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Trabalho PI III

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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
BÁRBARA CRISTINA SEGURA 1822290 
ELIZANGELA CARLA DE LIMA SILVA 1828959 
LUANA CRISTIANO SILVA BORDINO 1832591 
MARIA JOSÉ NEGRI PALOTA 1828828 
ROSIMEIRE APARECIDA LUCHETI 1827592 
TAINARA HUBACH DA SILVA 1828260 
 
 
 
 
 
 
 
Construindo brinquedos e brincadeiras 
 
 
 
 
 
Apresentação do Projeto Integrador III - vídeo: 
 
 
<https://www.youtube.com/watch?v=cPOyYQk55dQ> 
 
 
 
 
 
Itajobi - SP 
 2020 
https://www.youtube.com/watch?v=cPOyYQk55dQ
 
 
 UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
 
 
 
 
A falta de interação e socialização entre as crianças: uma dificuldade 
no processo de ensino aprendizagem escolar 
 
 
 
 
 
Relatório Técnico - Científico apresentado na 
disciplina de Projeto Integrador III para o curso 
de Licenciatura em Pedagogia da Fundação 
Universidade Virtual do Estado de São Paulo 
(UNIVESP). 
 
 
Tutor: Carlos César Pereira 
 
 
 
 
 
 
 
Itajobi - SP 
2020 
 
 
 
SEGURA, Bárbara Cristina; SILVA, Elizangela Carla de Lima; BORDINO, Luana 
Cristiano; PALOTA, Maria José Negri; LUCHETI, Rosimeire Aparecida; DA SILVA, 
Tainara Hubach. A falta de interação e socialização entre as crianças: uma 
dificuldade no processo de ensino aprendizagem escolar. 30f. Relatório Técnico-
Científico (Licenciatura em Pedagogia) – Universidade Virtual do Estado de São 
Paulo. Tutor: Carlos César Pereira. Polo: Itajobi, 2020. 
 
RESUMO 
 
O relatório é o resultado da disciplina “Projeto Integrador para Pedagogia III” do 
quarto semestre do curso de pedagogia da UNIVESP. Para seu desenvolvimento 
procurarmos uma escola de Ensino Fundamental I, bem como escolhemos uma sala, 
a fim de identificar um problema de aprendizagem, a partir de uma conversa com o 
professor, por meio da plataformas como Google Meet e whatsApp, devido ao 
fechamento das escolas no período em decorrência da pandemia do Covid-19. A 
partir da discussão com o docente da sala do primeiro ano do Ensino Fundamental, 
da escola “E.M.E.F. José Cardoso de Matos”, localizada no distrito de Nova Cardoso - 
SP, verificamos que a sala possui uma dificuldade de aprendizagem causada pela 
falta de entrosamento das crianças que não tem o hábito de trabalharem em grupo, 
de interagirem ajudando um ao outro, e de se relacionarem bem. A maioria não 
socializa com facilidade, prejudicando também o desenvolvimento da espontaneidade 
e da construção da identidade pessoal, social e cultural. O nosso problema de 
pesquisa remete à dificuldade de aprendizagem do aluno como consequência da falta 
de interação e socialização. Conclui-se que essa é uma realidade de muitas crianças 
nos dias de hoje que crescem no meio das tecnologias da informação e trocam as 
brincadeiras infantis pelos aparelhos eletrônicos, porém, acreditamos que, para uma 
aprendizagem efetiva no seu pleno desenvolvimento, toda criança precisa partilhar a 
experiência, do mesmo modo que suas dificuldades e limitações umas com as outras 
nos primeiros anos da educação básica. Assim, o projeto utiliza como meio de 
resolução desse problema, a construção de brinquedos e brincadeiras, com o intuito 
de propiciar o relacionamento interpessoal, trabalhar o coletivo, melhorando a 
interação e a comunicação dos alunos. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Problema; Aprendizagem; Interação; Brincadeiras; Brinquedos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEGURA, Bárbara Cristina; SILVA, Elizangela Carla de Lima; BORDINO, Luana 
Cristiano; PALOTA, Maria José Negri; LUCHETI, Rosimeire Aparecida; DA SILVA, 
Tainara Hubach. The lack of interaction and socialization among children: a 
difficulty in the teaching-learning process. 30f. Technical-Scientific Report 
(Licenciatura em Pedagogia) – Universidade Virtual do Estado de São Paulo. 
Adviser Tutor: Carlos Cesar Pereira. Polo: Itajobi, 2020. 
 
 
ABSTRACT 
 
 
The report is the result of the discipline “Project Integrator for Pedagogy III” from the 
fourth semester of the UNIVESP pedagogy course. For its development we look for an 
Elementary School I, as well as we choose a room, in order to identify a learning 
problem, from a conversation with the teacher, through platforms like Google Meet 
and whatsApp, due to the closing of schools in the period due to the Covid-19 
pandemic. Based on the discussion with the teacher of the first year of elementary 
school, from the school “E.M.E.F. José Cardoso de Matos ”, located in the district of 
Nova Cardoso - SP, we found that the room has a learning disability caused by the 
lack of interaction among children who are not in the habit of working in groups, 
interacting helping each other, and relate well. Most do not socialize easily, also 
hindering the development of spontaneity and the construction of personal, social and 
cultural identity. Our research problem refers to the student's learning difficulties as a 
consequence of the lack of interaction and socialization. It is concluded that this is a 
reality for many children today who grow up in the middle of information technologies 
and exchange children's games for electronic devices, however, we believe that, for 
an effective learning in its full development, every child needs to share experience, as 
well as their difficulties and limitations with each other in the early years of basic 
education. Thus, the project uses toys and games as a means of solving this problem, 
in order to provide interpersonal relationships, work together, improving students' 
interaction and communication. 
 
KEYWORDS: Problem; Learning; Interaction; Play; Toys. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................5 
1.1 Problema e objetivos.............................................................................................. 7 
1.2 Justificativa..............................................................................................................8 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................11 
2.1 Aplicação das disciplinas estudadas no projeto integrador…….……………...…..17 
3. MATERIAL E MÉTODOS EMPREGADOS............................................................20 
4. RESULTADOS........................................................................................................22 
4.1 Protótipo Inicial..................................................................................................... 24 
4.2 Protótipo Final.......................................................................................................25 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................27 
REFERÊNCIAS.......................................................................................................... 28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit#heading=h.gjdgxs
https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit#heading=h.30j0zll
https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit#heading=h.1fob9te
https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit#heading=h.3znysh7
https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit#heading=h.3znysh7
https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit#heading=h.2et92p0
https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit#heading=h.tyjcwt
https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit#heading=h.3rdcrjn
https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit#heading=h.1pxezwc
https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit#heading=h.1pxezwc5 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O tema do projeto é “Construindo brinquedos e brincadeiras”. Foi 
desenvolvido na disciplina “Projeto Integrador III”. É um tema de relevância porque, 
conforme aprendemos até o momento, na infância tanto na pré-escola quanto nos 
anos iniciais do Ensino Fundamental, o processo de aprendizagem é essencialmente 
lúdico. A criança aprende brincando; por este motivo, esse trabalho se reveste de 
muita seriedade; através do brincar, a criança vai se descobrindo, assumindo sua 
realidade, sua linguagem, seus usos e costumes, seu meio social e enfim, brincando, 
ela inicia o processo de socialização e se comunicando elas se inserem em um 
contexto social. 
É importante que a escola seja organizada de forma a incentivar a 
imaginação e as brincadeiras; as professoras precisam se colocar também como 
organizadoras de um ambiente rico para isso. No ambiente escolar, o jogo, o 
brinquedo e a brincadeira, que dão suporte para as atividades lúdicas, são 
compreendidos como educativos na medida em que as situações lúdicas são 
intencionalmente criadas pelo adulto para trazer ao processo de ensino-
aprendizagem condições para maximizar a construção do conhecimento. Segundo 
Gilles Brougére (2001), professor de Ciências da Educação da Universidade de 
Paris: 
 
A brincadeira, supõe contexto social e cultural, sendo um processo 
de relações interindividuais, de cultura. Mediante o ato de brincar, 
a criança explora o mundo e suas possibilidades, e se insere nele, 
de maneira espontânea e divertida, desenvolvendo assim suas 
capacidades cognitivas, motoras e afetivas (BROUGÉRE, 2001, p. 
64). 
 
A partir do tema, a investigação aconteceu na escola EMEIF José Cardoso 
de Mattos, localizada em Nova Cardoso, na Rua Bandeirantes n° 5, município de 
Itajobi, sendo uma escola municipal. A instituição escolar contem uma quadra 
coberta, um parquinho, um refeitório, banheiro masculino e feminino, banheiro 
separado para professor, possui também uma sala de reuniões, uma secretaria, a 
sala de direção, e várias salas com turmas desde o maternal até o 9° Ano; possui 
6 
 
 
uma sala de computação, porém a mesma se encontra inutilizada, pois as máquinas 
estão em manutenção; conta também com uma sala de multimídia e lousa digital, 
retro projetor, possui um laboratório de robótica, no qual as aulas são oferecidas no 
contra turno aos alunos e uma biblioteca. A escola trabalha com material apostilado 
do Sistema de Ensino Aprende Brasil e o projeto político pedagógico é quadrienal, ou 
seja, a cada quatro anos. 
 O diálogo aconteceu via aplicativos Google Meet e WhatsApp com o 
professor Fernando Becker, da sala do primeiro ano do Ensino Fundamental I, 
formado em Pedagogia. A sala contém 20 alunos, com idade média de 6 a 7 anos. 
Uma sala descrita como grande com carteiras enfileiradas, com cartazes contendo 
alfabetos, numerais, calendário, e também um cartaz com nome do aniversariante do 
mês. 
Por meio das conversas virtuais com o professor e com a direção, devido ao 
contexto de fechamento das escolas no período para a contenção da pandemia do 
Covid-19, definimos o problema: A dificuldade de aprendizagem do aluno como 
consequência da falta de interação e socialização. Uma vez que identificamos que os 
alunos não costumavam a trabalhar muito bem em grupo e tinham dificuldade de se 
relacionar com os diferentes colegas. Alguns alunos tinham mais dificuldades em 
acompanhar as disciplinas e não havia a interação desses alunos para a 
aprendizagem, quando solicitado formavam sempre as mesmas duplas, os mesmos 
trios e assim por diante, divididos entre os mais indisciplinados, os mais estudiosos 
ou os mais calados. Não ocorre a partilha dos saberes e das experiências, o que 
dificulta a aprendizagem à medida que não estimula o pensamento e o 
desenvolvimento da criança. 
Muito se tem discutido em relação ao universo infantil, o qual faz parte do 
nosso cotidiano. Diante das situações com as quais nos deparamos neste cotidiano e 
cientes de que a educação envolve o cuidar e o educar, levando em conta que 
ambos, são indissociáveis. Assim tendo como objetivo promover a educação integral 
da criança, em que esse projeto precisa ser feito de forma significativa, preparando-a 
para a nossa formação como ser humano, e as próximas etapas do processo 
educacional. Diante disso, decidimos buscar embasamentos teóricos que nos 
7 
 
 
levassem a compreender melhor o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças, 
em seus aspectos físicos, motor, social e intelectual. 
Analisar quais aspectos das brincadeiras, contribuem para a aprendizagem 
na educação, como recurso pedagógico utilizado pelos professores, considerando a 
criança como um sujeito ativo e reflexivo no processo de aprendizagem; e por fim 
identificar quais caminhos é percorrido pela criança neste processo. Por isso 
compreendemos que, o professor deve ser brincante, artista além de estar atento às 
demandas e especificidades das crianças, em um contexto diverso de interações e 
brincadeiras e ter clareza ao planejar o cotidiano das crianças garantindo as 
linguagens lúdicas e expressivas, produção e desenvolvimento da interação e do 
trabalho coletivo, para até além do ambiente escolar. Assim, por fim, as brincadeiras 
e a construção dos brinquedos possibilitam o desenvolvimento da inteligência e dão 
oportunidades para as crianças explorarem suas habilidades; explorando o mundo da 
fantasia e à criatividade, além de estimular suas habilidades cognitivas e 
socioemocionais, o que é meio caminho andado sobre as dificuldades de 
aprendizagem na educação. 
A solução consiste em uma seleção de brincadeiras interativas a partir da 
construção de brinquedos utilizando materiais como jornais, meias, fitas, tampas de 
garrafas pets e palitos. Assim, se entretém e se aproximam as crianças trabalhando 
a interação por meio do reforçamento do coletivo nas brincadeiras, com a descoberta 
e a criação de novas possibilidades de brinquedos, resgatando ainda brinquedos da 
tradição popular. 
 
1.1 Problema e objetivos 
 
Problema: 
 
A dificuldade de aprendizagem do aluno como consequência da falta de 
interação e socialização. 
 
Objetivo geral: 
 
8 
 
 
Identificar um problema ou dificuldade de aprendizagem para a sua 
resolução, por intermédio da utilização e da construção de brinquedos e brincadeiras. 
 
Objetivos específicos: 
 
● Construir brinquedos e brincadeiras no Ensino Fundamental; 
● Trabalhar o coletivo na escola; 
● Criar regras para melhorar a colaboração entre alunos e concentração na 
sala de aula; 
● Pesquisar a fundamentação teórica e metodológica do projeto; 
● Encontrar uma solução para o problema utilizando como proposta didática 
as brincadeiras e, consequentemente, a socialização infantil. 
 
1.2 Justificativa 
 
A investigação do nosso problema, referente à “dificuldade de aprendizagem 
do aluno como consequência da falta de interação e socialização”, traz uma 
contribuição muito grande, pois as consequências dessa falta de relacionamento 
interpessoal na sala de aula são muitas no que tange não só a aprendizagem como a 
vida pessoal. Como, por exemplo, a dificuldade de expressão em público, de trabalho 
em equipe, de troca de conhecimento, de desenvolvimento social e pessoal, assim 
como a timidez ou a necessidade de atenção associada à hiperatividade. 
A falta de trabalho coletivo e de relacionamento interpessoal causa um 
problema de aprendizagem porque faz com que os alunos sejam mais introspectivos 
com dificuldade de se comunicarem e se expressarem, até mesmo para dizer quando 
não entenderam a matéria, quando precisam de ajuda do professor ou para dizerem 
e escreverem o que entenderam. Além do mais, é essencial que os alunos aprendam 
a trabalhar bem em grupo e se relacionem com os diferentes colegas; pensando no 
futuro, qualquer profissão necessita que a pessoa saiba trabalhar em equipee tenha 
bom relacionamento interpessoal com os colegas e também a troca das diferentes 
realidades sociais e culturais contribui para a construção da identidade e a formação 
da cidadania. Segundo Mosquera e Stobäus (2004): “Grande parte dos problemas 
9 
 
 
que as pessoas têm provêm de sua própria pessoa ou da relação que estabelece 
com as outras pessoas” (MOSQUERA e STROBÄUS, 2004, p. 92). 
Através de observações e pesquisas baseados nos estudos de Vygotsky e 
Kishimoto ficou evidente que jogos e brincadeiras constituem-se por si só situações 
de aprendizagem na Educação. As regras e a imaginação estimulam a criticidade e a 
criatividade da criança promovendo avanços em seus comportamentos, tanto no que 
diz respeito ao relacionamento com os outros, como também quanto às questões que 
envolvem a desinibição, oralidade, psicomotricidade, entre outros. 
Levando em consideração a área de estudo do desenvolvimento infantil, 
encontramos na teoria de Vygotsky fundamentos para discutir o imaginário infantil; a 
criança quando brinca ela cria personagens do seu meio social, fantasiando suas 
realidades e tornando possíveis seus desejos e sonhos. Vygotsky (2007) ressalta a 
importância da compreensão do caráter das necessidades que são vetadas na ação 
do brincar para entendermos o brinquedo como uma forma de atividade. Para ele, 
 
Se ignorarmos as necessidades da criança e os incentivos que são 
eficazes para colocá-la em ação, nunca seremos capazes de 
entender seu avanço de um estágio do desenvolvimento para 
outro, porque todo avanço está conectado com uma mudança 
acentuada nas motivações, tendências e incentivos (VYGOTSKY, 
2007, p. 108). 
 
 
Portanto, conclui-se que a prática dos jogos e brincadeiras na educação, 
contribui para o processo de aprendizagem das crianças, pois proporciona a 
interação e propicia o desenvolvimento das capacidades afetivas, cognitivas e 
sociais. No momento que a criança brinca, a aprendizagem acontece, construindo o 
conhecimento, dando asas a sua imaginação e se descobrindo como pessoa, 
aprendem, assim, a respeitar regras, discutir, inventar, criar e transformar o mundo 
onde são inseridos. 
Pode-se atribuir ao brinquedo uma função lúdica e educativa. Enquanto 
função lúdica o brinquedo propicia diversão, prazer e até desprazer; sendo, assim, 
uma ferramenta que contribui para o melhor desenvolvimento das crianças e não 
algo fora do contexto educacional. E como função educativa ensina tudo aquilo que 
10 
 
 
complete o indivíduo em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo. 
Os jogos têm diversas origens e culturas, tendo a função de construir e desenvolver 
uma convivência entre as crianças estabelecendo regras, critérios e sentidos 
possibilitando um convívio social e democrático. O jogo está relacionado não só ao 
ato de jogar um jogo, mas ao de envolver-se com o brinquedo, de fantasiar, isso é 
jogar. Dessa maneira, os “jogos são brincadeiras e ao mesmo tempo meios de 
aprendizagem” (PIAGET, 1967, p. 87). 
O uso de brinquedos e jogos que favoreçam uma maior interação entre as 
crianças, permite uma comunicação com outras pessoas, expondo suas angústias e 
alegrias. Brincar é também uma das formas de socialização que se propõe na escola, 
pois assim aprendem a viver em sociedade. 
Vygotsky (1994) foi um dos pioneiros na inclusão dessas ferramentas no 
processo da educação social; para ele enquanto brinca a criança amadurece, quanto 
mais experiência, maior será o material disponível para sua imaginação. Segundo o 
autor, a aprendizagem precede o desenvolvimento infantil, a criança sempre está 
aprendendo construindo seu conhecimento antes mesmo de desenvolver suas 
capacidades e habilidades. Segundo Vygotsky (1994): 
 
A brincadeira tem um papel fundamental no desenvolvimento do 
próprio pensamento da criança. É por meio dela que a criança 
aprende a operar com o significado das coisas e dá um passo 
importante em direção ao pensamento conceitual que se baseia 
nos significados das coisas e não nos objetos. A criança não 
realiza a transformação de significados de uma hora pra outra 
(VYGOTSKY, 1994, p. 54). 
 
 
Assim, qualquer brinquedo é material de aprendizagem, desde que 
proporcione à criança oportunidades reais de trabalho físico ou mental, se valendo 
de: papelão, uma caixa, garrafas plásticas, lápis de cor, uma coleção de objetos, uma 
corda, uma peteca e até mesmo sucata. É brincando que a criança penetra e 
interioriza o mundo adulto, constitui um confronto com o meio ambiente, em nível de 
pré-realidade, e enquanto brinca ela aprende. 
Por isso a importância de promover situações lúdicas que busquem articular 
os saberes das crianças com os conhecimentos que foram construídos social e 
11 
 
 
culturalmente pela sociedade, num processo de interação e trocas no grupo, 
resultando novas significações. Fortuna (2012) ressalta que: 
 
A experiência da brincadeira permite às crianças decidir sobre os 
papéis a serem representados, atribuir significados diferentes aos 
objetos, transformando-os em brinquedos, levantar hipóteses, 
resolver problemas, pensar, sentir sobre seu mundo e o mundo 
mais amplo ao qual não teriam acesso no seu cotidiano 
(FORTUNA, 2012, p. 67-68). 
 
Através das brincadeiras a criança busca informações, assume sua 
realidade, seu meio social, sua linguagem e costumes, estabelece coordenações, 
organiza suas ideias; enfim esta criança tem a oportunidade de se desenvolver, a 
cuidar do próprio corpo; adotar hábitos saudáveis que promovem uma interação da 
criança com a natureza, como brincadeiras ao ar livre, sendo acompanhadas por 
professores mediadores na construção de conhecimentos e valores. 
Assim, se constrói a nossa solução, a partir desses princípios da brincadeira 
com a construção de brinquedos da tradição popular como a bola de meia, a bolinha 
de salão e o pé de lata. A criança tem liberdade de criação, de exploração do meio, 
trabalho em equipe com total interação com o grupo de uma forma divertida e natural. 
As crianças pensam no objeto, imaginam, tentam, seguem o comando para 
construção de forma livre e espontânea, confeccionam seus próprios brinquedos. 
Portanto, a relevância desse tipo de atividade no ensino é enorme à medida que 
estimula as crianças em todos os seus aspectos, físico, social, cultural, afetivo, 
emocional e cognitivo, ou seja, todos os campos de experiência e não só no do 
problema estudado, mas pautado nele que serve como pilar para o desenvolvimento 
integral da criança. 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
No decorrer deste estudo foi possível uma melhor compreensão das 
possíveis causas e consequências sobre as dificuldades de interação e socialização 
nos anos iniciais do Ensino Fundamental com o grande desafio de encontrar um 
recurso de relevância, para comunicação de informações de ensino-aprendizagem 
12 
 
 
aliado na transmissão de conhecimento para o desenvolvimento integral das 
crianças. Nessa perspectiva essa pesquisa pretende identificar aspectos que 
contribuem no processo de interação e socialização das crianças, apresentando uma 
proposta didática voltada para os brinquedos e brincadeiras. 
Considerando-se acentuado o tema buscamos encontrar aspectos que 
ampliem os conhecimentos do professor dos anos iniciais do ensino fundamental, por 
meio de autores que têm embasamento teórico necessário para a abordagem sobre 
o desenvolvimento integral no Ensino Fundamental. O projeto de pesquisa será 
baseado em referências e bibliografias on-line, entrevista com corpo docente, sobre o 
tema, via aplicativos Whatsapp e Google Meet, devido à pandemia do Covid-19, com 
orientação da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP). 
Como procedimento metodológico, em função dos objetivos, será idealizada 
também uma pesquisa exploratória. As pesquisas exploratórias, segundo Gil (1995), 
são desenvolvidas com objetivo de promover uma visão geral, detipo aproximativo, 
sobre determinado fato (GIL, 1995, p. 113). Para o desenvolvimento desta pesquisa, 
iremos retirar informações das publicações já existentes, contribuindo com a 
conclusão desta pesquisa. 
A fim de aprofundar os estudos relativos aos brinquedos e brincadeiras e sua 
relação com o processo de alfabetização, interação e socialização das crianças, 
buscou-se os referenciais teóricos de Vygotsky (1984, 1994 e1998) e Kishimoto 
(1993), os quais têm em comum o estudo sobre a importância dos brinquedos e 
brincadeiras nos anos iniciais do Ensino Fundamental. 
Quanto ao desenvolvimento da interação da criança muitas vezes acontece, 
por meio do brinquedo e das brincadeiras, principiada na vida da criança, desde seus 
contatos iniciais, e potencializada com a obtenção da alfabetização. Posto que a 
socialização das crianças se desenvolve nas interações da criança com o seu meio, 
podemos citar a família, os meios de comunicação, pessoas do seu convívio, 
professores e a escola. 
Para fundamentar a pesquisa e a análise dos dados utilizou-se, basicamente, 
os estudos de Vygotsky (1984,1994 e1998) e Kishimoto (1993). Entende-se que os 
jogos e brincadeiras constituem-se por si só situações de aprendizagem. As regras e 
13 
 
 
a imaginação estimulam a criticidade e criatividade da criança promovendo avanços 
em seus comportamentos, tanto no que diz respeito ao relacionamento com os 
demais como também quanto às questões que envolvem a desinibição, oralidade, 
psicomotricidade, entre outros. Portanto, as brincadeiras na Educação trazem 
significativas contribuições para a aprendizagem das crianças, pois proporcionam a 
interação e propiciam o desenvolvimento das capacidades afetivas, cognitivas e 
sociais. 
A constante interação entre o sujeito e o mundo exterior é o processo pelo 
qual se dá o desenvolvimento intelectual humano (PIAGET, 1978, p. 59). Portanto, a 
concepção de alfabetização atualmente compreende a linguagem oral e escrita como 
uma atividade coletiva, realizadora de ações através da interação social e cognitiva. 
Como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) deixa evidente a 
necessidade de trazer o brinquedo e brincadeiras para dentro das escolas, segundo 
a BNCC, as crianças devem desenvolver ao longo do Ensino Fundamental a aptidão 
para: 
Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços 
e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando 
e diversificando seu acesso a produções culturais, seus 
conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas 
experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, 
cognitivas, sociais e relacionais (BNCC, p.38). 
 
A saber, que para garantir esse direito, as brincadeiras são importantes e 
devem estar presentes na rotina da criança no espaço escolar. São as iniciativas das 
crianças que o professor deve pegar e incrementar as aulas, entretanto devem ser 
planejadas. A partir da observação das crianças brincando, o professor pode obter 
materiais que ajudem o desenvolvimento da interação e socialização e 
consequentemente na alfabetização. 
Segundo Papalia (2010): 
 
A princípio as crianças brincam sozinhas, depois ao lado de outras 
crianças, e finalmente juntas”. Quando brinca sozinha, a criança 
também desenvolve algumas habilidades importantes, e isso não 
significa por si só uma dificuldade de relacionamento, podendo ser 
14 
 
 
uma preferência momentânea por uma atividade que não seja 
compartilhada com outros, podendo demonstrar até mesmo 
maturidade e independência (PAPALIA, 2010, p. 292). 
 
Mas vemos ainda em Papalia (2010), que: 
 
Em contrapartida, os brinquedos solitários em algumas crianças, 
podem ser um sinal de timidez, ansiedade, medo ou rejeição social 
(PAPALIA, 2010, p. 293). 
 
Contudo, um dos problemas enfrentados pelos professores está relacionado 
à falta de criatividade e autonomia no processo de alfabetização, principalmente, nos 
primeiros anos do ensino fundamental I. E as atuações pedagógicas que são 
realizadas não consideram o desenvolvimento de interação e de socialização, 
possibilitando as crianças criarem momentos de fala, nos quais ambas as partes 
escutem e se expressem. 
Assim a alfabetização com o apoio do brinquedo e das brincadeiras ensina 
as crianças a aprenderem com a interação e a socialização, pois somente assim é 
que pode ocorrer a construção do conhecimento do sujeito. À medida que através do 
brinquedo e das brincadeiras a criança encontra a oportunidade de desenvolvimento 
de maneira prazerosa. Para Kishimoto (2004): 
 
A utilização do jogo potencializa a exploração e a construção do 
conhecimento, por contar com a motivação interna, típica do lúdico, 
mas o trabalho pedagógico requer a oferta de estímulos externos e 
a influência de parceiros bem como a sistematização de conceitos 
em outras situações que não jogos. Ao utilizar, de modo 
metafórico, a forma lúdica (objeto suporte de brincadeira) para 
estimular a construção do conhecimento, o brinquedo educativo 
conquistou um espaço definitivo na educação infantil (KISHIMOTO, 
2004, p. 37). 
 
Conforme esta afirmativa, Kishimoto (2004) nos diz que o brinquedo e as 
brincadeiras permitem que a criança desenvolva competências tais como a atenção, 
a imitação, além de favorecer a socialização, por meio da interação, dos papéis 
sociais e resgatando o direito da criança para a brincadeira. Afinal, os brinquedos e 
as brincadeiras desenvolvem competências físicas, mentais e emocionais, fatores 
https://psicologado.com.br/temas/ansiedade
https://psicologado.com.br/atuacao/psicologia-clinica/uma-abordagem-psicologica-sobre-o-medo
15 
 
 
estes tão importantes no momento da alfabetização. Brincando a criança está 
desenvolvendo sua linguagem oral seu pensamento associativo, suas desenvolturas 
auditivas e sociais, edificando opiniões de espaço e se apropriando de relações de 
amparo e aprovação, seriação, capacidades visualizar o ambiente e muitos outros. 
A escolha dos brinquedos e das brincadeiras está ligada às exigências do 
desenvolvimento físico, intelectual, emocional e social das crianças. Uma criança que 
vem de casa com problemas de ajustamento e insegurança é capaz de encontrar nos 
brinquedos e brincadeiras, interagindo e socializando, um bom meio para satisfação 
de suas necessidades emocionais. A criança tímida adquire maior confiança em si e 
a agressiva vai, aos poucos, se modificando, propiciando uma alfabetização favorável 
e prazerosa. 
Logo o brinquedo como atividade escolar é uma forma de lazer e de 
aprendizagem. O aluno aprende bem mais em brincadeiras com o grupo do que em 
muitas folhas de atividades. Ele precisa brincar para crescer. 
A interação social entre colegas favorece a construção de lógicas e 
de valores sociais e morais entre as crianças. Os sentimentos de 
alegria, tristeza, festa, e carinho devem ser manifestados pelas 
crianças e estimulados pelo professor (BOMTEMPO, 2003, p. 135). 
 
Mesmo sendo único para cada criança, observamos que o processo de 
alfabetização é bastante variável podendo ser visto de forma qualitativa ou 
quantitativa a partir de todas as aprendizagens já adquiridas. Por outro lado, Piaget 
(1973), verificou que o desenvolvimento humano ocorre através de estágios ou fases 
em uma mesma ordem, ocorrendo de maneira sucessiva. Piaget destaca que a 
criança é participante ativa em todo o seu desenvolvimento e alfabetização. Portanto, 
é necessário que haja interação e socialização no qual a criança está inserida para 
assim haver o desenvolvimento de suas estruturas mentais. Por isso é evidente que 
para Piaget o desenvolvimento no processo de alfabetização está ligado à 
convivência e relação da criança com o meio onde vive, os hábitos e os costumes 
que caracterizam sua cultura (PIAGET, 1973, p. 158). 
Partindo dessas hipóteses, é possível observar que para o professor o 
brinquedo ou o simples ato de brincar, é um momento diferenciadopermitindo a 
16 
 
 
observação das crianças de uma maneira singular, através da brincadeira, 
possibilitando perceber ações e atitudes que demonstrem prazeres, frustrações, 
desejos, enfim, aspectos que possam favorecer o processo de alfabetização nos 
anos iniciais do Ensino Fundamental. 
Ou seja, os brinquedos e as brincadeiras são ferramentas eficientes para um 
melhor desenvolvimento no processo de alfabetização e uma boa fixação dos 
conteúdos. Podendo ser utilizados para promover a interação e a participação das 
crianças, possibilitando os diálogos, a tomada de decisão em consenso, e a 
descoberta do trabalho coletivo. O brinquedo e as brincadeiras ajudam as crianças 
de várias maneiras, desenvolvem a sua capacidade de, não só resolver problemas, 
mas também encontrar várias maneiras para isso. Para a criança o brinquedo e as 
brincadeiras são uma abertura à fantasia, ao imaginário, é também uma atividade 
importante na construção e desenvolvimento da personalidade, na interação com 
outras pessoas, facilitando assim o processo de alfabetização. As finalidades das 
brincadeiras passam a ser compreendidas com um jeito mais agradável de ensinar 
as aulas, pois os alunos podem demonstrar suas personalidades, gostos, exercer sua 
iniciativa, responsabilidade e assim desenvolver um aprendizado significativo. 
Diante de toda essa pesquisa foi discutido a importância das brincadeiras e 
dos brinquedos como uma forma lúdica de ensino e como esse método contribui 
eficazmente para a alfabetização, e assim pudemos expor argumentos e abrir 
caminhos para se discutir esses métodos de ensino e entender como é importante 
pensar em alternativas metodológicas para a realização de ações pedagógicas 
inovadoras, aliando ao ensino o brinquedo e as brincadeiras nos Ensino Fundamental 
dentro das didáticas é uma ferramenta que completa essas alternativas 
metodológicas de ensino inovador. 
De um modo geral o lúdico é um método que contribui em meio a todo 
processo de alfabetização da criança, bem como as dificuldades que possam existir 
nesse percurso, uma vez que desperta prazerosamente o interesse pela busca de 
saber, gerando assim um interesse maior pela aprendizagem. 
 Portanto, é nas relações com o outro que os objetos tomam um sentido 
emocional e determinam a qualidade desse objeto internalizado, supondo que 
os processos de internalização envolvem falta de interação e socialização entre as 
17 
 
 
crianças. De maneira que a linguagem oral, o contato físico e a proximidade são 
elementos inseparáveis, um leva ao outro e todos aludem à socialização um maior 
significado no processo ensino-aprendizagem (TASSONI, 2010). 
 Contudo precisa-se lutar por uma educação que apresente uma programação 
de estudos com a atenção voltada para as relações de significados do que para a 
acumulação de conhecimento, provocando no aluno a produção de sentidos e 
significados. 
 Para Freire (1996, p. 46), o professor deve propiciar o meio apropriado para 
que os alunos em suas interações busquem tomar - se como ser social, como ser 
pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos, capaz de amar 
e, nesse sentido, a construção dos brinquedos é um recurso precioso. O brinquedo 
na educação dá ao aluno o motivo de interagir, de ter acesso a um grupo. Momento 
esse em que ocorre o desenvolvimento de cada um e do grupo, fundamentado nas 
diferenças. A atividade com o apoio dos brinquedos e das brincadeiras ensina aos 
alunos a aprenderem com a diversidade, pois somente assim é que pode ocorrer a 
construção do conhecimento do sujeito. Nos dias atuais, vive-se uma época de 
comunicação ostensiva, extensiva e impulsiva e a construção dos brinquedos 
desenvolve nos alunos a expressividade. 
 Portanto, através das brincadeiras e dos brinquedos construídos 
vivenciados constantemente, aumenta a motivação dos alunos tornando a 
aprendizagem mais dinâmica, significativa, prática e atrativa, juntando conteúdos e 
conceitos para a compreensão da realidade. 
 
 2.1. Aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador 
 
Quanto à contribuição para esse projeto integrador, a integração entre as 
disciplinas, Psicologia do Desenvolvimento, Avaliação da Aprendizagem, 
Alfabetização e Letramento entre outras disciplinas ou produções acadêmicas deste 
curso, em que se exija complemento teórico - científico para que possamos 
compreender os desafios da alfabetização na atualidade. Graças à disciplina de 
Psicologia da Educação que reflete a respeito do saber psicológico que acompanha o 
processo pedagógico, voltando-se para os aspectos que promovem a aprendizagem, 
por meio de autores que propiciem embasamento teórico necessário para a 
18 
 
 
abordagem da ludicidade, como é o caso de Vygotsky nos dizendo que sentimentos 
negativos e positivos influenciam nosso comportamento; Freire nos diz que o 
professor deve propiciar o meio apropriado para que os alunos em suas relações 
intrapessoais e interpessoais busquem tomar-se como ser social, como ser pensante, 
comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos, capaz de amar, e, nesse 
sentido, as brincadeiras são um recurso precioso; Em relação disciplina de 
Alfabetização e Letramento busca-se a reflexão sobre as práticas de leitura e escrita 
na sociedade de cultura escrita e sobre as formas de formas de ensiná-las, trazendo 
um convite a pensar sobre a língua oral e escrita e os sentidos que ela tem em 
nossas vidas, incentivando a sonhar com uma sociedade em que todos possam ler, 
trabalhar e, acima de tudo, viver com qualidade. 
Por conseguinte, como requisição das novas Leis de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional a disciplina de arte e música na educação passa a fazer parte da 
grade curricular nos diversos níveis da educação básica, com o propósito de preparar 
a criança para aprender essa disciplina, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 
focalizando a concepção de que a arte deve ser tratada como conhecimento. Desse 
modo procuramos destacar a importância da disciplina de arte e música na educação 
como parte eficaz desse projeto não somente porque permite ampliar as 
competências para alfabetização no ensino fundamental, mas porque coloca a 
criança diante da criação, da sensível, da representação, da interação, socialização e 
de suas próprias experiências emocionais na criação do brinquedo. 
Portanto, destacamos a importância de se fazer arte no Ensino Fundamental 
e de tê-la como importante auxiliar no processo de alfabetização, interação e 
socialização nos diferentes níveis de formação. Em seguida, Avaliação Educacional e 
da Aprendizagem, com o intuito de encontrar eixos mais eficientes na forma de 
avaliar a aprendizagem dos alunos, contribuindo e assim, para novos métodos de 
avaliação aos professores em sala de aula, segundo o autor Méndez Alvarez (2002): 
a avaliação da aprendizagem deve ser uma prática cotidiana, ou seja, contínua, onde 
o professor saiba avaliar criteriosamente todas as evoluções dos alunos, bem como 
as dificuldades encontradas. 
No entanto, é preciso ter em mente que outros recursos como os brinquedos 
e as brincadeiras, também podem se constituir em excelentes ferramentas 
19 
 
 
pedagógicas que auxiliam o professor e o aluno no processo de alfabetização, aqui 
contamos com os saberes de Silviane Barbato (2008) que ressalta que a criança na 
fase de alfabetização é ativa e assim sendo implica uma relação com o ambiente que 
depende do aumento da memória, da atenção, do raciocínio, da percepção, da 
linguagem oral e escrita e do pensamento, da emoção e do sentimento, do 
movimento (BARBATO, 2008, p. 31). 
 Analisando as brincadeiras como uma repetição da vida real pelas crianças, 
Brougère (1998 p. 18) observa que “a brincadeira é considerado como uma atividade 
que imita ou simula uma parte do real; depois, chega-se a pensarque o próprio real 
deve ser compreendido a partir da ideia que se faz de brincadeira”. Ponderando este 
pensamento, comprovamos que a brincadeira está adjunta ao social da criança. 
Brincando como se estivesse inserida na sociedade, mesmo tendo, nessa idade, 
apenas rotina escolar. Logo, a importância dos brinquedos e brincadeiras nas 
atividades escolares. É um desenvolvimento intelectual, afetivo e social. 
Assim, os autores baseados em novos paradigmas educacionais, propõem 
os brinquedos e as brincadeiras como uma alternativa/tentativa de melhorar a 
aprendizagem, a alfabetização, o convívio social, amenizar a violência, superar o 
egocentrismo da criança, e atender a função de formação humana que a escola tem 
nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Essas disciplinas expandem nossa visão 
de mundo, nos afastar do senso comum, e nos direcionando para uma nova 
significação de opiniões, onde teoria e prática são aproximadas novamente por meio 
da pesquisa, onde nossas esperanças e cogitações se cruzam, se complementam, 
procedendo numa cultura acadêmica. Dessa forma, essas disciplinas nos ajudarão a 
compreender o contexto educacional dos anos iniciais do Ensino Fundamental na 
época presente e atuar de forma mais aberta e consciente no aprendizado 
pedagógico, por meio de soluções para os problemas no diário escolar, contribuindo 
para nossa formação de educadores e cidadãos críticos. 
Contudo, o grande desafio do Ensino Fundamental nos anos iniciais e de 
seus profissionais é compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular das 
crianças serem e estarem no mundo; as Leis de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional; sociedade e educação; globalização, tecnologia, inclusão, que resultou na 
elaboração desse objeto de estudo onde os Parâmetros Curriculares Nacionais 
(PCN) consideram que as brincadeiras podem ser uma forma particularmente 
20 
 
 
interessante para proposição de problemas. Permitem que estes sejam expostos de 
modo mais atrativo. 
 
3. MATERIAL E MÉTODOS EMPREGADOS 
Considerando-se importante o tema abordado buscamos encontrar aspectos 
que expandem os conhecimentos e entendimentos do professor do Ensino 
Fundamental e para uma melhor compreensão da problemática da escola, a 
metodologia desse projeto é a de pesquisa científica com estudo de caso de natureza 
exploratória, pesquisa bibliográfica e pesquisa ação, também utilizado como coleta 
de dados o diálogo com o professor dos alunos em sala de aula do 1° ano do Ensino 
Fundamental da escola “EMEF José Cardoso de Mattos” localizada em Nova 
Cardoso, município de Itajobi, SP, e formulado um questionário/entrevista com a 
professora e direção da escola, buscando um maior entendimento da problemática 
da escola, as formas de trabalho educacional e entender melhor a rotina dos alunos. 
Tudo online, por orientação da Universidade, para contenção da pandemia do Covid-
19. 
A pesquisa sendo exploratória, proporcionou através dessas observações 
vermos a necessidade de o aluno interagir e se socializar, pois o aluno aprende por 
meio das semelhanças e interações sociais, sendo capaz de aprender qualquer 
contexto em qualquer estágio de sua vida. Os quais colaboraram para o seu avanço 
no processo de alfabetização. Através do estímulo da criatividade das crianças, que 
irão aprender brincando, superando as diversidades e melhorando sua socialização 
com seus companheiros, assim o problema foi identificado na sala do 1º Ano do 
Ensino Fundamental: A dificuldade de aprendizagem do aluno como consequência 
da falta de interação e socialização. 
Nessa perspectiva essa pesquisa propõe identificar aspectos dos brinquedos 
e das brincadeiras que cooperam no processo de interação e socialização entre os 
alunos. Assim nesse sentido a perspectiva trata o brinquedo e as brincadeiras como 
uma perspectiva pedagógica em aceitação com os referencias e direção 
metodológica do trabalho educador no Ensino Fundamental. A saber que a pesquisa 
será embasada nas teorias de Piaget, Vygotsky e contribuições de Kishimoto, Brasil 
21 
 
 
entre outros, pensando em uma proposta didática voltada para as brincadeiras e 
socialização das crianças. 
A socialização se compõe a partir da interação com seus iguais por meio da 
linguagem oral e escrita. Desta forma ao empregar a linguagem oral e escrita, não 
apenas dizer o que pensa, mas também interagir com as pessoas, apontando 
entusiasmos, algumas atitudes ou desempenhos. Esse contato entre o aluno e o 
grupo acaba por resultar em conhecimentos e em uma aprendizagem significativa 
para todos. Assim sendo, educação e interação se tramam, sendo que a 
comunicação entre professor e aluno acontece por intermédio da linguagem oral e 
escrita, promovendo a interação e socialização. 
De modo que a proposta procura trazer mudanças significativas, priorizando 
o desenvolvimento coletivo, em busca de um meio tecnológico que possa auxiliar na 
resolução desse problema. Segundo Piaget, na sua contribuição estabeleceu que a 
aprendizagem afetiva e principalmente o trabalho coletivo, está diretamente ligado ao 
desenvolvimento da criança com o mundo, especialmente no âmbito pedagógico, 
onde trata a relação de socialização da criança (PIAGET, 1957). 
Contudo, um dos principais alvos desse trabalho é a cogitação e a discussão 
da importância do lúdico no ambiente escolar, tendo como objetivo chamar a atenção 
para a discussão da importância dos jogos e brincadeiras, no processo de 
alfabetização e desenvolvimento da criança, e a importância do brincar nos anos 
iniciais do Ensino Fundamental, onde podemos apontar a ludicidade como uma 
abertura para uma aprendizagem ativa, nesse trabalho comprovamos que o emprego 
de artifícios metodológicos que envolvem brincadeiras e brinquedos, tem grande 
contribuição para o processo de alfabetização, facilitando melhor a assimilação entre 
as crianças, contribuindo também na concepção de caráteres sociais como 
cooperação, socialização, respeito mútuo, interação e personalidade, que favorecem 
no processo de desenvolvimento do aluno. 
 
Ao brincar, a criança experimenta o poder de explorar o mundo dos 
objetos, das pessoas, da natureza e da cultura, para compreendê-
lo e expressá-lo por meio de variadas linguagens. Mas é no plano 
da imaginação que o brincar se destaca pela mobilização dos 
significados (KISHIMOTO, 2010, p. 1). 
22 
 
 
 
 
Portanto, considerando importante o tema e o problema apontados e 
escolhidos para esse projeto, as informações irão considerar e promover um 
alargamento no conhecimento sobre o assunto abordado. Principalmente, com dados 
significativos e concretos, os quais apontam a confiança e respostas às perguntas 
para o início deste projeto. Ou seja, pretendemos analisar os teóricos e observar a 
prática para alcançar os objetivos aqui apresentados. 
 Por isso os elementos mais significativos observados foram registrados. 
Diante dos dados coletados, estabeleceu-se a presente pesquisa buscando analisá-
los a luz do referencial teórico e das compreensões já expressas sobre a importância 
dos brinquedos e brincadeiras na construção das aprendizagens dos alunos. 
 Analisamos os aspectos dos brinquedos e brincadeiras que contribuíram para 
a aprendizagem, como recurso pedagógico utilizado pelos professores dos anos 
iniciais do ensino fundamental, considerando a criança como um sujeito ativo e 
reflexivo no processo de alfabetização das crianças; e por fim pudermos identificar 
quais caminhos é percorrido pela criança neste processo. 
 A partir de uma boa pesquisa exploratória é possível garantir um bom 
trabalho buscando atingir o objetivo de finalizar os estudos e refletir sobre as 
dificuldades. 
 Para concluir, o professor dos anos iniciais do ensino fundamental deve ser 
brincante, artista além de estar atento às ações específicas dos alunos, em um 
conjunto de interaçõescom brinquedos e brincadeiras, e ter clareza ao delinear o dia-
a-dia dos alunos avalizando as linguagens artísticas e expressivas, produção e 
movimento das culturas infantis, para que vão além do ambiente escolar. De modo 
que no livro "Brinquedos do chão", o pesquisador Gandhy Piorski diz que "a infância 
está no porão do olhar cultural" (2016, p. 56). Nos fazendo refletir voltar a colocar a 
infância em um lugar de importância. Para isso, devemos entender o valor do 
brinquedo e da brincadeira. 
 
4. RESULTADOS 
 
23 
 
 
Partimos da hipótese de que os alunos aprendem com as relações e 
interações sociais, sendo capaz de assimilar qualquer assunto em qualquer idade de 
sua vida, contribuindo para o seu desenvolvimento, físico, social, motor e cognitivo. 
Nessa perspectiva essa pesquisa identifica aspectos das construções de 
brinquedos e brincadeiras que contribuem no processo de desenvolvimento e 
aprendizagem das crianças, de forma lúdica. Assim a perspectiva nesse sentido trata 
o lúdico na forma de brincadeiras como uma possibilidade pedagógica em aceitação 
com os referencias e orientação metodológica do trabalho do educador no Ensino 
Fundamental. 
A criança toma decisões, escolhe o que quer fazer, interage com pessoas, 
expressa o que sabe fazer e mostra, em seus gestos, em um olhar, uma palavra, 
como é capaz de compreender o mundo. Uma das coisas que a criança mais gosta é 
o brincar, que é um dos seus direitos, é uma ação livre, iniciada e conduzida pela 
criança; dá prazer, não exige como condição um produto final; relaxa, envolve, 
ensina regras, linguagens, desenvolve habilidades e introduz a criança no mundo 
imaginário. 
A criança não nasce sabendo brincar, ela precisa aprender, por meio das 
interações com outras crianças e com os adultos. Ela descobre, em contato com 
objetos e brinquedos, certas formas de uso desses materiais. Observando outras 
crianças e as intervenções da professora, ela aprende novas brincadeiras e suas 
regras. Depois que aprende, pode reproduzir ou recriar novas brincadeiras. Assim, 
ela vai garantindo a circulação e preservação da cultura lúdica. 
Nossa solução procurou a construção de brinquedos para brincadeiras da 
tradição popular porque a criança precisa adquirir confiança para brincar com as 
outras e, para começar, nada melhor do que iniciar com brincadeiras conhecidas por 
todas ou um resgate das mesmas. Brincadeiras da tradição, como jogar bola, 
queimada, pega-pega e faz de conta dão prazer quando feitos em grupo. 
A construção dos brinquedos será com materiais simples como jornais, 
meias, palitos de pirulito, cola e latas vazias. Pois a proposta do brincar com sucata 
tem o intuito de trazer a criança para perto da transformação e da criação, propor-lhe 
a participação ativa, o fazer e a vontade de lidar com materiais aos quais ela própria 
24 
 
 
dará a forma, com liberdade e espontaneidade a partir da orientação do professor. A 
sucata e a brincadeira com ela podem ser fonte de transformação e tomada de 
consciência acerca da realidade, pois, como mostra Machado: 
 
Enquanto usa, manipula, pesquisa e descobre um objeto, a criança 
chega às próprias conclusões sobre o mundo em que vive. Quando 
puxa, empilha, amassa, desamassa e dá nova forma, a criança 
transforma, brincando e criando ao mesmo tempo. Poder 
transformar, dar novas formas a materiais como quiser, propicia à 
criança instrumentos para o crescimento saudável, que a 
estimulam a explorar o mundo de dentro e o mundo de fora, dando 
a eles nova forma, no presente e no futuro, a partir de sua 
experiência (MACHADO, 1995, p. 27). 
 
Contudo, cada criança pode utilizar seu acervo de experiências, que serve 
ferramenta para fazer amizades e brincar em conjunto. Para promover o 
relacionamento e a interação entre as crianças, cabe à instituição infantil oferecer 
experiências culturais diversificadas. 
 
4.1 Protótipo Inicial 
 
Nosso protótipo inicial de solução foi planejado via aplicativos Google Meet e 
whatsApp pelas integrantes do grupo, seguindo as orientações da Universidade 
Virtual do Estado de São Paulo, em decorrência da pandemia do Covid-19. 
Pesquisamos o tema das brincadeiras e da construção de brinquedos como descrito 
ao longo do projeto, pautando suas importâncias, principalmente, em referências 
como Vygotsky e Kishimoto que descrevem a importância do lúdico e das 
brincadeiras da educação nos anos iniciais de aprendizagem. A partir de planos de 
aula do portal do professor do Ministério da Educação (MEC), elaboramos uma 
sequência de três brincadeiras com a construção de três objetos diferentes. 
O primeiro brinquedo é uma bola de meia, feita com jornal, uma meia, fita 
crepe ou adesiva. Faça uma bola do tamanho de um melão com jornal. Forme essa 
bola passando a fita adesiva em toda a sua volta, para que a mesma fique bem 
redonda. Coloca-se a bola dentro da meia e lá no fundo, torce-se a meia bem junto 
de onde está a bola umas duas vezes. O resto da meia que sobrar é para virar do 
avesso, passar pela parte torcida, envolvendo de novo a bola dentro da meia. Se der 
25 
 
 
certo, não vai sobrar nenhuma parte da meia pendurada. Tudo vai estar no formato 
da bola. Junte umas folhas de jornal e amasse-as da forma mais redonda possível. 
Depois coloque o jornal amassado dentro de uma meia e de um nó bem firme na 
meia. Na quadra da escola, ou no pátio, dividir os alunos em duas ou mais equipes e 
organizar pequenos jogos de Futsal com cinco minutos de duração para cada jogo ou 
o time que fizer 2 gols antes dos cinco minutos será o vencedor das partidas. 
Também pode ser feita um jogo de queimada com a bola de meia. 
O segundo brinquedo é para fazer bolinhas de sabão, usando copo com 
água e sabão em pó ou detergente, argola de tampa da garrafa pet, palito de pirulito 
ou picolé e cola Araldite. O aluno vai ter que fixar o palito na argola, aplicando a cola 
e deixe secar por cinco minutos. Pronta para brincar, é só mergulhar a argola na 
mistura com sabão e assoprar para formar as bolinhas. 
Por fim, o terceiro brinquedo é o pé de lata feito com duas latas vazias que 
tenham o mesmo tamanho, barbantes, corda fina e prego. O professor precisará 
ajudar a fazer dois furos diametralmente opostos no fundo de uma lata de leite em 
pó, passar um cordão de um metro pelos furos da lata e um nas extremidades com 
um nó bem forte dentro do recipiente. Assim, o aluno coloca a tampa e pode decorar 
com tinta, fazendo o mesmo com a outra lata. Para a brincadeira, os alunos sobem 
nas latas e tentam se equilibrar segurando nas cordas. Além de andar pela escola 
com os pés de lata, eles podem se divertir apostando uma corrida. O barbante ou a 
corda fina pode variar de tamanho de acordo com a altura do aluno, mas deve ficar 
na altura das mãos. 
 
4.2 Protótipo Final 
 
 A solução elaborada para o problema, infelizmente não pode ser aplicada, 
devido às escolas estarem fechadas, até o presente momento, em decorrência da 
pandemia do Covid-19. Seguindo as orientações da Universidade Virtual do Estado 
de São Paulo (UNIVESP), pensamos como seria a aplicação da solução e que 
resultados seriam obtidos. Contudo, conversamos com o professor da sala que se 
disse satisfeito com o planejamento do trabalho e o método, e disse que pretende 
26 
 
 
incrementar em suas aulas, pelo menos uma vez por semana uma atividade como 
está. 
 Uma atividade diferente em forma de brincadeira tende a prender mais a 
atenção dos alunos, fugindo da rotina da sala de aula, por isso, espera-se que fiquem 
agitados e empolgados em sua maioria. A construção manual do brinquedo é 
importante tanto para a aprendizagem, quanto para o envolvimento das crianças na 
brincadeira, porque desperta o interesse de utilizar o objeto construído. A bola de 
meia, as bolinhas de sabão e o pé de lata, são brinquedos da tradição popular que 
não fazem parte da rotina dascrianças atualmente, que em sua maioria passam o dia 
brincando com aparelhos eletrônicos; então vai permitir também esse resgate de 
valores de brinquedos, mostrando que é possível brincar, aprender e se divertir de 
forma simples e criativa. 
 Assim, portanto, com o fim da aula os alunos ficarão mais ativos, desinibidos 
e entrosados, nesse curto espaço de tempo pode haver uma melhora significativa na 
relação entre eles e com a própria escola, concluindo que a escola também é espaço 
de interação, de aprender brincando e se divertindo. Com a aula pode-se observar os 
alunos criativos e talentosos, tanto comunicativos quanto introspectivos e ambos 
precisam de incentivo e de estímulo. A falta relacionamento interpessoal do grupo 
presente no dia-a-dia da sala de aula pouco se mostrará em meio às brincadeiras, a 
união em prol do objetivo em comum do jogo, todos interagindo entre si, tanto 
verbalmente quanto pela expressão corporal. 
 Concluímos, que a socialização ajuda a desenvolver aptidões importantes 
como a colaboração, o trabalho em equipe, e a capacidade de comunicação e 
expressão. De acordo com Vigotsky (1977): 
 
(...) a aprendizagem não é em si mesma desenvolvimento, mas 
uma correta organização da aprendizagem da criança conduz ao 
desenvolvimento mental, ativa todo um grupo de processos de 
desenvolvimento, e esta ativação não poderia produzir-se sem a 
aprendizagem. Por isso, a aprendizagem é um momento 
intrinsecamente necessário e universal para que se desenvolvam 
na criança essas características humanas não naturais, mas 
formadas historicamente (VIGOTSKY, 1977, p. 07). 
 
 Através da socialização, portanto, a criança consegue colocar em prática 
conceitos e aprendizados teóricos, transformando tudo aquilo que ela aprende em 
27 
 
 
crescimento e desenvolvimento próprio. Desse modo, podemos compreender os 
diversos aspectos que envolvem a relação interacional entre as crianças e o 
professor, em contexto escolar, e que a timidez ou a inibição pode ser superado, 
desde que haja um olhar crítico e sensível por parte do professor que acompanha 
seus alunos no dia a dia. Além disso, pudemos compreender que as infâncias são 
múltiplas, com saberes próprios, carregados de personalidade e expressão próprias, 
conforme as publicações das disciplinas envolvidas neste estudo e que são 
necessários estímulos corretos em benefício de seu desenvolvimento integral. 
 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 A partir desse trabalho identificamos uma dificuldade de aprendizagem 
ocasionada pela falta de interação e socialização entre os alunos nas atividades da 
sala de aula. Investigamos várias possibilidades de trabalho e uso da construção de 
brinquedos e brincadeiras na solução desse problema. 
 No decorrer desse projeto compreendemos a importância das brincadeiras 
no processo de ensino-aprendizagem das crianças e como são incluídas essas 
brincadeiras no dia a dia dos alunos, para se obter um aprendizado mais eficaz, com 
a maior participação e interação entre os alunos. Essa pesquisa foi de grande valor 
para expandir os conhecimentos sobre o tema estudado, através dela podemos 
verificar que a equipe pedagógica da escola observada deve utilizar as brincadeiras 
como intercessores de conhecimento, fazendo parte de seu planejamento, não 
utilizando apenas como um passatempo, e sim como ferramenta importante no 
processo de ensino-aprendizagem. 
 A construção de brinquedos e brincadeiras entra como um meio de 
aprendizagem por vários teóricos consultados no decorrer dessa pesquisa como 
Vigotsky, Kishimoto, Piaget, entre outros. O objetivo dessa pesquisa é incentivar as 
crianças a interagir e a se socializar para uma melhor aprendizagem no ambiente 
escolar e fora dele, construindo assim brinquedos e brincadeiras lúdicas favorecendo 
e motivando a criatividade e habilidades, possibilitando novas experiências. 
 Contudo, o grupo espera que esse trabalho busque sanar a problemática e 
despertar nos alunos o gosto pela aprendizagem e enfatizar para o docente a 
28 
 
 
importância dos brinquedos e brincadeiras no processo de alfabetização e na prática 
pedagógica realizando uma intervenção adequada para que as crianças possam ter 
uma aprendizagem efetiva nessa etapa escolar. 
 O uso das brincadeiras é de muita importância, pois fazendo isso se inventa 
a possibilidade de a criança aprender fazendo aquilo que ela mais gosta de fazer, ou 
seja, brincar. De modo que, aprender se torna mais atraente para a criança, e por 
meio de brincadeiras as crianças aprendem regras, aprendem a se relacionar melhor 
com os colegas da classe, desenvolvem-se cognitivamente e afetivamente, obtendo 
grandes avanços na linguagem corporal e verbal. Portanto, além de ser divertido para 
as crianças, é um momento de muito aprendizado também, por isso as brincadeiras 
devem ser planejadas de acordo com a faixa etária das crianças e também tem que 
se pensar na aprendizagem que será proporcionada à criança com determinada 
brincadeira. Por fim, entendemos que o conteúdo apresentado por meio deste projeto 
é muito extenso, porém sua importância é inegável como fato relevante para o 
desenvolvimento Infantil. 
 
 
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