Buscar

MATERIAL 1 1 do Curso Física e Inclusão

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

Curso: Física e inclusão - uma
aventura para todos.
Prof.: Hudson de Aguiar
Unidade 1: 
Dificuldade,
distúrbio ou
transtorno? 
F O R M A Ç Ã O
C O N T I N U A D A D E
P R O F E S S O R E S D A
F U N D A Ç Ã O C E C I E R J
Introdução
01.
Sumário
F U N D A Ç Ã O C E C I E R J - F O R M A Ç Ã O C O N T I N U A D A D E P R O F E S S O R E S
Diferentes estilos de aprendizagem
05.
Dificuldade, distúrbio ou trantorno? 
02.
Aprendizagem passiva x
Aprendizagem ativa
06.
DAEs - Dificuldades de
Aprendizagem Específicas
03.
Referências Bibliográficas
07.
Como aprendemos melhor?
04.
ÍN
D
IC
E
Quantas vezes os professores não detectam que os estudantes não estão
aprendendo e ainda assim não mudam a sua abordagem para fazer com
que eles aprendam mais e melhor? 
Quando me foi pedido para montar um curso sobre Física e Inclusão, eu
pensei numa grande maioria de estudantes que não assimilam os
conteúdos ministrados com eles. Quantas vezes eu não percebi que vários
deles tinham dificulldade para aprender. Chegaram numa determinada
série e não tinham os pré-requisitos para poder acompanhar
adequadamente. Infelizmente é uma realidade que se repete em muitas de
nossas salas de aula. Atualmente tem aumentado a demanda para atender
alguns estudantes com necessidades especiais (autismo, hiperatividade,
dislexia...). Esses estudantes precisam de materiais ou de abordagens
diferenciadas para que consigam construir o conhecimento. Mas só eles? E
os muitos outros “normais” que não aprendem? 
E agora? Como deve ser a nossa atuação num cenário educacional de
Ensino Médio, que possa abranger satisfatoriamente uma turma ou pelo
menos a sua maioria? 
Talvez seja um bom começo, sabermos diferenciar os termos distúrbios,
transtornos e dificuldades de aprendizagem de acordo com a literatura
atual e caminharmos com as definições adequadas ao longo de nossa
Formação Continuada. 
Como a Física entra nesse contexto? Ao sabermos um pouco de cada
dificuldade de aprendizagem que o estudante pode apresentar, o desafio é
planejar atividades com o conteúdo de Física que atenda as demandas de
todos. 
Para um cenário educacional cada vez mais desafiador e diverso, o professor
precisa rever a sua prática continuamente, incorporando novos
conhecimentos em uma investigação que sempre nos enriquece para
podermos ser instrumentos de construção de um conhecimento que
possibilite que nossos estudantes sejam cidadãos conscientes e também
felizes. 
Se você chegou até aqui neste texto, é porque é um professor(a) que quer
fazer a diferença com os seus alunos. 
Uma ótima formação para todos nós!
Prof Hudson de Aguiar 
F Í S I C A E I N C L U S Ã O : U M A A V E N T U R A P A R A T O D O S - P R O F H U D S O N D E A G U I A R 0 1
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
Numa sala de aula diversa, em que os
estudantes são diferentes, nós (professores)
esperamos que todos apresentem as mesmas
respostas, ou as respostas que estamos
acostumados a ouvir ao longo de nossa
trajetória profissional. E quando isso não
acontece? Será que estamos prontos a rever as
nossas posições ao lidar com as dificuldades e
problemas que nossos estudantes nos trazem?
Não é tarefa simples definir ou delimitar as dificuldades de
aprendizagem, dado que não se trata de transtorno, distúrbio
ou mesmo problema comportamental. Desse modo, infere-se
que o problema de aprendizagem seria algo externo à criança
e ao seu corpo, ou seja, algo relacionado à escola, aos
professores, ao conteúdo, ao material e à relação destes
(SAMPAIO, 2014).
DIFICULDADE, TRANSTORNO
OU DISTÚRBIO?
0 2
Comecemos lançando uma luz sobre uns termos que aparecem para designar os
problemas diversos que os estudantes podem apresentar. Segundo pesquisa feita em
um site médico na internet: 
É comum que síndromes, distúrbios e transtornos sejam tratados como sinônimos e
empregados erroneamente. Apesar de algumas semelhanças, cada um destes problemas
tem um conceito com características diferentes. Saiba mais sobre a definição de cada.
Síndrome: É a condição clínica caracterizada pela reunião de sintomas ou sinais ligados a
mais de uma causa. As síndromes podem ter origens diversas, e por isso, pode ser difícil fechar
um diagnóstico sobre as causas desse quadro vulnerável. Exemplos: Síndrome do Pânico (SP);
Síndrome Guillain-Barré (SGB); Síndrome de Down (SD).
Distúrbio: é uma alteração nas condições físicas ou mentais do indivíduo que afeta o
funcionamento de algo em sua rotina, e geralmente tem origem de fácil identificação. Essa
perturbação pode interromper ou afetar o desenvolvimento neurológico, o hábito alimentar, a
interação social e anormalidades físicas.
Os distúrbios que causam problemas ou atrasam a maturação das funções do Sistema
Nervoso Central (SNC), geralmente são identificados na infância e persistem na vida adulta
comprometendo a habilidade intelectual. Outros podem surgir posteriormente e causar
“perturbação” na capacidade de condução das atividades do dia a dia do indivíduo.
Transtorno: A definição de transtorno parte do significado do verbo de origem, “transtornar”,
que refere-se a inversão da ordem regular ou natural das coisas. Tratando de maneira mais
específica, com relação a saúde psiquiátrica, o transtorno pode ser conceituado como a
perturbação da ordem mental devido a falha na estimulação da parte frontal do cérebro. Os
transtornos afetam as relações interpessoais do indivíduo causando como sofrimento,
confusão de personalidade e sentimento de incapacidade. Os transtornos mentais são
classificados em tipos, e estão relacionados à alimentação, emocional, personalidade e
movimentos do ser humano: Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC); Transtorno de Déficit de
Atenção (TDA); Transtorno de Bipolaridade (TB); Depressão; Transtorno de Ansiedade (TA); 
Anorexia Nervosa. (disponível em https://estanciabelavista.org.br/qual-a-diferenca-entre-
sindrome-transtorno-e-disturbio/) 
Aqui em nossa Formação Continuada, vamos usar o termo DAEs, que são as
Dificuldades de Aprendizagem Específicas. 
F Í S I C A E I N C L U S Ã O : U M A A V E N T U R A P A R A T O D O S - P R O F H U D S O N D E A G U I A R
O termo “Dificuldades de Aprendizagem
Específicas” foi definido como uma “determinada
dificuldade em uma área de aprendizagem de uma
criança que tem desempenho satisfatório em
outras áreas” (WORTHINGTON, 2003)
Quem pode passar por tais dificuldades?
01 Esses problemas geralmente ocorrem numa mesma familia e em todos osgrupos raciais e condições econômicas. 
Tem cura? 
02 Segundo HUDSON (2019), os indivíduos com tais problemas não podem ser
curados e não “superam” suas dificuldades, mas podem ser ensinados a
descobrir uma série de estratégias de enfrentamento alternativas para
ajudá-los a assimilar e reter informações, passar nas provas e se tornar
adultos bem-sucedidos. 
Quais são as DAEs mais comuns em nossas salas de aula?
03 Dislexia, Discalculia, Disgrafia, Dispraxia, Transtorno do Déficit de Atençãocom Hiperatividade (Tdah), Transtornos do Espectro Autista (TEA) como a
Síndrome de Asperger e Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC). Com
exceção do TOC, as demais que citamos serão abordadas em nosso curso,
com maiores detalhes. 
0 3
AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
ESPECÍFICAS - DAE’S
F Í S I C A E I N C L U S Ã O : U M A A V E N T U R A P A R A T O D O S - P R O F H U D S O N D E A G U I A R
Todos nós temos pontos fortes e fracos e formas de como
preferimos aprender. Isso ocorre porque o nosso cérebro possui
duas metades que têm papéis diferentes e um deles acaba
sendo dominante, afetando nossas habilidades, percepção e
personalidade. 
0 4
COMO APRENDEMOS MELHOR? 
Como mostra a imagem, o hemisfério esquerdo do nosso cérebro trabalha
com fatos, lógica e ordem. Já o hemisfério direito trabalha a criatividade e a
imaginação. 
Em nossas salas de aula temos estudantes diversos e alguns com DAEs que,
geralmente se encontram nos extremos do equilíbrio normal entre o lado
esquerdo e o lado direito do cérebro. Isso mostra a importânciade se
empregar métodos de ensino variados e do uso de uma série de maneiras
de fornecer informações. 
Como professores, estamos inclinados a ensinar da forma que gostamos de
aprender. Temos que nos atrever a diversificar em nossas aulas. 
F Í S I C A E I N C L U S Ã O : U M A A V E N T U R A P A R A T O D O S - P R O F H U D S O N D E A G U I A R
DIFERENTES ESTILOS DE
APRENDIZAGEM
Estilo de aprendizagem Como os alunos aprendem melhor
Visual
Olhando e observando
Lendo o texto, usando fotos, diagramas, cartazes,
gráficos, filmes, demonstrações, apostila e uso
efetivo da cor. 
Auditivo
Escutando e falando 
Histórias, canções, fitas de áudio, música, debates
com outros alunos e analisar questões em voz alta. 
Cinestésico
Experiência física 
Tocando, experimentando, segurando, sentindo,
fazendo, construindo, criando maquetes,
movimento, coordenação e usando computadores. 
Segundo HUDSON (2019), 
A maioria das pessoas tem um canal ou estilo de aprendizagem preferido. As
lições mais bem-sucedidas são o máximo possível multissensoriais. Isso incentiva
os alunos a usar os três canais de aprendizagem e o conteúdo da lição é
reforçado de várias maneiras. 
Os estudantes com DAEs precisam experimentar uma variedade de abordagens e
canais de aprendizagem para interagir com eles e assim conseguirem aprender. 
Nós professores ficamos muito apegados às aulas que tivemos e há uma enorme
tendência de até “repetirmos” a aula (geralmente expositiva) que recebemos antes,
para trabalhar com nossos alunos. Por isso, é crucial planejarmos cada tópico que
iremos ensinar, tentando visualizar o caminho que será percorrido e até “ensaiar”
os argumentos explicativos que podemos usar. Sem deixar de variar o nosso
“cardápio”, usando recursos diferentes para atingir a todos. Em geral, usamos
muito a aula expositiva. No entanto, tentemos passar a bola para os alunos de vez
em quando. Podemos ser surpreendido por eles. 
0 5F Í S I C A E I N C L U S Ã O : U M A A V E N T U R A P A R A T O D O S - P R O F H U D S O N D E A G U I A R
0 6
A Pirâmide de Glasser nos indica ações mais
eficazes em nossas aulas. 
APRENDIZAGEM ATIVA 
X 
APRENDIZAGEM PASSIVA
Além de ter em mente os diferentes estilos de aprendizagem dos estudantes, devemos
pensar em práticas que os conduzam a uma aprendizagem mais ativa. Alterar o estilo de
aprendizagem e o ritmo da aula regularmente pode ajudar a manter os alunos
concentrados. 
Lembre-se que as aulas são mais eficazes se forem multissensoriais e envolverem os alunos
em participação ativa. 
Alguns alunos têm DAEs, o que dificulta o recebimento e o processamento de informações
apresentadas de uma determinada maneira, mas em geral eles podem acessá-las por meio
de uma rota diferente. Ter DAEs não afeta a inteligência global do aluno.
Seja um professor animado, proativo e compreensivo. Isso pode fazer toda a diferença. 
F Í S I C A E I N C L U S Ã O : U M A A V E N T U R A P A R A T O D O S - P R O F H U D S O N D E A G U I A R
0 7
R
E
FE
R
Ê
N
C
IA
S 
B
IB
LI
O
G
R
Á
FI
C
A
S CORREIA, L. M.; MARTINS, A. P. Dificuldades deaprendizagem: o que são? como entendê-las? Biblioteca
Digital. Porto: Porto Editora, 2005. Disponível em:
www.educare.pt/BibliotecaDigitalPE/Dificuldades_de_ap
rendizagem.pdf. Acesso em: 20 jan. 2024. 
FERREIRA, M.; HORTA, I. V. Leitura: dificuldades de
aprendizagem, ensino e estratégias para o
desenvolvimento de competências. Da Investigação às
Práticas, Lisboa, v. 5 n. 2, p. 144-154, 2014. Disponível em:
https://core.ac.uk/download/pdf/47134587.pdf. Acesso
em: 18 jan. 2024. 
HUDSON, D. Dificuldades específicas de aprendizagem:
ideias práticas para trabalhar com Dislexia, Discalculia,
Disgrafia, Dispraxia, TDAH, TEA, Síndrome de Asperger,
TOC. Petrópolis: Vozes, 2019. 
SAMPAIO, S. (org.). Transtornos e dificuldades de
aprendizagem: entendendo melhor os alunos com
necessidades educativas especiais. Rio de janeiro: WAK,
2014.
SMITH, C; STRICK, L. Dificuldades de aprendizagem de A
a Z: um guia completo para pais e educadores. Porto
Alegre: Artmed, 2001.
WORTHINGTON, A. (org.) The Fulton Special
Education Digest. Londres: David Fulton Publishers,
2003. 
F Í S I C A E I N C L U S Ã O : U M A A V E N T U R A P A R A T O D O S - P R O F H U D S O N D E A G U I A R

Outros materiais