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Estratégia de Marketing em Serviços Núcleo de Educação a Distância www.unigranrio.com.br Rua Prof. José de Souza Herdy, 1.160 25 de Agosto – Duque de Caxias - RJ Reitor Arody Cordeiro Herdy Pró-Reitor de Administração Acadêmica Carlos de Oliveira Varella Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-graduação Emilio Antonio Francischetti Pró-Reitora Comunitária Sônia Regina Mendes Direção geral: Jeferson Pandolfo Desenvolvimento do material: Ana Freitas Projeto de Design Instrucional: Grupo Orion Brasil Produção: Fábrica de Soluções Unigranrio Copyright © 2018, Unigranrio Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, mecânico, por fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrito, da Unigranrio. Sumário Estratégia de Marketing em Serviços Objetivo ........................................................................................... 04 Introdução ........................................................................................ 05 1. Estratégia de Marketing em Serviços ...................................... 06 1.1 Posicionamento e Projeto de Serviços ..................................... 09 1.1.1 Desempenho Competitivo ..................................................... 13 1.1.2 Projeto de Serviço ................................................................ 16 1.1.2.1 O Pacote de Serviços (“P” do Produto) .................................. 19 1.1.2.2 Processo e Organização (“P” do Processo) ............................. 21 1.2 Entregando Serviços ............................................................. 24 1.2.1 Localização (“P” de Praça) ................................................... 24 1.2.2 Instalações (“P” de Phisical Environment) .............................. 25 1.2.3 Perfil dos Fornecedores de Serviços (“P” de Pessoa) ................ 27 1.3 Precificando Serviços (“P” de Preço) ...................................... 27 1.3.1 Estratégias de Preço dos Serviços ........................................... 29 1.3.2 Promoção e Preço (“P” de Promoção) .................................... 33 Síntese ............................................................................................ 34 Referências Bibliográficas ................................................................... 35 Objetivo Ao final desta unidade de aprendizagem, você será capaz de: ▪ Avaliar as melhores estratégias para um projeto de serviços, observando os modelos de precificação, posicionamento e entrega. 4 Gestão de Serviços Introdução O que o cliente quer? Preço baixo ou qualidade? Quando se pensa em oferecer um serviço, essas perguntas logo surgem. Mas, o cliente tem que escolher entre preço baixo e qualidade? Empresas competitivas procuram entender o comportamento dos consumidores e, estrategicamente, oferecem serviços de qualidade que atendam às suas necessidades e expectativas. Serviços de baixa qualidade normalmente causam insatisfação, e consequentemente, prejuízos para a organização. Ao mesmo tempo, o comportamento dos consumidores tem mudado. Eles estão mais experientes e entendem que qualidade superior requer investimento, e com isso, preferem serviços com padrões elevados e com mais benefícios, mesmo que tenham que pagar um pouco mais por isso. As estratégias de serviços orientam as decisões sobre a produção e entrega dos serviços, contemplando processo, tecnologia, recursos materiais e humanos. O projeto de serviço busca, de forma mais segura, otimizar a capacidade da operação com a demanda, combinando experiência do cliente e preço, para o atingimento dos resultados. 5Gestão de Serviços 1. Estratégia de Marketing em Serviços Vamos começar a unidade entendendo a diferença entre gestão de operações de serviços e estratégia de operações de serviços. A primeira envolve as ações relacionadas aos recursos, processos e entrega do serviço; já a segunda envolve ações menos pontuais dos processos e concentra os esforços no negócio e no resultado. A operação de serviços se relaciona com as outras partes da organização; as áreas de finanças, marketing, recursos humanos entre outras buscam em conjunto a sustentabilidade do negócio a longo prazo, e o objetivo comum é o posicionamento estratégico no ambiente do negócio, o que envolve interesses ambientais, concorrentes, governo, clientes etc. De uma forma geral, o planejamento estratégico envolve três níveis: o nível corporativo, o de unidade de negócio e o nível funcional. Este último é considerado como estratégia top-down e representa, na organização, as decisões de cima para baixo. O nível corporativo envolve a estratégia de nível global, em que são definidos o local de atuação do negócio, os níveis da operação em serviços e os resultados esperados. A unidade de negócio, onde a empresa atua e gera resultados, funciona em conformidade com as estratégias corporativa e competitiva. A estratégia funcional, ou seja, que dá suporte a operação de serviços, define os processos e visa atender aos objetivos traçados pela corporação, às necessidades da unidade de negócio, definindo assim, as ações dos setores de marketing, operações em serviços, finanças e recursos humanos. Podemos entender que se os setores da empresa não atenderem aos objetivos estratégicos, a unidade de negócio não poderá desenvolver-se. O que a prática tem demonstrado é que, embora as empresas prestadoras de serviço definam suas estratégias no modelo top-down (de cima para baixo), muitas ideias, experiências e inovações surgem das operações diárias, ou seja, de baixo para cima, o que influencia o padrão anteriormente planejado pela corporação. Podemos considerar esse modelo como estratégia bottom-up, que nos permite pensar no processo com certo grau de liberdade, considerando que, mesmo com todas as análises, tendências e pesquisas, a operação em serviços em funcionamento atua como um aprendizado. Portanto, as informações da operação de serviços servem de reflexão sobre o planejamento estratégico. 6 Gestão de Serviços Tanto a estratégia bottom-up, que é a estratégia emergente, quanto a top-down, da alta direção, e que busca a competitividade, consideram que o planejamento não deve ser estático, já que o ambiente é dinâmico. Como vimos, os setores devem estar alinhados com as estratégias. Portanto, o setor de marketing será influenciado pela estratégia competitiva para definir e manter a sua estratégia funcional, conforme podemos observar na Figura 1. Estratégia Competitiva do Negócio Estratégia Corporativa Estratégia Funcional (Marketing) Estratégia Funcional (Operações) Estratégia Funcional (Finanças) Figura 1: Estratégia do modelo clássico (top-down). Fonte: Adaptado de Corrêa; Caon (2002). As estratégias de operações de serviços estão relacionadas aos critérios competitivos, que foram identificados por meio de pesquisas e análises sobre as necessidades e expectativas do mercado; portanto, as estratégias operacionais são elaboradas para atingir a excelência nesses critérios. Vale considerar que um critério pode ter mais importância do que outro, ou seja, nem todos os 7Gestão de Serviços critérios competitivos têm a mesma importância para todos os clientes. Um grupo de consumidores pode considerar mais importante um serviço de baixo risco, enquanto outro grupo pode considerar que a velocidade na entrega é mais importante. Sendo assim, segurança e velocidade são dois objetivos de uma estratégia de operações em serviços. Outro ponto importante é que um conjunto de critérios pode atender uma determinada empresa e serviços, mas não atender outra. O que podemos considerar é que um conjunto de critérios priorizados serve de ponto de partida. Cada empresa deve definir os seus critérios, e a partir dessa lista, evoluir em pesquisas e atualizar as informações. A visão estratégica de serviços é formulada a partirda estratégia operacional, considerando o mercado-alvo, o conceito em serviços e o sistema de operações. Ela deverá considerar o seu público e prover decisões específicas, desde o serviço a ser oferecido, observando como será entrega e a comunicação com cada público selecionado. Podemos perceber essa visão na prática das companhias aéreas, que separam o seu público-alvo em classes de acordo com o perfil, agrupando de acordo com o potencial da operação de serviços. De uma forma geral, as empresas formulam suas estratégias de serviços por meio de três formas genéricas: Liderança global em custos: Empresas que adotam essa estratégia possuem controles rigorosos de custos e despesas. Elas aplicam recursos em equipamentos e tecnologia de forma a otimizar a operação e reduzir custos. Quando elas conseguem atuar com base em custos baixos, atingem uma fatia significativa do mercado e, pelo menos por algum tempo, conseguem uma melhor posição em relação à concorrência. Algumas decisões sustentam a estratégia de custos como: adotar, nas atividades diárias, os recursos mais simples de comunicação e, consequentemente, mais econômicos (telefone, internet e correios); adequar os contratos, englobando em um contrato vários serviços, favorecendo principalmente, as operações com os clientes leais; padronizar alguns serviços de rotina, a fim de agilizar o atendimento dos serviços repetitivos na operação. 8 Gestão de Serviços Diferenciação: Os ganhos com a diferenciação estão em oferecer serviços com características especiais, marca forte e confiável e recursos tecnológicos, entre outros. O principal objetivo da estratégia de diferenciação é criar a lealdade do cliente, investindo em ações para percepção do valor. Para isso, a empresa deve investir em ações para a percepção de seu valor, ou seja, apostar na customização, na redução de riscos com o oferecimento de garantias, e no diferencial do atendimento e da qualidade do serviço. Focalização: Seguindo a visão da estratégia operacional, a focalização consiste em identificar o público-alvo e o conjunto de aspectos de desempenho da operação; avaliar o nível de importância para cada público e focar nos critérios que os clientes julgam mais importantes. A estratégia de foco estabelece que a operação tenha desempenho para atender um mercado restrito de forma eficiente, destacando-se perante os concorrentes que atendem de forma ampla. A estratégia de focalização pode contemplar as estratégias de liderança global em custos e/ou as de diferencial em sua estratégia. 1.1 Posicionamento e Projeto de Serviços O esforço de qualquer estratégia está em atrair e reter os clientes. A empresa, por meio da operação, estabelece o seu foco de acordo com as necessidades e expectativas do seu público e aplica esforços em redução de custos e diferenciação. Mas, quais são as dimensões de competitividade determinadas pelo mercado? Qual o nível que a empresa precisa atingir na dimensão para competir no mercado? Qual o nível de confiabilidade? Qual o nível de disponibilidade ou de velocidade? Você sabe que a decisão de compra é baseada nesses critérios. Mas, para uma empresa de serviços ser considerada competidora no mercado, qual o nível do serviço? O posicionamento é muito importante para a estratégia de marketing, associando as análises externa e interna. A Figura 2 apresenta os principais usos da análise de posicionamento como ferramenta de diagnóstico, oferecendo recursos para a tomada de decisões em relação ao produto, entrega de serviços, apreçamento e estratégia de comunicação (LOVELOCK et al, 2011). 9Gestão de Serviços 1. Fornece uma ferramenta de diagnóstico útil para definir e entender as relações entre produtos e mercados: ▪ Como o produto se compara com ofertas concorrentes, no que diz respeito a atributos específicos? ▪ Como o desempenho do produto atende às necessidades e expectativas do consumidor nos critérios específicos de desempenho? ▪ Qual o nível previsto de consumo para um produto com determinado conjunto de características de desempenho oferecido a um determinado preço? 2. Identifica oportunidades de mercado para: a. Introduzir novos produtos. ▪ - Quais segmentos visar? ▪ - Quais atributos oferecer em relação à concorrência? b. Redesenhar (reposicionar) produtos existentes. ▪ Atrair os mesmos segmentos ou segmentos novos? ▪ Quais atributos acrescentar, descartar ou mudar? ▪ Quais atributos enfatizar na propaganda? c. Eliminar produtos que: ▪ - Não satisfaçam às necessidades do consumidor. ▪ - Enfrentem concorrência excessiva, sem diferenciais competitivos. 3. Toma outras decisões de mix de marketing para se antecipar ou reagir às manobras de concorrentes: a. Estratégias de distribuição. ▪ Onde oferecer o produto (localizações, tipos de pontos de venda)? ▪ Quando disponibilizar o produto? b. Estratégias de apreçamento. ▪ Quanto cobrar? ▪ Que procedimentos de cobrança e pagamento adotar? c. Estratégias de comunicação ▪ Qual público-alvo é mais fácil convencer de que o produto oferece vantagem competitiva em atributos que são importantes para ele? ▪ Qual (is) mensagem (ns)? Quais atributos devem ser enfatizados e quais concorrentes (se houver algum) devem ser mencionados como base de comparação? ▪ Quais canais de comunicação: venda pessoal ou diferentes mídias de propaganda? (Selecionadas não apenas pela capacidade de transmitir a(s) mensagem (s) escolhida (s) ao (s) público (s)- alvo, mas também por reforçar a imagem desejada do produto). Figura 2: Principais usos de análise de posicionamento como ferramenta de diagnóstico. Fonte: Lovelock et al (2011, p.86). 10 Gestão de Serviços A análise de posicionamento deve ser revista periodicamente, mediante as mudanças no mercado, novas tecnologias, competitividade e mudanças da própria empresa. O desenvolvimento da estratégia de posicionamento de mercado estabelece uma posição ideal e os meios para o desenvolvimento da estratégia de forma que seja possível alcançá-la. Deve-se, portanto, considerar as seguintes etapas: a. Análise de mercado: Análise das tendências da demanda, sua localização geográfica e o comportamento desta demanda. Deve-se: avaliar os segmentos, tamanho e potencial; realizar pesquisas sobre os clientes e suas relações com os concorrentes; e investigar a previsão de demanda para os próximos cinco anos. b. Análise corporativa interna: Avaliar os recursos disponíveis, bem como os recursos financeiros, mão de obra, equipamentos, tecnologias entre outros. A partir da análise dos dados, deve-se comparar com os objetivos e metas, adequando à capacidade de atendimento dos segmentos para os serviços novos e existentes. c. Análise da concorrência: Conhecer os pontos fortes e fracos da concorrência direta e indireta, favorecendo a identificação de oportunidades de diferenciação e vantagem competitiva; decidir sobre quais os benefícios que podem ser priorizados para os segmentos- alvo; entender a concorrência e o seu poder de barganha junto aos fornecedores e clientes e qual a facilidade para novos entrantes e substitutos e, ainda, qual o grau de rivalidade entre os concorrentes. Na análise da concorrência, é fundamental avaliar o mercado atual e os potenciais concorrentes, ou seja, aqueles que ainda não estão posicionados, mas que se encontram em fase de entrada e, portanto, já avaliaram e determinaram seu posicionamento, colocando em risco o posicionamento e o desenvolvimento da estratégia. d. Declaração de posição: O resultado das análises de mercado, corporativa e interna da concorrência, é a declaração da posição da empresa e dos seus serviços, sendo possível desenvolver um plano de ação específico. Esta estratégia requer atenção para os custos de implementação e o retorno esperado com as ações, devendo utilizar portanto, previsões seguras sobre o mercado. 11Gestão de Serviços A Figura 3 mostra um esquema para desenvolvimento de uma estratégia de posicionamento demercado. Definir e analisar segmentos de mercado ▪ Tamanho ▪ Composição ▪ Localização ▪ Tendência ▪ Recursos ▪ Reputação ▪ Restrições ▪ Valores ▪ Forças ▪ Fraquezas ▪ Posicionamento atual Análise de Mercado Análise Interna Análise da Concorrência Selecionar segmento-alvo para atender Articular posição desejada no mercado Plano de ação de marketing Analisar as possibilidades de diferenciação Selecionar os benefícios para enfatizar aos consumidores Figura 3: Desenvolvendo uma estratégia de posicionamento de mercado. Fonte: Lovelock et al (2011, p.87). Para a empresa atingir o nível mínimo de desempenho para a sua competitividade, os parâmetros são determinados da seguinte forma, considerando a sequência de decisão de compra dos clientes: Critérios qualificadores: Para ser considerada pelos competidores, a empresa precisa apresentar níveis sustentáveis nas dimensões de referência. Essas dimensões são eleitas pelo mercado por serem essenciais ou importantes. Por exemplo: uma companhia aérea não poderá competir em um mercado se não oferecer segurança, pilotos qualificados e aviões conservados. No dia a dia, podemos perceber o critério qualificador dos restaurantes, que é a limpeza nas instalações. 12 Gestão de Serviços Critérios ganhadores de pedidos: Quando um cliente elege um fornecedor por uma determinada dimensão, significa que esta dimensão está sendo eleita entre os critérios qualificados. Entre as escolhas, o cliente pode considerar o acesso, a conveniência entre outros, sendo que essa escolha pode mudar à medida que muda o seu desejo e interesse. Perdedores de serviços: São os critérios que perderam sua posição em determinada empresa e serviço, dada a incapacidade da entrega conforme expectativas. Temos como exemplo a confiabilidade por um erro no diagnóstico do paciente. O que posiciona um serviço no mercado é a habilidade da empresa em criar, comunicar e manter o diferencial que foi construído, com base no que o mercado entendeu como atrativo. Além disso, observa-se como é feita a entrega da operação, bem como o que o cliente consegue perceber dos concorrentes menos qualificados. Se a competência da empresa está relacionada ao mercado e à sua operação, é muito importante ter uma visão atual e futura do que o mercado deseja e o que, e como, a operação pode entregar. Além disso, é primordial entender como os concorrentes estão posicionados. 1.1.1 Desempenho Competitivo Entender o mercado significa entender o potencial da empresa e dos concorrentes, para então, tomar decisões em relação ao nível de desempenho atual. Comparar o desempenho da empresa com os concorrentes é a prática do benchmarking competitivo. Obter informações a respeito dos concorrentes nem sempre é fácil, mas algumas fontes podem ser úteis como os clientes em comum, a imprensa e até mesmo uma equipe de funcionários com a função de captar informações dos concorrentes. Obviamente, todas as ações devem ser feitas com responsabilidade e ética. Ser competitivo é ser melhor que a concorrência nos aspectos valorizados pelos clientes (CORRÊA; CAON, 2002). Importante 13Gestão de Serviços Observe, no Quadro 1, um modelo de classificação dos critérios e a avaliação do desempenho dos concorrentes. Classificação dos critérios competitivos Avaliação do desempenho dos objetivos estratégicos da concorrência Ganhadores de pedidos Melhor do que a concorrência 1. Proporciona aos clientes vantagem crucial – é o principal impulso da competitividade. 1. Concorrentes consistentes, consideravelmente melhor do que o melhor concorrente. 2. Proporciona aos clientes importante vantagem – é sempre considerado. 2. Concorrentes consistentes claramente melhor do que o melhor concorrente. 3. Proporciona aos clientes vantagem útil à maioria – é normalmente considerado. 3. Concorrentes consistentes, marginalmente melhor do que o melhor concorrente. Qualificadores Igual a concorrência 4. Em relação ao mercado, precisa estar, pelo menos, marginalmente acima da média do setor. 4. Com frequência, marginalmente melhor do que o melhor concorrente. 5. Em relação ao mercado, precisa estar em torno da média do setor. 5. Aproximadamente o mesmo da maioria de nossos concorrentes. 6. Em relação ao mercado, precisa estar a pouca distância da média do setor. 6. Com frequência, a uma distância curta, atrás de nossos principais concorrentes. Poucos relevantes Pior do que a concorrência 7. Em relação ao cliente, normalmente não é considerado, mas pode se tornar no futuro. 7. Usual e marginalmente pior que a maioria de nossos principais concorrentes. 8. Em relação ao cliente, muito raramente é considerado. 8. Usualmente pior do que a maioria de nossos concorrentes. 9. Em relação ao cliente, nunca é considerado e provavelmente nunca será. 9. Consistentemente pior do que a maioria de nossos concorrentes. Quadro 1: Critérios competitivos. Fonte: Adaptado de Corrêa; Caon (2002). A Figura 4 apresenta o cruzamento entre as dimensões e o posicionamento dos critérios apresentados no modelo. Considere as duas 14 Gestão de Serviços escalas de 9 pontos: uma para a classificação dos critérios competitivos, e a outra, para avaliar o desempenho dos objetivos estratégicos diante da concorrência. Co nc or re nte s De se mp en ho Melhor que O mesmo que Pior que Menos importante Qualificador Importância Clientes MATRIZ DE IMPORTÂNCIA X DESEMPENHO Baixa Alta Ganhador de pedido 9 E B C A D 9 8 8 7 7 6 6 5 5 4 4 3 3 2 2 1 1 EXCESSO ADEQUADO URGÊNCIA APRIMORAR Figura 4: Matriz importância x desempenho. Fonte: Adaptado de Corrêa; Caon (2002). As estratégias de marketing de serviços estão relacionadas aos critérios competitivos, em relação ao nível de desempenho atual é necessário que antes de tomar decisões, comparar o potencial da empresa com o potencial dos concorrentes. A comparação permite identificar as urgências e determinar onde a empresa precisa melhorar, para o atingimento do objetivo da estratégia de marketing de serviços. Ao avaliarmos os níveis atuais de desempenho, e considerando os critérios competitivos, poderemos tomar as decisões sobre esses níveis, conforme alguns critérios listados a seguir: Adequado – São os critérios que se apresentam em uma faixa de prioridade de curto e médio prazos, porém, a empresa deve ficar atenta com as ameaças da concorrência. 15Gestão de Serviços Aprimorar – São os critérios que se apresentam abaixo do limite inferior da região adequada, com desempenho abaixo do que se espera, precisando, portanto, de aprimoramento. Urgência – São os critérios com desempenho crítico. A meta de curto prazo é movimentá-los. Esses critérios devem ser reposicionados em relação às prioridades das ações, para a área aprimorar urgentemente, e em médio prazo ao atingir o objetivo, movimentá-los para o nível adequado. Excesso – São os critérios com desempenho superior à concorrência, nos critérios que os clientes não priorizam. A meta é redirecionar os recursos para “urgência” ou “aprimorar”, aplicando esforços do marketing para reduzir a importância apresentada pelos clientes para manter o equilíbrio com os concorrentes. 1.1.2 Projeto de Serviço Os projetos de serviços representam a organização de ideias e transformam essas ideias em atividades, recursos e pessoas. Um projeto de serviços surge da necessidade de oferecer serviços de forma que realmente atendam aos propósitos pelos quais foram criados. Toda empresa começa pelo desejo ou ideia de um ou mais empreendedores focados em abrir seu próprio negócio. Logo a seguir, vem a decisão do que produzir, como comercializar e como entregar. O projeto do serviço envolve a produção e a entrega. Fazendo um comparativo com o segmento industrial, quando o fabricante deseja produzir um bem para atender determinada necessidade, a concepção e desenvolvimento do projeto combinam a adequação das necessidadesdo usuário com as possibilidades de produção. E é essa combinação que o projeto visa, ou seja, o que o cliente deseja, o que a empresa pode entregar e como será esta entrega, incluindo, produto, processo, pessoas, instalações, preço, localização e comunicação. 16 Gestão de Serviços O projeto do serviço se diferencia do projeto de produto somente em suas particularidades, como: da produção e consumo simultâneos, presença do cliente durante a produção e avaliação subjetiva. A estratégia de marketing de serviços, a partir do posicionamento no mercado, pode então investir no projeto de serviço, considerando sua importância para o sucesso do negócio. Utilizaremos o composto de marketing para nortear o desenvolvimento do projeto de serviços, considerando, inclusive, a estratégia de formação de preço e promoção, e levando em conta que os 7 Ps do marketing estão presentes desde a análise do mercado, até após a entrega do serviço. Como ponto de partida, temos o composto de marketing básico, os 4 Ps: produto, preço, praça e promoção. Desde a sua definição, o composto de marketing apresentava maior dedicação aos bens físicos, o que era comum na era industrial. Com a importância dos serviços, além da adequação dos 4 Ps iniciais que eram totalmente voltados para produtos físicos, surge a nova proposta: o composto e marketing de serviços incluindo mais 3Ps. Essa inclusão foi proposta, entendendo a importância de questões relacionadas ao cliente e suas interações, conforme veremos a seguir. Processo: São as questões relativas à produção do serviço e a sua entrega, considerando o tempo de entrega, pessoal de linha de frente e o envolvimento do cliente durante a produção do serviço. Physical environment (ambiente físico): O sexto “P” refere-se às evidências físicas do serviço, bem como a aparência dos equipamentos, pessoas e instalações. Pessoas: São as questões ligadas à interação entre participantes do serviço, que envolvem as características, o perfil profissional, habilidade e comportamento. Em um processo produtivo, podemos considerar o mesmo conceito de planejamento de um produto para o de serviço? O conceito do planejamento do produto é representado por um projeto chamado “blueprint” do produto, que é elaborado com desenhos e Importante 17Gestão de Serviços impresso em um papel especial, especificando as características do produto a ser fabricado. Este mesmo conceito pode ser transferido, simplesmente, para blueprint de serviço, com desenhos e impresso com especificações de como o serviço deverá ser prestado. O blueprint de serviço pode ser elaborado tanto para um novo serviço como para um serviço já existente, com o objetivo de entender como um novo serviço deverá funcionar ou outras possibilidades para os existentes. O blueprint de serviço é uma ferramenta para estruturação e para o gestor de serviços entender o processo e a participação dos envolvidos, a fim de prover análise, monitoramento e avaliação do objetivo da operação. O blueprint do serviço, que também pode ser considerado como o design do serviço, engloba detalhes relativos: ▪ Todos os momentos da verdade: o cliente e suas ações; ▪ Canais e pontos de contato – Os meios utilizados pelo cliente (pessoalmente, página da internet, aplicativos, telefone entre outros); ▪ Encontro do serviço, linhas visíveis e invisíveis: front office e back office. A partir das informações principais, o blueprint detalha todos os processos do sistema de serviços: as evidências físicas, as ações dos clientes, funcionários de linha de frente e retaguarda e também os processos de apoio. A partir de um desenho técnico do serviço e identificação visual das ações dos clientes, bem como a atuação dos funcionários do atendimento com suporte e aspectos físicos, a gestão de todos os agentes envolvidos é favorecida, permitindo tomada de decisões relacionadas à organização, à interação, ao perfil das pessoas para as funções, à adoção e aplicação de recursos tecnológicos para linha de frente e retaguarda. Observe, a seguir, um modelo de blueprint de serviço de um hotel de luxo, relacionando os elementos do serviço: pessoas, processos e estrutura. Importante 18 Gestão de Serviços Evidências físicas Ações dos clientes Funcionários linha de frente Funcionários de retaguarda Processos de apoio Linha de visibilidade Linha de interação interna Linha de interação Estacionamento externo do hotel Carrinho para malas; uniforme Área de espera; balcão; recepção Elevadores; corredores; quarto Cuidados na disposição do quarto Banho; televisão; cama Menu Refeição Espera Conta precisa Chegada ao hotel Check-in Desloca-se para o quarto Recebe as malas Banho; dormir Alimenta-se Check-out e saída Liga para o serviço de quarto Passa as malas para o carregador Recebe clientes e suas malas Processo de registro Leva as malas para o quarto Sistema de registro Refeições são preparadas Sistema de registro Toma os pedidos de alimentos Entrega as malas Processa o check-out Espera; aparência Recebe a refeição Serve a refeição Figura 5: Blueprint para um hotel de luxo. Fonte: Fitzsimmons (2014). O canal UXLab, do YouTube, apresentado por Andrey Gurgel, fala sobre preço e experiência com o serviço e apresenta a entrevista com o líder de projeto da empresa de consultoria de design de serviços, Live Work, que mostra a importância da diversidade e empatia da equipe de projeto, entre outros assuntos. Saiba mais assistindo ao vídeo indicado. 1.1.2.1 O Pacote de Serviços (“P” do Produto) Um sistema de serviços pode atender às diversas necessidades, como: desenvolver um novo serviço para novos mercados; desenvolver um serviço para mercados já existentes; melhoria da qualidade de um serviço para incorporar tecnologia; e padronizar ou personalizar serviços. Para projetar um serviço, é necessário que todas as etapas sejam contempladas, considerando que o projeto de serviço é o recurso que busca a garantia da operação e os seus resultados. Decisões consistentes a respeito dos Saiba Mais Assista agora 19Gestão de Serviços https://www.youtube.com/watch?v=WY5gtHfgHog elementos do pacote de serviço favorecem a aderência ao projeto, desde que os elementos sejam gerenciados, de acordo com a sua tipologia e avaliados durante o funcionamento. As referências de um projeto de serviço são: ▪ O pacote de serviços: É o conjunto de serviços e produtos envolvidos na entrega do serviço principal. ▪ Tipologia: O tipo de serviço e processos determinam as decisões sobre a padronização e personalização. A tipologia envolve os níveis de interação entre fornecedor, cliente e pessoal de linha de frente. A participação do cliente como coprodutor e o contato do cliente com o processo sugerem os investimentos em equipamentos e tecnologia, bem como o local para oferecer o serviço, tanto geograficamente quanto o seu arranjo físico. Como já vimos, o pacote de serviços é representado por parcelas de serviços e produtos físicos, e o resultado é a experiência total do cliente, considerando que o serviço, como produto intangível, inclui também as parcelas tangíveis, o que envolve a transferência de propriedade e estoque. O importante é entender que todos os aspectos servirão de base para a comparação do cliente com suas expectativas, bem como do serviço principal aos suplementares. Cada elemento do pacote de serviços é uma oportunidade de promover experiências satisfatórias e o atingimento do objetivo da estratégia. Veja a seguir os elementos que fazem parte do pacote de serviços: ▪ Instalações de apoio: São os recursos físicos necessários para a produção do serviço, considerando o prédio e suas instalações, bem como os equipamentos, utensílios e materiais. ▪ Bens facilitadores: São os insumos, informações e/ou materiais que acompanham os serviços. Podemos considerar como bens facilitadores tudo que agrega valoraos serviços, como o lanche de uma viagem, a revista, o fone de ouvido etc. ▪ Serviços explícitos: São os benefícios percebidos pelo cliente na produção do serviço principal. A experiência do prestador do serviço é claramente percebida pelos sentidos, por isso são chamados 20 Gestão de Serviços de benefícios sensoriais. Os serviços explícitos são percebidos na confiança, durante um corte de cabelo no salão de beleza, na pontualidade e segurança do transporte aéreo, na competência de uma enfermeira ao aplicar uma medicação intravenosa etc. Os serviços explícitos têm efeito de garantia da satisfação do cliente. ▪ Serviços implícitos: São os benefícios psicológicos, ou seja, os serviços suplementares oferecidos pelo fornecedor para demonstrar ao cliente a sua importância, como um ambiente tranquilo e organizado; embora não seja perceptível, o efeito atinge uma sensação de bem-estar e segurança. Os serviços implícitos podem ser considerados como fundamentais ou complementares pelo cliente na qualidade de um fornecedor. Parece simples, mas quando se trata de pessoas, competências e benefícios sensoriais e psicológicos merecem toda atenção dos gestores de operações de serviços e de marketing. É fundamental reconhecer a contribuição dos bens facilitadores e dos benefícios explícitos e implícitos, do pacote de serviços, pois são fundamentais para um encontro de serviços satisfatório. A definição do pacote de serviços é o ponto de partida para o projeto do sistema de serviços. Portanto, isso requer atenção dos gestores quanto à participação do cliente no processo, bem como o nível de contato, localização e instalações. 1.1.2.2 Processo e Organização (“P” do Processo) Para considerar o serviço como um produto tangível, em linha de produção, com ganhos em escala e com a mesma qualidade, é fundamental contar com a organização da operação. A organização deve fazer parte da rotina e ser cuidadosamente projetada, com a definição de tarefas para fornecedores dos serviços e para clientes, e com a ordenação do fluxo, para favorecer a padronização, sendo uma característica comum na linha de produção de produto tangível. Visando a eficiência da operação, o projeto de serviços, com suas particularidades, deve analisar alguns pontos importantes na organização 21Gestão de Serviços do serviço, incluindo quanto a autonomia dos funcionários pode favorecer o processo e a padronização, ou seja, prevendo a execução das tarefas de ferramentas facilitadoras como um plano de trabalho, manuais e listas de verificação, que têm como objetivo ajudar a evitar erros, como os contemplados no método poka-yoke. A organização do serviço requer a combinação entre o projeto e operação. Inicia-se com a projeção da operação e se completa com a gestão durante o processo. A eficiência de um projeto de serviços está na capacidade da gestão em dimensionar recursos físicos, financeiros e humanos em atendimento, ao conceito do serviço e à missão da empresa. As decisões em relação ao processo e recursos, tanto de front office quanto back office, (áreas visíveis e não visíveis) devem considerar a capacidade produtiva, a utilização de recursos e de mão de obra e a localização, que estão diretamente relacionadas ao desempenho do serviço, o que nos remete à tipologia do serviço: serviços de massa, de profissionais, de massa customizados, de profissionais de massa e loja de serviços. O projeto de serviço deve responder às questões: qual a ênfase do processo: pessoas ou equipamentos? Qual o grau de contato e participação do cliente? Qual o grau de personalização ou padronização? A partir dessas respostas, as decisões devem refletir as situações atual e futura, considerando as ameaças e oportunidades para o serviço. Os principais pontos para decisões em relação ao processo em serviços são previsão de demanda e capacidade da operação em serviços. Podemos tomar como exemplo os serviços de saúde que têm, cada vez mais, optado por contratar uma rede de fornecedores para algumas de suas atividades, visando um aumento em sua capacidade de operação. Com isso, serviços como alimentação e suprimentos, laboratório para exames diversos, locação de equipamentos e serviço de limpeza são atribuídos a empresas terceirizadas. Sendo assim, é necessário avaliar, com muita cautela, Importante 22 Gestão de Serviços qual atividade ou serviço poderá ser delegado aos fornecedores e parceiros externos, a fim de evitar atribuir um serviço de alta relevância para terceiros. As decisões em relação à tecnologia deverão levar em consideração se a adoção e/ou incremento dos recursos tecnológicos atende às principais estratégias da empresa. Deve-se avaliar o impacto na operação e no comportamento dos clientes e, principalmente o seu perfil, avaliando, inclusive, a visibilidade operacional e o retorno sobre o investimento. As decisões em relação aos processos e tecnologia estão relacionados ao volume e às características do serviço, considerando a quantidade de clientes atendidos por dia e o nível de padronização, sendo enquadrados pelo tipo de processo, conforme características listadas a seguir: ▪ Um processo que atende um alto número de clientes por dia, visando ganhos de escala, a padronização é imprescindível, considerando que o contato com pessoas e instalações será raro e intenso em tecnologias; a ênfase do processo está nas atividades de back office. Alguns exemplos de prestadores de serviços, com alto número de clientes e necessidade de processos padronizados são: metrô; concessionárias de energia elétrica, água e gás, telefonia, internet; estádios de futebol; eventos de grande proporção etc. ▪ Alguns serviços que ainda não são considerados de massa, com intensa utilização de tecnologias de informação, estão atendendo um número cada vez mais elevado de clientes por dia. Neste caso, apesar de os serviços serem padronizados, as empresas conseguem manter, por meio desses recursos, um certo nível de customização. Como exemplo, podemos citar os serviços fornecidos pela internet que, por meio do histórico de “navegação” dos usuários, criam uma certa customização, como as livrarias on-line. ▪ Quando o processo prioriza um determinado serviço, que por sua natureza é personalizado, para aumentar os ganhos de escala, ele busca atender uma quantidade significativa de clientes por dia. A tecnologia tem permitido essa aproximação do serviço profissional com o volume de atendimento por dia. Como exemplos, temos os serviços de contabilidade fornecidos por aplicativos; serviços educacionais com suas salas de aula virtuais, que atendem 23Gestão de Serviços um número significativo de alunos sem limite geográfico; e ainda hospitais especializados em certos procedimentos e com padronização, conseguindo uma produtividade significativa. 1.2 Entregando Serviços Projetar a localização do serviço, seja para um novo negócio ou expansão, contempla oportunidades e ameaças em relação à escolha do local ou forma de entregar serviços. A decisão no âmbito do país, estado, município, cidade e/ou bairro, implica em questões relacionadas ao fato de o serviço não poder ser transportado e nem tão pouco estocado. A escolha da região envolve, no mínimo, informações políticas, culturais, de infraestrutura, clima e de mercado, determinando a viabilidade do negócio, em termos atuais ou de expansão, bem como o arranjo dos recursos para um melhor desempenho da operação, considerando o tipo de processo. 1.2.1 Localização (“P” de Praça) Os clientes querem serviços que exijam o menor esforço possível e o acesso é um atributo bem reconhecido pelos clientes, não perdendo de vista, as questões relacionadas ao acesso dos fornecedores de mão de obra, de materiais, insumos e manutenção. A localização das instalações é uma decisão estratégica, que envolve flexibilidade, posicionamento competitivo e demanda. Ao definir a localização do serviço, o projeto deve contemplarum diagnóstico, principalmente, com base nos principais indicadores que apontam ameaças e oportunidades relativas ao mercado em que se pretende instalar. É fundamental avaliar o fluxo de pessoas e a localização dos concorrentes. Outras questões importantes para o funcionamento começam na legalização da empresa e serviços, que envolvem: governo e órgãos específicos; questões tributárias, impostos e taxas; incentivos fiscais e subsídios; disponibilidade e qualidade de recursos de comunicação e tecnologia. Cabe ressaltar que alguns recursos tecnológicos, atualmente, permitem expandir os serviços além da sua área geográfica. Isso pode ser constatado nas ofertas dos serviços educacionais, em que professores e 24 Gestão de Serviços alunos se encontram virtualmente, sem que seja necessária a presença de ambos em uma sala de aula física. Também podemos tomar como exemplo os serviços oferecidos por seguradoras, em que é possível contratar seguros de vida por telefone ou computador. Outra questão importante é que existem técnicas para as decisões quanto a localização de serviços. Por meio de cálculos matemáticos, além da localização, são sugeridos arranjos de serviços, bem como a quantidade de instalações e critérios de otimização. 1.2.2 Instalações (“P” de Phisical Environment) Depois da análise da localização do serviço, considerando o melhor acesso e a velocidade para a experiência do serviço gratificante, o projeto de serviço passa então para a sequência em que serão realizadas as atividades, ou seja, a escolha do arranjo físico, de acordo com o tipo de processo e pelos critérios estabelecidos. Um arranjo físico favorece a padronização e o processo pode ser facilitado pelo treinamento do cliente, quando atua também, como mão de obra. Como vimos anteriormente, os serviços podem ser produzidos como os produtos em uma linha de montagem, desde que os recursos sejam disponibilizados harmonicamente, permitindo o fluxo durante a operação. O arranjo físico do sistema de prestação de serviços deve levar em consideração a natureza e os objetivos da operação, bem como o espaço disponível, questões estéticas e flexibilidade, além de oferecer segurança aos funcionários e clientes. Quando o cliente entra em contato com as instalações do serviço, os pontos são definidos de acordo com o tipo de serviço, e as decisões, quanto à organização do ambiente. Devem ser consideradas: a ênfase em pessoas ou equipamentos; a interação com o front office e back office; a participação do cliente no processo e os espaços disponíveis. Priorizando o ambiente de entrega do serviço front office, podemos considerar três principais organizações dos recursos: 25Gestão de Serviços Arranjo físico por produto: Os recursos seguem a sequência da forma como o serviço (produto) é produzido. A sequência dos eventos na produção do serviço, considerando a participação do fornecedor e do cliente, é o referencial para determinar como as atividades serão organizados e a posição dos recursos físicos ambiente físico. Sendo assim, a organização é um guia para os processos, criando um padrão para a operação, que favorecem a entrega no tempo planejado e as decisões em relação à capacidade física e demanda. O arranjo físico por produto sempre está presente nos restaurantes fast food. Arranjo físico por processo: Os recursos são posicionados de acordo com a sua função. Neste caso, o fluxo do cliente é direcionado, sem que tenha que seguir uma sequência fixa de eventos, acomodando serviços semelhantes em um mesmo local ou posicionamento, de modo a facilitar o acesso. Isso pode ser observado no arranjo dos supermercados, em que os produtos de limpeza e de higiene são disponibilizados em setores próximos, bem como o setor de panificação, que fica próximo ao setor de frios. Arranjo físico posicional: Os recursos são levados até o cliente, sem que eles tenham que se deslocar. Podemos perceber esse tipo de arranjo nos restaurantes à la carte, quando o cliente é recebido e conduzido até uma mesa, onde realiza seus pedidos, recebe-os e realiza o pagamento. É importante perceber que, nas decisões em relação ao arranjo físico, dependendo do tipo de empresa ou serviço, pode-se apresentar mais de um arranjo físico. Outra questão importante é que as atividades de retaguarda também deverão ser consideradas, de forma a favorecer a sequência de eventos do back office para garantia da eficiência e qualidade na entrega do serviço. Podemos considerar que, além dos serviços prestados no ambiente físico, existem outras possibilidades de entrega, quando a ação é realizada na residência do cliente, como a pintura de um imóvel, manutenção de móveis, entre outros. Existem também os atendimentos que são efetivados por meios eletrônicos, sem a necessidade da presença do cliente, como os feitos pelas operadoras de cartão de crédito, serviços de TV, rede de comunicação e telefonia. Os serviços bancários, por sua vez, estão sendo entregues totalmente a canais eletrônicos, reduzindo a necessidade de deslocamento do cliente até suas instalações físicas. 26 Gestão de Serviços 1.2.3 Perfil dos Fornecedores de Serviços (“P” de Pessoa) Como já apresentado, as decisões em relação aos processos e tecnologia estão vinculadas ao volume e às características do serviço. O uso intensivo de equipamentos e as decisões quanto a utilização de tecnologia apresentam benefícios para a padronização e ganhos de escala. Alguns serviços, embora seus processos dependam de alguns recursos, como equipamentos e tecnologia, por sua natureza, geralmente, são intensivos em contato com funcionários; portanto, a interação e customização serão favorecidas com a utilização dos recursos. Os serviços com alto grau de contato com os funcionários implicam na ênfase do front office e, portanto, as pessoas de linha de frente têm grande influência nos resultados da operação. Sendo assim, o projeto deve incluir decisões relativas às pessoas. Os serviços com essas características se enquadram em serviços profissionais e, em alguns casos, como loja de serviços. As pessoas são o recurso principal destes processos e as decisões no projeto são bem significativas na operação e na gestão. É fundamental considerar o pessoal de linha de frente e o pessoal de retaguarda, pois o efeito de suas atividades atinge a entrega do serviço e merece atenção. O planejamento, que envolve pessoas para a operação de serviços, deve considerar o perfil necessário para a função, direcionando os processos de captação, seleção, treinamento e avaliação de desempenho. Considerando que a satisfação do cliente está relacionada a um bom atendimento e que os funcionários satisfeitos apresentam-se diante do cliente comprometido, é muito importante programas de reconhecimento e recompensas. 1.3 Precificando Serviços (“P” de Preço) Considere um projeto que permita uma operação capaz de oferecer serviços de qualidade, que visa entrega de valor e o alcance de lucratividade e posicionamento no mercado. Nenhum desses fatores é determinante se a empresa não adotar uma política de preço adequada e competitiva. 27Gestão de Serviços Atribuir preço a um produto tangível não é simples. O desafio é ainda maior quando precisamos atribuir preço a um serviço. Para começar, um produto é fabricado em local específico e sua entrega ao cliente é posterior à produção e controle de qualidade; já o serviço é produzido e consumido ao mesmo tempo. Mas o que isso tem a ver com o preço? Todos os produtos ou serviços precisam de insumos, materiais e mão de obra. Chamamos esse investimento de custos de produção. O produtor precisa gastar para produzir, e o preço deve cobrir os custos de produção e apresentar uma margem de lucro, senão não teria sentido, não é mesmo? Já sabemos que o custo de produção é a base da precificação, porém, identificar e atribuir custos aos serviços não são tarefas fáceis pois, no mesmo lugar e ao mesmo tempo, sãoproduzidos vários serviços que utilizam recursos próprios e/ou recursos comuns a cada um deles. Dentro de um mesmo salão de beleza, por exemplo, existem produtos como corte, escovação e manicure, com preços diversos. Isso acontece pois o tempo de prestação de serviço e o material utilizado são diferentes, portanto, cada atendimento tem um custo de produção diferente. Uma política de preço precisa, ao mesmo tempo, ser assertiva e flexível, pois, embora o custo seja o ponto de partida do preço, não adianta adotar um padrão de preço e o mercado oferecer um preço mais atrativo para o cliente. Adequar os custos a um preço competitivo é um desafio dos gestores de marketing, operação e de finanças. Deve-se entender que os clientes escolherão o fornecedor que apresentar o serviço com menor custo e com mais benefícios. Não basta identificar o custo do produto ou serviço e determinar uma margem de retorno. Quando temos um produto com custo de produção de R$ 1.000,00, com um percentual de lucro atribuído de 40%, e esse serviço é colocado no mercado por R$ 1.400,00, significa que o fornecedor considerou somente o custo de produção e o lucro desejado, fechando os olhos para o mercado e o cliente. Uma empresa competitiva precisa considerar outros parâmetros e sempre definir uma política de preços onde possa controlar e ajudar sempre que necessário. 28 Gestão de Serviços 1.3.1 Estratégias de Preço dos Serviços Hoje, as empresas estão mais sensíveis às estratégias para definir preço e utilizam o custo de produção, considerando também o preço do mercado e a visão do seu cliente em relação ao pacote de benefícios. Com essa estratégia, as empresas que conseguem conquistar mercados e, consequentemente, melhorar seus serviços, normalmente, conseguem conquistar o mercado e adotar preços acima da média pelo seu diferencial. Assim, com qualidade e boa dinâmica de relacionamento, as empresas conseguem atingir a liderança. Mesmo atingindo patamares satisfatórios no mercado, a empresa não pode deixar de avaliar o objetivo que determinou o preço. Dependendo da estratégia e do momento, o preço do serviço pode ser repensado quando o objetivo que o determinou não for mais priorizado pelo mercado. O preço pode ser repensado por vários motivos: para consolidar-se em um novo mercado; deter parcela maior do mercado ou aumentar demanda para otimizar a capacidade instalada, entre outros. No pricing o processo de formação do preço define que, mesmo em uma economia em que a determinação do preço tem como base o equilíbrio entre a demanda e a oferta, a empresa sempre deve manter uma margem para flexibilizar o preço anteriormente definido. Sendo assim, os custos de produção do serviço e o preço praticado pelo mercado são os referenciais para o pricing, que deve ter como prioridade o pacote de valor percebido pelo cliente. Em um mercado, podemos considerar algumas exceções na adoção da estratégia de preço, como nos casos em que não se possui poder sobre o preço do seu produto ou serviço, como os que são controlados pelo governo, como o combustível, energia elétrica e telefonia. Temos também os preços que são auto regulamentados pelas classes profissionais, como os planos de saúde, tabela de honorários de médicos e dentistas. As estratégias de preços em serviços orientam as decisões para precificação de serviços, considerando o custo de produção, a atuação da concorrência e o ponto de vista do cliente. Para a definição do preço dos serviços, as estratégias seguem a combinação entre os orientadores de preço. São eles: 29Gestão de Serviços 1. Custos de produção: Estratégias baseadas em custos de produção de serviços seguem o princípio de apuração de todos os custos dos serviços, levando em consideração somente os fatores internos, sem considerar o poder de compra dos clientes e o preço praticado pelos concorrentes para o mesmo tipo de serviço. Os custos dos serviços englobam as despesas fixas, os custos diretos e os custos variáveis. A estratégia de preço, com base nos custos, considera que o preço do serviço deve, no mínimo, cobrir os seus custos de produção, conforme abaixo: Custos diretos: São aqueles que estão diretamente relacionados à produção do serviço oferecido. Como exemplo, temos a mão de obra dos profissionais cabeleireiros em um salão de beleza. Custos indiretos ou variáveis: São os custos que variam em relação à quantidade dos serviços produzidos, sendo difícil a atribuição a um determinado serviço. Como exemplo, temos o custo com material descartável, que é utilizado para os serviços de estética e também nos serviços de manicure e pedicure no centro de beleza. Neste caso, não temos como determinar a quantidade utilizada em cada serviço, portanto, o seu custo é atribuído com base em um rateio, que é a utilização de um método para distribuição de custos indiretos aos produtos ou serviços. Despesas fixas: São aquelas que não variam com a produção dos serviços, ou seja, não estão diretamente relacionadas à quantidade de serviços produzidos, como o gasto com o aluguel do salão, salário do encarregado da limpeza, o seguro do salão de beleza etc. Essas despesas não são alteradas, quando diminui ou aumenta o número de serviços no salão. Para calcular o preço de um serviço, é fundamental conhecer os aspectos que formam esses preços, sendo o básico para formação de preço, os gastos ocorridos durante a produção dos serviços, considerando os custos de mão de obra, que são os salários e encargos dos prestadores de serviços e todos os outros custos operacionais. O Sebrae apresenta um roteiro simplificado sobre a formação de preço. Conheça os métodos de calcular produtos e serviços, levando em conta as terminologias em custos comerciais, por meio da leitura do artigo indicado. Saiba Mais Leia mais 30 Gestão de Serviços http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/ap/artigos/como-calcular-o-preco-de-venda-em-servicos,17063ea344900610VgnVCM1000004c00210aRCRD 2. Concorrentes: As estratégias baseadas em custos de produção de serviços podem combinar com a comparação com os concorrentes, o que pode oferecer mais flexibilidade ao preço, considerando: a. Preço baseado na curva de experiência: Se a empresa já possui certa maturidade na oferta do serviço, ela é favorecida pelo tempo no mercado e com seu potencial, os custos operacionais são mais baixos, podendo, estrategicamente, apresentar preços mais baixos que os dos concorrentes. Como resultado, atraímos novos clientes e obtemos ganhos em escala, aumentando ainda mais a sua curva de experiência. Com preços menores ou iguais aos custos, a empresa torna-se mais agressiva no mercado. Para atingir esse nível, é preciso que a estratégia de preço, que partiu do custo de produção, tenha sido eficiente para evitar desvios entre o preço praticado e os custos. b. Seguidor de preço: Considerando a estratégia baseada na concorrência, a empresa poderá também seguir os preços do mercado, em uma posição equiparada; então, o consumidor decide pelo fornecedor que consegue apresentar mais benefícios. É preciso ter atenção ao seguir o preço da concorrência, observando se os preços praticados pelo mercado estão abaixo dos custos do serviço. Para seguir, é necessário adequar os custos ou assumir os prejuízos com essa decisão, desde que seja uma estratégia. Ao contrário, se o preço praticado pelo mercado apresentar comportamento acima do considerado como ideal, teremos resultados maiores em relação aos custos de produção. c. Liderança em preço: É a estratégia de considerar o concorrente líder em preço por sua influência sobre os demais concorrentes. Geralmente, o líder em preço conduz a prática do preço no mercado; quando ele diminui o seu preço, os demais concorrentes o acompanham. A estratégia de comparação com o líder em preço deve ser bem-avaliada, considerando a capacidade produtiva. O líder em preço, geralmente, é também o líder de vendas e otimiza osseus processos e recursos, favorecendo os seus custos de produção, o que pode não ser a realidade da empresa que o segue. 3. Comportamento do cliente: As estratégias de preço, com base no comportamento do cliente, seguem a lógica de valor e confiança do julgamento que o cliente faz do serviço. 31Gestão de Serviços a. Julgamento de valor: Quando o cliente entende que o preço pago pelo serviço está relacionado à garantia de entregas de acordo com suas expectativas, ele transforma o foco do preço em troca da segurança da sua satisfação. b. Confiança: Os relacionamentos favorecem a política de preço, como a prática de contratos de serviços em maior periodicidade, como em algumas academias, que oferecem preços especiais para os contratos semestrais ou anuais. c. Utilização de recursos do cliente: Outras possibilidades de precificação pelo comportamento do cliente são praticados nos serviços, com alguns recursos do cliente, como os serviços de tosa domiciliar, que utiliza a energia elétrica e a água do cliente. Assim, pode-se diminuir o seu custo, favorecendo a prática de preços mais competitivos. De uma forma geral, a política de preço deverá levar em consideração os custos de produção do serviço. O preço poderá ser igual, maior ou até menor que os custos, mas, o que determinará esta decisão é o objetivo da estratégia. A concorrência deverá ser considerada como um parâmetro de avaliação do preço, definindo a estratégia de competição; quanto ao cliente, ele precisa entender o valor do serviço, e o preço baixo pode não ter tanta importância quando ele percebe os riscos em contratar um serviço. O relacionamento agrega valor à política de preço e oferece margens mais significativas para o negócio. Empresário cria serviço de gráfica que vai até o cliente. Para superar os desafios encontrados pela empresa pela baixa demanda, o empresário reinventou seu serviço, realizando nas instalações do cliente, serviços de personalização de vários produtos, reduzindo assim, seus custos e dobrando o seu lucro. Com o serviço móvel, o negócio não para de crescer. Assista ao vídeo e saiba mais. Saiba Mais Assista agora 32 Gestão de Serviços https://globoplay.globo.com/v/5314691/ 1.3.2 Promoção e Preço (“P” de Promoção) Depois da aplicação da estratégia, permeando todos os assuntos que envolvem o projeto de serviços e a precificação, considerando custos, mercado e cliente bem como os objetivos da estratégia, de nada adiantará praticar um preço competitivo se a comunicação deixar de apresentar tudo que o serviço tem a oferecer. A promoção deve ser feita por meio de vários canais, como e-mail, website, telefone entre outros, tendo como atribuição, comunicar ao público sobre os benefícios oferecidos para atrair novos clientes e incentivar as recompras. A comunicação precisa ser eficaz em informar, atrair e manter os clientes, apresentando em seu conteúdo, o máximo de aspectos que posicionam a empresa em uma concorrência qualificada. O pacote de serviços, os benefícios explícitos e implícitos e os aspectos físicos, em sua maioria, atraem a atenção do consumidor. 33Gestão de Serviços Síntese Nesta unidade, vimos que o projeto de serviços, entrega e precificação foram desenvolvidos, considerando o composto de marketing de serviços dos 7Ps, que representam o produto, processo, praça, instalações, pessoas, preço e promoção. Entendemos a diferença entre a gestão de operações de serviços e estratégias de operação, e como a estratégia de marketing de nível funcional é orientada pelo planejamento estratégico no nível corporativo e pela estratégia competitiva do negócio. Aprendemos também que as empresas podem formular suas estratégias de serviços, por meio da combinação entre as estratégias genéricas de liderança global em custos, diferenciação e focalização. Por fim, compreendemos que o desempenho de competitividade é determinado pelos critérios estabelecidos pelo mercado, e classificados como critérios qualificadores, ganhadores de pedidos e perdedores. Vimos, inclusive, que as posições que necessitam de melhorias são conhecidas pelo cruzamento entre as dimensões e o posicionamento dos critérios na matriz importância x desempenho. 34 Gestão de Serviços Referências Bibliográficas CORRÊA, Henrique L.; CAON, Mauro. Gestão de serviços: lucratividade por meio de operações e de satisfação dos clientes. São Paulo: Atlas, 2002. FITZSIMMONS, James A.; FITZSIMMONS, Mona J. Administração de serviços: operações, estratégia e tecnologia de informação. Porto Alegre: Bookman, 2014. GIANESI, Irineu F. N.; CORRÊA, Henrique Luiz. Administração estratégica de serviços: operações para a satisfação do cliente. 6 ed. São Paulo: Atlas, 1996. KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de marketing. 14 ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012. LOVELOCK, Christopher H. et al. Marketing de serviços: pessoas, tecnologia e estratégia. 7 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011. PEQUENAS EMPRESAS & GRANDES NEGÓCIOS (ONLINE). Empresário cria serviço de gráfica que vai até o cliente. Disponível em: https://globoplay.globo.com/v/5314691/. Acesso em: 24 mar. 2018. SEBRAE ONLINE. Conheça os métodos de calcular produtos e serviços levando em conta as terminologias em custos comerciais. Disponível em: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/ap/artigos/como-calcular- o-preco-de-venda-em-servicos,17063ea344900610VgnVCM1000004c00210 aRCRD. Acesso em: 29 abr. 2018. UXLAB. O design na criação do serviço. Disponível em: https://www. youtube.com/watch?v=WY5gtHfgHog. Acesso em: 24 mar. 2018. 35Gestão de Serviços https://globoplay.globo.com/v/5314691/ https://globoplay.globo.com/v/5314691/ http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/ap/artigos/como-calcular-o-preco-de-venda-em-servicos,17063ea344900610VgnVCM1000004c00210aRCRD http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/ap/artigos/como-calcular-o-preco-de-venda-em-servicos,17063ea344900610VgnVCM1000004c00210aRCRD http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/ap/artigos/como-calcular-o-preco-de-venda-em-servicos,17063ea344900610VgnVCM1000004c00210aRCRD https://www.youtube.com/watch?v=WY5gtHfgHog https://www.youtube.com/watch?v=WY5gtHfgHog A Era dos Serviços Objetivos Introdução 1. A Era dos Serviços 1.1 A Importância dos Serviços na Economia Moderna 1.1.1 PIB – Produto Interno Bruto 1.1.2 Identificando a Posição dos Serviços na Economia 1.1.3 Índice de Empregos 1.2 A Evolução no Ambiente de Serviços – Serviços na Era Digital 1.3 Os Serviços Comparados aos Bens Físicos; Abordagem Integrada para a Administração de Serviços 1.3.1 Serviço e Bens Físicos 1.3.2 As Atividades de Serviços como Diferencial Competitivo 1.3.3 A Gestão como Aliada dos Serviços 1.3.4 Afinal, o que o Cliente Quer? 1.3.5 Os Serviços e suas Contribuições 1.3.6 Os Serviços como Provedores de Diferencial Competitivo 1.3.7 Os Serviços Internos 1.3.8 Os Serviços como Fonte de Lucro Síntese Referências Bibliográficas A Era dos Serviços Objetivos Introdução Síntese Referências Bibliográficas Características e Elementos dos Serviços Objetivos Introdução 1. Características e Elementos dos Serviços 1.1 Processos em Serviços 1.1.1 Processos em Serviços: Front Office e Back Office 1.1.2. Pacote de Valor - Proporção entre Produtos Físicos e Serviços 1.1.3 O Cliente como Mão de Obra 2. Tipologia de Serviços 3. Serviços e a Relação com o Cliente 3.1 E o que são Necessidades e Expectativas? 3.2 Uma Análise da Formação das Expectativas Síntese Referências Bibliográficas Excelência em Serviços Objetivos Introdução 1. Excelência em Serviços 1.1 Conceitos sobre Excelência e Qualidade em Serviços 1.1.1 A Avaliação do Serviço por Faixas de Desempenho 1.1.2 Dimensões da Qualidade em Serviços 1.2 Melhores Práticas em Serviços 1.3 Diretrizes para Tratamento de Reclamações nas Organizações 1.3.1 Norma ISO NBR 10002:2014 – Definição dos Termos1.3.2 Norma ISO NBR 10002: 2014 – Princípios Orientadores Síntese Referências Bibliográficas _GoBack Criação de Valor por meio dos Serviços Objetivo Introdução 1. Gestão da Expectativa do Cliente 1.1 Expectativas com Base em Preço ou em Valor? 1.2 O Encontro com o Serviço 1.3 O Ciclo do Serviço e os Momentos da Verdade 2. Gestão de Riscos e Reclamação 2.1 Definição de risco 2.1.1 Como Evitar Falhas 2.1.1.1 Erros dos Prestadores de Serviços Poka-Yoke 2.1.1.2 Erros dos Clientes Poka-Yoke 2.2 Reclamação 2.2.1 Feedback de Clientes 2.2.2 A Recuperação do Cliente 2.2.3 A Compensação com as Falhas 2.2.4 Garantias de Serviços 3. O Poder na Mão do Cliente na Gestão de Serviços Síntese Referências Bibliográficas Estratégia de Marketing em Serviços Objetivo Introdução 1. Estratégia de Marketing em Serviços 1.1 Posicionamento e Projeto de Serviços 1.1.1 Desempenho Competitivo 1.1.2 Projeto de Serviço 1.1.2.1 O Pacote de Serviços (“P” do Produto) 1.1.2.2 Processo e Organização (“P” do Processo) 1.2 Entregando Serviços 1.2.1 Localização (“P” de Praça) 1.2.2 Instalações (“P” de Phisical Environment) 1.2.3 Perfil dos Fornecedores de Serviços (“P” de Pessoa) 1.3 Precificando Serviços (“P” de Preço) 1.3.1 Estratégias de Preço dos Serviços 1.3.2 Promoção e Preço (“P” de Promoção) Síntese Referências Bibliográficas
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