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Fundamentos Sistema de Informação

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Fundamentos 
de Sistemas de 
Informação
1ª edição
2017
Fundamentos 
de Sistemas de 
Informação
Presidente do Grupo Splice
Reitor
Diretor Administrativo Financeiro
Diretora da Educação a Distância
Gestor do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas 
Gestora do Instituto da Área da Saúde
Gestora do Instituto de Ciências Exatas
Autoria
Parecerista Validador
Antônio Roberto Beldi
João Paulo Barros Beldi
Claudio Geraldo Amorim de Souza 
Jucimara Roesler
Henry Julio Kupty
Marcela Unes Pereira Renno
Regiane Burger
Ana Araújo Stelle
Elaine Santos
Roque Maitino Neto
Mônica da Consolação Machado
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência.
Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. Nenhuma parte 
desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização. A violação dos 
direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
44
Sumário
Unidade 1
Sistemas de Informação – Conceitos Iniciais ............6
Unidade 2
Tipos de Sistemas de Informação .............................21
Unidade 3
Sistemas de Informação em Negócios .....................38
Unidade 4
Desenvolvimento de Sistemas....................................59
Unidade 5
Engenharia de Software .............................................75
Unidade 6
Engenharia de Requisitos ...........................................91
Unidade 7
Manutenção e Reengenharia ...................................108
Unidade 8
Conceitos de Projeto .................................................123
5
Palavras do professor
Caro aluno, seja bem-vindo à disciplina Fundamentos de Sistemas de 
Informação. 
Prepare-se para descobrir o quão fascinante são os Sistemas de Informa-
ção e a grande contribuição deles para que as empresas se tornem mais 
eficientes e eficazes. 
Você perceberá o quanto a informação é importante para a condução de 
um negócio e como a tecnologia pode sistematizar dados, facilitando o 
acesso aos grandes volumes de informação que as empresas produzem. 
Na primeira unidade, estudaremos os principais conceitos sobre Sistemas de 
Informação, suas dimensões e os conceitos de Tecnologia da Informação.
Na segunda unidade, conheceremos alguns tipos de Sistemas de Infor-
mação, como o Sistema de Informação Gerencial, o Sistema de Apoio à 
Decisão e o Sistema de Informação Executiva.
Na terceira unidade, vamos ter a oportunidade de aprender um pouco 
sobre os sistemas utilizados na gestão da informação para negócios, des-
tacando sua importância para uma gestão bem-feita.
Já na quarta unidade, vamos conhecer sobre os profissionais envolvidos 
no desenvolvimento de sistemas e as carreiras em Sistemas de Informa-
ção, além do ciclo de vida do software.
Nas unidades cinco, seis e sete, aprofundaremos nosso conteúdo 
entrando na Engenharia de Software, Engenharia de Requisitos, manu-
tenção e reengenharia.
Na unidade oito, fecharemos com os conceitos de projeto de Sistemas de 
Informação.
Desejamos que aproveitem bem os conteúdos apresentados nesta disci-
plina; então, vamos lá?! 
1
6
Unidade 1
Sistemas de Informação – 
Conceitos Iniciais 
Para iniciar seus estudos
Você já parou para pensar em quantos Sistemas de Informação usou hoje? 
Para sair de casa e saber qual o melhor trajeto, para saber a previsão do 
tempo ou fazer uma pesquisa de preço em várias lojas on-line; todos os 
dias, usamos diversos sistemas. Mas afinal, o que é um Sistema de Infor-
mação? Essa é a resposta que vamos alcançar nesta unidade.
Objetivos de Aprendizagem
• Compreender o conceito básico de Sistemas de Informação. 
• Entender os principais conceitos envolvidos com os Sistemas de 
Informação. 
• Compreender a relação entre Tecnologia da Informação e Siste-
mas de Informação.
7
Fundamentos de Sistemas de Informação | Unidade 1 - Sistemas de Informação – Conceitos Iniciais 
1.1 Conhecendo os Sistemas
Antes de falarmos sobre os principais conceitos de Sistemas de Informação, é importante compreendermos o 
conceito de sistema. É fundamental saber que nem sempre esse conceito se relaciona à computação, embora, 
por diversas vezes, esteja em nossa mente vinculado a ela. No nosso dia a dia, interagimos com inúmeros sis-
temas: sistema de transporte, sistema de comunicação, sistema de energia. Mas qual é a definição da palavra 
sistema? Segundo Resende e Abreu (2014, p. 34), é:
Um conjunto de partes que interagem entre si, integrando-se para atingir um objetivo ou resultado; partes 
interagentes e interdependentes que formam um todo unitário com determinados objetivos e efetuam 
determinadas funções.
Ou seja, sistema corresponde a um conjunto de partes independentes que interagem formando um todo para 
a realização de um conjunto de objetivos. Um sistema pode ser dividido em partes menores, que são chamados 
subsistemas; portanto, um sistema é um conjunto de subsistemas.
Para entender melhor um sistema, vamos estudar seus componentes de forma detalhada. Basicamente, um sis-
tema apresenta seis componentes:
• Objetivo: é a própria razão de ser do sistema e a finalidade para o qual foi criado.
• Entradas: estabelecem toda matéria-prima que inicia o processo de transformação, ou seja, a energia, o 
material ou os dados que dão início ao processo.
• Processamento: é a função que possibilita a conversão ou a transformação de insumos (entrada) em um 
produto, serviço ou resultado (saída). 
• Saídas: correspondem a tudo o que resultou do processo e devem ser coerentes com os objetivos do 
sistema.
• Controles e Avaliações: mecanismo existente para que seja identificado se as saídas estão coerentes com 
os objetivos estabelecidos para a criação do sistema.
• Retroalimentação: também chamada de feedback do sistema, pode ser considerada uma nova entrada no 
sistema. 
Feedback: Termo em inglês que significa dar resposta a determinado pedido ou aconteci-
mento. Um feedback pode ser positivo ou negativo. Exemplo: apresentei esse relatório para 
os gerentes e o feedback foi bastante positivo. 
Glossário
8
Fundamentos de Sistemas de Informação | Unidade 1 - Sistemas de Informação – Conceitos Iniciais 
A figura a seguir representa os componentes de um sistema de forma genérica.
Figura 1.1 – Componentes de um sistema.
Processos de
Transformação
Entradas Saídas
C
on
tr
ol
e 
e 
av
al
ia
çã
o
RETROALIMENTAÇÃO
OBJETIVOS
 
Legenda: Demonstração do fluxo de um sistema.
Fonte: Elaborada pelo autor (2018).
1.2 Sistemas de Informação
Sistemas de Informação (SI) é um termo usado para descrever um tipo de sistema (automatizado ou manual) que 
coleta, processa e transmite informação para um usuário. Podemos então deduzir que a principal função de um 
SI é processar dados, transformando-os em informações úteis para a tomada de decisão.
Figura 1.2 – O Processamento de Dados.
Dados
(Entrada)
Informação
(Saída)
Processamento
Legenda: Diagrama do processamento de dados por um sistema de informação.
Fonte: Elaborada pelo autor (2018).
Esses sistemas são um conjunto de pessoas, software, hardware, redes de telecomunicações e recursos de dados 
que coletam, armazenam, processam e distribuem informações. Eles apoiam a realização de tarefas ou proces-
sos, integrando vários agentes, unidades e departamentos, formando uma cadeia de informação.
Todo o entendimento sobre as necessidades, os requisitos das informações, as atividades, as regras e os proce-
dimentos a serem seguidos é determinado pelos profissionais responsáveis pelas atividades que serão apoiadas 
pelo Sistema de Informação. O SI será utilizado por pessoas; por isso, os resultados de sua aplicação devem estar 
orientados às necessidades dessas pessoas, as quais podemos denominar usuários-chave.
9
Fundamentos de Sistemas de Informação | Unidade 1 - Sistemas de Informação – Conceitos Iniciais 
Segundo Resende e Abreu (2014), em geral, os sistemas procuram atuar como:
• instrumentosque possibilitam uma avaliação das informações das empresas;
• facilitadores dos processos das empresas; 
• meios para suportar qualidade, produtividade e inovação tecnológica organizacional;
• geradores de modelos de informações para auxiliar os processos decisórios empresariais;
• produtores de informações oportunas e geradores de conhecimento;
• valores agregados e complementares à modernidade, à continuidade, à lucratividade e à competitividade 
empresarial.
1.2.1 Dado, Informação e Conhecimento
A partir de agora, vamos abordar os principais conceitos envolvidos nos fundamentos de um Sistema de Informação.
Se o objetivo de um sistema de informação é coletar, processar e transmitir informação, precisamos entender a 
relação entre dado, informação e conhecimento.
Vamos tomar como exemplo um convite para um evento. Nele, está informado o seguinte endereço:
Figura 1.3 – Convite para evento.
Legenda: Exemplo de convite para evento contendo informações básicas.
Fonte: Plataforma Deduca (2018).
Esses quatro elementos são os dados. Os dados são códigos que, analisados individualmente, não possuem 
significado. Esses dados precisam ser agrupados de maneira ordenada com: nome da rua + número + bairro + 
cidade. Somente com esse arranjo você saberá onde será o evento. A combinação desses dados brutos formará 
o endereço, ou seja, a informação.
10
Fundamentos de Sistemas de Informação | Unidade 1 - Sistemas de Informação – Conceitos Iniciais 
A informação pode ser definida como um conjunto de dados organizados e processados de forma que tenham 
valor. Possibilita resolver problemas e também ajuda nas tomadas de decisões. De um modo geral, podemos dizer 
que a informação é um conjunto de dados moldados e dotados de relevância e propósito e útil para as pessoas. 
A informação apresenta as seguintes características: 
Quadro 1.1 – Características da informação.
Precisa Sem erros. Uma informação errada pode ser gerada por causa de dados 
incorretos que são lançados como entrada. A informação deve ser 
definida de forma correta.
Completa Deve conter todos os fatos que sejam relevantes.
Clara Uma informação deve ser simples e apresentada de forma clara.
Veloz Deve ser disponível no momento exato, nem antes e nem depois, mas 
no momento exato.
Flexível Uma informação deve ser armazenada de forma que possa ser utilizada 
para diferentes finalidades, auxiliando em diferentes tomadas de 
decisões.
Confiável Uma informação confiável depende dos dados de origem e de qual 
método foi utilizado para coletar os dados.
Relevante Com uma informação relevante, é possível tomar decisões sobre 
determinado processo.
Acessível Deve ser de fácil acesso para usuários, no formato adequado.
Verificável A informação deve ser passível de verificação por parte daquela pessoa 
que vai tomar alguma decisão.
Segura A informação deve ser acessada somente por pessoas autorizadas.
Legenda: Descrição das características essenciais à informação.
Fonte: Elaborado pelo autor (2018).
No nosso exemplo de endereço, o dado é o nome da rua; já a informação é o nome da rua, o número, o bairro e a 
cidade; o conhecimento, por sua vez, é saber como chegar ao endereço do evento.
O conhecimento é a capacidade de compreender um conjunto de informações e entender como elas podem ser 
úteis e como podem ser usadas em determinada tarefa ou tomada de decisão.
O dado é o fato bruto, a informação é o dado dotado de relevância e propósito e o conheci-
mento é o uso das informações para a tomada de decisão.
Entendidos esses conceitos de dado, informação e conhecimento, percebemos a importância e as relações de 
cada um desses elementos.
11
Fundamentos de Sistemas de Informação | Unidade 1 - Sistemas de Informação – Conceitos Iniciais 
1.2.2 Dimensões dos Sistemas de Informação
Quando falamos de SI enquanto disciplina, nos referimos a uma área multidisciplinar que integra abordagens 
técnicas e comportamentais em seu estudo. Nesse contexto, quando conceituamos Sistemas de Informação, 
devemos considerar que os SIs apresentam três diferentes dimensões: a dimensão tecnológica, a organizacional 
e a humana. Observe as características a seguir: 
1. Dimensão tecnológica: refere-se a infraestrutura (hardware, software e comunicações), a aplicações orientadas 
ao ambiente organizacional (intranet, por exemplo) e a aplicações de gestão externa (extranet, por exemplo). 
:Intranet: Rede interna de determinada empresa. Caracteriza-se por ser fechada e exclusiva, 
de modo que podemos compará-la a um site, o qual, porém, só pode ser acessado pelos 
funcionários dentro da empresa. 
Extranet: Quando a informação de uma intranet fica acessível para um grupo de clientes ou 
fornecedores.
Glossário
2. Dimensão Organizacional: relaciona-se com processos (modelagem de negócio) e abordagens de gestão 
(mudança, cultura organizacional e liderança). 
3. Dimensão Humana: refere-se às pessoas que fazem uso dos sistemas, bem como às pessoas que desen-
volvem os processos de aprendizagem relacionados a esses sistemas. 
1.3 Tecnologia da informação 
É bastante comum encontrar definições de SI relacionadas à Tecnologia da Informação (TI) ou mesmo à computação. 
O termo Sistemas de Informação abrange componentes inter-relacionados que coletam, processam, armaze-
nam e distribuem informações. Já o termo TI é usado para referir-se à infraestrutura, às técnicas de implementa-
ção e às formas de comunicação (redes, internet etc.). 
A confusão entre esses dois conceitos existe pelo fato de alguns autores, como Stair (2016), considerarem a TI 
como a parte tecnológica dos SIs, o que inclui hardware, software e Banco de Dados (BD). Essa é a visão que ado-
tamos nesta disciplina: a TI é a dimensão tecnológica dos Sistemas de Informação.
De acordo com Stair (2016), um Sistema de Informação baseado em computadores (CBIS – Computer Based Infor-
mation System) trata-se de um conjunto de hardware, software, banco de dados, pessoas, procedimentos e 
telecomunicações.
12
Fundamentos de Sistemas de Informação | Unidade 1 - Sistemas de Informação – Conceitos Iniciais 
Figura 1.4 – Representação gráfica de um Sistema de Informação.
pe
ss
oa
s
organizações
tecnologia
Sistemas de
Informações
Hardware
Software
Bancos de dados
Comunicações
Usuários Procedimentos
Legenda: Inter-relacionamentos existentes entre o Sistema de Informações e demais áreas.
Fonte: Elaborada pelo autor (2018).
A infraestrutura de tecnologia é definida como um conjunto de recursos (que inclui todos os componentes de 
um CBIS) usado para coletar, manipular, armazenar e processar dados e informações. Esses são conceitos ele-
mentares de um Sistema de Informação com base em computador.
Quais são as tecnologias de informação que fazem parte do seu dia a dia? 
1.3.1 Hardware 
Hardware é a denominação para todos os equipamentos de um computador usados para realizar atividades de 
entrada, processamento, armazenagem e saída. Os equipamentos de entrada são mouses, teclados, dispositivos 
de escaneamento, leitores de códigos de barras e outros tipos de dispositivos que permitem transmitir/digitar 
dados para o computador.
Os dispositivos de processamento incluem memória do computador, processadores e chips. Quanto mais eficien-
tes os chips e processadores, mais eficiente será o processamento de um conjunto de informações. Já os disposi-
tivos de saída referem-se às telas de computadores e impressoras.
13
Fundamentos de Sistemas de Informação | Unidade 1 - Sistemas de Informação – Conceitos Iniciais 
Hard: Em inglês, quer dizer duro, por isso, a denominação hardware serve para tudo o que é 
equipamento relacionado aos Sistemas de Informação, ou seja, o hardware é o que podemos 
ver ou tocar, o que é tangível.
Glossário
Os componentes de hardware de um sistema de computação incluem diferentes dispositivos de entrada e de 
armazenamento. Um sistema deve organizar e manipular dados, e um Sistema de Informação consegue fazer 
isso pela interação entre uma ou mais unidades centraisde processamento (CPU – Central Processing Unit). 
A figura a seguir demonstra, de forma mais clara, os principais componentes de hardware, que incluem dispositivos 
de entrada e saída, dispositivos de armazenamento primário e secundário e unidade de processamento (CPU).
Figura 1.5 – Componentes de um hardware.
Unidade de 
controle
Unidade
aritmética/lógica
Área de armazenagem de registro
Memória (Armazenamento primário)
Equipamentos de processamento
Equipamentos de comunicação
Armazenamento secundário
Dispositivos 
de entrada
Dispositivos 
de saída
Legenda: Figura com esquema de funcionamento de um hardware.
Fonte: Stair (2016, p. 101).
Agora, vamos entender um pouco de cada conceito apresentado na figura anterior. Uma CPU é constituída de 
uma unidade de controle, uma unidade aritmética (ALU) e áreas de armazenagem de registro (registrador). 
• Unidade aritmética: uma ALU refere-se a um conjunto de componentes que realiza cálculos matemáticos 
e uma série de comparações lógicas. 
14
Fundamentos de Sistemas de Informação | Unidade 1 - Sistemas de Informação – Conceitos Iniciais 
• Área de armazenagem de registro: um registrador é uma área usada para armazenamento temporário de 
instruções de programas e dados – antes, durante e depois da execução por parte da CPU. 
• Unidade de controle: a unidade de controle é uma área que acessa instruções do programa, decodifi-
cando-as e coordenando o fluxo de entrada/saída de uma ALU e dos registradores.
• Armazenamento primário: refere-se ao tipo de armazenamento de dados que a CPU pode acessar dire-
tamente. O armazenamento primário pode ser: 
 » Memória de acesso aleatório (RAM – Random Access Memory): tipo de memória que armazena dados 
temporariamente. Esse é um tipo de memória volátil, ou seja, se o dispositivo for desligado, perdem-se 
as informações.
 » Memória somente de leitura (ROM – Read Only Memory): não é volátil, ou seja, seus dados persistem 
mesmo se o computador for desligado. A ROM armazena dados permanentemente. 
 » Memória cache: é um tipo de memória de alta velocidade que um processador pode acessar de forma 
mais rápida em comparação ao acesso à memória principal. 
• Armazenamento secundário: armazenar dados é fundamental para manter bons sistemas em perfeito 
funcionamento. Para a maior parte das organizações, a melhor solução para armazenar grande quanti-
dade de dados são as opções de armazenagem secundária, que podem ser disco rígido externo, unidade 
USB (pen drive, cartucho de fita etc.). Esses dispositivos secundários podem guardar cópias de dados e 
somente pessoas autorizadas podem ter acesso às informações contidas nesses dispositivos de armaze-
namento secundário. 
• Dispositivos de entrada: são periféricos, como mouse, teclado, dispositivos touch screen, canetas de luz, 
leitores ópticos, scanners, entre outros que enviam informações para “dentro” do computador. 
• Dispositivos de saída: podem ser monitores, telas, impressoras, entre outros dispositivos/periféricos que 
transmitem/imprimem informações para o usuário. 
1.3.2 Software 
Uma vez que os Sistemas de Informação passam a ser computadorizados, é necessário que a lógica de processos, 
atividades ou rotinas sejam representada e executada. Esses comandos lógicos são organizados na forma de 
programas de computador.
Segundo Resende e Abreu (2014), o software é uma sequência de instruções escritas para serem interpretadas 
por um computador com o objetivo de executar tarefas específicas.
Sem o software, o hardware seria inerte. Na verdade, toda inteligência no funcionamento dos computadores está rela-
cionada a algum tipo de software. Este não é tangível e somente pode ser evidenciado pelas suas funcionalidades. 
Stair (2015) classifica software em software de sistema e software de aplicação.
O software de sistema é uma categoria que compreende os softwares que operam tarefas fundamentais para o 
funcionamento do hardware. Nessa categoria, há sistemas operacionais, utilitários e ferramentas de desenvolvi-
mento de software. 
Um sistema operacional é um software cujo objetivo é dispor para os usuários uma forma de utilização do har-
dware, que permite gerenciar o funcionamento do sistema do computador. 
15
Fundamentos de Sistemas de Informação | Unidade 1 - Sistemas de Informação – Conceitos Iniciais 
Em resumo, podemos dizer que um sistema operacional é uma máquina virtual que permite acessar recursos de 
hardware sem que seja necessário possuir o conhecimento detalhado de como os dispositivos funcionam.
Conheça a linha do tempo dos sistemas operacionais acessando <https://www.tecmundo.
com.br/sistema-operacional/2031-a-historia-dos-sistemas-operacionais-ilustracao-.
htm>. Acesso em: 23 jan. 2018. 
A categoria software de aplicação refere-se àqueles que permitem usar a tecnologia para resolver problemas 
específicos. Divide-se em genéricos e personalizados.
Os softwares de aplicação genéricos são os sistemas gerenciadores de banco de dados, sistemas de gestão inte-
grada (ERP – Enterprise Resource Planning), editores gráficos, editores de texto, entre outros de uso geral. 
Já softwares de aplicação personalizados são desenvolvidos sob demanda para atender a necessidades específi-
cas, por exemplo, um sistema desenvolvido para uma escola ou para uma oficina mecânica, entre outros. 
1.3.3 Banco de dados
Os Sistemas de Informação, especialmente os desenvolvidos para o uso empresarial, dependem de estruturas de 
armazenamento e processamento dos dados coletados nas operações de negócios.
As empresas prezam pela segurança de seus bancos de dados, pois estes são uma das peças mais importantes 
dos Sistemas de Informação com base em computadores.
Atualmente, existem no mercado vários programas para armazenar dados, como Oracle, SQL Server, DB2, Post-
greSQL, MySQL, o próprio Access ou Paradox, entre outros.
Um banco de dados é uma coleção organizada de dados, integra um Sistema de Informação e trata-se de uma 
parte relevante, já que é responsável por armazenar dados. É por meio de um banco de dados que as empresas 
conseguem gerar informações e reduzir custos. 
Vamos caracterizar os principais conceitos envolvendo banco de dados, quais sejam: sistema gerenciador de 
banco de dados, o administrador do banco de dados e a hierarquia de dados. 
• Sistema gerenciador de banco de dados: conjunto de programas que manipula e controla um banco de dados. 
• Administrador de banco de dados: é o profissional de SI capacitado para trabalhar com a administração 
de um banco de dados da empresa, definindo usuários, permissões de acesso, entre outras tarefas. 
• Hierarquia dos dados: é a forma como os dados são organizados. A hierarquia é composta por bits, carac-
teres, campos, registros, arquivos e banco de dados.
Um caractere é um bloco básico de construção, que inclui letra maiúscula, minúscula, dígito numérico ou sím-
bolo especial. Um campo pode ser um nome, número, ou qualquer combinação de caracteres que descreve algo. 
https://www.tecmundo.com.br/sistema-operacional/2031-a-historia-dos-sistemas-operacionais-ilustracao
https://www.tecmundo.com.br/sistema-operacional/2031-a-historia-dos-sistemas-operacionais-ilustracao
https://www.tecmundo.com.br/sistema-operacional/2031-a-historia-dos-sistemas-operacionais-ilustracao
16
Fundamentos de Sistemas de Informação | Unidade 1 - Sistemas de Informação – Conceitos Iniciais 
Um registro trata-se de uma coleção de campos de dados que estão relacionados entre si. Já um arquivo é uma 
coleção de registros que podem relacionar-se entre si.
 Os dados são recursos valiosos que uma organização possui. Ao preparar e manter um banco de dados, uma 
empresa deve levar em consideração o seu conteúdo e a sua estrutura. Assim, um banco de dados bem geren-
ciado e bem projetado é uma ferramenta altamente valiosa para auxiliar a tomada de decisões.
1.3.4 Rede de Computadores
Uma rede de computadores é um conjunto interligado de computadores que propicia o compartilhamento de 
recursos e a melhoriado processo de comunicação.
As redes de computadores são compostas tanto pela estrutura física de cabeamento de rede para a comunicação 
entre os computadores quanto pelos recursos humanos que gerenciam essa rede interna em uma organização.
Quando diversas redes são interligadas, podemos enviar uma mensagem entre elas. A mensagem poderá trafe-
gar por diferentes caminhos, os quais temos condições de mapear durante a transmissão.
Figura 1.6 - Rede de computadores.
Legenda: Representação de rede de computadores.
Fonte: Plataforma Deduca (2018).
17
Fundamentos de Sistemas de Informação | Unidade 1 - Sistemas de Informação – Conceitos Iniciais 
A rede de computadores poder ser classificada em três categorias de acordo com sua abrangência: LAN, MAN e 
WAN.
• Redes LAN (Local Area Network): são redes locais em que conectam computadores e dispositivos den-
tro de um mesmo ambiente, podendo atingir desde uma sala até um prédio ou um campus universitário.
• Redes MAN (Metropolitan Area Network): são redes metropolitanas com abrangência superior àquelas 
possuídas pelas LANs. Por meio dessa estrutura de dados, conseguimos interconectar, por exemplo, filiais 
de uma empresa em municípios distantes que compartilham essa estrutura para as suas atividades. Atra-
vés dela, podem trafegar voz e dados usando as linhas de transmissão de voz ou fibras ópticas disponíveis.
• Redes WAN (Wide Area Network): são redes de abrangência superior às MANs. São geograficamente 
distribuídas e podem conectar países e continentes. Podem usar as estruturas de satélites ou mesmo de 
cabos submarinos.
A partir do que vimos neste tópico, podemos notar que sem as redes de computador fica muito mais difícil a cir-
culação da informação em uma organização, já que elas reúnem os computadores, distribuindo as informações 
e os recursos para todos de forma rápida e segura.
18
Considerações finais
Nesta unidade, tivemos acesso a muitas informações e conteúdos impor-
tantes sobre os Sistemas de Informação. Vamos retomar os pontos princi-
pais estudados até aqui?
• O Sistema de Informação é um tipo de sistema que coleta, pro-
cessa e transmite informação para um usuário.
• A principal função de um Sistema de Informação é processar dados, 
transformando-os em informações úteis para a tomada de decisão.
• Os dados são códigos que, sozinhos, não possuem significado.
• Informação é um conjunto de dados organizados e processados 
de forma que tenham valor.
• O conhecimento é a capacidade de compreender um conjunto de 
informações.
• A informação deve possuir as seguintes características: precisa, 
completa, clara, veloz, flexível, relevante, confiável, acessível, veri-
ficável e segura.
• Os Sistemas de Informação possuem três dimensões: dimensão 
tecnológica (seus componentes são hardware, software e dados); 
dimensão organizacional (seus componentes são os procedimen-
tos); e dimensão humana (seus componentes são os indivíduos).
• A Tecnologia da Informação é a infraestrutura de um Sistema de 
Informação.
• Hardware é a denominação para todos os equipamentos de um 
computador usados para realizar as atividades de entrada, pro-
cessamento, armazenagem e saída. Os equipamentos de entrada 
são mouses, teclados, dispositivos de escaneamento, leitores de 
códigos de barras etc.
• O software é composto por uma sequência de instruções escritas em 
linguagens específicas, as quais serão interpretadas por um com-
putador com o intuito de executar uma série de tarefas específicas.
Referências bibliográficas
19
RESENDE, Denis Alcides; ABREU, Aline França de. Tecnologia da Infor-
mação Aplicada a Sistemas de Informação Empresariais. 9. ed. São 
Paulo: Editora Atlas, 2014. ISBN digital 9788522490455
REZENDE, D. A. Planejamento de sistemas de informação e informá-
tica: guia prático para planejar a tecnologia da informação integrada ao 
planejamento estratégico das organizações. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2011
STAIR, R. M. Princípios de sistemas de informação. São Paulo: Cengage 
Learning, 2016. 
21
2Unidade 2
Tipos de Sistemas de 
Informação 
Para iniciar seus estudos
Caro aluno, aqui estamos em mais uma unidade do nosso curso. Depois 
de tomar contato com conceitos básicos relacionados aos Sistemas de 
Informação, chegou a hora de você conhecer alguns dos seus tipos. Não 
se trata, no entanto, de passarmos por todo o conteúdo da unidade clas-
sificando à exaustão todos os tipos e subtipos de sistemas. Ao invés disso, 
discutiremos as principais características das ferramentas que o gestor de 
uma empresa, por meio da sua indicação e orientação, poderá dispor para 
gerenciar processos de modo assertivo.
Iniciaremos nossos estudos abordando os processos de negócios e situ-
ando-os como peças fundamentais na construção de um Sistema de 
Informação. Discutimos também nesta fase inicial questões relativas à 
vantagem competitiva e sua relação com a correta escolha de um SI. Na 
sequência, as principais características de tipos de ferramentas de gestão 
são exploradas de modo a habilitar você a escolher a mais adequada para 
o caso real.
Leia com atenção todo conteúdo do e-book, aproveite bem suas indica-
ções de leitura e esmere-se na resolução dos exercícios. Assim, logo você 
se tornará referência na disciplina. Sigamos adiante!
22
Objetivos de Aprendizagem
• Discutir a relação entre vantagem competitiva e a escolha ade-
quada do Sistema de Informação.
• Oferecer ao aluno o conceito e as características dos Sistemas de 
Informação Gerencial, Sistemas de Apoio à Decisão e Sistemas de 
Informação Executiva.
• Habilitar o aluno a escolher e propor o Sistema de Informação 
adequado à resolução da situação concreta.
23
Fundamentos de Sistemas de Informação | Unidade 2 - Tipos de Sistemas de Informação
2.1 Processos de negócios e vantagem competitiva
Para que uma organização possa gerar seus produtos e/ou oferecer seus serviços com excelência, é necessá-
rio que adote e siga procedimentos. Esses procedimentos, quando organizados e disseminados na organização, 
viram processos.
Nas palavras de Stair e Reynolds (2015, p. 6), “processo é um conjunto de tarefas logicamente relacionadas rea-
lizadas para alcançar um resultado definido”. Em um ambiente organizacional, há inúmeros exemplos dessas 
tarefas: no processo de negócio chamado Contabilidade conseguimos identificar, entre outras, contas a pagar e 
contas a receber. No Marketing, acontecem pesquisas de satisfação dos clientes, tratamento de reclamações e 
tratamento de produtos devolvidos, por exemplo. Por fim, no âmbito dos Recursos Humanos, as tarefas caracte-
rísticas incluem contratação de empregados, demissões, rescisões e orientações no local de trabalho.
Alguns desses processos, pela sua natureza, comunicam-se com diversas áreas funcionais da empresa. É difícil 
imaginarmos, por exemplo, que o lançamento de um novo aparelho de telefonia celular deixe de envolver con-
juntamente processos de design, marketing, engenharia do produto e recursos humanos (para eventual contrata-
ção de nova mão de obra especializada), entre outros.
Seria legítimo apontarmos esses processos que superam as barreiras departamentais como 
fatores que motivaram a necessidade de criação de mecanismos de controle integrado da 
organização? 
Parece-nos claro que a eficiência aplicada no planejamento e na execução dos processos de negócio de uma 
organização pode levá-la a conseguir vantagem competitiva em relação a seus competidores. Stair e Reynolds 
(2015) definem vantagem competitiva como um benefício significativo e, de preferência, com incidência de 
longo prazo, para a empresa sobre seus concorrentes. Ela pode – e certamente irá – resultar em produtos de 
maior qualidade, melhor serviço ao cliente e menores custos.
É coerente imaginarmos, então, que as organizações devem usar seus Sistemas de Informação (SI) como ferramen-
tas eficientes para obtenção de vantagem competitiva. A relação entre os SI e vantagem competitiva será mais bem 
explorada adiante. Por ora, foquemosnos aspectos que levam as organizações a buscar vantagem competitiva.
Stair e Reynolds (2015) citam o modelo das cinco forças como meio adequado para explicar tais aspectos. Vejamos:
• Rivalidade entre os concorrentes que já existem: uma empresa fortemente competitiva é aquela que 
arca com altos custos em sua atividade e pouca diferenciação do seu produto com o dos concorrentes, 
que geralmente são numerosos. 
Nesse ambiente, é razoável que seja aplicada muita atenção em como seus recursos são utilizados (gastar 
pouco é tão importante quanto ganhar muito!) e em como alcançar vantagem competitiva por meio de 
investimento em certa inovação que ainda não tenha sido colocada em execução por seus concorrentes. 
Para que o entendimento desse aspecto seja completo, tomemos como exemplo um supermercado que, 
buscando vantagem competitiva, resolve investir em uma forma de evitar que seu cliente enfrente filas, 
possibilitando o pagamento das compras via autoatendimento ou pelo uso de aplicativo de celular.
24
Fundamentos de Sistemas de Informação | Unidade 2 - Tipos de Sistemas de Informação
• Ameaça de novos concorrentes: a situação ideal para o surgimento de novos concorrentes dá-se em 
setores cuja atividade apresenta custos baixos e para a qual a tecnologia é simples e amplamente dis-
ponível. Um pequeno bar pode ser o exemplo ideal para ilustrar essa situação: o início do negócio não 
demanda grande investimento financeiro e os equipamentos e processos para condução do negócio são 
disponíveis e conhecidos.
Quando a ameaça de novos participantes no mercado é alta, o desejo de buscar e man-
ter vantagem competitiva para dissuadir novos concorrentes é, também, normalmente alta 
(STAIR e REYNOLDS, 2015). 
• Ameaça de produtos e serviços substitutos: quanto menos inovador for um produto, mais propenso estará 
de ter similares no curto prazo. A necessidade de obtenção de vantagem competitiva cresce na mesma pro-
porção em que aumentam a facilidade e a conveniência para a obtenção de um produto substituto.
Por vezes, o apelo do produto similar é tão mais forte que o anterior perde totalmente a vantagem com-
petitiva e cai em desuso. Alguns exemplos incluem as câmeras digitais (em substituição às câmeras tradi-
cionais) e os serviços de vídeo por streaming, que tornaram bastante precária a viabilidade das locadoras 
tradicionais de filmes.
• Poder de barganha dos consumidores: imagine que você coordena uma empresa que fornece seu produto a 
um grande cliente consumidor. Por motivos que você ignora, de uma hora para outra, esse cliente resolve não 
mais adquirir seu produto. Preocupante, para dizer o mínimo. É justamente para fins de retenção de clientes 
(principalmente os mais significativos) que as empresas precisam aumentar sua vantagem competitiva. 
• Poder de barganha dos fornecedores: esse poder de barganha vale também, em certa dimensão, para a 
relação do fornecedor com o cliente consumidor. Tanto neste caso como no anterior, o aumento da van-
tagem competitiva é preponderante para a manutenção sadia das relações de fornecimento e consumo 
de bens e serviços.
Ato contínuo a essa exposição surge uma questão simples: qual a relação direta entre a obtenção da vantagem 
competitiva e os Sistemas de Informação? Ao contrário da pergunta, a resposta não é tão imediata assim.
A descoberta dessa relação começa pela compreensão do conjunto de estratégias que devem ser adotadas para que a 
organização alcance vantagem competitiva em relação ao seu concorrente. Embora não seja objetivo desta unidade, 
entrar em detalhes, é justo mencionar que a execução dessas estratégias se torna factível, em maior ou menor grau, 
pela correta utilização de ferramentas computacionais ou, especificamente, dos Sistemas de Informação.
Para fins de exemplificação, uma dessas estratégias é a necessidade de criação de novos produtos e serviços, a 
fim de que a empresa não perca a participação no mercado e entre em declínio. Se o lançamento de um novo 
produto implica em conhecer os desejos e as necessidades do cliente, então, nada melhor do que começar a 
extrair essas informações de um Sistema de Informação de relacionamento com o cliente, não acha?
Outra estratégia relacionada é a chamada “Liderança em Custo”. Em suma, ela consiste em reduzir as despesas 
em matérias-primas e aumentar a eficiência nos processos de industrialização, de modo a obter preço de venda 
altamente competitivo. Para nos atermos a um exemplo apenas, imagine como um sistema de e-procurement 
25
Fundamentos de Sistemas de Informação | Unidade 2 - Tipos de Sistemas de Informação
(ferramenta que automatiza processos de cotações entre fornecedores) poderia ajudar na busca pelas melhores 
condições de compra.
Figura 2.1: Coleta de Dados para melhor Decisão Corporativa.
Legenda: A coleta de dados é realizada em diversas bases de dados para análise e utilização, como na tomada de decisões.
Fonte: Plataforma Deduca (2018).
Bem, você já deve estar curioso para conhecer esses sistemas, não é? Agora, o texto segue com a descrição dos 
principais Sistemas de Informação e, ao conhecê-los, esperamos que você adquira habilidade para decidir pela 
ferramenta correta para o tipo de problema que se apresentará em sua vida profissional.
2.2 Sistemas de Informação Gerencial
Foi-se o tempo em que todas as decisões tomadas em uma empresa se baseavam apenas na percepção de uma 
ou duas pessoas. Não que a importância de fatores subjetivos tenha simplesmente desaparecido nesses proces-
sos, mas já é muito difícil conceber uma escolha sem base em informação objetiva.
Neste item do conteúdo, serão abordados os sistemas de informação gerencial. O principal objetivo desses siste-
mas é ajudar os gestores a tomarem decisões mais precisas enquanto conduzem o negócio. Os resultados podem 
ser aumento nas receitas, redução de custos e a realização dos objetivos corporativos (STAIR; REYNOLDS, 2015).
Antes de tratarmos especificamente dos sistemas que dão nome a este item do nosso conteúdo, vale um breve 
registro sobre o que envolve a tomada de uma decisão. Em primeira análise, toma-se uma decisão para resolver 
um problema. Além da experiência no assunto, bom senso e inteligência, o tomador de decisão deve basear-se 
no planejamento estratégico e nos objetivos gerais da empresa, conforme sustentam Stair e Reynolds (2015).
26
Fundamentos de Sistemas de Informação | Unidade 2 - Tipos de Sistemas de Informação
Herbert Simon, economista americano agraciado com o prêmio Turing, em 1975, criou um modelo de três estágios 
que expressa um processo típico de tomada de decisão. Os três estágios incluem informação, projeto e escolha. 
Renomeado mais tarde para estágio da inteligência, essa primeira etapa do processo inclui a identificação de 
potenciais problemas e oportunidades que advêm daquela decisão. 
No estágio de projeto, o tomador da decisão pensa em soluções alternativas para o problema e pondera a viabili-
dade delas. Por fim, é no estágio da escolha que, de fato, a ação é definida. Seria tudo muito simples se a natureza 
dos problemas não variasse tanto.
Stair e Reynolds (2015) concebem um Sistema de Informação Gerencial (SIG) como um organismo que não se 
restringe apenas ao elemento tecnológico e que é decisivo na obtenção de vantagem competitiva.
Um sistema de informação gerencial (MIS, Management Information System) é um conjunto integrado 
de pessoas, procedimentos, bancos de dados e dispositivos que fornece aos gestores e aos tomado-
res de decisão informações que ajudam a alcançar os objetivos organizacionais. Os MISs sempre dão 
às empresas e a outras organizações uma vantagem competitiva, fornecendo as informações certas 
para as pessoas certas em formato e tempo certos (STAIR; REYNOLDS, 2015, p. 443).
Como o próprio nome sugere, um SIG deve atender às necessidades dos gerentes (ou gestores) ao fornecer-lhes 
informações atualizadas das operações regulares da organização. 
Resende e Abreu (2014) sustentam que os SIGs operam com dados agrupadosdas operações da empresa e 
alguns desses dados incluem:
• planejamento e controle de produção: quantidade total produzida;
• faturamento: valor do faturamento do dia, valor acumulado do mês;
• contas a pagar: número de títulos a pagar do dia, valor total a pagar do dia;
• estoque: percentual de estoque distribuído por grupo de materiais.
Os relatórios criados pela ferramenta devem conter base para a tomada correta da decisão e serão tratados mais 
adiante.
Por ora, voltemos nossa atenção para a figura a seguir. Ela nos mostra, entre outras coisas, as fontes que for-
necem dados para processamento no sistema. É bom registrar que, no caso particular, nem todas essas fontes 
podem estar ativas.
Observe como os dados de entrada podem originar-se de fontes internas e externas. Os sistemas executados no 
âmbito da organização (representados na figura como ERP e TPS), junto com suas respectivas bases de dados, são 
identificados como fontes internas.
Vale como exemplo a seguinte situação: o Sistema de Processamento de Transação (SPT ou TPS) realiza e registra 
uma transação de rotina, como um pedido de venda ou uma reserva de hotel feita por funcionário. Esse dado 
serve de insumo para o Sistema de Informação Gerencial gerar informação estruturada para o nível gerencial. 
27
Fundamentos de Sistemas de Informação | Unidade 2 - Tipos de Sistemas de Informação
Sistema de Processamento de Transação: Sistema básico que serve para o nível operacional da 
organização. Realiza e grava as transações de rotina diárias necessárias para conduzir o negócio. 
Glossário
Do ambiente externo, vêm os dados gerados por fornecedores, acionistas e clientes. É natural imaginarmos que 
esses dados serão considerados externos, de fato, se não tiverem passado ainda pelo sistema de processamento 
de transação. Voltemos aos relatórios apresentados na figura a seguir:
Figura 2.2: Fontes das informações gerenciais.
Cadeia de 
fornecimento e 
transações
empresariais
Sistemas
ERP e TPSs
Banco de 
dados 
operacional
Banco de 
dados com 
transações 
válidas
Inserção e 
listas de erros
Sistemas de 
informação
Relatórios detalhados
Relatórios de exceções
Relatórios sollicitados
Relatórios sobre os 
indicadores-chave
Relatórios agendados
Banco de 
dados de 
aplicativos
Bancos de 
dados 
internos 
corporativos
Bancos de 
dados 
externos
Sistemas de 
informações 
especializadas
Sistemas de 
apoio às 
informações 
executivas
Sistemas de 
apoio à 
decisão
Extranet 
corporativa
Intranet 
corporativa
Sistemas de 
apoio à decisão
Funcionários
Legenda: São diversas as fontes de informações em uma organização onde cada 
uma desempenha um papel específico no apoio à gestão.
Fonte: Stair e Reynolds (2015, p. 444).
28
Fundamentos de Sistemas de Informação | Unidade 2 - Tipos de Sistemas de Informação
Eles são divididos em cinco tipos: relatórios detalhados, relatórios de exceções, relatórios solicitados, relatórios 
sobre indicadores-chave e relatórios agendados.
Um desses relatórios merece detalhamento: o relatório de indicadores-chave. Ele resume as atividades críticas do 
dia anterior e normalmente está disponível no início de cada dia de trabalho. Essas atividades críticas reúnem os 
aspectos mais relevantes do negócio e são definidas pelos gestores, primeiros interessados nessas informações.
Não é difícil imaginarmos uma situação em que esse tipo de relatório seria consultado toda manhã pelo gestor: 
as vendas tiveram uma queda sem explicação aparente e recentemente iniciaram retomada. É natural que as 
quantidades relacionadas às vendas componham o relatório de indicadores chaves e que as consultas aos núme-
ros sejam diárias.
Pois bem, assim tratamos os SIGs. É certo que a extensão do assunto extrapola os limites deste texto, mas você já 
tem o bastante para ser capaz de identificar situações em que são necessários na organização. Eles devem atender 
executivos de nível gerencial e apresentam, em relatórios variados, informações em vários formatos e conteúdo.
Passemos agora para o estudo dos Sistemas de Apoio à Decisão.
2.3 Sistemas de Apoio à Decisão
Embora os sistemas voltados aos níveis gerenciais não carreguem em seu nome a expressão “apoio à decisão”, 
não é necessário muito aprofundamento em seus conceitos para entender que eles oferecem suporte de infor-
mação para a tomada de decisão.
De fato, a grande maioria dos sistemas de informação voltados ao mundo corporativo é, em maior ou menor 
grau, voltada a apoiar a decisão de que tem a responsabilidade por ela.
Você já ouviu falar de Raciocínio Baseado em Casos ou RBC? Trata-se de uma aplicação da 
inteligência artificial no processo de tomada de decisões. Sobre o tema, veja o artigo do pro-
fessor Alexey de Carvalho, disponível em http://pgsskroton.com.br/seer/index.php/rcger/
article/viewFile/2638/2509.
O vídeo a seguir oferece demonstração de ferramenta de RBC. disponível em https://www.
youtube.com/watch?v=F9U0DwaTe_I&list=PLOK7WMjGqhjJG_Fzy-nkT-0ng1Mgd5ogS 
(Acesso em: 11 jan. 2018) 
A categoria de sistemas chamados e entendidos como Sistemas de Apoio à Decisão (SAD) apresenta algumas 
peculiaridades que a diferenciam dos outros sistemas. Uma dessas características próprias é a possibilidades de 
estabelecer cenários e simulações de situações que poderiam ocorrer em determinada circunstância da ativi-
dade da empresa.
Ensinam Resende e Abreu (2014) que os SADs utilizam com frequência a questão “e se” para a geração das infor-
mações de simulações e cenários. Alguns exemplos dos cenários incluem:
http://pgsskroton.com.br/seer/index.php/rcger/article/viewFile/2638/2509
http://pgsskroton.com.br/seer/index.php/rcger/article/viewFile/2638/2509
https://www.youtube.com/watch?v=F9U0DwaTe_I&list=PLOK7WMjGqhjJG_Fzy-nkT-0ng1Mgd5ogS 
https://www.youtube.com/watch?v=F9U0DwaTe_I&list=PLOK7WMjGqhjJG_Fzy-nkT-0ng1Mgd5ogS 
29
Fundamentos de Sistemas de Informação | Unidade 2 - Tipos de Sistemas de Informação
• determinação do local mais adequado para instalação de um ponto de venda;
• elaboração de orçamentos com variações de valores;
• simulação da viabilidade de vender ou não determinado produto, com base na sua rentabilidade.
A possibilidade de criação de simulações específicas e de condições “e se” para a análise do cenário parece bas-
tante útil, não acha?
Stair e Reynolds (2015) nos oferecem algumas características genéricas de um Sistema de Apoio à Decisão. Elas 
podem e devem nos servir de guia para a escolha entre implantar ou não um SAD na organização. Vamos a algu-
mas delas:
• fornece acesso rápido às informações: a decisão de quanto aumentar ou diminuir a produção de um 
item com base em suas vendas deve ser tomada com a rapidez necessária para que a ação não se torne 
obsoleta antes mesmo de ser tomada. Um SAD típico deve ser capaz de informar as quantidades vendidas 
e também de projetar cenários de vendas no curto prazo.
• lida com grandes volumes de dados de diferentes fontes: é difícil rebater o argumento de que, quanto 
maior e mais diversificado o volume de dados, mais exata será a informação por eles gerada. É com essa 
grande quantidade de dados que deve operar um SAD. Você reconhece aqui alguma relação com Big Data?
Big Data: Termo que descreve um grande volume de dados, sejam estruturados ou não, que 
são gerados por empresas e usuários comuns. Essa massa de dados, se corretamente anali-
sada, pode levar a melhores decisões e movimentos comerciais estratégicos. 
Glossário
• flexível: oferece relatórios completos em formato gráfico e textual.
• complexo: realiza análises complexas, sofisticadas e comparações utilizando pacotes avançados de software. 
Nesse ponto, já sabemos a finalidade e as principais características de um SAD. Falta-nos, contudo, conhecer as 
partes que o compõem. Das três partes que serão abordadas, ao menos duas são comuns a outros tipos de siste-
mas. Por isso, será sobre o componente mais específico de um SAD que lançaremos olhar mais atento.
30
Fundamentos de Sistemas deInformação | Unidade 2 - Tipos de Sistemas de Informação
Figura 2.3 – Tomada de decisão.
Legenda: As decisões tomadas por uma organização devem levar em consideração as 
informações coletadas, além de serem classificadas de acordo com as sus consequências.
Fonte: Plataforma Deduca (2018).
Na lição de Resende e Abreu (2014), um SAD é geralmente composto pelo:
• banco de dados e seu sistema gerenciador: este componente é o que contém todos os dados gerados 
na empresa e que passam por um computador. Como armazenamento e recuperação dos dados são 
processos complexos, é mandatória a necessidade de que tais dados sejam manipulados por um software 
Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD).
• software gerenciador de interface: esta é a parte do sistema que deverá interagir com o usuário. Seu 
funcionamento dá-se por meio da junção dos seus recursos com os recursos do Banco de Dados e dos 
modelos de dados. 
A interface com o usuário e o meio de comunicação do homem com o computador e muito do sucesso do sis-
tema está ligado à facilidade de acesso a ícones e menus do programa. Comandos de voz e telas sensíveis ao 
toque também costumam conquistar usuários, principalmente os mais jovens.
A combinação de boa funcionalidade com uma interface agradável deverá resultar na alta produtividade de 
quem opera o sistema.
• banco de modelos e seu sistema gerenciador com um motor de inferência: este é o componente 
mais específico de um SAD. Sem ele, a distinção entre um sistema de informação gerencial ficaria mais 
difícil de ser feita.
Resende e Abreu (2014) lembram da necessidade de inserir modelos de gestão próprios da empresa para que o 
SAD atue adequadamente.
31
Fundamentos de Sistemas de Informação | Unidade 2 - Tipos de Sistemas de Informação
Com base em regras “e se” para gerar cenários, o SAD é constituído por um conjunto de modelos 
de gestão capaz de lidar com os dados da empresa por meio de simulações, cálculos, insights, 
resolução de problemas matemáticos, entre outros cenários (RESENDE; ABREU, 2014, p. 191).
Apesar de existirem outras, a distinção mais clara entre um sistema gerencial e um de apoio à decisão é a pos-
sibilidade de o segundo oferecer simulações e construções de cenários. O que estudaremos na sequência serão 
os Sistemas de Informação Executiva, mais comumente conhecidos pela sua sigla da língua inglesa. Avancemos!
2.4 Sistemas de Informação Executiva
Um Sistema de Informação Executiva (Executive Information Systems ou EIS) é a forma mais simples e amigável de 
oferecer informação a executivos da alta administração. É o meio pelo qual o executivo acompanhará resultados 
diários das funções empresariais e, a critério dele, todas as áreas funcionais poderão ser incluídas no relatório.
Por guardarem similaridades com os dois tipos de Sistemas de Informação estudados aqui anteriormente, nossa 
abordagem se aterá às particularidades dos EIS e pontos comuns entre os tipos de SI não serão explorados.
Resende e Abreu (2014) citam três aspectos críticos para a implementação bem-sucedida de um EIS:
• Simplicidade de uso: um gestor de alto escalão definitivamente não se importará se o sistema que ele 
usa foi criado com a mais moderna tecnologia computacional ou se a metodologia de desenvolvimento 
adotada compõe o estado da arte da Engenharia de Software. O que ele espera, de fato, é facilidade de 
uso e informação objetiva e rápida, de preferência dada em grandes caracteres.
Os autores citam que a forma amigável de exibir informações ao executivo efetiva-se por uma série de facili-
dades, tais como recursos de multimídia, apresentação de gráficos, tabelas e quadros, utilização de símbolos, 
ícones e cores.
Também não espere que pessoas do alto escalão se disponham a passar horas em treinamento para habilitarem-
-se a usar o sistema. Enfim, o simples e o objetivo aplicados ao sistema conquistarão a atenção do executivo.
• Orientação para gráficos: um gráfico bem elaborado tem a capacidade de resumir dados e evitar a lei-
tura de valores em excesso. Um bom EIS deve permitir ao usuário executivo a visualização dos dados em 
formato gráfico. A informação apresentada numericamente pode fornecer detalhes do que se deseja 
observar, mas os gráficos sintetizam a massa de dados e a tornam mais rapidamente compreensível.
• Complementação em vez de substituição: um EIS típico aproveita dados já existentes na organização. 
Os autores sustentam que a implantação de um sistema executivo não deve requerer grandes mudanças 
nos Sistemas de Informação Operacionais da empresa, que já estão ativos e consolidados. O EIS não tem 
como função o processamento de dados operacionais das funções empresariais. Ao contrário, ele apenas 
complementa as informações existentes.
• Opções de funcionamento: esta quarta característica da implementação relaciona-se fortemente com 
a anterior e poderia muito bem ser denominada “opções de criação da base de dados”. Podemos imagi-
nar três situações em que os dados são inseridos na base para viabilização do funcionamento do sistema.
A primeira e menos indicada dá-se pela digitação dos dados já existentes e gerados durante o exercício das fun-
ções da empresa. O retrabalho é certo e a propensão a erros é muito grande. A não ser em situação em que não 
exista outra opção, jamais adote essa solução.
A segunda opção – e também pouquíssimo indicada – é a população da base de dados por meio de ferramen-
tas de software que, em períodos predeterminados, fazem a exportação de dados da base principal para a base 
32
Fundamentos de Sistemas de Informação | Unidade 2 - Tipos de Sistemas de Informação
do EIS. Imagine a situação em que o executivo, ao consultar seu EIS para a tomada de uma decisão importante, 
descobre que os dados que o alimentam ainda não foram atualizados. Situação perigosa, para dizer o mínimo. A 
mesma recomendação feita para o primeiro modo vale para o segundo.
Por fim, a terceira e mais indicada maneira é a de não criar base própria para o EIS, seja por digitação ou por 
exportação de dados. Ao invés disso, os responsáveis pelo desenvolvimento e pela implementação do sistema 
deverão criar um mecanismo para que os dados sejam buscados em uma base comum a todos os sistemas e 
sejam processados e disponibilizados pelo EIS no formato conveniente.
Figura 2.4 – Pirâmide de Sistemas de Informação em cada nível administrativo.
 
 
SA - Automação
SPT - Operacional
SAD e SIG - Gerencial
SAD e SIG 
Gerencial
Legenda: Cada nível possui uma função importante e sua atuação está devidamente definida.
Fonte: Elaborada pelo autor (2018).
Aí está colocada a síntese do que precisamos saber para decidirmos pela adoção ou não de um Sistema de Infor-
mação Executiva. É natural que muitas variáveis devam ser consideradas e ponderadas na decisão, incluindo o 
desejo do executivo. No entanto, sem esse conhecimento básico, não poderíamos sequer sugerir a adoção de um 
Sistema de Informação desse tipo.
E por falar em tipos de SI, é necessário mencionar a existência de muitas (muitas mesmo) outras modalidades de 
sistema. Utilizando critérios de uso em certos níveis organizacionais, em áreas funcionais e a aptidão em suportar 
certos tipos de decisão, os SIs receberam numerosas classificações. Como temos mencionado, não é objetivo 
desta unidade descrevê-las todas.
É necessário registrar, contudo, que sistemas de comércio eletrônico, de planejamento de recursos empresariais, 
de relacionamento com clientes e de gestão do conhecimento, entre outros, compõem a miríade de recursos dos 
quais dispõem as organizações para ajudá-las a gerir seu negócio e para dar suporte ao tomador de decisão com 
informação de qualidade.
33
Fundamentos de Sistemas de Informação | Unidade 2 - Tipos de Sistemas de Informação
Embora a variedade de ferramentas seja importante no contexto, é a habilidade do gestor do sistema (entendido 
em sentido amplo, pois gerir um sistema pode incluir desde ações de desenvolvimento até manutenção diária) 
que será decisiva parao sucesso do investimento. E nunca é demais lembrar: esse gestor é você!
34
Considerações finais
Nesta unidade, foram abordados os Sistemas de Informação Gerencial, 
Sistemas de Apoio à Decisão e os Sistemas de Informação Executiva, além 
de aspectos relacionados a processos de negócios e vantagem competi-
tiva. Em resumo, você teve contato com os seguintes temas:
• Processos de negócios e vantagem competitiva: processo é 
um conjunto de tarefas logicamente relacionadas realizadas para 
alcançar um resultado definido. Em um ambiente empresarial, há 
vários exemplos de processos de negócio: contabilidade, marke-
ting e recursos humanos são alguns deles. A diversidade de sis-
temas de informação deve suprir as necessidades específicas de 
cada um deles. 
As organizações usam os sistemas de informação para a obtenção 
de vantagem competitiva. Alguns fatores explicam a necessidade 
de obter-se tais vantagens: rivalidade entre os concorrentes que 
já existem, ameaça de novos concorrentes, ameaça de produtos 
e serviços substitutos, poder de barganha dos consumidores e 
poder de barganha dos fornecedores.
• Sistemas de Informação Gerencial: um sistema de informação 
gerencial (MIS, Management Information System) é um conjunto 
integrado de pessoas, procedimentos, bancos de dados e disposi-
tivos que fornece aos gestores e aos tomadores de decisão infor-
mações que ajudam a alcançar os objetivos organizacionais. Os 
dados de entrada podem originar-se de fontes internas e exter-
nas e as informações geradas servem como base decisória para 
gerentes de todas as áreas funcionais da organização.
• Sistemas de Apoio à Decisão: a categoria de sistemas chamados 
e entendidos como Sistemas de Apoio à Decisão (SAD) apresenta 
algumas peculiaridades que a diferenciam dos outros sistemas. 
Uma dessas características próprias é a possibilidades de esta-
belecer cenários e simulações de situações que poderiam ocorrer 
em determinada circunstância da atividade da empresa. Algumas 
particularidades caracterizam um SAD: acesso rápido às informa-
ções, operação com grandes volumes de dados de diferentes fon-
tes, flexibilidade e complexidade funcional.
35
• Sistemas de Informação Executiva: um Sistema de Informação 
Executiva (Executive Information Systems ou EIS) é a forma mais sim-
ples e amigável de oferecer informação a executivos da alta admi-
nistração. É o meio pelo qual o executivo acompanhará resultados 
diários das funções empresariais e, a critério dele, todas as áreas 
funcionais poderão ser incluídas no relatório.
Além desses abordados, outros sistemas compõem a variedade de recur-
sos dos quais dispõem as organizações para ajudá-las a gerirem seu 
negócio, incluindo sistemas de comércio eletrônico, sistemas de planeja-
mento de recursos empresariais, sistemas de relacionamento com clien-
tes e sistemas de gestão do conhecimento.
Referências bibliográficas
36
RESENDE, D. A.; ABREU, A. F. de. Tecnologia da Informação Aplicada a 
Sistemas de Informação Empresariais. 9. ed. São Paulo: Editora Atlas, 
2014. ISBN digital 9788522490455.
STAIR, R. M.; REYNOLDS, G. W. Princípios de Sistemas de Informação: 
Tradução da 11a edição norte-americana. 3. ed. brasileira, Cengage Lear-
ning, 2015. 752 p. ISBN 9788522118625.
38
3Unidade 3
Sistemas de Informação em 
Negócios 
Para iniciar seus estudos
Você está iniciando o estudo da terceira unidade da disciplina Fundamen-
tos de Sistemas de Informação. Preparado para mais questões, aponta-
mentos e reflexões? 
Esta unidade trata de sistemas de inteligência de negócios, comércio ele-
trônico e sistemas para gestão de informação e conhecimento. Esses siste-
mas elevam a competitividade das empresas e aumentam sua eficiência. 
Empresas informadas saem na frente da concorrência em qualquer seg-
mento de negócio. Está preparado para sair na frente? Então, vamos lá!
Objetivos de Aprendizagem
• Compreender sobre os sistemas de informação e as suas vanta-
gens competitivas.
• Conhecer o comércio eletrônico e o comércio móvel.
• Saber sobre os sistemas de gestão de conhecimento e informação 
especializada
39
Fundamentos de Sistemas de Informação | Unidade 3 - Sistemas de Informação em Negócios 
3.1 A Informação e os Sistemas 
O mundo dos negócios está cada vez mais competitivo e desafiador, além de exigir constante inovação e a remo-
delagem de um mesmo negócio. Nesse cenário, a informação e o conhecimento têm papel fundamental no 
direcionamento estratégico das empresas.
O nosso desafio é responder a três questões importantes: 1) Como as empresas podem explorar os sistemas de 
informação para negócios e estarem à frente da concorrência? 2) Como transformar imensos volumes de dados 
armazenados em informações úteis para a tomada de decisão? 3) Como as tecnologias e o comércio eletrônico 
podem ajudar a remodelar um negócio?
São respostas a esses questionamentos que você verá agora.
3.2 Vantagem Competitiva 
Para as empresas, a gestão da informação sobre mercado, concorrência, pesquisa e desenvolvimento por meio 
de sistemas de informação resulta em vantagem competitiva. 
Vantagem Competitiva: Termo que designa a superioridade de longo prazo de uma empresa 
em relação aos seus concorrentes. Pode resultar em produtos de qualidade superior, melho-
res serviços e custos mais baixos. 
Glossário
Mas você sabe por que as empresas devem investir em estratégias e sistemas para obter vantagem? Segundo 
Stair e Reynolds (2015), os fatores que motivam as empresas a investirem em vantagem competitiva são a rivali-
dade entre concorrentes existentes; a ameaça de novos concorrentes; a ameaça de produtos e serviços substitu-
tos; e o poder de barganha dos compradores dos fornecedores.
Uma organização utiliza o seu sistema de informação como auxílio para buscar tal vantagem competitiva. Um 
bom exemplo é o caso de um restaurante de entrega de comida, para o qual você, como cliente, sempre liga, 
e todas as vezes tem que fornecer o seu endereço e telefone. Já um restaurante que faz uso de um sistema de 
informação mantém os dados do cliente cadastrados; assim, quando esse cliente liga, não precisa repetir todos 
os dados. Esse restaurante, portanto, está em vantagem (competitiva) em relação ao primeiro. 
Outro fator que contribui de forma considerável para uma empresa é a presença, em seu quadro de funcionários, 
de pessoas com formação em desenvolvimento para dispositivos móveis. Essa é a grande tendência do mercado 
atual; além disso, profissionais entendidos de redes sociais alavancam a vantagem competitiva. 
Uma empresa que obtém vantagem competitiva sempre certifica-se de que o seu departamento de SI ofereça 
apoio às metas e às estratégias da organização. 
Por fim, não se trata do quanto uma empresa gasta com um sistema de informação, mas sim de como gerencia 
os seus investimentos em tecnologia. 
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Fundamentos de Sistemas de Informação | Unidade 3 - Sistemas de Informação em Negócios 
Para pensarmos sobre essa função, podemos lançar perguntas como: os investimentos são aplicados de forma 
certa? Os profissionais desenvolvem os programas certos? Os recursos são atuais?
O quadro a seguir, retirado do livro “Princípios de sistemas de informação” (STAIR; REYNOLDS, 2016), demonstra 
como algumas empresas fazem uso da tecnologia para alcançarem vantagem competitiva.
Quadro 3.1 – Exemplos de vantagem competitiva nas empresas.
Empresa Comercial O uso competitivo de sistemas de informação
Gillette Produtos de barbear Faz o uso de sistemas de fabricação 
computadorizados e avançados, desenvolvidos para 
produzirem produtos de alta qualidade a baixo custo.
Walgreens Lojas de 
medicamentos e 
conveniência
Faz o uso de sistemas de comunicação por satélite, 
desenvolvidos para conectarem as lojas locais com 
sistemas de computador centralizados.
Wells Fargo Serviços financeiros Fez uso de sistemas de informação para desenvolver 
banco 24 horas, caixas eletrônicos, investimentos e 
aumentar o atendimento ao cliente.
Legenda: Vantagem competitiva.Fonte: Stair e Reynolds (2016, p. 68).
Diante do cenário atual, em que cada vez mais surgem novas tecnologias, é possível alguma 
empresa/negócio viver sem nenhum tipo de sistema de informação? 
Agora que entendemos o conceito de vantagem competitiva, vamos conhecer algumas ferramentas e sistemas 
para incrementar os sistemas de informação para negócios. 
3.3 Business Intelligence
Business Intelligence (BI) pode ser traduzido como inteligência nos negócios. A finalidade do BI é que o tomador 
de decisões tenha, a qualquer momento, todas as informações relevantes para suportar um processo de decisão.
Inteligência Empresarial, ou Business Intelligence, é um termo do Gartner Group. O conceito surgiu na década 
de 1990 e descreve as habilidades das empresas para levantar dados e informações para uso da alta gerência, 
transformando a tomada de decisão mais assertiva por estar pautada em informações. Portanto, o BI refere-se ao 
processo de coleta, análise organizacional, disseminação e monitoramento de dados e informações que possam 
oferecer suporte para a tarefa de gestão de negócios.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gartner_Group
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Fundamentos de Sistemas de Informação | Unidade 3 - Sistemas de Informação em Negócios 
As organizações tipicamente coletam informações com a finalidade de analisarem o ambiente empresarial, 
somando a essas informações as pesquisas de marketing, industriais e de mercado, além de análises competiti-
vas, podendo assim direcionar e monitorar o seu nicho de mercado específico. 
Organizações competitivas adquirem inteligência na proporção em que ganham robustez em vantagem com-
petitiva, considerando tal inteligência como o aspecto central para competir em alguns mercados. É comum que 
os coletores de BI tenham as fontes primárias de informação dentro das suas empresas. As fontes secundárias 
de informações incluem aspectos como necessidades do consumidor, processo de decisão do cliente, pressões 
competitivas, condições industriais relevantes, aspectos econômicos e tecnológicos e tendências culturais.
O ambiente de BI baseia-se em um modelo global de apoio à decisão com capacidade para a elaboração e a imple-
mentação das estratégias da empresa. Os gestores passam a ser apoiadores no processo de identificação de opor-
tunidades e ameaças, aumentando a capacidade de responder com rapidez a mudanças exigidas pelo mercado. 
O BI obedece à estrutura dos sistemas de informação gerencial e é destinado a gerentes e gestores de maior nível 
hierárquico; desse modo, deve ser um sistema de fácil uso e interação.
O BI pode ser aplicado aos negócios para aumentar o valor agregado em vários aspectos:
• no monitoramento de indicadores e na progressão de metas;
• na análise de dados;
• nos relatórios corporativos;
• na colaboração, mediante compartilhamento eletrônico de dados e informações em diferentes grupos 
de trabalho, dentro e fora da empresa ou do departamento;
• na gestão do conhecimento, por meio de estratégias e práticas para identificar, criar, representar, distri-
buir e disponibilizar as percepções e experiências relacionadas ao conhecimento dos negócios.
O grande benefício que o BI traz para uma empresa é o aumento de sua capacidade de fornecer informações 
precisas no momento certo, incluindo uma visão em tempo real do desempenho da empresa de modo geral e de 
suas partes individuais.
Assista a um vídeo de 60 segundos que mostra uma ferramenta de BI em ação: <https://
www.youtube.com/watch?v=RzH71cNmaXc>.
Para entender melhor o conceito de BI, tenha em mente que tudo começa com a coleção de dados contidos no 
data warehouse. O data mining, por sua vez, “minera” os dados, extraindo informações relevantes. Vamos enten-
der esses conceitos agora.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Marketing
https://www.youtube.com/watch?v=RzH71cNmaXc
https://www.youtube.com/watch?v=RzH71cNmaXc
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3.3.1 Data Warehouse 
Um data warehouse é um banco de dados que contém dados históricos resumidos em diferentes níveis de deta-
lhamento. É uma coleção de dados orientada por assuntos e integrada, cujo objetivo é oferecer suporte aos pro-
cessos de tomada de decisão.
Figura 3.1: Sistema data warehouse.
Legenda: Os componentes de um Data Warehouse.
Fonte: Plataforma Deduca (2018).
Essa base de dados é usada para a geração de relatórios e para análises gerenciais, e é mantida separada do 
banco de dados dos sistemas da empresa.
Os usuários desse ambiente geralmente são pessoas ligadas às áreas estratégicas da empresa, e esperam encon-
trar informações que sejam importantes para o processo de tomada de decisões. Entre estas, temos: 
• valor e quantidade das vendas por tempo e produto;
• dados financeiros e contábeis, que envolvem contas a receber, a pagar e estoques; 
• dados de Recursos Humanos, tais como idade, características e desempenho dos funcionários;
• comparativos de custos; 
• dados sobre logística e distribuição de produtos;
• dados sobre o marketing da empresa; 
• dados da concorrência. 
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Em razão do grande número de possibilidades de análise, os usuários podem ficar um pouco confusos com os 
dados contidos em um data warehouse. Nesse contexto, é necessária uma ferramenta que auxilie na análise dos 
dados, e essa ferramenta é o data mining. 
Veja agora as principais questões relacionadas a um data warehouse: 
• Principal função: dispor informações para gerar novos conhecimentos que a empresa possa usar de 
forma estratégica. 
• O que se espera encontrar: informações sobre empresa e concorrentes. 
• Tecnologias associadas a um data warehouse: Data Mining, OLAP (processo analítico), Banco de Dados 
Multidimensional (MDD), OLTP (Processos de transações on-line), Data Mart, Repositório de Dados Ope-
racional (ODS). 
3.3.2 Data Mining
Data mining (mineração de dados) é a exploração e a análise das grandes quantidades de dados para identificar 
modelos e regras relevantes. Com um data mining, é possível que uma empresa compreenda melhor os seus 
clientes ou que compare as suas vendas mensais.
Um data mining descobre padrões ocultos nos dados, e esses padrões, se forem entendidos, permitem, por exem-
plo, antecipar o comportamento de compras de clientes; permitem ainda que a empresa se prepare para o lan-
çamento de novos produtos ou serviços.
O data mining emprega tecnologias de inteligência artificial com o objetivo de analisar imensos volumes de dados 
armazenados em um data warehouse. Portanto, podemos definir o data mining como a extração automática de 
dados sobre padrões, tendências, associações, mudanças e anomalias previamente não identificadas.
3.3.3 OLTP e OLAP
As siglas OLTP e OLAP são muito usadas no contexto do Business Intelligence (BI). Contudo, ambas possuem con-
ceitos diferenciados e são aplicadas em contextos diferentes. 
OLTP, do inglês “On-line Transaction Processing”, refere-se aos sistemas transacionais (sistemas operacionais das 
organizações). São usados para processar dados de rotina gerados diariamente por meio dos sistemas de infor-
mática da empresa, e oferecem suporte às funções de execução do negócio organizacional. 
De forma mais resumida, OLTP são sistemas que se encarregam de registrar as transações existentes em deter-
minada operação organizacional. Exemplo: sistema de transações bancárias que registra as operações realizadas 
por um banco ou por cartões de crédito. 
Já OLAP, do inglês “On-line Analytical Processing”, refere-se à capacidade de analisar grandes volumes de infor-
mações de diferentes perspectivas dentro de um data warehouse. O OLAP faz referência às ferramentas analíticas 
que são usadas no BI para visualizar informações gerenciais e oferecer suporte para as funções de análises do 
negócio organizacional. 
Para uma melhor compreensão, veja o quadro a seguir com as diferenças entre OLTP e OLAP: 
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Quadro 3. 2 - Comparativo de OLPT e OLAP.
OLTP OLAP
Foco Nível operacional da organização, 
objetiva a execução operacional 
do negócio. 
Nível estratégico da organização, 
objetiva a tomada de decisão e a 
análise empresarial.
Armazenamento O armazenamento é feito em 
modelo relacional normalizado, 
otimizado para a utilização 
transacional, sendo que os dados 
possuem altos níveis de detalhes. 
É feito em estruturas do DW com 
otimização no desempenho de 
grandes volumes de dados. Os 
dados possuem altos níveis de 
sumarização (resumo). 
Abrangência É usado por técnicos e analistas. É usado por gestores e analistas 
para a tomada de decisões. 
Permissão nos 
dados
São permitidas leitura, inserção, 
modificação e exclusão de dados.
É permitido apenas inserir e ler 
dados, sendo que, para o usuário 
final, está disponibilizada apenas a 
leitura.
Legenda: OLTP X OLAP
Fonte: Elaborado pela autora (2018).
3.3.3 Banco de dados multidimensionais (MDD) 
Um sistema de banco de dados multidimensional serve para armazenar suas informações como um cubo 
n-dimensional. Ou seja, os dados estão armazenados em matrizes e estas podem ser visualizadas lado a lado, de 
forma que é possível lidar simultaneamente com diversas visões do dado que está sendo analisado. 
Mais especificamente, a modelagem multidimensional – ou dimensional, como às vezes é chamada – consiste na téc-
nica de modelagem de banco de dados para auxiliar as consultas do data warehouse nas mais diversas perspectivas. A 
visão multidimensional proporciona mais intuição no processamento analítico por meio das ferramentas OLAP. 
3.3.4 Data mart 
Os data marts são bancos de dados departamentais (por unidades de negócio) que podem mostrar visões rela-
cionais ou multidimensionais. Exemplo: um DBM (Data Base Marketing) que tem como objetivo armazenar os 
dados referentes aos clientes em potencial de uma empresa, permitindo traçar as estratégias de marketing por 
meio de identificação de perfis dos clientes. 
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3.3.5 Repositório de Dados Operacionais(ODS) 
Um ODS é um repositório de dados centralizado que contém informações acessíveis às aplicações corporativas. 
Essas informações referem-se aos processos operacionais do negócio da empresa. Os processos, por sua vez, 
estão baseados em banco de dados único e ficam centralizados, sendo orientados aos negócios da empresa. 
A função do ODS é reunir as informações que se encontram distribuídas pela empresa e disponibilizá-las em um 
repositório centralizado e em menor prazo quando solicitadas.
Agora que aprofundamos o nosso conhecimento em BI, vamos conhecer os sistemas especialistas.
3.4 Sistemas de Informação de Negócio Especializados 
Além de sistemas como ERP, SPT e SAD, como vimos na unidade anterior, as organizações também dependem 
de sistemas especializados. Muitas delas fazem uso de sistema de gestão do conhecimento (SGC ou Knowledge 
Management System), inteligência artificial, sistemas especialistas e realidade virtual. Acompanhe agora a defini-
ção desses conceitos: 
Sistema de Gestão do conhecimento: o SGC é um sistema de acompanhamento de programas de trei-
namento on-line e seu objetivo é agilizar o planejamento e o controle sobre a transferência de conheci-
mento em projetos. 
Inteligência Artificial (IA): é o campo no qual um sistema adquire características da inteligência humana. 
Exemplo: um sistema que auxilia médicos nos diagnósticos de exames/doenças. A IA inclui vários campos 
secundários, conforme consta na figura a seguir.
Figura 3.2: Principais elementos da inteligência artificial.
Legenda: Elementos da inteligência artificial.
Fonte: Adaptada de Stair e Reynolds (2016, p. 27). 
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A robótica é a área na qual as máquinas realizam tarefas complexas e rotineiras, por exemplo, a soldagem de 
carros como parte das atividades de uma montadora de veículos. Já os sistemas de visão permitem que robôs e 
outros equipamentos vejam, armazenem e processem imagens virtuais. O processamento de linguagem neural 
envolve computadores capazes de entender e agir com comandos verbais ou escritos (seja inglês, português, 
espanhol ou outros idiomas). Os sistemas de aprendizagem, por sua vez, possibilitam que os computadores 
aprendam a partir de erros ou experiências passadas; exemplos: jogar games, tomar decisões empresariais. A 
rede neural é um ramo da IA que permite que computadores reconheçam e atuem de acordo com tendências e 
padrões. Algumas empresas usam as redes neurais para destacarem as tendências e otimizarem o retorno sobre 
os seus investimentos. 
Sistemas especialistas: fornecem ao computador capacidade de sugerir e atuar como alguém especiali-
zado em algum campo. O valor desses tipos de sistemas é permitirem às organizações capturarem e usa-
rem a sabedoria de especialistas/experts. Assim, anos de experiência e conhecimentos não são perdidos 
quando um especialista vai a óbito ou transfere-se da empresa. A coleta de dados, os procedimentos e as 
regras devem ser seguidos para a obtenção do resultado esperado. Esses dados coletados ficam contidos 
na base de conhecimento do sistema especialista. Uma base de conhecimento é um conjunto de regras, 
dados, procedimentos e relações que deve ser seguido para alcançar o valor esperado. 
Para entender melhor o conceito de um sistema especialista, vamos imaginar um diagnóstico médico. Tal tarefa 
exige conhecimento específico, dessa forma, são necessárias pessoas capacitadas para realizarem o diagnóstico 
médico, ou seja, pessoas especialistas. Para que essas atividades sejam realizadas por outras pessoas que não 
detêm tal conhecimento, é preciso que exista os sistemas especialistas. Esses sistemas têm o objetivo de substi-
tuir o homem na solução de problemas específicos, usando para isso o conceito de inteligência artificial, ou seja, 
os sistemas especialistas (SE) são uma das técnicas da IA.
Um SE apresenta as seguintes vantagens: 
• Melhora a produtividade, pois é mais rápido que pessoas. 
• Otimiza a acessibilidade, pois torna o conhecimento acessível em diversos locais. 
• Substitui especialistas, fazendo com que a informação permaneça indefinidamente, não importando se 
a pessoa especialista está no local ou não. 
Realidade virtual e multimídia: realidade virtual e multimídia são tipos de sistemas especializados usa-
dos por muitas organizações. A realidade virtual é uma simulação de um ambiente real ou imaginário 
que possa ser vivido em três dimensões. Anteriormente, a realidade virtual referia-se à realidade virtual 
imersiva, ou seja, aquela em que o usuário é imerso em um mundo 3D artificial, gerado pelo computador. 
Porém, a realidade virtual também se refere às aplicações não imersas em sua totalidade, por exemplo, 
navegação controlada por um mouse em um ambiente 3D sobre um monitor gráfico. Atualmente, uma 
nova forma de realidade virtual é a realidade aumentada, que tem o potencial de sobrepor dados digitais 
a imagens ou a fotos reais. Dispositivos de entrada, como luvas digitais e joysticks, permitem que o usuá-
rio possa navegar em um ambiente virtual e interagir com os objetos virtuais. A experiência é aprimorada 
com o uso de sons, reconhecimento de voz e outras tecnologias.
Agora que conhecemos os sistemas especialistas, vamos ver como o processo de venda foi remodelado nos últi-
mos anos, transformando a experiência de compras presencial para uma compra on-line. Vamos conhecer sobre 
o comercio eletrônico.
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3.5 Comércio Eletrônico 
O comércio eletrônico é a realização de atividades comerciais feitas por meio de computadores, ou seja, qualquer 
transação comercial executada entre empresas. 
As atividades empresariais candidatas à

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