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PROVA REVALIDA 2024/1 Juntos, revalidando seu sonho. MENTORIA TEÓRICA POLIOMIELITE INTRODUÇÃO Poliomielite (paralisia infantil) é uma doença contagiosa aguda causada por vírus que pode infectar crianças e adultos e em casos graves pode acarretar paralisia nos membros inferiores. A vacinação é a única forma de prevenção. TRANSMISSÃO: Contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes e provocar ou não paralisia. EPIDEMIOLOGIA A doença permanece endêmica em três países: Afeganistão Nigéria Paquistão Há um registro de 12 casos nestes locais. Nenhum confirmado nas Américas. Como resultado da intensificação da vacinação, no Brasil não há circulação de poliovírus selvagem (da poliomielite) desde 1990. POLIOMIELITE PATOGÊNESE O poliovírus é transmitido principalmente por contaminação fecal- mão-oral. Durante as epidemias, também pode ser transmitido por disseminação faríngea. O período de incubação ocorre em média entre 7 a 12 dias. Ocorre uma viremia primária assintomática. A partir disso, ocorre o acometimento de: - Linfonodos cervicais. - Tonsilas palatinas Folículos linfáticos do intestino. - Órgãos, como meninges, miocárdio e tecido nervoso. Há um neurotropismo viral, podendo resultar em morte celular e paralisia das fibras musculares inervadas pelo neurônio motor afetado. Posteriormente a isso, pode ocorrer uma maior disseminação viral e maior degeneração de neurônios, levando até a insuficiência respiratória. QUADRO CLÍNICO Os sintomas mais frequentes: Febre, mal-estar, dor de cabeça, vômitos, diarreia, constipação, espasmos, dor de garganta e no corpo, rigidez na nuca, meningite. POLIOMIELITE QUADRO CLÍNICO Na forma paralítica ocorre: Instalação súbita de deficiência motora, acompanhada de febre; Assimetria acometendo, sobretudo a musculatura dos membros, com mais frequência os inferiores; Flacidez muscular, com diminuição ou abolição de reflexos profundos na área paralisada; Sensibilidade conservada; Persistência de paralisia residual (sequela) após 60 dias do início da doença. Sequelas: Problemas e dores nas articulações Pé equino; Crescimento diferente das pernas; Osteoporose; Paralisia de uma das pernas; Paralisia dos músculos da fala e da deglutição; Dificuldade de falar; Atrofia muscular; Hipersensibilidade ao toque; POLIOMIELITE MÉTODOS DIAGNÓSTICOS Pode ser realizado por: Isolamento do vírus; O método de PCR (Polymerase Chain Reaction); Líquor, útil no diagnóstico diferencial com a síndrome de Guillain- Barré e com as meningites que evoluem com deficiência motora. Na poliomielite, observa-se um discreto aumento do número de células, podendo haver um discreto aumento de proteínas. Na síndrome de Guillain-Barré, observa-se uma dissociação proteino-citológica (aumento acentuado de proteínas) e, nas meningites, um aumento do número de células, com alterações bioquímicas. Todo caso de paralisia flácida aguda deve ser notificado imediatamente à Secretaria Municipal de Saúde com o registro da notificação no SINAN. CONDUTAS Não há tratamento específico para poliomielite, apenas de suporte, mas todo o caso de paralisia flácida aguda deve ser internado. No estado agudo da doença, a administração de sintomáticos pode ser feita, devido à dor, febre e desconforto muscular. POLIOMIELITE CONDUTAS Se ocorrer insuficiência respiratória, é importante garantir via aérea e avaliar ventilação mecânica. Pacientes com envolvimento bulbar requerem monitoramento rigoroso do estado cardiovascular devido à associação com flutuações da pressão arterial, colapso circulatório e disfunção autonômica. PREVENÇÃO A vacinação é a única forma de prevenção da Poliomielite. Desde 2016, o esquema vacinal contra a poliomielite passou a ser de três doses da vacina injetável – VIP (2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente – VOP (gotinha). A mudança está de acordo com a orientação da OMS e faz parte do processo de erradicação mundial da pólio. SÍNDROME PÓS-POLIOMIELITE Até 50% dos sobreviventes desenvolvem incapacidade consistente na síndrome pós-poliomielite (SPP), nas décadas seguintes à doença. Os sintomas da SPP incluem: Fraqueza progressiva, fadiga, dificuldades respiratórias, dor em músculos e articulações, atrofia muscular etc. A causa da deterioração neurológica progressiva em pacientes com SPP é desconhecida. A gestão de SPP é principalmente sintomática e de suporte. Pode ser recomendado a fisioterapia, ajudando a manter a força muscular e flexibilidade, prevenindo complicações. REFERÊNCIAS Poliomyelitis and post-polio syndrome. Laura Simionescu, MD. UpToDate 1. Poliomielite (paralisia infantil). Biblioteca Virtual em Saúde. Ministério da Saúde. 2.
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