Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
BACIAS SEDIMENTARES BRASILEIRAS AULA DA DISCIPLINA DE PALEONTOLOGIA PARA OS ALUNOS DO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - LICENCIATURA. PROF. LINEO APARECIDO GASPAR JUNIOR SUMÁRIO ➢ Definições. ➢ Sedimentos. ➢ Rochas Sedimentares. 1) Ciclo Sedimentar. 2) Texturas Sedimentares. 3) Estruturas Sedimentares. 4) Classificação das Rochas Sedimentares. ➢ Províncias Estruturais Brasileiras. ➢ Bacias Sedimentares Brasileiras 1) Conceitos. 2) Formato das Bacias Sedimentares. 3) Tipos de Bacias Sedimentares. 4) Formação das Bacias Sedimentares Brasileiras. 5) Principais Bacias Brasileiras 6) Recursos Minerais das Bacias Sedimentares: ➢ Para Assistir!! ➢ Referências Bibliográficas. ⚫ Minerais: são elementos ou compostos químicos com composição definida dentro de certos limites, cristalizados e formados naturalmente por meio de processos geológicos inorgânicos, na Terra ou em corpos extraterrestres. ⚫ Rochas são produtos consolidados, resultantes da união natural de minerais. DEFINIÇÕES SEDIMENTOS ➢ Sedimentos: são detritos rochosos resultantes da erosão, que são depositados quando diminui a energia do fluido que o transporta, água, gelo ou vento = sem cimentação. ➢ As características dos sedimentos dependem da: a) composição da rocha erosionada (erodida), b) do agente de transporte, c) da duração do transporte, d) e das condições físicas da bacia de sedimentação. Sedimentos SEDIMENTOS Rocha sofre intemperismo – partículas minerais – liberadas = manto de intemperismo (regolito). Partículas soltas – ação – aceleração da gravidade = transporte. O transporte e seus processos = carreamento dos produtos de intemperismo de um local para outro. Partes mais altas = movimentos de massa = natureza gravitacional em ambiente subaéreo = participação de água (rios) = terminando nos oceanos. SEDIMENTOS ➢ Tipos de transporte: 1) Transporte por águas pluviais; 2) Transporte por águas fluviais; 3) Transporte por correntes costeiras; 4) Transporte pelos ventos; 5) Transporte pelo gelo; 6) Transporte pelos movimentos de massa. Transporte dos sedimentos pelos vento AMBIENTES SEDIMENTARES E TIPOS DE SEDIMENTOS Tipos de transporte de sedimentos SEDIMENTOS ➢ Águas pluviais e fluviais: Agentes mais importantes que atuam nas áreas continentais. As partículas sedimentares incorporadas a esse meio podem ser transportadas por diferentes processos: a) Areias e cascalhos (grandes e pesados) = arrastamento, rolamento ou saltação = carga de fundo. b) Partículas que permanecem muito juntas entre si = colisão = fragmentação. c) Partículs argilosas e siltosas (leves) = suspensão. Tipos de Transporte de Sedimentos em Ambiente Hídrico SEDIMENTOS ⚫ Os sedimentos são provenientes: 1) da erosão de rochas preexistentes (sedimentos clásticos); 2) da precipitação química de substâncias (sedimentos ortoquímicos), 3) de material correspondente a conchas, esqueletos, espículas de organismos mortos (sedimentos biogênicos). Intemperismo e erosão de rocha preexistente. SEDIMENTOS ➢ Algumas propriedades dos sedimentos: 1) Granulometria: é a classificação dos sedimentos de acordo com o tamanho dos clastos, e é a base para a compreensão de características físicas das rochas sedimentares, como a porosidade, textura, estruturas deposicionais etc. ❑ Os termos de origem latina luto, arena e rudi são designados para nomear a granulometria dos sedimentos. Nessa terminologia, luto é utilizado para sedimentos mais finos (geralmente argilas, siltes e areia fina), arena é utilizado para sedimentos de tamanho intermediário (areias médias e grossas) e rudi é destinado a grãos mais grossos (como grânulo, seixo, calhau e matacão). Tabela de tamanho dos sedimentos SEDIMENTOS 2) Seleção de grãos ou selecionamento: é uma característica textural das rochas sedimentares, e que está bastante associado à granulometria do pacote de sedimentos que deu origem à rocha. Quando há apenas um tipo de tamanho de sedimentos em um pacote, pode-se afirmar que há um bom selecionamento. Entretanto, se o pacote apresentar sedimentos de tamanhos distintos em uma proporção mais ou menos equivalente no pacote sedimentar há então um mau selecionamento. Nos casos em que há bom selecionamento, pode-se ainda defini-lo como selecionamento fino, médio ou grosso a depender da granulometria predominante. SEDIMENTOS 3) Morfologia: Além das características genéticas e granulométricas, há também as características morfológicas dos grãos. As mais relevantes são a angulosidade/arredondamento e a esfericidade. As características morfológicas, em relação à angulosidade/arredondamento, podem trazer informações a respeito do quão transportado foi o sedimento analisado, e do tipo de ambiente deposicional do qual ele pertence. Essa classificação varia em uma escala que vai do muito anguloso ao bem arredondado. Há também a esfericidade. Quando todos os vértices estiverem há uma mesma distância de um ponto central, pode-se afirmar que o sedimento é esférico. ROCHAS SEDIMENTARES ➢ Rochas sedimentares: são rochas que se originam a partir do acúmulo de sedimentos, que são partículas de rochas. ➢ São rochas formadas na superfície da Terra ou próxima a ela com temperaturas entre 0 e 200°C ➢ A área que estuda esta rochas e á Sedimentologia. Arenito com laminações Proporção dos Tipos de Rochas Temperaturas de Formação das Rochas Rochas Sedimentares Rochas Metamórficas Rochas Magmáticas ROCHAS SEDIMENTARES As rochas sedimentares são formadas a partir da pressão exercida sobre as partículas de sedimentos carregados e depositados pela ação do ar (vento), gelo ou água. Conforme os sedimentos se acumulam, eles vão sofrendo cada vez mais pressão, se solidificando, num processo conhecido como litificação (formação rochosa) e os fluidos originais acabam sendo "expulsos". Processo de Litificação ROCHAS SEDIMENTARES ➢ As rochas sedimentares resultam: 1) Intemperismo e erosão, 2) do transporte, 3) acumulação, 4) e consolidação dos sedimentos. Conglomerado ROCHAS SEDIMENTARES ➢ Esses sedimentos são provenientes: 1) da erosão de rochas preexistentes, 2) da precipitação química de substâncias, 3) de material correspondente a conchas, esqueletos, espículas de organismos mortos. 1 - CICLO SEDIMENTAR ➢ As rochas sedimentares se formam através de: 1) Alteração ou Meteorização Processo pelo qual as rochas perdem as características físico- químicas originais. 2) Erosão Fenômeno de desgaste dos materiais rochosos pelas águas, vento e seres vivos. 3) Transporte Movimento dos materiais resultantes da erosão, pela ação da água, do vento e da força da gravidade. 4) Sedimentação Processo de deposição dos sedimentos previamente erodidos e transportados. 5) Diagênese Conjunto de processos situados entre a sedimentação e o metamorfismo, que atuam sobre os sedimentos provocando a sua compactação e formação de rochas mais consistentes. CICLO SEDIMENTAR 1 - CICLO SEDIMENTAR Sedimentação – inicia-se = força transportadora (gravidade) – sobrepujada – peso das partículas + água supersaturada em solutos + morte de organismos. Sedimentos – deslocados = acumulam-se = sopés das vertentes – ambiente subaéreos ou subaquáticos. Sítios deposicionais maiores = partes mais profundas das bacias oceânicas – são interrompidas – deposição temporária em inúmeros ambientes deposicionais. Pela queda de energia do agente transportador, depositam-se, pela ação da gravidade, nas bacias os sedimentos mais grosseiros e depois os mais finos. Deposição de sedimentos grosseiros e depois o mais finos 1 - CICLO SEDIMENTAR ➢ Diagênese: refere-se a qualquer mudança e alteração do sedimento após sua deposição inicial, durante e após a sua litificação, excluindo alteração superficial (desgaste) e metamorfismo. Estas mudanças acontecem em temperatura e pressão relativamente baixas (T< 200°C) e resultam em alteraçõesmineralógicas que originam rochas. ➢ O processo de diagênese se divide em 3 etapas: ➢ Compactação; ➢ Cimentação; ➢ Recristalização. DIAGÊNESE SEDIMENTOS X DIAGÊNESE = ROCHAS SEDIMENTARES 2 -TEXTURAS SEDIMENTARES ➢ Texturas - Rochas Sedimentares: 1) Granular: grânulos que se associam (rochas clásticas). 2) Amorfa: precipitação química. 3) Granulosa: grãos grandes; 4) Oolítica: carbonáticas na forma de concreções circulares. 5) Brechoidal: grãos maiores que 2 mm mas de formato angular. 6) Conglomerática: grãos de rochas diversos maiores que 2mm. Se classificam em: a) Ortoconglomerado: grãos arredondados em matriz arenosa; b) Paraconglomerado: grãos em menores quantidades imersos em matriz fina (pelítica) 3 - ESTRUTURAS SEDIMENTARES ➢ Estruturas Sedimentares (amostra de mão): 1) Maçica: sem orientação 2) Laminar: com presença de laminações 3) Acamamento: em camadas. 4) Fissilidade: em placas (folhelhos). Estrutura Maciça Ex: calcário Estrutura de Acamamento Ex: arenito Estrutura Laminar Ex: arenito Estrutura: Fissilidade Ex: Folhelhos E S T R U T U R A S S E D IM E N T A R E S E M A M O S T R A S D E M Ã O 3 - ESTRUTURAS SEDIMENTARES ➢ Estruturas em Rochas Sedimentares (afloramentos): Estratificação paralela; Estratificação gradacional; Estratificação cruzada; Marcas de ondas; Gretas de contração. Ambiente Deposicional Através das análises de estruturas, granulometria e cor das rochas sedimentares consegue se determinar o ambiente deposicional conjunto de fácies geneticamente relacionadas designado e definido com base em ambientes fisiográficos de sedimentação (ex. sistema deposicional fluvial, eólico, deltaico, barra-barreira etc.). Estratificação planar Estratificação cruzada Marcas de onda Greta de contração Estratificação gradacional Estruturas Sedimentares em Afloramentos http://4.bp.blogspot.com/_9FEmSrwLEJ8/SOe1e5xLrtI/AAAAAAAAADg/6W8tkO_TcHI/s1600-h/fdrsyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyy.jpg 4 - CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES 1. Rochas Detríticas ⚫ cujo componente predominante são os detritos de rochas preexistentes, resultantes sobretudo da alteração e erosão que atuaram sobre essas mesmas rochas. 2. Rochas Quimiobiorgânicas: ⚫ Resultam da acumulação de organismos depois de mortos ou de detritos da sua atividade.Exemplo o diatomito ;carvões fósseis e o petróleo. 3. Rochas Químicas ou Não Clásticas • precipitam a partir de substâncias dissolvidas na água, sendo transportadas a longas distâncias. Exs: calcário comum e o silex, gesso e a halita (sal de cozinha). Abundância das Rochas sedimentares Argilito Arenito Folhelho Conglomerado Calcário Principais Rochas Sedimentares PROVÍNCIAS ESTRUTURAIS BRASILEIRAS O relevo do continente sul-americano = sua borda oeste a cadeia orogênica dos Andes; Esta cuja formação se iniciou no Mesozóico ao Cenozóico; A parte central e o leste do continente = por estruturas = formações litológicas antigas = Pré-cambriano; PROVÍNCIAS ESTRUTURAIS BRASILEIRAS Os terrenos da cordilheira dos Andes = relativamente estreito = alongados na direção N-S e muito alta; Ultrapassam em várias áreas = 4.000 m de altitude; o terrenos do centro e do leste do continente sul americano = mais baixos = altitudes < 1.000 m. PROVÍNCIAS ESTRUTURAIS BRASILEIRAS Nesta parte = terrenos são mais desgastados = várias fases erosivas = geraram = grandes bacias sedimentares; Os terrenos antigos do centro e do leste = planaltos do Brasil e das Guianas; Ao norte = corredor de terrenos baixos constituído por sedimentação recente; Esse corredor = Venezuela e Colômbia (norte) = Argentina (sul) = Bolívia, Paraguai e oeste do Brasil; PROVÍNCIAS ESTRUTURAIS BRASILEIRAS • O continente Sul Americano é subdividido em três unidades tectônicas: a) Plataforma Sul-americana; b) Plataforma da Patagônia; c) Faixa de Dobramentos dos Andes. • A Plataforma Brasileira é dividida: a) Escudo das Guianas; b) Escudo Brasil-Central; c) Escudo Atlântico. PROVÍNCIAS ESTRUTURAIS BRASILEIRAS Plataforma Brasileira = antiga ortoplataforma de longa duração = a partir da consolidação = ciclo tectônico-orogênico Brasiliano. Plataforma Brasileira PROVÍNCIAS ESTRUTURAIS BRASILEIRAS ➢ O território brasileiro = estruturas geológicas antigas. ➢ Bacias de sedimentação recente (Terciário e Quaternário - Cenozóico): a) Pantanal mato-grossense, b) Parte Oeste da Bacia Amazônica c) Trechos do litoral nordeste e sul. PROVÍNCIAS ESTRUTURAIS BRASILEIRAS ➢ O restante território brasileiro é formado: 1) Grandes bacias sedimentares = Paleozóico ao Mesozóico; 2) Terrenos cristalinos = Pré- cambriano (Arqueozóico- Proterozóico). Províncias Estruturais Brasileiras ❑ Plataforma: = cráton de estrutura siálica, estável e mais antigo = circundados por orógenos proterozóicos. ❑ Orógenos ou Cinturões de Dobramentos: = resultados de processo de interação das placas litosféricas num período de tempo específico = cicatrizes em processo de consolidação ou cratonização. ❑ Cráton: corresponde à uma parte relativamente estável de um continente por longo tempo geológico. Os crátons podem ser divididos em: ➢ Escudos: quando os crátons são expostos na superfície; ➢ Embasamento Cristalino: quando os crátons são cobertos por estruturas sedimentares. Embasamento Cristalino PROVÍNCIAS ESTRUTURAIS BRASILEIRAS No território brasileiro = as estruturas e as formações litológicas = antigas; Mas as formas do relevo = recentes; Grande parte das rochas e estruturas = sustentam = formas do relevo brasileiro = anteriores = configuração atual do continente sul-americano; ➢ O formato atual do continente sul-americanos: a) orogênese andina b) da abertura do oceano Atlântico, a partir do Mesozóico; A Estrutura Geológica dos Terrenos da América do Sul https://lh6.googleusercontent.com/-z1ybonwOsjs/TXxBchuztvI/AAAAAAAABSI/BMVhWtaDHSI/s1600/Tabela+-+Exerc%25C3%25ADcios.JPG PROVÍNCIAS ESTRUTURAIS BRASILEIRAS ➢ A plataforma Brasileira é dividida em sete domínios ou províncias estruturais: 1) Escudo das Guianas-Meridional. 2) Xingu ou Tapajós. 3) São Francisco. 4) Mantiqueira. 5) Tocantins (Paraguai-Araguaia). 6) Borborema. 7) Bacias Fanerozóicas. PROVÍNCIAS ESTRUTURAIS BRASILEIRAS ➢ Na sua evolução geológica = terras brasileiras = ciclos orogenéticos: a) Jequié: 2.700 – 2.500/2.400 M.A. b) Transamazônico: 2.100 – 1.800/1.700 M.A. c) Rio Negro/Juruena: 1.700 – 1.500 M.A. d) Araxaídes/S. Inácio/Espinhaço: 1.500 – 1.300 M.A. e) Sunsas: 1.300 – 900 M.A. f) Brasiliano: 700 – 450 M.A. ❑ Todos esses eventos = significativos fenômenos de dobramentos e metamorfismo = extensas áreas. BACIAS SEDIMENTARES BRASILEIRAS Bacia sedimentar: grande depressão do terreno, preenchida por detritos provenientes das terras altas que o circundam. A estrutura dessas áreas é geralmente composta por camadas de rochas que mergulham da periferia para o centro. 1 - CONCEITOS Bacia Sedimentar 1 - CONCEITOS A forma das bacias sedimentares está relacionada à estrutura original e à configuração do embasamento no qual a bacia se se desenvolveu. Os levantamentos locais seguidos da erosão produzem a remoção, às vezes de unidades estratigráficas inteiras – pouco espessas. A orogenia = responsável pela erosão das margens. Formato das Bacias Sedimentares X Configuração do Embasamento Cristalino Forma do Embasamento Cristalino 1 - CONCEITOS Uma bacia sedimentar – composta – sucessão de estratos, compreendendo diversas seqüências, onde cada uma destas tem espessura máxima situada num determinado ponto da bacia chamado depocentro. Depocentro: corresponde ao sítio de máxima acumulação (mais espessura = maior subsidência) em uma bacia sedimentar, durante um determinado intervalo de tempo geológico. Esse depocentro pode migrar no docorrer da evolução geológica de uma bacia. Essamigração é ocasionada por tectonismo sinsedimentar, por mudanças de desembocaduras de rios importantes e outros fatores. Depocentro Depocentro de uma Bacia Sedimentar 2 - FORMATO DAS BACIAS SEDIMENTARES Uma bacia sedimentar corresponde a uma área deprimida (depressão topográfica) em geral de origem tectônica, preenchida por rochas sedimentares ou vulcânicas. Podem apresentar centenas a alguns milhares de metros de largura e diversas centenas a poucos milhares de quilômetros de comprimento. 900 km 1 .7 5 0 k m Comprimento e largura da Bacia Sedimentar do Paraná 2 - FORMATO DAS BACIAS SEDIMENTARES ➢ Uma bacia pode grosseiramente apresentar as seguintes formas: 1) Circular; 2) Triangular; 3) Alongada. A geometria final de uma bacia sedimentar depende bastante dos padrões de tectonismo que a afetam, através de falhas e dobras, durante (sin- deposicionais) ou após (pós-deposicionais) a sedimentação. Formatos de Bacias Sedimentares 3 -TIPOS DE BACIAS SEDIMENTARES ➢ Essas formações geológicas = maior área do território brasileiro= 5,5 milhões de km2 = 64%. ➢ Conforme a posição em relação às áreas cratônicas, ou em relação aos atuais continentes as bacias se classificam em: 1) Intracratônicas: área deprimida de forma ovalada e de grandes dimensões situada no interior do cráton. Ex: Bacias do Parnaíba, Amazônica e do Paraná Bacia Intracratônica do Amazonas 3 -TIPOS DE BACIAS SEDIMENTARES ➢ As bacias intracratônicas são divididas em dois subtipos: a) Sinéclise (bacia de plataforma): Estrutura geológica desenvolvida em plataforma continental, com amplitude regional de dezenas de milhares de km2, na forma de ampla região elevada com mergulhos muito fracos e divergentes, produzida por lento soerguimento da crosta ao longo de vários períodos geológicos: Exemplo: bacia Amazônica e do Paraná. b) Bacia de Afundamento (fossa tectônica): São, normalmente, estruturas estritas e alongadas, limitadas por falhas normais conjugadas. Estas estruturas são também designadas por grabens. Exemplo: bacia de Taubaté Bacia de Taubaté: de afundamento Tipos de Sinéclises Paleozóicas Tipos de Bacias Sedimentares 3 -TIPOS DE BACIAS SEDIMENTARES 2) Pericratônicas: correspondem a áreas alongadas de margem de crátons. Exemplo Bacia do Espinhaço 3) Costeira/Marginal/Margem Passiva: bacias adjacentes a um continente, com o fundo constituído por massa continental submersa. Exemplo: Bacias de Santos e de Pelotas 4) Interiores: região deprimida situada no interior de um continente. Exemplos: Bacia de Perecis, Parnaíba e Paraná. Bacias Pericratônicas na Índia Bacia do Espinhaço: Exemplo de Bacia Pericratônica Bacia Marginal/Costeira Bacia de Afundamento Bacia Retro Arco Bacia Intracratônica Tipos de Bacias Sedimentares 3 -TIPOS DE BACIAS SEDIMENTARES 5) Bacias de Margens Conservativas (strike slip): correspondem a falhas de movimento horizontal que afetam a litosfera e transferem o movimento de um limite para o outro da placa, gerando bacias em sistemas de falhas entrelaçadas, bacias de terminação de falhas, etc. Ex: Bacia de Campos. Bacia de Margem Conservativa 3 -TIPOS DE BACIAS SEDIMENTARES 6) Bacia de Rifte Abortado: rifte que não se desenvolveu a ponto de se transformar em oceano aberto, conhecido como aulacógeno. Estas bacias se desenvolveram em antigo rifte no qual o movimento de tração tectônica cessou, impedindo-as de se transformar em bacias de margem continental. Ex: Bacias do Recôncavo, Tucano e Jatobá na Bahia. Bacia de Rift Abortado Bacia de Rifte Abortado 3 -TIPOS DE BACIAS SEDIMENTARES 7) Bacias de retro-arco (back-arc basins): são bacias sedimentares submarinas associadas a arcos insulares e zonas de subducção. Encontram-se geralmente em fronteiras de placas convergentes, com maior abundância no Pacífico Ocidental. 8) Bacia de ante-arco ou bacia de ante-país (foreland basin): é uma acumulação de sedimentos provenientes de um orógeno e depositados sobre uma região adjacente relativamente pouco deformada pela tectónica. Estas bacias sedimentares são formadas em escalas de tempo entre milhões e centenas de milhões de anos. Bacias Sedimentares Ante-Arco e Retro-Arco 3 -TIPOS DE BACIAS SEDIMENTARES ➢ No Brasil, existem bacias sedimentares de grande e de pequena extensão: a) de grande extensão: a Amazônica, do Parnaíba – chamada também de Meio-Norte - a do Paraná ou Paranaica e a Central. b) de menor extensão: do Pantanal Mato-Grossense, do São Francisco ou Sanfranciscana (esta muito antiga), do Recôncavo Tucano (produtora de petróleo). c) de compartimento de planalto: São formações sedimentares alojadas em porções côncavas dos crátons de pouca extensão e profundidade. Exs: bacias sedimentares de Taubaté (SP), Resende (RJ), São Paulo e outras. Bacia de Taubaté: bacia de compartimentação de planalto Figura 4 - Classificação das bacias sedimentares segundo sua posição em relação às placas tectônicas7 4 - FORMAÇÃO DAS BACIAS SEDIMENTARES BRASILEIRAS As maiores bacias brasileiras = formaram ao longo do Fanerozóico = 600 milhões de anos; Quando essas bacias =organizaram = os terrenos do continente sul-americano = altimétricas bem mais baixas; Período de máxima transgressão marinha; Os depósitos marinhos e continentais = rochas sedimentares das três grandes bacias; Posição do Mar Siluriano na América do Sul Máxima Transgressão Marinha no Período Devoniano: Início da Formação das Bacias Paleozóicas Brasileiras 4 - FORMAÇÃO DAS BACIAS SEDIMENTARES BRASILEIRAS Sofreram lento abatimento (ou subsidência) = tectônica = depressão = preenchida por sedimentos. ➢ Esses sedimentos = formados por materiais de três tipos principais: a) fragmentos originados pela erosão das áreas elevadas = transportados = por rios, geleiras ou ventos; b) materiais precipitados = corpos d'água dentro da bacia = transportados como íons em solução; c) estruturas = de corpos de animais ou plantas = fragmentos de cochas, ossos, ou recifes de corais inteiros. A bacia sedimentar recebe o sedimentos e começa a sofre subsidência. Erosão das Áreas Cristalinas – forneceram sedimentos para a formação das Bacias Sedimentares 4 - FORMAÇÃO DAS BACIAS SEDIMENTARES BRASILEIRAS Como as bacias afundam lentamente = (subsidência) sedimentos mais novos = depositados sobre os mais antigos = preservados da erosão. Sobre esses sedimentos ocorre aumento de pressão e temperatura. O resultado é uma pilha de rochas (diagênese) = diferentes idades = revelam a história da região. 4 - FORMAÇÃO DAS BACIAS SEDIMENTARES BRASILEIRAS ➢ Subsidência: afundamento ou abaixamento sofrido por uma região da superfície terrestre como conseqüência da dinâmica interna da crosta. ✓ Tipos de subsidência: 1) Tectônica; 2) Térmica; 3) Dissolução; 4) Antrópica. Subsidência de uma bacia 4 - FORMAÇÃO DAS BACIAS SEDIMENTARES BRASILEIRAS Todas bacias sedimentares – evolução geológica – fase de subsidência. Regiões subsidentes = seqüências espessas = sedimentos homogêneos ou heterogêneos. Grandes quantidade de sedimentos depositados em bacias subsidentes = presença de áreas fontes ativas. Fase de subsidência de uma bacia sedimentar 4 - FORMAÇÃO DAS BACIAS SEDIMENTARES BRASILEIRAS ➢ Mecanismos de subsidência de bacias sedimentares: 1) Bacias de subsidência mecânica: ocorre o afinamento e ruptura da crosta ou litosfera por estiramento crustal e desenvolvimento de falhamentos normais rúpteis e dúcteis. Ex: Bacias do tipo rifte. 2) Bacias de subsidência termal: contração termal com adensamento da litosfera durante o resfriamento da placa. Ex: Bacia de margem passiva. 3) Bacias de subsidência flexural: soerguimento de escamas tectônicas devido a colisão entre continentes gera sobrecarga na crosta ± rígida, que afunda ou flexiona, gerando uma bacia sedimentar. A largura e a espessura da bacia varia conforme a rigidez da placa.Ex: Bacia foreland (ante-país). Figura 1 - Representação esquemática dos processos de subsidência mecânica e térmica. Mecanismos de Subsidência de Bacias Sedimentares 4 - FORMAÇÃO DAS BACIAS SEDIMENTARES BRASILEIRAS As bacias sedimentares do Brasil = camadas dispostas horizontalmente = quase horizontalmente = ausência de movimentos tectônicos importantes. Nas bacias sedimentares = arenitos de diferentes idades e granulações = intercalados por siltitos, argilitos, conglomerados e calcários; No fim da era Mesozóica = movimentos da crosta = fraturas = ocorreu o escoamento de lavas básicas = rochas (basaltos e os diabásios) e a diversos diques. Bacia sedimentar com camadas quase horizontais, com baixo mergulho em direção ao centro desta. Diques de rochas basáticas na Bacia do Paraná. O escoamento de lavas básicas no Mesozóico formando diques de basaltos e diabásios na Bacia Do Paraná 4 - FORMAÇÃO DAS BACIAS SEDIMENTARES BRASILEIRAS No Mesozóico (Cretáceo) = última fase de deposição extensiva = sedimentares do Brasil = exceção da amazônica; No Cenozóico (Terciário) o continente sul-americano = soerguimentos orogenéticos na borda ocidental (cordilheira dos Andes); Esse soerguimento = território brasileiro = desigualmente = áreas foram mais levantadas e outras bem menos; Esse processo + tectônica de placas = soergueu áreas dos crátons, antigos cinturões orogenéticos e as bacias sedimentares. Formação Tectônica dos Andes 4 - FORMAÇÃO DAS BACIAS SEDIMENTARES BRASILEIRAS ➢ No Triássico com a separação das placas tectônicas Sul Americana da Africana começou a abertura do oceano Atlântico e a formação das bacias costeiras brasileiras. ➢ Epirogênese terciária = bacias sedimentares = níveis altimétricos elevados = surgiram as escarpas das serras do Mar e da Mantiqueira (falhamentos); ➢ Desgaste erosivo = bordas das bacias sedimentares, originando = depressões periféricas; ➢ Parte dos terrenos sedimentares = posições mais elevadas = terrenos cristalinos das áreas cratônicas ou de escudos; Separação da América do Sul da África gera a Epirogênese Terciária nas Bacia Sedimentares Paleozóicas e a formação das Bacias Costeiras Separação da América do Sul da África Figura 5 - Evolução esquemática de bacias rift para margens passivas9, 2. Os eventos mostrados ilustram, p. ex., os mecanismos que originaram as bacias da margem leste brasileira. 5 - PRINCIPAIS BACIAS SEDIMENTARES BRASILEIRAS ➢ O território brasileiro é formados pelas seguintes bacias sedimentares: 1) Bacia Amazônica. 2) Bacia do Parnaíba. 3) Bacia do Paraná. 4) Bacia do São Francisco. 5) Bacia do Perecis. 6) Bacias Litorâneas. BACIAS SEDIMENTARES BRASILEIRAS 5 - PRINCIPAIS BACIAS SEDIMENTARES BRASILEIRAS ➢ Bacia Amazônica: ➢ É uma série de tabuleiros regulares = descem em degraus dos planaltos = em direção = calha do Amazonas. ➢ Esses tabuleiros são constituídos: a) arenitos terrígenos (formações Puca, Pebas); b) sedimentos marinhos e calcário (Pirabas) = caem em pequena escarpa (10-20m) sobre as várzeas do Amazonas. ➢ A Bacia amazônica = antigo mar mediterrâneo = abria para o pacifico. ➢ O soerguimento dos Andes (fim do Cretáceo, - Terciário) = mar drenou = Caribe = abriu caminho para E = desaguando no Atlântico. ➢ Os sedimentos arrancados = Andes + planaltos Brasileiro + Guiano = mar foi entulhado. Bacia Sedimentar Amazônica 5 - PRINCIPAIS BACIAS SEDIMENTARES BRASILEIRAS ➢ Bacia do Parnaíba (ou Maranhão): ➢ Uma das maiores bacias intracratônicas brasileiras = 600.000 km2 de área. ➢ Engloba = estados do Piauí, Maranhão e Tocantins; ➢ Esta bacia = pilha sedimentar que = Paleozóico (Siluriano). ➢ Apresenta camadas sedimentares = 3.000 m de espessura. ➢ Formada = avanços e recuos = mar raso = clima temperado, glacial e extremamente árido. ➢ Segundo autores = glaciação devoniana = capa de gelo avançou de S para N = cobrindo parcialmente a bacia = registro = sedimentação típica de geleiras (diamictitos e varvitos). Bacia Sedimentar do Parnaíba 5 - PRINCIPAIS BACIAS SEDIMENTARES BRASILEIRAS ➢ Bacia do Paraná: ➢ Área total = 1.600.000 km2, ➢ A bacia = vasta região do Brasil = 1.000.000 km2, ➢ Abrangendo os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (60% em território brasileiro) ➢ Constitui a maior bacia intracratônica conhecida;. ➢ Estende-se ainda pêlos territórios argentino (400.000 km2), uruguaio (100.000 km2) e paraguaio. ➢ A bacia = preenchida por rochas sedimentares = 6.300 metros de espessura e por rochas vulcânicas = 1.700 metros. ➢ Os sedimentos mais antigos (Grupo Rio Ivaí) = Eo-Ordoviciano a Eo-Siluriano - mais jovens (Grupos Bauru e Caiuá) = Neocretáceo. ➢ Possui = formato alongado = NNE-SSO (1.750 km) - largura media de 900 km; Bacia Sedimentar do Paraná 5 - PRINCIPAIS BACIAS SEDIMENTARES BRASILEIRAS ➢ Bacia do São Francisco: ➢ A Bacia Sanfranciscana é uma bacia sedimentar brasileira intracratônica localizada na porção centro-leste do Brasil, com uma área de 150.000 km2 ➢ Abrange os estados de Tocantins, Bahia, Goiás e Minas Gerais. ➢ Corresponde ao registro Fanerozóico da Bacia do São Francisco, com rochas de idade entre 300m.a e 70m.a, ou seja, do período Permo- carbonífero até o Cenozoico inferior. ➢ É caracterizada = sedimentos pelítico-carbonáticos do Grupo Bambuí + quartzitos, metassiltitos e filitos (Super-Grupo Araí), sendo separada da bacia do Paraná pelo arco ou elevado estrutural do Alto Paranaíba; ➢ Devido à diferenças tectônicas, estratigráficas e ambientais a bacia pode ser dividida em duas sub-bacias: Sub-Bacia Abaeté, a sul, e Sub-Bacia Urucuia, a norte. Bacia Sedimentar do São Francisco 5 - PRINCIPAIS BACIAS SEDIMENTARES BRASILEIRAS ➢ Bacia Parecis – Alto Xingu: ➢ A Bacia dos Parecis está localizada na região centro-oeste do Brasil, na porção sudoeste do Cráton Amazônico, entre os cinturões de cisalhamento Rondônia e Guaporé. ➢ Possui área de 350.000 km², onde configura domínios que estendem-se desde o sudeste do estado de Rondônia, até a continuidade em larga faixa compreendida pelas sub-bacias de Juruena e Alto-Xingu, que ocupam toda a porção central do estado de Mato Grosso ➢ Poços da Petrobrás revelaram pacote de rochas com profundidade de 5777 metros.; ➢ Consiste = de arenitos, conglomerados, siltitos e argilitos (paleozóica) = capeados, no S da bacia = arenitos cretáceos da Formação Parecis. Bacia Sedimentar dos Perecis 5 - PRINCIPAIS BACIAS SEDIMENTARES BRASILEIRAS ➢ Bacias Costeiras: ➢ As bacias costeiras = submersas no âmbito da Plataforma Continental; ➢ São constituídas de seqüências mesozóicas transgressivas = depósitos terrígenos continentais = seqüências de lago, golfos e marinhas, ➢ Representadas por calcários, vazas, argilitos e evaporitos; ➢ Assentam-se sobre substrato constituído de rochas basálticas. ➢ São as grandes bacias produtoras de petróleo e gás natural do Brasil. Bacias Sedimentares Costeiras Brasileiras 6 - RECURSOS MINERAIS DAS BACIAS SEDIMENTARES ✓ Em águas rasas = de areias = para a construção civil e imobiliária. ✓ Destas retiram-se sílica para a indústria de vidro. ✓ Das areias carbonáticas – provenientes da desagregação de carapaças de organismos – = carbonato = a indústria do cimento e corretivos para o solo. ✓ Das areias monazíticas – ricas em minerais muito nobres (titânio, tungstênio, molibdênio, urânio). ✓ Os metais de terras raras = grande valor no mercado mundial. ✓ Rochas evaporíticas = halita (NaCl) e gipsita. ✓ Argilas para as variadas áreas da indústria cerâmica. ✓ Nas s bacias sedimentares = combustíveis fósseis (o petróleo, carvão, turfa e gás natural). ✓ Entre outros... PARA ASSISTIR!! ❑https://www.youtube.com/watch?v= 2JPpiXJQkpo ❑https://www.youtube.com/watch?v= xebmMzQF41I ❑https://www.youtube.com/watch?v= ADQ-oN9bLLs REFERÊNCIAS BIBLIGRÁFICAS ❑ BRITO, I. M. – Bacia Sedimentarese Formações Pós- Paleozóicas do Brasil. Rio de Janeiro: Interciência, 1979, 179p. ❑ CARVALHO, I. S. Paleontologia. São Paulo: Editora Interciência, 2 ed. 2004. 1152p. ❑ MENDES, J. C. Elementos de Estratigrafia. São Paulo: Editora T. A Queiroz/ EDUSP, 1984. São Paulo: Editora T. A Queiroz/ EDUSP, 1984. ❑ TEXEIRA, W. et al. – Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2000. Reimpressão, 2001. 568pp. ❑ POPP, J.H. Introdução ao estudo da estratigrafia e de interpretação dos ambientes de sedimentação, Ed. UFPR, Curitiba, 1987, 323p. ❑ SUGUIO, K. - Geologia Sedimentar – São Paulo: Ed. Edgard Blücher, 1ed., 2003, 400p.
Compartilhar