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FEMINISMO[1] versao de 06-11-2023

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MOVIMENTOS SOCIAIS: 
FEMINISMO NO BRASIL
Ana Lúcia Marçal de Souza Carvalho[footnoteRef:1] [1: Ana Lúcia Marçal de Souza Carvalho, aluna do 7º semestre do curso de direito da Faculdade Pitágoras de Luís Eduardo Magalhães-BA, fone: 77 99950-1362, email: marcalanalucia@gmail.com] 
Ana Telles[footnoteRef:2] [2: Ana Telles, aluna do 6º semestre do curso de direito da Faculdade Pitágoras de Luís Eduardo Magalhães-BA, fone: 47 99952-4846, email: ana.telles.scola@icloud.com] 
Camilla Santos Rodrigues de Almeida[footnoteRef:3] [3: Camilla Santos Rodrigues de Almeida, aluna do 7º semestre do curso de direito da Faculdade Pitágoras de Luís Eduardo Magalhães-BA, fone: 77 99939-3041, email: camilla.mila2020@gmail.com ] 
Daniela Calixto da Fonseca Antero[footnoteRef:4] [4: Daniela Calixto da Fonseca Antero, aluna do 6º semestre do curso de direito da Faculdade Pitágoras de Luís Eduardo Magalhães-BA, fone: 77 99242-6896, email: danicalixto99@gmail.com] 
Ivanete Lurdes Giachini[footnoteRef:5] [5: Ivanete Lurdes Giachini, aluna do 7º semestre do curso de direito da Faculdade Pitágoras de Luís Eduardo Magalhães-BA, fone: 77 99856-1609, email: iva.giachini@yahoo.com] 
Tainara Gomes de Sousa[footnoteRef:6] [6: Tainara Gomes de Sousa, aluna do 7º semestre do curso de direito da Faculdade Pitágoras de Luís Eduardo Magalhães-BA, fone: 62 999866-0515, email: tainarasousags3@gmail.com 	 	
] 
RESUMO
O feminismo no Brasil é um movimento social e político que busca a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres diante dos recortes cotidianos, seja ele de classe, de cor, de raça e até de sexualidade. O movimento no Brasil teve suas raízes nos séculos XIX. A década de 1920 marcou o surgimento de organizações feministas mais estruturadas. Em 1932, a mulher teve o direito ao voto, mas só o exerceu em 1934. Durante as décadas de 70 e 80, o feminismo brasileiro ganhou força, especialmente com a influência de movimentos internacionais. Outro marco da conquista feminista veio com a promulgação da Constituição Federal (CF) em 1988, que reconheceu a igualdade de direitos entre homens e mulheres, proporcionando uma base legal à luta. O Brasil ainda enfrenta desafios relacionados à igualdade de gênero, incluindo disparidades salariais, a persistência da violência contra mulheres e obstáculos à participação feminina em cargos de liderança. Este estudo teve por objetivo principal resgatar a memória histórica do feminismo no Brasil, desde o século XIX até a contemporaneidade, apresentando os principais desafios, as conquistas e a importância do movimento frente às demandas que vão surgindo, lançando luz a diversos temas, dentre eles a diversidade.
 PALAVRAS CHAVES: MOVIMENTO FEMINISTA; DIREITOS; IGUALDADE.
ABSTRACT
Feminism in Brazil is a social and political movement that seeks gender equality and the empowerment of women in the face of everyday issues, be it class, color, race and even sexuality. The movement in Brazil had its roots in the 19th century. The 1920s marked the emergence of more structured feminist organizations. In 1932, women had the right to vote, but they only exercised it in 1934. During the 70s and 80s, Brazilian feminism gained strength, especially with the influence of international movements. Another milestone in feminist achievement came with the promulgation of the Federal Constitution (CF) in 1988, which recognized equal rights between men and women, providing a legal basis for the struggle. Brazil still faces challenges related to gender equality, including pay gaps, the persistence of violence against women and obstacles to female participation in leadership positions. This study's main objective was to rescue the historical memory of feminism in Brazil, from the 19th century to contemporary times, presenting the main challenges, achievements and importance of the movement in the face of emerging demands, shedding light on various themes, among them Diversity.
KEYWORDS: FEMINIST MOVEMENT; RIGHTS; EQUALITY.
1. Metodologia
O presente estudo consiste em uma pesquisa bibliográfica e documental que envolveu a busca, seleção, análise e interpretação de informações presentes em fontes escritas, audiovisuais, como livros, reportagens, vídeos, artigos científicos, teses, documentos oficiais, além de selecionar conceitos que alinhados ao objetivo do trabalho, calcem os argumentos acerca do feminismo no Brasil.
2. Introdução
	Este estudo tem por objetivo revelar como a luta feminista é um movimento importante, que remonta do século XIX, presente em discussões nas mais diversas pautas sociais que entre outras, busca à igualdade entre gêneros.
O feminismo, enquanto movimento social e político, tem raízes profundas na busca pela igualdade de gênero e na desconstrução das estruturas patriarcais que historicamente oprimem as mulheres. Desde suas origens, o feminismo tem se manifestado de diversas formas, buscando não apenas a equidade legal, mas também a transformação cultural e a conscientização sobre as disparidades de gênero. (COSTA E MARTINS, 2018)
Analisando livros e estudos como a obra de Cristina Steves, intitulada como Estudos Feministas e de Gênero Articulações e Perspectivas, assim como na obra Tempos e Memórias de Lurdes Bandeia e Hildete Melo, é possível evidenciar que se trata de um movimento que busca a igualdade de gênero, pois trata-se de um processo constante que envolve questões complexas e multifacetadas. 
No Brasil, segundo Nossa Causa[footnoteRef:7] (2023), o movimento vem colhendo vários frutos desde o século passado até a contemporaneidade. Alguns deles são: 1827 – Meninas são liberadas para frequentarem a escola; 1879 – Mulheres conquistam o direito ao acesso às faculdades; 1932 – Mulheres conquistam o direito ao voto; 1974 – Mulheres conquistam o direito de portarem um cartão de crédito; 1979 – Mulheres garantem o direito à prática do futebol; 1988 – A Constituição Brasileira passa a reconhecer as mulheres como iguais aos homens; 2018 – A importunação sexual feminina passou a ser considerada crime dentre outros direitos. [7: A Nossa Causa é uma Organização da Sociedade Civil, formada por jovens, que atua para fortalecer Organizações da Sociedade Civil e promover Justiça Social através de seus projetos de impacto e produção de conhecimentos. Fonte: https://nossacausa.com/quem-somos/] 
Costa e Martins (2018), inferem que é relevante pautas que promovam debates acerca dos ideais feministas, pois são assuntos que buscam sanar disparidades entre gêneros, são temas que tratam da questão da visão de inferioridade da mulher, além de trazer para o seio da sociedade um diálogo sobre a vulnerabilidade e a proteção.
3. Origem do feminismo no Brasil
O movimento do feminismo no Brasil teve origem durante o século XIX momento em que as mulheres começaram a perceber que possuíam a mesma capacidade que os homens para exercer as funções que antes eram exclusivas destes. No primeiro momento denominado 1ª onda as mulheres buscavam a semelhança perante a lei e aos homens, sobretudo à assuntos relacionados a educação, casamento e a igualdade no que versa sobre os direitos trabalhistas (ESTEVES, 2018).
De acordo Esteves (2018), no século XIX o intuito do feminismo no Brasil era reivindicar direitos básicos, como a educação, direito ao voto e a libertação dos escravos. Neste período o poder patriarcal soberano.
Esteves (2018), reporta que a luta em busca de conquistar a cidadania ganhou destaque no mundo ocidental, momento em que a França e a Inglaterra foram impactadas pelo movimento da cidadania e do sufrágio universal. Através do movimento ludista que ocorreu entre 1811-1812 e do movimento cartista 1837-1848 a reivindicação em prol da cidadania ganhou força. Ademais, está teve fim com a ascensão de Luiz Napoleão Bonaparte, tendo como resultado o direito de voto somente para os homens. Enfraquecidas, essas mulheres que não possuíam direitos continuaram com suas reivindicações de modo a ganharem destaque nos Estados Unidos e na Europa.
As mulheres brasileiras que tiveram participações pontuais nas diversasrevoltas que permearam a construção do Brasil da Insurreição Pernambucana (1645), a expulsão dos Holandeses (1654), a revolta dos Bárbaros do Nordeste (1650-1720), a Inconfidência Mineira (1789), a Inconfidência Baiana (1798), a Balaiada (1838/41), a Revolução Pernambucana de 1817, a Confederação do Equador (1824), a Revolta dos Malês (1835), a Sabinada (1837/38), a Farroupilha (1835/45), todas tiveram inúmeras mulheres anônimas que marcaram com seu sangue estas lutas. Mas a marca feminina vai ficar registrada a semelhança dos Estados Unidos na luta abolicionista. (BANDEIRA LOURDES, 2010, p.11).
Bandeira e Melo (2010), reportam que no final do século XIX o direito à educação para as mulheres foi de forma parcial. Nesta fase, a fim de aumentar o número de mulheres estudando, houve uma campanha que carregava o seguinte lema: Mulher instruída, mulher emancipada. Para além do direito adquirido, a proposta pedagógica para as mulheres era que elas estudassem somente nos primeiros anos o mesmo conteúdo que os homens. Após esse período, o ensino passava a ser diferente, levando em consideração quais tarefas iriam realizar na sociedade. Partindo desse pressuposto eram determinados os assuntos a serem estudados por cada sexo. 
Ainda no século XIX, de acordo Nossa Causa (2023), a obra Direitos das Mulheres e Injustiças dos Homens foi publicada em 1832. Nela, a autora Nísia Floresta, questionou a superioridade masculina (o patriarcalismo), defendeu as mulheres, sempre buscando enaltecer a inteligência, o respeito e a igualdade entre gêneros. Já em 1879, as mulheres conquistam o direito ao acesso às faculdades.
Segundo Esteves (2018), no decorrer do século XX no Brasil, o movimento buscou responder acerca da complexidade de questões relacionadas aos temas “O que é ser mulher e o que constitui a essência feminina”. Essa foi a segunda onda. Já a terceira onda, que ocorreu a partir dos anos 90 deu luz a várias demandas específicas, tais como a sexualidade, a raça, a homens e mulheres transexuais, a classe, ou seja, trouxe ao contexto das discussões recortes voltados à diversidade do ser. 
Nossa Causa (2023), revela o quão importante foram as conquistas relacionadas aos direitos das mulheres durante o século XX e parte do século XXI. Alguns desses avanços foram: em 1910 foi criado o primeiro partido político feminino denominado Partido Republicano Feminino; 1932 as mulheres conquistam o direito ao voto; 1962 é criado o Estatuto da Mulher Casada, através da Lei nº 4.212/1962 que permitiu que mulheres casadas não precisassem mais da autorização do marido para trabalhar; neste ano com a chegada da pílula contraceptiva se iniciou uma discussão importantíssima sobre os direitos reprodutivos e a liberdade sexual feminina; em 1974, foi aprovada a Lei de Igualdade de Oportunidade de Crédito para que as mulheres conquistassem o direito de portarem um cartão de crédito. Até esta data as mulheres eram objetos pertencentes a seus pais ou marido e não tinham direito de ter conta em bancos sem a permissão masculina; em 1977, a Lei do Divórcio é aprovada a partir da promulgação da Lei nº 6.515/1977, passando o divórcio como uma opção legal no Brasil; já em 1979, as mulheres garantem o direito à prática do futebol; em 1985 é criada a primeira Delegacia da Mulher em São Paulo, chamada Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher (DEAM); 1988, a Constituição Brasileira passa a reconhecer as mulheres como iguais aos homens; em 2002, a falta da virgindade deixa de ser motivo para anular o casamento (até esta data era o homem poderia solicitasse a anulação do seu casamento se a esposa não fosse virgem); 2006, foi sancionada a Lei Maria da Penha; 2015 foi aprovada a Lei do Feminicídio; 2018 a importunação sexual feminina passou a ser considerada crime; 2021, foi criada lei para prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher. 
A luta do feminismo no Brasil é dinâmica e está em constante evolução, adaptando-se às mudanças na sociedade e enfrentando novos desafios. As mulheres brasileiras continuam a desempenhar um papel crucial na promoção da igualdade de gênero e na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.
4. A BUSCA PELA IGUALDADE DE GÊNERO
	Analisando os antepassados fica evidente que a mulher ocupava uma posição de vulnerabilidade, tendo como função principal cuidar do lar, do marido e dos filhos, não possuindo nenhum direito estabelecido legalmente. Essa busca pela igualdade de gênero no Brasil é um movimento social legítimo que visa eliminar as disparidades e discriminações entre homens e mulheres em diferentes esferas da sociedade. Essa inquirição engloba uma série de desafios e áreas de atuação. A igualdade de gênero é uma demanda constante por grupos que acreditam que todos possuem os mesmos direitos. (NOSSA CAUSA, 2023)
A distinção entre homens e mulheres, é algo ainda presente na sociedade em pleno ano de 2023, uma vez que, é notório um cenário em que as mulheres devem realizar as tarefas mais leves, enquanto os homens fazem o serviço mais pesado e isso vem enraizado séculos a fio. Essa cultura baseada na força ou mesmo em determinar quais atividades mulheres podem ou não desempenhar é mais um argumento que coloca a mulher em condições de fragilidade ou incapacidade. (TIBURE, 2012) 
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2019), as mulheres ganham em média 76,5% do salário dos homens e que as mulheres possuem nível de escolaridade maior, ainda assim, trabalham em média 3 horas a mais que os homens, com destaque a carga horária informal dentro do ambiente doméstico. 
Neto (2016), cita que o retorno formal das mães, após a licença maternidade ao mercado de trabalho caiu gradativamente. O estudo aponta que metade das mulheres que tiram licença-maternidade não retornam para o mercado de trabalho, constatando ainda que 50% destas foram desligadas da empresa após encerrado este período.
Bastardas (2023), diz que é necessário a igualdade jurídica, política e social entre homens e mulheres. Essa igualdade deve ocorrer em espaços que envolvam oportunidades, direitos de igualdade e de condições. E no que versa ao direito, desde o direito político, as escolhas, liberdades civis, direito a educação, métodos contraceptivos, reprodutivos, igualdades trabalhistas e salariais, bem como a diversidade.
	Ainda de acordo Bastardas (2023), os pilares do feminismo se baseiam em três. O primeiro é na igualdade de gêneros, sendo que esse aspecto deve ser permeado em todos os espaços da vida humana, bem como na política, social, econômica e cultural. O segundo, a eliminação do poder patriarcal e por último autonomia das mulheres. Ainda de acordo a Autora “Isso significa reconhecer e respeitar o direito das mulheres de tomar decisões livres e informadas sobre suas próprias vidas, corpos e sexualidade. O feminismo busca eliminar qualquer forma de controle ou dominação sobre as mulheres e promover sua capacidade”. A Universidade de Salvador (UNIFACS, 2023), argumenta que todas as pessoas, indiferente o gênero, devem ter direitos e oportunidades iguais na sociedade. A UNIFACS (2023), reforça ainda que tanto os direitos quantas as oportunidades são garantidos via normas e leis prevista na Constituição Federal.
5. IMPORTÂNCIA DA CONTINUIDADE DO MOVIMENTO FEMINISMO 
A importância da continuidade do movimento feminista é evidente em vários aspectos, pois, busca promover a igualdade de gênero e combater a discriminação e a desigualdade que muitas mulheres enfrentam em diversas esferas da sociedade.
Entre os aspectos citados por Costa e Martins (2018), é possível determinar que há necessidade de igualdade e oportunidade; direito a reprodução; combate à violência de gênero; desconstrução dos estereótipos de gêneros; empoderamento econômico; inclusão e diversidade; educação e conscientização além da transformação cultural do cenário atual.
“Segundo a diretora do instituto AzMina[footnoteRef:8] - Carolina Oms, ressalta que por mais que o discurso machista remeta a mulher a condições de disparidadeentre gêneros, é imprescindível que o movimento feminista continue crescendo, participando das pautas necessárias de modo que a ascensão feminina cresça e que deixe de existir a sociedade patriarcal. [8: Uma organização sem fins lucrativos, de cunho jornalístico, que tem como missão promover a igualdade de gênero. Além da revista digital e outros projetos de jornalismo independente (Elas No Congresso, MonitorA e Mapa das Delegacias da Mulher), o Instituto gerencia um aplicativo de enfrentamento à violência doméstica, o PenhaS, além de campanhas para combater a desigualdade e a violência de gênero, palestras e consultorias.) Fonte: https://azmina.com.br/] 
No mesmo viés de pensamento, Costa e Martins (2018), concordam que é necessário acabar com a sociedade patriarcal pois ela “acaba por resultar em um tratamento depreciativo da figura feminina, logo, proliferando mensagens de estereótipo que coloca a mulher em uma posição de subalternidade” em condições de inferioridade. As Autoras reforçam que há importância da continuidade em perpetuar discussões acerca do feminismo e no mesmo patamar de importância, a luta por legislações que reforcem o pensamento igualitária e inclusivo, onde todas as pessoas, independentemente do gênero, tenham as mesmas oportunidades e sejam tratadas com dignidade e respeito. O trabalho do movimento feminista deverá ser contínuo, pois desafios persistentes e novas formas de discriminação continuam a surgir, exigindo uma resposta ativa e engajada.
A busca feminina por seu espaço dentro de uma sociedade patriarcal, conforme Costa e Martins (2018), deve continuar de modo que todos reconheçam a importância do movimento e ademais os avanços dessa luta possam ser percebidos e atingidos a todos. Sintetizando, a continuidade do movimento feminista é crucial para alcançar uma sociedade mais justa. O trabalho do movimento feminista é contínuo, pois desafios persistentes e novas formas de discriminação continuam a surgir, exigindo uma resposta ativa e engajada.
6. Considerações Finais
	O movimento feminista vem apresentando benefícios para a classe feminina desde sua origem que remonta do século XIX. Do século XIX até a contemporaneidade é perceptível grandes avanços que tiveram por objeto diminuir a disparidade entre homens e mulheres bem como, a busca por respeito às mulheres, igualdade de condições, afastar a sociedade do sistema arcaico patriarcal de modo que todos percebam os avanços e que deles se beneficiem.
Como citado, existem vários institutos, grupos, voltados à proteção da mulher. A importância da criação de equipes de apoio dentro dos mais variados estratos sociais revela o quão prejudicial foi a condição da mulher no passado, como também demonstra a persistência por cenários que potencialize a equidade social.
	Com o avanço das lutas, das pautas feministas, é incontestável o alcance a várias conquistas, dentre elas o direito de ir e vir, o direito de votar, a educação, de se divorciar, de ter conta bancária, de trabalhar além de outras. Com todos os avanças já adquiridos é preciso ainda abandonar o cabresto patriarcal, a discriminação em função do gênero, em prol de tempos autônomos.
Referenciais 
Stevens, Cristina; Oliveira, Susane Rodrigues de; Zanello, Valeska. Estudos feministas e de gênero: articulações e perspectivas. Ilha de Santa Catarina: Mulheres, 2014. 620
Bandeira, Lourdes Maria; melo, Hildete Pereira. Tempos e memórias: movimento feminista no Brasil. Brasília: Secretaria de Políticas para as Mulheres. Presidência da República, 2010.
Bastardas, Marta Thomen. Tipos de feminismo que existem na atualidade. 2023. Disponível em: <https://br.psicologia-online.com/tipos-de-feminismo-que-existem-na-atualidade-456.html> Acesso em: 31 de out. de 2023.
Brasil, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Agência de Notícias. Mulher estuda mais, trabalha mais e ganha menos do que o homem. 2019. Disponível em: 
<https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/20234-mulher-estuda-mais-trabalha-mais-e-ganha-menos-do-que-o-homem>. Acesso em: 30 de out. de 2023.
Colling, Ana Maria. A construção histórica do masculino e do feminino. In: Gênero e cultura. Questões contemporâneas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004.
Esteves, Renata. Ondas feministas: História e vertentes do feminismo. 2018
 Canal Se Liga nesta História. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=zGHdDnKw8Cc>. Acesso em: 30 de out. de 2023.
Martins, Eduarda Alfaro Mena Barreto; COSTA, Bárbara Moura Ruoso. A importância das lutas feministas diante da busca pela igualdade de gênero. Faculdade de Direito de Santa Maria – FADISMA. 2018. Disponível em: <efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/http://metodistacentenario.com.br/jornada-de-direito/edicoes-anteriores/9a-jornada-de-pesquisa-e-8a-jornada-em-extensao-do-curso-de-direito/artigos/o-direito-civil-no-seculo-xxi/e2-08.pdf>. Acesso em 31 de out. de 2023.
Nossa Causa. Conquistas do feminismo no Brasil: uma linha do tempo. Disponível em:< https://nossacausa.com/>. Acesso em: 30 de out. de 2023.
Rodrigues, Ingrid. Feminismo: entenda a importância do movimento na atualidade e saiba como engajá-lo. 2022. Disponível em:< https://istoe.com.br/feminismo-entenda-a-importancia-do-movimento-na-atualidade-e-saiba-como-engaja-lo/>. Acesso em 31 de out. de 2023. 
Pinho Neto, Valdemar. Mulheres perdem trabalho após terem filhos. Fundação Getúlio Vargas - FGV. 2016. Disponível em:<https://portal.fgv.br/think-tank/mulheres-perdem-trabalho-apos-terem-filhos>. Acesso em: 31 de out. de 2023.
Terra, Rosane B. M. da Rocha B.; Aquino, Quelen Brondani. A Justiça como Equidade: atributo necessário para a promoção dos direitos e garantias fundamentais da mulher. In: Da Costa, M. M. M.; Rodrigues, H. T. (orgs.). Direito & Políticas Públicas VII. Curitiba: Multideia, 2012.
Tiburi, Marcia. Um Espelho para o Novo Sexo Frágil. 2012. Disponível em: <https://revistacult.uol.com.br/home/um-espelho-para-o-novo-sexo-fragil-2/>. Acesso em 31 de out. de 2023.
Universidade de Salvador - UNIFACS. O que é igualdade de gênero e qual é a sua importância? Blog Vida de Estudante. 2023. Disponível em: <https://blog.unifacsonline.com.br/igualdade-de-genero/#:~:text=A%20igualdade%20de%20g%C3%AAnero%2C%20portanto,validade%20pr%C3%A1tica%20igual%20para%20todos>. Acesso em: 31 de out. de 2023.

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