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N1 ESPECIFICA_CC 2_25SETEMBRO2023 - DEVOLUTIVA CADERNO 4

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CURSO DE MEDICINA - AFYA NOTA FINAL
Aluno:
Componente Curricular: Clínica Cirúrgica II
Professor (es):
Período: 202302 Turma: Data:
N1 ESPECÍFICA_CC 2_25SET2023.2
RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA
PROVA 09421 - CADERNO 004
1ª QUESTÃO
Enunciado:
Um homem de 52 anos de idade, hipertenso, é internado para cirurgia de correção de hérnia
inguinal com colocação de tela de Marlex®. Ele não tem alergias conhecidas. Os medicamentos
de uso diário incluem losartana e hidroclorotiazida. A temperatura é de 37,0°C, o pulso é de
80/min, a respiração é de 15/min e a pressão arterial é de 133/89 mm Hg.
 Com base nas informações apresentadas do paciente, avalie as asserções a seguir e a relação
proposta entre elas.
 I. A utilização de antibiótico profilático está indicada para o procedimento proposto ao
paciente.
 PORQUE
 II. Quando a contaminação não é freqüente mas os riscos de infecção são altos como a
utilização de próteses, válvulas e enxertos, há uma indicação para o uso do mesmo.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
(alternativa B)
A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa.
(alternativa C)
A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira. 
(alternativa D)
As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. 
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Resposta comentada:
A utilização de antibiótico profilático nas cirurgias limpas ou naquelas potencialmente
contaminadas não diminui a taxade infecção da ferida cirúrgica(2'5). Nestes tipos de cirurgia, os
benefícios da antibioticoprofilaxia não se sobrepõem aos riscos, não sendo, portanto,
recomendada a suautilização. É importante considerar, no entanto, que algumas cirurgias
limpas não se comportam como tal e cursam com uma alta taxa de infecção de ferida. Entre
estas cirurgias destacam-se as hernioplastias incisionais e as esplenectomias de pacientes
esquistossomóticos. Nestes tipos decirurgia passamos a utilizar antibioticoprofilaxia, de
preferência com cefazolina, apenas durante o procedimento.
Quando a contaminação não é freqüente maso hospedeiro está imunocomprometido
(transplantes, quimio e radioterapia). Os critérios de indicação de antibiótico são: 1. Nas
cirurgias limpas e potencialmente contaminadas em que o risco de infecção do sítio cirúrgico é
de até 5% não há indicaçãodo usode antibiótico. Contudo, nas seguintes situações recomenda-
se a profilaxia(dose única, de preferência):
- pacientesacimade 70 anos;
- desnutridos;
- imunodeprimidos;
- urgências;
- implante de prótesese telas;
- cirurgiasde mama
- esplenectomia(hipertensão portal esquistossomótica
- hernioplastia incisional
- pacientes portadores de doença reumática,diabetes descompensado, obesidademórbida,
hérnias multirrecidivadas,imunossupressão, radioterapiaprévia,uremia, hepatopatiase
pneumopatias;
- cirurgiacardíaca
- cirurgiada aorta e de grandes vasos
 
Bibliografia:
 https://cbc.org.br/wp-content/uploads/2013/05/Antibioticoprofilaxia-em-cirurgia.pdf
 Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) - Diretrizes de Profilaxia Cirúrgica: Disponível em:
https://www.infectologia.org.br/admin/zcloud/246/2012/10/Diretriz-Prof-Cirurgica-SBI-2013-
FINAL.pdf
2ª QUESTÃO
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Enunciado:
Paciente de 30 anos de idade, apresentou uma lesão dolorosa e avermelhada na pele,
localizada na região das costas. A lesão cresceu lentamente ao longo do tempo (dois anos) e,
recentemente, tornou-se mais dolorosa e sensível ao toque. Ao examinar a lesão, o médico
notou uma área central de abertura, da qual está drenando uma secreção purulenta. O
paciente relatou que o inchaço piorou após uma tentativa de apertar o local.
Qual é a provável causa dessa lesão e o tratamento mais adequado?
Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
Cisto Sebáceo; drenagem e antibióticos.
(alternativa B)
Melanoma; excisão cirúrgica.
(alternativa C)
Nevus; terapia fotodinâmica.
(alternativa D)
Lipoma; antibióticos orais.
Resposta comentada:
A descrição clínica da protuberância avermelhada e dolorosa, com uma área central de abertura
drenando secreção purulenta, é indicativa de um cisto sebáceo infectado. Os cistos sebáceos
são formações benignas na pele que ocorrem devido ao acúmulo de sebo em uma glândula
sebácea bloqueada. Quando um cisto sebáceo se torna infectado, ele pode causar inflamação,
dor e sensibilidade.
O tratamento mais adequado para um cisto sebáceo infectado envolve drenagem do conteúdo
purulento para aliviar a pressão e a dor. Além disso, antibióticos orais podem ser prescritos para
tratar a infecção subjacente.
Referências:
Dermatologia: Guia Prático Ilustrado (Autor: Sílvio Alencar Marques)
Dermatologia na Atenção Básica de Saúde (Autores: João Luiz Sanches Pereira, et al.)
3ª QUESTÃO
Enunciado:
Paciente de 35 anos sofreu um corte profundo na perna enquanto praticava esportes. Após a
limpeza e sutura do ferimento, o médico explicou o processo de cicatrização envolvido. Diante
disso, qual é a sequência correta das fases do processo de cicatrização?
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Alternativas:
(alternativa A)
Hemostasia, Proliferação, Remodelação, Inflamação.
(alternativa B) (CORRETA) 
Hemostasia, Inflamação, Proliferação, Remodelação.
(alternativa C)
Inflamação, Hemostasia, Remodelação, Proliferação.
(alternativa D)
Inflamação, Hemostasia, Proliferação, Remodelação.
Resposta comentada:
Hemostasia: Envolve a formação de um coágulo sanguíneo para interromper o sangramento.
Inflamação: Caracterizada pela resposta imunológica, com influxo de células inflamatórias e
liberação de mediadores. Proliferação: Nesta fase, ocorre a formação de tecido de granulação e
reepitelização da ferida.
Remodelação: Durante essa fase, o tecido de granulação é substituído por tecido mais
organizado e a ferida ganha força.
Referências:
Robbins & Cotran - Patologia - Bases Patológicas das Doenças (Autores: Vinay Kumar,
Abul K. Abbas, Jon C. Aster)
Tratado de Fisiologia Médica (Autor: Guyton e Hall)
4ª QUESTÃO
Enunciado:
Um paciente de 45 anos, com história de tabagismo e exposição solar crônica, apresenta uma
lesão ulcerada e sangrante na asa nasal esquerda, com cerca de 2 cm de diâmetro. A biópsia
incisional confirma o diagnóstico de carcinoma basocelular. O tratamento proposto é a excisão
cirúrgica da lesão com margens de segurança. Após a ressecção, a ferida resultante tem 3 cm
de diâmetro e expõe a cartilagem nasal. Qual é a melhor opção para o fechamento desse
ferimento?
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Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
Retalho local; 
(alternativa B)
Retalho regional; 
(alternativa C)
Enxerto de pele total;
(alternativa D)
Enxerto de pele parcial;
Resposta comentada:
O retalho local é um procedimento que transfere tecido adjacente ou próximo ao defeito,
mantendo sua vascularização original. Essa técnica é indicada para defeitos que expõem tecidos
Nobres, com cartilagem, osso, tendões vasos e nervos. No caso do paciente, o retalho local
permitiria cobrir o defeito com tecido semelhante em cor e espessura, preservando a forma e a
função da asa nasal.
As demais alternativas estão incorretas pelos seguintes motivos:
Um enxerto de pele total é um procedimento que transfere tecido epitelial e térmico de uma
área doadora para uma área receptora, sem vascularização própria. Essa técnica é indicada
para defeitos superficiais, sem exposição de tecidos Nobres. No caso do paciente, um enxerto
de pele total não seria adequado, pois não forneceria suporte estrutural para a cartilagem nasal
e poderia causar deformidade ou necrose;
O enxerto de pele parcial é um procedimento que transfere tecido epiteliale parte da derme de
uma área doadora para uma área receptora sem vascularização própria. Essa técnica é indicada
para defeitos maiores ou mais profundos sem exposição de tecidos Nobres. No caso do
paciente um enxerto de pele parcial também não seria adequado, pelas mesmas razões do
enxerto de pele total;
Um retalho regional é um procedimento que transfere tecido de uma região anatômica próxima
ao defeito, não tendo sua vascularização original ou através de um pedículo vascular. Essa
técnica é indicada para defeitos maiores ou mais complexos, que não podem ser cobertos por
retalhos locais. No caso do paciente um retalho regional seria desnecessário e excessivo pois o
defeito é pequeno e pode ser coberto por um retalho local
Referências bibliográficas:
Enxertos e retalhos | SBCD. (n.d.). Retrieved August 14, 2023, from
https://www.sbcd.org.br/procedimentos/cirurgicos/enxertos-e-retalhos/
Moodle USP: e-Disciplinas. (n.d.). Retrieved August 14, 2023, from
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/6428998/mod_resource/content/1/Apostila%20Retalhos%20e%20enxertos.pdf
Enxerto e Retalhos: qual é a diferença e quando são indicados? (n.d.). Retrieved August 14,
2023, from https://www.sanarmed.com/enxerto-e-retalhos
5ª QUESTÃO
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Enunciado:
Paciente sexo feminino, 70 anos de idade chega no ambulatório de pequenas cirurgias, com
vários ferimentos na face, tórax e membros superiores. A acompanhante da paciente informa
que a idosa foi agredida por dois indivíduos num assalto em frente a sua residência. Todos os
ferimentos eram superficiais, sendo especificamente incisos nos membros superiores, contusos
no tórax e cortocontusos na face. Considerando os ferimentos, assinale a alternativa que
apresenta a possível natureza do agente causador.
Alternativas:
(alternativa A)
No tórax possivelmente causados por instrumentos perfurantes, com extremidade pontiaguda,
como prego, agulha ou alfinete, apresentando profundidade maior que o diâmetro.
(alternativa B)
Na face possivelmente causados por instrumentos contundentes, como pedra ou barra de
ferro, apresentando bordas irregulares e retraídas, com pontes dérmicas.
(alternativa C)
Na face possivelmente causados por instrumentos cortantes como facas ou navalhas,
apresentando usualmente bordas aproximadas, sem solução de continuidade e sem pontes de
tecidos.
(alternativa D) (CORRETA) 
Nos membros superiores possivelmente causados por instrumentos cortantes como facas,
navalhas ou pedaços de vidro, apresentando usualmente bordas regulares, nítidas e lineares.
Resposta comentada:
Ferimentos incisos são causados por instrumentos cortantes como facas, navalhas ou pedaços
de vidro, apresentando usualmente bordas regulares, nítidas e lineares. Ferimentos contusos
são causados por instrumentos contundentes, como pedra ou barra de ferro, apresentando
bordas irregulares e retraídas, com pontes dérmicas. Ferimentos cortocontusos são causados
por dentes, enxada e machado apresentando dois ou mais angulos, bordas irregulares e pontes
de tecido. 
Referência
SAVASSI-ROCHA, Paulo R.; SANCHES, Soraya Rodrigues de A.; SAVASSI-ROCHA, Alexandre L.
Cirurgia de Ambulatório. [Digite o Local da Editora]: MedBook Editora, 2013. E-book. ISBN
9786557830215. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786557830215/. Acesso em: 17 ago.
2023.
6ª QUESTÃO
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Enunciado:
Paciente do sexo masculino, 30 anos de idade, altura 1,70 cm, peso 120 kg, chega ao
ambulatório de cirurgia com um cisto em região dorsal, supraescapular direita, informando que
o cisto apareceu há cerca de 2 meses. Ao exame físico, há a presença de lesão de consistência
cística, de aproximadamente 2 cm de extensão, bem definida, pouco móvel, indolor à palpação
e sem sinais inflamatórios locais. A pressão arterial verificada era de 150/100 mmHg. Após a
avaliação inicial, o cirurgião suspeita de cisto sebáceo ou epidérmico, com indicação de retirada
cirúrgica. Em relação ao caso em questão, discorra sobre:
1. Como deve ser a valiação clínica pré-operatória?(1,0 ponto)
2. Qual é a abordagem recomendada para os exames laboratoriais neste paciente? (0,5 ponto)
3. Quais medidas são usadas como garantia de segurança na cirurgia do paciente? (1,0 ponto)
Alternativas:
--
Resposta comentada:
1. Avaliação clínica completa: Realizar uma avaliação detalhada da condição geral do paciente,
incluindo histórico médico completo, alergias, medicamentos em uso e quaisquer condições
médicas pré-existentes. Isso é essencial para identificar fatores de risco e garantir a segurança
durante a cirurgia.
O aluno deve citar a necessidade de investigar se o paciente tem hipertensão arterial associada
a obesidade e se tem outras comorbidades como diabetes também associada a obesidade,
saber se o paciente faz tratamento e uso de medicamentos para as doenças e comorbidades
associadas. 
2.Para procedimentos cirúrgicos de baixo risco em pacientes de baixo risco clínico, a operação
poderia ser realizada sem exames pré-operatórios, porém este paciente tem sinais que indicam
a necessidade de solicitação de exames de rotina orientado pelo exame clínico por se tratar de
um obeso classe >= 2 ( Hemograma, glicemia de jejum, radiografia de tórax e ECG).
3. O aluno deve citar as medidas pré operatórias habituais para todos os procedimentos como
o protocolo de cirurgia segura, o termo de consentimento livre e espontâneo informando os
riscos do procedimento, um jejum pré operatório de acordo com o tipo de anestesia e os
cuidados pós operatórios que deverão ser seguidos esclarecendo as duvidas do paciente.)
Referência
SAVASSI-ROCHA, Paulo R.; SANCHES, Soraya Rodrigues de A.; SAVASSI-ROCHA, Alexandre L.
Cirurgia de Ambulatório. [Digite o Local da Editora]: MedBook Editora, 2013. E-book. ISBN
9786557830215. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786557830215/. Acesso em: 17 ago. 2023
WHITEBOOK – Aspectos Legais da Cirurgia – atualizado em 13/10/2022, acessado em
17.ago.2023
http://www.spot.pt/media/39442/manual-de-implementacao-da-lista-de-verificacaocirurgica-da-
oms.pdf. MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO – LISTA DE VERIFICAÇÃO DE SEGURANÇA CIRÚRGICA DA
OMS 2009 Versão Portuguesa, Direcção-Geral da Saúde www.dgs.pt 6. WHO Guidel
7ª QUESTÃO
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Enunciado:
Uma mulher de 40 anos vai ao ambulatório para consulta periódica. Relata uma lesão escura na
pele de “aparência estranha” no seu pescoço há 3 meses. Ela não viu nenhuma mudança na
lesão desde então. A lesão não é dolorosa nem pruriginosa. A paciente não tem histórico de
doença grave e não faz uso de medicamentos. Ela fuma um maço de cigarros por dia há 10
anos. Seus sinais vitais estão dentro dos limites normais. A paciente tem pele clara, mas sem
sardas. Há uma lesão cutânea elevada, simétrica e com bordas uniformes na região da base do
pescoço da paciente. A lesão mede 5 mm de diâmetro e é marrom escura. A dermatoscopia
mostra uma rede pigmentar marrom com manchas cinzentas e avermelhadas dispersas.
 
1. Dentre as características da lesão, qual é o indicador mais forte para suspeitar de uma
lesão malígna? (1,0 ponto)
2. Qual é a supeita diagnóstica? (1,0 ponto)
3. Qual a conduta cirúrgica recomendada? (0,5 ponto)
Alternativas:
--
Resposta comentada:
 
1. Lesões melanocíticas que atendem a pelo menos um direcionamento ABCDE devem levantar
suspeitas de transformação maligna. A variedade de cores na lesão desta paciente atende ao
critério seletivo C (variegação de cores, por exemplo, diferentes tons de marrom, preto,
vermelho, branco e/ou azul).
2. A suspeita diagnóstica com base nas características descritas, incluindo a aparência da lesão,
a presença de pigmentação irregular e a rede pigmentar marrom com manchas cinzentas e
avermelhadas, sugere um possível melanoma cutâneo. O melanoma é uma forma grave de
câncer de pele que deve ser avaliada e tratadacom urgência.
 
3. A conduta cirúrgica recomendada é a remoção completa da lesão biópsia excisional de
espessura total com exame histológico, seguida de uma biópsia para confirmar o diagnóstico de
melanoma e determinar o estágio da doença. A espessura do tumor, determinada a partir da
espessura de Breslow (medida em mm), é o fator prognóstico mais importante no melanoma.
 
 
BMJ Best Practice. Melanoma. Última atualização em 20 de janeiro de 2023.
8ª QUESTÃO
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Enunciado:
Paciente sexo masculino, 20 anos de idade chega no ambulatório de cirurgia, encaminhado pela
unidade de saúde com a suspeita diagnóstica de granuloma piogênico em face. Após a
avaliação inicial, o cirurgião confirma a hipótese diagnóstica e inicia o preparo pré operatório.
Com relação ao preparo pré operatório deste paciente, avalie as afirmações a seguir:
I. Para procedimentos de baixo risco em pacientes jovens e saudáveis de baixo risco clínico, os
exames complementares pré operatórios podem ser dispensados.
II. O termo de consentimento livre e esclarecido deve ser apresentado ao paciente mesmo em
procedimentos simples e de baixo risco.
III. O jejum pré operatório é recomendado para todos os procedimentos de cirurgia ambulatorial,
diferenciando apenas o tempo de jejum, de acordo com o tipo de anestesia a ser utilizada.
É correto apenas o que se afirma em:
Alternativas:
(alternativa A)
I e III.
(alternativa B)
II e III.
(alternativa C)
I e II.
(alternativa D) (CORRETA) 
I, II e III.
Resposta comentada:
I. Para procedimentos de baixo risco em pacientes jovens e saudáveis de baixo risco clinico, os
exames complementares pré operatórios podem ser dispensados. CORRETA
II. O termo de consentimento livre e esclarecido deve ser apresentado ao paciente mesmo em
procedimentos simples e de baixo risco. CORRETA
III. O jejum pré operatório é recomendado para todos os procedimentos de cirurgia ambulatorial,
diferenciando apenas o tempo de jejum, de acordo com o tipo de anestesia a ser utilizada.
Apesar de rara, a ocorrência de manifestações clíni-cas, como convulsões, vômitos e aspiração
do conteúdo gástrico, em consequência de dose excessiva ou hiper-sensibilidade ao anestésico,
justifica a recomendação de jejum pré-operatório de 3h a 4 h para intervenções cirúr-gicas
eletivas sob anestesia local (nível I).CORRETA
Referência
SAVASSI-ROCHA, Paulo R.; SANCHES, Soraya Rodrigues de A.; SAVASSI-ROCHA, Alexandre L.
Cirurgia de Ambulatório. [Digite o Local da Editora]: MedBook Editora, 2013. E-book. ISBN
9786557830215. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786557830215/. Acesso em: 17 ago. 2023
WHITEBOOK – Aspectos Legais da Cirurgia – atualizado em 13/10/2022, acessado em
17.ago.2023
9ª QUESTÃO
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Enunciado:
Uma mulher de 63 anos, agricultora, vem ao médico por causa de uma lesão de pele no
pescoço há 7 meses. Não é pruriginosa nem dolorosa. Ela tentou usar medicamentos tópicos
sem receita, mas nenhum ajudou. Ela tem hipertensão. Os medicamentos atuais incluem
amlodipina e hidroclorotiazida. O exame mostra uma lesão nodular e endurecida de 5 mm, com
bordas irregulares na face anterolateral do pescoço. Na dermatoscopia, nota-se áreas em "raio
de roda", grandes ninhos ovóides azul-acinzentados, múltiplos glóbulos azul-acinzentados,
telangiectasias arboriformes e ulceração. Não há linfadenopatia cervical. Os pulmões estão
limpos à ausculta. Qual dos seguintes é a conduta mais apropriada?
Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
Realizar uma biópsia excisional.
(alternativa B)
Realize uma biópsia por punção do centro da lesão.
(alternativa C)
Realizar radioterapia.
(alternativa D)
Administrar 5-fluorouracil tópico
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Resposta comentada:
Uma lesão nodular de crescimento lento e sem cicatrização com bordas estendidas e ulceração
central no pescoço de um indivíduo com exposição solar significativa é suspeita de carcinoma
basocelular (CBC).
 
A lesão no pescoço deste paciente tem uma aparência suspeita de CBC e requer investigação
adicional. Uma biópsia da lesão suspeita desse paciente facilita a confirmação histopatológica do
diagnóstico e fornece informações prognósticas com base nos achados. Uma biópsia de
espessura total da lesão permite a avaliação mais precisa do subtipo histológico de qualquer
tumor encontrado. A biópsia excisional é o tipo preferido quando há suspeita de neoplasia.
Distratores: 
Uma biópsia da lesão suspeita desse paciente facilita a confirmação histopatológica do
diagnóstico e fornece informações prognósticas com base nos achados. Uma biópsia por
punção fornece uma amostra de uma porção da lesão do paciente por meio de um
procedimento relativamente simples. No entanto, as biópsias por punch coletam apenas uma
quantidade limitada de tecido e, portanto, raramente fornecem uma avaliação da histologia do
tumor com precisão suficiente para orientar a terapia.
O 5-fluorouracil tópico é usado para tratar CBC superficial e carcinoma de células escamosas in
situ. No entanto, um diagnóstico precisa ser estabelecido antes do tratamento. Além disso, o 5-
FU tópico tem uma taxa relativamente alta de efeitos adversos, depende da adesão do
paciente e tem taxas de depuração mais baixas do que outras modalidades de tratamento.
Portanto, seu uso é limitado aos casos em que os pacientes apresentam tumores pequenos
em locais de baixo risco (por exemplo, tronco ou extremidades) e não serão ou não poderão
ser tratados com cirurgia ou outras terapias eficazes.
A radioterapia pode ser considerada para os tumores (incluindo doença recorrente) não
passíveis de cirurgia ou para os pacientes que podem não tolerar a cirurgia devido a
comorbidades ou a fragilidade (por exemplo, para um idoso com CBC no sulco nasolabial). A
radioterapia para o CBC recorrente previamente tratado com radioterapia não é recomendada.
Taxas de recorrência (em 3 a 5 anos) de <10% foram relatadas para a doença primária e
recorrente tratada com radioterapia.
A crioterapia é raramente utilizada para o tratamento de CBC superficial. Está associada a uma
taxa relativamente alta de recorrência e a resultados estéticos piores (por exemplo, cicatrizes,
hipopigmentação) em comparação com outras opções de tratamento. Além disso, um
diagnóstico de BCC precisa ser confirmado neste paciente antes de iniciar o tratamento. A
crioterapia é um tratamento recomendado para ceratose actínica. Embora a ceratose actínica
possa se manifestar como uma lesão indolor na pele exposta ao sol.
BMJ Best Practice. Carcinoma basocelular.Última atualização. 26 de maio de 2022.
 Rezze GG, Soares de Sá BC, Neves RI. Dermatoscopia: o método de análise de padrões. An
Bras Dermatol. 2006;81(3):261-8.
10ª QUESTÃO
Enunciado:
Um paciente de 65 anos, pesando 60 quilos, sem comorbidades, foi submetido a uma cirurgia
para sutura na perna direita devido a um ferimento corto contuso, por arma branca, limpo,
superficial, de aproximadamente 5 cm, que ocorreu há 30 minutos. O médico assistente optou
por realizar a sutura primária. Considerando o tipo de anestesia, a substância anestésica
utilizada, a dose máxima recomendada (mg/kg) e o volume anestésico máximo (ml) para a
situação, qual foi o procedimento correto realizado?
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Alternativas:
(alternativa A)
Bloqueio local; Bupivacaína 5% sem vaso; 7,0mg/kg; 21ml;
(alternativa B)
Troncular; Bupivacaína com vaso; 1,0mg/kg; 60ml;
(alternativa C) (CORRETA) 
Bloqueio de campo; Xilocaína 2% com vaso; 7,0mg/kg; 21ml;
(alternativa D)
Raque anestesia; Lidocaína 1% sem vaso; 2,5mg/kg; 53ml; 
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Resposta comentada:
O tipo de anestesia que pode ser realizado pelo médico assistente é o Bloqueio de campo, que
consiste na injeção de anestésico local na área que faz fronteira como campo a anestesiar.
Essa técnica é adequada para feridas pequenas e superficiais, como o caso, e evita a dor da
infiltração direta na ferida. A substância anestésica que pode ser usada é a Xilocaína 2,0%
com vasoconstritor, que é um anestésico local do tipo amida, de duração média e baixa
toxicidade. O vasoconstrictor (epinefrina) prolonga a duração da anestesia, reduz o
sangramento e diminui a absorção sistêmica do anestésico. A dose máxima recomendada para
esse paciente é de 7,0 mg/kg de xilocaína com vasoconstritor, considerando que ele não tem
comorbidades e pesa 60 kg. A dose máxima dessa medicação é de 7,0mgs/kg, portanto, é
considerada uma dose segura e eficaz para esse paciente. O volume correspondente a essa
dose é de 21 ml de xilocaína 2% (cada ml contém 20 mg de xilocaína).
As demais alternativas estão incorretas pelos seguintes motivos:
A anestesia local é um tipo de anestesia que bloqueia os nervos terminais na região da pele ou
mucosa, através da aplicação tópica ou injeção direta de anestésico local. Essa técnica pode ser
usada para essa sutura simples da ferida superficial na perna, mas não é a dose (mg/kg e ml)
indicada e pode causar mais dor na infiltração, mais sangramento na ferida e intoxicação.
A raquianestesia é um tipo de anestesia que bloqueia os nervos espinhais na região lombar,
através da injeção de anestésico local no espaço subaracnóideo. Essa técnica é indicada para
cirurgias de abdome inferior e membros inferiores, mas não para uma sutura simples de uma
ferida superficial na perna. Além disso, a lidocaína 1% sem vasoconstritor tem uma duração
muito curta (30 a 60 minutos) para esse tipo de bloqueio.
A anestesia troncular é um tipo de anestesia que bloqueia os nervos periféricos na região
proximal dos membros, através da injeção de anestésico local ao redor do nervo. Essa técnica é
indicada para cirurgias ou procedimentos mais extensos ou profundos nos membros, mas não
para uma sutura simples de uma ferida superficial na perna. Além disso, a Bupivacaína com
vasoconstritor tem uma duração muito longa (4 a 6 horas) e uma maior toxicidade para esse
tipo de bloqueio.
Referências bibliográficas:
Como fazer infiltração local na ferida - Lesões; intoxicação - Manuais MSD edição para
profissionais. (n.d.). Retrieved August 14, 2023, from https://www.msdmanuals.com/pt-
br/profissional/lesões-intoxicação/como-fazer-procedimentos-de-anestesia/como-fazer-infiltração-
local-na-ferida
Como limpar, irrigar, desbridar e fazer curativos em feridas - Lesões; intoxicação - Manuais MSD
edição para profissionais. (n.d.). Retrieved August 14, 2023, from
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/lesões-intoxicação/como-cuidar-de-feridas-e-
lacerações/como-limpar,-irrigar,-desbridar-e-fazer-curativos-em-feridas
A Técnica Anestésica na Sutura – Técnica Geral: Passo a passo - Bwizer. (n.d.). Retrieved
August 14, 2023, from
https://www.bwizer.com/pt/bwizer_academy/a_tecnica_anestesica_na_sutura_96_tecnica_geral_passo_a_passo.html
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