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Bases da gestão (aula 5)

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Cap 5 
Definição 
Noções elementares das ciências econômicas a partir dos ferramentais da Microeconomia, da Macroeconomia e do 
desenvolvimento econômico. 
 
Propósito 
Apresentar o funcionamento das firmas, a composição dos mercados e a formação dos grandes agregados 
econômicos, além dos reflexos dessas variáveis no cotidiano das organizações. 
 
Objetivos 
Módulo 1 Reconhecer os conceitos fundamentais da Economia 
Módulo 2 Identificar os ferramentais básicos da Microeconomia na compreensão do comportamento de mercados 
distintos 
Módulo 3 Reconhecer os principais agregados macroeconômicos 
 
Introdução 
Certamente em algum momento de sua vida você já se deparou com alguns dos questionamentos a seguir: 
 
 
Todos esses questionamentos se referem ao campo de estudos da Economia, que estuda o funcionamento 
das atividades econômicas da sociedade global. Para compreender essa área de conhecimento, é necessário 
conhecer os conceitos fundamentais da Economia, os ferramentais básicos da Microeconomia e os principais 
agregados macroeconômicos. É o que veremos neste tema. 
Módulo 1 Reconhecer os conceitos fundamentais da Economia 
Conceitos fundamentais 
O estudo introdutório da Economia tem o intuito de estimular a busca por respostas para os principais problemas 
econômicos, demonstrar as principais teorias e correntes econômicas e sua aplicabilidade em questões práticas 
na vida dos indivíduos e no funcionamento das organizações. 
Mas você sabe quando a economia moderna surgiu? 
De acordo com Pinho e Vasconcellos (2017), o marco inicial da economia moderna surgiu entre os séculos XVIII 
e XIX. Nessa época, foram fundamentados diversos princípios econômicos, desenvolvidos a partir de três tipos de 
concepções: 
Mecanicista: Os economistas desse grupo explicavam as leis econômicas de maneira similar ao 
comportamento da Física, empregando, inclusive, a mesma terminologia (estática, dinâmica, elasticidade, 
fluidez etc.). 
Organicista: Os economistas desse grupo afirmavam que as leis econômicas se comportavam como 
um órgão vivo e usavam a mesma terminologia da Biologia (órgãos, funções, circulação, fluxos) 
https://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/te0034/index.html
Humanista: Para os economistas desse grupo, a Economia é uma ciência social e reflete as atitudes do ser 
humano, cheias de aspectos psicológicos, e a preocupação em fixar relações de causa e efeito entre 
os fenômenos sociais. 
 
Como pudemos ver nas três concepções, a Economia possui uma forte inter-relação com outras ciências 
— Matemática, Estatística, Política, História, Geografia e Sociologia —, embora tenha o seu núcleo de estudo 
muito bem delimitado. Essa particularidade possibilita ao estudante interagir com vários outros domínios do 
conhecimento científico, empregando o seu ferramental teórico visto na Economia para avaliar de forma sistemática o 
comportamento humano em sociedade. 
 
Diante de tantas concepções, como podemos definir a Economia? 
Segundo Samuelson e Nordhaus (2004): A Economia pode ser definida como a ciência que estuda a forma como 
as sociedades utilizam os recursos escassos para produzir bens com valor e de como os distribuem entre os 
vários indivíduos. 
Observe que, nessa definição, estão presentes três conceitos fundamentais: 
Escassez - Representa o objeto da economia e consiste em uma restrição física, afinal, temos meios de 
produção e recursos insuficientes para atender aos desejos e necessidades de todos os seres humanos. 
Eficiência - Está relacionada à combinação ótima dos insumos produtivos (trabalho, capital e terra) para obter 
a máxima produção e ao uso racional dos meios disponíveis para alcançar um objetivo previamente 
determinado. 
 
Equidade- É a distribuição justa da prosperidade econômica entre os membros da sociedade. A desigualdade de 
renda é consequência de uma baixa equidade. 
 
Atualmente, podemos perceber que a equidade talvez seja o grande desafio de ser colocado em prática de forma 
ampla. Alguns economistas, para explicar a situação da desigualdade de renda, afirmam ser preciso esperar o bolo 
crescer para depois distribuir, pois não se pode distribuir o que não foi produzido. 
Mas o que isso significa? Vamos utilizar os três conceitos mencionados para fundamentar a explicação. Para muitos 
economistas, a relação entre eficiência e equidade no sistema econômico representa um trade-off, situação em que 
há um conflito de escolha. Nesse caso, para se ter uma distribuição mais justa da renda entre os agentes econômicos, 
é necessário abrir mão de uma parcela da eficiência produtiva. Sobre esse conflito de escolha, leia o poema Ou 
isto ou aquilo de Cecília Meireles: 
Ou isto ou aquilo 
Ou se tem chuva e não se tem sol, 
ou se tem sol e não se tem chuva! 
 
Ou se calça a luva e não se põe o anel, 
ou se põe o anel e não se calça a luva! 
 
Quem sobe nos ares não fica no chão, 
Quem fica no chão não sobe nos ares. 
 
É uma grande pena que não se possa 
estar ao mesmo tempo em dois lugares! 
 
Ou guardo dinheiro e não compro o doce, 
ou compro o doce e não guardo o dinheiro. 
 
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo... 
e vivo escolhendo o dia inteiro! 
 
Não sei se brinco, não sei se estudo, 
se saio correndo ou fico tranquilo. 
 
Mas não consegui entender ainda 
qual é melhor: se é isto ou aquilo. 
https://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/te0034/index.html
https://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/te0034/index.html
Esse poema ilustra bem o conflito de escolha existente na relação entre eficiência e equidade. Para que as 
necessidades humanas sejam satisfeitas, é preciso se valer de recursos produtivos disponíveis, que são escassos. 
Esse desequilíbrio, inevitavelmente, implica escolhas. 
Como, então, satisfazer necessidades ilimitadas com recursos limitados? 
As teorias econômicas ajudam a responder a essa pergunta por meio de três questões fundamentais: 
O que e quanto produzir? A sociedade deve escolher, dentro de um leque de possibilidades, quais bens e 
serviços serão produzidos e em que quantidade. Os produtores aumentam ou diminuem a sua produção de acordo 
com os preços (rentabilidades) dos produtos. 
Como produzir? De acordo com o nível tecnológico existente, consideramos que os fatores de produção são os 
recursos básicos empregados na oferta de bens e serviços e podem ser divididos em: 
• Terra ou recursos naturais (N): recursos naturais utilizados no processo produtivo. 
• Mão de obra ou trabalho (L): trabalho empregado na produção de bens e serviços. 
• Capital (K): máquinas, equipamentos e imóveis empregados no processo. É importante destacar que, em Economia, 
o termo capital refere-se ao capital físico e não ao capital financeiro. 
Para quem produzir? A sociedade deve decidir quais os setores que serão beneficiados na distribuição do produto: 
• Trabalhadores, capitalistas ou proprietários da terra? 
• Mercado interno ou mercado externo? 
Mais uma vez nos deparamos com o problema da escassez. Quer ver? Se uma quantidade infinita de bens pudesse 
ser produzida e caso as necessidades humanas pudessem ser completamente satisfeitas, não estaríamos preocupados 
com a utilização racional dos recursos produtivos, nem em desenvolver novas tecnologias para aumentar a eficiência 
de produção. Além disso, também não estaríamos pensando em questões relacionadas ao meio ambiente. 
A relação básica entre escassez e escolha dá origem a um termo muito empregado na economia: o custo de 
oportunidade. Ele representa o valor associado à melhor alternativa não escolhida. Ou seja, ao tomarmos uma 
decisão, renunciamos aos benefícios que outras opções poderiam nos proporcionar. Vejamos um exemplo: 
Imagine que você tenha R$100.000,00 e decida comprar ações. 
→ 
O seu custo de oportunidade é abrir mão do rendimento da poupança para arriscar o capital em busca de 
uma rentabilidade maior. 
Para saber mais sobre esse assunto, assista ao vídeo a seguir em que o professor Paulo Roberto Vieira falasobre a 
relação entre a escassez e o surgimento dos mercados. Link do vídeo - 
http://atreus.uoledtech.com.br/estacio/video/195711 
A forma como as sociedades respondem a essas três questões fundamentais (O que e quanto produzir? Como 
produzir? Para quem produzir?) depende de seus Sistemas de Organização Econômica, que podem ser divididos 
em: Sistema de Concorrência Pura (ou Perfeitamente Competitivo), Sistema de Economia Mista e Economia 
Centralizada (planificada ou de direção central). Vamos conhecê-los a seguir. 
Sistema de Concorrência Pura (ou Perfeitamente Competitivo) 
 
 
 
 
 
 
A partir da grande crise dos anos 1930, questionou-se a capacidade de autorregulação do mercado, o qual, agindo 
livremente, não consegue garantir que a economia opere sempre com pleno emprego de seus recursos, evidenciando 
a necessidade de uma maior atuação do governo na atividade econômica. 
https://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/te0034/index.html#collapse01-01
https://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/te0034/index.html#collapse01-02
https://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/te0034/index.html#collapse01-03
http://atreus.uoledtech.com.br/estacio/video/195711
Sistema de Economia Mista 
Prevalecem as forças de mercado da demanda (consumidores) e da oferta (produtores), mas com a intervenção 
governamental em áreas estratégicas, como infraestrutura, energia, saneamento e telecomunicações. De 
acordo com Vasconcellos (2010), a atuação do governo justifica-se com o objetivo de eliminar as distorções 
alocativas (na alocação de recursos) e distributivas e de promover a melhoria do padrão de vida da população a 
partir das seguintes formas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Economia Centralizada (planificada ou de direção central) 
O sistema produtivo é controlado por um órgão central de planejamento e não pelas forças de mercado. 
O Estado é o detentor dos recursos, dos meios de produção e define o que é necessário ser produzido para a 
sociedade. Nessa situação, não há a propriedade privada; todos os bens pertencem ao governo. De acordo com 
Vasconcellos (2010), uma economia centralizada apresenta ainda as seguintes características: 
 
Para saber mais sobre os Sistemas de Organização Econômica, assista à entrevista com o professor Paulo Roberto 
Vieira. Link do vídeo - http://atreus.uoledtech.com.br/estacio/video/195712 
Resumindo 
As diferenças entre os sistemas de economia de mercado (Concorrência Pura e Economia Mista) e Economia 
Centralizada podem ser resumidas em dois aspectos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://atreus.uoledtech.com.br/estacio/video/195712
https://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/te0034/index.html#eCentralizada1
https://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/te0034/index.html#eCentralizada1
https://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/te0034/index.html#eCentralizada1
https://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/te0034/index.html#eCentralizada1
 
Módulo 2 Identificar os ferramentais básicos da Microeconomia na compreensão 
do comportamento de mercados distintos 
 
Princípios de Microeconomia 
A Microeconomia é o ramo da Ciência Econômica que se preocupa com a análise do comportamento das 
unidades econômicas – os consumidores, as famílias e as empresas – na formação dos preços em mercados 
específicos. Esse ramo observa a atuação das diversas unidades econômicas como se fossem individuais 
nesses mercados. 
Na definição de Microeconomia, falamos de “mercados específicos”. Mas, afinal, o que é mercado? 
Grupo de compradores (demandantes) e vendedores (ofertantes) que tem potencial para negociar uns com os 
outros. 
Essa definição expressa a relação entre a oferta, representada por pessoas ou empresas dispostas a vender 
determinados produtos, e a demanda (procura), a qual consiste em um grupo de pessoas ou empresas a fim de adquirir 
bens e serviços. Vale lembrar que as empresas também podem ser demandantes, pois precisam adquirir materiais de 
consumo, máquinas, equipamentos e mão de obra para o seu processo produtivo. 
Em um conceito mais amplo, mercado pode ser entendido como um espaço de interação e troca, regido por normas 
e regras (formais ou informais), onde são emitidos sinais como, por exemplo, os preços, que influenciam as decisões 
dos atores envolvidos. Ao estudarmos o funcionamento de um mercado, procuramos compreender algumas questões: 
 
Para entendermos a formação de preços em mercados específicos, dividiremos o mercado em lado da demanda e 
lado da oferta. Como o funcionamento do mercado e a formação de preços dependem da interação entre vendedores 
e consumidores, faremos a junção dessas duas teorias, chegando aos conceitos de equilíbrio e desequilíbrio de 
mercado. Vejamos a seguir. 
Teoria da demanda 
De acordo com Sandroni (2016), a demanda, também chamada de procura, pode ser definida da seguinte forma: 
É a quantidade de um bem ou serviço que um consumidor deseja e está disposto a adquirir por um preço específico e 
em determinado momento. 
Os modelos de demanda tentam explicar o que determina a escolha individual dos compradores. Sabemos que o 
consumidor visa satisfazer suas necessidades e desejos da melhor maneira possível, levando em consideração seus 
gostos e preferências. Entretanto, ele fará isso enfrentando diversas restrições. Observe o exemplo a seguir: 
Exemplo: Suponhamos as seguintes informações de preços (Px) e quantidades demandadas (Qdx), obtidas e tabeladas 
com base em uma pesquisa hipotética, no município do Rio de Janeiro, em fevereiro de 2020. A função demanda, 
calculada para o produto x, pode ser expressa por: 
A partir da equação, pode-se gerar a tabela: 
 
 
 
 
Percebe-se, claramente, que quando o preço do produto aumenta, sua quantidade demandada diminui. Quando o 
preço está em R$1,00, são demandadas 25 unidades do produto, enquanto que, ao preço de R$5,00 (maior preço da 
tabela), somente 5 unidades são demandadas. Veja a representação gráfica dessa situação: 
https://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/te0034/index.html
 
 
 
 
A curva de demanda (em vermelho) representa a relação entre os preços alternativos e quantidades demandadas 
do produto, por unidade de tempo, coeteris paribus. Essa expressão do latim significa: tudo o mais permanecendo 
constante, ou seja, se as demais variáveis que influenciam a demanda permanecem constantes, podemos afirmar que 
há uma relação inversamente proporcional entre o preço do produto e a sua quantidade demandada. E isso resume 
a Lei da Demanda. 
Atenção! Na Microeconomia, expressamos o mesmo conceito a partir das linguagens literal, matemática, tabular e 
gráfica. No exemplo anterior, o -5 representa o coeficiente angular da função do primeiro grau. O sinal negativo informa 
que a quantidade demandada (Qdx) varia em proporção inversa ao preço (Px). Pode-se construir a tabela e o gráfico 
a partir da equação dada ou, de modo inverso, definir a equação a partir do gráfico ou tabela. 
Em outros termos, segundo a Lei da Demanda: 
 
Cabe destacar que, efetivamente, a quantidade demandada (Qdx) do produto no mercado não é influenciada somente 
pelo preço (Px); uma série de outras variáveis também afeta a demanda desse produto. Segundo Vasconcellos (2010), 
devemos considerar outros fatores que também afetam a demanda dos consumidores: 
- Preço dos produtos substitutos ou sucedâneos (Ps): São aqueles que atendem às mesmas necessidades e 
funções. Por exemplo, a margarina é um produto substituto da manteiga. Sabe-se que um aumento de preços da 
manteiga reduziria sua quantidade demandada e levaria o consumidor a buscar mais a margarina. 
- Preços de produtos complementares (Pc): São aqueles bens que tendem a ser consumidos conjuntamente. Um 
exemplo de bens complementares são o pão e a margarina. Se o preço do pão baixar, haverá um aumento da 
quantidade consumida e, consequentemente, de margarina, uma vez que os dois são frequentemente oferecidos em 
conjunto. Em outros termos, se temos dois bens complementares A e B, um aumento no consumo de A resultaem uma 
procura maior de B e vice-versa. 
- Renda dos consumidores (R): Relacionada ao poder de compra dos consumidores. Quanto maior a renda do 
consumidor, maior é a sua quantidade demandada de bens normais. Por outro lado, consumidores com rendas mais 
baixas demandam uma menor quantidade de produtos, tendo em vista a sua restrição orçamentária. 
À medida que a renda dos consumidores aumenta, a sua demanda por bens e serviços também cresce. Essa máxima 
é válida para a maioria dos produtos que são conhecidos como bens normais. No entanto, os produtos conhecidos 
como bens inferiores apresentam uma relação inversamente proporcional entre renda e demanda. Em outros termos, 
quando o rendimento dos consumidores aumenta, a demanda pelo bem inferior diminui; e à medida que o rendimento 
diminui, a demanda aumenta. Vejamos alguns exemplos de bens e serviços considerados inferiores que apresentam 
um aumento em sua demanda quando há redução na renda dos consumidores: 
 
 
 
Podemos expressar a função demanda da seguinte forma: 
 
Teoria da oferta 
De acordo com Sandroni (2016), oferta pode ser definida como: 
A quantidade de bens ou serviços que se produz e oferece no mercado por certo preço e em determinado período. 
Os modelos de oferta tentam explicar o que determina a escolha individual dos vendedores, dando ênfase à 
influência dos preços dos bens e serviços. Para entender a teoria da oferta, observe o exemplo a seguir: 
Exemplo - Consideremos as seguintes informações de preços (Px) e quantidades ofertadas (Qox), obtidas e tabeladas 
com base em uma pesquisa hipotética, no município do Rio de Janeiro, em fevereiro de 2020. A função oferta, 
calculada para o produto x, pode ser expressa por: 
Qox = 2Px – 4 
A partir da equação, pode-se gerar a tabela: 
 
Ao contrário do observado com as quantidades demandadas, as quantidades ofertadas aumentam à medida que 
o preço sobe. Em outros termos, a um preço mais alto (produto valorizado), o produtor tem mais incentivos para 
aumentar a produção. Assim, a maior quantidade ofertada (12 unidades) ocorre quando houver o maior nível de preço 
(R$8,00). Veja a representação gráfica dessa situação: 
 
 
 
 
 
Atenção! A curva de oferta representa a relação entre os preços alternativos e quantidades ofertadas do produto, por 
unidade de tempo, coeteris paribus. 
- Oferta: refere-se à curva toda (em vermelho); 
- Quantidade ofertada: refere-se a um ponto sobre a curva de demanda (A, B, C, D, E, F). 
Além do preço do próprio produto, existem outras variáveis que influenciam a oferta de um bem, podendo-se destacar: 
Custo de produção (CP): Preços dos insumos e fatores de produção, como mão de obra, matérias-primas, terra, entre 
outros. 
Nível tecnológico (NT):Melhoria na forma de combinar os fatores de produção. 
Condições climáticas (CC):Escassez de precipitações, geadas, altas ou baixas temperaturas e outros. 
 
Podemos expressar a função oferta da seguinte forma: 
 
Equilíbrio de mercado 
Após o conhecimento das curvas de oferta e de demanda, é possível entender como ocorre a formação de preços 
dos bens. Em Microeconomia, o equilíbrio de mercado expressa o resultado da interação entre as forças de oferta e 
de demanda, que são determinadas pelo processo de negociação entre produtores (vendedores) e consumidores. 
 
Veja a representação gráfica dessa equação: 
 
Assim como na análise gráfica, podemos definir o preço e a quantidade de equilíbrio, igualando-se as funções de 
demanda e de oferta. 
Para saber um pouco mais sobre as teorias da demanda, oferta e o conceito de equilíbrio de mercado, assista ao 
vídeo a seguir com o professor Paulo Roberto Vieira.Link do vídeo - 
http://atreus.uoledtech.com.br/estacio/video/195727 
 
Figura 1 figura 2 figura 3 
 
 
 
http://atreus.uoledtech.com.br/estacio/video/195727
Vamos exercitar o que você aprendeu até aqui? 
Atividade: Dadas as funções de demanda e oferta, determine o preço e a quantidade de equilíbrio: 
 Qdx = 300 - 8Px Qox = 48 + 10Px 
Passo 1 - Fazer QdX = Qox para encontrar o preço de equilíbrio: 
48 + 10Px = 300 - 8Px → 10Px + 8Px = 300 – 48 → 18Px = 252 → Px = 252/18 = Px = 14 
Passo 2 - Substituir o preço de equilíbrio encontrado na função demanda (Qdx) ou na função oferta (Qox) para 
encontrar a quantidade de equilíbrio. Qex = 48 + 10 (14) = 48 + 140 = 188 
Portanto, temos o ponto de equilíbrio dado por: Pex = 14 Qex = 188 
Passo 3 - Representação gráfica do equilíbrio de mercado do produto X. 
 
 
 
 
 
 
 
Ainda seguindo o exemplo do exercício, para qualquer preço diferente de R$14,00, teremos um desequilíbrio de 
mercado, caracterizado por um excesso de oferta (escassez de demanda) ou de demanda (escassez de oferta). 
Estruturas de mercado 
A forma de atuação da empresa no ambiente econômico, seu planejamento estratégico e suas possibilidades de 
sucesso dependem muito da sua forma de organização no ambiente econômico. São três os elementos básicos que 
determinam as estruturas mercadológicas nas quais acontecem a atuação das firmas: 
 
 
 
 
E quais são as estruturas de mercado? Veja a seguir. 
Concorrência perfeita (pura) 
É uma estrutura de mercado que visa descrever o funcionamento ideal de uma economia, servindo de parâmetro para 
o estudo das outras estruturas de mercado. Trata-se de uma construção teórica. Apesar disso, algumas aproximações 
dessa situação de mercado poderão ser encontradas no mundo real, como é o caso dos mercados de vários produtos 
agrícolas. Destacam-se como principais características desta forma de organização econômica: 
 
 
 
 
 
 
 
Monopólio 
Quando falamos de concorrência perfeita, estamos abordando um tipo de estrutura de mercado situada no extremo da 
concorrência. Em um ponto diametralmente oposto, temos o monopólio, uma situação de mercado em que existe um 
só produtor de um bem ou serviço que não tenha substituto próximo. Com isso, o monopolista exerce grande influência 
na determinação do preço a ser cobrado pelo seu produto: ou os consumidores se submetem às condições impostas 
pelo vendedor, ou simplesmente deixam de consumir o produto. As principais características do monopólio são: 
 
No Brasil, temos o exemplo da Petrobrás, que exerce monopólio no setor de petróleo por meio de um controle estatal. 
Oligopólio 
O oligopólio é uma estrutura de mercado que se situa entre a concorrência perfeita e o monopólio. O setor produtivo 
brasileiro é altamente oligopolizado, sendo possível encontrar inúmeros exemplos, como serviços de telefonia móvel, 
serviços bancários, montadoras de veículos, setor de cosméticos, indústria de papel, indústria química, indústria 
farmacêutica, indústria de bebidas, dentre outras. Os mercados oligopolizados possuem as seguintes características: 
 
No Brasil, de acordo com o Banco Central (2019), temos o oligopólio de cinco bancos que detinham, em 2018, 84,8% 
do mercado de crédito e 83,8% dos depósitos totais. São eles: 
 
Como consequência desse oligopólio, temos: 
 
Concorrência monopolística 
Estrutura de mercado que contém elementos da concorrência perfeita e do monopólio, ficando em situação 
intermediária entre as duas formas de organização de mercado. Vejamos as características dessa estrutura de 
mercado: 
 
Grande parte dos empreendimentos dos setores de serviços e varejistas podem ser enquadrados como concorrência 
monopolística, destacando-se: bares, restaurantes, escritórios de advocacia, clínicas médicas, escritórios de 
contabilidade e de consultorias. 
Para saber um pouco mais sobre os principais conceitos e exemplos de estruturas de mercado, assista ao vídeo 
a seguir com o professor Paulo Roberto Vieira. 
Lin do vídeo - http://atreus.uoledtech.com.br/estacio/video/195728 
 
Resumindo 
Preparamos um quadro-resumo com as principais característicasdas estruturas de mercado: 
 
 
 
 
 
 
 
http://atreus.uoledtech.com.br/estacio/video/195728
Módulo 3 Reconhecer os principais agregados macroeconômicos 
Princípios de Macroeconomia 
Segundo Garcia e Vasconcellos (2002), a Macroeconomia estuda a economia como um todo, analisando a 
determinação e o comportamento de grandes agregados, tais como: 
 
Esses fatores mostram que a teoria macroeconômica se preocupa com questões conjunturais de curto prazo, como 
desemprego e inflação, e de longo prazo, como distribuição de renda e crescimento econômico. Isso parece distante 
da sua realidade? Claro que não! Ao longo dos últimos anos, você deve ter ouvido algumas das seguintes afirmações: 
 
Essas são algumas variáveis analisadas no estudo da Macroeconomia (PIB, inflação e balança comercial). 
Para entender bem a diferença... 
 
Instrumentos de política macroeconômica 
O governo possui instrumentos de política macroeconômica para alterar o comportamento da economia e melhorar a 
qualidade de vida da população. Esses instrumentos variam de acordo com a política macroeconômica adotada: 
 
https://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/te0034/index.html
- Política fiscal: Diz respeito aos instrumentos disponíveis pelo governo para a arrecadação de 
impostos e contribuições (política tributária) e o controle de suas despesas (gastos públicos). Ela também é 
utilizada para estimular ou inibir os gastos do setor privado. Um exemplo foi a política do governo federal de redução 
do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre automóveis e produtos da linha branca, como eletrodomésticos, 
que impulsionou o consumo das famílias em 2012. 
- Política monetária: Refere-se à atuação do governo sobre a quantidade de moeda e títulos públicos, sendo os 
recursos disponíveis para sua emissão, compra e venda de títulos, regulamentação sobre crédito e taxas de juros, entre 
outros. 
- Política cambial e comercial: Trata da atuação governamental no setor externo da economia. A política cambial 
diz respeito à ação do governo sobre a taxa de câmbio. O governo fixa ou permite que a taxa de câmbio seja flexível 
por meio do Banco Central. A política comercial refere-se aos instrumentos que estimulam as exportações – estímulos 
fiscais e taxas de juros subsidiadas – e ao controle das importações – tarifas e barreiras maiores. 
- Política de rendas: Refere-se à interferência do governo na formação de renda, mediante o controle e congelamento 
dos preços. Esse controle sobre os preços e salários é obtido pelo combate ao aumento persistente e generalizado nos 
preços, que é a inflação. As políticas anti-inflacionárias brasileiras são o salário mínimo e o congelamento de preços e 
salários, por exemplo. 
Uma política macroeconômica bem-sucedida tem impacto direto no ritmo da atividade econômica, 
podendo melhorar a geração de emprego e renda e até mesmo a distribuição dos recursos entre os habitantes do 
país. Quando o governo emprega as suas políticas econômicas, ele tem o intuito de alcançar os seguintes objetivo: 
- Alto nível de emprego 
Considera-se emprego a utilização dos recursos produtivos (trabalho, capital e recursos naturais). Quanto 
maior a utilização de recursos produtivos, maior o ritmo da atividade econômica. Na situação de desemprego, 
temos ociosidade na utilização de recursos produtivos, dentre os quais a mão de obra. 
 
 Notícia de jornal sobre medida do governo Sarney para controle de preços. 
- Estabilidade de preços 
O governo busca garantir a estabilidade de preços (controle do processo inflacionário). Entende-se 
por inflação o aumento contínuo do nível geral de preços. O Brasil experimentou, ao longo das 
últimas décadas do século passado, períodos com inflação superior a 1.000% ao ano. Com uma inflação 
tão alta assim, a renda das famílias é corroída, pois os preços sobem muito e não é possível fazer 
planejamento financeiro. Por isso, a preocupação contínua do governo com o controle da inflação. 
 
 Notícia sobre a desigualdade de renda no Brasil. 
- Distribuição de renda 
É possível, a partir de políticas macroeconômicas, diminuir a disparidade de renda entre os indivíduos 
e entre as regiões do país. A cada dia, a disparidade de renda aumenta. Garcia e Vasconcellos (2002) 
apontam que a renda de todas as classes aumentou e o problema é que, embora o pobre tenha ficado 
menos pobre, o rico ficou relativamente mais rico. O governo deve atuar a favor da igualdade na 
distribuição da renda gerada no país. 
 
 Gráfico que demonstra a renda per capita no Brasil entre 2012-2018. 
- Crescimento econômico 
O governo também tem a função de estimular a atividade produtiva nacional. Quando falamos em 
crescimento econômico, estamos pensando no aumento da renda nacional per capita, isto é, que seja 
colocada à disposição da coletividade uma quantidade de mercadorias e serviços que supere o 
crescimento populacional. 
 
Para saber um pouco mais sobre as principais definições da Macroeconomia, assista ao vídeo a seguir com o 
professor Paulo Roberto Vieira. 
Link do vídeo- http://atreus.uoledtech.com.br/estacio/video/195743 
 
 
Crescimento e desenvolvimento econômico 
Muitas pessoas confundem os 
conceitos de crescimento e 
desenvolvimento econômico. Embora 
existam diversas interpretações, 
podemos afirmar: 
 
 
http://atreus.uoledtech.com.br/estacio/video/195743
Todos os objetivos da política econômica apresentados buscam levar o país a um grau de desenvolvimento 
econômico. Para tal, precisa garantir o crescimento econômico, que é medido principalmente por dois indicadores: 
 
E no Brasil? Como performamos nesses dois indicadores? Veja um quadro comparativo do PIB e do PIB per capita em 
relação a outros países. 
O desenvolvimento econômico deve ser entendido como um processo que engloba o crescimento de longo prazo da 
renda per capita, a melhoria nas condições de vida da população e a criação de um ambiente social que minimize a 
desigualdade na distribuição de renda, poder e oportunidades. Um indicador muito utilizado para analisar o 
desenvolvimento econômico é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O IDH considera três variáveis: 
 
O mapa a seguir mostra como os países são classificados de acordo com o seu IDH. Observe: 
 
Mapa-mundi representando as quatro categorias do Índice de Desenvolvimento Humano, baseado no relatório 
publicado em 9 de desembro de 2019, com dados referentes a 2018. Figura 2: Índice de Desenvolvimento Humano 
(IDH). 
Como o cálculo do IDH baseia-se em três indicadores (educação, saúde e renda), ele pode ser calculado para qualquer 
país ou região, tendo em vista que todos os cidadãos, em alguma medida, são alcançados por uma dessas variáveis. 
Para saber um pouco mais sobre os indicadores PIB e IDH, assista ao vídeo a seguir com o professor Paulo Roberto 
Vieira. Link do vídeo - http://atreus.uoledtech.com.br/estacio/video/195745 
https://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/te0034/index.html
https://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/te0034/index.html
http://atreus.uoledtech.com.br/estacio/video/195745
Resumindo 
As quatro políticas macroeconômicas são: 
 
Conclusão 
Discutimos os conceitos fundamentais da Economia, verificamos o que é a Microeconomia e suas teorias e finalizamos 
falando a respeito da Macroeconomia e de seus agregados principais. Tudo isso nos ajuda a entender a composição 
dos mercados e a formação dos grandes agregados econômicos. Fonte: Peacefully7 / Shutterstock 
Podcast 
Agora, o professor Paulo Roberto Vieira encerra o tema falando sobre os principais conceitos e princípios que englobam 
a economia. 
Conquistas 
Módulo 1 Reconheceu os conceitos fundamentais da Economia 
Módulo 2 Identificou os ferramentais básicos da Microeconomia na compreensão do comportamento de mercados 
distintos 
Módulo 3 Reconheceu os principais agregados macroeconômicos 
 
Explore + 
Se quiser uma perspectiva geral da inflação histórica brasileira, leia a página do site inflation.eu e veja os gráficos. 
Aprenda mais sobreos instrumentos de política econômica do governo a partir do Plano Real e sua importância para 
estabilidade econômica do Brasil lendo o texto de André Eduardo da Silva Fernandes, Distribuição de renda e 
crescimento econômico: uma análise do caso brasileiro. 
Referências 
EL PAÍS. William D. Nordhaus e Paul M. Romer ganham o Nobel de Economia de 2018. Publicado em: 8 out. 2018. 
MANKIW, N.G. Introdução à Economia. Tradução da 6ª Edição Norte-Americana. Cengage Learning, 2013. E-book. 
PINHO, D. B.; VASCONCELLOS, M.A.S. Manual de Economia. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. 
SAMUELSON, P. A. Fundamentos da Análise Econômica. In: Coleção Os Economistas. São Paulo: Ed. Nova 
Cultural, 1997. 
SAMUELSON, P. A.; NORDHAUS, W. D. Economia. 17. ed. Lisboa: McGraw-Hill, 2004. 
SANDRONI, P. Dicionário de Economia do Século XII.Record, 2016. E-book. 
VASCONCELLOS, M.A.S. Economia: Micro e Macro. São Paulo: Atlas, 2010. 
VASCONCELLOS, M. A. S.; Garcia, H. Fundamentos de Economia. São Paulo: Saraiva, 2010.

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