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Enunciado da avaliação 1 Fórum de Discussão [AVA 1]. MEDIDAS PROTECIONISTAS DAS NAÇÕES E O PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO. Olá Turma, A discussão deste fórum irá refletir sobre as medidas protecionistas e o processo de globalização. A globalização promove a integração mundial, processo respaldado por dois grandes fatores: as inovações tecnológicas e o incremento no fluxo comercial mundial. Desta forma, pode-se afirmar que a globalização modificou o cenário internacional. Do ponto de vista financeiro, o capital passou a circular pelo mundo de forma rápida, uma vez que, os investidores tem a possibilidade de alocar os seus recurso na economia, que no momento, for a mais atrativa. A produção passou a ser segregada, como ocorre com as multinacionais que aloca as suas unidades produtivas em outros países. O protecionismo é uma estratégia de proteger a economia nacional da concorrência externa. Com o processo de globalização o protecionismo foi enfraquecido, uma vez que, o comercio internacional ganhou força e passou a ser estimulado, entretanto, ainda existem situações em que ações protecionistas são utilizadas por economias menos favorecidas. Com base no contexto descrito acima, vamos analisar a seguinte questão: de que forma o processo de globalização e as ações protecionistas influenciam na configuração cenário internacional atual? Vamos lá! Estou aguardando a interação de vocês! Indicação de leitura: Acesse a Minha biblioteca e leia o 5º capítulo do livro: Economia Internacional. Maria Auxiliadora de Carvalho e Cesar Roberto Leite da Silva. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 2017. [ISBN 978-85-472-1374-9]. De que forma o processo de globalização e as ações protecionistas influenciam na configuração cenário internacional atual? Olá a todos, O tema que nos reúne aqui é bastante complexo, visto que aborda a delicada relação entre as medidas protecionistas adotadas pelas nações e o processo de globalização que rege o cenário econômico contemporâneo. A globalização, impulsionada por avanços tecnológicos e intensificação do comércio internacional, tem reconfigurado o cenário global, apresentando desafios e oportunidades significativas. Essa transformação, caracterizada por interconexões inéditas entre economias, resultou em maior interdependência mundial. A globalização incentivou multinacionais a buscar vantagens competitivas através da distribuição global de operações, facilitando também o acesso dos consumidores a produtos globais. A globalização impactou a dinâmica do protecionismo. Enquanto antigamente medidas protecionistas eram respostas comuns à competição estrangeira, a abertura comercial passou a ser valorizada. No entanto, nações em desenvolvimento ainda recorrem ao protecionismo para proteger suas indústrias emergentes. Ações como tarifas e cotas buscam proteger setores vulneráveis, mas também podem gerar tensões comerciais e minar princípios de livre comércio. Nesse contexto podemos citar alguns exemplos em que alguns países recorreram ao protecionismo. Em 2018, o governo dos Estados Unidos impôs tarifas de 25% sobre as importações de aço e 10% sobre as importações de alumínio, alegando preocupações com a segurança nacional e a proteção da indústria doméstica. Essa medida gerou tensões comerciais com vários parceiros comerciais, incluindo China, União Europeia e Canadá. Esses países responderam com retaliações tarifárias sobre produtos americanos, resultando em uma escalada de conflitos comerciais. Na Índia, em 2020, implementou restrições à importação de eletrônicos, como smartphones e televisões, como parte de uma iniciativa chamada "Make in Índia" para promover a produção local. Essas restrições visavam aumentar a fabricação interna e gerar empregos, mas também resultaram em preços mais altos para os consumidores e críticas de parceiros comerciais, que alegavam que essas medidas violavam as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). E mais recentemente, a China tem implementado políticas de "substituição de importações" para tecnologia avançada, com o objetivo de se tornar mais autossuficiente em setores estratégicos como semicondutores e inteligência artificial. Isso envolve a promoção de empresas nacionais e a restrição à aquisição de tecnologia estrangeira. No entanto, parece apontar para políticas de fortalecimento de conteúdo local, amplamente reprovado pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Embora essa abordagem busque fortalecer a indústria local, também gerou preocupações com transferência forçada de tecnologia e desafios comerciais com outros países. O embate entre globalização e protecionismo é um tema essencialmente moldado pelas situações econômicas e políticas de cada país. Nações desenvolvidas tendem a favorecer a abertura comercial para ampliar mercados, enquanto economias em crescimento recorrem ao protecionismo para fortalecer suas indústrias. Esse delicado equilíbrio tem impactos significativos no cenário internacional. Contudo, medidas de proteção ainda prevalecem em diversos graus, espelhando o desafio de harmonizar competitividade e defesa dos interesses nacionais. Para construir um ambiente global mais justo e estável, a cooperação entre as nações se torna fundamental, visando soluções que impulsionem crescimento econômico sustentável e inclusivo. Em resumo, a interação entre globalização e protecionismo é uma força remodeladora no contexto global. A globalização cria interdependência entre nações, reconfigurando a dinâmica comercial e diminuindo a necessidade de protecionismo. Contudo, a busca pela competitividade e proteção nacional mantém medidas de resguardo. A colaboração global emerge como o pilar de extrema importância para encontrar soluções capazes de promover crescimento econômico sustentável e abrangente. Referências: Ministério da Economia. Guia de Exportação Brasileira. Índia Visão Geral - “Make in Índia” - A facilidade de fazer negócios. Atualizado em outubro de 2019. Revisado em maio de 2022. Disponível em: <https://www.gov.br/empresas-e- negocios/pt-br/invest-export-brasil/exportar/conheca-os- mercados/como_exportar_privado/como-exportar.pdf/india2019.pdfLinks to an external site.>. Acesso em: 20 ago. 2023. NONNENBERG, Marcelo José Braga; MOREIRA, Uallace; BISPO, Scarlett Queen Almeida. Políticas industriais na China nos últimos trinta anos. Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Páginas 315 a 357. Texto do artigo-1358-1-10-20220719.pdf. Data de envio do artigo: 4/1/2022. Data de aceite: 11/3/2022. Disponível em: <https://www.ipea.gov.br/revistas/index.php/rtm/article/download/357/332/1358 Links to an external site.>. Acesso em: 20 ago. 2023. RIBEIRO, Fernando J. O aumento das tarifas norte-americanas de importações de aço e alumínio e seus impactos sobre o Brasil e o mundo. Nota técnica Nº 12. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 2018. Disponível em:<http://www.ipea.gov.br/>Links to an external site.. Acesso em: 20 ago. 2023. SILVA, César Roberto Leite da; CARVALHO, Maria Auxiliadora de. Economia Internacional, 5ª edição. São Paulo - SP: Editora Saraiva, 2017. E-book. ISBN 9788547213763. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547213763/Links to an external site.>. Acesso em: 20 ago. 2023.
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