irrigadora. Dentro do canal radicular existem ramificações que tem tanto tecido pulpar, quanto bactérias, que precisam ser removidos, então precisa-se da ação química da solução irrigadora, para realizar a limpeza completa do canal. Consequências de uma irrigação ineficiente Presença de raspas de dentina e matéria orgânica dentro do conduto; Plug de dentina no ápice; Extravasamento de material no periapice. Propriedades desejáveis das soluções irrigadoras Baixo coeficiente de viscosidade - logo precisa ser fluido; Baixa tensão superficial; Ter a capacidade de dissolver tecidos orgânicos; Facilitar a instrumentação; Ter atividade antimicrobiana; Atividade quelante - remoção da smear layer; Biocompatibilidade. Classificação das Soluções Irrigadoras Compostos halógenos - liberam cloro; Tensoativo (detergentes) - associados a outras soluções, não é eficaz sozinho; Quelantes; Ácidos; Peróxidos. Hipoclorito de sódio NaOCl - é obtido pela reação entre o hidróxido de sódio e o cloro à frio; O hipoclorito de sódio tem capacidade de dissolver matéria orgânica e poucas soluções irrigadoras têm essa capacidade. É uma das soluções mais empregadas na irrigação de canais, por possuir boas propriedades; Uso do hipoclorito de sódio (CUIDADO) Não é biocompativel - em altas concentrações causa irritação dos tecidos; Clorexidina 2% A clorexidina é um agente antibacteriano de amplo espectro, ele não é capaz de dissolver biofilme, mas tem capacidade de matar bactérias (gram negativas e positivas); Por ter substantividade ela tem uma ação prolonga mesmo depois do seu uso, até 72h depois do seu uso; Não é totalmente biocompativel, mas é mais que o hipoclorito de sódio; Desvantagens Não dissolve matéria orgânica; Não tem ação detergente; Não elimina smear layer. NaOCl Clorexidina 2% Alterações pulpares e periapicais A causa da dor odontogênica pode-se dar por/de três formas/origem: Pulpar; 90% DOS CASOS Periapical; Periodontal; 10% DOS CASOS Principais alterações pulpares • Natureza inflamatória. • Etiologia infecciosa. Testes de vitalidade pulpar TÉRMICOS Calor: Com um bastão de guta-percha plastificado, coloca -se o teste por 15 segundos no dente, se nesse tempo o paciente levantar a mão deu positivo, do contrário deu negativo. Frio: Com uma bolinha de algodão embebida de gás refrigerante coloca-se de 10 a 5 segundos ou até o paciente sentir. O paciente deve ficar com a mão levantada enquanto sentir estímulo do frio. Se o paciente não sentir nada deu negativo. PERCUSSÃO Utiliza-se o cabo do espelho, realiza 3 batidas leves, se o paciente sentir dolorido, o mesmo deve levantar a mão, dando assim um sinal positivo; Percussão vertical: cabo do espelho está paralelo ao longo eixo do dente; quando o resultado é positivo é indicativo de comprometimento apical; Percussão horizontal: cabo do espelho está perpendicular ao longo eixo do dente, quando o resultado é positivo é indicativo de comprometimento periodontal. PALPAÇÃO Consiste em tatear a região apical do órgão dentário, se a resposta for positiva certamente já tem comprometimento do periodonto. CAVIDADE Com uma broca diamantada esférica, é realizado uma pequena cavidade no dente sem anestesiar (região de acesso), se o paciente não relatar nenhum desconforto é porque está necrosado. ELÉTRICO utilizam a passagem de corrente elétrica estimulando diretamente as fibras sensoriais. O teste é realizado com o Pulp tester, sobre uma estrutura de dente saudável (o paciente precisa segurar a caneta para fechar o circuito). Quando o paciente sentir uma “fisgada”, o mesmo deve tirar a mão do aparelho. Se chegar até 80 e o paciente não acusar o resultado é negativo. RADIOGRAFIA Para fechar um correto diagnostico uma radiografia é essencial. Fatores Etiológicos Fatores biológicos (ex:carie), físicos (ex:trauma) e químicos (ex:ácido fosfórico) podem desenvolver na polpa um processo inflamatório, onde pode ser reversível ou irreversível. Pulpite reversível Leve alteração inflamatória da polpa que cessa quando remove o estímulo. Hiperemia pulpar Sinais e sintomas Geralmente é assintomática, contudo, o paciente pode acusar dor aguda, rápida, localizada e fugaz. Queixa de dor ao estímulo frio. Clinicamente detecta-se restauração ou lesão de carie extensa. Teste pulpares (positivo) Calor: Dor aguda e imediata, passa após remoção de estímulo. Frio: Dor aguda, rápida, localizada, passa após remoção de estímulo. Elétrico: Formigamento ou queimação. Cavidade: Dor aguda. Testes perirradicular (negativo) Percussão e palpação: resultado negativo, sem comprometimento. Radiográfico: lesão de cárie. Tratamento Remoção da causa Pulpite irreversível Quadro de inflamação severa, de caráter irreversível em área de contato direto desta com M.O da cárie. Sinais e sintomas Assintomática: Não há dor, o que se dar em virtude da exposição pulpar, o que possibilita a drenagem do exsudato. Clinicamente pode apresentar presença de cárie ou restauração extensa, que por sua vez quando removida, observa-se exposição pulpar. Paciente pode relatar episódio anterior de dor.Testes pulpares Calor: Positivo Frio: Pode haver resposta. Menos nos casos avançados. Elétrico: Somente em alta potência. Cavidade: geralmente é positivo. Testes perirradiculares (negativo) Percussão: Negativo Sintomática: A dor pode ser provocada, aguda, localizada, persistente. Em casos mais avançados, a dor relatada pode ser pulsátil, lancinante, continua e espontânea. Analgésicos não apresenta efeito. Testes pulpares Calor: A aplicação de calor aumenta a dor. Frio: O frio pode causar alívio da dor, devido ao efeito vasoconstritor e anestésico. Testes perirradiculares Parte dos pacientes apresentam alodínia mecânica em resposta ao teste de percussão. Tratamento Biopulpectomia. Necrose pulpar Caracterizado pelo somatório de alterações morfológicas que acompanham a morte celular em um tecido. Clinicamente é assintomático, pode haver relato prévio de dor. Em casos que o tecido está comprometido a dor pode estar presente. Testes pulpares Todos os testes pulpares são negativos. Testes perirradiculares Percussão e palpação: Depende do status da polpa. Radiográfico: O epitélio do ligamento periodontal pode apresentar-se espaçado e também lesão radicular caracterizada por reabsorção óssea. Pulpite crônica hiperplásica Crescimento hiperplásico da polpa que apresenta tecido de granulação que ultrapassa os limites da câmara pulpar. Granuloma periapical É uma área radiolucida no ápice do dente (só é possível diferenciar do cisto no exame histopatológica) resultante de uma necrose pulpar, cujos subprodutos atingem a região de periápice e estimulam hiperemia, edema, reabsorção óssea e formação de tecido de granulação. Cisto periapical É uma área radiolucida no ápice do dente desvitalizado, assim como o granuloma, só pode ser diagnosticado após a biopsia. Revestido internamente por epitélio, contendo líquido no seu interior (Restos epiteliais de malasses). 1Diagnóstico diferencial cisto ou granuloma Pericementite apical aguda É uma inflamação aguda dos tecidos situados em volta do ápice. Dependendo do agente agressor pode se transformar em abscesso agudo ou periodontite apical crônica . Dor provocada pela pressão e oclusão. Abcesso dento alveolar aguda Inflamação aguda purulenta e localizada. Apresenta mais de uma fase que varia de acordo com a gravidade. Fase inicial: A coleção purulenta está limitada a região apical. Tratamento • Abertura coronária (mínimo 2 sessões) • Drenagem espontânea • Antibiótico Fase em evolução: Avança pelos tecidos subperiosteais. Tratamento • Abertura coronária (mínimo 2 sessão) • Antibiótico Fase evoluída : Fase cíclica da fístula Tratamento • Rastreamento da fistula com cone de guta-percha esterilizado. • Tratamento em múltiplas sessões até a fistula fechar. Rizogênese imperfeita É um incompleto desenvolvimento radicular, que pode ser causado pela interrupção celular da bainha epitelial de hetwin, trauma em dentes recém erupcionados, cárie muito extensa também pode interromper o processo de rizogênese. A rizogênese imperfeita acontece em dentes jovens. Tipos de reabsorção Externa: Acontece na parte externa da raiz. Interna: Acontece dentro do canal radicular. Na reabsorção interna faz todo tratamento endodôntico e coloca MTA na lesão, que irá estacionar a reabsorção. Técnicas: Apicificação Tratamento onde estimula a formação de uma barreira calcificada no ápice do dente. Hidróxido de cálcio ou MTA Remoção da cárie → Acesso → Preparo químico-mecânico → Insere o material de escolha (60 em 60 dia trocar). Revascularização Restabelecimento da vitalidade da polpa em casos de necrose de dentes em desenvolvimento (ápices abertos até 1,5 mm) 1ª consulta: Anestesia → Irrigação → aplica pasta antibiótica no canal → Selamento 2ª consulta: (2 a 4 semanas) → Remover a medicação intracanal com EDTA a 17 % → Induzir sangramento do canal → 3mm de MTA → ionômero de vidro de 3 a 4 mm sobre o MTA. → Restauração com resina Apicigênese Complementação radicular, em dentes que apresenta pelo menos tecido vivo na porção apical. Hidróxido de cálcio - Óxido de zinco e eugenol. Acidentes e complicações durante a instrumentação Os principais fatores que podem levar a acidentes e complicações são: • Insucesso endodôntico; • Complexidade anatômica do canal; • Desconhecer as propriedades mecânicas dos instrumentos • Pouca habilidade do profissional • Falta de técnica. Os acidentes mais comuns no preparo químico-mecânicos dos canais são: • Formação de Degraus • Transporte Apical – Canal Curvo • Fratura do Instrumento • Perfurações Endodôntica. Formação de degraus Irregularidade criada na parede de um canal radicular, aquém do comprimento de trabalho e sem comunicação com o periodonto; Como resolver? Para ultrapassar o degrau, deve-se pré-curvar o instrumento, a fim de seguir para o leito natural do canal; Transporte apical Mudança do trajeto do canal na parede externa de um canal radicular curvo no terço apical, é um acidente exclusivo do terço apical em canais curvos. Quando esse tipo de intercorrência acontece sempre sangra. Prevenção: Pré-curvar os instrumentos: Necessário para canais curvos, nos canais retos não precisa. Não realizar movimento de limagem e sim movimento de alargamento. Sempre que possível, empregar instrumentos elásticos. Sobreinstrumentação Transporte apical, só que, em canal reto; Consequências: Hemorragia Dor e/ou desconforto persistente Dificuldade de travar o cone Como resolver? Um novo batente apical deve ser estabelecido, situado aproximadamente de 2 a 3 mm a partir do ápice radiográfico; Caso não seja possível, realiza-se um tampão apical com MTA. Fratura de instrumento Ocorre quando uma parte do instrumento fratura e o segmento fraturado precisa ser removido do canal. Como resolver? Com o auxílio do microscópio, pontas ultrassónicas e instrumentais específicos é possível remover instrumentos fraturados no interior do canal. O segmento pode ser sepultado quando não for possível remover, contudo não pode estar impedindo a passagem no sentido apical. Perfurações endodônticas São comunicações acidentais da cavidade pulpar (câmara pulpar ou canal radicular) de um dente com o periodonto. Quanto mais para próximo da porção coronal estiver, melhor o prognóstico. Como resolver? O tratamento depende do local que ocorreu a lesão. Em região mais coronal pode ser resolvido com restauradores usado em dentistica. Quando vai se aproximando do ápice uma forma de tratar é preenchendo a lesão com MTA tomando cuidado para não extravasar em outras regiões do canal. Outra opção de tratamento é o seu preenchimento com pastas à base de hidróxido de cálcio, que devem ser renovadas até ocorrer o selamento biológico da perfuração. Referências bibliográficas Hélio Pereira Lopes, José Freitas Siqueira Jr. Endodontia, Biologia e Técnica. 15ª Edição. Kenneth M. HARGREAVES e LOUIS H. BERMAN Cohen. Caminhos da Polpa, 11ª edição, 2017. COHEN, S. & HARGREAVES, K. M. Caminhos da Polpa. 9ª. ed. (português), Ed. Elsevier Editora Ltda, Rio de Janeiro, 2007. 1079p. Acidentes e Complicações no Tratamento Endodôntico – Soluções Clínica. 2ª Ed. 2004. Clóvis Monteiro Bramante, Alceu Berbert
Compartilhar