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MD III FORMAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA - ANOS FINAIS

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M3
ESPORTES/ LUTAS/ PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA
INTRODUÇÃO
Neste módulo trataremos das habilidades previstas pela BNCC nas Unidades Temáticas Esportes, Lutas e práticas corporais de aventura, relacionando essas habilidades com propostas de práticas que poderão ser utilizadas no seu planejamento e aplicação nas aulas. 
Para tanto, serão apresentadas as habilidades dentro de cada objeto de conhecimento proposto pela BNCC para os Anos Finais do Ensino Fundamental nos Esportes, nas Lutas e nas Práticas corporais de aventura e possibilidades de trabalho para o desenvolvimento destas habilidades, também articuladas às competências gerais e específicas. 
Refletiremos também sobre o que o estudante efetivamente deverá fazer para que essas habilidades sejam realmente desenvolvidas, procurando contribuir com o seu planejamento e a sua atuação como professor. 
Bom trabalho!
Unidade 1 – Conexões entre o objeto de conhecimento e as habilidades esperadas
Habilidades articuladas aos objetivos de aprendizagem das Dimensões do conhecimento
Conforme abordamos no Módulo 2 deste curso, para cada unidade temática prevista na BNCC para a Educação Física estão colocadas habilidades a serem desenvolvidas pelos estudantes, por meio das práticas corporais inseridas em cada objeto de conhecimento. Como já estudamos anteriormente, essas habilidades terão objetivos de aprendizagem nas Dimensões conceituais, procedimentais e atitudinais, as quais permitirão o desenvolvimento de competências gerais e específicas por meio de práticas em que os alunos evidenciam seus conhecimentos e a mobilização destes para a resolução de problemas, bem como suas atitudes e valores.
Como fizemos no Módulo 2, iremos discutir como as oito Dimensões do conhecimento poderão estar inseridas nas habilidades previstas para cada Unidade Temática, procurando entender, mais uma vez, que estas poderão estar sobrepostas dentro de uma mesma habilidade. Isso significa que também dentro dos Esportes, das Lutas e das Práticas corporais de aventura, as dimensões do conhecimento deverão ser trabalhadas de forma conjunta para que o estudante se desenvolva de forma integral.
Vamos discutir, a partir de agora, como se articulam as habilidades previstas na BNCC em cada objeto de conhecimento com as perspectivas de aprendizagem a partir das dimensões do conhecimento. 
Esportes e as conexões entre o objeto de conhecimento e as habilidades
A Unidade temática Esportes, conforme já abordamos no Módulo 1, apresenta uma vasta gama de Objetos de conhecimento, tanto para os 6º e 7º anos, quanto para os 8º e 9º anos. Dentro de cada objeto de conhecimento desta Unidade Temática, variadas práticas corporais poderão ser desenvolvidas, possibilitando a articulação das dimensões do conhecimento às habilidades previstas.
Para os 6º e 7º anos os Esportes apresentam cinco habilidades que irão tematizar os Esportes de marca, Esportes de precisão, Esportes de invasão e os Esportes técnico- combinatórios. Professor, você deverá desenvolver as habilidades nesta Unidade voltadas ao conhecimento histórico destas modalidades esportivas, contextualizando socialmente sua origem e abordando a evolução das mesmas ao longo do tempo, a partir das mudanças sociais e cenários culturais específicos. Além disso, o desenvolvimento das principais habilidades técnicas e táticas também estarão presentes nas aulas desta temática. 
Fonte: BNCC na Prática. Disponível em: https://www.bnccnapratica.com.br/explore-a-matriz.
Acesso em 01 nov. 2021.
Observe, professor, que são muitas as possibilidades de práticas, modalidades e conteúdos que poderão ser desenvolvidos nesta Unidade temática para os 6º e 7º anos. Lembre-se que na BNCC os esportes estão classificados a partir da lógica interna da sua ocorrência, ou seja, com base em critérios de cooperação, interação com o adversário, desempenho motor e objetivos táticos da ação. Contudo, esta classificação que privilegia as ações motoras intrínsecas de acordo com a natureza de cada modalidade não é uma obrigatoriedade, uma vez que essas categorias são apresentadas apenas com a ideia de facilitar a compreensão das características inerentes à cada modalidade esportiva.
Vamos analisar as habilidades propostas para esses objetos de conhecimento, a fim de pensarmos em como o planejamento das atividades de aula poderá contemplar as aprendizagens previstas. As habilidades (EF67EF03) e (EF67EF04) prevêem Dimensões procedimentais por meio da prática, da fruição e da experimentação, mas também propõem Dimensões atitudinais na valorização do trabalho coletivo e o protagonismo, e no respeito às regras das modalidades. Ao mesmo tempo, a segunda habilidade ainda abarca a dimensão conceitual à medida que prevê a utilização de técnicas e táticas dos esportes (saber sobre).
As habilidades (EF67EF05) e (EF67EF06) apresentam, respectivamente, objetivos de aprendizagem conceituais envolvendo a utilização de estratégias para solucionar os desafios técnicos e táticos (Dimensão Reflexão sobre a ação) e a Dimensão de Compreensão, ao propor que o estudante seja capaz de analisar as transformações na organização e na prática dos esportes em suas diferentes manifestações.
A habilidade (EF67EF07) também apresenta objetivos de aprendizagens atitudinais, uma vez que o estudante deverá ser capaz de propor e produzir alternativas para experimentação dos esportes não disponíveis e/ou acessíveis na comunidade e das demais práticas corporais tematizadas na escola, envolvendo o protagonismo comunitário.
Vamos ver alguns exemplos de aulas e/ou atividades que poderão ajudá-lo a pensar no desenvolvimento das suas propostas com o intuito de trabalhar com as habilidades previstas nesta unidade temática.
M3
ESPORTES/ LUTAS/ PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA
NA PRÁTICA
Esportes Técnico-combinatórios - Modalidade: Ginástica Rítmica (GR)
1º momento:
Comece contextualizando a modalidade, comentando sobre suas origens, principais países no cenário mundial, características da prática, como e onde praticar e, em linhas gerais, as regras da GR.
Faça perguntas como:
· Você já conhece a GR? 
· Conhece alguém que pratica ou já praticou?
· Já viu a GR na televisão? 
· Mostre vídeos e imagens para ilustrar e facilitar a aproximação dos estudantes com a modalidade. Depois, explique que a GR consiste na execução de movimentos corporais com vários níveis de dificuldade, realizados junto ao manejo de um aparelho, sincronizados com a música. 
· Por fim, fale dos tipos de movimentos que podem ser realizados com cada aparelho. 
2º momento: 
Proponha a prática da modalidade, possibilitando no primeiro momento que os alunos experimentem os aparelhos livremente. Em seguida, trabalhe com os movimentos dos aparelhos (abaixo você poderá entender melhor o manejo dos mesmos assistindo aos vídeos). Associe movimentos corporais com manipulação dos aparelhos, adotando o método global. Desta forma, você proporciona o desenvolvimento integral do seu aluno, facilitando a aprendizagem. 
Você pode dividir a aula em momentos de manipulação dos aparelhos e momentos de movimentação com as mãos livres. Partindo do conhecimento dos alunos sobre danças e coreografias, oriente-os a construir uma coreografia onde sejam intercalados momentos de mãos livres e momentos de manipulação dos aparelhos. 
Divida a turma em grupos e proponha que as coreografias sejam realizadas coletivamente. Por fim, você pode planejar, junto com os alunos, uma nova coreografia com movimentos mais elaborados. Pode ser uma coreografia única para toda a turma ou em grupos. 
3º momento:
Promova uma roda de conversa onde os alunos poderão expor como foi a experiência, do que mais gostaram, o que observaram na própria prática e na prática dos colegas, quais características das técnicas da modalidade foram observadas, como e onde esta modalidade pode ser praticada fora da escola, entre outras questões que possam surgir na reflexão sobre a prática.
Veja os vídeos que poderão ajudar na proposta do trabalho com os aparelhos:
Neste vídeo, você aprende como manejar oarco:
Neste vídeo, você aprende como manejar a fita:
Neste vídeo, você encontra dicas para  manejar a bola:
Neste vídeo, você aprende a manejar as maçãs:
Neste vídeo, você poderá ver alguns exercícios de ondas no solo:
Fonte: Adaptado de Impulsiona. Disponível em: 
https://impulsiona.org.br/ginastica-ritmica-educacao-fisica/ . Acesso em: 06 nov. 2021.
M.3 - NA PRÁTICA
Esportes de Marca - Modalidade: Atletismo
Introdução
O atletismo engloba diversas provas, a maioria delas praticada individualmente. Por isso, quando for trabalhar com a turma, agrupe as modalidades e explique que há variações das corridas, dos saltos, dos arremessos e dos lançamentos. As corridas, por exemplo, incluem as de velocidade de 100 e 200 metros, de revezamento, de obstáculos, com barreiras, maratona etc. Note que, em várias das etapas, você terá a oportunidade de discutir regras e as questões de gênero, e que é possível fazer jogos inspirados no esporte.
Material necessário: cordas, bambolês, cones, garrafas PET com um pouco de água, giz, fita crepe, jornal, fita adesiva grossa, cabos de vassouras, caixas de papelão, barbante, cartolina ou papel pardo.
Desenvolvimento
1ª etapa:  Primeiro contato
Pergunte aos alunos o que eles conhecem sobre o atletismo. Em seguida mostre vídeos com imagens de diversas provas: 
O QUE É ATLETISMO? QUAIS AS MODALIDADES DO ATLETISMO? REGRAIS E ETC.
Discuta-os com os alunos, buscando construir um conceito sobre o esporte. Deixe que eles se manifestem. Complemente, corrija equívocos e responda às perguntas que surgirem.
Escolha uma das modalidades para trabalhar com a turma, como a corrida de velocidade, que pode ser feita de uma extremidade à outra da quadra. Primeiramente, separe os meninos das meninas explicando que, nas modalidades de corridas oficiais, a regra divide atletas dessa maneira. Depois, coloque-os para correr juntos, divididos em grupos mistos e menores. Quem estiver esperando a vez fica responsável por marcar os tempos ou observar e anotar quem chega primeiro.
Em seguida, proponha um jogo no qual os estudantes são colocados em duplas. Cada dupla receberá uma folha de jornal que deverá ser levada ao colega parceiro que se posicionará à sua frente, em sentido contrário ao dele e a uma distância que pode ser de uma lateral a outra da quadra (ou de uma linha de fundo a outra).
A folha deve ser colocada em contato com o corpo, sem ser dobrada, ou segurada pelas mãos. Quem está com a folha leva para o parceiro, chegando ao lado oposto à sua posição inicial. O parceiro pega a folha e a leva para o outro lado, de onde saiu seu companheiro. A dupla que conseguir fazer essa troca de lugar levando a folha de jornal junto ao corpo andando rápido, mas sem correr, vencerá. Esse mesmo jogo poderá ser feito com mais estudantes, e a equipe que trocar de lugar primeiro, levando o jornal desse mesmo modo, vence o jogo.
Concluídas as duas atividades, organize uma roda de conversa e incentive todos a comentarem as vivências, identificando o que foi aprendido e de que forma, ou a apresentarem possíveis dúvidas. Fale sobre as diversas provas de corrida de velocidade e as características básicas delas: distâncias curtas, saídas baixas (com blocos de partida, para dar impulso) e velocidade como capacidade física fundamental. Incentive a discussão sobre a questão do gênero e a superação de preconceitos. Comente sobre a corrida individual, por gênero e depois mista, perguntando como foi para os alunos essa experiência. Exponha as questões fisiológicas que permeiam as competições olímpicas e que separam os atletas dessa forma.
2ª etapa:  Corrida em grupo
Divida a turma em grupos mistos com aproximadamente oito integrantes cada um. Se as equipes ficarem com o número desigual basta um aluno participar duas vezes. Organize-os em colunas com distância de 2 metros uma das outras numa das laterais da quadra.
Um aluno de cada grupo fica do lado oposto da quadra e, ao seu sinal, sai em busca do colega que está no início da coluna à sua frente. Lá, segura esse colega pela mão e os dois voltam para o lado oposto da quadra. Os dois dão meia volta e buscam o próximo da coluna, sem soltar as mãos. Ganha a equipe que se transferir mais rapidamente para o outro lado da quadra.
Terminado o jogo, reúna os estudantes numa roda de conversa e peça que exponham suas reflexões sobre a prática e a construção do conhecimento acerca dela. Faça um comparativo com as características das corridas de velocidade e as de resistência, buscando levantar os elementos que caracterizam esta última: distâncias longas, saída alta (em pé) e resistência aeróbica como capacidade física principal.
Fonte: Ilustração baseada em Universo Ateneu. Disponível em: https://universo.uniateneu.edu.br/2021/04/20/provas-combinadas-do-atletismo-atuacao-no-contexto-escolar/.
3ª etapa:  Corrida na raia
Pergunte o que os estudantes sabem sobre o espaço onde ocorrem as competições de atletismo. Discuta o tema e proponha que todos construam uma pista na quadra. Você pode propor a utilização de giz ou fita crepe para contornar o espaço e construir pelo menos duas raias. Outra opção é o uso de cones ou garrafas PET com água. Feitas as raias, explique que há diferença no comprimento da raia interna e que, por isso, quem está nela deve largar de uma marca localizada mais atrás.
Proponha, então, uma corrida de velocidade entre os alunos. Se não for possível fazer várias raias, peça que alguns alunos marquem os tempos dos outros e anotem os nomes numa cartolina ou papel pardo para posterior análise. Depois, organize uma corrida de revezamento utilizando cabos de vassoura cortados ou folhas de jornal enroladas em forma de canudos. Coloque os estudantes em grupos mistos e ressalte a importância do trabalho em equipe.
No fim, forme uma roda de conversa para todos exporem as reflexões sobre as vivências e o que aprenderam com elas. Retome o cartaz com os nomes e os tempos para uma análise conjunta dos melhores tempos e equipes. Levante as razões dos resultados e a questão de ganhar e perder. Aponte se houve mais meninas que meninos com tempos melhores, incentivando o debate. Cada turma terá um cenário diferente. O importante é levar os alunos a analisarem os resultados de forma crítica, observando as inúmeras questões que envolvem a competição e as diferenças de gênero. É possível que apareça uma menina mais rápida que todos os meninos ou não. A discussão é válida em ambos os casos.
Prossiga até o próximo slide para continuar lendo as etapas da atividade que você começou a ver aqui.
NA PRÁTICA
4ª etapa:  Corrida de resistência
Recorde os dois tipos de corrida e suas características principais. Aponte para a importância da vivência na pista construída e proponha o uso dela para as corridas de resistência. Como seria possível utilizá-la tomando por base as características desse tipo de competição? Em cada turma surgirão ideias diferentes.
Uma possibilidade é o jogo do mensageiro. Divida os alunos em dois ou três grupos, que deverão numerar seus participantes. O número 1 de cada equipe receberá uma mensagem a ser entregue, tendo que, para isso, dar três voltas na pista. Depois, ele passará a mensagem para o próximo mensageiro do seu grupo (número 2), que deverá realizar também as três voltas na pista, e assim sucessivamente. O grupo que levar a mensagem primeiro vence o jogo.
No fim do jogo, discuta com todos sobre o que sentiram e aprenderam. Em seguida, conte a história da maratona, de forma a despertar a curiosidade e a imaginação dos estudantes.
5ª etapa:  Marcha atlética
Faça uma revisão do que foi aprendido até aqui, sempre com base no que os alunos mencionarem. Inicie a construção do conceito de marcha atlética, questionando-os a respeito da única prova de atletismo que se faz andando. Proponha o jogo "pega e congela" andando. Dois ou mais pegadores devem encostar a mão nos demais para congelá-los e quem está livre tem de descongelá-los da mesma maneira mas ninguém pode correr, somente andar. Mude os pegadores a cada dois ou três minutos. Após esse jogo,converse sobre os movimentos necessários durante a brincadeira e incentive as discussões sobre o tema buscando construir o conceito de marcha atlética. Em seguida, explique a diferença entre essa prova e as anteriores, como a inexistência da fase aérea presente na corrida.
Depois, proponha uma atividade de pega pega em duplas. Numa das laterais da quadra, os alunos são posicionados um na frente do outro, os dois voltados para a mesma direção. A distância entre eles deve ser de três passos. Ao seu sinal, o estudante de trás tenta pegar o da frente, mas ambos só podem andar rápido. Ao chegarem até a outra lateral as funções se invertem e o jogo se repete. A atividade pode ser retomada com a troca dos membros da dupla. Primeiro, proponha trajetos curtos para que a turma entenda a dinâmica da marcha. No entanto, é importante alterar o percurso a fim de que os estudantes fiquem mais tempo nessa movimentação. Se preferir, estabeleça um tempo para que consigam pegar o colega.
No fim da atividade, volta-se à roda de conversa para que falem sobre o que sentiram e as dificuldades encontradas. Com base nisso, complemente os conceitos construídos anteriormente e trate das características dessa prova: distâncias longas, partidas altas e resistência aeróbica como capacidade física fundamental. É importante que os alunos cheguem à conclusão de que ela se parece mais com as corridas de resistência.
6ª etapa:  Corridas com barreiras e obstáculos
Retome novamente o que os alunos aprenderam anteriormente e pergunte sobre as corridas com barreiras e obstáculos, incentivando a curiosidade e a descoberta. Após essa primeira sensibilização, mostre o vídeo, a seguir. Os alunos vão relembrar os outros tipos de corrida e observar imagens de obstáculos e barreiras.
Pensar com a turma na possibilidade de realizar essas corridas na escola torna-se importante para a criação de adaptações. Proponha a colocação de barreiras feitas com cones e cordas na pista construída na quadra ou de uma extremidade à outra da quadra. Pode-se usar barbante e garrafas PET empilhadas. Para isso, corte a boca de algumas garrafas e encaixe uma na outra até a altura desejada. Coloque água ou terra na garrafa de baixo. Prenda o barbante na boca da garrafa de cima.
Forme dois ou três grupos. Cada integrante receberá um número. O primeiro realiza o trajeto, volta, dá o sinal para que o segundo vá e assim por diante. A ideia de formar grupos visa dinamizar a aula, mas também o trabalho em equipe, pois o elemento competitivo é motivador. Além disso, estimula o trabalho coletivo e o respeito às pessoas com deficiências, às diferenças de gênero e de habilidades.
Em seguida, construa com os estudantes os obstáculos para outra modalidade de corrida. Podem ser usadas as mesmas barreiras da atividade anterior e também caixas de papelão grandes ou outros materiais disponíveis. Lembre-se de deixar a turma explorar os materiais antes da competição em grupos, de estabelecer um percurso mais longo ou indicar que os participantes passem duas ou mais vezes por ele, apontando uma das diferenças entre as duas corridas. Depois, organize uma roda de conversa expondo as reflexões e os apontamentos, e fazendo a construção de conceitos sobre os dois tipos de corridas e suas características, o trabalho coletivo, as possibilidades de prática de Atletismo fora da escola, entre outros temas que poderão surgir ao longo das atividades.
Referências para a elaboração deste plano de aula
CBAT. Disponível em: https://www.cbat.org.br/novo/noticias/noticia.aspx?id=20301. Acesso em: 14 nov. 2021.
Nova Escola. Disponível em: 
https://novaescola.org.br/conteudo/7764/o-atletismo-na-educacao-fisica-escolar?gclid=CjwKCAjwz5iMBhAEEiwAMEAwGMkowsqrBhlbpae_otRafzJnn9hSVd2vHiYHGBIUeFQg7Z8QzTqpHRoCt98QAvD_BwE .Acesso em: 06 nov. 2021.
Universo Ateneu. Disponível em: https://universo.uniateneu.edu.br/2021/04/20/provas-combinadas-do-atletismo-atuacao-no-contexto-escolar/ .Acesso em: 06 nov. 2021.
M.3 - Esporte de Invasão - Modalidade: Basquetebol
Material necessário: Bolas de basquete (cheias e murchas), coletes de duas cores, cópias do texto disponível no site: https://www.todamateria.com.br/basquetebol/. 
Desenvolvimento
1ª etapa 
Inicie avaliando os conhecimentos da turma. Quem assiste partidas na TV ou no ginásio? Qual o objetivo do jogo? Quais regras são conhecidas? Que tipo de contato pode ser feito com o adversário? Como a bola é conduzida? Onde o basquete pode ser jogado? Por quem?
2ª etapa 
Distribua o texto informativo e enfatize que o esporte nasceu para desenvolver a agilidade e a resistência, qualidades difíceis de serem exercitadas sob o rigoroso inverno do Hemisfério Norte, onde foi criado. Faça a leitura coletiva, esclareça dúvidas e analise com os alunos o posicionamento e as características dos jogadores. Levante questões: jogadores baixos podem atuar como pivôs? Ou mesmo como alas? E os jogadores mais altos, podem ser armadores? Destaque a rígida relação entre o domínio de fundamentos e a posição em quadra: armadores devem driblar, alas têm de arremessar de média e longa distâncias e pivôs precisam disputar rebotes e arremessar de curta distância. Peça que cada um monte uma lista e distribua os colegas, meninos e meninas nas posições. Eles devem levar em conta a estatura, a velocidade, a agilidade e a habilidade dos colegas. 
3ª etapa 
Drible: divida a turma na quadra e dê bolas para uma parte dos estudantes. Os que estiverem com elas devem controlá-las, driblando em um espaço combinado, enquanto os demais tentarão roubá-las. Quem perder a posse ou sair do espaço delimitado, cede a bola. Estipule um tempo máximo de posse e vá trocando a função. 
4ª etapa 
Jogo dos passes: divida a turma em duas equipes e entregue a elas uma bola murcha para que o passe seja uma alternativa mais eficiente. Reforce que a regra não permite andar com a bola na mão - o pé de apoio tem de ficar imóvel. O objetivo é que a bola seja passada entre os companheiros de equipe para tentar uma cesta, como num jogo, devendo invadir o espaço da quadra adversária, que será defendida pela sua equipe. Após o arremesso ou em caso de perda da posse, as equipes trocam de lugar. 
5ª etapa
Arremessos: alinhe a turma na linha de lance livre e explique a mecânica dos arremessos.
1) Com uma das mãos - partindo da posição fundamental, com o peso do corpo na perna da frente e a bola na altura do peito, o jogador flexiona as pernas simultaneamente à elevação da bola acima da cabeça com ambas as mãos, sendo que uma determina a direção e a outra a impulsão.
2) De bandeja - Arremesso feito em movimento em direção à cesta. 
3) Jump - O jogador dribla em direção à cesta e para numa posição de equilíbrio, flexiona as pernas, salta elevando a bola acima e à frente da cabeça com ambas as mãos e executa o arremesso no momento mais alto do pulo.
Divida os estudantes em quatro grupos e coloque três deles para praticar os arremessos. O último vai disputar o rebote. Alterne as posições para que todos executem as diferentes tarefas.
6º etapa
Ao final, retome a lista dos alunos sobre a posição mais adequada para os colegas. As expectativas foram confirmadas? Por quê? Os estudantes devem se dar conta de que não há uma relação direta entre habilidade e altura ou força e precisão. Nesta conversa aproveite também para retomar questões como o respeito às regras e o trabalho coletivo nas atividades realizadas em equipe. Pergunte como os estudantes pensam que este esporte poderia ser adaptado a outros espaços e contextos e o que poderiam fazer para que esta prática seja desenvolvida na comunidade em que moram, por exemplo.
Referências para a elaboração deste plano de aula
Elo7. Disponível em: https://www.elo7.com.br/painel-de-festa-basquetebol/dp/C78894. Acesso em: 06 nov. 2021.
Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/5598/basquete-passo-a-passo. Acesso em: 06 nov. 2021.
Vamos colocar em prática a relação das habilidades com o objeto de conhecimento?
Agora, a partir dos exemplos das propostas, escolha uma delas pensandona possibilidade de trabalhar com seus estudantes e procure identificar quais são as habilidades da Unidade temática Esportes que poderão ser desenvolvidas nas atividades, bem como as Dimensões do conhecimento associadas. Faça um quadro como mostra o modelo abaixo:
M3
ESPORTES/ LUTAS/ PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA
Para os 8º e 9º anos os Esportes apresentam seis habilidades, balizadas nos Esportes de rede e parede, Esportes de campo e taco, Esportes de invasão e Esportes de combate. A perspectiva pedagógica para a construção dessas habilidades está voltada à compreensão das lógicas internas dessas modalidades esportivas, entendendo o esporte como um fenômeno social e cultural. Nesta Unidade Temática também estão presentes o conhecimento histórico das modalidades esportivas, o contexto social em que se originaram e a abordagem da evolução de tais práticas corporais ao longo do tempo. Assim como nos Objetos de conhecimento previstos para os 6º e 7º anos, também estão presentes como objetivos de aprendizagem o desenvolvimento das principais habilidades técnicas e táticas das modalidades esportivas tematizadas.
Com isso, a BNCC estabelece a utilização dessas práticas “ao longo dos ciclos do ensino fundamental, visando a promover o máximo possível de modalidades, para que os alunos possam ampliar o seu leque de esportes, aumentando, assim, a sua permeabilidade e possibilidade de se inserir em diversas esferas da sociedade” (SILVEIRA, 2021, p.50).
Nesse sentido, importa dizer que os esportes devem ser trabalhados na escola de forma contextualizada, promovendo nos estudantes a capacidade de ressignificar e compreender como essas práticas poderão ser adequadas às suas realidades. 
Para Palma et al (2021, p. 214) “a contextualização nos preconiza que os conhecimentos devem ser situados em seu contexto para que adquiram sentido”, sendo necessário situar as informações e os dados em cenário próprio para que possam ganhar significado. Portanto, professor, o trabalho com as variadas possibilidades de esportes deverá ser sempre pensado de maneira que essas práticas corporais possam estar significadas para os estudantes conforme as esferas sociais nas quais estão situados.
A última habilidade prevista para a Unidade Temática Esportes (EF89EF06) prevê que o estudante possa verificar locais disponíveis na comunidade para a prática de esportes e das demais práticas corporais tematizadas na escola, propondo e produzindo alternativas para utilizá-los no tempo livre, o que sugere a Dimensão Protagonismo comunitário, contemplando a reflexão sobre as possibilidades de acesso e dos recursos disponíveis para certa prática.
Vamos agora ver alguns exemplos de aulas e/ou atividades que poderão ajudá-lo a pensar no desenvolvimento das suas propostas com o intuito de trabalhar com as habilidades previstas nesta Unidade Temática.
Atividade 1:
Comece pedindo aos alunos que elaborem uma lista com todos os jogos e esportes de rede que conhecem. Promova a discussão sobre as semelhanças e diferenças existentes nas diferentes modalidades de rede divisória, trazendo aquelas que não foram elencadas pelos estudantes. Pergunte aos estudantes se já praticaram alguma destas modalidades, se conhecem alguém que pratica ou,  ainda, se já assistiram pela televisão. Pergunte também sobre espaços que eles conheçam onde poderiam ser realizadas estas práticas. Aborde o Tênis como uma prática de rede e converse um pouco com os estudantes, falando sobre as características do jogo, origem, países com mais tradição na modalidade. Mostre alguns vídeos e explique as principais técnicas do esporte. 
No site abaixo você irá encontrar informações sobre o Tênis (história, regras, etc) e vídeos que poderão auxiliar as suas propostas de atividades, explicando os principais fundamentos da modalidade.
https://minhasatividades.com/aula-de-tenis/ 
Atividade 2:
A segunda atividade da aula será na quadra ou em outro espaço disponível para a prática do tênis. É possível que alguns alunos já tenham praticado o tênis ou outro esporte de raquete, porém, para muitos alunos, é o primeiro contato com os materiais específicos do jogo de tênis (No Módulo 4 deste curso você aprenderá a confeccionar uma raquete de Tênis). 
Proposta 1: Equilibrando a bola na raquete. Peça aos alunos que segurem a raquete na horizontal e equilibrem uma bola de tênis na raquete. Para os alunos que considerarem a tarefa fácil, peça que eles se locomovam pela quadra mantendo o equilíbrio da bola. 
Proposta 2: Peça aos alunos que controlem a bola utilizando a raquete de forma que eles mantenham a bola no ar. O objetivo é não deixar a bola cair no chão. Complexifique mais a brincadeira exigindo que os alunos batam na bola utilizando os dois lados da raquete.  
Proposta 3: peça aos alunos que controlem a bola fazendo-a bater na raquete e quicar no chão sucessivamente. Os alunos deverão progressivamente aumentar a frequência das batidas da raquete na bola.
Proposta 4: em duplas, peça para os alunos trocarem o maior número possível de rebatidas. Eles devem controlar a bola de modo que ela quique na frente do adversário. Os alunos devem evitar rebater a bola diretamente sem ela quicar no chão (no tênis esse golpe se chama voleio). Sempre que os alunos trocarem 6 bolas sem errar, eles devem dar um passo para trás, aumentando progressivamente a distância entre eles e, consequentemente, a dificuldade do exercício. 
Proposta 5: em duplas, cada aluno terá um cone (ou garrafa Pet) à sua frente. O objetivo do jogo é derrubar o cone do adversário. Para isso, os alunos deverão trocar golpes de tênis (direita e esquerda) sempre objetivando acertar o cone. Os alunos devem se posicionar 1 metro atrás dos cones e não podem impedir que a bola do colega derrube o seu cone.
Proposta 6: em duplas, os alunos deverão praticar o voleio - rebater a bola sem deixá-la quicar no chão. Esse exercício é de difícil execução e é possível que muitos alunos não sejam capazes de realizá-lo. Mescle nas duplas alunos habilidosos com outros com maior dificuldade para que eles possam trabalhar juntos. Indica-se uma distância inicial entre os alunos de 2 metros na execução do voleio.  
Dica: O mais importante nesse primeiro contato com o tênis é enfatizar a importância de manter a bola em jogo. Isso manterá os alunos motivados. Para isso, duas regras são fundamentais: 1) controle do movimento: os alunos, em geral, gostam de bater forte na bola. É preciso que você, professor, crie estratégias para privilegiar o controle em detrimento da força; 2) que os golpes de base sejam executados sempre iniciando com a cabeça da raquete de baixo para cima. Isso permitirá que as bolas golpeadas não sejam lançadas contra a rede na quadra de tênis.  
Atividade 3:
Reúna os estudantes e faça uma roda de conversa. Pergunte quais foram as maiores dificuldades em relação às técnicas do esporte e como foi lidar com as próprias dificuldades e com as dos colegas no trabalho em duplas. Como percebem a prática realizada comparada aos vídeos assistidos no começo da aula, é possível praticar o Tênis em diferentes contextos e com diferentes idades? Onde moram, haveria espaço para esta prática? Se não, o que precisaria ser feito para que mais pessoas pudessem conhecer e praticar esta modalidade?
Fonte: Adaptado de Portal do Professor. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=18626 . Acesso em: 07 nov. 2021.
4ª etapa:  Corrida de resistência
Atividade 1:
Comece a aula sobre o Rugby introduzindo o tema através de vídeos que demonstrem como este esporte é praticado, bem como suas regras básicas. Fale também da sua origem, história, prática no Brasil e pergunte aos estudantes o que sabem sobre o Rugby: Já conhecem? Já viram a prática? A partir das características apresentadas, qual a impressão sobre a modalidade? Os sites abaixo poderão ajudar nesse primeiro momento da aula.
https://brasilrugby.com.br/conheca-o-esporte/
https://www.todamateria.com.br/rugby/
Atividade 2 – Construindo a bola
Material: bola murcha ecorda de varal 
Local: quadra ou pátio 
Para dar início à prática do Rugby você poderá construir os tacos com materiais simples e de baixo custo (Figura 1) seguindo as seguintes instruções: pegue uma bola furada ou murcha (a), dobre-a até atingir um formato oval (b) e enrole-a com uma corda de varal (c) para dar sustentação ao formato da bola. Pode-se usar bolas de futebol americano, caso a escola tenha disponível, mas é sempre interessante mostrar alternativas de baixo custo para se criar os objetos das práticas da Educação Física. Atividade 2 – Construindo a bola
Figura 1 - Bola de Rugby
Atividade 3 – Rouba bandeira
Material: bandeiras e giz
Local: quadra ou pátio  
Na sequência das atividades você poderá trabalhar com os estudantes alguns fundamentos básicos do Rugby através da brincadeira do rouba bandeira (Figura 2). As marcações na quadra podem ser feitas com giz de quadro. Divididas em duas equipes, estas terão que atravessar o campo da equipe adversária até atingir a região da bandeira sem ser tocado pelos(as) colegas do outro time. Se algum estudante for tocado pelos oponentes no campo adversário, terá que permanecer colado (parado) até que alguém do seu time o descole (toque nele). Na área da bandeira do adversário ninguém pode ser colado. Assim que uma equipe conseguir chegar até a região da bandeira terá que retornar ao seu campo de posse da bandeira adversária sem ser colado. Caso isso ocorra, a equipe marca um ponto e recomeça a brincadeira novamente. A brincadeira do rouba bandeira é um excelente exercício educativo para o Rugby, pois ajuda os praticantes a incorporarem a dinâmica do jogo propriamente dito. 
Figura 2 - Rouba Bandeira
Fonte: Ilustração baseada na fonte do próprio autor
Atividade 4 – Rugby para iniciantes
Material: bola de Rugby 
Local: quadra    
Para finalizar as atividades você poderá trabalhar com um jogo de Rugby adaptado para iniciantes (Figura 3). As regras desse jogo serão as seguintes: o objetivo de cada equipe será levar a bola até a zona de gol (região da bandeira). Para isso os estudantes poderão realizar passes entre si até atingir a área de pontuação. Os passes feitos para frente deverão ser realizados com os pés. Os passes feitos para os lados e para trás poderão ser feitos com as mãos. Se o estudante que estiver com a bola for tocado pelo adversário, sua equipe perderá a posse da mesma. Não serão permitidos agarrões ou trombadas. 
Figura 3 - Rugby
Fonte: Ilustração baseada na fonte do próprio autor
Caso ocorra alguma falta (ex.: passe feito pra frente com as mãos ou um estudante empurrar outro) a equipe que sofreu a penalidade irá cobrar um chute de 10 metros em direção à tabela de basquete (ou outro alvo estabelecido, caso não tenha a tabela). Se a bola atingir a tabela de basquete a equipe marca um ponto. Após a marcação de um ponto a reposição de bola será feita pela equipe que sofreu o ponto em sua própria área de gol. A marcação central da quadra poderá ser eliminada para facilitar o entendimento das novas regras.
Atividade 5 – Reflexão
Questões-chave
Reúna os estudantes e proponha uma reflexão sobre como foi o trabalho coletivo das equipes, como foi lidar com as regras da modalidade, com as faltas sofridas e cometidas. Pergunte também quais foram as maiores dificuldades em relação às técnicas do Rugby, no sentido de não poder passar a bola para frente. Comparado a outras modalidades de invasão, quais são as diferenças e aproximações? É possível praticar o Rugby em diferentes contextos e fora da escola? Onde moram, haveria espaço para esta prática? Se não, o que precisaria ser feito para que mais pessoas pudessem conhecer e praticar esta modalidade?
Fonte: Adaptado de Portal do professor. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22255 . Acesso em: 07 nov. 2021.
NA PRÁTICA
Esporte de Invasão - Modalidade: Hóquei na grama
Atividade 1 
Para dar início à aula sobre o Hóquei, a sugestão é que você mostre vídeos sobre este esporte, explicando como é praticado, bem como suas regras básicas.  Veja a seguir algumas sugestões de sites que podem ajudá-lo neste momento da aula.
Atividade 2 – Construindo o taco
Material: vassoura, retalhos de madeira, prego e martelo
Local: quadra ou pátio   
Para início à prática do hóquei você poderá construir com os alunos os tacos com materiais simples e de baixo custo (Figura 1) seguindo as seguintes instruções: corte vários cabos de vassouras com tamanhos apropriados para a estatura dos estudantes (variando de 50 a 70 cm). Fixe retângulos de madeira (5cm X 3cm) ao cabo de vassoura utilizando pregos e cola para reforçar. A bola utilizada no jogo pode ser de borracha (tipo frescobol).
Figura 1 - Taco de Hóquei
Fonte: Ilustração baseada na fonte do próprio autor
No Módulo 4 você terá outras orientações para a construção do Taco de Hóquei.
Atividade 3 – Dando aos primeiros passos
Material: taco de madeira, bolinha de borracha e cones
Local: quadra ou pátio
Na sequência das atividades você poderá trabalhar com os estudantes alguns fundamentos básicos do hóquei sobre a grama. Vale ressaltar que na realização das atividades cada estudante deverá ter seu próprio taco.
Condução: peça para se deslocarem aleatoriamente pela quadra conduzindo as bolinhas com o taco. Em seguida, faça uma fileira com cones e oriente a fazerem zigue-zagues entre eles, conduzindo as bolinhas.
Passe: organize os estudantes em duplas distantes aproximadamente a 7 metros e peça que eles passem a bolinha uns para os outros. Logo em seguida, ainda em duplas, solicite que percorram toda extensão da quadra, fazendo passes uns para os outros. 
Finalização: peça que os estudantes realizem finalizações ao gol da marca do pênalti. Para dar motivação à atividade você poderá realizar a função de goleiro. Em seguida, peça para conduzirem as bolinhas desde a meta oposta e finalizar em gol com a bolinha em movimento.
Mini-jogo: organize os estudantes em trios e realize um mini-jogo de hóquei. Neste jogo as metas poderão ser diminuídas (utilizando cones como traves) e a figura do goleiro não precisará existir. Numa mesma quadra você poderá realizar dois jogos simultâneos colocando os cones dos gols nas laterais da quadra. Cada jogo ocupará uma metade da quadra.   
Atividade 4 – Jogando o jogo
Material: taco de madeira, bolinha de borracha e cones
Local: quadra ou pátio
Ao final, você poderá propor uma partida seguindo as regras básicas do jogo de hóquei sobre a grama. Equipe: na regra oficial jogam 11 jogadores em cada equipe, mas você poderá diminuir esse número em função do tamanho da quadra disponível. Objetivo: fazer o maior número de gols na equipe adversária. Infrações: os jogadores não poderão tocar com o taco o corpo do colega. Os cartões utilizados nas partidas oficiais podem ser excluídos neste contexto de jogo. É recomendável que você oriente os estudantes a cada infração ocorrida para evitar acidentes.  Equipamentos de proteção: os goleiros de hóquei utilizam vários equipamentos de proteção. No caso da não existência dos equipamentos apropriados os(as) goleiros(as) poderão utilizar proteções alternativas, como: caneleiras de futebol, joelheiras e cotoveleiras de vôlei e capacetes de ciclismo. Esta partida poderá ser filmada para avaliação posterior.
Atividade 5 – Reflexão
Reúna os estudantes e proponha que reflitam sobre as habilidades que foram trabalhadas com este esporte. Peça que falem sobre a habilidade de segurar o taco e conduzir a bola, refletindo sobre as técnicas utilizadas. Proponha também uma reflexão sobre as táticas para o jogo, como a equipe conseguiu se organizar para marcar pontos e o que faltou para um melhor resultado. Proponha, ainda, uma reflexão sobre aspectos atitudinais, como o respeito ao adversário e às regras e sobre como poderiam adaptar esta prática para outros espaços além do espaço escolar. Mostre o vídeo do jogo realizado no final da prática e analise com os estudantes esses aspectos que foram discutidos.
Fonte: Adaptado de Portal do professor. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22254.Acesso em: 07 nov. 2021.
Recursos Complementares
Livro de Iniciação ao Hóquei
https://hoqueisobregrama.com.br/wp-content/uploads/2020/08/LIVRO-INICIA%C3%87%C3%83O-AO-H%C3%93QUEI-FINAL.pdf
Vamos colocar em prática a relação das habilidades com o objeto de conhecimento?
Sugerimos agora, professor, que você procure fazer o mesmo exercício realizado para os 6º e o 7º anos, escolhendo uma das propostas apresentadas e pensando na possibilidade de trabalhar com seus estudantes. Identifique quais são as habilidades da Unidade Temática Esportes para os 8º e 9º anos que poderão ser desenvolvidas nas atividades da proposta escolhida, bem como as Dimensões do conhecimento associadas. Faça um quadro como o modelo abaixo:
Clique no botão para baixar o roteiro:
M3 - ESPORTES/ LUTAS/ PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA
Lutas e as conexões entre o objeto de conhecimento e as habilidades
Ao trabalhar com a Unidade temática Lutas é importante que você lembre, professor, que as artes marciais (que deram origem às Lutas que conhecemos hoje), independentemente do país no qual surgiram, “possuem uma menção filosófica em sua origem”, uma vez que, antes de tornarem-se esportes, eram praticadas com o objetivo guerreiro ou tinham uma filosofia significativa como concepção de vida (CARREIRO, 2017, p.247). Portanto, o desenvolvimento dessas práticas corporais deverá estar sempre alinhado com os princípios originais das Lutas, tornando-se um terreno fértil para trabalhar objetivos atitudinais, como: o respeito ao outro, a disciplina interna e formação do caráter.
Cabe trazer aqui a resistência que esses conteúdos enfrentam no trabalho dentro da Educação Física escolar. Segundo Carreiro (2017, p. 246) essa resistência se origina em “argumentos de que há falta de espaço, falta de material, falta de roupa adequada e, sobretudo, pela associação às questões de violência”. Você não poderá sempre improvisar as suas aulas por falta de situações ideais, contudo, Carreiro (2017) aponta que o argumento de que é impossível trabalhar com as Lutas na escola é igualmente inadequado. Ao mesmo tempo, você deverá ter argumentos para a discussão de que o trabalho com este conteúdo não significa necessariamente violência.
Assim, é pertinente vislumbrar as possibilidades para o desenvolvimento das Lutas na escola abordando conceitos e conteúdos, aplicação de fundamentos básicos (como golpes e quedas), junto das questões filosóficas vinculadas a essas práticas. Nesse sentido, destacam-se algumas Lutas que apresentam “a dualidade de objetivos (como o Judô, o Karatê, o Kung Fu, etc.), onde existem objetivos esportivos (competição) e filosóficos (concentração) e outras que se concentram mais na vivência das atividades e no desenvolvimento pessoal (por exemplo, o Aikidô)”. Conforme Carreiro, 
Independente da modalidade de luta, algumas características são comuns aos praticantes, como, por exemplo, o envolvimento com a disciplina e o respeito pelo adversário. Na escola, principalmente, o professor deve estar atento a estes itens, inclusive incentivando os alunos a tomarem posturas de confraternização, respeito às diferenças e ao adversário, entre outros valores. (CARREIRO, 2017, p. 250)
Para os 6º e 7º anos, esta Unidade Temática propõe as Lutas do Brasil, onde o estudante deverá desenvolver temáticas como respeito, valores, normas, além da compreensão de técnicas e táticas das principais Lutas, com quatro habilidades propostas para este ciclo de escolarização. Silveira (2021, p.61) aponta que nesta categoria de Lutas as modalidades têm origem no Brasil, como a capoeira e o jiu-jítsu brasileiro, podendo “ser utilizada para estimular nos alunos o sentimento de valorização da cultura nacional, já que, muitas vezes, as manifestações culturais originadas no Brasil são desvalorizadas”.
Nos 8º e 9º anos aparecem as Lutas do mundo, contemplando três habilidades, onde os estudantes deverão diversificar o conhecimento sobre as Lutas, entendendo o processo de esportivização das práticas. Para Silveira (2021, p. 62)
As Lutas do mundo são manifestações que envolvem as demais lutas, que possuem origem europeia, americana ou oriental, incluindo wrestling, judô, karatê, taekwondo, entre inúmeras outras. Nesse bloco de conteúdos, é interessante explorar a origem das diferentes artes marciais, bem como acompanhar a sua evolução ao longo dos anos até os dias atuais (Silveira, 2021, p. 62)
M3 - ESPORTES/ LUTAS/ PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA
Vamos começar com os Objetos de conhecimento e as habilidades dos 6º e 7º anos:
Veja, professor, que as possibilidades de práticas das Lutas do Brasil para os 6º e 7º anos estão propostas também dentro de uma lógica que privilegia o interesse pelo desenvolvimento das habilidades das Lutas, evidenciando uma forte conotação atitudinal.
Ao analisarmos a habilidade (EF67EF14), que prevê a experimentação e a fruição das diferentes Lutas do Brasil, podemos observar objetivos de aprendizagem procedimentais, ao mesmo tempo que, quando a habilidade propõe a recriação das lutas, prevê uma Dimensão do conhecimento conceitual (Reflexão sobre a ação). A habilidade ainda traz elementos atitudinais (Dimensão Construção de valores) ao propor que o estudante seja capaz de valorizar a própria segurança e integridade física, bem como as dos demais.
A habilidade (EF67EF15) envolve a Dimensão Uso e Apropriação, ao propor que o estudante possa utilizar estratégias básicas das Lutas do Brasil, referindo-se ao conhecimento que possibilita a realização de forma autônoma determinada prática corporal. Para planejar as estratégias, envolve elementos conceituais presentes na Dimensão Reflexão sobre a ação. Ao mesmo tempo, também envolve a Dimensão Atitudinal Construção de valores, ao propor o respeito ao colega como oponente.
Com a proposta de identificar as características (códigos, rituais, elementos técnico-táticos, indumentária, materiais, instalações, instituições) das Lutas do Brasil, a habilidade (EF67EF16) relaciona-se à Dimensão do conhecimento Análise, situada nos objetivos conceituais de aprendizagem, uma vez que o estudante terá que construir conhecimentos acerca das práticas realizadas que os tornem capazes de realizar esta identificação. 
Na última habilidade prevista para esta Unidade Temática (EF67EF17), os estudantes deverão problematizar preconceitos e estereótipos relacionados ao universo das lutas e demais práticas corporais, propondo alternativas para superá-los com base na solidariedade, na justiça, na equidade e no respeito, evidenciando objetivos atitudinais, com a Dimensão do conhecimento Construção de valores.
Professor, agora vamos ver alguns exemplos de aulas e/ou atividades que poderão ajudá-lo a pensar no desenvolvimento das suas propostas com o intuito de trabalhar com as habilidades previstas nesta unidade temática.
1ª Etapa: Apresentando a Capoeira
Comece a aula com a apresentação de alguns vídeos que mostram a prática corporal da luta Capoeira.  Após a apresentação dos vídeos, reúna os alunos em uma roda de conversa sobre diversos aspectos observados na prática da Capoeira: origem e história da Capoeira, conceitos e habilidades motoras da luta, principais instrumentos, roupas, entre outros. Destaque a importância da Capoeira como meio de expressão da cultura corporal e que esta é a única luta tipicamente Brasileira.
Vídeos de capoeira
Abaixo, você terá acesso ao material completo sobre capoeira (História, como ensinar, como confeccionar os instrumentos musicais, músicas que poderão ser utilizadas nas aulas, dentre outras informações que poderão auxiliá-lo nas propostas de aula). 
Acesse o link e baixe o material:
https://impulsiona.org.br/capoeira-na-escola/ 
2ª Etapa: Roda de leitura e conversa
Reúna os estudantes e proponha a leitura de um texto que aborde os principais aspectos da capoeira para depois aprofundar o diálogo com os estudantes:
· falar sobre a origem da luta como meio de libertação da opressão sofrida pelos escravos; 
· chamar a atenção para os instrumentos utilizados na Capoeira, 
· explanar o porquê donome Capoeira (lugar no meio do mato onde os escravos se escondiam); 
· refletir sobre o contexto histórico da escravidão e o desenvolvimento da luta como forma de libertação; 
· discutir questões discriminatórias e preconceituosas por razões sociais, de gênero, políticas e religiosas.
Você pode acessar esse texto no link abaixo:
https://impulsiona.org.br/capoeira-origem-historia-estilos/ 
3ª Etapa: Mãos à obra
Com base nas informações anteriores, elabore materiais para exposição dentro da escola:
· Produção de desenhos sobre a capoeira
· Confecção de instrumentos
· Produção de textos e cartazes informativos sobre o tema.
 
Esses materiais podem ser produzidos individual ou coletivamente. Para confecção dos instrumentos (berimbau, atabaque e pandeiro) deverá ser solicitado aos estudantes que tragam sucatas. Os desenhos e os instrumentos podem ser produzidos em colaboração com as aulas de artes e os textos e cartazes informativos em colaboração com as aulas de Língua Portuguesa.
4ª Etapa: Vivenciando a Capoeira
Na quadra de esportes ou sala, explore os movimentos básicos da capoeira:
· Ginga
· Aú (estrelinha)
· Esquivas baixa e alta
· Meia-Lua
· Brincadeira de ataque e defesa: João Bobo – Formação em trio. A e C se defrontando à distância de um metro, B ficará no meio em posição fundamental. B será desequilibrado por A por um toque ou um pequeno empurrão nos ombros, C procura amortecer a queda de B. Troque as posições dos alunos.
· Ensine uma cantiga de roda de capoeira: Aeiou, uoiea, Aeiou vem criança vem jogar. 
· Brincadeiras de gingar: O professor deverá distribuir um pedacinho de barbante pelo chão enquanto os estudantes gingam em duplas e ao sinal do professor eles deverão pegar o maior número de pedacinhos de barbante que conseguirem.
· Roda de Capoeira: enfatize aos estudantes que ele joga COM o outro e não CONTRA o outro. Ensinar os estudantes a cantar durante o envolvimento da roda e mostrar que todos são capazes de participar, sempre adotando uma postura não preconceituosa com os colegas.
5ª Etapa: Concluindo a tarefa
Seria muito interessante convidar um grupo de Capoeira para uma apresentação para as crianças dentro da escola. Assim os estudantes poderão interagir com praticantes da luta Capoeira. Como sugestão pode ocorrer o registro em fotos e vídeos de todas as etapas para a produção de um vídeo no aplicativo de Smartphone, como por exemplo o VIVAVIDEO, para que depois os estudantes possam ver as práticas. 
Você pode fazer o download desse aplicativo no site, a seguir:
https://www.baixaki.com.br/android/download/vivavideo-free-video-editor.htm
Após verem o vídeo, promova uma roda de conversa para falar sobre como foi a experiência, como os estudantes se viram na prática, como as questões do respeito ao oponente foram observadas, quais são as influências sociais, culturais e históricas que permanecem nessa luta e como ela pode ser praticada em diversos espaços e contextos.
Fonte: Adaptado de Instituto Claro. Disponível em: https://www.institutoclaro.org.br/educacao/para-ensinar/planos-de-aula/lutas-capoeira/. Acesso em: 07 nov. 2021.
Vamos colocar em prática a relação das habilidades com o objeto de conhecimento?
Após a leitura do plano apresentado, procure identificar as habilidades previstas para este Objeto de conhecimento nesta aula, indicando em que momento/atividade elas serão desenvolvidas. Organize um quadro como mostra o modelo a seguir:
M3 - ESPORTES/ LUTAS/ PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA
Agora, vamos ver quais são as habilidades previstas pela BNCC para a Unidade temática Lutas para o 8º e 9º anos:
Fonte: BNCC na Prática. Disponível em: https://www.bnccnapratica.com.br/explore-a-matriz. Acesso em 01 nov. 2021.
A análise da habilidade (EF89EF16) nos mostra que estão presentes objetivos de aprendizagem procedimentais, já que prevê a experimentação e a fruição dos movimentos pertencentes às lutas do mundo, ao mesmo tempo em que relaciona elementos atitudinais, (Dimensão Construção de valores) quando propõe a adoção de procedimentos de segurança e respeito ao oponente. 
A habilidade (EF89EF17) se relaciona com a Dimensão do conhecimento Uso e apropriação, uma vez que para utilizar estratégias básicas das lutas experimentadas o estudante necessita de um conhecimento que possibilite a realização de forma autônoma da prática corporal. No que tange aos objetivos conceituais de aprendizagem, estes estão relacionados com o planejamento das estratégias (Reflexão sobre a ação) e o reconhecimento  das características técnico-táticas da prática (Análise).
Por fim, a habilidade (EF89EF18), que propõe discutir sobre as transformações históricas, o processo de esportivização e a midiatização de uma ou mais lutas está relacionada à Dimensão Compreensão, caracterizando objetivos conceituais, ao mesmo tempo em que valorizar e respeitar as culturas de origem das lutas prevê um objetivo atitudinal com a Dimensão Construção de valores.
Vejamos agora, professor, alguns exemplos de aulas e/ou atividades que poderão ajudá-lo a pensar no desenvolvimento das suas propostas com o intuito de trabalhar com as habilidades previstas nesta unidade temática.
NA PRÁTICA
Lutas do Mundo - Aula introdutória
1ª etapa 
Converse com os alunos sobre o que eles entendem sobre lutas e brigas, elencando as diferenças. Apresente algumas fotos e desenhos de lutas e brigas para que apontem as características de cada uma. Provoque a garotada com algumas perguntas, como: "socos e chutes também são específicos de alguma técnica de luta?".
2ª etapa 
Organize a conceitualização definindo com a ajuda da turma cada tema discutido na etapa anterior. Por exemplo, lutas são atividades caracterizadas por regras, que têm segurança, respeito, são um tipo de combate corpo a corpo. Brigas são práticas desregradas, violentas, desorganizadas e, por isso, perigosas.
3ª etapa 
Comece as vivências com os elementos básicos das lutas, sempre levantando com a turma em que técnicas eles estão presentes. Vale colocar em cena qualquer atividade que trabalhe com os elementos abaixo, desde que seja possível dialogar com as técnicas e com o conceito da luta. Algumas possibilidades:
· Equilíbrio e desequilíbrio: desequilibrar o colega que está com um pé só no chão, as mãos fixas, segurando uma bola de borracha. 
· Força: cabo de guerra. 
· Rapidez, agilidade e atenção: acertar com rapidez uma parte do corpo do oponente, que por sua vez tenta se defender. 
· Conquista de objetos e territórios: pegar vários pregadores que estão presos no ombro, nas pernas e em outras partes do corpo do colega, que por sua vez tenta se esquivar. 
· Combate: combate com barbantes, realizado em duplas. Cada aluno ganha um pedaço do material e prende uma ponta na cintura. O objetivo é roubar o fio do adversário usando apenas uma mão. O outro braço deve ficar para trás. 
· Reter, imobilizar e livrar-se: o objetivo é desequilibrar o oponente usando os braços e as mãos e segurá-lo sentado no chão durante cinco segundos. Caso ele consiga se livrar antes, o confronto continua.
 
Em todas as atividades, é recomendável incentivar os estudantes a usarem braço, mão e pé dominantes e não dominantes também, para aumentar o desafio e encaminhar a turma a observar as habilidades corporais com um olhar mais crítico e aprofundado.
4ª etapa 
Divida os estudantes em pequenos grupos e proponha que cada um pesquise na internet e em outras fontes confiáveis (como livros especializados, revistas e jornais) uma técnica de luta, seguindo um pequeno roteiro que aborde um breve histórico, principais golpes, imagens, regras básicas, vestimentas, espaço onde ocorrem e países com tradição no tema. Apresenta diversas técnicas (como judô, esgrima e caratê) e peça que cada grupo escolha uma. Avise que a finalidade da pesquisa é apresentar para toda a turma o que for aprendido, tanto na teoria como na prática. A vivência corporal deve ser experimentada por todos. Para enriquecer o trabalho, os grupos podem convidar praticantes da modalidade pesquisada para fazer uma demonstração para a comunidadeescolar e conversar a respeito da atividade.
Fonte: Adaptado de Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/6495/lutas. Acesso em: 07 nov. 2021.
NA PRÁTICA
Lutas do Mundo - Modalidade: Judô
Atividade 1
Professor, o texto a seguir traz as informações que servirão de instrumento de apoio ao seu trabalho, outras fontes poderão ser pesquisadas.
Texto: História do Judô
O Judô é derivado do Ju-Jutsu, uma arte que serve tanto para atacar quanto para defender, usando nada mais que o seu próprio corpo. Por muitos anos, o jovem Jigoro Kano, que nasceu no Japão, dedicou-se a estudar sobre as antigas formas de autodefesa, procurando encontrar explicações científicas aos golpes, baseadas em leis de dinâmica, ação e reação. Ele selecionou e classificou as melhores técnicas dos vários sistemas de Ju-Jutsu em um novo estilo chamado de Judô. O Judô reúne dois Kanjis (ideogramas), JU (suave) e DO (caminho) e os estilos de Ju- Jutsu japonês, TENJIN-SHINYO-RYU e o KITO-RYU, utilizados para dar base à sua criação e a alguns princípios filosóficos, entre eles: o SEIRYOKU-ZEN-YO – que é o princípio caracterizado pela mínima força e máxima eficiência utilizando a energia do oponente para superá-lo; e o JITA-KYOEI – que é o princípio caracterizado pela prosperidade e pelo crescimento mútuo para propiciar o convívio harmônico e solidário.
A filosofia do Judô tem por base o respeito ao seu oponente, como forma de autorrespeito, assim, o mestre Jigoro Kano idealizou um código moral baseado em oito princípios básicos:
· Cortesia, para ser educado no trato com os outros;
· Coragem, para enfrentar as dificuldades com bravura;
· Honestidade, para ser verdadeiro em seus pensamentos e ações;
· Honra, para fazer o que é certo e se manter de acordo com seus princípios;
· Modéstia, para não agir e pensar de maneira egoísta;
· Respeito, para conviver harmoniosamente com os outros;
· Autocontrole, para estar no comando das suas emoções;
· Amizade, para ser um bom companheiro e amigo.
O Judô possui um repertório técnico extenso, apresentamos abaixo alguns deles:
 
· KUMI-KATA (Pegadas) – é a maneira de segurar com as mãos no JUDOGUI (roupa do judô), fundamental para ataques e defesas de golpes;
· KUSUSHI (Desequilíbrio) – é levar o oponente a uma posição de desequilíbrio.
· UKEMI-NO-WAZA (técnicas de amortecimento) – usada para amortecer as quedas dos golpes do Judô.
· TE-WAZA (técnicas de braço) – são técnicas de projeção ao solo que usam os braços.
· KOSHI-WAZA (técnicas de quadris) – são técnicas de projeção ao solo que usam os quadris.
· ASHI-WAZA (técnicas de perna) – são técnicas de projeção ao solo que usam os pés ou as pernas.
· OSSAE-WAZA (técnicas de imobilização) – são técnicas para imobilizar o oponente no solo.
· SHIME-WAZA (técnicas de estrangulamento) – são técnicas para estrangular o oponente.
· KANSETSU-WAZA (técnicas de chaves nas articulações) – são técnicas de torções nos braços do oponente.
Atividade 2
Professor, organize os estudantes em grupo. Cada grupo terá uma função na pesquisa. Vamos aprofundar nossos conhecimentos sobre o Judô. Divididos em grupos, pesquisem sobre:
Grupo 1 – A história do Judô - Local de criação, aspectos biográficos do seu idealizador e participação nas olimpíadas.
Grupo 2 – Princípios básicos do Judô - Os três princípios filosóficos do Judô, seus significados na vida do praticante e graduação (faixas).
Grupo 3 – Principais golpes do Judô - Golpes de braço, golpes de perna, golpes de quadril e golpes de solo (imobilizações, chaves de braço e estrangulamento).
Grupo 4 – Principais cumprimentos do Judô - Saudações e vocabulário de competição.
O resultado do trabalho deverá ser apresentado aos colegas. Para isso, você pode utilizar imagens, vídeos, filmes, fotos, reportagens e até mesmo desenhar um esquema que represente a pesquisa.
Atividade 3
Professor, apresente o vídeo Projeto Judô. Saudações de cumprimentos no Judô aos alunos:
Vídeo
Depois de exibi-lo aos alunos, realize o movimento utilizado para fazer a saudação ao oponente. Em seguida, vamos participar da discussão em torno da questão: “Por que temos que nos curvar em cumprimento”? Espera-se que na discussão os estudantes relacionem o cumprimento à uma forma de demonstrar respeito e humildade, fazendo parte da etiqueta do Judô e permitindo a todos nós praticarmos e melhorarmos nossas habilidades de forma segura e respeitosa.
Professor, oportunize aos estudantes criarem suas próprias formas de se cumprimentar de acordo com os princípios da Luta Judô.
A seguir é apresentada a sequência de saudações ligadas à Luta Judô.
· Kiotsuke! – Significa “atenção!”
· Rei! – Significa “cumprimentem!”. Alguns dojos realizam as saudações ajoelhados (za rei). Outros realizam as saudações em pé (ritsurei).
· Shomen ni! – Significa “virem-se de frente para a parte principal do dojo!”.
· Shomen ni, rei! – De modo geral, assim inicia o treino em grande parte dos dojos de Judô espalhados pelo mundo.
· Onegai Shimasu – É um termo difícil de traduzir literalmente para o português, uma tradução próxima seria: “Por favor, permita que eu treine e aprenda com você”.
 
É um termo que é carregado de valores como respeito, humildade e honra. Quando isso é dito no dojo pelos alunos em direção ao sensei principal, significa que o aluno está se colocando na condição de aprendiz, que está aberto para ver, ouvir e prestar atenção em cada detalhe do que é ensinado.
Também é possível dizer “onegai shimasu” antes de fazer um randori (luta de treinamento) ou um treino com um colega e, nesse caso, significa “estou disposto a aprender com você com muito respeito, honra e dignidade”.
Siga até o próximo slide para continuar lendo sobre as outras Atividades desta prática!
NA PRÁTICA
Atividade 4
Professor, esta atividade tem a finalidade de praticar algumas técnicas de amortecimento de queda. As técnicas devem ser praticadas sentadas e deitadas, e será necessário demonstrar os UKEMIS para que os estudantes consigam realizá-las.
É importante frisar que aprender a cair é a base do Judô, sendo elemento fundamental que favorece a segurança dos praticantes. Ao cair, o estudante deve proteger o tronco e a cabeça.
USHIRO UKEMI – sente-se no colchonete, estenda seus pés e braços e mantenha sua coluna ereta. Na primeira fase de movimento desta queda, você deve deitar-se no chão com suas costas, mantendo as pernas e braços estendidos para cima, sem encostar sua cabeça no chão. Na segunda fase, você deverá bater seus braços e palmas das mãos no colchonete.
MAE UKEMI – na primeira fase do movimento desta queda, você deve ajoelhar-se no colchonete e manter a coluna ereta e os braços juntos ao corpo, com a palma das mãos e antebraços virados para frente. Na segunda fase você deverá bater braços e palmas das mãos no colchonete, sem encostar o tronco no chão, conforme figura ao lado.
YOKO UKEMI – deite-se no colchonete de forma a ficar de lado, estenda a perna e braço, a palma da mão mais próximo ao chão, a outra perna fica flexionada e o outro braço fica flexionado sobre o tronco. Na primeira fase do movimento, você deve trocar o lado em que está deitado, estender a perna que está flexionada e bater no colchonete o braço que estava sobre o tronco.
Após ter vivenciado alguns “UKEMI”, escreva em seu caderno sobre a sua importância na prática de Judô.
Movimento realizado por Edson Saito
Fonte: Ilustração baseada em foto de Josecarlos Freirew
Atividade 5
Professor, os estudantes irão realizar um treinamento individual no Judô chamado de sombra. Para isso eles farão uma pesquisa sobre alguma das técnicas presentes na tabela abaixo e apresentá-la. 
Organize os alunos em grupos de forma que todas as técnicas sejam contempladas. Em seguida, peça que os grupos representem alguns movimentos técnicos dos golpes do Judô, conforme descrição nas tabelas.
Organizados em grupos, os estudantes devem utilizar o “TANDOKU-RENSHU” (treinamento individual) para representar o movimento técnico dos golpes do Judô, conforme a tabela, a seguir. Cada grupo será responsável por uma técnica, devendopesquisar como realizá-la, demonstrando-a na sequência.
Atividade 6
Professor, nas atividades anteriores propusemos aos estudantes experimentar e fruir a realização dos movimentos pertencentes ao Judô. Enfatizamos que a adoção de procedimentos de segurança e respeito ao oponente são importantes para que o estudante consiga praticar os golpes. Para um planejamento mais assertivo e que respeite as questões de segurança nesta atividade, sugerimos a confecção do boneco de “sparring” (treino) para que os movimentos básicos do Judô sejam praticados.
No Judô, quem recebe o golpe deve dominar as quedas e quem aplica o golpe deve executar uma boa pegada (segurando o oponente durante toda a projeção ao chão), estar sempre equilibrado e utilizar corretamente as alavancas para desequilibrar o oponente. Mas para auxiliar na prática dos golpes, em grupos, iremos construir um boneco de treino, que será utilizado nas próximas atividades.
Para isso, cada grupo vai precisar de:
· Uma camisa de manga comprida usada;
· Uma calça de moletom, jeans ou legging usada;
· TNT ou um pedaço de pano
· Fita adesiva
· Jornal
· Caixas de papelão.
Agora, com o material em mãos, é hora de montar o boneco de treino.
Utilize fita adesiva para unir membros inferiores aos membros superiores e tronco e este à cabeça. O grupo pode usar a criatividade caso queira colocar outros detalhes no boneco de treino (mãos podem ser feitas com luvas, pés podem ser feitos com meias etc.).
Atividade 7
Agora, com o boneco pronto, é hora de praticar novos golpes de Judô. Assista aos vídeos:
· O-goshi - Basic principles. Fonte: Efficient Judo. Disponível em: 
· Judô Infantil: golpes de Judô - Seoi-Nage - 1º Kyu do Gokyo no Waza | Judoquinhas. Fonte: Judoquinhas. Disponível em: 
Agora, com o boneco, e em grupo, realize os golpes do quadro abaixo:
Atividade 8
Após a prática, é importante refletir sobre o objeto de conhecimento. Ao final da aula, organize os estudantes e solicite que apontem algumas percepções referentes a sua experimentação. O roteiro de questões a seguir irá facilitar o questionamento.
· O que é preciso fazer para vencer no Judô? Quais são seus objetivos e princípios?
· Quais golpes são ilegais no Judô?
· Quais são as fases de uma luta do Judô?
· Por que a técnica do Judô é tão importante?
· Quais são as características físicas e emocionais que estão presentes na prática do Judô?
· Quais são os ensinamentos do Judô que podem ser levados para outras esferas da vida, além da escola?
Fonte: Adaptado de: SP Faz Escola - Educação Física - Professor - Ensino Fundamental - Volume 2. Disponível em: https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/wp-content/uploads/2020/07/EF_PR_EDF_06-07-08-09.pdf Acesso em: 05 nov. 2021.
Vamos colocar em prática a relação das habilidades com o objeto de conhecimento?
Assim como trabalhamos com os 6º e 7º anos, procure identificar as habilidades previstas para este Objeto de conhecimento nesta aula, indicando em que momento/atividade elas serão desenvolvidas. Organize um quadro como mostra o modelo a seguir:
M3
ESPORTES/ LUTAS/ PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA
Práticas corporais de aventura e as conexões entre o objeto de conhecimento e as habilidades
As práticas corporais de aventura, segundo Hernandez (2021, p. 167) oferecem a interação de elementos importantes em uma fase de transição da infância para a adolescência, como a necessidade de afirmação, a superação de limites próprios e externos e o desenvolvimento e aprimoramento motor, cognitivo, sensório e afetivo.  Realizadas de forma segura, sistematizada e organizada, proporcionam prazer, sendo a maior diferença entre outros esportes tradicionais, justamente devido aos “seus objetivos, suas condições de prática, seus meios de desenvolvimento, etc”. 
Para os 6º e 7º anos estão propostas quatro habilidades nesta unidade temática, sendo especificadas as Práticas corporais de aventura urbanas - que deverão ser tematizadas por meio da aprendizagem dos principais tipos e características e as possibilidades de desenvolvimento destas práticas em contextos urbanos - podendo ser desenvolvidas na escola ou nas suas proximidades.
Para os 8º e 9º anos as práticas corporais de aventura apresentam três habilidades, trabalhando e discutindo as possibilidades dessas práticas na natureza. Nas aulas de Educação Física são tematizados os tipos, as características e as vestimentas, favorecendo a apropriação das diferentes Práticas corporais de aventura. Começaremos com as habilidades previstas para os 6º e 7º anos
Fonte: BNCC na Prática. Disponível em: https://www.bnccnapratica.com.br/explore-a-matriz.
Acesso em 01 nov. 2021.
Na habilidade (EF67EF18) estão presentes objetivos de aprendizagem procedimentais, ao apresentar a Experimentação e a Fruição de diferentes práticas corporais de aventura urbanas, contudo, esta também se relaciona à Dimensão Construção de valores, que se insere em temática atitudinal, propondo que o estudante valorize a própria segurança e integridade física, bem como as dos demais. 
Ao prever que o estudante seja capaz de identificar os riscos durante a realização de práticas corporais de aventuras urbanas e planejar estratégias para sua superação, a habilidade (EF67EF19) se relaciona aos objetivos conceituais de aprendizagem, com as Dimensões do conhecimento Análise e Reflexão sobre a ação, respectivamente.
A habilidade (EF67EF20) propõe objetivos atitudinais, relacionando a Dimensão do conhecimento Protagonismo comunitário ao propor que o estudante seja capaz de executar práticas corporais de aventura urbanas, respeitando o patrimônio público e, ao mesmo tempo, os objetivos procedimentais (Dimensão Uso e apropriação), ao prever que o estudante saiba utilizar alternativas para a prática segura em diversos espaços.
A última habilidade prevista para os 6º e 7º anos (EF67EF21) relaciona-se com objetivos conceituais nas Dimensões do conhecimento Compreensão e Reflexão sobre a ação, ao prever que o estudante identifique a origem das práticas corporais de aventura e as possibilidades de recriá-las, e ainda à Dimensão Análise, ao reconhecer as características (instrumentos, equipamentos de segurança, indumentária, organização) e seus tipos de práticas.
Agora, professor, vejamos alguns exemplos de aulas e/ou atividades que poderão ajudá-lo a pensar no desenvolvimento das suas propostas com o intuito de trabalhar com as habilidades previstas nesta unidade temática.
NA PRÁTICA
Práticas corporais de aventura urbana Aula Introdutória
Atividade 1:
Professor, inicie a aula realizando uma enquete ou pesquisa entre os alunos da turma. Informe rapidamente que cada aluno irá receber uma folha de papel e deverá preencher na folha os seguintes pontos:
1. Duas modalidades de esporte que praticam ou já tenham praticado;
2. Duas modalidades esportivas que nunca tenham praticado, porém gostariam de vivenciar.
Deixe claro para a turma que no item “2”, os alunos poderão escolher a prática de qualquer modalidade, mesmo aquelas mais distantes do seu cotidiano – seja por impedimentos econômicos ou pela impossibilidade de prática no seu local de moradia. Em outras palavras, os alunos deverão dar vazão ao seu desejo, escolher de fato aquelas que mais lhe atraem. Terminado esse primeiro futebol/futsal, handebol, basquete, atletismo, etc.
2- no grupo das práticas que eles desejam realizar teremos uma gama grande de atividades, dentre elas, é bem provável que encontremos muitas práticas de aventura. Tais modalidades exercem grande impacto sobre o gosto dos jovens. Há dois pontos relevantes: de um lado, o desejo pelo desafio e pela adrenalina que elas proporcionam, de outro, a construção de um “estilo de vida” ou das chamadas “tribos”, que são grupos de pertencimento dos jovens. Os skatistas, por exemplo, além de executarem manobras diversas também possuem vocabulário e vestimentas próprias. Costumam gostar do mesmo tipo de música e encontram no esporte um espaço para afirmação diante do grupo.Corpo de texto.
Realize um rápido debate com a turma destacando os principais achadosda pesquisa e confrontando:
a) gosto dos alunos;
b) acesso aos equipamentos esportivos;
c) esportes tradicionais versus práticas de aventura.
Atividade 2:
A segunda atividade da aula será um debate e a posterior seleção de uma ou duas modalidades de práticas de aventura nas aulas de educação física. Inicie um debate que irá estabelecer diferenças e semelhanças entre os esportes tradicionais e as práticas de aventura. 
Para ilustrar melhor o tema das práticas de aventura disponibilize o vídeo abaixo para seus alunos.
Vídeos de manobras de skate
Algumas questões para nortear o debate:
1- Indique duas diferenças entre os esportes tradicionais e as práticas de aventura.
2- Por que, de um modo geral, tivemos uma divisão entre esportes tradicionais (aqueles que os alunos praticam regularmente) e práticas de aventura (aqueles que eles desejam praticar)? Em outras palavras, se vocês gostam dessas novas modalidades radicais, por que não praticam regularmente?
3- A partir da pergunta 2, o professor deverá problematizar dois pontos fundamentais:  
a. A questão do acesso aos equipamentos para a prática. Debata com os alunos sobre a falta de oportunidade para as práticas de aventura (e porque não de outras mais tradicionais como o futebol, por exemplo).
b. O risco envolvido nas práticas de aventura que inibe ou amedronta a experimentação. Há de fato risco? Como ele é controlado? Qual o papel dos equipamentos e da técnica para a diminuição e controle dos riscos? Como lidar com o medo e a ansiedade?  
Atividade 3:
Como último ponto do debate iniciado na atividade 3, problematize com os jovens se os alunos deverão ser reunidos em grupos. Cada membro do grupo deverá ler suas respostas para os colegas e o grupo ficará responsável por fazer uma síntese das respostas mais frequentes. No grupo das práticas esportivas que os jovens praticam teremos majoritariamente esportes tradicionais – muito do que eles encontram nas aulas de educação física:  diferenças de gostos entre meninos e meninas.As perguntas que deverão guiar os alunos são:
1- Há preferência de algum dos gêneros pelas práticas de aventura? Caso positivo, indique qual.
2- Quais as motivações destacadas pelos alunos e alunas para as práticas de aventura? Elas são semelhantes ou apresentam diferenças?
Atividade 4:
Diante do debate realizado na parte final da aula proponha um desafio para a turma. Os alunos deverão selecionar uma prática de aventura para ser realizada em aulas futuras de educação física.
Retome os grupos da "atividade 1". Cada grupo deverá realizar um debate interno e indicar uma modalidade para ser apresentada a toda a turma. Critérios para a definição da modalidade:
1- O espaço utilizado na prática da modalidade poderá ser adaptado em alguma instalação que a escola possua ou que esteja próxima ao entorno da escola;
2- A escola possui os materiais necessários para a prática, pode adquiri-los ou, ainda, adaptar ou confeccionar algum material para a prática. Lembrando sempre que a adaptação deverá ser feita por você, professor, atentando-se para os aspectos de segurança.  
Após o debate dentro dos grupos será o momento da votação final. Cada grupo deverá apresentar a sua escolha para os demais colegas e poderá “defender” a modalidade que selecionou. É importante que a modalidade tenha aplicabilidade nas aulas de educação física, por isso caberá a você indagar os grupos sobre esse ponto. Caso os alunos selecionem uma modalidade inviável, a atividade perderá todo o propósito.
Algumas práticas que podem ser adaptadas para o espaço escolar:
1- skate;
2- escalada;
3- slackline.
Fonte: Adaptado de Portal do professor. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=25708. Acesso em: 07 nov. 2021.
NA PRÁTICA
Práticas corporais de aventura urbana - Modalidade: Slackline
As práticas corporais de aventura possuem características inovadoras e diferenciadas dos esportes tradicionais, pois as condições de prática, os objetivos e a própria motivação são outros. Nesse plano de aula pretendemos apresentar elementos que possibilitem a reflexão sobre a slackline (corda bamba) como conteúdo nas aulas de educação física. Essa aula é prática e objetiva ensinar os jovens a: 1) Escolher locais adequados para a prática do Slackline, 2) Preparar o equipamento para uso, 3) Experimentar movimentos iniciais no Slackline.  
Atividade 1:
Professor, a primeira atividade será realizada na sala com um vídeo que objetiva ilustrar para os alunos a prática. Lembre-se de que o slackline pode ser tanto praticado no meio urbano quanto na natureza.
É importante que você aborde sobre:
1) As distâncias entre os pontos de ancoragem;
2) A altura média que a fita deve ficar no solo – no caso dos iniciantes, quanto mais próximo do solo, melhor;
Atividade 2:
A segunda parte da aula será a observação de técnicas de iniciação à Slackline a partir de vídeos previamente selecionados. É bem provável que a maioria da turma nunca tenha experimentado a Slackline.
Muitos sentirão medo ou apreensão no momento da primeira experimentação, por isso é fundamental que possam assistir vídeos que ilustram formas seguras de iniciar o novo esporte.
Ao assistirem aos vídeos, cada aluno deverá destacar individualmente:
1) A forma mais simples de subir na Slackline;
2) Como obter segurança ao caminhar – dois exemplos;
3) Para qual ponto o praticante deve fixar seu olhar;
4) A importância dos braços na realização dos movimentos na Slackline.
 
Ao final do vídeo, o professor deverá realizar um rápido debate com a turma sobre os principais resultados obtidos nos escritos de cada aluno.  
Atividade 3:
Esse será o momento de experimentação prática da turma. É importante que os alunos ampliem suas experiências motoras, nesse sentido, indica-se que as atividades práticas sejam realizadas em diversas aulas. Professor, planeje a ampliação de atividades práticas que se estendam por várias aulas.
Outro ponto importante nesse tipo de atividade é evitar a formação de grandes filas, o que diminui o tempo de experiência motora de todos os alunos. Uma forma de solucionar o problema é construir estações que trabalhem o equilíbrio e não necessitem da atenção permanente do professor (não oferecem risco de serem realizadas sem o acompanhamento individualizado do professor).
Algumas opções:
1) Caminhar sobre uma corda simples colocada no chão. O desafio é que os alunos consigam realizar o percurso sem encostar os pés no chão.
2) Trabalho na plataforma de equilíbrio.
3) Trabalho no banco sueco com o lado estreito voltado para cima.
A atividade com a Slackline deverá ser realizada em um espaço que não ofereça risco aos alunos. A escolha do local deve ser realizada previamente, assim como a preparação do equipamento para evitar tempo ocioso dos alunos. É importante atentar-se para a altura da ancoragem da Slackline. Quanto mais próxima do solo, melhor. Outro ponto importante é colocar colchões caso o piso seja de concreto para proteger os jovens de possíveis quedas.
Nenhum aluno deverá subir na Slackline sem a supervisão do professor. Outros alunos também poderão ajudar na segurança do colega enquanto realizam a atividade.
Dica: Professor, caso não tenha nenhuma experiência prévia com a Slackline e outras atividades de aventura, indicamos que procure ajuda de profissionais experientes. Tais modalidades são de grande interesse dos jovens e grande poder educativo no espaço escolar. No entanto, é fundamental atentar-se para os aspectos de segurança durante a iniciação de alunos. 
Como exercícios de iniciação, os alunos poderão realizar:
1)  Caminhada simples, com auxílio do professor (ver ilustrações do vídeos da atividade2).
2) Caminhada para trás, com auxílio do professor (ver ilustrações do vídeos da atividade 2).
3) Mudar a direção na corda e caminhar na direção contrária.
Caberá a você, professor, identificar o nível inicial de cada aluno e propor atividades desafiadoras.
Dica: professor, caso tenha algum aluno com experiência nesse tipo de atividade peça para ele relatar brevemente para os colegas

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