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GESTÃO DE 
SAÚDE E 
SEGURANÇA DO 
TRABALHO
PROF. FELIPE DELAPRIA
DIAS DOS SANTOS
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA
Prof. Felipe Delapria Dias dos Santos
GESTÃO DE 
SAÚDE E 
SEGURANÇA DO 
TRABALHO
Marília/SP
2023
“A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma 
ação integrada de suas atividades educacionais, visando à 
geração, sistematização e disseminação do conhecimento, 
para formar profissionais empreendedores que promovam 
a transformação e o desenvolvimento social, econômico e 
cultural da comunidade em que está inserida.
Missão da Faculdade Católica Paulista
 Av. Cristo Rei, 305 - Banzato, CEP 17515-200 Marília - São Paulo.
 www.uca.edu.br
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma 
sem autorização. Todos os gráficos, tabelas e elementos são creditados à autoria, 
salvo quando indicada a referência, sendo de inteira responsabilidade da autoria a 
emissão de conceitos.
Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior
GESTÃO DE SAÚDE E 
SEGURANÇA DO TRABALHO
PROF. FELIPE DELAPRIA 
DIAS DOS SANTOS
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 5
SUMÁRIO
CAPÍTULO 01
CAPÍTULO 02
CAPÍTULO 03
CAPÍTULO 04
CAPÍTULO 05
CAPÍTULO 06
CAPÍTULO 07
CAPÍTULO 08
CAPÍTULO 09
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
08
15
23
30
37
45
49
57
68
78
87
SERVIÇO EM ELETRICIDADE (NR-10)
SEGURANÇA EM MÁQUINAS E 
EQUIPAMENTOS
A COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE DE 
TRABALHO
ORGANIZAÇÕES DE PREVENÇÃO AO 
ACIDENTE
SEGURANÇA DO TRABALHO EM ALTURA – 
NR 35
TRABALHO EM ESPAÇO CONFINADO (NR 33) 
E TRABALHO A CÉU ABERTO (NR 21)
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO 
AQUAVIÁRIO
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA 
AGRICULTURA, PECUÁRIA, SILVICULTURA, 
EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQUICULTURA
RISCOS INERENTES AO TRABALHO NA 
AGRICULTURA, PECUÁRIA, SILVICULTURA, 
EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQUICULTURA
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA 
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL - PARTE I
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA 
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL - PARTE II
GESTÃO DE SAÚDE E 
SEGURANÇA DO TRABALHO
PROF. FELIPE DELAPRIA 
DIAS DOS SANTOS
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 6
SUMÁRIO
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
96
106
114
123
SEGURANÇA E SAÚDE EM PLATAFORMAS DE 
PETRÓLEO
ERGONOMIA
NR-26: SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
INTRODUÇÃO AO CONCEITO DE RISCOS
GESTÃO DE SAÚDE E 
SEGURANÇA DO TRABALHO
PROF. FELIPE DELAPRIA 
DIAS DOS SANTOS
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 7
INTRODUÇÃO
Este livro, que aborda a gestão de saúde e segurança do trabalho, está dividido 
em quinze capítulos com informações iniciais relevantes sobre o tema. Tendo em 
vista a crescente preocupação com a segurança dos trabalhadores em geral, essa 
obra se justifica, pois, de forma introdutória e simplificada, fornece aos leitores 
conhecimento sobre as normas regulamentadoras. Assim, essa obra é dedicada a 
todos que, reconhecendo a importância da segurança do trabalho, desejam aprofundar 
seu conhecimento sobre esse tema.
A abordagem aqui adotada, com apresentação das normas de uma forma geral, é 
um excelente início a estudos mais aprofundados. Isso porque, muitas vezes, estes não 
são entendidos justamente pela falta de base introdutória, que é o enfoque desta obra.
Durante esta obra iremos discutir assuntos relacionados a serviços em eletricidade, 
onde apresentaremos pontos importantes da NR-10, tais como: equipamentos de 
proteção em trabalhos envolver energia elétrica, trabalhos em altura envolvendo 
energização e equipamentos de proteção a serem utilizados.
Estudaremos ainda outras normas como a NR-12 (segurança em máquina e 
equipamentos), NR-35 (Segurança do trabalho em altura), NR-33 (Trabalho em espaço 
confinado), NR-21 (trabalho em céu aberto), NR-31 (segurança e saúde no trabalho na 
agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura), NR-37 (segurança 
e saúde em plataformas de petróleo) e NR-17 (ergonomia), NR-26 (tipos de sinalização 
de segurança). Estudaremos ainda técnicas de investigação de acidentes. 
De forma geral, para cada tema apresentado, iremos discutir os principais pontos 
da norma, metodologias de aplicação, utilização e EPIs recomendados.
Esta obra não tem o intuito de encerrar os assuntos discutidos; em verdade, objetiva 
despertar a curiosidade do leitor para a busca de mais conhecimentos sobre a higiene 
e a segurança do trabalho.
Boa leitura!
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CAPÍTULO 1
SERVIÇO EM 
ELETRICIDADE (NR-10)
1.1 INTRODUÇÃO
A NR-10, como já dito, possui como objetivo estabelecer os requisitos mínimos de 
operação de trabalho, visando a implantação controles e sistemas preventivos visando 
a máxima segurança e saúde dos trabalhadores envolvidos com eletricidade (SESI, 
2008). Sendo uma normativa que deve ser aplicado a todo o processo, iniciando na 
geração de energia, transmissão, distribuição e finalizando no consumo de energia. Além 
disso, etapas intermediárias também devem levar em conta os conceitos apresentados 
na NR-10. Podemos citar como processos intermediários, por exemplo, as diversas 
etapas de criação e desenvolvimento de um projeto. As etapas irão envolver fases 
de construção, montagens, operação e manutenção, que são processos que ocorrem 
próximos à serviços envolvendo eletricidade (SESI, 2008).
1.2 MEDIDAS DE CONTROLE PRIORITARIAS E COLETIVO
De forma prioritária, as medidas de proteção coletiva compreendem, dentre diversas 
medidas disponíveis no item 10.2.8.2 da NR10: “isolação das partes vivas, obstáculos, 
barreiras, sinalização, sistema de seccionamento automático de alimentação, bloqueio 
do religamento automático.” (Ministério do Trabalho e Emprego. NR 10, 2019, P. 2).
Além das medidas de proteção coletiva já citadas, temos ainda outras medidas 
que devem ser tomadas como o aterramento, isolamento de partes vivas, criação 
de obstáculos/barreiras, implantação de sinalizações e sistema de seccionamento 
automático das instalações elétricas que deve ser realizado de acordo normas e 
regulamentos estabelecidos por órgãos competentes e na ausência do mesmo, deve 
ser seguido as normas internacionais (BARROS et al 2017, BOTELHOE e FIGUEIREDO, 
2017). 
O princípio de tudo é realizar a desenergização dos circuitos. Caso não seja possível 
aplicar este procedimento, outros procedimentos podem substituir esta ação, como 
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empregar a “tensão de segurança”. Neste caso, o sistema deverá ser reprogramado 
para atuar com tensões consideradas extrabaixas, ou seja, abaixo de 50 V.
ANOTE ISSO
Obstáculos e barreiras devem ser utilizados para impedir ou dificultar o acesso a 
zona de perigo, pode-se utilizar cercas de madeira, plásticos, cavaletes, faixas de 
atenção, sinalização reflexiva, entre outros.
O seccionamento automático da alimentação do sistema é um procedimento que 
basicamente não existe em instalações mais antigas, contudo, este processo é realizado 
para permitir a manobra de forma remota de dispositivos de seccionamento, como 
disjuntores e chaves seccionadoras, realizando o “desarme” automático por meio de 
relês, aumentando a proteção tanto dos equipamentos quanto para o técnico operante.
1.3 MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Em serviços e trabalhos envolvendo instalações elétricas, cuja proteção coletiva seja 
inviável ou insuficiente para conter todos os riscos envolvidos, faz-se necessário ainda a 
utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) já estudado e disponíveis na NR 
6. As vestimentas de trabalho devem ser adequadas (botas de plástico, luvas e óculos 
de proteção, entre outros), é necessário que os EPIs contemplem a condutibilidade 
elétrica, a inflamabilidade e a influência eletromagnética, sendo proibido o uso de 
adornos pessoais (pulseiras, anéis, brincos, correntes e semelhantes) nas proximidades 
e execução do trabalho (BRASIL, 2016).
1.4 EPIS OBRIGATÓRIOSDA NR 10
Entre os equipamentos de proteção individual previstos para assegurar a integridade 
física do trabalhador que executa serviços elétricos, temos: óculos com proteção contra 
a radiação de Raios Ultravioleta A (UVA), óculos com proteção contra a radiação de 
Raios Ultravioleta B (UVB), capacete classe B, calçados de segurança com solado 
de borracha isolante, luvas e mangas isolantes de borracha, vestimenta condutiva 
de segurança (para trabalhos em linha viva) além de vestimenta resistente ao arco 
elétrico. Há ainda outros equipamentos que podem ser aplicados dependendo do 
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serviço a ser executado, podemos citar: luvas de cobertura (usados acima da luva 
de borracha), máscaras respiradoras, cinto de segurança entre outros (SESI, 2008).
Os calçados de segurança indicados para uso em serviços com eletricidade têm seu 
certificado de aprovação (CA) emitido pelo Ministério do Trabalho, sendo essa a forma 
de caracterizar o equipamento de forma correta. Existem calçados que atendem apenas 
a norma de segurança para eletricidade, existem calçados que atendem apenas a norma 
de segurança para trabalhos mecânicos (com bico de metal) e existem calçados que 
atendem as duas normas ao mesmo tempo, ou seja, possuem a biqueira (de aço) e 
mesmo assim são resistentes a eletricidade. Em caso de dúvida, é recomendado o 
contato com o fabricante ou com o laboratório credenciado que realizou o ensaio de 
proteção (SESI, 2018).
ANOTE ISSO
Para que os funcionários de uma empresa possam realizar seus trabalhos da forma 
mais segura possível, cabe ao EMPREGADOR:
• Fornecer o EPI adequado para seu colaborador, de acordo com o risco presente 
no local;
• Exigir o uso do EPI;
• Comprar e disponibilizar itens de segurança apenas os que foram aprovados 
pelo órgão nacional responsável por esta fiscalização;
• Orientar e fornecer treinamento para a correta forma de utilização do 
equipamento;
• Substituir o equipamento danificado ou em condições de não uso;
• Responsabilizar pela manutenção periódica do equipamento;
• Emitir comunicado ao MTE (Ministério do Trabalho) quando encontrar situações 
de irregularidade. 
Cabe ao EMPREGADO:
• Usar o EPI apenas para a finalidade a qual se destina; 
• Responsabilizar-se pela guarda e conservação; 
• Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; 
• Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. 
Não deve ser permitido a utilização de vestimentas que possam, de alguma forma, 
induzir a riscos devido a condutibilidade elétrica do próprio tecido, sendo, portanto, dever 
da empresa fornece o uniforme correto que não apresentam peças metálicas que possam 
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se tornar um risco como fechos, tachas e outros. Além disso, não pode ser um material 
de fácil condução de fogo (material inflamável), como o caso de materiais sintéticos.
Adornos pessoais como anéis, colares, relógios e pulseiras devem ser evitados 
devido a fácil condução elétrica.
Quanto aos EPI’s que devem ser utilizados, temos:
• Cinto de segurança para eletricista, com talabarte;
• Capacete classe “b”, com aba total para proteção contra tensão de até 30.000 V;
• Botas para proteção contrachoques elétricos que não apresentem bicos metálicos;
• Óculos de proteção e Protetor fácil para assegurar a proteção contra partículas 
volantes, raios luminosos e poeiras.
• Braçadeiras/mangas para garantir a segurança dos braços e antebraços 
contrachoques elétricos;
• Bolsa/mochila/cinto de ferramenta para içamento dos acessórios.
• Luvas de borrachas adequadas de acordo com a tensão que será trabalhada, 
conforma apresenta a Tabela 1 a baixo.
Classe Tensão de trabalho (V)
0 1.000
1 7.500
2 17.500
3 26.500
4 36.500
Tabela 1 – Relação entre classe de perigo e tensão de trabalho.
Fonte: CCSC-USP, 2006, p. 16
A Figura 1 a seguir ilustra alguns dos equipamentos de proteção citados que são 
utilizados em serviços de eletricidade.
Figura 1 – Equipamentos de Proteção Individual para serviços em eletricidade.
Fonte: Instituto SC, 2019.
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1.5 SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ENERGIZADAS
Até o momento foi apresentado diversos procedimentos que devem ser executados 
em instalações desernegizadas, contudo, existem procedimentos padrões para trabalhos 
em instalações elétricas energizadas.
Os serviços a serem realizados em ambientes com instalações energizadas 
devem obrigatoriamente ser suspensos em caso situações que possam colocar os 
trabalhadores em perigo. Será considerado situações elétricas energizada aquelas 
em que a tensão é superior à tensão de segurança de 50 V para corrente alternada e 
120 V para corrente continua e só poderá ser executado por profissionais treinados 
e autorizados.
Para a atuação do funcionário neste ambiente de risco, procedimentos padrões 
de risco devem ser observados, partes energizadas devem ser isoladas e barreiras 
devem ser dispostas. Além disso, é necessário também realizar uma identificação 
prévia dos riscos presentes para que se possa trabalhar com os equipamentos mais 
adequados possíveis
1.6 TRABALHOS ENVOLVENDO ALTA TENSÃO
Os serviços realizados em instalações elétricas energizadas não podem ser 
executados de forma individual. Além do mais, este tipo de serviço só poderá ser 
realizado em situações bastante especificas, com alto detalhamento e assinado por 
um profissional autorizado.
Para que este serviço seja realizado, deve-se primeiro realizar a desativação de 
itens que religam de forma automática o circuito, sistema e/ou equipamento. Após o 
desativamento, estes equipamentos necessitam de um aviso/sinalização, indicando 
o desativamento. 
Os equipamentos e ferramentas utilizados em trabalhos envolvendo alta tensão 
devem passar por uma vistoria periódica para garantir o isolamento elétrico do 
equipamento
1.7 PROFISSIONAIS QUALIFICADOS PARA TRABALHAR COM A NR-10
A exigência da qualificação dos funcionários para executar trabalhos que envolvam 
a eletricidade encontra-se amparada na própria CLT, em seu artigo 180 (Decreto - Lei 
n o 5.452 de 01/05/1943) que diz: “Somente profissional qualificado poderá instalar, 
operar, inspecionar ou reparar instalações elétricas”. (BRASIL, 2016)
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A qualificação deve acontecer por meio de cursos reguladores, autorizados e 
reconhecimentos pelo MEC (Ministérios da Educação e Cultura) com carga horaria 
aprovada e mediante comprovação de exames avaliativos, estabelecidos pelo Sistema 
Oficial de Ensino (SESI, 2008).
Toda a exigência e cuidado mencionados nos parágrafos anteriores se deve ao fato 
das atividades exercidas em instalações elétricas envolverem a exposição ao risco e 
a cargas elétricas, podendo causar acidentes graves. Desta forma, o profissional que 
completar com êxito o curso de formação na área elétrica, estará QUALIFICADO para 
executar o serviço. Desta forma, o profissional qualificado será HABILITADO assim que 
realizar sua inscrição no Conselho de Classe, normalmente o CFT – Conselho Federal 
dos Técnicos Industriais. Já um trabalhador no estado de CAPACITADO é aquele que 
foi trinado por um profissional, trabalha no ramo sob a supervisão de um profissional 
habilitado e autorizado. Contudo, está capacitação não apresenta grande valia para 
alguns serviços que exigem o curso técnico concluído.
1.8 SITUAÇÕES DE EMERGENCIA
A série de ações de emergência que envolvem as instalações elétricos ou serviços 
envolvendo eletricidade devem, necessariamente, estar presente no plano de emergência 
da empresa.
Os trabalhadores que irão atuar em casos de emergência deverão ser treinados 
e estaremaptos a realizar os primeiros socorros em caso de acidente, incluindo a 
reanimação cardiorrespiratória. 
Cabe a empresa padronizar métodos e procedimentos de resgato, de acordo com o 
ambiente e os equipamentos disponíveis. Por exemplo, os colaboradores autorizados 
a atuar em situações de emergência deverão conhecer a localização dos extintores 
de incêndio disponibilizado pelo ambiente além de serem capazes de operar tais 
equipamentos.
O plano de emergência, é, portanto, uma ferramenta que deverá atuar de forma 
preventiva que irá permitir uma série de ações rápidas e eficazes que buscam reduzir 
eventos de risco, preservando a saúde e a vida das pessoas envolvidas.
Para que o plano de emergência seja completo, deverá levar em conta as diferentes 
catástrofes que um acidente envolvendo eletricidade pode apresentar como: incêndios, 
queimaduras, paradas respiratórias, regaste em altura, e outros.
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1.9 DISPOSIÇÕES FINAIS
Os trabalhadores podem e devem parar suas atividades profissionais e exercer o 
“Direito de Recusa” sempre que encontrarem a evidência de um possível risco, além 
disso, devem se equipar de forma correta e avisar o superior de forma imediata, 
sempre priorizando a vida.
Além disso, é papel da empresa promover ações, como treinamentos e divulgação 
de situações envolvendo riscos para que as pessoas entendam o quão perigoso é. 
Aquele funcionário que não utilizar os EPIS fornecidos de forma corretam podem 
ser demitidos por justa causa.
Para finalizar nosso conteúdo do tópico 1, observe a Figura 2 a seguir.
Figura 2 – Trabalho envolvendo eletricidade.
Fonte: Freepik, 2021.
Observe que os colabores trabalham em um poste energizado. Este trabalho envolve 
vários pontos abordados ao longo do nosso capítulo. A começar pelos EPIs. Observe 
que estão utilizando uma roupa especial, capacetes, luvas, botas especiais, além 
de equipamentos para segurança em altura que ainda abordaremos no decorrer da 
apostila. Em caso de acidente, se você não for tecnicamente instruído com informações 
de primeiros socorros, então mantenha-se afastado e chame os órgãos responsáveis 
como o corpo de Bombeiros ou ambulância. O ambiente apresenta diversos riscos, o 
risco de queda em altura e o de choque são os mais visíveis e com maior possibilidade 
de acontecer, devido a isso, uma atenção especial deve ser imposta.
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CAPÍTULO 2
SEGURANÇA EM MÁQUINAS 
E EQUIPAMENTOS
2.1 Introdução
A Norma Regulamentadora 12, intitulada “Máquinas e Equipamentos”, estabelece as 
regulamentações de segurança e higiene do trabalho a serem seguidas pelas empresas 
em instalações, operações e manutenção de máquinas e equipamentos com o objetivo 
de evitar acidentes no trabalho. A NR 12 é uma norma assegurada pelos artigos 184 
a 186 da CLT (ARAÚJO, 2012). A norma estabelece parâmetros para a prevenção de 
acidentes e doenças do trabalho a partir de máquinas e equipamentos de todos os 
tipos.
2.2 Cuidados especiais com as máquinas e os equipamentos com dispositivos 
de acionamento e parada 
É importante elencar alguns itens importantes relacionados aos cuidados especiais 
com máquinas e equipamentos com dispositivos de acionamento e parada:
“a) não se localizem em suas zonas perigosas; 
b) possam ser acionados ou desligados em caso de emergência por 
outra pessoa que não seja o operador; 
c) impeçam acionamento ou desligamento involuntário pelo operador 
ou por qualquer outra forma acidental; 
d) não acarretem riscos adicionais.” (Ministério do Trabalho e Emprego. 
NR 12 – Segurança do Trabalho em Máquinas e Equipamentos, 2019. 
P. 07)
2.3 Cuidados especiais com as máquinas e equipamentos com acionamento 
repetitivo
A NR12 estabelece que máquinas e equipamentos com acionamento repetitivo e que 
não possuem proteção adequada, oferecem risco ao operado a pessoas que possam 
estar próximos da máquina. O dispositivo de segurança deve evitar o acionamento 
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e não efetivamente o contato com as partes perigosas como contato com prensas, 
cortadores, rolamentos entre outros (SCHNEIDER, 2011).
2.4 Mecanismos de segurança que podem existir nas máquinas e equipamentos
João Neto e Almeida (2018) exemplificam alguns possíveis mecanismos de segurança 
que podem existir nas máquinas e equipamentos de segurança, vejamos alguns:
ANOTE ISSO
• No comando bimanual o acionamento deve, necessariamente, ser realizado 
com ambas as mãos. 
• No acionamento por feixes de luz, como é o caso de dispositivos acionados por 
células fotoelétricas, temos que se algum membro do corpo ultrapassar o feixe 
de luz, então a máquina irá parar de funcionar imediatamente. 
• No enclausuramente realizado por barreiras, a proteção deverá ser ao 
trabalhador devido ao tamanho e posição de abertura da parte de alimentação 
da máquinas.
• Quando tratamentos de zona de perigo, a máquina deverá parar 
automaticamente se alguém invadir o ambiente.
• Dispositivo para afastar as mãos também é um item importante. Este acessório 
deve ser operado por um cabo de aço e é preso no braço ou no pulso do 
funcionário. O dispositivo serve para afastar as mãos em situações de risco.
Pimental (2009) lembra que reparos, limpezas, setup, ajustes, inspeção ou qualquer 
outra atividade semelhante, só poderá ser realizada em máquinas e equipamentos 
com elementos rotativos e sistemas de transmissão se a mesma estiver parada, salvo 
em casos cujo movimento seja indispensável para sua realização.
2.5 Cuidados especiais no uso de ferramentas e equipamentos manuais
Muitos acidentes que acontecem na empresa são devido ao uso incorreto ou 
inadequado de ferramentas e equipamentos, como por exemplo: a troca da chave de 
boca ajustável pela chave de porca fixa, Sesi (2008) cita alguns cuidados especiais 
que podem evitar acidentes:
• Ferramentas de impacto (martelos, talhadeiras e marretas): Devem possuir 
como material em sua cabeça o aço ou algum outro tipo material metálico. Há 
casos em que são elaborados com bronze ou outro material antifaiscante para 
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a utilização em ambiente com risco de explosão. Além disso, as cabeças de 
martelos devem estar bem fixadas para que não se soltem, causando lesões 
ou acidentes.
• Ferramentas com pontas afiadas, como é o caso de facões, facas, machados, 
ferramentas de usinagem, serras e serrotes, devem ser mantidas afiadas. A 
lesão causada por uma ferramenta de ponta afiada, usualmente é pior, quando o 
equipamento contém a ponta cega. O transporte deve ser realizado em cinturões 
de couro; 
• Ferramentas elétricas: Nunca se deve remover as proteções coletivas usadas 
nas lâminas dos serrotes, lixadeiras, esmerilhadeiras e amoladores pois as 
ferramentas elétricas implicam em maiores riscos que as ferramentas manuais. 
ANOTE ISSO
Teixeira (2017) descreve alguns cuidados básicos, porém essenciais a serem 
tomados no local de trabalho e nos equipamentos durante o serviço de manutenção 
como a utilização correta de sinalização de advertência em botões de acionamento 
e placas sinalizando trabalho em andamento ou máquinas com problemas.
2.6 Medidas para evitar acidentes durante os trabalhos de manutenção de máquinas 
e equipamentos
O trabalho de manutenção de máquinas e equipamentos é essencial pois o mesmo 
pode prever e corrigir falhas melhorando o desempenho da máquina, no entanto o 
trabalho de manutenção pode apresentar riscos. Por exemplo, ao colocar placas de 
cuidado próximas ao ambiente de manutenção, elas podem cair ou alguém pode 
retirar por engano, por isso, é recomendado que o interruptor seja travado, para que 
desta forma, não haja a chance realde ligar o sistema/máquina com a mesma em 
manutenção (ARAÚJO, 2014).
2.7 Medidas de proteção do trabalhador
Como já apresentado, as diferentes máquinas e equipamentos necessitam apresentar 
conexões com dispositivos de segurança, devido a alta eficiência uma vez que instalado 
e manuseado de forma correta, contudo, dispositivos de segurança, na maioria das 
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vezes, não são capazes de extinguir o risco, e devido a isso, outras ações devem 
ser realizadas simultaneamente para garantir a eficiência dos dispositivos citados. 
Com base no que foi apresentado, existem três pilares básicos da segurança:
• Proteção adequada
• Procedimento
• Capacitação
Para ampliar ainda mais a margem de “não acidente”, algumas medidas de proteção 
necessitam serem adotas, para isso, podemos seguir a seguinte ordem prioritária 
de medidas: 
1. Medidas de proteção coletiva: são medidas que, como o próprio nome já sugere, 
são de cunho coletivo, ou seja, protegem um grupo de pessoas de uma única vez, 
são exemplos deste tipo de medida as ventilações, proteção de partes móveis 
de máquinas, chuveiros para radiação, chuveiros para lava olho, entre outros.
2. Medidas de proteção administrativas: essas medidas apresentam um caráter 
administrativo e pode-se citar como exemplo a redução de exposição do 
trabalhador, a substituição de produtos tóxicos por outros que não causam 
tantos dados, as mudanças de turnos e horários de trabalhos e assim por diante.
3. Medidas de proteção individual: esta última categoria é referente àquelas medidas 
individuais que só devem serem abordadas quando não for mais possível assumir 
medidas para eliminar ou reduzir os riscos no ambiente. Essas medidas abrangem: 
capacetes, botinas, protetores auriculares, entre outros.
Além das categorias de medidas apresentadas, temos também as medidas de 
proteção de máquinas que são estabelecidas pela normativa. Assim como já discutido, é 
necessário que as zonas de perigo apresentem suas partes protegidas por dispositivos 
de segurança. Tais dispositivos podem ser classificados em:
• Proteções fixas
• Proteções móveis
• Dispositivos de segurança interligados
Tudo isso para amplificar a capacidade de preservação da saúde e da integridade 
física dos colaboradores daquele ambiente.
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As proteções fixas são proteções permanentes que atuam por elementos de fixação 
e que só permitem sua manutenção, abertura ou remoção por meio de ferramentas 
especificas. 
Já as proteções móveis apresentam maior mobilidade e estas podem ser abertas 
com maior facilidade sem a necessidade de uma ferramenta. Contudo, este tipo de 
proteção deve estar sempre acompanhado de outros tipos de dispositivos de proteção, 
como os Inter travamento. 
Por fim, os dispositivos de segurança podem atuar sozinhos ou acompanhados de 
outros elementos e que reduzem os riscos de acidentes.
2.8 Gestão de risco no ambiente de trabalho
Como já sabemos, o dia a dia industrial pode ser bastante severo, tanto que, os riscos 
passam a estar presentes em ambientes que vão além das máquinas e equipamentos, 
devido a isso, todo o ambiente de trabalho deve ser tratado com a NR-12.
Para que possamos trabalhar em cima da aplicação da NR-12 no ambiente de 
trabalho, devemos considerar sua extensão ao arranjo físico, também conhecido como 
layout, que pode ser entendido como o posicionamento físico dos elementos disponíveis 
no chão de fábrica e que, de alguma forma, interfere no trabalho a ser realizado.
Conforme apresentado pelas NR-12, um ambiente com layout adequado deve possuir:
• Ambientes que possuam máquinas e equipamentos, necessitam contém área 
de circulação e movimentação de pessoas demarcado; 
• Vias de circulação devidamente produzidas com base em normas térmicas;
• Manter a área de movimentação e circulação sempre livre;
• Indicar, por meio de diferentes colorações, o caminho que determinado material 
deverá seguir para facilitar o fluxo.
• Delimitar máquinas garantindo uma distância mínima entre máquina e funcionário.
• Manter sempre limpo e organizado tanto as ferramentas como o seu local de 
armazenamento.
2.9 Requisitos mínimos para medidas de proteção
De acordo com a NR-12, máquinas e equipamentos devem apresentar os seguintes 
requisitos mínimos de segurança:
• Cumprimento de suas funções durante a vida útil da máquina;
• Constituídas de materiais resistentes – robustas;
• Fixação firme;
• Não criar pontos de esmagamento ou agarramento;
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• Não possuir extremidades e arestas cortantes;
• Resistir às condições ambientais do local;
• Impedir que possam ser burladas; 
• Proporcionar condições de higiene e limpeza; 
• Impedir o acesso à zona de perigo;
• Ter seus dispositivos de intertravamento protegidos contra sujeira e corrosão, 
se necessário; 
• Ter eficácia positiva; 
• Não acarretar riscos adicionais.
Vale ressaltar que os itens apresentados acima não são dispositivos opcionais de 
segurança, mas sim componentes que devem, obrigatoriamente, estarem presentes 
em máquinas e equipamentos.
Por exemplo, situações de perigo devem ser evitadas utilizando um dispositivo 
específico para de emergência, normalmente sendo apresentado como um botão em 
formato de cogumelo da cor vermelha. É necessário que os colaboradores presentes 
no momento possuam visão ampla e clara do dispositivo de para de emergência 
de forma prática e também de forma rápida, além de que, o seu entendo deve estar 
sempre desobstruído, como ilustra a imagem 3.
Figura 3 – Botão de emergência com facilidade de acesso. 
Fonte: Pixabay, 2017.
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2.10 Capacitação
Para que os funcionários de uma determinada empresa sejam capacitados a atuarem 
de acordo com as regras da NR-12, um treinamento deve ser fornecido. Todas as 
atividades que envolvem manutenção, inspiração ou qualquer tipo de intervenção em 
máquinas e equipamentos, só podem ser realizadas por colaboradores devidamente 
habilitados e autorizados.
Para a execução do trabalho, a capacitação deve ocorrer obrigatoriamente antes do 
funcionário exercer a função, deve também estar contida nas 8horas diárias de trabalho 
e ser realizada no turno de trabalho. Além do mais, é necessário que a capacitação 
seja ministrada por profissionais que possuam experiência na atuação, para garantir 
o ensinamento correto. Para finalizar, como existe uma grande variedade de máquinas 
e equipamentos, é necessário que a capacitação seja voltada para a área de atuação 
dos colaboradores, não fazendo sentido, por exemplo, a capacitação em NR-12 abordar 
injetoras plásticas se o funcionário trabalha em uma indústria de fundição (FIBRA, 
2015).
Para finalizar nosso conteúdo deste segundo capítulo, observe a Figura 4 a seguir. 
Figura 4 – Situações de risco com máquinas em funcionamento.
Fonte: Freepik, 2021.
Observe que em ambas as situações apresentadas é necessário do manuseio e 
controle humano para o funcionamento da máquina. Na primeira imagem (Figura 
3-a) é possível observar uma caixa de energia logo na lateral da máquina, onde se 
localizada botão emergência por exemplo, sendo, portanto, de fácil acesso ao operador. 
Observe também a utilização do EPI correto (luvas) devido a proximidade da mão 
com a ferramenta. Agora, observa na Figura 3-b, uma máquina ferramenta pintada 
de laranja, indicando que é uma máquina de corte. É possível observar um botão de 
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emergência de fácil acesso logo acima das mãos do operador que está munido de 
EPIs como óculos de proteção e protetorauricular. 
Em caso de emergência, o botão de emergência deve ser acionado imediatamente, 
que irá parar o funcionamento da máquina e acionar um chamado de ajuda.
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CAPÍTULO 3
A COMUNICAÇÃO DO 
ACIDENTE DE TRABALHO
3.1 INTRODUÇÃO
Segundo o site do INSS (2019), a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um 
documento emitido para o reconhecimento de acidentes de trabalho ou até mesmo 
de doenças ocupacionais. 
Ainda de acordo INSS (2019), acidentes de trabalho ou acidentes de trajeto é o 
acidente que ocorre durante o exercício da atividade profissional, podendo este ser a 
serviço da empresa ou até mesmo durante o deslocamento no trajeto casa-trabalho 
ou trabalho-casa, causando lesões corporais, lesões funcionais ou provocando a perda 
ou redução (permanente ou temporária) da capacidade para executar o trabalho ou 
em casos mais extremos, causando a morte. Enquanto que doenças ocupacionais é 
a doença que surgiu ou foi desencadeada devido ao exercício de determinada função 
de forma constante
O documento apresentado acima é bastante conhecido entre profissionais de 
industriais, contudo, pouco sabem de onde vem todo o embasamento teórico desta 
normatiza, tão pouco sabem em qual lei encontrar. Para começarmos nossa discussão, 
utilizaremos a instrução Normativa n° 45 de 2010 que aborda o CAT a partir do artigo 
355 e até o artigo 360. Além disso, o decreto número 3.048 de 1999 também aborda 
o CAT no artigo 336, fazendo algumas determinações. Já a lei 8.213 de 1991 também 
aborda CAT, desta vez do artigo 22 ao 23.
Como podemos observar, a Comunicação em caso de Acidente de Trabalho é 
abordada e discutida por diversas legislações previdenciárias, inclusive, no próprio 
site da previdência social, que iremos abordar logo mais.
3.2 QUANDO REALIZAR O CAT?
Segundo o artigo 22 da lei 8.213/91, já apresentada, é obrigação da empresa informar 
à Previdência Social todo e qualquer tipo de acidentes de trabalho ocorridos com seus 
empregados em suas dependências, mesmo que o acidente ocorrido não provoque 
afastamento das atividades. O aviso deve acontecer até o primeiro dia útil seguinte ao 
da ocorrência e em caso de morte, a comunicação deve acontecer de forma imediata 
(OLIVEIRA, 2018).
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A empresa que não informar à Previdência Social o acidente de trabalho dentro 
do prazo legal, estará sujeita a aplicação da multa prevista pelos artigos 286 e 336 
do Decreto nº 3.048/1999 (INSS, 2019). 
Se a empresa não fizer o registro da CAT, o próprio trabalhador, o 
dependente, a entidade sindical, o médico ou a autoridade pública 
(magistrados, membros do Ministério Público e dos serviços jurídicos da 
União e dos Estados ou do Distrito Federal e comandantes de unidades 
do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, do Corpo de Bombeiros e 
da Polícia Militar) poderão efetivar a qualquer tempo o registro deste 
instrumento junto à Previdência Social, o que não exclui a possibilidade 
da aplicação da multa à empresa (Governo Federal, 2021, p. 1).
No Brasil, há um costume/cultura que leva as empresas a emitirem o CAT apenas 
em caso em que é necessário o afastamento por 15 dias ou mais, uma vez que nestes 
casos o trabalhador deverá dar entrada no INSS para que o órgão seja o responsável 
por financiar seus pagamentos, sendo, desta forma, inevitável, que o órgão não tome 
conhecimento do fato.
Para o sistema, esta prática é bastante prejudicial uma vez que está acobertando 
a real situação de acidentes que o ambiente industrial brasileiro se encontra.
3.3 REGISTRO DA CAT ON-LINE
Corrêa (2018) explica que o registro do CAT pode ser realizado de forma on-line 
desde que seja preenchido obrigatoriamente todos os campos requisitados, outra 
opção é gerar o formulário em branco e preencher manualmente.
Há, contudo, diversas dúvidas em relação a emissão do CAT. Uma delas é que 
muitos imaginam que apenas a empresa responsável pode emitir o CAT, entretanto, 
é um pensamento equivocado, pois, o artigo 358 da Instrução Normativa (IN) 45 
apresenta outras possibilidades, são elas:
• O próprio acidento ou seus dependentes;
• O sindicato da função exercida;
• O médico que assistiu ao funcionário;
• Autoridades públicas envolvidas.
Há, entretanto, outra categoria de acidentes que é a categoria do acidente que 
aconteceu em um trabalhador avulso, neste caso, o CAT poderá ser emitido por:
• Empresa responsável pelo serviço;
• Sindicato da categoria;
• Gestor da mão de obra responsável.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm
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ISTO ESTÁ NA REDE
Para realizar um CAT online basta seguir o passa a passo:
1. Acessar o link de cadastro online: https://cadastro-cat.inss.gov.br/
CATInternet/faces/pages/cadastramento/cadastramentoCat.xhtml
2. Uma página semelhante a Imagem 5 deverá aparecer
3. Será necessário entrar com a seguinte informação: tipo de CAT (abertura, 
reabertura ou comunicação de óbito).
4. Em seguida, será necessário inserir o tipo de empregador, o número de CNJP da 
empresa, o PASEP do trabalhador, a data do acidente e último dia de trabalho.
Imagem 5 – Cadastro do CAT online
Fonte: O autor, 2021.
ANOTE ISSO
Um ponto de atenção é que o CAT deve ser aberto em qualquer acidente que 
aconteça durante o período de trabalho, inclusive, tanto o percurso de ida quanto o 
percurso de volta do trabalho estão inclusos. Esse ponto é bastante importante pois 
comumente gera uma dúvida bastante especifica. Digamos que um funcionário que 
trabalha em duas empresas distintas sofre um acidente no percurso de um trabalho 
ao outro, quem deverá acionar o CAT? Neste caso, segundo o parágrafo 1 do artigo 
258 da IN 45, as duas empresas deverão abrir um chamado.
3.4 TIPOS DE CAT
Para facilitar a administração e o controle dos chamados, o CAT se divide em três 
grandes grupos: CAT inicial, CAT de reabertura e CAT de óbito. Vejamos a seguir cada 
um deles:
https://cadastro-cat.inss.gov.br/CATInternet/faces/pages/cadastramento/cadastramentoCat.xhtml
https://cadastro-cat.inss.gov.br/CATInternet/faces/pages/cadastramento/cadastramentoCat.xhtml
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O CAT inicial deve ser aberto para a realização de um acidente de trabalho que 
envolta trajeto, doença profissional ou mesmo um óbito imediato.
Já o CAT de reabertura deverá ser aberto quando ocorrer um agravamento ou uma 
sequela de uma determinada lesão proveniente de um acidente de trabalho que já 
aconteceu e que já foi notificado lá no CAT inicial. Neste CAT de reabertura, deverá 
constar todas as informações já apresentadas anteriormente no CAT inicial exceto 
as seguintes informações: quantidade de tempo de afastamento, data do último dia 
trabalhado, anexo do atestado médico e também a data de emissão uma vez que essas 
informações serão referentes a nova data de reabertura. O texto da instrução normativa 
determina que não serão considerados CAT de reabertura quando o procedimento 
for uma simples consulta médica nem quando exigir afastamento do profissional em 
menos de 15 dias seguidos.
Por fim, o CAT de óbito ou CAT de comunicação de óbito é um chamado que deverá 
ser aberto em caso de falecimento do colaborador por causas que decorreram de 
um acidente que já aconteceu e que já foi realizado o CAT inicial. Lembrando que, 
enquanto que no CAT inicial é registrado a morte IMEDIATA, aqui no CAT de óbito é 
registrado a morte que aconteceu em detrimento a algum evento que já aconteceu.
Por exemplo, um trabalhador se acidentou, bateu a cabeça e ficou em coma. Neste 
caso, deve ser aberto um CAT inicial informando o acidente. Alguns dias após o acidente, 
o estado do funcionário acidentadopiora e o óbito acaba acontecendo, neste momento, 
deverá ser iniciado um CAT de comunicação de óbito.
Outra dúvida bastante recorrendo é na abertura de CAT envolvendo doenças. 
Realizar a abertura de um CAT envolvendo acidentes é mais fácil do que realizar a 
abertura de um CAT envolvendo doenças, isso se deve a alguns fatores bastantes 
simples: marcação temporal. Vamos entender? Um acidente, quando ocorre, 
apresenta um horário de ocorrência e uma data, ou seja, tem como realizar a 
localização no tempo. Já uma doença é um pouco mais complicada pois como 
determinar a data e o horário que ela surgiu, por exemplo? Como realizar o 
preenchimento do campo “data”?
Para esclarecer este ponto, devemos buscar a resposta no artigo 23 da lei 8.213 
de 1991. Para responder à questão apresentada, deverá ser considerado a data que 
se deu início a incapacidade de exercer a atividade profissional ou mesmo o dia que 
foi obtido o diagnóstico. 
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3.5 PROCURE UMA AGÊNCIA DO INSS
No site da Justiça do trabalho encontra-se as orientações para caso não seja 
possível a realização do informativo CAT de forma on-line, desta forma, a empresa 
não estará sujeita a aplicação de multa por descumprimento do prazo estabelecido 
pela legislação. O registro do CAT pode ser realizado em agências do INSS, para que 
seja validado, o registro deve estar devidamente preenchido e assinado (JUTIÇA DO 
TRABALHO, 2018).
De acordo informações retiradas do site do INSS, para que o atendimento presencial 
ocorra, será necessário apresentação de documento com foto e o número do CPF. 
3.6 INFORMAÇÕES IMPORTANTES A RESPEITO DO CAT
Em caso da empresa se recusar a emitir o CAT então poderá haver a atuação dos 
órgãos responsável podendo haver a aplicação de multas uma vez que a omissão 
do acidente de trabalho é considerada crime de acordo o artigo 269 do código penal 
juntamente com o artigo 169 das Leis Trabalhistas. Empresas que se recusarem a 
emitir o CAT poderá receber multas com valores variando de 545 reais até 3.689,66 
reais sendo que este valor pode ser ainda maior se a previdência averiguar apresenta 
reincidência em omissão de emissão do CAT.
Além de tudo que já foi apresentado aqui, a emissão do CAT apresenta ainda mais 
vantagens. Sabemos que o mesmo apresenta o papel de registro de doenças e acidentes 
que ocorrem em decorrência das funções e atividades exercidas na/para empresas. 
Contudo, uma informação bastante interessante é que, quando o funcionário ultrapassar 
o período de quinze dias de licença comprovada do acidente de trabalho ocorrido ou 
mesmo da doença de trabalho, então o trabalhador terá direito a receber um auxilio 
doença acidentário, diferente do auxílio doença comum, sendo que o primeiro apresenta 
algumas vantagens, como:
• Depósito do FGTS durante o período de afastamento;
• O período de afastamento será contabilizado para o tempo de aposentadoria;
• Estabilidade de um ano no emprego após o retorno das atividades;
• Dependendo da gravidade do acidente/doença, haverá a possibilidade de receber 
um auxilio indenizatório em caso de sequelas ou lesões que impliquem na redução 
de sua capacidade de trabalho.
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3.7 ACIDENTES DE TRABALHO NO BRASIL
Os acidentes de trabalho que ocorrem no brasil resultam em um grande prejuízo 
aos cofres públicos uma vez que os gastos com pensões, aposentadores e auxílios 
para as vítimas são bastante altos.
Para nos ajudar a entender melhor e a quantificar alguns dados, o Ministério da 
Previdência e Assistencial Social divulga quase que anualmente os dados obtidos a 
respeito dos acidentes trabalhistas
Para entendermos melhor os dados disponíveis, observe a Tabela 2 a seguir.
M
ES
ES
QUANTIDADE DE ACIDENTES DO TRABALHO
TOTAL
COM CAT REGISTRADO
SEM O CAT 
REGISTRADOTOTAL
MOTIVO
TÍPICO TRAJETO
DOENÇAS DO 
TRABALHO
2015 2016 2017 2015 2016 2017 2015 2016 2017 2015 2016 2017 2015 2016 2017 2015 2016 2017
622.379 585.626 549.405 507.753 478.039 450.614 385.646 355.560 340.229 106.721 108.552 100.685 15.386 13.927 9.700 114.626 107.587 98.791
Tabela 2 - Quantidade mensal de acidentes do trabalho, por situação do registro e motivo.
Fonte: Adaptado de Ministério da Fazenda, 2017, p. 68.
O gráfico retirado do site da Previdência Social nos informa o número total de 
acidentes para os anos de 2015, 2016 e 2017, além de apresentar também os valores 
para os acidentes que não acionaram o CAT. Podemos ver, por exemplo, que para 
todos os anos, o número de acidentes que ocorreu sem o registo de CAT se aproxima 
ou passa dos 100 mil acidentes.
Parra facilitar nossa análise, observe a Tabela 3 onde a tabela foi montada apenas 
com os dados mais recentes do ano de 2017.
MESES
QUANTIDADE DE ACIDENTES DO TRABALHO
TOTAL
COM CAT REGISTRADO
SEM O CAT 
REGISTRADOTOTAL TIPICO TRAJETO
DOENÇAS DO 
TRABALHO
549.405 450.614 340.229 100.685 9.700 98.791
Tabela 3 - Quantidade total de acidentes do trabalho, por situação do registro e motivo.
Fonte: Adaptado de Ministério da Fazenda, 2017, p. 68.
Pela tabela apresentada acima, observamos que dos quase 550 mil casos que 
aconteceram, praticamente 100 mil não apresentaram o CAT registrado. Além disso, 
aproximadamente 340 mil casos registrados foram acidentes que aconteceram na 
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fábrica/local de trabalho, aproximadamente 100 mil acidentes aconteceram no trajeto 
(ida/volta) e aproximadamente 10 mil casos foram registrados como doença.
Para melhor visualização do que foi informado observe a Figura 6 a seguir.
Figura 6 - Distribuição de acidentes do trabalho, por motivo, no Brasil.
Fonte: Adaptado de Ministério da Fazenda, 2017, p. 68.
Quase 20% dos acidentes que ocorreram no Brasil no ano de 2017 não foram 
informados. Da porcentagem de acidentes informados ao CAT, a grande parte 
(aproximadamente 75%) foi referente a acidentes que aconteceram no ambiente de 
trabalho. Com essas informações fica claro que o número de omissões ou de não 
registro ainda é bem alto e esta é uma realidade que precisa ser alterada.
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CAPÍTULO 4
ORGANIZAÇÕES DE 
PREVENÇÃO AO ACIDENTE
4.1 INTRODUÇÃO
Neste tópico apresentaremos e discutiremos dois conceitos muito importantes no 
dia a dia industrial. O primeiro conceito será a respeito da CIPA, este termo será o objeto 
de trabalho principal do nosso capítulo, entenderemos como funciona, qual seu objetivo 
e quem pode participar desta organização que se destina a proteção e preservação da 
vida. Em um segundo momento, abordaremos de forma mais superficial o conceito de 
SESMT, desta vez, será apresentado o que é esta organização e quem poderá participar. 
A Figura 7 a seguir ilustra como ambas as organizações devem ser representadas 
dentro da empresa.
Figura 7 – Símbolo da CIPA e do SESMT
Fonte: adaptado de Saudeevida e Segurancadotrabalho, 2020.
De forma geral, a simbologia é a mesma e quase sempre ocupam o mesmo ambiente 
de trabalho devido a similaridade entre as funções. No decorrer desta unidade veremos 
suas particularidades. Vamos embarcar nesta aventura juntos?
4.2 INTRODUÇÃO À CIPA
A CIPA, abreviação para “Comissão Interna de Prevenção de Acidentes” é um grupo 
composto por funcionários de uma empresa para representar os funcionários de um 
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modo geral e o empregador em assuntos relacionados a colaboração à prevenção de 
acidentes. A CIPA tem como filosofia que o acidente de trabalho é sempre fruto de 
causas que podem ser evitadas, amenizadas ou eliminadas, (BRASIL, 2019).
De acordo Ferreirae Peixoto (2012), em 1940 o Governo Federal criou a CIPA 
com o intuito de minimizar a grande quantidade de acidentes de trabalho que havia 
acontecendo em empresas, os autores afirmam que o objetivo era encontrar soluções 
que fossem capazes de proporcionar maior segurança ao trabalhador e ao local de 
trabalho. 
4.3 QUEM DEVE POSSUIR A CIPA?
A CIPA deve estar presentem em forma de estabelecimento e deve estar devidamente 
regulamentada e funcionando em: empresas privadas, públicas, sociedades de economia 
mista, órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações 
recreativas, cooperativas entre outros tipos de instituições que admitam trabalhadores 
como empregados (CIPA, 2013). 
4.4 OBJETIVOS DA CIPA
A CIPA tem como objetivo garantir e representar os interesses dos trabalhadores 
quando relacionados a assuntos de melhoria da segurança do ambiente de trabalho 
e de saúde ocupacional. É também objetivo da CIPA observar e levantar os possíveis 
riscos presentes no ambiente de trabalho bem como exigir medidas a fim de minimizar 
riscos ou até mesmo elimina-los, discutindo e orientando os trabalhadores em relação 
a preservação a vida (LAGOA SECA, 2019).
ANOTE ISSO
O item 5.16 da NR-5 dispõe as diversas atribuições de atividades que cabem a CIPA 
executar:
• Elaboração de mapa de risco;
• Elaboração de um plano de trabalho sendo este, um documento que deverá 
conter o passo a passo do trabalho;
• Ajudar a equipe de segurança a definir processos de melhoria continua no que 
se refere a preservação de vida;
• Realizar um checklist de segurança do ambiente de trabalho.
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4.5 A REPRESENTAÇÃO NA CIPA
A CIPA deve ser composta por representantes de ambas as partes (empregado 
e empregador). O representante da parte do empregador é indicado pelo mesmo, 
enquanto que o representante da parte dos empregados deve ser eleito via voto 
popular entre os empregadores presentes na fábrica. O número de pessoas que irão 
compor a CIPA irá variar de acordo o número de funcionários que a empresa possui 
e essa relação está presente no Quadro 1 na NR 5 disposta no site do Ministério do 
Trabalho. Além disso, a CIPA deve ser comportas por membros de diferentes setores 
da empresa, não podendo voltar membros do setor que mais ocorre acidentes dentro 
da empresa (CIPA – USP, 2020).
 
4.6 EMPRESAS QUE NECESSITAM E NÃO NECESSITAM DA CIPA
O item 5.2 da Norma regulamentadora número 5 nos informa que a CIPA deve estar 
presente nas empresas no formato de estabelecimento, devendo estar presente em 
empresas de todos os âmbitos: privadas, públicas, sociedade de econômica mista, 
nos poderes legislativos, instituições beneficentes, cooperativas e todas as outras 
modalidades de empresas.
Em resumo, toda empresa que possui pessoas trabalhando na condição de 
“empregado”, mesmo que voluntário, deverá apresentar a CIPA, sendo raro os casos 
de empresas que não apresentarão a CIPA.
Inclusive, se a sua empresa apresenta menos de 20 empregados, o número mínimo 
de membros da CIPA será “um” e está única pessoa já será considera a CIPA.
A diretoria da empresa deverá indicar um responsável para deixa-lo encarregado 
do cumprimento das atribuições dispostas na NR 5, devendo o mesmo promover 
treinamentos para os outros membros da CIPA (SESI, 2008).
4.7 ELEIÇÃO E MEMBROS ELEITOS
A eleição é um processo que deverá ser realizado durante o expediente normal 
da empresa e deverá também respeitar os turnos e deverá obrigatoriamente ter a 
presença de mais da metade do número de empregados de cada setor (SESI, 2008).
Membros eleitos possuem algumas vantagens profissionais em relação a outros 
funcionários.
https://moodle.ufsc.br/pluginfile.php/748669/mod_resource/content/1/NRs_Comentadas.pdf
https://moodle.ufsc.br/pluginfile.php/748669/mod_resource/content/1/NRs_Comentadas.pdf
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O item 5.8 da NR 5 estabelece que é vedada a dispensa arbitrária 
ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção de 
CIPA desde o registro de sua candidatura até um ano após o final 
de seu mandato. Os motivos da dispensa arbitrária, apresentados 
anteriormente, estão em conformidade com o Art. 477 da CLT, que 
prevê o rompimento do contrato de trabalho com “demissão por justa 
causa”. O parágrafo único do Art. 165 (CLT) determina que caberá à 
empresa comprovar, em caso de reclamação trabalhista, os motivos 
que levaram à demissão do empregado eleito para a CIPA no período 
da estabilidade (ARAÚJO, p 178, 2014)
O processo de eleição deve ser realizado há um prazo de no mínimo quinze dias 
antes do fim do mandado atual dos membros da CIPA. Contudo, se esse procedimento 
é novo em sua empresa e a CIIPA ainda não existe, então algumas etapas deverão 
ser realizadas:
• Etapa 1: divulgação das vagas abertas possibilitando a candidatura dos 
funcionários da instituição, a divulgação deverá contar com um edital presente 
com as instruções prazos e formas de realização do processo;
• Etapa 2: Divulgação do número de inscritos/nome dos inscritos;
• Etapa 3: Ato de acontecimentos da eleição;
• Etapa 4: Ata de eleição: presença dos dados do presidente, vice-presidente e 
secretário escolhidos via votação popular;
• Etapa 5: Ata de posse dos funcionários da CIPA;
• Etapa 6: Elaboração do calendário de reuniões mensais onde deverá ser decidido 
a sazonalidade (semanal, quinzenal, mensal, etc);
• Etapa 7: Fornecimento de treinamento, por parte do empregador, para os 
membros da CIPA.
Além do mais, em caso de você assumir a presidência, será sua função:
1. Realizar a convocação dos membros da CIPA para reuniões semanais/mensais.
2. Realizar a coordenação das reuniões, conduzindo com eficiência e convocando 
o empregador e o SESMT quando necessário.
3. Realizar relatórios e atas da reunião para manter o empregador informado a 
respeito do assunto.
4. Realizar atividades de supervisão dos planejamentos já implantados.
5. Delegar funções aos membros.
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Em suma, qualquer funcionário poderá fazer parte da comissão da CIPA. Ao 
contrário do SESMT, que veremos ao final deste capítulo, a CIPA deve ser constituída 
por profissionais de todos os setores, não sendo necessário haver formação técnica 
no assunto.
4.8 DIMENSIONAMENTO DA CIPA
Com base na norma (NR-5) podemos realizar a determinação do número de 
colaboradores que irá compor o quadro de funcionários da CIPA, garantindo um número 
mínimo de funcionários efetivos e suplentes para constituir a comissão e seguir o 
trabalho.
Para o dimensionamento correto, é necessário levar em conta três fatores. O primeiro 
fator está relacionado a atividade que a empresa exerce relacionando o risco que a 
empresa apresenta, já o segundo fator diz respeito ao setor econômico da empresa 
enquanto que o terceiro fator está ligado ao número de funcionários que a empresa 
apresenta
Com base no que foi apresenta, três passos podem ser apresentados que irão 
auxiliar no dimensionamento da CIPA:
Passo 1: a primeira decisão a ser tomada apresenta relação com a determinação da 
atividade que a empresa realiza (o que ela faz, o que produz, qual serviço ela presta, 
e assim por diante).
Passo 2: com a determinação da atividade desenvolvida, então o quadro III da NR-5 
deverá ser consultado para se obter um código único referente a atividade/setor de 
atuação da empresa.
Passo 3: com a atividade identificada e o código obtido, agora é o momento de 
realizar a identificação do setor econômica. Para isso, o quadro de número II disposto 
na NR-5 deverá ser consultado Neste quadro será possível identificar o grupo que a 
empresa se encontra na classificação com base na Classificação Nacional de Atividade 
Econômicas.
Passo 4: agora é o momentode determinar o número de colaboradores efetivos e 
suplentes que sua instituição CIPA deverá possuir, para isso, será necessário consultar 
o quadro I presente na NR-5. Este quadro irá relacionar o número de funcionários 
com o setor de atuação e o setor econômica, fornecendo o número de funcionários 
necessários.
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Em suma, três quadros deverão ser consultados para realizar o dimensionamento 
correto da CIPA. Os quadros são:
1. Número de empregados do estabelecimento – Quadro I da NR 5
2. Setor econômico da empresa – Quadro II da NR 5
3. Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE) da empresa – Quadro 
III da NR 5.
4.9 REUNIÕES DA CIPA
A CIPA deverá se reunir com todos os seus membros, pelo menos uma vez por mês, 
durante o expediente normal de seus funcionários e em local apropriado (PIMENTEL, 
2009).
Existem um modelo de reunião conhecido como “reunião extraordinária”. A reunião 
extraordinária da CIPA deverá ocorrer sempre que houver acidentes de trabalho. 
O acidente pode acontecer com ou sem vítima e caberá ao responsável da CIPA, 
dependendo da gravidade do problema, convocar a reunião com urgência ou agendá-
la para um dia próximo (CIPA – USP, 2020).
O responsável pelo CIPA deverá encaminhar o relatório/ata realizado durante a 
reunião extraordinária para o SESMT e ao empregador para que as soluções discutidas 
sejam providenciadas (SESI, 2008).
O empregador, após receber o relatório/ata com as solicitações de melhoria terá 
um prazo de até 08 (oito) dias para responder à CIPA com as medidas adotadas para 
o problema apresentado (BRASIL, 2019).
4.10 CURSO BÁSICO DE CIPEIRO
Cabe à empresa disponibilizar recursos e promover a todos os membros formadores 
da CIPA, inclusive secretários substitutos, cursos relacionados a prevenção de acidentes 
do trabalho sendo que o mesmo deve possuir uma carga horária mínima de 18 horas e 
obedecer a ementas pré-estabelecidas. O curso deve ocorrer em horário de expediente 
norma da empresa (BRASIL, 2019).
O curso deverá ser realizado de preferência pelos SESMT da empresa 
e, na impossibilidade, por entidades especializadas em segurança 
do trabalho, entidades sindicais para a categoria profissional 
correspondente ou ainda por centros e empresas de treinamento, 
todos credenciados, para esse fim, na DRT, órgão regional do MTE. 
(PIMENTEL, p. 59, 2009).
https://moodle.ufsc.br/pluginfile.php/748669/mod_resource/content/1/NRs_Comentadas.pdf
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4.11 EXIGENCIAS LEGAIS - CIPA
Após a efetivação da CIPA dentro da empresa, a mesma não poderá reduzir seu 
número de funcionários, exceto se houver uma redução no quadro de funcionários 
da empresa. Além disso as atividades da CIPA não poderão jamais ser encerradas, a 
menos que a empresa venha a fechar (SESI, 2008).
4.12 O QUE É SESMT?
A sigla “SESMT” significa “Serviços especializados em Engenharia de Segurança e 
em Medicina do Trabalho”. Esta instituição, assim como a CIPA, busca garantir um 
ambiente saudável e seguro para que os funcionários possam executar suas funções 
da melhor forma possível.
O SESMT foi criado no ano de 1967 para suprir a necessidade de uma organização 
que se responsabilizasse pelas doenças ocupacionais uma vez que, leis trabalhistas 
relacionadas a segurança do trabalho existem desde 1919, contudo não abrangendo 
as doenças. Logo, até a data citada (1967), pessoas que, porventura, adquirissem 
algum tipo de enfermidade no ambiente de trabalho, acabariam sendo prejudicadas 
uma vez que não iria receber nem possuir nenhum tipo de assistência bem por parte 
do governo nem por parte da empresa.
O SESMT é abordado e definido pela NR-4 onde é possível obter, de forma gratuita 
pelo site do governo federal, informações como: dimensionamento de um SESMT, 
funções, punições e muito mais.
4.13 QUEM PODE PARTICIPAR DO SESMT?
No item anterior apresentamos o conceito de SESMT, agora iremos apresentar de 
forma bastante objetiva quem pode fazer parte desta instituição.
Poderão constituir o corpo de funcionários do SESMT: médico do trabalho, engenheiro 
de segurança do trabalho, enfermeiro do trabalho, técnico em segurança do trabalho com 
registro no ministério do trabalho e auxiliar de enfermagem. Para o dimensionamento 
do corpo de funcionários deverá ser levado em conta informações como número 
total de funcionários da empresa bem como o nível de risco que a empresa possui. 
Esta última informação pode ser obtida por tabelas dispostas na NR-4, assim como 
o passo a passo para o dimensionamento correto.
https://moodle.ufsc.br/pluginfile.php/748669/mod_resource/content/1/NRs_Comentadas.pdf
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CAPÍTULO 5
SEGURANÇA DO TRABALHO 
EM ALTURA – NR 35
5.1 INTRODUÇÃO
Como já adiantado pelo título, a Norma Regulamentadora número 35 é referente a 
segurança e saúde do trabalhador tratando de serviço em altura. A norma estabelece 
requisitos mínimos para garantir a proteção dos trabalhadores em diferentes níveis 
e é assegurada pela lei 6.514, portaria MTE 593/2014. A normativa abrange diversas 
atividades realizadas em altura, como por exemplo: limpeza de fachadas e janelas, 
limpeza de caixa d’água, construção, reparos, pinturas, instalações em postes e diversos 
outros, como apresentado na Figura 8. 
Figura 8 – Exemplos de trabalhos em altura.
Fonte: Adaptado de Freepik, 2021.
Para que a normativa seja válida, a norma considera que trabalho em altura e todo 
trabalho realizado acima de 2 metros em relação ao chão pois acima desta altura já 
começam a oferecer perigo na queda.
|5.2 RESPONSABILIDADES EMPREGADO/EMPREGADOR
Para começarmos nossa discussão, apresentaremos quais são os direitos e deveres 
do empregado e do empregador quando tratamentos de NR-35.
É obrigação do empregado:
1- Cumprir toda o texto disposto de forma legal pela NR-35;
2- Cumprir os procedimentos expedidos pela empresa contratante desde que 
obedeça às normas;
3- Colaborar com a empresa na implementação e disseminação da NR-35;
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4- Exercer o direito de recusa de execução de atividade sempre que houver a 
constatação de que a atividade apresenta riscos para sua segurança e saúde ou 
mesmo para a segurança e saúde de outras pessoas;
5- Zelar pela segurança dos colegas de trabalho e das pessoas que possam estar 
presentes no local de trabalho.
É obrigação do empregador:
1- Executar a implantação das medidas de proteção de serviço em altura dispostos 
na NR-35;
2- Garantir aplicação de ferramentas como a Análise de Riscos para assegurar o 
levantamento de todos os riscos presentes no local;
3- Buscar pelo desenvolvimento operacional de atividades rotineiras que possam 
auxiliar a garantir a segurança;
4- Assegurar avaliações prévias do local de trabalho pois possibilitam melhor 
planejamento dos itens de segurança;
5- Adotar medidas necessárias para alcançar a implantação de todos os itens da 
NR-35 dentro dos limites do serviço a ser executado;
6- Manter os funcionários sempre atualizados contra a situações do ambiente de 
trabalho que poderão auxiliar nas tomadas de decisões.
7- Garantir que todo e qualquer trabalho envolvendo altura só se inicie após a 
garantia que todas as medidas necessárias foram previamente adotadas.
8- Suspender trabalhos em altura quando perceber possíveis riscos que fogem do 
planejado;
9- Garantir a supervisão dos funcionários na realização de todos os trabalhos em 
altura;
5.3 COMO MINIMIZAR DADOS EM CASO DE ACIDENTE
Eliminar ou, ao menos, minimizar riscos deve ser sempre o foco do líder responsável 
para garantir a total integridade física e mental do seu colaborador, contudo, sabemos 
que situaçõesinesperadas podem acontecer a qualquer momento e devido a isso, é 
necessário estarmos preparados também. 
É necessário analisar cenários em que, caso um acidente aconteça, o que fazer 
para reduzir o impacto do trabalhador? Para isso, existem equipamentos absorvedores 
de choque. O impacto final do funcionário em uma queda será resultado de alguns 
pontos de influência, como: dispositivo trava-quedas, o peso do funcionário, fator de 
queda. Para entendermos melhor este último termo, fator de queda, podemos imaginar 
a relação entre a altura da queda e do comprimento da corda que o trabalhador está 
pendurado, chamado de talabarte, disponível na Figura 9.
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Figura 9– Talabarte em uso em um serviço envolvendo altura.
Fonte: Adaptado de Freepik, 2021.
Podemos, portanto, definir “fator de queda” como sendo a razão entre a altura da 
queda e o comprimento do talabarte que absorve a queda. Para justificarmos melhor 
este exemplo, considere um trabalhador executando trabalho em altura que apresenta 
risco de queda. O trabalhador está utilizando os devidos EPIS (que falaremos mais a 
frente nesta unidade) e seu talabarte apresenta cerca de 1 metro de comprimento. 
Com base nestas informações, podemos ter diferentes cenários de quedas, como 
demonstrado na Figura 10.
Figura 10 – Demonstração de diferentes fatores de queda.
Fonte: TESSEG, 2019, p. 14.
O ideal, para maior segurança do funcionário, é que o fator de queda seja menor 
que 1, ou seja, a razão entre a altura da queda e o comprimento do talabarte será 
menor que 1. Para valores de fatores de queda igual ou maior que 1 já são situações 
de maior risco, devendo, portanto, haver maior supervisão e maiores cuidados.
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5.4 SINDROME DA SUSPENSÃO INERTE
Um dos grandes perigos da queda é a Síndrome de Arnês ou, como é popularmente 
conhecida, Síndrome da Suspensão Inerte. Para que esta doença aconteça, são 
necessários dois fatores: suspensão e imobilidade. 
Neste caso, em caso de acidente, os membros inferiores do corpo do trabalhador que 
ficam suspensos, acabam sofrendo de represamento sanguíneo uma vez que o próprio 
cinto que prende a pessoa no ar acabará prendendo e interrompendo a circulação 
do sangue pelas artérias e veias, provocando um colapso no sistema circulatório. O 
colapso pode estar ligado a falta de oxigenação dos membros inferiores e também 
a deficiência de oxigenação ao cérebro, entre outros fatores como arritmia, pressão 
etc. Para entender melhor este acidente, observe a Figura 11 abaixo. 
Figura 11 – Síndrome da suspensão inerte.
Fonte: TESSEG, 2019, p. 15.
Como consequência desta doença, temos de problemas considerados mais leves 
como formigamento, amortecimento, tonturas e náuseas até problemas mais graves 
como hipertermia, inconsciência, choques circulatórios, traumas irreversíveis, reações 
fisiológicas adversas e até mesmo óbito. 
5.5 INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA
O procedimento padrão inicial para começar a realizar um trabalho em altura é realizar 
a ação de inspeção para assegurar que todos os equipamentos estão de acordo com os 
conformes. A inspeção é um procedimento padrão tão importante que deve ser realizado 
no momento de compra do equipamento e também de forma periódica e rotineira, de 
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acordo as atividades de uso. A ação pode assumir um caráter preventivo e corretivo uma 
vez que previne acidentes e pode eliminar erros assim que detectados. 
ANOTE ISSO
A inspeção é um procedimento que pode se estender a todos os equipamentos, 
sejam eles de proteção individual ou de proteção coletiva. 
Os EPI – Equipamento de Proteção Individual mais populares são: sistema de 
ancoragem, elementos de ligação e equipamentos, cordas, capacetes e outros, como 
ilustra na Figura 12.
Figura 12 – Equipamentos de proteção individual para trabalho em altura.
Fonte: Adaptado de Freepik, 2021. 
Nem toda atividade irá exigir o uso de todos os equipamentos, sendo que caberá 
ao responsável do trabalho determinar o equipamento correto e adequado para o 
serviço que será utilizado.
Além dos EPIs temos também os EPC – Equipamento de Proteção Coletiva que 
protegem um grupo de pessoas simultaneamente e são utilizados para neutralizar ações 
dos agentes ambientes, reduzindo a possibilidade de um acidente. Para representar 
esta categoria, temos os equipamentos demonstrados na Figura 13 a seguir.
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Figura 13- Equipamentos de proteção coletiva envolvendo trabalhos em altura.
Fonte: Adaptado de TESSEG, 2019, p. 19.
O isolamento da área de trabalho deve ser sempre realizado utilizando a sinalização 
correta para evitar que pessoas que transitam pelo local se acidentem.
5.6 PONTO DE ANCORAGEM
Os dispositivos de ancoragens são aqueles elementos definitivos ou mesmo 
temporários que são utilizados para suportar o impacto da quadra, este elemento é 
utilizado pelos funcionários para que os mesmos possam conectar seus equipamentos 
de proteção individual de forma que, em caso de uma queda, ficarão presos a esses 
pontos de ancoragem. 
Os pontos de ancoragem devem ser projetados por profissionais capacidades e 
habilitados. Um exemplo de ponto de ancoragem conectado a um cabo de aço está 
apresentado na Figura 14 a seguir.
Figura 14 – Ponto de ancoragem com cabo de aço conectado.
Fonte: Esperadeamcoragem, 2020
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Além dos pontos de ancoragem, devemos ter também os acessórios para ancoragem, 
o mais comum são as cintas de poliéster (Figura 15) que apresentam fácil transporte 
e suportam cargas de rupturas podendo varias de 18 kN até 35 kN.
Figura 15 – Variedades e aplicações dos cintos de segurança.
Fonte: TESSEG, 2019, p. 21.
Além das cintas, temos as travas quedas deslizantes que são utilizados em sistemas 
de linhas de vida e impedem a queda pois possui um dispositivo de travamento 
automático em caso de impacto. Podemos citar ainda as travas quedas retrátil, as 
cordas, mosquetões e os talabartes.
5.7 TIPOS DE NÓS
Os nós são técnicas importantes utilizadas por funcionários que trabalham neste 
ramo de serviços em alturas pois auxiliam no transporte de pessoas, pessoas e 
movimentação. Diferentes nós são utilizados em diferentes finalidades. Na imagem 
da Figura 16 observaremos alguns nós bastante populares e na sequência iremos 
comentar cada um deles.
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Figura 16 – Diferentes técnicas para nós.
Fonte: Adaptado de TESSEG, 2019, p. 31.
ANOTE ISSO
A seguir destacaremos cinco nós para vocês:
• Oito duplo: nó utilizado para encordoamento, mais resistente que a volta do fiel.
• Orelha de coelho: nó que é executado no meio de uma corda. Esta alça que se 
forma é utilizada como ponto de ancoragem para outros elementos.
• Borboleta: apresenta a mesma função do nó orelha de coelha além de também 
ser criado no meio da corda, sua utilidade está relacionada a ancoragem. 
• Prussik: este nó, quando submetido a determinada tensão, ele trava, podendo 
ser utilizado para reduzir a tensão de queda.
• Volta do fiel: é um nó de ancoragem que se ajuda à medida que é submetido a 
tração.
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CAPÍTULO 6
TRABALHO EM ESPAÇO 
CONFINADO (NR 33) 
E TRABALHO A CÉU 
ABERTO (NR 21)
6.1 INTRODUÇÃO DA NR 33 TRABALHO EM ESPAÇO CONFINADO
A NR-33 possui como objetivo principal a garantia à vida e a segurançados 
trabalhadores na execução de serviços em espaço confinado. A Norma Regulamentadora 
disposta, foi uma conquista alcançada no ano de 2006, dos trabalhadores que atuam 
em situações de perigo e confinamento. A elaboração da norma aconteceu a partir 
de ocorrência de acidentes em espaços confinados e que para alguns especialistas 
em segurança do trabalho o local era caracterizado como confinado já para outros 
especialistas, o local não era caracterizado como local com trabalho confinado 
(MINISTÉRIO DO TRABALHO, NR-21).
6.2 PARTICULARIDADES DA NR-33
Para que o espaço de trabalho seja caracterizado como espaço confinado, ele deve 
apresentar três características fundamentais:
ANOTE ISSO
• Possibilidade de haver contaminantes;
• Ambiente não projeto para humanos;
• Dificuldade de acesso (entrada/saída).
Segundo ANAMT (2015), a principal característica do espaço confinado é a atmosfera 
perigosa que o ambiente apresenta. Por atmosfera perigosa entende-se a deficiência 
de oxigênio, presença de toxidade ou gases prejudiciais à saúde ou mesmo inflamável/
explosivo. 
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 O trabalho em espaço confinado pode acontecer em diferentes setores como 
na indústria alimentícia, indústria de borracha, indústria naval, indústria de papel e 
celulose, entre diversas outras. Mas afinal, qual tipo de serviço pode acontecer nesses 
ambientes? Veja bem caro (a) aluno (a), serviços de construção civil é uma grande porta 
de entrada para trabalhos em espaços confinados, além disso, operações de salvamento 
e resgate também são bastante comuns. Outro serviço que pode ocorrer é o trabalho 
de manutenção, reparos, limpeza, inspeção de equipamentos e/ou reservatórios, entre 
diversos outros.
Deve-se haver bastante atenção quanto aos riscos presente no ambiente como 
quedas, afogamentos, choques elétricos, infecções por agentes biológicos como 
picadas de aranhas, escorpiões ou morcegos, cuidados com riscos químicos, e outros.
6.3. EVITAR ACIDENTES EM ESPAÇOS CONFINADOS
Uma forma segura de garantir a preservação à vida é certificar que a NBR 
14.787 está sendo seguida e atendida pela empresa. A NBR citada recebe o título 
de “Espaços Confinados: Prevenção de acidentes, procedimentos e medidas 
de proteção”. Além, é claro, da própria Norma Regulamentadora número 33. 
Além disso, outra norma brasileira importante a ser seguida pelas empresas é a NBR.
Se você é um funcionário prestes a executar algum serviço em espaço confinado, 
alguns pontos de atenção são necessários. O trabalho em espaço confinado só poderá 
ser realizado quando a empresa fornece autorização na permissão de entrada e trabalho 
(PET). O “PET” é um termo exigido por lei e que deve ser executado pelo supervisor de 
entrada, além disso, o serviço deve ser sempre executado com um vigia acompanhando 
o trabalho (CRPM, 2017)
6.4. OBRIGAÇÃO DA EMPRESA
Além dos fatores apresentados, é obrigação da empresa fornece treinamento a 
todos os trabalhadores devido aos riscos presentes, proporcionando conhecimento 
para determinar medidas de controle. Outro ponto que cabe a empresa providenciar 
é a inspeção prévia do local e também a realização de uma APR (Análise Preliminar 
de Riscos).
Cabe ainda a empresa providenciar exames médicos, providenciar o PET, sinalizar 
e isolar a área, supervisionar a entrada e garantir a presença de um vigia, garantir 
a presença de equipamentos para realizar a medição de oxigênio, gases tóxicos ou 
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mesmos inflamáveis, garantir a presença de equipamentos de ventilação, providenciar 
EPIs (Equipamento de Proteção Individual), equipamentos de comunicação como walk 
talk e também equipamentos de iluminação bem como equipamentos de resgate 
(RAMOS, 2019)
6.5. OBRIGAÇÃO DO FUNCIONÁRIO
O funcionário só deverá executar o serviço em espaço confinado após a supervisão 
do responsável de entrada, garantindo a segurança por meio de testes e adotando 
as devidas medidas. 
O item 33.5.1 da NR-33 nos informa que é o empregador tem o direito de interromper 
suas atividades e abandonar o local de trabalho se perceber a presença de algum 
perigo ou risco (MINISTÉRIO DO TRABALHO, NR-21).
É direito do trabalhador receber o devido treinamento para conhecer os riscos que ele 
irá enfrentar, conhecer o trabalho que irá executar, conhecer os procedimentos em caso 
de emergência e também conhecer a forma correta de utilização dos equipamentos 
(MINISTÉRIO DO TRABALHO, NR-21).
Além do mais, cabe ao trabalhador a comunicação de possíveis riscos não 
identificados em outras etapas, a utilização correta dos EPIs fornecidos, participar 
atentamente dos treinamentos e comparecer aos exames marcados para garantir 
condições físicas e mentais de execução do serviço (NETO E POSSEBON, 2007).
6.6. INTRODUÇÃO A NR-21: TRABALHO A CÉU ABERTO
A NR-21 apresenta diretrizes que devem ser seguidas por todo tipo de trabalho 
realizado a céu aberto, como é o caso de canteiros de obras. Essa normativa é 
interessante pois, geralmente, quando utilizamos o termo “céu aberto”, o nosso primeiro 
pensamento é em um campo aberto, ventilado. Mas nem sempre esta é a realidade. 
A normativa apresenta itens a serem seguidos em diferentes ambientes como por 
exemplo, situações de temperaturas extremas como frio e calor, sol forte, chuva, vento, 
exposição a poeiras, e outros (MINISTÉRIO DO TRABALHO, NR-21).
O ambiente que será executado o serviço deverá garantir a segurança do trabalhador. 
Se imaginarmos um canteiro de obra de funcionários da construção civil, devem estar 
presentes todos os equipamentos e itens de segurança que irão garantir a integridade 
física dos mesmos.
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6.7 PONTOS DE DESTAQUE DA NR-21
O primeiro ponto que destacaremos é que, caso o serviço exija a permanência dos 
funcionários no local de trabalho para pouso, ou seja, exija que os funcionários durmam 
no local, como trabalhos executados em alto mar ou no meio do deserto, então os 
mesmos não poderão dormir a céu aberto e cabe a empresa garantir o alojamento 
correto para os mesmos. O objetivo é garantir um local fechado em condições favoráveis 
e humanas de descanso. Este alojamento, de acordo a NR tratada, pode ser em forma 
de tenda, cabine, abrigo, entre outros
Outro ponto importante a ser destacado é a proteção contra clima intenso. A NR 
21 no item 21.2 informa que “Serão exigidas medidas especiais que protejam os 
trabalhadores contra a insolação excessiva, o calor, o frio, a umidade e os ventos 
inconvenientes.”. Vamos imaginar a seguinte situação: a empresa responsável pela 
execução do serviço proporciona uma barra para seus funcionários dormirem no meio 
da neve. Contudo, uma barraca é suficiente para garantir que os colaboradores não 
irão passar frio? Óbvio que não... a empresa deverá fornecer outros equipamentos 
como luvas, toucas, roupas térmicas etc. (MINISTÉRIO DO TRABALHO, NR-21).
Por fim, nosso último ponto de destaque são as condições do alojamento. Regras de 
higiene devem ser atendidas para garantir o mínimo de conforto. As casas sanitárias 
necessitam serem construídas em locais arejados, em lugares que não exista vegetação 
e no mínimo 50 metros afastado de depósitos de esterco, estábulos feno e outros. Outro 
ponto de importância é a presença de dispositivos de travamento em portas e janelas, 
além de haver dispositivo contra contaminação no poço de água. É necessário que o teto 
seja de madeira impermeável para que não apodreça e não seja inflamável. A fossa negra 
deve possuir, no mínimo, quinze metros de poço e serem construídas em lugares livres 
de enchentes. Os locais destinados às privadas (sanitários) deverão ser obrigatoriamente 
arejados, com ventilação excessiva, limpo e em condições adequadas de uso, devidamenteprojetado para não proporcionar a proliferação de animais como ratos e pragas.
ANOTE ISSO
Em suma, a NR-21 é uma norma bastante simples sem muitos itens complicados 
ou de difícil entendimento. É uma normativa complementar a NR 18, intitulada 
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção que também 
trata de serviços realizados em canteiros de obras, contudo, de uma forma um 
pouco mais especifica (RAMOS, 2019)
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CAPÍTULO 7
SEGURANÇA E SAÚDE NO 
TRABALHO AQUAVIÁRIO
A aquicultura é compreendida como a atividade de cultivo de organismos que 
tem como característica o fato de seu ciclo de vida, em condições naturais, se 
desenvolver integralmente ou parcialmente em meio aquático. Ela se divide em ramos, 
a depender da espécie aquática criada, em: piscicultura (peixes), carcinicultura, 
(camarões), malacocultura (moluscos), ranicultura (rãs), algicultura (algas) (IBGE, 
2014; REIS, 2018).
Em 2014, a produção total proveniente da aquicultura foi de R$ 3,87 bilhões, sendo 
70,2% desse valor proveniente da criação de peixes, 20,5% de camarões e 2,4% de 
ostras, vieiras e mexilhões. No ano de 2019, a produção aquícola alcançou 599 mil 
toneladas, tendo ocorrido aumentos de 3 a 7% ao ano desde 2013. Esses números 
demonstram que se intensificou a aplicação de tecnologia e, adicionalmente, cresceu 
o número de profissionais atuando no setor, daí a importância de discutir aspectos 
de segurança e saúde no trabalho (IBGE, 2014; CNA, 2020). 
Nos tópicos que se seguem serão abordadas as principais diretrizes para garantir ao 
trabalhador da aquicultura condições de segurança suficientes para que sua integridade 
e saúde sejam preservadas.
7.1 Norma regulamentadora nº 30 (NR-30)
Além do volume de produção, o alto grau de informalidade dos produtores e 
comerciantes é um fator que acende o alerta em relação à necessidade de aplicar 
requisitos de segurança e saúde do trabalho, para que sejam garantidas as condições 
mínimas para proteção da saúde desses (REIS, 2018). 
A fim de suprir a lacuna gerada pela falta de regulamentações adequadas, foi 
publicada em 2002 a NR-30, a qual dispõe sobre Segurança e Saúde no Trabalho 
Aquaviário. Essa norma passou por retificações nos anos de 2007, 2008, 2010, 2013, 
2015 e 2018 (BRASIL, 2002).
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7.2 Objetivo, aplicabilidade e competências
O objetivo da NR-30 é promover condições de segurança e proteção da saúde dos 
trabalhadores aquaviários. São regidos por essa norma os profissionais certificados 
pela Marinha do Brasil para atuar em embarcações, tais como pescadores, marítimos, 
fluviais, mergulhadores, agentes de manobra e docagem (serviços de reparação que 
a manutenção não é suficiente para resolver) (CÉSAR et al., 2017). 
A norma cita que as seguintes embarcações são contempladas por ela (BRASIL, 
2002):
• Comerciais, de bandeira nacional ou internacional, que transportem mercadorias 
ou pessoas;
• Abaixo de 500 AB (arqueação bruta, medida que expressa o volume total da 
embarcação), com base na finalidade e área de operação da mesma;
• Artesanais, comerciais e industriais de pesca;
• Plataformas de exploração e produção de petróleo;
• Plataformas destinadas a outras atividades;
• Embarcações contidas na Convenção Solas, não regulamentadas pela NR-10, 
12 e 23.
Essa norma também acaba protegendo não só os profissionais que atuam em 
embarcações, mas também em portos, a fim de impedir que a exposição a cargas de 
agentes nocivos, tais como produtos químicos, explosivos, inflamáveis e radioativos. 
De acordo com Lima (CÉSAR et al., 2017, p. 68): “Os riscos são iminentes e qualquer 
descuido poderá acarretar um acidente grave e fatal.”
O cumprimento da NR-30 não substitui também a observância de outras disposições 
legais definidas em convenções, acordos e contratos coletivos de trabalho (BRASIL, 
2002).
7.3 Grupo de Segurança e Saúde do Trabalho a Bordo das embarcações – GSSTB
O GSSTB deve ser e mantido sob a responsabilidade do comandante e organizado 
a bordo de embarcações nacionais com pelo menos 100 de arqueação bruta (AB) e 
internacionais, com que permaneçam em operação por mais de 90 dias em águas 
sob jurisdição brasileira. Os tripulantes que devem integrar o GSSTB são enumerados 
na Figura 17 (BRASIL, 2002).
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Figura 17: Composição do GSSTB.
Fonte: BRASIL, 2002 (Adaptado).
Caso algum dos integrantes da Figura 1 não esteja a borda da embarcação, podem 
assumir profissionais de funções afins. Deve atuar em conjunto com o GSSTB a 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), de modo que os membros titulares 
e suplentes, quando embarcados, precisam estar presentes na reunião ordinária mensal 
do GSSTB (BRASIL, 2002).
ANOTE ISSO
Vamos pensar? A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) é formada 
por uma equipe de pessoas que tem como principal objetivo atuar em prol da 
prevenção de acidentes e de doenças decorrentes do trabalho. Você consegue 
pensar em razões para se ter um grupo específico de tripulantes que tenham como 
atribuição a mais, além das suas atividades laborais, preocupar-se com a promoção 
da saúde dos demais? Que medidas de saúde e segurança do trabalho a CIPA pode 
sugerir para a preservação da vida de todos a bordo da embarcação?
Podem vir a ser convocadas também reuniões extraordinárias do GSSTB, por 
solicitação do comandante ou da maior parte dos membros do grupo, bem como 
por ocorrência de incidentes e acidentes de trabalho que tenham como consequência 
vítimas de lesão grave ou até mesmo óbito (CÉSAR et al., 2017). 
Além disso, o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina 
do Trabalho (SESMT) presta assessoria técnica em matéria de segurança e saúde 
do trabalho ao GSSTB visto que dentre as finalidades desse Grupo estão (BRASIL, 
2002, parágrafo 30.4.6):
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a) Manter procedimentos que visem à preservação da segurança e 
saúde no trabalho e do meio ambiente, procurando atuar de forma 
preventiva; b) Agregar esforços de toda a tripulação para que a 
embarcação possa ser considerada local seguro de trabalho; c) 
Contribuir para a melhoria das condições de trabalho e de bem-estar 
a bordo; d) Recomendar modificações e receber sugestões técnicas 
que visem a garantia de segurança dos trabalhos realizados a bordo; 
e) Investigar, analisar e discutir as causas de acidentes do trabalho a 
bordo, divulgando o seu resultado; f) Adotar providências para que as 
empresas mantenham à disposição do GSSTB informações, normas 
e recomendações atualizadas em matéria de prevenção de acidentes, 
doenças relacionadas ao trabalho, enfermidades infectocontagiosas 
e outras de caráter médico-social; g) Zelar para que todos a bordo 
recebam e usem equipamentos de proteção individual e coletiva para 
controle das condições de risco.
ANOTE ISSO
Fique atento: O Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do 
Trabalho (SESMT) é formado por um grupo de profissionais com conhecimentos 
técnicos na área de Segurança e Saúde no Trabalho (SST), são eles: médico do 
trabalho, enfermeiro do trabalho, auxiliar ou técnico de enfermagem do trabalho, 
engenheiro de segurança do trabalho, técnico de Segurança do trabalho (BARSANO, 
2018).
As atribuições do GSSTB derivam das suas finalidades, de modo que cabe aos seus 
membros garantir o cumprimento das diretrizes de segurança e saúde do trabalho 
e meio ambiente adotadas na embarcação, avaliando se é possível aperfeiçoar as 
medidas de prevenção de acidentes e doenças do trabalho. Adicionalmente, é de 
responsabilidade do grupo: zelar pelo funcionamento adequado dossistemas e 
equipamentos de segurança; investigar e ajudar a conscientizar as pessoas a respeito 
dos acidentes de trabalho; participar do planejamento e execução de treinamentos 
de combate a incêndio, resgate em ambientes confinados e emergências em geral, 
propondo medidas corretivas; dentre outras (CÉSAR et al., 2017). 
7.4 Aspectos de higiene, segurança e saúde no trabalho
A NR-30 descreve as condições ambientais que corroboram para a segurança e a 
preservação da saúde do trabalhador nas áreas da embarcação, tais como corredores, 
refeitórios, salas de recreação, as quais são descritas na Figura 18.
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Figura 18: Higiene, Segurança, Saúde e Conforto a Bordo de acordo com a NR-30.
Fonte: BRASIL, 2002 (Adaptado).
Dentre as medida de proteção da saúde e da segurança da tripulação estão 
definidas na NR-30: a desinfecção minuciosa das acomodações usufruídas por 
pessoas portadores de doença infectocontagiosa; a higienização de toda roupa de 
cama, sob a responsabilidade do empregador; garantia da ausência de irregularidades 
nos pisos e anteparas; uso de material antiderrapante para compor os pisos; mesas e 
cadeiras devem ser compostas por materiais resistentes à umidade, em bom estado 
de conservação e de fácil higienização; as cadeiras devem dispor de um aparato 
de fixação ao piso, evitando derrapagens; presença de sistema de exaustão para 
captação de fumaças, vapores e odores na cozinha; as instalações sanitárias devem 
ser submetidas a manutenções constantes (BRASIL, 2002).
7.5 Pesca comercial e industrial
O anexo I da NR-30 define barco de pesca como um tipo de embarcação cuja 
operação vise a captura, conservação, beneficiamento, transformação para fins 
comerciais e industriais de seres aquáticos. O barco é tido como novo, caso sua 
construção tenha sido aprovada junto a Marinha do Brasil e, caso contrário, como 
barco de pesca (BRASIL, 2002). 
Adicionalmente, são definidos por esse anexo da norma três figuras no contexto 
da pesca comercial e industrial, conforme listado a seguir (BRASIL, 2002).
• O pescador profissional: pessoa que exerce atividades, mesmo que esteja 
em período de formação e aperfeiçoamento, a bordo de um barco e que está 
habilitada perante a Marinha do Brasil;
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• Patrão de pesca: pescador que possui reconhecida habilitação para comandar 
um barco e ser o responsável por operar e administrar as atividades de pesca;
• O armador: “pessoa física ou jurídica que explora barcos próprios, afretados, 
arrendados ou cedidos, dentro de qualquer modalidade prevista nas legislações 
nacional ou internacional, ainda que esta não seja sua atividade principal” (BRASIL, 
2002, anexo I, parágrafo 2.4). 
A Figura 19 enumera as responsabilidades do armador e os requisitos de formação 
dos pescadores profissionais em caráter de Segurança e Saúde no trabalho
Figura 19: Responsabilidades do armador e formação dos pescadores profissionais de acordo com a NR-30.
Fonte: BRASIL, 2002 (Adaptado).
7.6 Medidas de salvamento e sobrevivência
Conforme o apêndice III da NR-30, os barcos devem ser dotados de meios de 
salvamento e sobrevivência, os quais possibilitem a retirada da tripulação da água 
e os que sejam delimitados pela Marinha do Brasil. Eles devem estar dispostos em 
lugar acessível, disponíveis para uso a qualquer momento e estar em bom estado de 
conservação (BRASIL, 2002).
O patrão de pesca ou o pescador profissional designado por ele tem a responsabilidade 
de verificar se tais critérios mínimos dos meios de salvamento estão de acordo todas 
as vezes que o barco sair do porto. Também tem a função de supervisioná-los como 
medida de prevenção regularmente (BRASIL, 2002). 
Os pescadores profissionais tem como atribuição estar devidamente treinado para 
colocar em prática os procedimentos de emergência e de salvamento, os quais devem sendo 
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praticados anualmente no porto ou no mar. Além disso, devem ter pleno conhecimento 
de como manejar os equipamentos de radiocomunicação (BRASIL, 2002).
7.7 Segurança, higiene e saúde no trabalho portuário
A segurança, higiene e saúde no trabalho portuário é regulada pela NR-29, visto que 
esta visa a prevenção doenças ocupacionais e acidentes de trabalho. Caso haja uma 
ocorrência, seja um incidente ou acidente, a NR-29 orienta acerca dos procedimentos 
de primeiros socorros que devem ser aplicados às vítimas. Tal norma aplica-se a 
trabalhadores que estejam a bordo de embarcações ou em terra, em portos e instalações 
portuárias privadas (BRASIL, 1997).
7.8 Norma regulamentadora nº 29 (NR-29)
A NR-29 diferencia os tipos de terminais portuários em terminal retroportuário e zona 
primária, cujas características são descritas na Figura 20, e dois agentes importantes 
no contexto de operação dos portos, são eles (BRASIL, 1997): 
• Tomador de serviços, que consiste na pessoa jurídica de direito público ou 
privado, que usufrui dos serviços de um trabalhador portuário avulso; 
• Pessoa responsável, que detém conhecimentos e experiência suficientes 
para efetuar tarefas específicas e foi “designada por operadores portuários, 
empregadores, tomadores de serviço, comandantes de embarcações, Órgão 
Gestor de Mão-de-Obra - OGMO, sindicatos de classe, fornecedores de 
equipamentos mecânicos e outros” (BRASIL, 1997, parágrafo 29.1.3 d).
Figura 20: Diferenciação entre terminal retroportuário e zona primária.
Fonte: COLONETTI; ZILLI, 2014 (Adaptado).
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ANOTE ISSO
A área alfandegada se caracteriza como o local onde as cargas importadas 
permanecem enquanto são necessários os trâmites legais e documentais que 
constituem o procedimento conhecido como desembaraço. Uma vez que este 
último é concluído, a carga estará nacionalizada. Nacionalizar a carga significa 
tornar a mesma legal frente aos órgãos anuentes do governo federal (SILVA, 2019).
A NR-29 estabelece como competência do OGMO e do empregador (BRASIL, 1997, 
parágrafo 29.1.4.2):
a) proporcionar a todos os trabalhadores formação sobre segurança, 
saúde e higiene ocupacional no trabalho portuário, conforme o 
previsto nesta NR;
b) responsabilizar-se pela compra, manutenção, distribuição, 
higienização, treinamento e zelo pelo uso correto dos equipamentos 
de proteção individual - EPI e equipamentos de proteção coletiva - 
EPC, observado o disposto na NR -6;
c) elaborar e implementar o Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais - PPRA - no ambiente de trabalho portuário, observado 
o disposto na NR -9;
d) elaborar e implementar o Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional - PCMSO, abrangendo todos os trabalhadores portuários, 
observado o disposto na NR-7.
A norma também define como competência dos trabalhadores o cumprimento 
das medidas de segurança e saúde do trabalho; o dever de relatar ao responsável os 
danos ou deficiências detectadas e que constituam risco para o trabalhador ou para 
a operação; e zelar pelo uso adequado de EPI e EPC e das instalações as quais tenha 
acesso (BRASIL, 1997).
A administração do porto é responsável por assegurar a organização, a adequação 
dos serviços em termos de eficiência, segurança e meio ambiente. É preciso que sejam 
traçadas atuações padronizadas para situações de incêndio, explosão, vazamento 
de produtos perigosos, queda ao mar, condições de tempo que possam prejudicar a 
segurança durante as operações, poluição, acidente ambiental e socorro a acidentados 
(BRASIL, 1997). 
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CAPÍTULO 8
SEGURANÇA E SAÚDE NO 
TRABALHO NA AGRICULTURA, 
PECUÁRIA,SILVICULTURA, 
EXPLORAÇÃO FLORESTAL E 
AQUICULTURA
Os segmentos de produção dedicados à exploração de recursos, à produção, ao 
processamento de derivados e subprodutos da agricultura, pecuária, aquicultura, silvicultura 
e exploração florestal são integrantes da agroindústria (BARBOSA FILHO, 2017). 
Ao passo que esta contempla a cadeia produtiva que leva do campo à indústria, 
experimentou um crescimento recorde de 24, 31% no acumulado de janeiro a dezembro 
de 2020, em relação a 2019, conforme relatório do Centro de Estudos Avançados em 
Economia Aplicada (Cepea), feito em parceria com a Confederação da Agricultura e 
Pecuária do Brasil (CNA) (CEPEA, 2020).
De acordo com Barbosa Filho (2017, p. 2):
Entretanto, ao lado desses números impressionantes, há outro que 
carece de inadiável atenção: anualmente, centenas de milhares 
de trabalhadores do segmento sofrem algum tipo de acidente 
laboral. Originados nas mais diversas causas, resultam perdas 
humanas e produtivas que poderiam e deveriam ser evitadas, pois 
representam brutal custo humano, social e econômico. A Organização 
Internacional do Trabalho (OIT) reconhece que a agropecuária está 
entre as atividades com as maiores cifras de acidentes em todo o 
mundo. São frequentes os acidentes com tratores e equipamentos 
agrícolas. Há também a exposição ao ruído e à vibração no trato 
com estes, assim como às radiações solares por longos períodos, 
aos agrotóxicos, ao intenso trato manual de cargas, não raro em 
posturas inadequadas, em ritmos de trabalho intensos e sem se 
observar as pausas para descanso e a reposição hídrica e calórica 
necessárias, frente a jornadas laborais também excessivas, dentre 
outras exigências ou oportunidades de dano à integridade a que 
estes operários costumam ser rotineira e comumente submetidos.
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Nesse sentido, é importante discutir todas as normativas que regulam a segurança e 
saúde no trabalho na agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura.
8.1 Norma regulamentadora nº 31 (NR-31)
A agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura são atividades 
que mantêm relação direta com a organização do meio rural. Por essa razão são 
regidas pela Lei nº 5.889, de 8 de junho de 1973, que trata das relações de trabalho 
rural e estabelece que “[...] Nos locais de trabalho rural serão observadas as normas de 
segurança e higiene estabelecidas em portaria do ministro do Trabalho e Previdência 
Social”. (BRASIL, 1973, art. 13).
Por essa razão, essas atividades também são regulamentadas pela NR-31. Essa 
norma tem a finalidade de prevenir acidentes e doenças relacionadas ao trabalho 
(BRASIL, 2005).
Nos tópicos que seguem serão explanados aspectos importantes dessas atividades 
no que tange aos grupos de pessoas envolvidas e suas atribuições profissionais 
(CÉSAR et al., 2017). 
8.2 Objetivo e responsabilidades
A NR-31 instrui sobre as relações de trabalho e emprego, bem como às condições 
nas quais são desenvolvidas as atividades laborais da agricultura, pecuária, silvicultura, 
exploração florestal e aquicultura. Essa norma delimita as responsabilidades do 
trabalhador e do empregador rural. Antes de discuti-las, é preciso verificar o entendimento 
que a Lei nº 5.889/1973 tem sobre esses agentes, conforme descrito a seguir (BRASIL, 
1973, art. 2º ao 4º):
Art. 2º Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade 
rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual 
a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário. 
Art. 3º - Considera-se empregador, rural, para os efeitos desta Lei, a 
pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que explore atividade 
agroeconômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente 
ou através de prepostos e com auxílio de empregados.
[...] 
Art. 4º - Equipara-se ao empregador rural, a pessoa física ou jurídica 
que, habitualmente, em caráter profissional, e por conta de terceiros, 
execute serviços de natureza agrária, mediante utilização do trabalho 
de outrem. 
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Na Figura 21 são enumeradas as responsabilidades que a NR-31 atribui ao 
empregador rural ou equiparado.
Figura 21: Responsabilidades do empregador ou equiparado.
Fonte: BRASIL, 1973 (Adaptado).
ANOTE ISSO
É também uma obrigação do empregador rural fornecer os Equipamentos de 
Proteção Individual (EPI) que venham a ser necessários para minimizar a exposição 
do trabalhador de agentes de risco, como ruídos (proteção auditiva), poeiras, névoas 
e fumos (proteção das vias respiratória), raios ultravioletas (proteção da cabeça, dos 
membros superiores e corpo inteiro), umidade e resquícios cortantes de vegetação 
(proteção dos membros inferiores). De acordo com a NR-6, o empregador deve 
não apenas fornecer, mas também: exigir o uso dos EPI de acordo com as 
corretas instruções fornecidas pelo fabricante, zelar pela sua higienização e 
manutenção periódica; em caso de danos ou extravios, substituí-los; repassar 
ao MTE qualquer indício de irregularidade identificada nos mesmos, que 
exponha ao invés de proteger o trabalhador do risco (BRASIL, 2001).
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As reponsabilidades e os direitos dos trabalhadores são especificados na NR-31, 
nos itens 31.2.4 e 31.2.5, conforme descrito na Figura 22.
Figura 22: Responsabilidades e direitos dos trabalhadores.
Fonte: BRASIL, 1973 (Adaptado).
8.3 Programa de Gestão de Segurança, Saúde e Meio Ambiente do Trabalho 
Rural - PGSSMATR
A NR-31 traça os requisitos da gestão de segurança e saúde no trabalho na 
agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura. Essa norma atribui 
ao empregador o compromisso de elaborar e implementar o PGSSMATR, por meio 
da tomada de decisões para adoção de condutas e ações que visem a prevenção de 
acidentes e doenças ocupacionais (CÉSAR et al., 2017). 
O empregador deve ter como foco da tomada de decisões, em termos de prioridade, 
a eliminação dos riscos em primeiro lugar, seja pela implementação de medidas 
administrativas durante a produção rural (implementação de pausas ao longo da jornada 
de trabalho, realização de exercícios simples de ginástica laboral, por exemplo), ou 
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pela “substituição ou adequação dos processos produtivos, máquinas e equipamentos” 
(BRASIL, 1973, parágrafo 31.5.1, alínea a). Em segundo lugar, o empregador deve 
adotar medidas de neutralização dos riscos, nos casos em que não for possível 
ou viável financeiramente e devido à natureza do trabalho eliminá-los, tais como a 
adoção de medidas individuais (equipamentos de proteção individual – EPI) e coletivas 
(equipamentos de proteção coletiva – EPC). 
Já em termos de seleção das condutas e ações específicas que serão adotadas, 
a prioridade do empregador deve se situar em um dos eixos relatados na Figura 23.
Figura 23: Responsabilidades e direitos dos trabalhadores.
Fonte: BRASIL, 1973; ENIT, 2019 (Adaptado).
 
O programa contempla os exames médicos, que devem ser garantidos pelo 
empregador rural ou equiparado para o trabalhador, compreendendo a avaliação clínica 
e os exames complementares indicados definidos de acordo com os riscos aos quais 
estarão expostos. Os exames se classificam em (BRASIL, 1973):
• Exame médico admissional: Quando o trabalhador assume as atividades laborais; 
• Exame médico periódico: realizado para controle anual dos possíveis impactos 
da realização do trabalho na saúde do indivíduo;
• Exame de retorno ao trabalho: a serem feitos no primeiro dia do retorno à 
atividade do trabalhador ausente por mais de trinta dias de suas atividades, em 
virtude deacidente de trabalho ou doença, seja ela ocupacional ou não;
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• Exame médico de mudança de função: A ser feito quando ocorre uma alteração 
não apenas nas tarefas, mas nos riscos aos quais o trabalhador está exposto, 
a ser realizado antes da data do início do exercício na nova função, desde que 
haja a exposição do trabalhador a risco específico diferente daquele a que estava 
exposto;
• Exame médico demissional: Caso o último exame médico tenha sido feito há 
mais de 90 dias, não havendo convenção coletiva de trabalho dispondo o contrário 
e nem solicitação médica, deve ser realizado até a data da homologação da 
demissão.
Cada exame médico deve envolver a emissão de um Atestado de Saúde Ocupacional 
(ASO), em duas vias, contemplando dados pessoais do trabalhador, a lista de 
procedimentos médicos aos quais foi submetido e a data em que foram realizados, 
os riscos ocupacionais envolvidos na atividade e a definição de apto ou inapto apto 
para a função específica que será exercida (BRASIL, 1973). 
Sendo detectado a ocorrência de uma doença ou agravo em decorrência do trabalho, 
o empregador rural ou equiparado deve: 
a) emitir a Comunicação de Acidentes do Trabalho - CAT; b) afastar 
o trabalhador da exposição ao risco, ou do trabalho; c) encaminhar o 
trabalhador à previdência social para estabelecimento de nexo causal, 
avaliação de incapacidade e definição da conduta previdenciária em 
relação ao trabalho (BRASIL, 1973, parágrafo 31.5.1.3.11).
8.4 Serviço Especializado em Segurança e Saúde no Trabalho Rural - SESTR 
O SESTR é o equivalente rural para o grupo de profissionais especialistas na área 
de segurança e saúde do trabalho que seria integrado no SESMT, são eles: Engenheiro 
de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho, Técnico de 
Segurança do Trabalho, Auxiliar ou Técnico de Enfermagem do Trabalho. O SESTR tem 
a função de desenvolver ações técnicas dentro de um sistema de gestão de segurança, 
saúde e meio ambiente de trabalho, para tornar o meio de trabalho seguro e viável a 
prevenção da integridade do trabalhador rural (CÉSAR et al., 2017). 
As atribuições do SESTR são enumeradas na Figura 24. 
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Figura 24: Atribuições do SESTR segundo a NR-31.
Fonte: BRASIL, 1973 (Adaptado).
O SESTR deve ser constituído pelos empregadores rurais ou equiparados em 
uma das três modalidades: próprio, caso os profissionais especializados integrantes 
possuam vínculo empregatício; externo, caso os profissionais especializados atuem 
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por consultoria externa; coletivo, quando os profissionais especializados fizerem parte 
de uma contratação coletiva por um segmento empresarial (BRASIL, 1973).
8.5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural – CIPATR
A CIPATR visa a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, devendo ser 
mantida em funcionamento obrigatoriamente pelo empregador rural ou equiparado 
que mantenha vinte ou mais empregados contratados por prazo indeterminado. A 
CIPATR tem a finalidade de tornar o trabalho compatível permanentemente com a 
preservação da vida do trabalhador (BRASIL, 1973).
A CIPATR é formada por representantes do empregador e dos empregados, de 
acordo com a divisão proposta na Tabela 4 (BRASIL, 1973).
Número de 
membros
Número 
de trabalhadores
20 a 35 36 a 70 71 a 100 101 a 500 501 a 1.000 Acima de 1.000
Representante 
dos trabalhadores 1 2 3 4 5 6
Representantes 
do empregador 1 2 3 4 5 6
Tabela 4: Composição da CIPATR, segundo a NR-31.
Fonte: BRASIL, 1973 (Adaptado).
Os membros representantes do empregador são indicados por ele, enquanto os 
membros dos trabalhadores são escolhidos por meio de numa eleição com votação 
secreta. A duração do mandato dos membros eleitos é de 2 anos, sendo permitida 
uma reeleição. O coordenador da CIPATR deve ser um dos membros representantes 
do empregador no primeiro ano do mandato, e um dos membros representantes dos 
trabalhadores no segundo ano do mandato (BRASIL, 1973). 
De acordo com a NR-31, a CIPATR não poderá ter o número de membros reduzido, 
bem como não poderá ser desativada até que seja findado o mandato de seus membros, 
nem mesmo diante da diminuição no número de empregados. A CIPATR será dissolvida 
apenas na hipótese de encerramento das atividades do estabelecimento (BRASIL, 1973).
A principais atribuições da CIPATR são descritas na Figura 25.
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Figura 25: Principais atribuições da CIPATR, segundo a NR-31.
Fonte: BRASIL, 1973 (Adaptado).
O funcionamento da CIPATR se dá por meio da realização de reuniões ordinárias 
em periodicidade bimestral, no horário normal de expediente e em local apropriado, 
seguindo o calendário anual. Diante da ocorrência de acidente de trabalho que tenha 
como consequência lesão grave ou óbito ocorrerão reuniões em caráter extraordinário, 
com a participação do responsável pelo setor da ocorrência, no prazo de até 5 dias 
úteis após o acidente (BRASIL, 1973).
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8.6 Condições Sanitárias e de Conforto no Trabalho Rural
A NR-31 apresenta os critérios de segurança e saúde do trabalho nas áreas de 
vivência a serem oferecidas aos trabalhadores e devidamente organizadas pelo 
empregador, contemplando: instalações sanitárias, locais para refeição, e, quando a 
natureza das atividades demandarem a permanência de trabalhadores nos períodos 
entre jornadas, alojamentos, área para preparo de alimentos e lavanderias. Esses 
ambientes precisam cumprir com alguns critérios, são eles (BRASIL, 1973):
• Condições de higiene e conservação adequadas;
• Construídas em paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente, com 
piso cimentado, de madeira ou de material equivalente;
• Conter cobertura para proteger contra as intempéries;
• Iluminação e ventilação apropriadas.
As instalações sanitárias englobam lavatório (uma unidade para cada grupo de 
20 empregados), vaso sanitário (uma unidade para cada grupo de 20 trabalhadores), 
mictório (uma unidade para cada grupo de 10 trabalhadores), chuveiro (uma unidade 
para cada grupo de dez empregados). Estruturalmente devem garantir o resguardo, 
ter portas, serem de fácil acesso e seguras. Sua organização deve ser feita por sexo, 
havendo disponibilidade de água limpa e papel higiênico, sistema de esgoto, fossa 
séptica ou equivalente, e recipiente para coleta de lixo (BRASIL, 1973).
Vamos pensar? De acordo com o texto da NR-31, é preciso que o empregador 
disponibilize um vaso sanitário para cada grupo de 20 empregador. Ao mesmo tempo, 
a norma indica que os compartimentos sanitários (nesse caso os banheiros) sejam 
divididos de acordo com o sexo. Mas, no caso de um estabelecimento de trabalho 
rural que conta com 18 trabalhadores e segue à risca esta norma, dispondo de 1 
único vaso sanitário, não será possível efetuar essa divisão. Se você fosse um dos 
funcionários, como você avaliaria esse fato? Quais impactos em termos de higiene e 
saúde do trabalho você imagina que a falta de divisão tem? Embase suas respostas 
para os questionamentos anteriores em pelo menos um parágrafo com argumentos.
Os locais para refeição precisam oferecer lugar ou recipiente para a guarda e 
conservação de refeições atendendo às condições de higiene e segurança alimentar, 
independentemente do número de trabalhadores. Além disso, devem cumprir com 
alguns requisitos, descritos na Figura 26.
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Figura 26: Requisitosdos locais para refeição de acordo com a NR-31.
Fonte: BRASIL, 1973 (Adaptado).
Com relação aos alojamentos, a NR-31 determina que o empregador deve fornecer 
roupas de cama condizentes com as condições climáticas locais. Em consonância 
com os costumes do local, as camas podem ser substituídas por redes, desde que 
obedeçam o espaçamento mínimo de um metro entre elas. Adicionalmente, os 
alojamentos precisam (BRASIL, 1973):
a) ter camas com colchão, separadas por no mínimo um metro, 
sendo permitido o uso de beliches, limitados a duas camas na 
mesma vertical, com espaço livre mínimo de cento e dez centímetros 
acima do colchão; b) ter armários individuais para guarda de objetos 
pessoais; c) ter portas e janelas capazes de oferecer boas condições 
de vedação e segurança; d) ter recipientes para coleta de lixo; e) ser 
separados por sexo (BRASIL, 1973, parágrafo 31.23.5.1).
As lavanderias atendem aos trabalhadores alojados, a fim de que tenham condições 
de cuidar das roupas de uso pessoal. A norma delimita que deve ser localizada em 
ambiente ventilado e com abrigo do sol e intempéries. As lavanderias devem ter tanques 
individuais ou coletivos, dispondo de água limpa (BRASIL, 1973).
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CAPÍTULO 9
RISCOS INERENTES AO 
TRABALHO NA AGRICULTURA, 
PECUÁRIA, SILVICULTURA, 
EXPLORAÇÃO FLORESTAL E 
AQUICULTURA
O Ministério do Trabalho e Emprego classifica o risco oferecido pelas atividades 
laborais a segurança e saúde dos trabalhadores de 1 a 4. A agricultura, pecuária, 
exploração florestal e a aquicultura são classificadas grau 3, o que implica dizem 
que são de alto “risco” para a segurança e saúde dos trabalhadores, excetuando-se a 
silvicultura, a qual é tida como de risco muito alto, uma vez que é classificada como 
grau 4 (SOUSA; SANTANA, 2016).
De acordo com Barbosa Filho (2017, p. 77):
Dados da Organização Internacional do Trabalho estimam que 
anualmente, em todo o mundo, em razão das condições laborais, têm 
lugar cerca de 300 mil óbitos, dos quais 50% envolvendo trabalhadores 
da agricultura (algo em torno de 150 mil casos), em um universo 
superior a um milhão de trabalhadores vitimados por acidentes do 
trabalho, muitos destes relativos ao contato com produtos tóxicos.
O uso intensivo de implementos agrícolas combinado com a utilização de veículos 
de tração animal e o uso de máquinas agrícolas (sobretudo tratores) têm um papel 
importante para as mortes por acidentes de trabalho na agroindústria (SOUSA; 
SANTANA, 2016). 
Esses e outros agentes de riscos para a saúde e segurança do trabalhador rural, 
tais como o manejo de grãos em silos e armazéns, o uso de motosserras, o trato 
com animais e a possibilidade de ataque de animais peçonhentos são discutidos nos 
itens a seguir.
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Agrotóxicos
A lei nº 7.802/ 1989 classifica como agrotóxicos todas as substâncias que provocam 
processos físicos, químicos ou biológicos, com a finalidade de promover modificações 
à composição da flora ou da fauna ou preservá-las da ação danosa de seres nocivos. 
Segundo essa definição, são considerados agrotóxicos todos os produtos aplicados 
nas etapas de produção, armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas; 
utilizados em pastagens e na proteção de áreas florestais nativas ou implantadas; os de 
utilização urbana, hídricas e industriais; o que possuem ação desfolhante, dessecante, 
estimuladora e inibidora de crescimento (BRASIL, 1989). 
Fica nítido que o contato do trabalhador com agrotóxicos e/ ou seus resíduos por 
si só é um risco para sua integridade e saúde. Tendo em vista a toxicidade destes 
produtos, é impreterível a adoção de medidas rigorosas em todas as etapas do ciclo 
de sua presença nos empreendimentos agrícolas, desde a sua aquisição, transporte, 
armazenamento até a abertura de embalagens, a preparação das caldas por diluição 
e sua aplicação. Uma delas é a utilização do aparato de equipamentos de proteção 
exigíveis para tal atividade (BARBOSA FILHO, 2017).
Em consonância com a NR-31, os trabalhadores que fazem parte dos grupos 
de maior risco quanto a atividades laborais com agrotóxicos são os preparadores 
de calda e aplicadores (Figura 27); os responsáveis por depósitos e estoques; os 
indivíduos implicados na atuação direta na lavoura; os responsáveis pela lavagem, 
descontaminação e descarte de equipamentos, embalagens e vestimentas; os pilotos 
aeroagrícolas e sinalizadores; e os moradores das vizinhanças das propriedades que 
fazem uso de agrotóxicos em larga escala (BARBOSA FILHO, 2017).
Figura 27: Trabalhador aplicando produto agrotóxico em uma plantação de repolho.
Fonte: Getty Images (2009, online).
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De acordo com a NR-31, o empregador rural ou equiparado tem a responsabilidade 
de disponibilizar a todos os trabalhadores as informações sobre o uso de agrotóxicos, 
e produtos afins quanto aos aspectos listados na Figura 12.
Figura 28: Informações que o empregador rural ou equiparado deve disponibilizar para os trabalhadores sobre agrotóxicos.
Fonte: BRASIL (2005).
ANOTE ISSO
O empregador é obrigado a adquirir apenas agrotóxico que tenha registro junto 
aos órgãos regulatórios. Caso o trabalhador venha a desenvolver sintomas 
de intoxicação, o empregador deve afastá-lo imediatamente das atividades e 
encaminhá-lo para atendimento médico, junto com as informações contidas nos 
rótulos dos agrotóxicos aos quais foi exposto. Porém, caso se concretizem os 
danos à saúde do trabalhador, ou este venha a óbito devido à exposição laboral aos 
agrotóxicos em que seja comprovada ilegalidade ou inadequação, o empregador 
será submetido às previsões do Código Penal brasileiro (BARBOSA FILHO, 2017).
O armazenamento dos agrotóxicos não poderá ocorrer a céu aberto e as edificações 
reservadas para tal devem: ter paredes resistentes, dispor de controle de acesso de 
pessoas capacitadas, passar por descontaminação, possuir ventilação, ter sinalização 
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de perigo, reunir barreiras contra o acesso de animais e se situarem em mais de 30 
metros de residências, fontes de água e locais de guarda e consumo de alimentos. Os 
produtos devem ser mantidos no interior das embalagens originais, as quais, uma vez 
esvaziadas, não poderão ser reaproveitadas. Estas devem ser descartadas conforme 
os critérios da legislação vigente (BRASIL, 2005).
Os equipamentos de aplicação precisam ser mantidos em perfeito estado de 
conservação e funcionamento, sendo submetidos a inspeções prévias a aplicação. É 
imperativo que sejam destinados exclusivamente para a finalidade a qual se dispõem. 
A sua conservação, manutenção, limpeza e utilização serão realizadas por pessoas 
treinadas e protegidas. 
9.1 Tratores e máquinas agrícolas
De acordo com a NR-31, as máquinas e implementos devem seguir à risca as 
especificações técnicas do fabricante e ser operados exclusivamente por trabalhadores 
capacitados, qualificados ou habilitados, em consonância com os limites operacionais 
e restrições por indicadas pelo fabricante. Suas proteções, dispositivos e sistemas 
de segurança devem ser acoplados desde a sua fabricação, não sendo opcionais. 
Os procedimentos de segurança e permissão de trabalho devem garantir o acesso, 
acionamento, inspeção, manutenção ou quaisquer outras intervenções em máquinas 
e implementos de modo seguro (BRASIL, 2005).
É terminantemente proibido o transporte de pessoas em máquinas e equipamentos 
motorizados e nos seus implementos, com exceção das que forem projetadas pelo 
fabricante para este fim. Os dispositivos de acionamento e parada de máquinas 
estacionadas devem ser projetados e instalados de modoa impedir o acionamento 
acidental, involuntário ou que sejam burlados por pessoas externas, crianças e curioso. 
No entanto, devem oferecer uma forma de desligamento por outras pessoas que não o 
seu operador em situações de emergência. Além disso, as zonas de perigo das máquinas 
e implementos devem possuir sistemas de segurança, dotado por proteções fixas, 
móveis e dispositivos de segurança que assegurem a proteção à saúde e integridade 
física dos trabalhadores (BRASIL, 2005).
Barbosa Filho (2017, p. 31) destaca os cuidados essenciais de serem tomados 
durante a condução de tratores (Figura 13), são eles:
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i. As curvas devem ser feitas em velocidade reduzida, compatível 
com o raio de giro;
ii. Ao efetuar curvas nos limites do campo, deve-se reduzir a 
aceleração ou rotação do motor. E estas não devem ser muito 
fechadas, em especial quando rebocando implemento, pois este 
poderá se chocar com as rodas traseiras e danificá-las;
iii. Evitar a troca de marchas em subidas e descidas, para que não 
haja perda de controle, sendo expressamente proibido o uso de 
ponto morto e devido ao uso de freio-motor;
iv. Ao transitar nas bordas de terrenos ou em regiões inclinadas 
(valas, taludes ou barrancos), deve-se guardar distância segura, 
sendo recomendada a sinalização ou delimitação prévia do local, 
visando evitar o tombamento lateral, evento bastante comum 
nessas condições;
v. Nas subidas acentuadas (com mais de 12% de inclinação), é 
recomendado fazer o percurso em marcha a ré.
Figura 13: Trabalhador operando trator em propriedade rural.
Fonte: Agência de Notícias de Mato Grosso (2019, online).
9.2 Motosserras
Motosseras são dispositivos semimecanizados, que podem ter como princípio de 
funcionamento a eletricidade (eletroserras, normalmente mais indicadas para serviços 
mais leves e rápidos) ou a combustão de gasolina (indicadas para trabalhos contínuos 
e cortes de árvores de maiores espessuras). São úteis para a derrubada desgalhamento 
(destopagem) e na toragem (traçamento) de árvores. É composto pelas seguintes partes 
principais: pinhão, sabre, corrente dentada, acessórios que asseguram a sua funcionalidade 
(BARBOSA FILHO, 2017).
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Os riscos da utilização da motosserra advêm do seu próprio funcionamento e natureza, 
por exemplo: vibração e exigência de postura, em virtude da necessidade de manter a 
sustentação muscular para compensar o impulso oriundo de sua potência e potencial de 
corte; emissão de gases provenientes da combustão e manuseio de inflamáveis durante 
seu abastecimento (para motosserras a gasolina) (BARBOSA FILHO, 2017). 
A NR-12 estabelece quais são os equipamentos de segurança obrigatórios na motosserra, 
a fim de assegurar a segurança e saúde do trabalhador, a saber:
a) freio manual ou automático de corrente, que consiste em 
dispositivo de segurança que interrompe o giro da corrente, 
acionado pela mão esquerda do operador;
b) pino pega-corrente, que consiste em dispositivo de segurança 
que reduz o curso da corrente em caso de rompimento, evitando 
que atinja o operador; 
c) protetor da mão direita, que consiste em proteção traseira 
que evita que a corrente atinja a mão do operador em caso de 
rompimento;
d) protetor da mão esquerda, que consiste em proteção frontal 
para evitar que a mão do operador alcance involuntariamente a 
corrente durante a operação de corte; e 
e) trava de segurança do acelerador, que consiste em dispositivo 
que impede a aceleração involuntária (BRASIL, 1978, Anexo IV – 
Glossário, grifo nosso).
Nas motosserras a gasolina (Figura 29) deve-se tem bastante atenção ao 
procedimento de abastecimento, pois é imprescindível que o seu motor esteja totalmente 
desligado, que o equipamento esteja fora do alcance de qualquer fonte de calor, que 
não haja fumos ou faíscas próximos do abastecimento e, ainda, que se mantenha 
uma distância mínima de 3 m do local onde será dada a partida do equipamento. 
Figura 29: Motosserra a gasolina.
Fonte: Empório das máquinas (s.d, online).
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9.3 Acidentes
O número de acidentes de trabalho no meio rural seguiu uma tendência semelhante 
ao aumento da mecanização (o uso de tratores agrícolas, colheitadeiras dentre outras 
ferramentas) e do uso de defensivos agrícolas, pois isso provocou uma mudança na 
dinâmica de trabalho (SOUZA, 2019).
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) categoriza as atividades da 
agroindústria como as atividades que tem maiores cifras de acidentes em todo o mundo. 
São frequentes os acidentes com tratores e equipamentos agrícolas, a exposição ao 
ruído e à vibração proveniente destes, assim como às radiações solares por períodos 
de tempo, aos agrotóxicos, ao manuseio de cargas, não raro em posturas inadequadas. 
O ritmo de trabalho intenso, sem as pausas para descanso, a carência da reposição 
hídrica e calórica necessárias, frente a jornadas laborais excessivas (BARBOSA FILHO, 
2017).
Os acidentes de trabalho também têm causas que podem ser subnotificadas, por 
serem relativas ao trabalho informal, à utilização de técnicas e ferramentas mais 
rudimentares para a realização de suas tarefas. Independentemente de requerem 
mais ou menos técnica, os trabalhadores rurais precisam criar estratégias que visem 
assegurar que elas não causem prejuízos à saúde do trabalhador (SOUZA, 2019).
9.4 Silos e armazéns
Os silos devem ser dimensionados e construídos em solo que ofereça resistência 
compatível às cargas de trabalho. Seu revestimento interno deve ter uma composição 
tal que não seja permitido o acúmulo de grãos, poeiras e a formação de barreiras. Os 
riscos de explosões, incêndios, acidentes mecânicos, asfixia e decorrentes da exposição 
a agentes químicos, físicos e biológicos em todas as fases da operação do silo devem 
ser mantidos sob controle e prevenidos (BRASIL, 1978).
A operação e a manutenção dos silos devem envolver a execução das ações descritas 
no Quadro 1.
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Quadro 1: Critérios de segurança para operação e manutenção de silos.
Fonte: Barbosa Filho (2017).
Para que o trabalhador entre em segurança no silo para realizar atividades e operações 
é necessário que (BRASIL, 1978): Garantir meios seguros de saída ou resgate; Proteção 
respiratória ou Renovação do ar nos silos hermeticamente fechados; Medição da 
concentração de oxigênio e o limite de explosividade do material estocado; Presença de, 
no mínimo, dois trabalhadores, sendo que um deles permanece fora do silo; Utilização 
de cinto de segurança e cabo dimensionado para conexão de sistema de proteção 
individual contra quedas (cabo vida).
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ANOTE ISSO
De acordo com a BBC News Brasil (2018) não existem estatísticas oficiais 
específicas sobre mortes em silos no Brasil, pois, quando ocorrem acidentes, os 
empregadores têm obrigação de informar pelo preenchimento do formulário de 
Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) à Previdência Social. Porém, nesse 
formulário de notificações não há um código voltado para silos, visto que estão 
englobados pela categoria abrangente de “depósitos fixos”. Porém, segundo um 
levantamento da BBC News Brasil, desde 2009, cerca de 106 pessoas morreram 
em silos de grãos no país, a maioria por soterramento, tendo em vista o efeito “areia 
movediça” que ocorre uma vez que se está no seu interior (Figura 30). Sabendo 
disso, embora não seja um tema tão abordado, você acha que as atividades em 
silos podem ser tida como uma das mais perigosas no meio rural? Por quê? E, para 
além disso,explique com suas palavras como funciona o “efeito areia movediça” 
com um trabalhador que caia sobre os grãos. 
Figura 30: Mortes por soterramento são as mais comuns no interior de silos.
Fonte: Vitor Flynn (2018, online).
9.5 Trato com animais
Como alguns trabalhadores rurais lidam com animais, a NR-31 determina que o 
empregador rural ou equiparado deve garantir, para evitar a transmissão de zoonoses, 
a imunização dos indivíduos. Também precisa oferecer medidas de segurança para 
a manipulação e eliminação de excreções e restos de animais, incluindo a limpeza e 
desinfecção das instalações contaminadas. E, além disso, fornecer produtos químicos 
desinfetantes e água potável em quantidade suficiente para a higienização das áreas 
de trabalho (BRASIL, 1978).
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9.6 Animais peçonhentos
Diferentemente dos outros animais tidos como venenosos, tais como os agentes 
tóxicos e zoonóticos, os animais peçonhentos, que incluem os ofídios (cobras), 
aracnídeos (aranhas e escorpiões), himenópteros (abelhas, vespas, formigas e 
marimbondos) e lepidópteros (sobretudo a “taturanas” ou “lagartas de fogo”); a 
depender da susceptibilidade dos indivíduos atingidos pelas toxinas do animal, podem 
levar a graves reações, provocando até mesmo choque anafilático que pode até levar 
a morte (BARBOSA FILHO, 2017). 
No senso popular a noção de prioridade diante de um acidente com animais 
peçonhentos seja reconhecer, matar e levar junto com a vítima a espécie causadora 
do evento, para a orientação quanto ao antígeno a ser ministrado. Entretanto, mesmo 
que tenha utilidade, essa informação não é imprescindível e o atendimento da vítima 
deve ser priorizado, com rapidez. Nesse sentido, os primeiros socorros e como o 
tratamento administrado tem a finalidade de minimizar os efeitos biológicos negativos 
do evento. Efetuar, em tempo hábil, a neutralização das toxinas é essencial e contempla 
as ações abaixo (BARBOSA FILHO, 2017, p. 17):
1. Manter o acidentado em repouso, deitado e aquecido, minimizando 
a sua movimentação, para que a circulação do veneno no corpo não 
favoreça sua ação sobre a vítima; 2.Não se deve espremer o local 
da picada, sugar o ferimento ou aplicar qualquer produto sobre a 
área afetada; 3.Tampouco deve ser realizado garrote ou torniquete, 
o que pode causar sérias consequências; 4.Deve-se, apenas, limpar 
o local com água, água e sabão ou soro fisiológico, recobrindo-o 
com um pano ou outro material limpo, quando possível, em especial 
se já existirem bolhas, as quais não devem ser rompidas; 5.Se a 
vítima não apresentar vômitos, pode-se oferecer água, para manter 
a hidratação; 6.É importante remover pulseiras, relógios, anéis e 
outros adornos que possam, em caso de inchaço do local afetado, 
causar estreitamento e até mesmo interrupção do fluxo sanguíneo; 
7.Conduzi-lo, pronta e imediatamente, ao atendimento especializado 
para a aplicação do soro específico.
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CAPÍTULO 10
SEGURANÇA E SAÚDE NO 
TRABALHO NA INDÚSTRIA DA 
CONSTRUÇÃO CIVIL - PARTE I
Apesar dos esforços em prol da criação de uma cultura de segurança do trabalho 
conduzidos por diferentes atores sociais associados às questões de saúde e segurança 
do trabalho; as atividades da Construção Civil destacam-se negativamente no tocante 
aos acidentes do trabalho e das repercussões resultantes nas dimensões social e 
econômica em relação aos demais setores produtivos (BARBOSA FILHO, 2015).
A Associação Nacional de Medicina no Trabalho estabeleceu em 2019, com base 
no Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho (AEAT) publicado em 2017, definiu 
que “a construção civil é o primeiro do país em incapacidade permanente, o segundo 
em mortes (perde apenas para o transporte terrestre) e o quinto em afastamentos 
com mais de 15 dias” (ANAMT, 2019).
Em comparação com outras ocupações, os trabalhadores acidentados enquanto 
realizam atividades inerentes à construção civil são acometidos de lesões graves ou 
fatais, que correspondem à 70% dos casos. As principais causas que corroboram com 
o número total de casos são quedas em altura, soterramentos, choques elétricos e 
impactos mecânicos (BARBOSA FILHO, 2015).
10.1 Norma regulamentadora nº 18 (NR-18)
No ano de 2020, os textos da Normas Regulamentadora nº 18 (Condições de 
Segurança e Saúde no Trabalho na Indústria da Construção) teve alterações aprovadas 
para entrarem em vigor em fevereiro de 2021, um ano após a publicação das mudanças. 
No entanto, a Portaria SEPRT/ME nº 1.295, de 2 de fevereiro de 2021, prorrogou o 
prazo para início de vigência para agosto de 2021.
Com as novas mudanças, a NR-18 tem uma série de exigências transformadas 
e, além disso, deixa de ser uma norma de aplicação e passa constituir uma norma 
de gestão de segurança. Uma das mudanças mais marcantes, nesse sentido, é a 
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substituição do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria 
de Construção (PCMAT) pelo Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) (AGÊNCIA 
CBIC, 2020). 
O PGR foi uma das atualizações instituídas pela portaria 6.730, de 9/3/20, que 
aprovou a nova redação da NR-1, prevista inicialmente para entrar em vigor em março 
de 2021 e que teve a vigência também prorrogada para agosto de 2021. O PGR é mais 
completo e dinâmico do que o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), 
substituído por este assim como o PCMAT. O PGR inclui na gestão de segurança e 
saúde do trabalho todos os riscos ocupacionais existentes no ambiente de trabalho, 
não somente os riscos físicos, químicos e biológicos, mas também os ergonômicos 
e mecânicos.
No entanto, apesar do PCMAT ser substituído pelo PGR desde agosto de 2021, os 
empreendimentos e canteiros de obras anteriores à vigência do novo texto da norma 
e, portanto, sob a vigência do PCMAT, permanecem sob a mesma até o seu término 
(BRASIL, 2020).
Os tópicos que se seguem abordam os principais aspectos da versão mais atualizada 
da NR-18, propondo discussões acerca da importância das medidas preventivas de 
acidentes e doenças ocupacionais para a preservação da integridade e da saúde dos 
trabalhadores.
10.2 Objetivo e aplicação
A NR-18 estabelece as diretrizes administrativas, de planejamento e de organização, 
com a finalidade de orientar a implementação das medidas de controle e de prevenção. 
O objetivo é garantir a segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente 
de trabalho na construção civil.
Essa norma aplica-se às seguintes atividades da indústria da construção: “atividades 
e serviços de demolição, reparo, pintura, limpeza e manutenção de edifícios em geral 
e de manutenção de obras de urbanização” (BRASIL, 2020, parágrafo 18.2.1).
10.3 PCMAT x PGR
O PCMAT pode ser considerado como uma versão do PPRA direcionada às 
particularidades das atividades de produção da construção civil, pois leva em 
consideração as especificidades de cada obra, os riscos os quais os trabalhadores 
estão expostos quando executam suas tarefas laborais e as medidas preventivas 
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que tem como finalidade garantir a sua integridade e saúde. A versão anterior à de 
2020 da NR-18 definia que estabelecimento com 20 (vinte) trabalhadores ou mais 
eram obrigados a constituir o PCMAT. São obrigatórios a elaboração e o cumprimento 
do PCMAT nos estabelecimentos com. Essa versão mais antiga da norma também 
estabelecia como documentos integrantes do PCMAT (BARBOSA FILHO, 2015, p.43):
a) Memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas 
atividades e operações, levando-se em consideração os riscos de 
acidentes e de doenças do trabalho e as medidas preventivas e 
protetivasrequeridas (levantamento de riscos por função e respectivas 
medidas de controle); b) projeto de execução das proteções coletivas 
em conformidade com as etapas de execução da obra; c) especificação 
técnica das proteções coletivas e individuais a se- rem utilizadas; d) 
cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no 
PCMAT; e) layout inicial do canteiro de obras, contemplando, inclusive, 
previsão de dimensionamento das áreas de vivencia. f) programa 
educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e 
doenças do trabalho, com sua carga horária.
Conforme a nova N-18, o PGR elaborado e implementado nos canteiros de obras, 
devem contemplar os riscos ocupacionais e as medidas de prevenção correspondentes. 
O PGR deve passar por atualizações à medida que o canteiro de obras avança pelas 
suas fases de andamento e deve conter os documentos descritos na Figura 31 (BRASIL, 
2020).
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Figura 31: Informações que o empregador rural ou equiparado deve disponibilizar para os trabalhadores sobre agrotóxicos.
Fonte: BRASIL (2020).
Adicionalmente às medidas de proteção coletiva previstas na NR-18, é facultativo às 
empresas a adoção de soluções alternativas, de técnicas de trabalho e de equipamentos, 
tecnologias e dispositivos, sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado 
em segurança do trabalho. Tais medidas devem favorecer avanços tecnológicos em 
segurança, higiene e saúde dos trabalhadores, a implantação de sistemas de prevenção 
nos processos, nas condições e no ambiente de trabalho da construção civil, além da 
manutenção de rotinas de trabalho seguras e saudáveis (BRASIL, 2020).
10.4 Organização do canteiro de obras
Diferentemente da indústria em geral, na Construção Civil os espaços de trabalho 
são mutáveis e o produto que está sendo processado é movimentado de acordo com 
a organização e alocação dos recursos produtivos. Logo, ao contrário das empresas 
de cunho industrial, no canteiro de obras as ferramentas, a matéria prima e o próprio 
trabalhador se deslocam em torno do produto, o qual vai adquirindo forma em uma 
posição fixa. É por esse motivo que o canteiro de obras precisa passar por diversas 
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modificações para poder acompanhar a dinâmica da evolução do produto que está 
sendo construído (BARBOSA FILHO, 2015).
ANOTE ISSO
Vamos pensar? Segundo Barbosa Filho (2015, p. 49), “Como diz o jargão popular: 
‘Nas indústrias em geral, a fábrica fica e o produto sai. Já́ na construção, a 
fábrica sai e o produto fica!’. Você já tinha parado para pensar sobre isso? O zelo 
pela saúde e pela integridade física dos trabalhadores da indústria da construção 
civil deve-se sobretudo ao fato de que, assim como o produto, que é o próprio 
empreendimento, a qualidade de vida dos responsáveis pela sua execução deve 
permanecer. Diante disso, reflita e responda: Por que se deve garantir a segurança 
das áreas de vivência? Qual é o impacto disso nas atividades laborais?
O correto dimensionamento dos canteiros de obras, o arranjo físico adequado, 
assim como a manutenção da ordem e limpeza viabiliza a condução das atividades 
em desenvolvimento na obra, contribuindo para o controle e gerenciamento de pessoas 
e materiais (BARBOSA, FILHO, 2015).
As áreas de vivência devem oferecer aos trabalhadores condições de higiene, 
privacidade e conforto (conforme a NR-24, que dispõe sobre Condições Sanitárias 
e de Conforto nos Locais de Trabalho), englobando instalação sanitária, local para 
refeição, vestiário, alojamento (caso haja algum trabalhador que permaneça alojado 
fora do expediente) (BRASIL, 2020).
De acordo com NR-18, a instalação sanitária deve conter lavatório, bacia sanitária 
com assento e tampo, bem como mictório na proporção de 1 conjunto para cada grupo 
de 20 trabalhadores ou fração. O chuveiro também deve fazer parte da instalação 
sanitária, mas sua disponibilização deve se dar na proporção de 1 unidade para cada 
grupo de 10 trabalhadores ou fração.
10. 5 Demolição
A demolição ocorrerá de acordo com a elaboração e implantação do Plano de 
Demolição, cuja responsabilidade recai sobre o profissional legalmente habilitado, Esse 
plano deve atender aos riscos ocupacionais potencialmente presentes nas etapas da 
demolição e as medidas preventivas a serem seguidas para preservar a segurança e 
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a saúde dos trabalhadores. A Figura 32 enumera as informações que devem constar 
no Plano de Demolição. 
Figura 32: Informações que devem estar contidas no Plano de Demolição.
Fonte: BRASIL (2020).
ANOTE ISSO
De acordo com Suárez (2006, p. 54) apud Barbosa Filho (2015, p. 60), “Demolir 
é uma atividade complexa que, em muitos casos, supera as dificuldades de 
construir. Ainda que possa parecer paradoxal, pois para demolir é preciso conhecer 
os recursos construtivos do passado e estar familiarizado com os sistemas do 
presente.” É por esse motivo que a NR-18 aborda o Plano de demolição, dando 
ênfase aos aspectos que devem ser cuidadosamente planejados, observados e 
analisados antes de dar início à demolição, tendo em vista a variedade dos riscos 
associados a esta atividade. O intuito é aumentar a sua previsibilidade da ocorrência 
das fases desta, embora a variabilidade e gravidade das consequências sejam altas.
10.6 Carpintaria e armação
As áreas de trabalho nas quais são desenvolvidos os serviços de carpintaria devem 
possuir piso resistente, nivelado e antiderrapante, além de apresentarem cobertura 
para oferecer proteção contra intempéries e queda de materiais (Figura 33). Outros 
requisitos de tais locais são: dispor de lâmpadas protegidas de possíveis impactos 
oriundos da projeção de partículas geradas pela atividade laboral; ter os resíduos das 
atividades coletados e removidos todos os dias (BRASIL, 2020).
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Figura 33: Profissional carpinteiro de obras.
Fonte: G1, 2013.
Com relação à movimentação de materiais trabalhados e estruturas de armação, 
A Figura 34 descreve os critérios de segurança a serem cumpridos, de acordo com 
a NR-18.
Figura 34: Regras para movimentação de materiais e estruturas de armação.
Fonte: BRASIL (2020).
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10.7 Estruturas de concreto e estruturas metálicas
A concretagem deve ser feita conforme as seguintes condições impostas pela NR-
18, sempre sob supervisão de um trabalhador capacitado (BRASIL, 2020):
• Inspeção dos equipamentos e dos sistemas de fornecimento de energia antes 
e durante a realização de serviços; das peças e equipamentos do sistema de 
transporte do concreto antes e durante a realização de serviços; do escoramento 
e da resistência das fôrmas antes e durante a execução dos serviços;
• Isolamento e sinalização do lugar em que é conduzida a operação de concretagem, 
o qual deve ser acessado exclusivamente pelos trabalhadores responsáveis; 
utilização de caçambas dotadas de dispositivos de segurança para transportar 
o concreto, com a finalidade de impedir o descarregamento acidental.
Durante as operações de montagem, manutenção e desmontagem de estruturas 
metálicas, o trabalhador deve dispor de recipiente e/ ou suporte próprio para 
alocar materiais e ferramentas as quais precise utilizar. Essas atividades são de 
responsabilidade do profissional legalmente habilitado (BRASIL, 2020).
10.8 Escadas, rampas e passarelas
As escadas, rampas e passarelas devem ser projetadas (dimensionadas) e 
construídas de modo a suportar as cargas a que serão submetidas durante as 
atividades laborais no canteiro de obras. As passarelas,em particular, serão instaladas 
obrigatoriamente quando pessoas precisarem se locomover sobre vãos que ofereçam 
risco de queda em altura (BRASIL, 2020).
Quando forem utilizadas escadas que exijam o uso das mãos como ponto de apoio 
para a sustentação do indivíduo, garantindo o acesso e a concretização do trabalho, 
o transporte de materiais deve ser feito através do meio adequado (BRASIL, 2020). A 
NR-18 estabelece uma série de especificações acerca do uso das escadas portáveis, 
devido à maior possibilidade de movimentação e consequente maior instabilidade 
oferecida por ela durante a execução do trabalho, em comparação às escadas de 
modelo fixo. A Figura 35 apresenta algumas das exigências.
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Figura 35: Especificações da NR-18 para o uso das escadas portáveis.
Fonte: BRASIL (2020).
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CAPÍTULO 11
SEGURANÇA E SAÚDE NO 
TRABALHO NA INDÚSTRIA DA 
CONSTRUÇÃO CIVIL - PARTE II
As determinações da NR-18 para a execução de atividades laborais no canteiro de 
obras, incluindo as restrições relativas ao método de trabalho, ao uso de equipamentos 
e ferramentas, bem como ao acesso e circulação de pessoas em contextos específicos; 
tem como principal finalidade evitar a ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais. 
Mesmo que os trabalhadores valorizem e se esforcem para aplicar corretamente 
cada uma dessas regras na sua rotina de trabalho, podem acontecer eventos 
indesejados, os quais resultam em lesões leves, graves, temporárias ou permanentes 
como consequência. Nos casos mais sérios pode ocasionar até mesmo a morte 
do colaborador, além de atingir terceiros que tenham ou não alguma relação com o 
ambiente de trabalho (BARBOSA FILHO, 2015). 
Visando o constante aperfeiçoamento das normas regulamentadoras, a fim de 
que consigam prever e evitar o máximo as situações de trabalho com potencial para 
desencadear acidentes é que são pensadas e implantadas atualizações aos textos 
dessas normativas. Nesse sentido, tem-se buscado um entrosamento maior também 
entre textos de normas diferentes, que se aplicam a setores em comuns. No caso 
da construção civil, embora a NR-18 seja a norma principal, a NR-35, que aborda o 
Trabalho em altura e a NR-33, que dispões sobre a Segurança e saúde nos trabalhos 
em espaços confinados; interceptam-se com ela, de modo que serão mencionadas 
em paralelo nos tópicos que se seguem.
11.1 Norma regulamentadora nº 18 (NR-18)
A NR-18 contém diretrizes de ordem administrativa, que orientam o planejamento, 
a organização e manutenção de sistemas preventivos de segurança nos métodos e 
nas condições de trabalho na indústria da construção. O cumprimento dessa norma 
não desobriga a observância de legislações de cunho federa, estadual e municipal, 
além de convenções coletivas de trabalho pelo empregador (COELHO; GHISI, 2016).
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11.2 Trabalho em altura
A NR-35 estabelece os requisitos mínimos para o planejamento, a organização e a 
execução do trabalho em altura, com a finalidade de assegurar a saúde e a integridade 
dos trabalhadores. O trabalho em altura consiste em qualquer atividade laboral que 
seja realizada em alturas maiores que 2 metros do patamar nível inferior, com risco 
de queda (BRASIL, 2020).
Essa norma define as responsabilidades do empregador e dos trabalhadores, as 
quais são apresentadas na Figura 36.
Figura 36: Responsabilidades do empregador e dos trabalhadores de acordo com a NR-35.
Fonte: BRASIL (2020).
A respeito dos trabalhadores que executam atividades laborais em altura, a NR-35 
explicita que:
35.4.1 Todo trabalho em altura deve ser planejado, organizado 
e executado por trabalhador capacitado e autorizado. 35.4.1.1 
Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altura aquele 
capacitado, cujo estado de saúde foi avaliado, tendo sido considerado 
apto para executar essa atividade e que possua anuência formal 
da empresa. [...]35.4.1.2.1 A aptidão para trabalho em altura deve 
ser consignada no atestado de saúde ocupacional do trabalhador. 
35.4.1.3 A empresa deve manter cadastro atualizado que permita 
conhecer a abrangência da autorização de cada trabalhador para 
trabalho em altura (BRASIL, 2020, parágrafo 35.4.1).
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11.3 Movimentação e transporte de materiais e pessoas
A NR-18 estabelece uma série de requisitos para a instalação, a montagem, a 
desmontagem, a operação, o teste, a manutenção e a realização de reparos em 
elevadores destinados ao transporte vertical de materiais e de pessoas nos canteiros 
de obras e nas frentes de trabalho (Figura 37) (BRASIL, 2020).
Figura 37: Elevador de transporte vertical utilizado no canteiro de obras.
Fonte: GUIMARÃES, 2013.
A começar pelo seu dimensionamento, os elevadores de transporte vertical 
de materiais e de pessoas devem ser projetados por um profissional legalmente 
habilitado e devem atender às normas técnicas nacionais e internacionais vigentes 
(BRASIL, 2020). Já os serviços de instalação, montagem, operação, desmontagem 
e manutenção devem ser executados por um profissional capacitado, com anuência 
formal da empresa e sob a responsabilidade do profissional legalmente habilitado.
 É proibido o uso de chave do tipo comutadora e/ou reversora para comando 
elétrico de subida, descida ou parada.
A Figura 38 lista outras regras e proibições que a NR-18 estabelece, a fim de 
garantir a segurança durante a movimentação e o transporte vertical em elevadores 
de canteiros de obras.
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Figura 38: Informações que o empregador rural ou equiparado deve disponibilizar para os trabalhadores sobre agrotóxicos.
Fonte: BRASIL (2020).
11.4 Ambientes confinados
A NR-33 define espaço confinado como qualquer área ou ambiente que não tenha 
sido projetado para a permanência de pessoas por um período de tempo contínuo. 
Que apresente acesso limitado para entrada e saída e ventilação insuficiente, tal que 
não seja promovida nem a dispersão de contaminantes, nem o abastecimento de 
oxigênio em quantidade adequada para a respiração humana (BRASIL, 2019).
A gestão de segurança e saúde do trabalho em espaço confinados deve envolver 
o planejamento, a programação, a implementação e avaliação das medidas técnicas 
de prevenção de acidentes e doenças laborais (tais como identificar, isolar e sinalizar 
os espaços confinados, a fim de impedir o acesso por pessoas não autorizadas; 
antecipação, reconhecimento e controle dos riscos ambientais aos quais o trabalhador 
estará exposto quando da concretização do serviço), medidas administrativas (como, 
por exemplo, padronizar um procedimento para o trabalho em espaço confinado, 
incluindo os procedimentos de supervisão dos trabalhos no exterior e no interior dos 
espaços confinados), medidas pessoais (devendo os funcionários envolvidos nesse 
tipo de atividade ser submetido a exames médicos específicos para a função e ter 
recebido treinamento) e capacitação para trabalho em espaços confinados (BRASIL, 
2019).
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Há dois trabalhadores imprescindíveis ao trabalho em espaços confinados: o 
Supervisor de Entrada, que emite a Permissão de Entrada e Trabalho antes do início 
dos serviços, constata se os meios para salvamento estão em plena operação e 
encerra a Permissão de Entrada e Trabalho uma vez encerrado o trabalho; e o vigia, 
que monitoria continuamente o número de trabalhadores dentro no espaço confinado, 
permanecendo junto à entrada, quem presta assistênciaconstante aos trabalhadores 
autorizados, além de tudo, é o responsável pelo acionamento da equipe de salvamento 
em caso de ocorrência ou ausência de algum trabalhador durante a contagem (BRASIL, 
2019).
ANOTE ISSO
Vamos pensar? Barbosa Filho (2015, p. 163) relata um caso de acidente com 
vítimas em uma obra em virtude da falta de atenção aos requisitos do trabalho 
em ambientes confinados e com possibilidade de queda de nível acima de 2 m, 
conforme segue: “Durante a tarde de um sábado, dois operários trabalhavam na 
impermeabilização da caixa d’água de um prédio quando passaram mal em razão 
do forte cheiro exalado pelo produto químico em utilização, o que foi agravado pela 
elevada temperatura e umidade do ambiente. Ao tentarem sair do reservatório, 
com mais de quatro metros de profundidade (altura), um deles caiu sobre o colega 
que veio a falecer. O Corpo de Bombeiros resgatou o outro trabalhador que sofreu 
apenas escoriações leves. Segundo esses, no momento do resgate [...] nenhum 
equipamento de segurança foi encontrado com as vítimas.”. Com base nesse 
relato de acidente de trabalho, aponte 3 medidas de prevenção que, se tivessem 
sido adotadas, poderiam evitar a sucessão dos eventos que culminaram em 
consequências tão graves.
11.5 Instalações elétricas
As instalações elétricas devem seguir não apenas o que a NR-18 delimita, mas 
também todas as determinações da NR-10, que dispõe sobre a Segurança em 
instalações e serviços em eletricidade. Alguns princípios básicos devem ser atendidos, 
dentre eles (BRASIL, 2020):
• Partes vivas de instalações e equipamentos elétricos não devem ser mantidas 
expostas e nem acessíveis a trabalhadores sem autorização.
• Os condutores elétricos não devem obstruir a circulação de materiais e pessoa; 
devem ser protegidos contra impactos mecânicos, contra umidade e agentes 
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passíveis de danificar sua isolação; e devem possuir isolação dupla quando 
forem aplicados para a alimentação de máquinas e equipamentos.
• “As partes condutoras das instalações elétricas, máquinas, equipamentos e 
ferramentas elétricas não pertencentes ao circuito elétrico, mas que possam 
ficar energizadas quando houver falha da isolação, devem estar conectadas ao 
sistema de aterramento elétrico de proteção.” (BRASIL, 2020, parágrafo 18.6.8).
• Todos os equipamentos móveis e as ferramentas elétricas portáveis devem ser 
conectadas à rede elétrica por um conjunto plugue e tomada.
• Transformadores e salas de controle devem ser isolados por barreiras físicas, 
sinalizadas e protegidas contra o acesso não autorizado de pessoas.
• “As áreas onde ocorram intervenções em instalações elétricas energizadas devem 
ser isoladas e sinalizadas e, se necessário, possuir controle de acesso, de modo a 
evitar a entrada e a permanência no local de pessoas não autorizadas.” (BRASIL, 
2020, parágrafo 18.6.17).
• A realização de serviços nas vizinhanças de redes elétricas energizadas, 
internas ou externas ao canteiro de obras, está condicionada mediante o uso 
de dispositivos de proteção contra o choque elétrico e arco elétrico. Também 
é importante que sejam observadas as condições meteorológicas, para que 
sejam evitadas descargas atmosféricas, produzindo grandes choques elétricos. 
Mantas de proteção de partes vivas e a necessidade de atenção às condições 
climáticas são ilustradas na Figura 39.
Figura 39: Elevador de transporte vertical utilizado no canteiro de obras.
Fonte: ENSINANDO ELÉTRICA, s.d. Disponível em: https://ensinandoeletrica.blogspot.com/2017/04/nr10.html. Acesso em: 20 abr. 2021.
https://ensinandoeletrica.blogspot.com/2017/04/nr10.html
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11.6 Máquinas, equipamentos, ferramentas
As máquinas, os equipamentos e as ferramentas devem cumprir as disposições da 
NR-12, que legisla em matéria de Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos. 
Adicionalmente, devem ser atendidas as seguintes determinações feitas pela NR-18: 
máquinas e equipamentos estacionários devem ser alocadas em áreas cobertas e 
com iluminação apropriada às atividades executadas no ambiente; o trabalho com 
máquinas, equipamentos e ferramentas que não sejam regulados pela NR-12 devem 
ter procedimentos próprios de segurança, em conformidade com os riscos resultantes 
das atividades envolvidas. É compulsório o uso de elevadores de transporte vertical 
de materiais nas obras de construção com altura maior ou igual a 10 metros. Tais 
equipamentos devem ser dotados de dispositivos de segurança que barrem a descarga 
acidental de materiais.
Em relação à serra circular, equipamento comumente utilizado nas atividades de 
carpintaria num canteiro de obras, a Figura 40 expõe as diretrizes de segurança para 
o seu uso.
Figura40: Diretrizes de segurança para a utilização da serra circular.
Fonte: BRASIL (2020).
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ANOTE ISSO
Um acidente de trabalho envolvendo o uso de um equipamento ocorreu durante 
uma obra de reforma de um terraço, conforme descrito por Barbosa Filho (2015, 
p. 170) “Um operário da construção civil estava trabalhando na ampliação de um 
terraço quando levou um choque proveniente da máquina de solda que utilizava, 
vindo a cair do andaime em que se encontrava a aproximadamente 3 m de altura. 
Após o choque, o trabalhador foi arremessado ao chão, já desacordado. Apesar 
dos esforços dos socorristas do SAMU para reanimar a vítima, não houve reação 
aos estímulos, ocorrendo o óbito.”. Por meio desse exemplo percebemos que é 
comum que os acidentes de trabalho não tenham uma causa única. Nesse caso, o 
equipamento não estava aterrado, razão pela qual ele sofreu o choque elétrico. Além 
disso, o trabalhador não estava dotado dos EPIs de proteção indispensáveis para a 
realização do trabalho em altura, os quais teriam evitado a queda de nível. 
11.7 Equipamentos de proteção individual
Devido ao risco de queda ou projeção acidental de materiais, é essencial para proteção 
da saúde dos trabalhadores da construção civil o uso de capacete de segurança 
para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio, do tipo A e o calçado de 
segurança. Outro equipamento de proteção individual (EPI) essencial para evitar o 
contato de partículas e projéteis produzidos por atividades como a carpintaria e a 
lida com substâncias químicas potencialmente prejudiciais à saúde, como o cimento 
são: óculos de proteção e respiradores tipo máscara.
Para proteger a audição de níveis de ruído passíveis de produzir consequências 
negativas é indispensável também a utilização de protetores auditivos. As luvas também 
são importantes para a proteção das mãos durante o manejo de equipamentos e 
ferramentas. A fim de que o trabalhador esteja protegido de quedas de nível durante 
a execução de trabalhos em altura, é fundamental o uso de cinturão de segurança 
dotado de talabarte e dispositivo trava-quedas devidamente posicionados, conforme 
mostrado na Figura 41.
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Figura 41: Trabalhador com cinturão de segurança com talabarte.
Fonte: SENAC SP, 2020.
11.8 Sinalização de segurança
A sinalização de segurança no canteiro de obras tem o intuito de não só demarcar 
as áreas de apoio, indicar saídas de emergência, advertir os indivíduos quanto aos 
riscos ambientais presentes na obra (tais como queda de materiais e pessoas e o 
choque elétrico), reiterar a obrigatoriedade do uso dos EPIs, mas também assinalar as 
áreas de movimentação e transporte de objetos, identificar os acessos e espaços de 
circulação de veículos e equipamentos e identificar as substâncias tóxicas, corrosivas, 
inflamáveis, explosivas e radioativas, que venham a ser utilizadas nos locaisde trabalho 
(BRASIL, 2020).
Para além da sinalização nos locais de trabalho, também é essencial que os 
trabalhadores usem vestimenta ou colete que promovam a sua visibilidade no tórax 
e costas, para a execução de serviços em áreas de movimentação de veículos e 
cargas (BRASIL, 2020).
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CAPÍTULO 12
SEGURANÇA E SAÚDE EM 
PLATAFORMAS DE PETRÓLEO
A partir da segunda metade do século XIX, em substituição ao combustível de 
origem vegetal ou animal (carvão ou óleo de baleia), o petróleo e o gás foram ganhando 
espaço, até se tornarem, na atualidade, essenciais para a base da matriz energética 
mundial. A cadeira produtiva do petróleo e gás é subdividida em upstream, downstream 
e midstream, definidos por Portela (2015, p.59), como:
O termo upstream refere-se à parte da cadeia produtiva que antecede 
ao refino. Toda a parte de exploração e produção é rotineiramente 
chamada de upstream. As demais partes que sucedem ao refino são 
identificadas como atividades downstream. Os processos de refino, 
transporte e comercialização fazem parte do downstream. Há ainda um 
terceiro termo, menos empregado, denominado midstream. Algumas 
operadoras chamam de midstream as atividades de processamento 
diretamente associadas à transformação de matérias-primas (óleo 
e gás) em produto (refinados entre outros).
Sendo uma indústria de produção tão importante, é de se imaginar que estudar 
alguns aspectos relativos à norma regulamentadora nº 37, que dispõe sobre Segurança 
e saúde em plataformas de petróleo, é interessante para a prevenção e o controle 
de riscos, com o fim de garantir a segurança e saúde dos trabalhadores envolvidos. 
Portanto, assim o faremos nos tópicos a seguir.
12.1 Objetivo e aplicação
A NR-37 tem como objetivo traçar os requisitos mínimos de segurança, saúde e 
vivência no trabalho a bordo de plataformas de petróleo que permaneçam em operação 
nas Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB). Deve servir de diretriz para Plataformas 
estrangeiras que permaneçam por até seis meses em AJB, e caso estas não tenham 
suas instalações adequadas aos requisitos desta NR, elas devem atender às regras das 
convenções internacionais e serem certificadas e mantidas por sociedade classificadora, 
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reconhecidas pela Autoridade Marítima brasileira. Vale ressaltar que a operação das 
plataformas estrangeiras não deve expor os trabalhadores a riscos graves e iminentes 
(BRASIL, 2018).
12.2 Responsabilidades e competências
As competências e responsabilidades são divididas entre três entes: a operadora 
da instalação, a operadora do contrato e os trabalhadores. À operadora da instalação 
cabe, dentre outras coisas: cumprir com as determinações da NR-37 e demais normas; 
interromper atividades que exponham os trabalhadores a risco grave e iminente; fornecer 
as informações requeridas pela Auditoria Fiscal do Trabalho; assegurar o acesso dos 
trabalhadores às normas que legislam em matéria de segurança e saúde no trabalho 
e materiais instrucionais, bem como que eles tenham pleno conhecimento de todos 
os riscos aos quais estão expostos no ambiente laboral e as medidas de controle que 
são adotadas para proteger sua saúde e integridade (BRASIL, 2018). 
A operadora do contrato é responsável pelo cumprimento das disposições da NR-
37 e demais normas, pela condução de auditorias na operadora da instalação para 
verificar o cumprimento dos requisitos da NR-37, de acordo com o que é previsto no 
sistema de gestão e pela prestação de informações para a Auditoria Fiscal do Trabalho 
(BRASIL, 2018).
Os trabalhadores, por sua vez, devem cooperar com a operadora da instalação 
para o cumprimento das normas e legislações aplicáveis, além dos procedimentos de 
segurança e saúde no trabalho e bem-estar a bordo. Também têm a responsabilidade 
de comunicar ao superior hierárquico sobre situações que criem ou intensifiquem 
riscos para a segurança e saúde ou para terceiros de forma rápida, registrando-a. Por 
fim, deve também manter consigo apenas a quantidade adequada de medicamentos 
de uso contínuo próprio, portando a receita da prescrição médica, que, por sua vez, 
deve estar dentro do prazo de validade (BRASIL, 2018).
12.3 Declaração da Instalação Marítima – DIM
A NR-37 estabelece que deve ser protocolizada pela operadora da instalação junto 
à Superintendência Regional do Trabalho do estado onde irá operar a plataforma, a 
Declaração da Instalação Marítima (DIM). O prazo a ser respeitado para que isso ocorra 
é de, pelo menos, 90 dias antes do início das atividades de perfuração (para plataformas 
de perfuração); do final da ancoragem no local de operação (para plataformas de 
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produção flutuante); do término da organização e montagem do local de operação 
(para plataforma fixa); e começo da prestação de serviços (para as instalações de 
apoio) (BRASIL, 2018).
A operadora da instalação não precisará submeter uma nova DIM em caso de 
realocação da plataforma, devendo apenas protocolizar tanto na Superintendência 
Regional do Trabalho de origem, quanto na de destino, antes de começar o seu 
deslocamento, um documento contendo os itens descritos na Figura 37
Figura 37: Documento a ser protocolizado em caso de realocação de plataforma.
Fonte: BRASIL (2018).
Se a mudança de locação ocorrer por motivo de ocorrência de alguma situação 
de emergência, a comunicação deverá ser feita em até sete dias corridos depois da 
ocorrência ou do acidente, sendo anexada uma cópia da comunicação do incidente 
(BRASIL, 2018).
12.4 Capacitação, Qualificação e Habilitação
É de responsabilidade do operador da instalação implementar um programa de 
capacitação em segurança e saúde no trabalho (SST) na plataforma, em diferentes 
modalidades, apresentadas brevemente na Figura 38, três das quais serão detalhadas 
mais à frente. O responsável técnico pela ministração de tais capacitações é o engenheiro 
de segurança do trabalho (BRASIL, 2018).
Figura 38: Modalidades de capacitação em SST em plataformas.
Fonte: BRASIL (2018).
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O briefing deverá ser realizado ao chegar a bordo da plataforma, devendo contemplar, 
entre outras coisas: as características da plataforma e o estado (operacional, parada, 
comissionamento, operações críticas e simultâneas, etc.); os tipos de alarme existentes 
a bordo, sobretudo os de emergência; os pontos de encontro e de evacuação em 
caso de emergência; as localizações de coletes, boias, baleeiras, balsas, botes; de 
resgate, etc.; regras de convívio a bordo (BRASIL, 2018).
O treinamento antes do primeiro embarque deve ter carga horária mínima de 6 horas 
e abordar vários temas, dentre eles: Formas e procedimentos de acesso à plataforma; 
características, propriedades, riscos e perigos das substâncias combustíveis e 
inflamáveis a bordo; riscos ambientais distribuídos pela plataforma; efeitos dos riscos 
psicossociais decorrentes da jornada prolongada, do trabalho em turnos e noturno 
nas atividades laborais; EPC e EPI (BRASIL, 2018).
O treinamento eventual deverá ser ministrado diante das seguintes condições:
a) mudanças nos procedimentos, nas condições operacionais ou 
nas instalações da plataforma; b) operações simultâneas de risco; 
c) incidente de grande relevância ou acidente grave ou fatal, na 
própria instalação ou em outras plataformas; d) doença ocupacional 
que acarrete lesão grave à integridade física do(s) trabalhador(es); 
e) parada para a realização de campanhas de manutenção, 
reparação ou ampliação realizadas pela própria operadora ou por 
prestadores de serviços; f) parada programada; g) comissionamento, 
descomissionamentoou desmonte da plataforma.
12.5 Organização da plataforma
Os trabalhadores devem se deslocar entre o continente e a plataforma 
preferencialmente por meio de helicópteros, durante o período diurno, com boas 
condições de visibilidade e desde que tenha recebido treinamentos de segurança e 
Briefing antes de cada transporte e transferência e utilizem colete salva-vidas 
(BRASIL, 2018). Na Figura 39 é descrita a organização da plataforma.
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Figura 39: Organização da plataforma.
Fonte: BRASIL (2018).
A lavanderia da plataforma que dispuser de lavanderia, normalmente as habitadas, 
esta área deve ser dimensionada de acordo com a quantidade de turnos e a lotação total 
de trabalhadores embarcados, com área de lavagem e secagem isolada acusticamente 
(BRASIL, 2018).
12.6 Armazenamento de Substâncias Perigosas
O armazenamento interno de substâncias perigosas na plataforma visa priorizar 
a segurança e a saúde dos trabalhadores a bordo. A organização dos produtos 
químicos dependerá da sua natureza, devendo ser mantidas separadas as que forem 
incompatíveis. As FISPQ devem permanecer no mesmo no compartimento onde as 
substâncias as quais se referem se encontram, de maneira organizada e de fácil 
acesso (BRASIL, 2018).
O armazenamento de combustíveis e inflamáveis deve ser feito num compartimento 
de armazenamento interno, o qual deve atender aos seguintes critérios (BRASIL, 2018):
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• Possuir anteparas, tetos e pisos construídos em material resistente ao fogo, 
que não produza centelha mediante o atrito.
• Ter dispositivo que impeça a formação de eletricidade estática;
• Equipamentos e materiais elétricos que sejam apropriados para a classificação 
de área;
• Ser dotado de sistema de ventilação e exaustão, quando necessário;
• Sistema de tratamento ou eliminação segura de gases tóxicos ou inflamáveis;
• Sistema de combate a incêndio com extintores do tipo apropriado, próximos 
ao acesso;
• Sistema de detecção automática de fogo no interior do compartimento de 
armazenagem das substâncias e alarme na sala de controle;
• Portas com fechamento automático, quando requerido;
• Ambiente seco sem substâncias corrosivas;
• Luz de emergência;
• Vias e portas de acesso sinalizadas com os dizeres “INFLAMÁVEL” e “NÃO FUME”;
• Conjunto para a contenção de vazamentos.
O compartimento deve ter armários prateleiras ou estantes de metal, localizadas em 
local de fácil limpeza, dotado de sistema de drenagem para viabilizar o escoamento e 
o armazenamento em local seguro, no caso de vazamento de líquidos combustíveis 
ou inflamáveis (BRASIL, 2018).
Em relação a gases, a NR-37 determina que:
37.19.6 O local utilizado para armazenar gás inflamável em área 
aberta da plataforma deve: a) se comunicar apenas com o convés 
aberto; b) ser seguro, arejado, segregado e sinalizado; c) permitir 
a fixação do cilindro; d) prover a proteção dos cilindros contra 
impactos e intempéries; e) estar afastado de fontes ignição e 
agentes corrosivos. 37.19.7 Os cilindros de gases devem ser: a) 
estocados com as válvulas fechadas e protegidas por capacete 
rosqueado; b) fixados na posição vertical; c) segregados por tipo 
de produto; d) separados os cheios dos recipientes vazios ou 
parcialmente utilizados; e) sinalizados. 37.19.7.1 Os cilindros de 
gases e os recipientes de substâncias perigosas, considerados 
nominalmente vazios, devem ser armazenados de acordo com os 
requisitos supracitados, até serem desembarcados (BRASIL, 2018, 
parágrafos 37.19.6 e 37.19.7).
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12.7 Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações
As caldeiras, os vasos de pressão e as tubulações das plataformas devem seguir 
as determinações da NR-13, norma específica sobre Caldeiras, Vasos de Pressão e 
Tubulações. Há algumas exceções ao seguimento dessa norma, é o caso dos vasos de 
pressão destinados aos sistemas navais e de propulsão de embarcações convertidas 
em plataformas, desde que tais embarcações possuam certificado de classe atualizado 
e emitido por sociedades reconhecidas pela Autoridade Marítima. Outra exceção 
consiste na caldeira localizada em ambiente fechado, a qual não precisará se localizar 
em prédio separado, ter ventilação permanente e nem será proibida a utilização de 
casa de caldeiras ou praça de máquinas para outras finalidades, conforme assevera 
a NR-13 (BRASIL, 2018).
Quanto à habilitação dos trabalhadores para lidar com caldeiras, vasos de pressão 
e tubulações, a NR-37 define que:
37.21.4 É considerado trabalhador capacitado, como operador de caldeira 
ou de unidade de processo, o estrangeiro que possuir treinamento e 
estágio ou treinamento e experiência maior que dois anos, realizados 
no exterior ou no Brasil. 37.21.4.1 A capacitação deve ser reconhecida 
formalmente pelo profissional legalmente habilitado e designado pela 
operadora da instalação como responsável técnico pela(s) caldeira(s) 
ou unidade(s) de processo(s). 37.21.4.2 O profissional legalmente 
habilitado deve fundamentar as razões que levaram a reconhecer a 
capacitação do operador estrangeiro de caldeira ou de unidade de 
processo, emitindo o respectivo certificado. 37.21.4.3 A previsão de 
validações das capacitações supracitadas deve estar descrita na ART 
emitida pelo profissional legalmente habilitado.37.21.5 A operadora 
da instalação deve manter a bordo documentos que comprovem 
treinamento, estágio e reciclagem dos operadores de caldeira e dos 
profissionais com treinamento de segurança na operação de unidades 
de processo (BRASIL, 2018, parágrafos 37.21.4 e 37.21. 5).
ANOTE ISSO
Para se ter uma ideia da importância de monitoramento das tubulações, 
conhecido como um dos piores desastres já ocorridos na indústria de petróleo e 
gás, o acidente da plataforma Piper Alpha, ocorrido no dia 6 de julho de 1988, foi 
provocado por um vazamento de condensado de gás gerou uma grande explosão. 
O calor gerado pela primeira explosão ocasionou um rompimento da linha principal 
do óleo que levava o gás das plataformas que estavam conectadas a Piper Alpha. 
A segunda explosão acarretou um incêndio de proporções ainda maiores, de 
modo que esse acidente acabou por levar 167 colaboradores a óbito, restando 62 
sobreviventes (LIMA; MEIRELES JUNIOR; ROSA, 2016).
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12.8 Prevenção e Controle de Vazamentos, Derramamentos, Incêndios e Explosões
A operadora da instalação deve implementar medidas de prevenção e controle de 
vazamentos, derramamentos, incêndios e explosões, continuamente, desde a fase de 
projeto das plataformas, para prevenir e controlar sua ocorrência, incluindo os meios 
possíveis para mitigar as suas consequências, em caso de falhas nos sistemas de 
prevenção e controle (BRASIL, 2018).
O projeto da plataforma e suas alterações, manutenção, reparo e modificações 
de processo já devem prever emissões fugitivas, com a finalidade de minimizar os 
riscos e permitir que seja possível agir assertivamente após a identificação das suas 
fontes (BRASIL, 2018).
De acordo com a NR-37, as seguintes diretrizes devem ser seguidas:
37.27.4 Os tanques, vasos e equipamentos e outros componentes da 
plataforma que armazenam líquidos combustíveis e inflamáveis devem 
possuir sistemas de contenção de vazamentos ou derramamentos, 
como diques, bandejas ou similares, dimensionados e construídos 
de acordo com as normas técnicas nacionais ou, na sua ausência, 
com as normas internacionais. [...] 37.27.5 Os sistemas utilizados para 
preparar, armazenar ou tratar os fluidos de perfuração, completação, 
estimulação e restauração de poços de petróleo, com características 
combustíveis ou inflamáveis, devemser dotados de equipamentos 
e instrumentos de medida e controle para impedir a formação de 
atmosferas explosivas, obedecendo a seguinte hierarquia: a) prevenir 
a liberação ou disseminação desses agentes no meio ambiente de 
trabalho; b) reduzir a concentração desses agentes no ambiente 
de trabalho; c) eliminar o risco de incêndio e explosão. 37.27.6 Em 
áreas sujeitas à existência ou à formação de atmosferas explosivas 
ou misturas inflamáveis, a operadora da instalação é responsável 
por implementar medidas específicas para controlar as fontes de 
ignição, como por exemplo: a geração, o acúmulo e a descarga 
de eletricidade estática, e a presença de superfícies aquecidas de 
máquinas, equipamentos, instrumentos, dutos e demais acessórios 
(BRASIL, 2018, parágrafos 37.27.4, 37.27.5 e 37.27.6).
Os próprios trabalhadores, assim como os terceirizados, devem ser consultados pela 
operadora da instalação quando estiverem sendo pensadas ou revisadas as medidas de 
prevenção e controle de vazamentos, derramamentos, incêndios e explosões (BRASIL, 
2018).
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ANOTE ISSO
Você já ouviu falar do acidente da plataforma de petróleo P-36? De acordo com 
Figueiredo, Alvarez e Adams (2018, p. 1) “O acidente com a P-36, ocorrido em 15 
mar. 2001, é um daqueles eventos que integra a galeria dos grandes desastres 
internacionais da indústria do petróleo, que resultou em 11 mortes, perda total da 
unidade, cuja produção a plena carga seria de 180 mil barris por dia, e um prejuízo 
estimado em um bilhão de reais. O salto tecnológico auferido pela Petrobras 
àquela altura contrastava com a sucessão de sinistros graves, expondo as lacunas 
da empresa no campo da saúde, segurança e meio ambiente”. Sabendo disso, 
enumere as consequências que um acidente como esse provoca para as pessoas 
afetadas direta ou indiretamente e para o meio ambiente.
12.9 Plano de Resposta a Emergências
O Plano de Resposta a Emergências (PRE) deve contemplar os cenários possíveis 
diante dos riscos ambientais presentes no exercício das atividades laborais e demais 
processos que se dão na plataforma. Com base nesses riscos, a operadora da instalação 
deve elaborá-lo, implantá-lo e disponibilizá-lo a bordo. O PRE deve conter a descrição 
das ações e condutas a serem adotadas perante a ocorrência de eventos ou situações 
de risco grave e iminente de prejuízos à segurança e danos à saúde dos trabalhadores. 
A Figura 40 enumera alguns dos itens que o PRE deve conter, de acordo com a NR-37.
Figura 40: Algumas diretrizes úteis para a elaboração do PRE, conforme a NR-37.
Fonte: BRASIL (2018).
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Outros dois itens relevantes que devem ser englobados no PRE são os procedimentos 
para orientação de não residentes em relação aos riscos e como proceder diante de 
situações de emergência; bem como o cronograma, a metodologia, as formas de 
registro e os critérios para avaliação de exercícios simulados (BRASIL, 2018).
12.10 Sistema de Drenagem, de Tratamento e de Disposição de Resíduos
Os resíduos industriais devem receber a destinação adequada, sendo vedado o 
lançamento de contaminantes no ambiente de trabalho, os quais tenham potencial 
para comprometer a segurança e a saúde dos trabalhadores (BRASIL, 2018). 
A concessionária e a operadora da instalação devem providenciar para que os 
resíduos líquidos e sólidos sejam monitorados, coletados, armazenados e transportados 
para a disposição final de modo seguro. Os resíduos perigosos e materiais radioativos, 
em particular, devem ser dispostos e desembarcados conforme requisitos de legislações 
específicas para tal, como a Norma CNEN-NE 8.01 que zela pela “Gerência de Rejeitos 
Radioativos de Baixo e Médio Níveis de Radiação” (BRASIL, 2018). 
Os líquidos combustíveis e inflamáveis que possam ser acumulados com segurança, 
devem ser represados em bacias de contenção, sendo escoados, armazenados e 
tratados em conformidade com o disposto pelas autoridades competentes (BRASIL, 
2018).
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CAPÍTULO 13
ERGONOMIA
As mudanças nos contextos econômico e organizacional, o comportamento 
individual e o ambiente de trabalho são apenas algumas das variáveis inseridas nos 
processos de produção. Na garantia da eficiência e manutenção do fluxo produtivo 
constante, a ergonomia desempenha um importante papel. Neste capítulo, você 
vai estudar a aplicação da ergonomia no ambiente produtivo e verificar o quanto é 
importante conhecer da Norma Regulamentadora (NR) nº 17 do Ministério do Trabalho 
e Previdência. Além disso, você vai identificar algumas modificações ergonômicas que 
podem ser implementadas nas empresas e verificar as etapas da análise ergonômica
13.1 Aplicação da ergonomia ao ambiente de trabalho 
As mudanças ocasionadas pelos avanços econômicos e tecnológicos e, 
consequentemente, nas relações de trabalho tornam cada vez mais necessárias a 
absorção e adaptação de novas demandas nas organizações. Manter-se atualizada 
é uma obrigação para uma empresa que visa o lucro e almeja alcançar e manter 
vantagem competitiva a longo prazo.
Os processos produtivos não são fáceis de serem entendidos, uma vez que envolvem 
seres humanos e toda a sua complexidade, englobando, assim, seus aspectos 
psicológicos, fisiológicos, sociais, ambientais, entre outros. Dessa forma, trabalhar 
com o ser humano não é uma tarefa fácil, pois trata-se de uma “máquina” com poucos 
padrões, embora com algumas características em comum. Daí a importância de um 
processo cuidadoso de seleção, treinamento e retenção de talentos, de forma que 
os recursos humanos estejam suficientemente satisfeitos a fim de trabalharem em 
uníssono com os objetivos estratégicos das organizações. 
Num cenário econômico competitivo, todos os fatores da produção devem ser 
considerados. Como produzir melhor e com mais eficiência? Essa é uma pergunta 
frequentemente abordada nas grandes empresas. A partir do século XX, os estudos da 
produção, com foco na interação entre ser humano, máquina e ambiente de trabalho, 
começaram a surgir, sendo Frederick Winslow Taylor um grande estudioso dessa 
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questão. No entanto, atualmente a ergonomia apresenta um conceito diferente do 
proposto por Taylor, conforme afirmam Corrêa e Boletti (2015). O conceito mais atual 
da ergonomia não é adaptar o ser humano à máquina, mas adaptar a máquina ao 
ser humano, criando um sistema de interação entre as partes. Manter uma linha de 
produção eficiente significa prestar atenção na máquina e também nos trabalhadores 
— somente assim um sistema funcionará adequadamente. 
Para que ocorra o equilíbrio do sistema proposto de interação entre homem e 
máquina, a ergonomia deve ser considerada, pois foca na qualidade do processo, 
não somente adaptando as máquinas aos trabalhadores, mas também verificando as 
características ambientais envolvidas e como podem afetar a qualidade do trabalho, 
conforme afirma Iida (2005). 
A preocupação com a qualidade de vida dos trabalhadores não é apenas uma 
questão de eficácia produtiva — ela vai além, uma vez que no Brasil a NR nº 17 do 
Ministério do Trabalho e Previdência, intitulada “Ergonomia” e conhecida como NR-17, 
tem força de lei. Portanto, a preocupação com o bem-estar e a qualidade de vida no 
trabalho não tem apenas o objetivo de otimizar a produção ou adaptar a máquina; 
existe ainda o aspecto legal (BRASIL, 2022).
ANOTE ISSO
A Associação Brasileira de Ergonomia conceitua ergonomia da seguinte forma: 
A ergonomia (ou fatores humanos) é uma disciplina científica relacionada ao 
entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos ou 
sistemas,e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de 
otimizar o bem-estar humano e o desempenho global do sistema (ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DE ERGONOMIA, 1999).
A ergonomia pode fazer parte de todo o processo, desde o projeto de um produto 
já adaptado a determinadas condições até a verificação de produtos ou formas de 
trabalhar já existentes, propondo adequações. As soluções, na grande maioria das 
vezes, não são tarefas fáceis a ponto de serem resolvidas na primeira tentativa. Na 
maioria dos casos, conforme afirma Iida (2005), a tarefa é complexa e exige diversas 
tentativas ou análises, não existindo respostas prontas.
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ANOTE ISSO
A ergonômica é fundamental para o bom desempenho das organizações, pois 
exerce impacto na qualidade de vida do trabalhador. Um aspecto que vale ser 
destacado é que o escopo da ergonomia é amplo, o que fez com que se buscasse 
meios para lidar com ela. Esses meios se diferenciam quanto a abordagem 
(produto e produção), perspectivas (Intervenção e concepção) e finalidade (correção, 
enquadramento, remanejamento, modernização) (IIDA, 2005). As respectivas 
abrangências de cada um desses âmbitos de ergonomia são listadas a seguir: 
• Ergonomia de produto — foco na introdução de recomendações ergonômicas 
no projeto de produtos. 
• Ergonomia de produção — voltada para o projeto de sistemas de trabalho. 
• Ergonomia de intervenção — foco numa situação existente. 
• Ergonomia de concepção — foco na concepção de projeto. 
• Ergonomia de correção — foco em mudança limitada em algo que já existe. 
• Ergonomia de enquadramento — adoção de padrões e parâmetros. 
• Ergonomia de remanejamento — foco em mudanças mais ou menos profundas 
em algo que já existe. 
• Ergonomia de modernização — foco em mudanças na base técnica do 
processo de produção.
A ergonomia era inicialmente aplicada apenas na indústria e nos setores militar 
e espacial. Porém, cada vez mais outros setores vêm adotando as suas diretrizes, 
inclusive no dia a dia das pessoas “comuns”. É evidente que existem nos projetos 
concessões às vezes relacionadas à postura, ao ruído ou a outro tipo de desconforto; 
porém, em relação à segurança do operador, nenhuma concessão deve ser permitida, 
já que os danos à saúde física do trabalhador por vezes são irreparáveis. 
Na indústria, a ergonomia tem como objetivo contribuir para a eficiência, a confiabilidade 
e a qualidade das operações. Está presente na interface homem–máquina, na adequação 
dos postos de trabalho, na organização laboral e na verificação das condições ambientais 
como um todo (ruído, temperatura, luminosidade). Além das condições ambientais, estão 
inseridos no escopo da ergonomia os aspectos relacionados com a fadiga, o tédio e a 
monotonia, que podem ser ocasionados em tarefas repetitivas. 
Na agricultura, a ergonomia avança de forma um pouco mais lenta, devido às 
características dispersas das atividades desse setor. As máquinas agrícolas vêm 
evoluindo constantemente, possibilitando mais conforto e segurança ao trabalhador 
e visando evitar os acidentes relacionados a esse tipo de maquinário. 
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No setor de serviços, que inclui hospitais, lojas, escritórios e uma série de outros 
locais de trabalho, a ergonomia é aplicada de diferentes formas. Num hospital complexo, 
por exemplo, onde diferentes equipamentos devem operar em tempo integral, são 
necessárias escalas de trabalho, iluminação adequada na sala de cirurgia, conforto 
para o paciente, acessibilidade à edificação e uma série de outros requisitos. 
A ergonomia também está presente no cotidiano, melhorando a qualidade de vida 
em vários aspectos. Nesse contexto, a Norma Brasileira (NBR) nº 9.050, da Associação 
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), estabelece condições para acessibilidade a 
edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA 
DE NORMAS TÉCNICAS, 2015). Essa norma utiliza conceitos de ergonomia para tornar 
os locais acessíveis à maioria da população. 
Enfim, são inúmeras as maneiras de aplicar a ergonomia ao ambiente de trabalho 
e no dia a dia; difícil é imaginar uma situação em que os conceitos da ergonomia 
não se aplicam. A verificação das condições de trabalho deve ser constante, e é 
preciso ter em mente que tanto os trabalhadores quanto a empresa têm necessidades. 
Esse equilíbrio entre as condições ambientais da empresa e a qualidade de vida dos 
trabalhadores precisa ser mediado por uma equipe multidisciplinar para que metas e 
resultados possam ser atingidos.
13.2 Modificações ergonômicas 
Um dos objetivos da ergonomia é tornar o ambiente de trabalho mais seguro, 
saudável, confortável e efi ciente, conforme afi rmam Dul e Weerdmeester (2004). 
Nesse contexto, os autores Iida (2005) e Kroemer e Gradjean (2007) enfatizam as 
necessidades de otimização da eficiência e de redução da monotonia, do estresse, de 
erros e acidentes. Dessa forma, promove-se a segurança no local de trabalho, sempre 
alinhada à produção. 
Não é possível manter a produção de uma empresa com alto rendimento quando 
ocorrem diversos afastamentos por lesões ou desconfortos. Tais problemas podem, 
inclusive, ser motivo de interdições temporárias realizadas pelo Ministério do Trabalho 
e Previdência. Com base nesses conceitos, as linhas de montagem tradicionais, 
responsáveis por trabalhos monótonos e repetitivos, vêm dando espaço para núcleos 
de trabalho, na forma de equipes menores e com maior flexibilidade, isto é, uma célula 
produtiva responsável por um produto completo. 
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Nessa mudança de forma de trabalho, a ergonomia tem papel fundamental. Além da 
redução da fadiga, da monotonia e do tédio, nesse tipo de arranjo os erros são mais fáceis 
de serem percebidos, e não é necessário que toda a linha seja interrompida quando um 
erro é encontrado, pois este ocorre apenas no núcleo do processo. Com isso, a distribuição 
de tarefas ocorre de forma mais organizada, conforme afirma Iida (2005). 
Os benefícios da modificação ergonômica no ambiente de trabalho se tornam mais 
evidentes quando o próprio posto de trabalho é alterado. Em escritórios, as pessoas 
utilizam o computador o tempo todo; assim, a adaptação da estação de trabalho é 
muito importante para melhorar a qualidade das tarefas. Como exemplo, podemos 
observar na Figura 40 o registro da atividade muscular dos ombros no ato de escrita. 
Em A, é registrada a posição ótima de escrever; em B, a altura elevada move a carga 
para os ombros; na posição C, a altura está ainda mais elevada que na posição B, 
exigindo a elevação lateral dos braços para compensar. Desse modo, para aplicar 
um estudo ergonômico, seja qual for o método aplicado, é necessário conhecer os 
movimentos corporais necessários para cada tarefa.
Figura 40. Registro da atividade da musculatura dos ombros.
Fonte: Kroemer e Gradjean (2007, p. 52).
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Para conduzir modificações ergonômicas, entre outros métodos existentes, pode 
ser realizada uma análise ergonômica do trabalho (AET), conforme estabelece a NR-17 
(BRASIL, 2022). A aplicação da AET ajuda a verificar as situações problemáticas no 
sistema produtivo, conforme afirma Iida (2005). Porém, somente com o conhecimento 
prévio da demanda, da tarefa ou da atividade é possível aplicar uma análise correta. 
Ademais, deve ser realizada uma análise para cada indivíduo, caso contrário o resultado 
não será satisfatório. Todas as etapas devem ser corretamente executadas para o 
bom êxito do estudo técnico.
13.3 Melhorias para adaptar a ergonomia 
Fundamentalmente, a ergonomia tem por objetivomelhorar a qualidade do trabalho 
em vários aspectos, incluindo os físicos, sensoriais, cognitivos, sociais e organizacionais. 
Nesse enfoque, está intrínseco o aspecto de prevenção das doenças do trabalho. 
Identifi cada a necessidade de mudança, a indicação de melhorias é feita com base 
num dos métodos de análise existentes. São diversos os métodos e ferramentas 
para a execução da AET, não existindo método certo ou errado; cada um apresenta 
características que melhor se aplicam a determinadas situações. 
Numa análise ergonômica, inicialmente deve-se apontar as primeiras observações em 
relação ao ambiente de trabalho, caso não exista histórico de aplicação da ergonomia 
na empresa. O escopo da NR-17 prevê os seguintes aspectos a serem observados 
(BRASIL, 2022): 
• Levantamento, transporte e descarga individual de materiais; 
• Mobiliário dos postos de trabalho; 
• Trabalho com máquinas, equipamentos e ferramentas manuais; 
• Condições de conforto no ambiente de trabalho. 
Existem dois anexos sobre o trabalho dos operadores de checkout e o trabalho em 
teleatendimento ou telemarketing. É importante ressaltar a extensão do conteúdo da 
norma; além de condições ambientais, o documento também contempla a organização 
do trabalho. 
Embora a norma estabeleça parâmetros e algumas recomendações, eles não são 
absolutos, servindo apenas de referência. O objetivo da NR-17 é instaurar diretrizes 
e requisitos necessários à adaptação das condições laborais às características 
psicofisiológicas dos trabalhadores, proporcionando conforto, segurança, saúde e 
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desempenho eficiente no trabalho (BRASIL, 2022). A tolerância de limites de segurança 
pode ser medida de forma objetiva; porém, em relação ao conforto, a medição se 
torna mais complexa. 
Para essa avaliação, a participação do trabalhador é fundamental; somente ele 
pode afirmar se determinada solução está atendendo às expectativas. Esta é uma das 
diferenças em relação à organização do trabalho proposta por Taylor: a participação 
do trabalhador. Cada vez mais, os colaboradores devem ser consultados sobre o 
mobiliário, as ferramentas e demais interfaces da produção. 
Outro conceito que deve ser entendido é o de produção eficiente. Para a NR-17, 
produzir de maneira eficiente não corresponde à produção máxima da linha sem 
medir as consequências na saúde do trabalhador (BRASIL, 2022). Muito pelo contrário, 
a eficiência está ligada ao desempenho satisfatório de toda a vida de trabalho. A 
eficiência, nesse caso, está relacionada com a manutenção do trabalhador durante todo 
o período produtivo estipulado. Como a tendência da previdência social é aumentar a 
idade mínima de aposentadoria, até mesmo devido à situação econômica do país, as 
empresas devem oferecer condições de trabalho adequadas para manter o trabalhador 
na ativa durante o período necessário. De acordo com a NR-17, cabe ao empregador 
realizar a AET (BRASIL, 2022):
• Quando identificar a necessidade de análise mais profunda sobre determinada 
situação; 
• Quando identificar incoerências ou deficiência das ações adotadas; 
• Quando a AET for sugerida pelo acompanhamento de saúde dos trabalhadores de 
acordo com os critérios do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional 
(PCMSO); 
• Quando, na análise de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, de acordo 
com o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), for indicada a causa 
referente às condições de trabalho. 
Nesse contexto, a execução da AET deve compreender as seguintes etapas (BRASIL, 
2022): 
• Deixar clara a demanda do estudo; 
• Analisar tarefas, atividades e situações de trabalho; 
• Discutir e restituir os resultados aos trabalhadores envolvidos; 
• Propor sugestões ergonômicas específicas para os postos de trabalho avaliados; 
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• Avaliar e revisar as intervenções realizadas com a participação dos trabalhadores, 
supervisores e gerentes; 
• Avaliar a eficiência das recomendações. 
Analisada a demanda de forma correta e estudando-se o problema de forma 
adequada, a resposta ao problema ergonômico será satisfatória. Não devem ser 
conduzidas análises abstratas ou genéricas; analisa-se algo concreto, para assim 
entender o problema. O fluxo produtivo depende da manutenção das máquinas e 
dos indivíduos. Conhecer os limites e as potencialidades de cada um faz parte da 
organização do trabalho. Somente com esses dois elementos trabalhando de forma 
integrada, adequada, confortável e segura, torna-se possível obter melhores resultados.
EXEMPLO: 
Deimling e Pesamosca (2014) aplicaram a AET numa empresa de confecções. 
O posto de trabalho analisado foi o de fechamento das laterais de camisas, pois 
exigia maior esforço e demonstrava problemas (verificação da demanda). De acordo 
com o estudo, a AET possibilitou identificar todos os movimentos realizados pelos 
funcionários. Como resultado da aplicação da ferramenta de análise, verificou-se 
que vários desses movimentos não estavam de acordo com as recomendações de 
conforto para a função. Para amenizar o problema, foram propostas três alternativas. 
A primeira compreendia a reavaliação da máquina, que não permitia a aproximação 
ideal do operador do equipamento. A segunda proposta consistia em providenciar 
uma cadeira com apoio para os cotovelos, permitindo, dessa forma, a execução das 
atividades sem interferência. A terceira proposta consistia em intercalar pausas de 3 a 
5 minutos, para diminuir os efeitos do trabalho repetitivo, além de elaborar exercícios 
de ginástica laboral específicos para a função. Essas considerações foram realizadas 
apenas para uma atividade dentro da empresa, mas poderiam ser expandidas para 
outras áreas que apresentassem reclamações ou afastamentos.
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CAPÍTULO 14
NR-26: SINALIZAÇÃO 
DE SEGURANÇA
14.1 INTRODUÇÃO A SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
A Norma Regulamentadora – NR 26, disponível no site do Ministério do Trabalho, tem 
como objetivo estabelecer as cores que devem ser usadas em ambientes de trabalho 
para prevenir acidentes, identificar equipamentos de segurança, delimitando áreas de 
perigo, identificando as canalizações empregadas nas indústrias para a condução de 
líquidos e gases, e advertindo contra riscos, (BRASIL, 201). 
 
Vejamos agora as definições de cada cor e sua utilidade, retirado da NR-26.
 
Vermelho
O vermelho deverá ser usado para diferenciar e indicar equipamentos e dispositivos 
de proteção e combate a incêndio. Por ser de pouca visibilidade, quando comparado 
com a cor amarela, a cor vermelha não é usada na indústria para assinalar perigo. É 
empregado para identificar:
• Caixa de alarme de incêndio.
• Hidrantes.
• Bombas de incêndio.
• Sirene de alarme de incêndio.
• Caixas com cobertores para abafar chamas.
• Extintores e sua localização.
• Indicação de extintores (visível à distância, dentro da área de uso do extintor).
• Localização de mangueiras de incêndio (a cor deve ser usada no carretel, suporte, 
moldura de caixa ou nicho).
• Baldes de areia ou água para extinção de incêndio.
• Tubulações, válvulas e hastes do sistema de aspersão de água.
• Transporte com equipamentos de combate a incêndio.
• Portas de saídas de emergência.
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• Rede de água para incêndio (Sprinklers).
• Mangueiras de acetileno (solda oxiacetilênica)
 A cor vermelha é usada excepcionalmente com sentido de advertência de perigo:
• Nas luzes a serem colocadas em barricadas, tapumes de construções e quaisquer 
outras obstruções temporárias.
• Em botões interruptores de circuitos elétricos para paradas de emergência.
 
Alguns exemplos podem ser visualizadosna Figura 41 abaixo:
Figura 41 – Sinalizações de cor vermelha.
Fonte: Adaptado de Swambiental, 2015.
Amarelo
O amarelo deverá ser empregado para indicar “Cuidado!”. É empregado para identificar:
• Partes baixas de escadas portáteis.
• Corrimões, parapeitos, pisos e partes inferiores de escadas que apresentem risco.
• Espelhos de degraus de escadas.
• Bordos desguarnecidos de aberturas no solo (poço, entradas subterrâneas, etc.) 
e de plataformas que não possam ter corrimões.
• Bordas horizontais de portas de elevadores que se fecham verticalmente.
• Faixas no piso da entrada de elevadores e plataformas de carregamento.
• Meios-fios, onde haja necessidade de chamar atenção.
• Paredes de fundo de corredores sem saída.
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• Vigas colocadas à baixa altura.
• Cabines, caçambas e gatos-de-pontes-rolantes, guindastes, escavadeiras etc.
• Equipamentos de transportes e manipulação de material tais como: empilhadeiras, 
tratores industriais, pontes-rolantes, vagonetes, reboques, etc.
• Fundos de letreiros e avisos de advertência.
• Pilares, vigas, postes, colunas e partes salientes da estrutura e equipamentos 
em que se possa esbarrar.
• Cavaletes, porteiras e lanças de cancelas.
• Bandeiras como sinal de advertência (combinado ao preto).
• Comandos e equipamentos suspensos que ofereçam risco.
• Para-choques para veículos de transportes pesados, com listras pretas e amarelas.
• Listras (verticais ou inclinadas) e quadrados pretos serão usados sobre o amarelo 
quando houver necessidade de melhorar a visibilidade da sinalização.
Veja abaixo alguns exemplos na Figura 42.
Figura 42 – Sinalizações de cor amarela.
Fonte: Adaptado de Swambiental, 2015.
Branco
O branco será empregado em:
• Passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas (localização e largura).
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• Direção e circulação, por meio de sinais.
• Localização e coletores de resíduos.
• Localização de bebedouros.
• Áreas em torno dos equipamentos de socorro de urgência, de combate a incêndio 
ou outros equipamentos de emergência.
• Áreas destinadas à armazenagem.
• Zonas de segurança.
Veja alguns exemplos na Figura 43.
Figura 43 – Sinalizações de cor branca.
Fonte: Adaptado de Swambiental, 2015.
Preto
O preto é empregado para indicar as canalizações de inflamáveis e combustíveis 
de alta viscosidade (exemplo: óleo lubrificante, asfalto, óleo combustível, alcatrão, 
piche, etc. – Figura 44).
Figura 44 – Sinalizações de cor preta.
Fonte: Adaptado de Swambiental, 2015.
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Azul
O azul será utilizado para indicar “Cuidado! ”. Empregado em barreiras e bandeiras 
de advertência a serem localizadas nos pontos de comando, de partida ou fontes de 
energia dos equipamentos. Será também empregado em:
• Canalizações de ar comprimido.
• Prevenção contra movimento acidental de qualquer equipamento em manutenção.
• Avisos colocados no ponto de arranque ou fontes de potência.
 
A Figura 45 apresenta alguns exemplos.
Figura 45 – Sinalizações de cor azul.
Fonte: Adaptado de Swambiental, 2015.
Verde
O verde caracteriza “Segurança”. Deverá ser empregado para identificar:
• Canalizações de água.
• Caixas de equipamentos de socorro de urgência.
• Caixas contendo máscaras contra gases.
• Chuveiros de segurança.
• Macas.
• Fontes lavadoras de olhos.
• Quadros para exposição de cartazes, boletins, avisos de segurança, etc.
• Porta de entrada de salas de curativos de urgência.
• Localização de EPI.
• Caixas contendo EPI.
• Emblemas de segurança
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Veja exemplos na Figura 46:
Figura 46 – Sinalizações de cor verde.
Fonte: Adaptado de Swambiental, 2015.
Laranja
O laranja deverá ser empregado para identificar:
• Canalizações contendo ácido.
• Partes móveis de máquinas e equipamentos.
• Partes internas das guardas de máquinas que possam ser removidas ou abertas.
• Faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos.
• Faces externas de polias e engrenagens.
• Dispositivos de corte, bordas de serras e prensas.
• Botões de arranque de segurança.
Abaixo alguns exemplos:
Figura 47 – Sinalizações de cor laranja.
Fonte: Adaptado de Swambiental, 2015.
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Púrpura
A cor púrpura deverá ser usada para indicar os perigos provenientes das radiações 
eletromagnéticas penetrantes de partículas nucleares. É utilizada em:
• Portas e aberturas que dão acesso a locais onde se manipulam ou armazenam 
materiais radioativos ou materiais contaminados pela radioatividade.
• Locais onde tenham sido enterrados materiais e equipamentos contaminados.
• Recipientes de materiais radioativos ou refugos de materiais e equipamentos 
contaminados.
• Sinais luminosos para indicar equipamentos produtores de radiações 
eletromagnéticas penetrantes e partículas nucleares.
Veja na Figura 48 um exemplo:
Figura 48 – Sinalização na cor Púrpura.
Fonte: Adaptado de Swambiental, 2015.
 
Lilás
O lilás deverá ser usado para indicar canalizações que contenham elementos 
químicos de característica básica. Refinarias de petróleo normalmente utilizam o lilás 
para a identificação de lubrificantes.
 
Veja na Figura 49 um exemplo:
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Figura 49 – Sinalização na cor lilás.
Fonte: Adaptado de Swambiental, 2015.
Cinza
Deverá ser empregado:
• O cinza claro para identificar canalizações em vácuo.
• O cinza escuro para identificar eletrodutos.
 
Veja um exemplo na Figura 50:
Figura 50 – Sinalização na cor cinza.
Fonte: Oxigasinstalacao, 2023.
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Alumínio
O alumínio será utilizado em canalizações contendo gases liquefeitos, inflamáveis 
e combustíveis de baixa viscosidade (exemplo: óleo diesel, gasolina, querosene, óleo 
lubrificante, etc.).
 
Marrom
O marrom pode ser adotado, para identificar qualquer fluído não identificável pelas 
demais cores
 
As principais mais comumente usadas são: vermelho, amarelo, azul, verde e laranja, 
de forma resumida, temos:
 
Vermelho → PERIGO
Amarelo → CUIDADO
Azul → AVISOS
Verde → SEGURANÇA
Laranja → ATENÇÃO
ISTO ESTÁ NA REDE
Um acidente que ocorreu na Bahia, em Junho de 2014, causou a morte de três 
funcionários de uma empresa prestadora de serviço para a Embasa (perfurando o 
solo). Segundo o laudo técnico, um dos principais motivos para a causa do acidente 
foi a falta de sinalização no local de trabalho indicando a presença de gases 
danosos. 
Para ler a matéria completa, acesse:
G1. A causa do acidente que matou 3 pode ter sido falta de segurança. Disponível 
em: <http://g1.globo.com/bahia/noticia/2014/06/causa-de-acidente-que-matou-3-
pode-ter-sido-falta-de-seguranca.html> Acessado em: 22 de fevereiro de 2021.
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CAPÍTULO 15
INTRODUÇÃO AO 
CONCEITO DE RISCOS
Desde os primórdios as atividades relativas aos seres humanos estão profundamente 
ligadas com um potencial de riscos. Com certa regularidade essas atividades resultaram 
de alguma forma em lesões físicas; perdas temporárias ou definitivas da capacidade 
de executar tarefas e até mesmo a morte. Assim, atividades cruciais de sobrevivência, 
como pesca e a caça, eram acometidas por acidentes que por vezes poderiam diminuir 
a capacidade de produção devida a lesões físicas. A partir do momento em que o 
homem primitivo desenvolveu a competência para se transformarem artesão, por 
meio da descoberta de metais e minérios, foi possível criar as primeiras ferramentas 
para facilitar o seu trabalho. Portanto, foi dessa maneira que surgiram as primeiras 
doenças relacionadas ao trabalho, que eram ocasionadas pelos materiais utilizados 
para a fabricação de ferramentas e artefatos (RUPPENTHAL, 2013).
Já segundo Alberton (1996), na pré-história o homem buscava se proteger de animais 
selvagens vivendo em cavernas e especializando-se na caça. A princípio, o modo de 
subsistir e lidar com os perigos era graças à sua inteligência superior, astúcia e o 
uso das mãos. A partir do descobrimento do fogo e armas, e mesmo o planejamento, 
organização e ação grupal, fez com o que houvesse uma evolução no quesito proteção, 
no entanto, novos riscos foram introduzidos. Por exemplo, a invenção do machado 
de pedra, assegurou um avanço na alimentação e segurança de si e da família, mas 
isso implicava também em graves acidentes pelas práticas inseguras no manejo da 
ferramenta. Por consequência, tanto os homens pré-históricos quanto os da Idade da 
Pedra já enfrentavam constantemente perigos na vida diária enquanto lutavam por 
sua existência. Portanto, correr riscos é uma história antiga.
Segundo apresenta Ruppenthal (2013): 
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“A indicação mais remota a respeito da necessidade de segurança 
no trabalho, referente à preservação da vida e saúde do trabalhador, 
data de um registro em um documento egípcio, o papiro Anastácius V, 
onde descreve a situação de trabalho de um pedreiro: “Se trabalhares 
sem vestimenta, teus braços se gastam e tu te devoras a ti mesmo, 
pois, não tens outro pão que os seus dedos”. Desta forma, o homem 
evoluiu para a agricultura e o pastoreio, do artesanato e chegou a era 
industrial, sempre acompanhado de diferentes riscos que afetam sua 
vida e saúde” (Ruppentha 2013, p.15).
Previamente à Revolução Industrial, os acidentes mais graves eram normalmente 
causados por quedas, afogamentos, queimaduras ou ferimentos causados por animais 
domésticos, já que na época a força empregada era, em geral, a humana ou a tração 
animal. A partir da utilização da energia hidráulica à manufatura, sucedida da máquina 
a vapor e eletricidade, houve um grande progresso na invenção de máquinas novas 
e melhores para que pudessem acompanhar a industrialização, mas trouxe também 
novos riscos e tornou os acidentes de trabalho maiores e mais numerosos. Ainda 
assim, mal se falava em saúde ocupacional. Com o desenvolvimento tecnológico e 
controle de forças cada vez mais abrangentes, há uma série de situações perigosas 
em que máquina, engrenagens, produtos químicos, gases, envolvem o homem de 
tal maneira que o forçam a ter cautela enquanto exerce suas funções laborais, já 
que nesse contexto estava suscetível a sofrer alguma lesão irreparável ou vir a óbito 
(ALBERTON, 1996).
A Revolução Industrial Inglesa, por volta de 1760 e 1830, proporcionou o surgimento 
da primeira máquina de fiar, o que mudou profundamente a história da humanidade. 
Conforme afirma Alberton (1996), o aparecimento das máquinas que podiam fiar 
em um ritmo infinitamente superior ao do mais hábil artesão, a improvisação das 
fábricas e os operários destreinados, que em sua maioria era composta por mulheres 
e crianças, sucedeu em problemas ocupacionais extremamente graves. O número de 
acidentes de trabalho passou a ser bastante alto devido a fatores como: inexistência 
de proteção das máquinas ruidosas, falta de treinamento em sua operação, ausência 
de uma jornada de trabalho e as más condições do ambiente de trabalho como um 
todo. Ao passo que novas fábricas eram inauguradas e novas atividades industriais 
se iniciavam, também crescia o número de acidentes e doenças, tanto ocupacionais 
quanto não-ocupacionais.
Perante a grande pressão a opinião pública e o intenso e crescente número de 
acidentes na indústria, foi criado no Parlamento Britânico, dirigido por sir Robert Peel, 
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uma comissão de inquérito que, em 1802, conseguiu aprovar a primeira lei de proteção 
aos trabalhadores, a chamada “Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes”, que estabelecia a 
jornada diária de doze horas de trabalho, a proibição de trabalho noturno e a obrigação 
por parte dos empregadores a lavar as paredes das fábricas uma vez por semestre e 
estabelecia a ventilação obrigatória. Após isso, diversas outras leis complementares 
foram seguidas, ainda assim, devido à forte oposição dos empregadores, apenas uma 
parcela mínima do problema foi resolvida. (ALBERTON, 1996)
Após algumas décadas, passaram a existir algumas funções médicas específicas 
na fábrica, dadas as necessidades da época, o profissional seria responsável desde 
o exame admissional e periódico até a orientação de doenças ocupacionais e não-
ocupacionais. Disso em diante, com o grande desenvolvimento industrial, em especial 
na Grã-Bretanha, mas também em outros países da Europa, uma sucessão de medidas 
legislativas foi estabelecidas em prol da segurança e saúde do trabalhador (ALBERTON, 
1996).
Dado este breve panorama histórico das relações do homem com o trabalho e os 
riscos envolvidos, é importante definir o que é o risco. Há divergências quanto à uma 
definição que seja universalmente reconhecida para a palavra risco. Logo, existem 
diferentes significados associados à palavra, tanto sintática quanto semanticamente, 
devido às suas origens. De acordo com Wharton (1992), no árabe a palavra “risq” tem 
o significado de algo que lhe foi dado por Deus, do qual poderá-se-a tirar proveito, ou 
seja, algo inesperado, mas favorável ao indivíduo. Em contrapartida, em latim, riscum 
também tem a conotação de algo inesperado, mas desfavorável ao indivíduo. No 
grego, em uma derivação do árabe risq, a palavra relata probabilidade de um resultado 
neutro, sem imposições negativas ou positivas. 
Em francês risque tem significado negativo, ocasionalmente tem também conotações 
mais positivas, ao passo que, no inglês, risk possui associações negativas bem 
definidas. Desta maneira, a palavra risco pode ir desde uma decisão ou ação com 
resultado inesperado, com significado tanto positivo ou negativo, e, sob um ponto de 
vista mais científico, até um resultado não desejado a probabilidade de ocorrência do 
mesmo (apud SOUZA, 1995). 
O risco, conforme apresenta Soares (2001), é uma incerteza que está associada a 
um perigo que causa uma redução de segurança, com possibilidade de acontecer no 
futuro. Seria a possibilidade de dano ou perda em pessoas, equipamentos e sistemas 
ou ao meio ambiente, em um certo período de tempo enquanto durar os seus efeitos, 
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como consequência de uma situação de perigo. O risco é função da regularidade 
ou probabilidade de ocorrer uma anormalidade. Pode-se observar que as pessoas 
costumam associar o risco com a “probabilidade de ocorrência” de um determinado 
evento e não tanto com as suas “consequências”, quando na verdade o correto seria 
uma associação dos dois. 
Identificar os perigos, buscar maneiras de conter as situações de risco, aprimorar 
técnicas de proteção, explorar materiais e produtos mais seguros, empregar os 
conhecimentos obtidos a uma filosofia de preservação, foram etapas importantes 
que caracterizaram a evolução humana no decorrer de sua existência. Inicialmente, a 
necessidade de proteção dominava apenas o âmbito individual. Somente depois de um 
longo período, em termos históricos, é que a noção de proteção individual foi estendida 
e logo substituída pela proteção do grupo, da tribo, da nação, do país e, muito depois, 
para a proteção da espécie. A prevenção, como conceito, evoluiu em paralelo com 
a racionalidade e a habilidade de organização daespécie humana, desenvolvendo a 
capacidade de antecipar e reconhecer os riscos de suas atividades, conforme ilustra 
a figura 51 (RUPPENTHAL, 2013).
Figura 51 - Trabalhadores utilizando equipamentos de segurança
Fonte: Unsplash Disponível em: <https://unsplash.com/photos/qvBYnMuNJ9A>
15.1 Programa de gerenciamento de riscos: etapas do pgr
Segundo apresenta Souza (2012), em termos de consciência e convivência com o 
risco, a Gerência de Riscos, é tão antiga quanto o homem. De fato, o ser humano sempre 
teve algum envolvimento com riscos e com diversas decisões de Gerência de Riscos. 
Antes mesmo de existirem o que podem hoje ser chamados de gerentes de riscos, 
os indivíduos já se dedicavam, e ainda se dedicam, a funções e tarefas específicas de 
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segurança do trabalho, segurança patrimonial, proteção contra incêndios, controle de 
qualidade, análises e inspeções de riscos para fins de seguro, dentre diversas outras 
atividades similares.
 Alberton (1996) define a Gerência de Riscos como a arte, a ciência e a função que 
busca a proteção dos recursos humanos, materiais e financeiros de uma empresa, 
seja através de financiamento dos riscos remanescentes, ou da forma que seja mais 
viável economicamente. A Gerência de Riscos teve seu início na Europa e nos EUA, 
ao final da Segunda Guerra Mundial, em virtude da rápida expansão das indústrias, 
quando se tornou essencial a garantia de proteção da empresa, frente ao crescimento 
de riscos incorporados. O que aconteceu desde o momento em que o homem esteve 
em contato com o risco até o ponto de surgimento da gerência de riscos, foi que os 
europeus e os americanos concentraram práticas independentes em um composto 
de teorias lógicas e objetivas, que foram nomeadas Risk Management. 
Para Ruppenthal (2013), uma também definição de Gerenciamento de Riscos 
seria “um processo formal em que as incertezas presentes são sistematicamente 
identificadas, analisadas, estimadas, categorizadas e tratadas”. Assim, busca um 
equilíbrio dos resultados de oportunidades de ganhos e a minimização de perdas, 
garantindo o constante aprimoramento do processo de decisão e também a melhoria 
progressiva do desempenho da organização. Este processo compreende a concepção 
de cultura e infraestrutura adequadas, aplicando o método sistematicamente, de modo 
a assentir que as decisões sejam tomadas por intermédio do conhecimento dos riscos 
associados às atividades da organização.
De maneira geral, o gerenciamento de riscos acrescenta valor aos processos de 
negócios das organizações e empresas e, por estar se generalizando, deixa de ser 
privilégio de instituições financeiras e seguradoras. O processo de Gerenciamento 
de Riscos pode justificar sua efetividade, conforme o Relatório Final sobre Riscos 
Universais em Projetos do Grupo de Riscos do PMI Mundial (Hall e Hulett, 2002, apud 
ROVAI, 2005):
• Ambiente: Uma modificação, delimitando o ambiente do projeto, incluindo, 
“downsizing”, um orçamento mais enxuto e o interesse de desenvolver e entregar 
sistemas mais rapidamente. Dessa maneira, a entrega e o desenvolvimento 
de muitos sistemas apontam, atualmente, risco mais alto do que no passado, 
considerando o mesmo nível de ganho relativo de tecnologia. E para operações 
de sistemas, o requisito de realizar o mesmo, ou maior, nível de operações com 
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menos manutenção e menor número de pessoal, implica em riscos mais altos 
do que previamente.
• Valor Agregado: Um único risco que é evitado em uma operação ou projeto pode 
pagar muitas, até mesmo todas, atividades de Gerenciamento de Riscos. Existem 
exemplos atuais em que o processo de Gerenciamento de Riscos foi utilizado por 
clientes, proposto pelo contratante e a avaliação de riscos do candidato, como 
um diferenciativo para seleção de fornecedores em uma compra competitiva. 
Assim, foi executado não apenas para auxiliar o projeto a impedir eventuais 
impactos com qualidade, custos e prazos do cronograma, como também para 
ajudar a ganhar um contrato.
• Antecipação de Decisões Futuras: O Gerenciamento de Riscos propicia influência 
na linha de frente de um projeto e ajuda a impedir problemas de baixa qualidade, 
de custos e também de atendimento de prazos de cronogramas.
• Metodologia formal: O Gerenciamento de Riscos é uma ferramenta estruturada 
para a tomada de decisões no dia a dia.
• Procedimentos Formais: Quando eventos externos que não são previsíveis 
acontecem, são considerados problemas inesperados, o Gerenciamento de 
Riscos pode trazer um maior aperfeiçoamento do processo de planejamento 
antecipando problemas futuros e contribuir de maneira eficaz com a solução 
dos mesmos.
Para Souza (1995) a Gerência de riscos é uma área relativamente nova, especialmente 
no Brasil, e apesar dos trabalhos publicados na área, ainda são encontradas divergências. 
Uma das definições, baseada nos padrões espanhóis e americanos, e defendida pelos 
autores Fantazzini e De Cicco, considera a Gerência de Riscos como uma ciência, que 
compreende diversas etapas. Outros autores consideram o gerenciamento de riscos 
como uma etapa de um processo, que é seguido da análise e avaliação dos riscos. 
A princípio, a Gerência de Riscos é baseada na Análise; Avaliação e Tratamento dos 
riscos puros dentro de uma empresa, cujo objetivo é minimizar a probabilidade e 
a possibilidade de ocorrerem acidentes e incidentes, melhorando aperfeiçoando a 
segurança e diminuindo os gastos com seguros. 
Os princípios básicos que constituem de um processo de gerenciamento de riscos 
podem ser observados na figura 52 a seguir:
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Figura 52 - Princípios básicos do processo de gerenciamento de riscos
Fonte: adaptado de Souza (1995).
O planejamento da gestão de risco, conforme apresenta Souza (1995), é o modo de 
decidir como fazer a abordagem e o planejamento das atividades de gerenciamento do 
risco de um projeto. Essa abordagem pode incluir as decisões sobre a organização, a 
equipe da atividade de gestão do risco, a escolha da metodologia mais adequada, as 
fontes de dados para identificação dos riscos e os prazos para a análise. O Plano de 
Gestão do Risco é um material que documenta de que forma a avaliação, quantificação, 
planejamento da resposta e controle de risco serão organizados e concretizados, 
durante o ciclo de vida do projeto. Esse plano pode incluir os seguintes itens:
1. Metodologia: são os métodos, fontes de dados e ferramentas que podem ser 
usados. Dependendo dos tipos de avaliações necessárias, eles podem mudar 
durante o ciclo de vida do projeto.
2. Papéis e responsabilidades: define a liderança, o apoio e a composição da 
equipe, para cada tipo de ação que está no plano de gestão do risco.
3. Orçamento: estabelece um orçamento para a gestão de risco do projeto.
4. Frequência: considera quantas vezes será executado o processo de gestão do 
risco durante o ciclo de vida do projeto. Os resultados precisam ser desenvolvidos 
com antecedência o suficiente para influenciar as decisões. Estas podem ser 
revisitadas periodicamente no decorrer da execução do projeto.
5. Interpretação e Severidade: são os métodos de avaliação apropriados ao tipo e 
ao período em que avaliação e a quantificação do risco estão sendo executadas. 
Métodos e sistemas de pesos devem ser determinados de antemão para garantir 
a coerência. 
6. Limiares (Tresholds): são os critérios de limiares para os riscos que serão 
usados, por quem e de que forma. O gerente do projeto pode ter um limiar de 
risco diferente do limiar do contratante. O limiar que for aceitável forma a meta 
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contra a qual a equipe do projeto vai medir a eficácia da execução do plano de 
resposta aos riscos. 
7. Formatos de relatórios: define como os resultados dos processos de gestão 
serão documentados, analisados e informados à equipe do projeto, aos envolvidos 
externos e internos, aos patrocinadores entre outros. 
8. Rastreio (Tracking): este item documenta como todos os aspectos das atividades 
do risco serão registrados, para o benefício do projeto atual, necessidades futuras 
e lições aprendidas. Além de documentar se e como os processos de risco 
serão auditados.
15.2 Fase de Identificação de Riscos
De um modo geral, conforme aponta Oliveira (1991, apud Alberton, 1996), antes da 
fase principal, todas as técnicas de análise e avaliação de riscos passam por uma fase 
de identificação de perigos. Esta fase compreende as atividades nas quais buscam-se 
situações, combinações de situações e estados de um sistema que possam conduzir 
a um evento não desejável. Na verdade, na visão da segurança tradicional, o que era 
feito era apenas a identificação de perigos e não dando continuidade dos programas, 
não chegando até as etapas de análise e avaliação dos riscos. Dessa maneira, boa 
parte das diversas técnicas para “identificar perigos” faz parte do domínio da segurança 
tradicional, exemplos: 
• Experiência vivida;
• Análise de tarefas;
• Listas de verificações;
• Inspeções de campo de todos os tipos;
• Experiências de bancada e de campo;
• Reuniões de segurança, reuniões da CIPA;
• Exame de fluxogramas de todos os tipos, incluindo o de blocos;
• Relato, análise e divulgação de acidentes e quase acidentes (tanto pessoais 
quanto não pessoais).
Dentro de uma visão mais moderna, de forma a contribuir com esta fase de 
identificação de perigos, é possível acrescentar também as tradicionais Técnica What 
If e a Técnica de Incidentes Críticos (TIC), que serão abordadas no próximo tópico 
deste capítulo.
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15.2.1 Fase de Análise de Riscos
Esta fase consiste em examinar e detalhar os perigos identificados na fase anterior, 
com o objetivo de descobrir as circunstâncias e as possíveis consequências caso os 
acidentes aconteçam. A análise de riscos é qualitativa e o seu objetivo final é sugerir 
medidas que eliminem o perigo, ou pelo menos, diminuir a frequência e consequências 
dos potenciais acidentes se estes forem inevitáveis. Para realçar a relevância desta 
fase, Farber (1992, apud Alberton, 1996), sugere que seja feita a sua aplicação antes 
de qualquer avaliação quantitativa, já que, por serem técnicas qualitativas, as mesmas 
trazem uma certa facilidade de execução, não sendo necessária a utilização de recursos 
extras, como cálculos matemáticos e softwares. 
15.2.2. Fase de Avaliação de Riscos
A fase de avaliação de riscos, terceira fase, é onde procura-se quantificar um evento 
gerador de possíveis acidentes. Deste modo, o risco pode ser identificado por duas 
variáveis: a frequência ou probabilidade do evento e as suas possíveis consequências 
em danos financeiros, pessoais ou materiais. No entanto, nem sempre essas variáveis 
são de fácil quantificação. Em decorrência dessa dificuldade, em algumas situações, 
é necessário proceder a uma análise qualitativa do risco (ALBERTON, 1996). 
O Processo de Análise Qualitativa dos Riscos procura avaliar a estimativa de 
severidade dos riscos para assim estabelecer a Lista Prioritária dos Riscos. Se este 
processo não for feito, é possível que o gerente de projetos perca tempo com outros 
riscos de menor importância ou deixe passar a avaliação de riscos mais significativos. 
A análise qualitativa irá sempre fornecer um conjunto maior e mais consistente de 
informações, mas se depara em muitos casos na falta de recursos de técnicas 
adequadas e pessoas qualificadas. A análise quantitativa, por outro lado, é mais rápida, 
requer bem menos tempo, recursos e, dependendo da habilidade da equipe, poderá 
ser muito eficaz (HALL e HULETT, 2002, apud ROVAI, 2005).
Conforme Torres (2002, apud ROVAI, 2005), o processo de quantitativo dos risco é a 
medição da probabilidade do risco e seus impactos respectivos nas metas e objetivos 
do projeto. As técnicas de Árvores de Decisão, e o Método da Simulação Monte Carlo 
são ferramentas bastante utilizadas para o processo de avaliação dos riscos. Essas 
duas técnicas são muito utilizadas aos inúmeros objetivos relacionados aos riscos 
do projeto, podendo se destacar alguns como:
• Identificação de metas realistas de escopo, custos e prazos;
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• Determinar os riscos de não se atingir objetivos específicos do projeto;
• Quantificação do grau de exposição de risco do projeto (risk exposure);
• Identificação dos riscos que demandam maior controle e verificar a sua 
contribuição relativa ao grau de exposição total de riscos do projeto;
• Estabelecer as reservas de contingência de escopo, custos e prazos do projeto, 
ou os valores que serão provisionados para eventuais contingências futuras.
Tanto a quantificação quanto a avaliação de riscos podem ser utilizadas de forma 
conjunta, usando-se ambas, ou de forma específica (uma ou outra). Geralmente se 
pratica a avaliação qualitativa para obter-se uma lista de riscos a serem enfrentados e 
priorizados. Por utilizar as árvores de decisão ou modelos de simulação, os processos 
de quantificação são bastante detalhados e trabalhosos, por isso vêm em seguida a 
decisão de quais os riscos deverão ser enfrentados no projeto. Normalmente os riscos 
são classificados de acordo com uma tipologia flexível, que poderá identificá-los como: 
operacionais, técnicos, financeiros, de liderança, de localização, de mercado, legais, 
entre outros. Em seguida, é possível alinhar os riscos identificados por categoria de 
acordo com seu grau de severidade em relação aos três aspectos mais relevantes ou 
fatores críticos de sucesso sobre o qual deverá ser dado o foco da gestão (TORRES 
2002, apud ROVAI, 2005). 
15.2.3 Fase de Tratamento dos Riscos
Com os riscos propriamente identificados, analisados e avaliados, temos a etapa 
de tratamento dos riscos que complementa o processo de gerenciamento de riscos. 
É nessa fase que é tomada a decisão quanto à eliminação, redução, retenção ou 
transferência dos riscos verificados nas etapas anteriores. A decisão referente à 
redução ou eliminação se refere às estratégias prevencionistas da empresa e se trata 
do financiamento dos riscos, mas do feedback das etapas anteriores. O financiamento 
será de fato tratado por meio do autosseguro e auto adoção, que nada mais são do 
que planos financeiros da própria empresa para enfrentar perdas acidentais, e da 
transferência dos riscos a terceiros (ALBERTON, 1996).
A auto adoção pode ser intencional e não-intencional. A primeira é caracterizada 
pela aceitação de uma quantia das perdas, consideradas suportáveis no contexto 
econômico-financeiro da empresa, dentro de um limite posto como aceitável. 
Geralmente estas despesas são previstas no capital de giro da empresa, sendo uma 
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desvantagem transferir estas perdas (consideradas pequenas), já que o prêmio cobrado 
pela seguradora possivelmente ultrapassaria o valor estimado dessas perdas. Já a 
auto adoção não-intencional não é planejada, é resultante da falta de identificação dos 
riscos e mesmo devido à ignorância quanto aos riscos existentes. Este último pode 
ser bastante perigoso e pode até se tornar uma situação catastrófica econômica e 
financeiramente (CICCO e FANTAZZINI, 1994, apud ALBERTON, 1996).
O autosseguro é diferente da auto adoção porque o primeiro exige um certo grau 
definido de planejamento e a instituição de um fundo financeiro de reserva para as 
perdas. Se não houverum planejamento financeiro bem estabelecido para a absorção 
das perdas, a empresa estará adotando a auto adoção e não o autosseguro, o que 
ocorre habitualmente na prática.
A transferência a terceiros é a última modalidade de financiamento de riscos, e pode 
ser realizada de duas maneiras: sem seguro ou por meio do seguro. A primeira forma 
é executada mediante contratos, acordos e outras ações, onde ficam definidas as 
garantias, responsabilidades e obrigações de cada uma das partes. Já a transferência 
por intermédio de seguro é recurso mais comum para a transferência dos riscos puros 
e em alguns também os especulativos. A administração de seguros, em voga na 
atualidade, se inicia realmente a partir da transferência dos riscos através do seguro. 
Conforme Arruda (1994, apud Alberton), a definição de seguro pode ser dada como:
“A operação pela qual o segurado, mediante a paga de um prêmio 
e observância de cláusulas de um contrato, obriga o segurador a 
responder perante ele ou perante quem tenha designado, por prejuízos 
ocorridos no objeto do seguro, consequentes dos riscos tenha sido 
fortuita ou independente de sua vontade”. (ARRUDA, 1994, apud 
ALBERTON, p. 61.)
Para o segurado, o custo do seguro é o pagamento do prêmio, mediante o qual o 
segurador assume as possíveis perdas associadas ao risco transferido.
Independentemente das diferenças entre as formas de tratamento de riscos, as 
empresas, usualmente, não optam somente por uma modalidade de financiamento. 
A empresa tem a opção de decidir assumir as perdas de um certo tipo, assumir 
somente as perdas até certo valor, transferindo ao seguro o restante, e mesmo 
estabelecer fundos de reserva antes ou depois da ocorrência das perdas (ALBERTON, 
1996). 
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15.3 histórico conceitos e definições da análise de riscos
Como foi apresentado nos tópicos anteriores, além do desenvolvimento e do 
conforto trazidos pela industrialização, houve também um acréscimo considerável 
no número de acidentes, ou anomalias durante um processo devido a obsolescência 
de equipamentos, máquinas cada vez mais sofisticadas, etc. Houve uma difusão dos 
conceitos de riscos, perigo e confiabilidade, desta forma, as técnicas e metodologias 
aplicadas pela segurança de sistemas, antes utilizadas apenas nas áreas militar e 
espacial, tiveram a partir da década de 70 uma aplicação bastante ampla na solução 
de problemas de engenharia em geral (ALBERTON, 1996).
De acordo com Souza (2012), a análise de fatores que validam a busca de técnicas 
mais aperfeiçoadas para o gerenciamento de riscos e o controle de perdas, podem ser 
categorizados em sociais, tecnológicos e econômicos. Os fatores sociais mostram 
considerável importância quando encontramos maior concentração demográfica 
próximo às áreas industriais, e uma organização da sociedade com forte preocupação 
quanto a preservação do meio ambiente e a segurança da comunidade. Os fatores 
tecnológicos são realizados por meio do desenvolvimento de processos complexos, 
utilização de novas substâncias e materiais e condições operacionais mais severas, 
como temperatura e pressão. Os fatores econômicos estão relacionados com o 
acréscimo das plantas industriais, e redução permanente dos custos de processo. 
Especialmente na era de globalização, onde é voltada uma atenção para os custos 
primários ou custos fixos, e por meio de técnicas de gerenciamento de riscos é possível 
também reduzir os custos variáveis ou secundários. Como resultado da aplicação de 
técnicas avançadas de gerenciamento de riscos e o controle de perdas, é possível citar:
• Concepção de parâmetros de razoabilidade de riscos;
• Criação e instituição de resposta para emergências;
• Reestruturação das condutas de gestão de segurança industrial;
• Otimização de técnicas para reconhecimento e mensuração de perigos;
• Inspeção de práticas convencionais e de códigos, padrões e regulamentações 
desatualizadas.
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ISTO ESTÁ NA REDE
O Desastre de Bhopal
Em 1984 aconteceu um dos maiores acidentes da história na indústria de 
agrotóxicos. Em uma fábrica da empresa americana Union Carbide em Bhopal, 
Índia, houve o vazamento de toneladas de Isocianato de Metilo (MIC). O gás tóxico 
atingiu uma favela que ficava nos arredores da fábrica, entrando na corrente 
sanguínea das pessoas que o inalaram, causando danos aos pulmões, olhos, 
cérebro, sistema reprodutivo e também à saúde mental. Aproximadamente 3 mil 
pessoas morreram na hora, com cerca de 15 mil nas semanas seguintes, deixando 
consequências até hoje.
Uma das mais importantes causas que acarretou no desastre foi a falha e 
negligência em manter os equipamentos de segurança em boas condições de 
operação. Além do fato de que, na unidade indiana, os dispositivos de segurança 
e materiais de construção possuíam a qualidade menor, se comparados com as 
fábricas americanas.
Fonte: GIOVANAZ, D. Bhopal: Maior crime da história da indústria de agrotóxicos completa 35 anos. Disponível em: <https://www.brasildefato.com.
br/2019/12/03/bhopal-maior-crime-da-historia-da-industria-de-agrotoxicos-completa-35-anos> Acessado em: 25 de Abril de 2021.
 
Para Souza (1995), A Análise de Riscos se baseia no exame sistemático de uma 
instalação industrial, existente ou no projeto, buscando reconhecer os riscos presentes 
no sistema e formar opinião sobre ocorrências possivelmente perigosas e as suas 
possíveis consequências. O seu principal objetivo é fornecer métodos capazes de 
propiciar elementos concretos para fundamentar um processo decisório de redução 
de perdas e riscos de uma determinada instalação industrial, quer seja esta decisão 
de ordem interna ou externa à empresa. 
A figura 3, a seguir representa o procedimento global para o desenvolvimento de 
uma Análise de Risco, as linhas mais espessas da imagem representam a parte que 
passou pelo processo de análise de risco enquanto que as linhas menos espessas 
abrangem os processos que não passaram pela análise de risco.
https://www.brasildefato.com.br/2019/12/03/bhopal-maior-crime-da-historia-da-industria-de-agrotoxicos-completa-35-anos
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Figura 3 - Procedimento global de uma análise de Riscos.
Fonte: adaptado de Souza (1995).
De maneira geral, a Análise de Riscos busca responder a uma, ou mais, das perguntas 
referentes à uma determinada instalação industrial:
• Qual a probabilidade de ocorrência de acidentes devido aos riscos presentes?
• Quais os riscos presentes na planta e o que pode acontecer de errado?
• Como poderiam ser eliminados ou reduzidos estes riscos?
• Quais os efeitos e as consequências destes acidentes?
Analisar um risco é, então, identificar, discutir e avaliar as diversas possibilidades de 
ocorrência de acidentes, de modo a tentar evitar que aconteçam mas, caso ocorram, 
possam ser identificadas alternativas para tornar mínimos os danos imediatos a estes 
acontecimentos.
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Técnicas de Análise de Riscos
A busca por prevenir, antecipar acidentes e falhas, diminuir consequências, contribuir 
na elaboração de planos de emergência, são alguns dos objetivos da Análise de Riscos. 
Contudo, a consagração destes resultados necessita da adoção de uma metodologia 
estruturada e sistemática de identificação e avaliação de riscos, o que pode ser 
verificado por meio da utilização das técnicas de Análise de Riscos. De acordo com 
Farber (1992, apud Souza, 1995) as técnicas de Análise de Riscos compreendem 
todas as possíveis causas de acidentes com danos ao trabalhador,ao ambiente, à 
propriedade e financeiros. Algumas das técnicas fundamentais utilizadas estão ainda 
sendo popularizadas. A seguir algumas: 
Técnicas de Incidentes Críticos (TIC)
A técnica conhecida em português também como Confessionário e em inglês 
como Incident Recall, é uma análise operacional qualitativa que é aplicada na fase 
operacional dos sistemas, cujos procedimentos envolvem o fator humano em qualquer 
grau. É um método usado para identificar erros e condições inseguras que colaboram 
para a ocorrência de acidentes com lesões potenciais e reais, onde é utilizada uma 
amostra aleatória de observadores-participantes, escolhidos dentro de uma população 
(ALBERTON, 1996).
De acordo com Souza (1995), é um procedimento relativamente novo dentro da 
Análise de Riscos, consequência de estudos no Programa de Psicologia de Avaliação 
da Força Aérea Americana. A técnica procura identificar os riscos de um sistema 
por meio da análise do histórico de incidentes críticos ocorridos, que são levantados 
através de entrevistas com uma amostra de pessoas que tenham uma boa experiência 
sobre o processo analisado.
O potencial da TIC é considerável, em especial nas situações em que busca-se 
identificar perigos sem a utilização de técnicas mais aprimoradas e quando o tempo 
é restrito. A técnica procura detectar os incidentes críticos e tratar os riscos que eles 
representam.
A seleção dos participantes deve vir dos principais departamentos da empresa, 
buscando uma representação da diversidade de operações da mesma considerando as 
diferentes categorias de risco. Um entrevistador deve conduzir a entrevista estimulando 
os entrevistados a relembrarem e descreverem os incidentes críticos ou atos inseguros 
que observaram em outros profissionais ou que eles mesmo cometeram, o máximo 
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que puderem recordar. O entrevistador irá deixá-los à vontade, mas sempre controlando 
para evitar as divagações. Caso exista um setor de apoio psicológico, pode ser de 
grande utilidade no decorrer da aplicação da técnica. Os incidentes descritos pelos 
entrevistados que forem mais pertinentes precisam ser transcritos e classificados em 
categorias de risco, a partir disso definindo as áreas problema. Desta forma será feita a 
priorização das ações para posteriormente distribuição dos recursos disponíveis, para 
prevenir problemas futuros e também corrigir a situação dos problemas existentes 
(ALBERTON, 1996).
Há a necessidade de manter uma periodicidade da replicação da técnica, é importante 
também que haja uma rotatividade dos entrevistados, para que sejam detectadas 
as novas áreas problemáticas, para verificar a eficiência dos planos implantados, ou 
ainda, novas inconformidades em áreas previamente avaliadas.
Foguel e Fingerman (2010, apud Rupenthal, 2013) apontam que na aplicação da 
Técnica do Incidente Crítico, é necessário considerar as etapas a seguir:
1. Determinação dos objetivos da atividade
2. Confecção das questões que serão apresentadas aos entrevistados que oferecerão 
os incidentes críticos da atividade estudada.
3. Delimitação da população ou amostra de entrevistados.
4. Coleta dos incidentes críticos.
5. Identificação dos comportamentos críticos através da análise do conteúdo dos 
incidentes coletados.
6. Compilamento dos comportamentos críticos em categorias mais abrangentes.
7. Levantamento da periodicidade dos comportamentos negativos e/ou positivos, 
que irão, subsequentemente, fornece vários indícios para identificação de soluções 
para situações problemáticas.
Ainda conforme os autores supracitados, a sétima etapa revela a contribuição da 
técnica do incidente crítico: por meio da análise de comportamento causais, encontrar 
soluções para as situações problemas. 
Algumas das vantagens que são percebidas ao usar essa técnica são:
• O foco somente em eventos cotidianos.
• As respostas são orgânicas já que o entrevistado não é forçado a nenhuma 
resposta sugerida.
• O recolhimento de dados na perspectiva do entrevistado, com as suas palavras.
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• A excelente relação custo-benefício: rica geração de informações a um baixo 
custo.
• É um método flexível que pode ser utilizado em diversas áreas do conhecimento.
• Flexibilidade no uso de questionários, entrevistas, relatórios ou formulários.
• A possibilidade de encontrar eventos incomuns que podem escapar a outros 
métodos.
• A sua grande utilidade em situações em que o problema acontece, mas a 
gravidade e a causa ainda são desconhecidas.
Já as desvantagens são:
• Incidentes com pouca precisão e pouco detalhados, já que a identificação 
depende da memória dos entrevistados.
• Os eventos comuns e cotidianos costumam ser ignorados ou omitidos pelos 
observadores, focando mais nos eventos raros.
• Os dados são enviesados pela memória mais recente, já que os entrevistados 
tendem esquecer os mais antigos.
• Os entrevistados podem ter pouca disposição a ceder muito do seu tempo para 
fazer um relato (escrito ou falado) com detalhes da descrição do incidente crítico.
WHAT-IF (WI) 
De acordo com Alberton (1996), o método What-If (em tradução literal: “E se…”) 
é uma técnica de análise geral e qualitativa, da qual a aplicação é bastante útil e 
simples para uma abordagem em um primeiro momento para a detecção exaustiva 
de riscos, tanto na fase de projeto, processo ou pré-operacional, sendo que a sua 
utilização não está limitada apenas às empresas de processo. O intuito do What-If é 
a testagem de possíveis omissões em projetos, procedimentos e normas e também 
analisar comportamento, capacitação pessoal, etc. nos ambientes de trabalho, com 
a finalidade de proceder a identificação e tratamento de riscos. 
A técnica é desenvolvida por meio de reuniões de questionamento entre duas equipes. 
Esses questionamentos compreendem procedimentos, instalações e processo da 
situação analisada. A equipe que questiona é a que conhece e é familiarizada com o 
sistema a ser analisado, sendo necessário que esta formule uma série de quesitos 
com antecedência, com o simples objetivo de ser um guia para a discussão. Para a 
aplicar o What-IF é utilizada uma sistemática técnico-administrativa que inclui princípios 
de dinâmica de grupo, devendo ser utilizada regularmente. Essa utilização frequente 
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é o que garante o bom resultado do mesmo no que se refere à revisão de riscos do 
processo (ALBERTON, 1996).
Da aplicação dessa técnica, temos como resultado um amplo espectro de riscos, 
bem como a geração de possíveis soluções para os problemas levantados, ademais, 
é estabelecido um consenso entre as diferentes áreas de atuação como produção, 
processo e segurança sobre a forma mais segura de operacionalizar a planta. O relatório 
da técnica fornece também um material de fácil entendimento que serve como fonte 
de treinamento e base para futuras revisões. 
WHAT-IF / Checklist (WIC)
Para Ruppenthal (2013) essa técnica resulta do brainstorming gerado pela 
técnica What-If com sistematização do checklist, gerando como resultado um maior 
detalhamento da análise e uma visão mais completa do sistema. A utilização de roteiros 
visa confirmar a conformidade entre as atividades desenvolvidas e os procedimentos 
operacionais padronizados, buscando assim, em caso de inconformidades, a 
identificação dos riscos associados aos processos. Por meio desta técnica, é possível 
analisar diversos aspectos do sistema e compará-los com uma listagem pré-estabelecida 
de itens, criada baseando-se em processos semelhantes. Busca-se, dessa maneira, 
identificar e documentar as possíveis deficiências do sistema. Ainda que a extensão e 
precisão desses questionários e roteiros seja ampla, é sempre possível que situaçõesrelevantes de risco sejam omitidas. Para que essas ocorrências sejam minimizadas, é 
importante que haja uma adaptação dos instrumentos às características particulares 
e específicas da organização.
ANOTE ISSO
O Brainstorming é uma ferramenta bastante utilizada em diversas áreas do 
conhecimento, foi criada por Alex Osborn que propagou a ideia por meio de seu 
livro “O poder criativo da mente” de 1953. Em português é também conhecida 
como “tempestade de ideias” ou “agitação de ideias”, seu principal propósito é 
auxiliar na geração de ideias para solucionar um problema. É uma técnica que 
pode ser aplicada tanto em grupo quanto individualmente, no entanto tende a ser 
mais eficiente em grupo, já que, além do maior número de ideias, há também as 
associações pela troca com outras pessoas.
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De acordo com seu idealizador, Osborn, existem alguns princípios a serem seguidos 
para a aplicação dessa técnica:
• Como é uma fase preliminar do processo criativo para gerar ideias, as críticas 
e julgamentos não devem acontecer neste momento, já que podem criar uma 
barreira e impedir as conexões para a concepção de ideias.
• Todas as ideias, mesmo que a princípio pareçam fora de contexto ou 
“engraçadas” demais para serem consideradas reais, devem ser acatadas, pois 
isso permite que sejam feitas associações e combinações para melhorá-las, o 
que torna o resultado mais rico.
• O autor ainda defende que no estágio de desenvolvimento das ideias, o 
importante é a quantidade primeiro que a qualidade, normalmente essas 
soluções iniciais são pouco interessantes e comuns, mas poderão ser lapidadas. 
Por isso, quanto maior o número de ideias propostas, maiores serão as chances 
de serem ideias boas e originais.
Fonte: Osborn, 1987.
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CONCLUSÃO
O tema da segurança do trabalhador é de grande importância para diversos 
campos do conhecimento. Na economia, por exemplo, os acidentes nos ambientes 
laborais, principalmente aqueles que geram afastamentos ou até mesmo fatalidades, 
representam custos elevados para as empresas.
Na ética, há o fato de que o funcionário não pode ser visto apenas como mais 
um, totalmente substituível, mas sim como um ser humano de grande importância, 
provedor de uma família; nesse sentido, também se faz necessário o cuidado com o 
ambiente em que ele está inserido, deixando-o o mais seguro e treinado possível para 
exercer sua atividade de maneira tranquila.
Por isso, aspectos como ergonomia, higiene do trabalho, normas relacionadas 
a eletricidade, trabalhos em altura, espaço confinado e programa de prevenção de 
riscos ambientais são de grande importância, pois podem dar subsídios para tornar 
o ambiente laboral mais seguro. Organizar um sistema de acompanhamento médico 
constante para averiguar a saúde dos trabalhadores, e não apenas para preencher 
papelada obrigatória, configura-se um cuidado necessário.
Também é de suma importância dar os treinamentos adequados e profundamente 
pautados nas reais condições do ambiente, a fim de que os trabalhadores entendam 
os riscos a que estão expostos e saibam como agir. Desse modo, tornam-se auxiliares 
na segurança, pois saberão, por exemplo, como usar o equipamento de proteção 
individual (EPI) destinado à atividade e serão totalmente conscientes da necessidade 
de utilização.
Esperamos que você tenha aproveitado a leitura. Pedimos que nunca pare de 
aprofundar seus conhecimentos, buscando sempre o aperfeiçoamento para seu próprio 
benefício e de toda a sociedade, porque, afinal, a transformação que desejamos para 
o mundo deve partir de cada um de nós.
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ELEMENTOS COMPLEMENTARES 
LIVRO
Título: Segurança e Medicina do Trabalho 2023
Autor: Equipe Atlas
Editora: Equipe Atlas
Sinopse: O livro consiste em um material sério, funcional 
e atualizado com um ótimo trabalho gráfico que facilita 
a busca pelas informações presentes. As legislações 
são criteriosamente destrinchadas para que haja maior 
facilidade no entendimento. Neste livro encontramos 
as normas regulamentadoras 1 a 37, encontramos 
também excertos da constituição federal referente às 
leis trabalhistas bem como destaques para as normas 
de maior impacto ao trabalhador.
FILME
Título: Incontrolável
Ano: 2010
Sinopse: O filme relata uma história fictícia de uma grande 
locomotiva em movimento e sem tripulação carregando 
produtos químicos altamente tóxicos que poderiam 
destruir uma cidade inteira por meio de um grande 
desastre ambiental. No decorrer do filme, por eventos 
adversos, a locomotiva sofre um descarrilamento e a 
única esperança de salvamento é o maquinista presente 
arriscar sua vida para salvar o trem desgovernado. No 
decorrer do filme observamos a periculosidade dos 
produtos presente bem como a falta de segurança presente neste tipo de ambiente 
de trabalho hostil.
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WEB
O Ministério do Trabalho concentra todas as Normas Regulamentadoras em seu site. 
As mesmas estão dispostas de forma gratuita para livre acesso de toda a população. 
Atualmente existem 38 Normas Regulamentadoras, abrangendo os mais diferentes 
serviços, setores e situações.
<https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/
secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/normas-
regulamentadoras-nrs>
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REFERÊNCIAS
AGÊNCIA CBIC. Nova NR 18 substitui PCMAT e PPRA por Programa de Gerenciamento 
de Riscos. 2020. Disponível em: https://cbic.org.br/nova-nr-18-substitui-pcmat-e-ppra-
por-programa-de-gerenciamento-de-riscos/. Acesso em: 14 Jun. 2023.
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DE MATO GROSSO. Venda de tratores agrícolas em leilão online 
cresce 120%. Rádio Cuiabá. 2019. Disponível em: https://guaiba.com.br/2019/05/07/
venda-de-tratores-agricolas-em-leilao-online-cresce-120/. Acesso em: 14 Jun. 2023.
ALBERTON, A. Uma metodologia para auxiliar no gerenciamento de riscos e na 
seleção de alternativas de investimentos em segurança. Programa de pós-graduação 
em engenharia de produção. Florianópolis: UFSC, 1996.
ANAMT. Espaço Confinado: O que está faltando? Disponível em: <www.anamt.
org.br/site/upload_arquivos/clipping_2015_2732015153467055475.pdf> Acessado 
em: 20 de Junho de 2023. 
ANJOS, M. S. dos; STOCO, F. Segurança do trabalho na construção civil. São Paulo: 
Érica, 2017.
ARAÚJO, G. M. Legislação de Segurança e Saúde no Trabalho. Normas 
Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego. 11° ed, v 2. São Paulo: 
Gerenciamento Verde Consultoria, 2014.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ERGONOMIA. O que é ergonomia. 1999. Disponível em: 
http://www.abergo.org.br/internas.php?pg=o_que_e_ergonomia. Acesso em: 14 Jun. 2023.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050:2015: acessibilidade 
a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2015. 
Disponível em: http://www.acessibilidadenapratica.com.br/tag/nbr-9050-2015/. Acesso 
em: 14 Jun. 2023.
https://cbic.org.br/nova-nr-18-substitui-pcmat-e-ppra-por-programa-de-gerenciamento-de-riscos/
https://cbic.org.br/nova-nr-18-substitui-pcmat-e-ppra-por-programa-de-gerenciamento-de-riscos/
https://guaiba.com.br/2019/05/07/venda-de-tratores-agricolas-em-leilao-online-cresce-120/
https://guaiba.com.br/2019/05/07/venda-de-tratores-agricolas-em-leilao-online-cresce-120/
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ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE MEDICINA NO TRABALHO (ANAMT). Construção civil 
está entre os setores com maiorrisco de acidentes de trabalho. 2019. Disponível 
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