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Suporte avancado de vida cardiovascular (ACLS)

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SUPORTE AVANÇADO DE VIDA CARDIOVASCULAR 
MANUAL DO PROFISSIONAL 
 
 2 
GLOSSÁRIO 
Brasil Portugal 
Abertura de via aérea Permeabilização de via aérea 
Agonais Agónicos 
Aprendizado Aprendizagem 
Arresponsivo Insconsciente 
Atrial Auricular 
Batimento asa nasal Adejo nasal 
Bolsa válvula-máscara Insuflador manual 
Coleta Colheita 
Controle glicémico Controlo da glicémia 
DEA DAE 
Desconforto Dificuldade 
Desfibrilação Desfibrilhação 
Encarregado de AVC Neurologista 
Epinefrina Adrenalina 
Equipe Equipa 
Extracorpórea Extracorporal 
Habilidades Competências 
Infarto Enfarte 
Manejo Abordagem 
Monitoramento Monitorização 
Parada Paragem 
Sepse Sépsis 
Treinamento Treino 
Time Equipa 
 
 
 
 
 
 3 
Conteúdo 
PARTE 1: VISÃO GERAL DO SAVC ..................................................................................................................... 7 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 7 
Descrição e meta do curso ....................................................................................................................... 7 
Objetivos do curso ................................................................................................................................... 7 
Concepção do curso ................................................................................................................................. 7 
Pré-requisitos e preparação do curso ...................................................................................................... 8 
Materiais do curso ................................................................................................................................... 9 
Exigências para aprovação no curso ...................................................................................................... 11 
Suporte avançado de vida cardiovascular .............................................................................................. 11 
Melhoria contínua da qualidade ............................................................................................................ 12 
Sistemas de atendimento .......................................................................................................................... 13 
PCR e sistemas de atendimento pós-PCR .............................................................................................. 14 
Sistemas de atendimento do IAMST ...................................................................................................... 18 
Sistemas de atendimento de AVC .......................................................................................................... 20 
Abordagem sistemática ............................................................................................................................. 21 
Avaliação de SBV .................................................................................................................................... 23 
Lembre-se de avaliar primeiro e, depois, executar a ação adequada. ................................................... 23 
 ............................................................................................................................................................... 26 
Avaliação primária ................................................................................................................................. 26 
Avaliação secundária .............................................................................................................................. 28 
Hs ........................................................................................................................................................... 29 
Ts ............................................................................................................................................................ 30 
Parte 2: Prevenção da PCR ............................................................................................................................. 32 
Reconhecimento: sinais de deterioração clínica ........................................................................................ 32 
Resposta rápida ...................................................................................................................................... 32 
Implementação de um sistema de resposta rápida ............................................................................... 33 
Síndromes coronárias agudas .................................................................................................................... 33 
Metas para pacientes de SCA ................................................................................................................. 34 
Resposta à PCREH .................................................................................................................................. 35 
Fisiopatologia da SCA ............................................................................................................................. 35 
Manejo da SCA: algoritmo de síndromes coronárias agudas ................................................................. 36 
Sintomas sugestivos de isquemia ou infarto .......................................................................................... 39 
Avaliação, tratamento e preparação do hospital pelo SME ................................................................... 39 
 4 
Avaliação e tratamento imediato no Departamento de Emergência .................................................... 42 
Classificação de pacientes de acordo com o desvio do segmento ST .................................................... 45 
IAMST ..................................................................................................................................................... 46 
AVC agudo .................................................................................................................................................. 49 
Visão geral .............................................................................................................................................. 49 
Principais tipos de AVC ........................................................................................................................... 50 
Abordagem para o atendimento do AVC ............................................................................................... 51 
Metas de tratamento do AVC ................................................................................................................ 52 
Períodos de tempo críticos .................................................................................................................... 53 
Aplicação do algoritmo de suspeita de AVC para adultos ...................................................................... 55 
Centros e unidades de AVC .................................................................................................................... 59 
Avaliação geral e neurológica imediata ................................................................................................. 62 
Tratamento fibrinolítico ......................................................................................................................... 64 
Tratamento endovascular ...................................................................................................................... 69 
Início do tratamento geral do AVC ......................................................................................................... 70 
Bradicardia ................................................................................................................................................. 72 
Visão geral ..............................................................................................................................................72 
Bradicardia sintomática ......................................................................................................................... 75 
Manejo da bradicardia: o algoritmo de bradicardia .............................................................................. 75 
Taquicardia: estável e instável ................................................................................................................... 82 
Visão geral .............................................................................................................................................. 82 
Abordagem para taquicardia instável .................................................................................................... 84 
Tratamento da taquicardia instável: algoritmo de taquicardia para adultos com pulso ....................... 85 
Aplicação do algoritmo de taquicardia para adultos com pulso em pacientes instáveis ....................... 87 
Cardioversão .......................................................................................................................................... 89 
Cardioversão sincronizada ..................................................................................................................... 90 
Taquicardias estáveis ............................................................................................................................. 92 
Abordagem para taquicardia estável ..................................................................................................... 93 
Manejo da taquicardia estável: algoritmo de taquicardia para adultos com pulso ............................... 94 
Aplicação do algoritmo de taquicardia para adultos com pulso em pacientes estáveis ........................ 94 
Parte 3: Times de alto desempenho .............................................................................................................. 98 
Funções e dinâmica das equipes de alto desempenho .............................................................................. 99 
Funções de uma equipe de alto desempenho ....................................................................................... 99 
Elementos da dinâmica eficiente da equipe como parte de uma equipe de alto desempenho .......... 101 
Parada Respiratória .................................................................................................................................. 106 
 5 
Visão geral ............................................................................................................................................ 106 
Respiração normal e anormal .............................................................................................................. 106 
Identificação de problemas respiratórios por gravidade ..................................................................... 106 
Avaliação de SBV .................................................................................................................................. 108 
Avaliação primária ............................................................................................................................... 109 
Manejo de parada respiratória ............................................................................................................ 109 
Administração de oxigênio complementar .......................................................................................... 109 
Abertura da via aérea ........................................................................................................................... 109 
Fornecimento de ventilação básica ..................................................................................................... 111 
Equipamentos adjuntos para das vias aéreas: VAO ............................................................................. 112 
Equipamentos adjuntos para vias aéreas: VAN ................................................................................... 114 
Aspiração .............................................................................................................................................. 115 
Uso de capnografia quantitativa com forma de onda com um dispositivo bolsa-válvula-máscara ..... 117 
Oximetria de pulso ............................................................................................................................... 117 
Execução de ventilação com uma via aérea avançada ........................................................................ 117 
Precauções para pacientes com traumatismo ..................................................................................... 118 
PCR: FV/TVSP ........................................................................................................................................... 119 
Visão geral ............................................................................................................................................ 119 
Manejo da FV/TVSP: algoritmo de PCR para adultos ........................................................................... 120 
Aplicação do algoritmo de PCR para adultos: via de FV/TVSP ............................................................. 122 
Monitoramento fisiológico durante a RCP ........................................................................................... 129 
Vias de acesso para medicamentos ..................................................................................................... 131 
Ultrassom para FV/TVSP/assitolia/AESP .............................................................................................. 132 
Retorno da circulação espontânea ...................................................................................................... 133 
PCR: AESP e assístole ............................................................................................................................... 133 
Visão geral ............................................................................................................................................ 133 
Descrição da AESP ................................................................................................................................ 134 
Abordagem para assitolia .................................................................................................................... 134 
Tratamento de assitolia/AESP: algoritmo de PCR para adultos ........................................................... 135 
Pacientes com ordens de NTR .............................................................................................................. 139 
Encerramento dos esforços de ressuscitação ...................................................................................... 139 
PCR: situações especiais específicas ........................................................................................................ 141 
Tratamento de FV/TVSP em hipotermia acidental .............................................................................. 141 
Parada respiratória ou PCR associada a overdose de opioide ............................................................. 141 
RCPEC (para FV/TVSP/assitolia/AESP) .................................................................................................. 143 
 6 
Dispositivos de auxílio ventricular ....................................................................................................... 143 
PCR associada à gestação ..................................................................................................................... 147 
Cuidados pós-PCR .................................................................................................................................... 151 
Visão geral ............................................................................................................................................151 
Abordagem multissistêmica de atendimento pós-PCR ........................................................................ 153 
Manejo do atendimento pós-PCR: o algoritmo de atendimento pós-PCR para adultos ..................... 155 
Aplicação do algoritmo de tratamento pós-PCR para adultos ............................................................. 156 
Outros tratamentos pós-ressuscitação ................................................................................................ 160 
Neuroprognóstico ................................................................................................................................ 160 
APÊNDICES ................................................................................................................................................... 162 
Lista de verificação da estação de aprendizado (FV/TVSP) da PCR para adultos ................................. 168 
Lista de verificação da estação de aprendizado (Assístole/AESP) da PCR para adultos ....................... 169 
Lista de verificação da estação de aprendizado de bradicardia para adultos ...................................... 170 
Lista de verificação da estação de aprendizado de taquicardia com pulso para adultos .................... 171 
Lista de verificação da estação de aprendizado de atendimento pós-PCR para adultos ..................... 172 
Lista de verificação da estação de aprendizado (FV/TVSP/Assístole/AESP) da PCR para adultos ....... 173 
Lista de verificação da estação de aprendizado de SAVC intra-hospitalar da PCR na gravidez ........... 174 
Lista de verificação da estação de aprendizado de dispositivos de auxílio ventricular para adultos .. 175 
Tabela de resumo da farmacologia do SAVC ........................................................................................... 176 
Tabela do resumo científico ..................................................................................................................... 179 
Glossário .................................................................................................................................................. 180 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
PARTE 1: VISÃO GERAL DO SAVC 
INTRODUÇÃO 
Descrição e meta do curso 
O Curso de Suporte Avançado de Vida Cardiovascular (SAVC) para profissionais da saúde foi elaborado para profissionais da 
saúde que gerenciam o tratamento de PCRs ou de outras emergências cardiovasculares ou que delas participam. Por meio 
de instruções didáticas e de participação ativa em casos simulados, os alunos irão aprimorar suas habilidades no 
reconhecimento e na intervenção de PCRs, pós-parada cardíaca imediata, arritmia aguda, AVC e síndromes coronárias 
agudas (SCA). O objetivo deste curso é melhorar os resultados para pacientes adultos com PCR e outras emergências 
cardiovasculares por meio de reconhecimento e de intervenções precoces de equipes de alto desempenho. 
Objetivos do curso 
Ao concluir com êxito este curso, você será capaz de: 
• Definir os sistemas de tratamento 
• Utilizar a avaliação do suporte básico de vida (SBV) e as sequências de avaliação primária e secundária para uma 
avaliação sistemática de pacientes adultos 
• Discutir de que maneira o uso de uma equipe de resposta rápida (ERR) ou equipe de emergência médica (EEM) 
pode melhorar os desfechos dos pacientes 
• Discutir o reconhecimento e o tratamento precoces da SCA, inclusive o encaminhamento adequado 
• Falar sobre o reconhecimento e tratamento precoces do AVC, incluindo a triagem apropriada 
• Reconhecer bradicardias e taquicardias que podem resultar em PCR ou complicar o desfecho da ressuscitação 
• Executar o manejo inicial da bradicardia e da taquicardia que pode resultar em PCR ou complicar o desfecho da 
ressuscitação 
• Representar uma comunicação eficaz como membro ou líder de uma equipe de alto desempenho 
• Reconhecer o impacto da dinâmica de equipe sobre o desempenho geral da equipe 
• Reconhecer uma parada respiratória 
• Manejar precocemente uma parada respiratória 
• Reconhecer a PCR 
• Administrar SBV imediato e de alta qualidade, incluindo a priorização de compressões torácicas logo no início e 
a aplicação precoce do desfibrilador externo automático (DEA) 
• Controlar precocemente a PCR até o término da ressuscitação ou transferência do atendimento, inclusive 
tratamento imediato pós-PCR 
• Analisar os esforços de ressuscitação durante a PCR por meio da avaliação contínua da qualidade da 
ressuscitação cardiopulmonar (RCP), monitorando a resposta fisiológica do paciente e fornecendo feedback em 
tempo real para a equipe. 
 
Concepção do curso 
Para ajudá-lo a atingir esses objetivos, o curso de SAVC para profissionais da saúde conta com estações de aprendizado e 
uma estação de avaliação com Megacode. As estações de aprendizado oferecem atividades, como 
• Simulação de cenários clínicos 
• Demonstrações por vídeo ou com instrutor 
• Discussão e execução das funções 
 8 
• Prática em grupo para atingir equipes de alto desempenho eficazes 
Nessas estações de aprendizado, você praticará habilidades essenciais de forma individual e em equipe. Como este curso 
enfatiza habilidades em equipe eficazes como parte vital do esforço de ressuscitação, você praticará como membro da 
equipe e como líder da equipe. 
Na estação de avaliação com Megacode no fim da aula, você participará em um cenário de PCR simulada para sua avaliação 
• Integração dos materiais e habilidades principais 
• Aplicação de algoritmos 
• Interpretação de arritmias 
• Uso do tratamento adequado com medicamentos para SAVC 
• Desempenho eficaz como líder de uma equipe de alto desempenho 
• Medidas para atingir objetivos, como a fração de compressões torácicas (FCT) 
 
Pré-requisitos e preparação do curso 
A American Heart Association (AHA) limita a inscrição neste curso a profissionais da saúde que 
• Dirigem ou participam na ressuscitação de pacientes intra-hospitalares ou extra- hospitalares 
• Tenham o conhecimento e as habilidades para participar ativamente com o instrutor e outros alunos 
Antes do curso, leia o Manual de SAVC para Profissionais da Saúde, conclua o trabalho pré-curso obrigatório em Recursos 
para o aluno de SAVC (acessado por eLearning.heart.org), identifique qualquer lacuna no seu conhecimento e corrija-a 
estudando o conteúdo aplicável no Manual de SAVC para Profissionais de Saúde ou outros recursos complementares, 
incluindo Recursos de SAVC para alunos. É necessário passar pela autoavaliação pré-curso com uma pontuação mínima 
de 70%. Você pode refazer a autoavaliação quantas vezes precisar para passar. Imprima o certificado de conclusão e a 
pontuação e leve-os consigo para o curso. 
Será necessário ter os seguintes conhecimentos e habilidades para concluir o curso com sucesso: 
• Habilidades de SBV 
• Interpretação dos ritmos básicos de SAVC no eletrocardiograma (ECG) 
• Conhecimento de manejo da via aérea acessórios 
• Conhecimento básico de medicamentos e farmacologia de SAVC 
• Aplicação prática de ritmos e medicamentos de SAVC 
• Habilidades eficazes de uma equipe de alto desempenho 
Habilidades de SBV 
Habilidades sólidas de SBV formam a base do SAVC, portanto, é necessário passar na estação de teste de SBV para concluir 
este curso. Para poder participar do curso, você deve ser proficiente nas habilidades de SBV. 
Interpretação dos ritmos básicos de SAVC no eletrocardiograma (ECG) 
Os algoritmos básicos de PCR e periparada exigem que os alunos sejam capazes de reconhecer estes ritmos de ECG: 
• Ritmo sinusal 
• Fibrilação e flutter atriais 
• Bradicardia sinusal 
• Taquicardia sinusal 
• Taquicardia supraventricular 
 9 
• Bloqueios atrioventriculares 
• Assístole 
• Atividade elétrica sem pulso (AESP) 
• Taquicardias ventriculares (TV) 
• Fibrilação ventricular (FV) 
A autoavaliação pré-curso de SAVC contém uma seção de identificação de ritmos de ECG. Use a pontuação e o feedback da 
autoavaliação para ajudá-lo a identificaras áreas em que você tem melhor ou pior desempenho, antes de participar da aula. 
Você precisa identificar e interpretar os ritmos durante as sessões práticas do curso e na estação de avaliação final com 
Megacode. 
Conhecimento básico de medicamentos e farmacologia de SAVC 
Você deve conhecer os medicamentos e doses usados nos algoritmos de SAVC. Será necessário também saber quando usar 
qual medicamento, de acordo com a situação clínica. 
A autoavaliação pré-curso de SAVC contém perguntas de farmacologia. Use a pontuação e o feedback da autoavaliação 
para ajudá-lo a identificar as áreas em que tem melhor ou pior desempenho, antes de participar da aula. 
 
Materiais do curso 
Os materiais do curso consistem no Manual de SAVC para profissionais da saúde e recursos para o aluno de SAVC em três 
cartões de consulta. 
O ícone de computador o direciona para informações complementares em Recursos para o aluno de SAVC 
(acessado via eLearning.heart.org). 
Manual de SAVC para profissionais da saúde 
O Manual de SAVC para profissionais da saúde contém as informações básicas necessárias para participar no curso, 
incluindo a abordagem sistemática a uma emergência cardiopulmonar, informações sobre comunicação eficaz da equipe 
de alto desempenho e os casos e algoritmos de SAVC. Leia este manual antes de participar da aula e leve-o com você para 
a aula. Os alunos que usam a versão em livro eletrônico devem baixar o manual para seu aplicativo eReader do dispositivo 
e levá-lo junto, no caso de não haver conexão com a Internet. 
O Manual de SAVC para profissionais da saúde também contém informações importantes apresentadas nas caixas de 
legenda Conceitos essenciais e Cuidado que requerem atenção: 
 
Conceitos fundamentais 
Essas caixas contêm as informações mais importantes de que você precisa, tais como os riscos específicos associados 
a certas intervenções e dados adicionais sobre os principais tópicos que este curso abrange. 
 
 Cuidado 
As caixas de Cuidado enfatizam riscos específicos associados às intervenções. 
 10 
Recursos para o aluno de SAVC 
Os recursos para o aluno de SAVC (acessado por meio de eLearning.heart.org) contêm materiais de preparação e 
complementares do pré-curso obrigatório. 
• Autoanálise pré-curso (a pontuação para passar é de 70% ou mais) 
• Atividade pré-curso (aulas interativas completas em vídeo) 
Use os seguintes recursos do site para complementar os conceitos básicos no curso de SAVC. Algumas informações são 
complementares; outras áreas fornecem informações adicionais para alunos ou profissionais da saúde avançados que 
estejam interessados. 
• Lista de verificação de preparação pré-curso (usada para garantir que os alunos estejam prontos para participar 
da aula). 
• Material complementar de SAVC 
o –Manejo de via aérea básico 
o –Manejo de via aérea avançada 
o –Ritmos básicos de SAVC 
o –Desfibrilação 
o –Acesso para medicamentos 
o –Síndromes coronárias agudas 
o –Dimensões humana, ética e jurídica de ACE e SAVC 
• Vídeos opcionais 
o –Acesso intraósseo 
o –Como lidar com o óbito 
Cartões de consulta 
Os três cartões de consulta independentes incluídos com o Manual de SAVC para profissionais da saúde (e vendidos em 
pacotes individuais) oferecem uma referência rápida para treinamento em emergências reais nos seguintes tópicos: 
• PCR, arritmias e respectivos tratamentos 
o –Algoritmos de PCR para adultos 
o –Tabela com lembretes de medicamentos e dosagem 
o –Algoritmo de cuidados pós-PCR para adultos 
o –Algoritmo de bradicardia para adultos 
o –Algoritmo de taquicardia para adultos com pulso 
• SCA e AVC 
o –Algoritmo de síndromes coronárias agudas 
o –Contraindicações fibrinolíticas para IAMST 
o –Algoritmo para suspeita de AVC para adultos 
o –Encaminhamento de AVC agudo pelos serviços médicos de emergência 
o –Manejo de hipertensão em AVC isquêmico agudo 
• PCR em certas situações especiais e neuroprognóstico 
o –Algoritmo de emergência associada a opioide para profissionais da saúde 
o –Algoritmo para dispositivo de assistência ventricular a adultos 
o –Algoritmo de SAVC intra-hospitalar para PCR durante a gestação 
o –Diagrama de neuroprognóstico 
Use esses cartões como consulta quando estiver se preparando para a aula, durante as estações de aprendizado e durante 
emergências reais. É possível consultá-los durante o exame cognitivo e o Megacode. 
 11 
Exigências para aprovação no curso 
Para ser aprovado no Curso de SAVC para Profissionais de Saúde e receber seu certificado, você deverá: 
• Ser aprovado no teste de habilidades em SBV de alta qualidade para adultos 
• Ser aprovado nos testes de habilidades de manejo da via aérea, incluindo inserção de via aérea 
orofaríngea/nasofaríngea 
• Demonstrar competência nas habilidades das estações de aprendizado 
• Ser aprovado no curso equipes de alto desempenho: teste de Megacode 
• Ser aprovado no exame de consulta livre com pontuação mínima de 84% 
 
Suporte avançado de vida cardiovascular 
Os profissionais de SAVC enfrentam um desafio importante: atuar como uma equipe que implementa os suportes básicos 
e avançados de vida para salvar a vida de uma pessoa. As Diretrizes 2020 da AHA para atendimento cardiovascular de 
emergência e ressuscitação cardiopulmonar analisaram evidências de que em situações intra-hospitalares e extra-
hospitalares, muitos pacientes de PCR não recebem RCP de alta qualidade e a maioria não sobrevive. Um estudo sobre PCR 
intra-hospitalar (PCRIH) demonstrou que a qualidade da RCP era inconsistente e nem sempre atendia às recomendações 
das diretrizes.1 Entretanto, no decorrer dos anos, os desfechos dos pacientes depois de uma PCR têm melhorado. A Tabela 
1 mostra as tendências recentes de sobrevivência em PCRIH e PCR extra-hospitalar (PCREH) nos Estados Unidos.2 
 
Tabela 1. Dados recentes sobre sobrevivência de PCR 
Atualização 
estatística 
Incidência de 
PCREH, n 
RCP por pessoa presente 
no local de PCREH 
(geral), % 
Taxa de sobrevivência de 
PCREH*(geral), % 
Incidência de 
PCRIH,† n 
Taxa de sobrevivência de 
PCRIH*(adultos), % 
2020 356.461 41,6 10,4 209.000 25,8 
2019 356.461 46,1 10,4 209.000 25,6 
2018 347.322 46,1 11,4 209.000 25,8 
2017 356.500 45,7 11,4 209.000 23,8 
2016 356.500 46,1 12,0 209.000 24,8 
2015 326.200 45,9 10,6 209.000 25,5 
2014 424.000 40,8 10,4 209.000 22,7 
2013 359.400 40,1 9,5 209.000 23,9 
2012 382.800 41,0 11,4 209.000 23,1 
Linha basal 
 
31,0 7,9 
 
19,0 
*Sobrevivência à alta hospitalar. 
†Incidência extrapolada, com base no mesmo estudo Get With The Guidelines®-Resuscitation, de 2011. 
 12 
As análises de várias evidências se concentraram nos princípios básicos da RCP, nos elos da cadeia de sobrevivência e na 
integração do SBV com o SAVC. A minimização do intervalo entre a interrupção das compressões torácicas e a aplicação do 
choque (ou seja, a minimização da pausa pré-choque) melhora as chances de sucesso do choque3 e a sobrevivência do 
paciente.4Especialistas acreditam que altas taxas de sobrevivência depois de mortes cardíacas súbitas intra-hospitalares e 
extra-hospitalares são possíveis com sistemas de atendimento sólidos. 
Vários fatores são associados à melhora na sobrevivência de pacientes com PCR: 
• Treinamento dos profissionais da saúde para conhecerem mais o que melhora as taxas de sobrevivência 
• Planejamento proativo e simulação de PCR para oferecer a oportunidade de um profissional da saúde praticar 
e melhorar a resposta à PCR 
• Reconhecer rapidamente a PCR súbita 
• Fornecimento imediato de RCP de alta qualidade 
• Desfibrilar imediatamente, assim que um desfibrilador estiver disponível 
• Fornecimento de atendimento pós-PCR rápido e com propósitos específicos 
Intervenções rápidas por pessoas capacitadas que trabalham em um sistema de atendimento sólido proporciona os 
melhores desfechos. 
 
 
 
 
 
 
 
Melhoria contínua da qualidade 
Cada sistema de Serviço Médico de Emergência e o sistema do hospital devem avaliar suas intervenções de ressuscitação eos desfechos por meio de melhoria contínua da qualidade (MCQ) com um processo definido de coleta e análise de dados. 
O consenso atual sobre a melhor forma de melhorar a sobrevivência intra-hospitalar e extra-hospitalar depois de PCR súbita 
é modificar o modelo de melhoria de qualidade padrão de acordo com a metáfora da Cadeia de sobrevivência. Cada elo da 
cadeia contém variáveis estruturais, processuais e desfechos que os sistemas podem examinar, avaliar e registrar. Os 
gerentes de sistema podem identificar rapidamente as lacunas existentes entre os processos observados e os desfechos e 
as expectativas locais ou padrões publicados. As pessoas e as equipes que analisam regularmente seu desempenho em 
ressuscitações reais, na média, irão melhorar o desempenho em eventos posteriores de ressuscitação. Portanto, é 
importante para as equipes de ressuscitação encontrar tempo para fazer debriefing em algum momento depois de cada 
ressuscitação, imediatamente ou mais tarde. 
 
 
 
Conceitos fundamentais: otimização de SAVC 
• Os líderes da equipe podem otimizar o SAVC integrando RCP de alta qualidade com interrupção mínima 
das compressões torácicas e estratégias de suporte avançado de vida (por exemplo, desfibrilação, 
medicações, via aérea avançada). 
• Estudos demonstraram que uma redução no intervalo entre as compressões e a administração do choque 
pode aumentar o sucesso previsto do choque. 
• Limite o número de interrupções nas compressões para intervenções críticas (análise de ritmo, 
administração de choque, intubação, etc..) e minimize a duração de interrupções necessárias a 10 
segundos ou menos. 
 
 13 
Sistemas de atendimento 
Um sistema é um grupo de componentes interdependentes que interagem, regularmente, para formar um todo. O sistema 
• Fornece os elos para a cadeia de sobrevivência 
• Determina a força de cada elo e da cadeia como um todo 
• Determina o resultado final 
• Oferece suporte e organização coletivos 
A assistência à saúde requer estrutura (por exemplo, pessoas, equipamentos, educação) e processos (por exemplo, 
políticas, protocolos e procedimentos) que, quando integrados, produzem um sistema (por exemplo, programas, 
organizações e culturas) que leva a resultados (por exemplo, segurança, qualidade e satisfação do paciente). Essa resposta 
integrada, conhecida como um sistema de atendimento, é composta por todos estes elementos: estrutura, processo, 
sistema e desfecho do paciente, em uma estrutura de MCQ (Figura 1). 
 
Figura 1.Taxonomia dos sistemas de atendimento. 
Esses sistemas exigem que indivíduos e grupos compartilhem informações, para que possam avaliar e melhorar seu sistema. 
Liderança e responsabilidade são componentes importantes desta abordagem em equipe. Os participantes e os líderes de 
sistemas de atendimento devem avaliar, continuamente, o desempenho de cada componente do sistema. Apenas depois 
dessa avaliação eles poderão intervir, de forma eficaz, para melhorar os resultados. 
O processo de MCQ consiste em um ciclo interativo de 
• Avaliação sistemática da execução e dos desfechos das ressuscitações 
• Criação de parâmetros comparativos com feedback das partes interessadas 
• Resolução estratégica das deficiências identificadas 
 
 
 14 
PCR e sistemas de atendimento pós-PCR 
A ressuscitação bem-sucedida requer ações integradas e coordenadas. Os especialistas acreditam que as altas taxas de 
sobrevivência depois de mortes cardíacas súbitas intra- hospitalares e extra-hospitalares são possíveis com sistemas de 
atendimento sólidos. 
Vários fatores são associados à melhora na sobrevivência de pacientes com PCR: 
• Treinamento dos profissionais da saúde para conhecerem mais o que melhora as taxas de sobrevivência 
• Planejamento proativo e simulação de PCR para oferecer a oportunidade de um profissional da saúde praticar 
e melhorar a resposta à PCR 
• Reconhecimento rápido da PCR 
• Fornecimento imediato de RCP de alta qualidade 
• Desfibrilação precoce, assim que o desfibrilador estiver disponível. 
• Fornecimento de atendimento pós-PCR rápido e com propósitos específicos 
Intervenções rápidas por pessoas capacitadas que trabalham em um sistema de atendimento sólido proporciona os 
melhores desfechos. 
Os elos nas cadeias de sobrevivência específicas do sistema representam essas ações. A cadeia de sobrevivência é uma 
metáfora usada para organizar e descrever o conjunto integrado de ações urgentes coordenadas necessário para maximizar 
a sobrevivência. O uso de treinamento e estratégias de implementação baseados em evidências pode otimizar os elos da 
cadeia. No entanto, duas cadeias separadas (Figura 2) foram criadas para refletir as diferenças nas etapas necessárias para 
responder à PCR intra-hospitalar (PCRIH) e à PCR extra-hospitalar (PCREH). 
 
Figura 2.Cadeias de sobrevivência específicas do sistema. 
 
 15 
 
A PCR pode ocorrer em qualquer lugar: na rua, em casa ou no departamento de emergência (DE) de um hospital, no leito 
do paciente intra-hospitalar ou na unidade de terapia intensiva (UTI). Os elementos no sistema de atendimento e a ordem 
das ações na cadeia de sobrevivência diferem, de acordo com a situação. O atendimento dependerá de a vítima ter a PCR 
fora do hospital ou dentro do hospital. O atendimento também depende do perfil da vítima: adulto, criança ou bebê. 
Elementos da cadeia de sobrevivência 
Embora haja pequenas diferenças nas cadeias de sobrevivência, de acordo com a idade da vítima e o local da PCR, cada 
uma inclui os seguintes elementos: 
• Prevenção e preparação, incluindo treinamento do socorrista, reconhecimento precoce da PCR e resposta 
rápida 
• Ativação do sistema médico de emergência, fora ou dentro do hospital 
• RCP de alta qualidade, incluindo desfibrilação precoce de FV e TVSP 
• Intervenções avançadas de ressuscitação, incluindo medicações, intervenções de via aérea avançada e RCP 
extracorpórea 
• Atendimento pós-PCR, incluindo intervenções de atendimento crítico e controle direcionado da temperatura 
• Recuperação, incluindo suporte eficaz para as necessidades físicas, cognitivas, emocionais e da família 
Não importa onde a parada cardíaca ocorra, o atendimento depois da ressuscitação acaba no hospital, geralmente no DE 
ou na UTI. Esse atendimento pós-PCR é descrito como o elo final nas duas cadeias, simbolizado por um leito de hospital 
com um monitor e um termômetro, que representam intervenções críticas de atendimento, monitoramento avançado e 
controle direcionado da temperatura. Os pacientes que atingem o RCE depois de uma PCR em qualquer cenário, têm 
processos patofisiológicos complexos chamados de síndrome pós-PCR. 
Essa síndrome tem um papel significativo na mortalidade dos pacientes e inclui: 
• Lesão cerebral pós-PCR; 
• Disfunção miocárdica pós-PCR 
• Isquemia sistêmica e resposta de reperfusão; 
• Patologia aguda e crônica persistente que pode ter precipitado a PCR.5 
Os sistemas de tratamento de saúde devem implementar um sistema multidisciplinar abrangente, estruturado e 
consistente de atendimento para tratamento de pacientes pós-PCR. Os programas devem abordar a ventilação e a 
otimização hemodinâmica, o controle direcionado da temperatura (CDT), reperfusão coronária imediata com intervenção 
coronária percutânea (ICP) para os pacientes qualificados, atendimento e prognóstico neurológico, além de outras 
intervenções estruturadas. Hospitais individuais que frequentemente tratam pacientes com PCR mostram uma maior 
probabilidade de sobrevivência destes pacientes quando essas intervenções são realizadas. 
Como observado acima, a estrutura e os elementos do processo antes da convergência das duas cadeias variam 
significativamente. Os pacientes com PCREH dependem de elementos dentro da comunidade para suporte. Os socorristas 
leigos precisam reconhecer a PCR do paciente, pedir ajuda e iniciar a RCP e a desfibrilação precoce (acesso público à 
desfibrilação [DAP]), até que uma equipe de profissionais do Serviço Médico de Emergência assuma aresponsabilidade e 
transporte o paciente para um DE e/ou laboratório de cateterização cardíaca seguidos de admissão na UTI para 
atendimento pós-PCR. De forma ideal, todas as vítimas de PCREH recebem RCP e desfibrilação de pessoa presente no local 
e caso não recebam até a equipe de Serviço Médico de Emergência chegar, as chances de sobrevivência da vítima serão 
bem reduzidas. É essencial medir e melhorar as taxas de RCP orientadas pelo atendente. 
 16 
Em contraste, os pacientes com PCRIH dependem de um sistema de reconhecimento e de prevenção precoces adequados 
de RCP, que é representado por uma lupa no primeiro elo. Quando ocorre a RCP, a ativação imediata do sistema médico de 
emergência com uma resposta à PCR que ofereça RCP de alta qualidade, desfibrilação precoce e suporte avançado de vida 
cardiovascular deve resultar na interação perfeita de uma equipe multidisciplinar de profissionais, incluindo médicos, 
enfermeiras, terapeutas respiratórios e outros. O último elo é a recuperação e inclui considerações para as necessidades 
pós-PCR do paciente e da família. A metáfora da cadeia permanece: em qualquer ressuscitação, a cadeia não é mais forte 
que seu elo mais fraco. 
O conceito clássico de cadeia de sobrevivência de ressuscitação vinculava a comunidade ao Serviço médico de emergência, 
e o Serviço médico de emergência aos hospitais, com o atendimento hospitalar como destino.6Mas os pacientes com 
emergência cardíaca podem entrar no sistema de atendimento em qualquer ponto (Figura 3), inclusive na rua, em casa ou 
no DE do hospital, no leito intra-hospitalar, na UTI, no centro cirúrgico, na sala de cateterização ou no departamento de 
exames de imagem. O sistema de atendimento deve ter capacidade de realizar o manejo das emergências cardíacas sempre 
que elas ocorrerem. 
 
Figura 3.Ponto de entrada do paciente. 
Abreviações: ASME, acionar sistema médico de emergência; AH, alta hospitalar; DE, departamento de emergencia; SA, 
sistema de atendimento. 
Mensuração 
Sistemas que funcionam de forma contínua para melhorar os desfechos da ressuscitação capturam e analisam dados 
relacionados à educação, aos processos e desfechos para identificar mensurações que podem levar ao melhor atendimento 
do paciente. Os esforços para a melhoria da qualidade dependem de avaliações válidas do desempenho da ressuscitação e 
dos desfechos do paciente. 
As diretrizes e modelos do estilo Utstein permitem o relato dos desfechos da ressuscitação depois de traumatismo e de 
afogamento.7 Essas diretrizes de PCREH8 oferecem orientação para medidas importantes de desempenho, tais como 
• Ocorrência de RCP administrada por pessoa presente no local 
 17 
• Intervalo de tempo do colapso até a aplicação do desfibrilador 
• Intervalo de tempo até o manejo da via aérea avançada 
• Intervalo de tempo até a primeira administração do medicamento de ressuscitação 
• Sobrevivência à alta hospitalar 
As diretrizes de PCRIH9 fornecem orientações para as principais medidas de desempenho, tais como: 
• Demografia do paciente 
• Categoria do paciente (intra-hospitalar ou extra-hospitalar) e categoria da doença 
• Detalhes da PCR: 
o –Data/hora/local 
o –Presenciada 
o –Equipe de ressuscitação acionada 
o –PCR monitorada 
o –Compressões torácicas 
o –DEA ou desfibrilador 
o –Ritmo inicial 
o –RCPEC usado 
• Detalhes pós-ressuscitação: 
o –CDT 
o –Pirexia 
o –Angiografia coronária 
o –Reperfusão coronária 
• Desfecho do paciente: 
o –Data/hora/motivo para interrupção da RCP 
o –RCE atingido? 
o –Sobrevivência depois da alta ou depois de 30 dias? 
o –Desfecho neurológico 
o –Data/hora da morte 
o –Doação de órgãos 
Desfechos fisiológicos geralmente são considerados os melhores indicadores de eficácia da ressuscitação e em contexto 
extra-hospitalar, o ETCO2 está geralmente disponível. Durante a RCP, o ETCO2 é um indicador relativo do débito cardíaco e 
também pode ser sinal de retorno da circulação espontânea (RCE), portanto, deverá ser usado, se possível. Os monitores 
de desempenho da RCP estão, agora, amplamente disponíveis,10 e fornecem feedback valioso em tempo real sobre a 
qualidade da RCP que os socorristas executam durante as tentativas de ressuscitação. Outros monitores de desempenho 
da RCP estão cada vez mais disponíveis e podem fornecer feedback em tempo real para os profissionais da saúde. Depois 
de uma tentativa de ressuscitação, esses monitores também fornecem dados para debriefing e informações para programas 
de MCQ de RCP em todo o sistema. Sem uma forma de medir a RCP e entender seu desempenho, os profissionais não 
conseguem melhorar. 
Algumas características de desempenho de RCP estão disponíveis como feedback imediato, enquanto outras características 
estão disponíveis apenas depois da RCP ou nunca, dada a tecnologia atual. A capacidade de receber feedback imediato 
sobre os seguintes itens dependerá do nível de tecnologia disponível: 
• Feedback imediatamente disponível 
o –Taxa das compressões torácicas 
o –Profundidade 
o –Retorno 
 
 18 
• Feedback para análise 
o –Fração de compressões torácicas 
o –Pausas pré-choque, perichoque e pós-choque 
o –Feedback que não pode ser avaliado adequadamente 
o –Frequência de ventilação 
o –Pressão da via aérea 
o –Volume corrente 
o –Duração da ventilação (compressão da bolsa) 
o –Outros desfechos fisiológicos, se disponíveis (ou seja, ETCO2, pressão intra-arterial, ultrassom 
cardíaco) 
Os dispositivos atuais de monitoramento de RCP nem sempre oferecem feedback ideal. Por exemplo, os acelerômetros não 
medem a compressão do colchão e seus algoritmos rígidos não priorizam, de forma realista, a ordem do feedback; eles não 
conseguem medir a profundidade, se o profissional se inclinar demais e, portanto, os dispositivos priorizam o feedback para 
corrigir a inclinação, antes da profundidade. Embora algumas soluções existam no momento, incluindo software (algoritmos 
automatizados) e hardware (prancha inteligente, acelerômetros duplos, marcadores de referência e outros), melhorias 
contínuas no desempenho exigem melhorias contínuas no monitoramento da RCP. 
Parâmetros de comparação e feedback 
Os sistemas devem analisar dados de feedback e comparar as informações com o desempenho interno anterior e sistemas 
externos semelhantes. Os registros existentes podem ajudar a criar parâmetros comparativos para os dados. Exemplos 
desses registros incluem 
• Registro de PCR para melhoria da sobrevivência (CARES) para PCREH 
• Programa Get With The Guidelines-Resuscitationpara PCRIH 
Mudança 
O simples fato de medir o desempenho e comparar parâmetros de referência de atendimento já influencia positivamente 
os desfechos. No entanto, também é necessário analisar e interpretar os dados para identificar as áreas que precisam de 
melhoria, como 
• Aumento das taxas de resposta à RCP por pessoa presente no local 
• Melhora do desempenho da RCP 
• Menor tempo até a desfibrilação 
• Conscientização dos cidadãos 
• Formação e treinamento dos profissionais da saúde e cidadãos 
Nos últimos 50 anos, os socorristas têm usado os modernos fundamentos do SBV, como reconhecimento e acionamento 
precoces, RCP precoce e desfibrilação precoce, para salvar centenas de milhares de vidas no mundo todo. No entanto, as 
disparidades de sobrevivência identificadas anos atrás persistem e, portanto, devemos continuar a melhorar o atendimento 
para atingir todo o potencial da cadeia de sobrevivência. Felizmente, hoje temos o conhecimento e os instrumentos, 
representados pela cadeia de sobrevivência, para resolver muitas dessas lacunas de atendimento, e as descobertas futuras 
oferecerão oportunidades de melhorar as taxas de sobrevivência. 
Sistemas de atendimento do IAMST 
A meta de atendimento do IAMST é minimizar a lesão no coração e maximizar a recuperação do paciente. Os elos do IAMST 
(Figura 4) indicam as ações que os pacientes, os familiares e os profissionais da saúde podem realizar rapidamente para 
maximizar a recuperação do IAMST: 
 19 
• Reconhecimentoe reação aos sinais de aviso do IAMST 
• Rápido envio do Serviço Médico de Emergência e transporte ágil do sistema do Serviço Médico de Emergência, 
além de notificação antecipada, antes da entrada no hospital de encaminhamento 
• Avaliação e diagnóstico rápidos no departamento de emergência (ou laboratório de cateterização) 
• Tratamento 
 
Figura 4.Cadeia de sobrevivência ao IAMST. 
Começo do atendimento 
Todos os atendentes e profissionais do Serviço Médico de Emergência devem receber treinamento no reconhecimento de 
sintomas da SCA e suas possíveis complicações. 
Os atendentes, quando autorizados pelo controle ou protocolo médico, devem orientar os pacientes sem histórico de 
alergia à aspirina ou sinais de hemorragia gastrointestinal (GI) ativa ou recente a mastigar uma aspirina (162 a 325 mg) 
enquanto aguardam a chegada dos profissionais do Serviço Médico de Emergência. 
Acionamento do Serviço Médico de Emergência 
O diagnóstico e o tratamento imediatos oferecem a melhor chance para salvar o coração, portanto, os profissionais da 
saúde devem reconhecer os pacientes com possível SCA e começar avaliação, triagem e o manejo o mais rápido possível. 
Componentes do Serviço Médico de Emergência 
• Faça um ECG antes da chegada no hospital 
• Notifique a instituição receptora de um paciente com possível infarto do miocárdio com supradesnivelamento 
do segmento ST ("alerta de IAMST") 
• Acione a equipe de cateterização cardíaca, para diminuir o tempo até a reperfusão 
• Analise e melhore continuamente a qualidade 
Componentes hospitalares 
• Protocolos do departamento de emergência 
o –Forneça um processo agilizado para a equipe de cateterização 
o –Interne na Unidade Coronária/UTI 
o –Ofereça garantia de qualidade, feedback em tempo real e formação dos profissionais da saúde 
• Função do médico de emergência 
o –Selecione a estratégia de reperfusão mais adequada 
o –Acione a equipe de cateterização cardíaca quando necessário 
• Função da liderança do hospital 
 20 
o –Deve estar envolvida no processo e comprometida em providenciar o rápido acesso ao 
tratamento de reperfusão de IAMST 
 
Sistemas de atendimento de AVC 
A meta de atendimento do AVC é minimizar a lesão cerebral e maximizar a recuperação do paciente. A cadeia de 
sobrevivência do AVC (Figura 5) vincula as ações que os pacientes, os familiares e os profissionais da saúde devem tomar 
para maximizar a recuperação do AVC. Os elos são: 
• Reconhecimento e reação rápidos aos sinais de alerta e 
• e aos sintomas do AVC 
• Uso rápido do atendimento do Serviço Médico de Emergência 
• Agilidade do Serviço Médico de Emergência no reconhecimento, triagem, transporte e notificação antecipada 
ao hospital do paciente com AVC 
• Rápido diagnóstico e tratamento no hospital 
 
Figura 5.Cadeia de sobrevivência ao AVC. 
Recentes ensaios clínicos indicam que todos os pacientes qualificados para o tratamento endovascular (TEV) devem ser 
considerados para esse tratamento, complementarmente ao alteplase via IV. Sistemas de atendimento a AVC regionais para 
AVC isquêmico agudo precisam existir, para que os pacientes qualificados possam ser rapidamente transportados do campo 
de acordo com os protocolos de designação local ou transferidos de centros não TEV para centros abrangentes ou centros 
de AVC com trombectomia que oferecem esses tratamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 21 
Abordagem sistemática 
Para fornecer o atendimento ideal, os profissionais da saúde usam uma abordagem sistemática para avaliar e tratar 
pacientes com PCR, agudamente doentes ou feridos. Em caso de PCR ou parada respiratória de um paciente, as equipes de 
alto desempenho têm, como objetivo, suportar e restaurar a oxigenação, a ventilação e a circulação eficazes com retorno 
da função neurológica intacta. Uma meta intermediária da ressuscitação é o RCE. Essas equipes orientam suas ações com 
o uso das seguintes abordagens sistemáticas: 
• Avaliação inicial (visualização e segurança do local) 
• Avaliação de SBV 
• Avaliação primária (A, B, C, D e E) 
• Avaliação secundária (SAMPLE, Hs e Ts) 
Antes de abordar um paciente, verifique rapidamente a segurança do local (não deve haver ameaças ao profissional). Depois 
de ter determinado que o local é seguro, use a abordagem sistemática (Figuras 6 e 7) para determinar o nível de consciência 
do paciente. 
• Se o paciente parecer inconsciente, use a avaliação de SBV como a análise inicial e as avaliações primária e 
secundária para obter uma avaliação mais avançada e um tratamento. 
• Se o paciente parecer consciente, use a avaliação primária como análise inicial. 
 
Figura 6. A abordagem sistemática. 
 22 
 
Figura 7. A abordagem sistemática expandida. 
 
 
 23 
Avaliação de SBV 
A avaliação de SBV é uma abordagem sistemática ao SBV para profissionais da saúde treinados. Essa abordagem intensifica 
a RCP precoce com manejo básico da via aérea e desfibrilação, mas não técnicas de via aérea avançada ou de administração 
de medicamentos. Usando a avaliação de SBV, qualquer profissional da saúde pode suportar ou restaurar oxigenação, 
ventilação e circulação eficazes, até que o paciente atinja o RCE ou os profissionais avançados intervenham. A execução da 
avaliação de SBV aumenta substancialmente a chance de sobrevivência do paciente e de um desfecho neurológico 
favorável. 
 
 
 
 
 
 
 
Lembre-se de avaliar primeiro e, depois, executar a ação adequada. 
Embora a avaliação de SBV não exija equipamentos avançados, é possível usar suprimentos prontamente disponíveis, como 
um dispositivo de ventilação com bolsa- válvula-máscara, se estiverem disponíveis Sempre que possível, coloque o paciente 
sobre uma superfície firme, de barriga para cima, pois assim se maximiza a eficácia das compressões torácicas. A Tabela 
2 apresenta uma visão geral da avaliação de SBV e as Figuras 8 a 12mostram as etapas necessárias durante a avaliação de 
SBV. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conceitos fundamentais: RCP de alta qualidade 
Para executar uma RCP de alta qualidade, os socorristas devem: 
• Comprimir o tórax com força e rapidamente pelo menos 5 cm a uma frequência de 100 a 120/min (30:2 
ou outro protocolo avançado que maximize a fração das compressões torácicas). 
• A cada compressão, permitir o retorno total do tórax. 
• Alternar o responsável pela compressão a cada dois minutos ou menos, se houver cansaço. A mudança 
deverá levar apenas cerca de 5 segundos. 
• Minimizar as interrupções nas compressões a 10 segundos ou menos (FCT alta). 
• Evitar ventilação excessiva. 
 
 24 
Tabela 2. Avaliação de SBV 
Avaliação Avaliação, técnica e ação Imagem de suporte 
Verifique se a vítima 
responde. 
• Toque no ombro e chame em voz alta "Você está 
bem?" 
 
Figura 8.Verificar se a vítima responde. 
Peça por ajuda para 
alguém 
próximo/acione o 
sistema de resposta 
de emergência e 
busque um 
DEA/desfibrilador 
• Grite por ajuda para alguém próximo. 
• Acione o sistema médico de emergência. 
• Busque o DEA, se disponível, ou encarregue 
alguém de acionar o serviço médico de 
emergência e buscar um DEA ou desfibrilador 
 
Figura 9. Peça por ajuda nas 
proximidades/acione o serviço médico 
de emergência/busque um DEA. 
Verifique a 
respiração e o pulso. 
• Para verificar se a respiração está ausente ou 
anormal (sem respiração ou apenas respiração 
agônica (gasping)), verifique se o tórax se eleva 
e volta por no mínimo 5 e no máximo 10 
segundos. 
• Tente sentir o pulso por no mínimo 5, mas não 
mais de 10 segundos. 
• Execute a verificação de pulso ao mesmo tempo 
em que verifica a respiração durante 10 
segundos para minimizar o atraso na RCP. 
• Se, em 10 segundos, você definitivamente não 
sentir nenhum pulso, inicie a RCP com 
compressões torácicas. 
• Se houver pulso, inicie a ventilação de resgate, 
administrando 1 ventilação a cada 6 segundos. 
Verifique o pulso a cada 2 minutos, 
aproximadamente. 
 
Figura 10.Verifique respiração e pulso 
simultaneamente. 
 
Figura 11.Verifiqueo pulso carotídeo. 
 25 
Desfibrile. • Se não sentir pulso, verifique se há ritmo 
chocável com um DEA/desfibrilador assim que 
ele chegar. 
• Aplique choques, conforme indicado. 
• Inicie a RCP imediatamente após cada choque, 
começando com as compressões. 
 
Figura 12.Desfibrilação. 
 
 
 
 
 
 
Adaptação da resposta 
Quando sozinhos, os socorristas podem adaptar a sequência de ações de resgate à causa mais provável da PCR. Por 
exemplo, um profissional da saúde que vê um adolescente ter um colapso súbito (por exemplo, depois de um soco no tórax) 
pode supor que o paciente teve uma PCR súbita. Nesse caso, o socorrista deverá acionar o sistema médico de emergência 
por telefone celular, buscar um DEA se tiver um perto, retornar para o paciente para aplicar o DEA e, depois, executar RCP. 
No entanto, se o socorrista acreditar que a PCR foi causada por hipóxia (como em uma vítima de afogamento), ele deverá 
executar cerca de 2 minutos de RCP, incluindo ventilações, antes de acionar o sistema médico de emergência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Cuidado: profundidade das compressões torácicas 
A profundidade das compressões torácicas na maioria das vezes é muito mais superficial do que profunda. Entretanto, 
pesquisas indicam que uma profundidade de compressão superior a 6 cm em adultos pode não ser ideal para a 
sobrevivência à PCR e pode provocar lesões. Se houver um dispositivo de feedback de qualidade da RCP, o ideal é 
definir uma profundidade de compressão de 5 a 6 cm. 
 
Conceitos fundamentais: minimização de interrupções nas compressões torácicas 
Quando você interrompe as compressões torácicas, o fluxo sanguíneo para o cérebro e para o coração é interrompido 
e, portanto, você deve minimizar o número de interrupções. Além disso, tente limitar a duração das interrupções para 
desfibrilação ou análise de ritmo para no máximo 10 segundos, a menos que esteja retirando o paciente de um ambiente 
perigoso. Consulte a Figura 13. 
Evite 
• Análise de ritmo prolongada 
• Verificações frequentes ou inadequadas do pulso 
• Ventilação prolongada 
• Movimentação desnecessária do paciente 
 
 26 
 
Figura 13.Relação entre RCP de qualidade e pressão de perfusão coronária que demonstra a necessidade de minimizar as interrupções nas 
compressões. 
A pressão de perfusão coronária (PPC) é a pressão aórtica de relaxamento (diastólica) menos a pressão atrial direita de 
relaxamento (diastólica). Durante a RCP, a PPC está correlacionada ao fluxo sanguíneo miocárdico e ao RCE. Em um estudo 
com humanos, o RCE só ocorreu após a obtenção de uma PPC ≥15 mmHg durante a RCP. Como o ETCO2 está relacionado 
ao débito cardíaco com compressões torácicas durante a PCR, o RCE é, de forma semelhante, improvável, com um 
ETCO2 persistente de menos de 10 mmHg. 
Iniciar a RCP quando você não tiver certeza sobre o pulso 
Se você não tiver certeza se tem um pulso, comece a RCP. Compressões desnecessárias são melhores que nenhuma 
compressão em um paciente sem pulso e a RCP atrasada reduz a chance de sobrevivência. 
Gasping 
O socorrista pode observar suspiros agonais nos primeiros minutos depois de uma PCR súbita, mas suspiros agonais não 
são respiração normal. Eles são um sinal de PCR. Uma pessoa com suspiros agonais pode aparentar inspiração muito rápida. 
Ela pode abrir a boca e mexer a mandíbula, a cabeça ou o pescoço com os suspiros agonais. Esses suspiros agonais podem 
parecer fortes ou fracos e podem demorar a ocorrer novamente, porque normalmente acontecem de forma lenta e 
irregular. Um suspiro agonal pode soar como um resfôlego, um ronco ou um gemido. Se identificar suspiros agonais, comece 
as compressões torácicas sem demora. 
 
 
 
 
 
Avaliação primária 
Na avaliação primária, você continua a avaliar o paciente e a executar ações adequadas, até que o paciente seja transferido 
para o próximo nível de atendimento. Os membros de uma equipe de alto desempenho geralmente realizam avaliações e 
executam ações de SAVC simultaneamente. 
 Cuidado: Gasping 
• Gaspings agônicos podem se apresentar nos primeiros minutos após uma PCR. 
• Gaspings agônicos não são respiração normal. 
O gasping pode soar como um resfôlego, ronco ou gemido. A respiração agônica (gasping) é um sinal de PCR. 
 
 27 
No caso de pacientes inconscientes em PCR (cardíaca ou respiratória), conclua a avaliação de SBV antes da avaliação 
primária. No caso de pacientes conscientes que podem precisar de avaliação e manejo mais avançados, realize primeiro a 
avaliação primária. A Tabela 3apresenta uma visão geral da avaliação primária. 
Lembre-se de avaliar primeiro e, depois, executar a ação adequada. 
Tabela 3. Avaliação primária 
Avaliação Ação 
Vias aéreas /A 
• A via aérea do paciente é 
patente? 
• Uma via aérea avançada é 
indicada? 
• Você confirmou o 
posicionamento adequado do 
dispositivo de via aérea? 
• O tubo está preso e você está 
confirmando o posicionamento 
com frequência e a cada 
transição? 
• Mantenha a via aérea aberta em pacientes inconscientes usando a 
manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo, uma via aérea 
orofaríngea ou uma via aérea nasofaríngea. 
• Use manejo da via aérea avançada, se necessário (por exemplo, máscara 
laríngea, tubo laríngeo e tubo endotraqueal) 
o –Pondere os benefícios de colocar uma via aérea avançada, em 
relação aos efeitos adversos de interromper as compressões 
torácicas. Se a ventilação com bolsa-válvula-máscara manual for 
adequada, é possível protelar a inserção de uma via aérea avançada 
até que o paciente deixe de responder à RCP inicial ou ocorra o RCE. 
Dispositivos de via aérea avançada, como máscara laríngea, tubo 
laríngeo ou tubo traqueal esofágico, podem ser inseridos sem a 
interrupção das compressões torácicas. 
o –Se forem usados dispositivos de via aérea avançada: 
§ Confirme a integração apropriada de RCP e ventilação 
§ Confirme o posicionamento correto dos dispositivos de via 
aérea avançada com exame físico e capnografia quantitativa 
com forma de onda 
§ Proteja o dispositivo para que ele não saia do lugar 
§ Monitore o posicionamento da via aérea, a eficácia da RCP e 
o RCE com capnografia quantitativa com forma de onda 
contínua 
Respiração /B 
• A ventilação e a oxigenação 
estão adequadas? 
• A capnografia quantitativa com 
forma de onda e a saturação de 
oxi-hemoglobina estão sendo 
monitoradas? 
• Administre oxigênio complementar, quando indicado. 
o –Para pacientes com PCR, administre oxigênio a 100%. 
o –Para outros pacientes, ajuste a administração do oxigênio para 
atingir saturação de oxigênio de 95% a 98% por oximetria de pulso 
(90% para SCA e 92% a 98% para atendimento pós-PCR). 
• Monitore a adequação da ventilação e da oxigenação, por 
o –Critérios clínicos (elevação do tórax e cianose) 
o –Capnografia quantitativa com forma de onda 
o –Saturação de oxigênio 
o –Evitar ventilação excessiva 
 28 
Circulação /C 
• As compressões torácicas são 
eficazes? 
• Qual é o ritmo cardíaco? 
• Há indicação para desfibrilação 
ou cardioversão? 
• Foi estabelecido acesso 
intravenoso (IV)/intraósseo IO? 
• Há presença de RCE? 
• O paciente está com pulso 
instável? 
• São necessárias medicações 
para ritmo ou pressão arterial? 
• O paciente necessita de volume 
(fluido) para a ressuscitação? 
• Monitore a qualidade da RCP. 
• –Capnografia com forma de onda quantitativa (se a pressão parcial de 
CO2 no ar expirado no fim da fase de expiração ou se o PETCO2 for 
menos de 10 mmHg, tente melhorar a qualidade da RCP). A 
capnografia com forma de onda deve ser o mais alta possível, com 
a melhora da qualidade da RCP. A capnografia quantitativa com 
forma de onda contínua fornece uma medida indireta do débito 
cardíaco durante as compressões torácicas, pois a quantidade de 
dióxido de carbono expirado está associada à quantidade de sangue 
que passa pelos pulmões. Um ETCO2 inferior a 10 mmHg durante as 
compressões torácicas raramente resulta em RCE. 
o –Um aumento súbito no ETCO2 para mais de 25 mmHg pode indicarRCE. 
o –Pressão intra-arterial (se a pressão na fase de relaxamento 
[diastólica] for inferior a 20 mmHg, tente melhorar a qualidade da 
RCP). A pressão inter-arterial deverá ser o mais alta possível, com a 
melhora da qualidade da RCP. Se o monitoramento da pressão intra-
arterial estiver disponível, procure otimizar a pressão arterial. 
Pressões na fase de relaxamento (diastólica) de menos de 20 
durante as compressões torácicas raramente resultam em RCE. 
• Aplique o monitor/desfibrilador para arritmias ou ritmos de PCR (por 
exemplo, FV, TVSP, assitolia e AESP). 
• Execute desfibrilação/cardioversão. 
• Obtenha acesso IV/IO. 
• Administre os medicamentos apropriados para tratar o ritmo e a pressão 
arterial. 
• Ministre fluidos IV/IO, se necessário. 
• Verifique a glicemia e a temperatura. 
• Verifique problemas de perfusão. 
Disfunção • Verifique a função neurológica. 
• Avalie rapidamente a resposta, o nível de consciência e a dilatação da 
pupila. 
• AVDI: alerta, voz, dor, arresponsivo. 
Exposição • Remova as roupas para realizar um exame físico. 
• Procure sinais óbvios de traumatismo, hemorragia, queimaduras, marcas 
incomuns ou braceletes de alerta médico. 
Avaliação secundária 
A avaliação secundária requer um diagnóstico diferencial, que inclui um histórico médico específico e a busca e tratamento 
de causas de fundo (Hs e Ts). Colete um histórico específico do paciente, se possível. Faça perguntas específicas relacionadas 
com a apresentação do paciente. 
 29 
SAMPLE 
Você pode usar o recurso mnemônico SAMPLE: 
• Sinais e sintomas 
o –Dificuldade respiratória 
o –Taquipneia, taquicardia 
o –Febre, cefaleia 
o –Dor abdominal 
o –Hemorragia 
• Alergias 
o –A medicamentos, alimentos, látex, etc. 
o –Reações associadas 
• Medicações (incluindo a última dose ingerida) 
o –Medicamentos do paciente, inclusive os vendidos sem prescrição médica, inaladores, vitaminas e 
suplementos à base de ervas 
o –Última dose e hora de medicações recentes 
o –Medicamentos que podem ser encontrados na casa do paciente 
• Passado médico pregresso (especialmente relacionado com a doença atual) 
o –Histórico de saúde (p. ex., doenças prévias, hospitalizações) 
o –Histórico de saúde da família (em casos de SCA ou AVC) 
o –Problemas médicos subjacentes significativos 
o –Cirurgias anteriores 
o –Estado de imunização 
• Last, última refeição consumida 
o –Hora e natureza da última ingestão de líquido ou de alimento 
• Eventos 
• –Eventos que levem à doença ou lesão atual (por exemplo, início súbito ou gradual, tipo de lesão) 
o –Riscos no local 
o –Tratamento durante o intervalo do início da doença ou lesão até a avaliação 
o –Hora estimada do início (se o início se deu em ambiente extra-hospitalar) 
As respostas a essas perguntas podem ajudá-lo a identificar rapidamente diagnósticos suspeitos ou prováveis. Procure e 
trate a causa subjacente com base nos Hs e Ts para ter certeza de que não está ignorando nenhuma possibilidade comum. 
Os Hs e Ts constituem um guia para possíveis diagnósticos e intervenções para o paciente. 
Hs e Ts 
Os Hs e Ts são auxílios para a memória para causas possivelmente reversíveis de PCRs e de problemas cardiopulmonares 
de emergência. Os casos de SAVC fornecem detalhes sobre esses componentes. 
Hs 
• Hipovolemia 
• Hipóxia 
• Hidrogênio (acidemia) 
• Hipo/hipercalemia 
• Hipotermia 
 
 30 
Ts 
• pneumo”T”órax hipertensivo 
• Tamponamento (cardíaco) 
• Toxinas 
• Trombose (pulmonar) 
• Trombose (coronária) 
Diagnóstico e tratamento de causas subjacentes 
Pacientes em PCR (FV/TVSP/assístole/AESP) precisam de avaliação e tratamento rápidos para determinar se um problema 
subjacente e possivelmente reversível causou a PCR. Se for possível identificar rapidamente um problema específico, você 
poderá lograr o RCE. Identificar a causa subjacente é crucial em casos de PCR. Resolver a causa subjacente fornecerá a 
melhor chance de uma ressuscitação bem-sucedida. A ultrassonografia pode ajudar a identificar a causa subjacente 
rapidamente, podendo também fornecer informações para ajudar a determinar a próxima etapa do tratamento. Prestar 
atenção à resposta do paciente às intervenções também pode ajudá-lo a reduzir o diagnóstico diferencial. 
Na busca da causa subjacente, faça o seguinte: 
• Considere as causas subjacentes revisando os Hs e Ts 
• Analise o ECG em busca de indicadores da causa de subjacente 
• Reconheça a hipovolemia 
• Reconheça a overdose/intoxicação por drogas 
Hipovolemia 
A hipovolemia, uma causa comum da AESP, produz, de início, a resposta fisiológica clássica de rápida taquicardia de 
complexo estreito (taquicardia sinusal) e, normalmente, eleva a pressão diastólica e diminui a pressão sistólica. À medida 
que a perda de volume sanguíneo avança, a pressão arterial cai, tornando-se por fim impossível de detectar, mas os 
complexos QRS estreitos e a frequência rápida persistem (isto é, AESP). 
Considere a hipovolemia como uma causa da hipotensão, que pode se deteriorar e se transformar em AESP. O tratamento 
imediato poderá reverter a ausência de pulso, corrigindo rapidamente a hipovolemia. Causas não traumáticas comuns de 
hipovolemia incluem hemorragia interna oculta e desidratação grave. Considere a infusão de volume para a AESP associada 
à taquicardia de complexo estreito. 
Condições cardíacas e pulmonares 
As SCAs que envolvem uma grande parte do músculo cardíaco podem se apresentar como AESP, FV, TVSP ou assitolia. Ou 
seja, a oclusão da artéria coronária descendente anterior esquerda principal ou proximal pode apresentar choque 
cardiogênico, rapidamente evoluindo para PCR e AESP. Porém, em pacientes com PCR e sem embolia pulmonar conhecida 
(EP) ou suspeita ou IAMST, a administração de tratamento fibrinolítico de rotina durante a RCP não mostra nenhum 
benefício e não é recomendada. 
Conceitos fundamentais: causas subjacentes comuns de AESP 
• A hipovolemia e a hipóxia são as duas causas mais comuns de AESP e possíveis de reversão. 
• Procure evidências desses problemas ao avaliar o paciente e trate imediatamente. 
 31 
A EP maciça ou em sela obstrui o fluxo para a vasculatura pulmonar e causa insuficiência cardíaca direita aguda. Em 
pacientes com PCR devida a EP presumida ou conhecida, é possível administrar fibrinolíticos. 
O tamponamento pericárdico pode ser reversível com pericardiocentese e, durante a periparada, a infusão de volume pode 
ajudar enquanto a terapia definitiva é iniciada. Depois de reconhecer o pneumotórax hipertensivo, você precisa tratá-lo 
com eficácia com descompressão por agulha e inserção de dreno torácico. 
Não é possível tratar o tamponamento cardíaco, o pneumotórax hipertensivo e a embolia pulmonar maciça, a menos que 
sejam reconhecidos. Um profissional capacitado pode executar ultrassom à beira do leito para ajudar a identificar, 
rapidamente, tamponamento, pneumotórax e evidência ecocardiográfica de embolia pulmonar. 
Overdoses de drogas ou exposições tóxicas 
Certas overdoses de drogas e exposições a substâncias tóxicas podem ocasionar vasodilatação periférica e/ou à disfunção 
miocárdica com consequente hipotensão e colapso cardiovascular. Trate os pacientes intoxicados de forma agressiva, pois 
os efeitos tóxicos podem progredir rapidamente, mas durante esse tempo, a disfunção do miocárdio e as arritmias podem 
ser reversíveis. 
Os tratamentos que podem fornecer suporte incluem: 
• RCP básica prolongada em situações especiais de ressuscitação (como hipotermia acidental) 
• RCP extracorpórea 
• Terapia com balão intra-aórtico 
• Diálise renal 
• Emulsão lipídica intravenosa para toxinas lipossolúveis 
• Antídotos específicos à droga (digoxina imune Fab, glucagon, bicarbonato) 
• Estimulação transcutânea 
• Correção de distúrbios eletrolíticos graves (potássio, magnésio, cálcio, acidose) 
• Agentes acessórios específicos 
Lembre-se: se o paciente apresentar sinais de RCE, deve ser iniciado o atendimento pós-PCR. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 32 
Parte 2: Prevençãoda PCR 
Reconhecimento: sinais de deterioração clínica 
Resposta rápida 
Geralmente, as enfermeiras, os médicos ou os familiares que estão preocupados que o paciente esteja se deteriorando 
acionarão o sistema de resposta rápida no hospital. Alguns sistemas de resposta rápida ponderam, combinam e pontuam 
critérios fisiológicos específicos para determinar quando agir. A lista a seguir fornece exemplos de tais critérios para 
pacientes adultos: 
• Comprometimento das vias aéreas 
• Frequência respiratória inferior a 6/min ou superior a 30/min 
• Frequência cardíaca inferior a 40/min ou superior a 140/min 
• Pressão arterial sistólica (PAS) inferior a 90 mmHg 
• Hipertensão sintomática 
• Redução inesperada do nível de consciência 
• Agitação inexplicável 
• Convulsão 
• Queda significativa no débito urinário 
• Considerações subjetivas acerca do paciente 
A ampla variabilidade na incidência e no local da PCRIH indica possíveis áreas para padronização da qualidade e prevenção 
de pelo menos algumas PCRs. Mais da metade das PCRIHs são resultado de falência respiratória ou choque hipovolêmico e 
as alterações na fisiologia, como taquipneia, taquicardia e hipotensão mascaram a maioria desses eventos. Portanto, a 
PCRIH geralmente representa a progressão da instabilidade fisiológica e falha em identificar e estabilizar o paciente 
rapidamente. Esse cenário é mais comum nas alas de atendimentos gerais, fora das áreas de atendimento intensivo e 
procedimentais, em que a proporção de pacientes por enfermeiro é superior e o monitoramento de pacientes é menos 
intenso. Nesse ambiente, o monitoramento manual intermitente de sinais vitais com menos observação frequente direta 
dos médicos pode aumentar a probabilidade de reconhecimento tardio. 
Na última década, os hospitais de vários países têm designado sistemas de resposta rápida para identificar e tratar 
deterioração clínica precoce em pacientes, melhorando os desfechos de paciente mediante conhecimento em atendimento 
crítico. O sistema de resposta rápida tem vários componentes: 
• Braço de detecção de eventos e acionamento de respostas 
• Um braço de resposta planejado, como ERR ou EEM 
• Monitoramento da qualidade 
• Apoio administrativo 
ERRs e EEMs 
Os hospitais criaram ERRs e EEMs para oferecer intervenção precoce em pacientes cujas condições estejam se deteriorando, 
com o objetivo de evitar a PCRIH.1,2 Essas equipes podem incluir médicos, enfermeiros e terapeutas respiratórios que têm 
experiência em atendimento crítico e a capacitação para intervir em situações potencialmente fatais. Normalmente pede-
se a essas equipes para ver qualquer paciente que seja identificado como se deteriorando, não importa quem relate essa 
deterioração: membros da equipe, a família ou o paciente. Essas equipes levam equipamento de monitoramento e de 
ressuscitação para executar uma avaliação rápida do paciente e iniciam o tratamento e as terapias medicamentosas 
 33 
adequadas para reverter a deterioração fisiológica e evitar desfechos ruins, muito parecido com a intervenção dos serviços 
do Serviço Médico de Emergência quando chamado no cenário pré-hospitalar. 
Estudos publicados 
Embora a composição ideal de EEMs ou ERRs não seja conhecida, muitos estudos sobre este tema com metodologia "before 
and after " (antes e depois), relataram queda na taxa de PCRs depois da intervenção dessas equipes.3,4 Embora alguns 
estudos não tenham relatado nenhuma redução na mortalidade em geral com a introdução dessas equipes,5 pode haver 
outros benefícios, como melhoria no tratamento de fim de vida, pois essas equipes podem iniciar discussões com os 
pacientes e as famílias, antes da PCR, evitando intervenções indesejáveis em pacientes gravemente enfermos. 
Os benefícios adicionais documentados desses sistemas incluem o seguinte: 
• Uma redução das transferências de emergência não planejadas para a UTI 
• Menor tempo de permanência total na UTI e no hospital 
• Reduções nas taxas de morbidade e mortalidade pós-operatória 
• Maiores taxas de sobrevivência à PCR 
 
Implementação de um sistema de resposta rápida 
A implementação de qualquer tipo de sistema de resposta rápida exigirá uma mudança cultural significativa na maioria dos 
hospitais. Os responsáveis por conceber e administrar o sistema devem prestar particular atenção a problemas que podem 
impedir a utilização eficaz do sistema. Exemplos de tais problemas são recursos insuficientes, formação deficiente, medo 
de acionar a equipe, medo de perder o controle sobre o tratamento do paciente e resistência dos membros da equipe. 
A implementação de um sistema de resposta rápida exige formação contínua, coleta e revisão de dados impecáveis e 
feedback. O desenvolvimento e a manutenção desses programas requerem um compromisso cultural e financeiro de longo 
prazo por parte da administração do hospital. Os administradores e os profissionais da saúde do hospital precisam 
reorientar sua abordagem com relação a eventos médicos de emergência e desenvolver uma cultura de segurança do 
paciente, com a meta primordial de diminuir a morbidez e a mortalidade. 
Síndromes coronárias agudas 
O algoritmo de síndromes coronárias agudas (Figura 16) ajuda a orientar a estratégia clínica quando os pacientes 
apresentam sinais e sintomas de SCA, inclusive um possível infarto agudo do miocárdio (IAM). Para aplicar este algoritmo 
de forma eficaz, é preciso ter o conhecimento básico para avaliar e estabilizar pacientes com SCA. 
O ECG inicial de 12 derivações é usado para classificar os pacientes em 1 entre 2 categorias de infarto do miocárdio, cada 
uma com estratégias distintas de atendimento e manejo. Estas duas categorias de ECG estão descritas no algoritmo de 
síndromes coronárias agudas: 
• Supradesnivelamento do segmento ST (IAMST) 
• SCA sem supradesnivelamento do segmento ST (SCA-SSST) 
o Infradesnivelamento do segmento ST, inversão da onda T, supradesnivelamento transitório do segmento 
ST 
o ECG não diagnóstico ou normal 
O seguinte se concentra na primeira categoria: IAMST, com estratégias urgentes de reperfusão. 
 
 34 
Você irá 
• Identificar, avaliar e fazer a triagem do desconforto torácico isquêmico agudo 
• Fornecer tratamento inicial de possível SCA 
• Enfatizar reperfusão precoce do paciente com SCA ou IAMST 
 
Metas para pacientes de SCA 
As metas principais são as seguintes: 
• Prevenção de eventos cardiovasculares adversos maiores, como morte, IM não fatal e a necessidade de 
revascularização urgente pós-infarto 
• Identificação de pacientes com IAMST e encaminhamento para o tratamento de reperfusão precoce 
• Alívio do desconforto torácico isquêmico 
• Tratamento de complicações agudas e potencialmente fatais de SCA, como FV/TVSP, bradicardia instável, 
ruptura da parede ventricular, ruptura do músculo papilar, choque descompensado e outras taquicardias 
instáveis 
O tratamento de reperfusão abre uma artéria coronária obstruída com medicamentos ou meios mecânicos. A ICP, realizada 
em um laboratório de cateterização cardíaca após angiografia coronária, permite a dilatação com balão ou a inserção de 
stent, ou as duas coisas, em uma artéria coronária obstruída. 
Ritmos de SCA 
Pode ocorrer morte cardíaca súbita, taquicardia ventricular e bradicardia hipotensiva, com a isquemia aguda. Preveja esses 
ritmos e prepare-se para intervenções imediatas, inclusive desfibrilação ou cardioversão, além da administração de 
medicamentos ou de marca-passo para bradicardias instáveis. 
Medicamentos para SCA 
O tratamento medicamentoso e as estratégias de tratamento continuam se desenvolvendo rapidamente no campo da SCA. 
Portanto, certifique-se de estar a par das mudanças importantes. 
O tratamento da SCA envolve o uso inicial de medicamentos para aliviar o desconforto isquêmico, dissolver coágulos e inibir 
a trombina e as plaquetas: 
• Oxigênio 
• Aspirina 
• Nitroglicerina 
• Opioides (por exemplo, morfina) 
• Tratamento fibrinolítico (visão geral) 
• Heparina (não fracionada ou de baixo peso

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