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1 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S 2 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S 3 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A SNúcleo de Educação a Distância GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino Revisão Ortográfica: Águyda Beatriz Teles PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira. O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho. O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem. 4 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S Prezado(a) Pós-Graduando(a), Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional! Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as suas expectativas. A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra- dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a ascensão social e econômica da população de um país. Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida- de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas pessoais e profissionais. Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi- ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu- ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe- rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de ensino. E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos conhecimentos. Um abraço, Grupo Prominas - Educação e Tecnologia 5 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S 6 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo- sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve- rança, disciplina e organização. Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho. Estude bastante e um grande abraço! Professor: Raphael Vinicius Fialho Tomaz 7 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc- nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela conhecimento. Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in- formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao seu sucesso profisisional. 8 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S Os indicadores de manutenção são componentes importan- tes e fundamentais de uma atividade de manutenção, principalmente quando atribuído à gestão da manutenção dentro de uma organização, de um departamento de manutenção, que geralmente é responsável por uma proporção importante do esforço total de manter máquinas e equipamentos em operação. Os indicadores podem ser descritos como o cuidado e a assistência prestada por informações provenien- tes dos atendimentos envolvidos na manutenção para manter os equi- pamentos/ instalações em estado operacional satisfatório, fornecendo inspeção sistemática, detecção e correção de falhas incipientes antes de sua ocorrência, ou antes de seu desenvolvimento em falha grave. Alguns dos principais objetivos dos Indicadores de Manutenção são: melhorar o equipamento, aumentar a vida produtiva, reduzir avarias críticas do equipamento, permitir melhor planejamento e programar o trabalho de manutenção necessário, minimizar as perdas de produção devido às falhas no equipamento e promover a saúde e a segurança do pessoal de manutenção. Enfatiza-se que todo indicador de manu- tenção deve ser econômico e apresentar resultados que maximizem oportunidades, ou seja, possam dar ao gestor a capacidade analítica do serviço prestado. O princípio mais importante para manter o su- porte contínuo ao gerenciamento com dados é: "toda e qualquer ma- nutenção, seja corretiva ou preventiva deve ser acompanhada de um documento que possa dar informações sobre a sua realização". Tempo Médio. Gestão. Indicadores. Gráficos. 9 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S CAPÍTULO 01 INTRODUÇÃO AO SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE MANUTENÇÃO BASEADO EM INDICADORES Apresentação do Módulo ______________________________________ 11 13 32 14 Introdução ____________________________________________________ Indicadores Gerais de Manutenção _____________________________ Manutenção e Engenharia de Manutenção ______________________ CAPÍTULO 02 INDICADORES Introdução aos Indicadores ____________________________________ 31 27Recapitulando ________________________________________________ Quatro Fases para Redução de Quebras em Máquinas __________ 35 15Medição de Desempenho de Manutenção ______________________ 34Indicadores de Desempenho ___________________________________ Tempo Médio de Quebras (MDT) ______________________________ 40 18 20 Estratégia de Manutenção _____________________________________ Elementos de Gestão de Manutenção ___________________________ Tempo Médio entre Falhas (MTBF) ______________________________ 40 40Tempo Médio de Reparo (MTTR) ________________________________ 10 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S CAPÍTULO 03 IMPACTO DA IMPLANTAÇÃO DOS INDICADORES EM GESTÃO DE MA- NUTENÇÃO Dificuldades na Avaliação do Desempenho de Manutenção ____ 57 Variáveis de Medição, Monitoramento e Benchmarking de De- sempenho de Manutenção ____________________________________ 58 Indicadores de Custos ________________________________________ 44 Requisitos dos Indicadores _____________________________________ 49 Recapitulando _________________________________________________ 51 Medidas de Desempenho de Manutenção _____________________ 59 Diferentes Tipos de Indicadores ________________________________ 60 Controle de Estoque em Manutenção _________________________ 61 Erro Humano na Manutenção __________________________________ 63 Erro de Manutenção no Ciclo de Vida do Sistema e Distribuição do Tempo da Pessoa de Manutenção __________________________ 64 Razões para o Erro de Manutenção _____________________________ 65 Recapitulando _________________________________________________ 69 Fechando a Unidade ___________________________________________ 74 Referências ____________________________________________________ 78 11 IN D IC A D OR E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S Não é possível melhorar o que não se pode medir. É por isso que o primeiro passo no caminho para a excelência da confiabilidade é cal- cular seus principais indicadores de desempenho de manutenção (KPIs) para ajudá-lo a atingir suas metas. Os KPIs são usados para acompanhar o desempenho em várias áreas ao longo do tempo e indicam quando a empresa está operando dentro ou fora de níveis aceitáveis. A gestão desempenha o papel além dos limites financeiros, é um instrumento capaz de proporcionar uma visão decisiva no sistema de gerenciamento da empresa, a medição de desempenho é ampla- mente utilizada pelas unidades de negócios e pelas indústrias para ava- liar o progresso em relação às metas e objetivos definidos de maneira quantificável para eficácia e eficiência na maioria das vezes. O gerenciamento de manutenção é definido pela ABRAMAN como sendo todas as atividades do gerenciamento que determinam os objetivos, estratégias e responsabilidades de manutenção e as imple- mentam por meios como planejamento de manutenção, controle e su- pervisão de manutenção e melhoria de métodos na indústria, incluindo também aspectos econômicos. Neste modulo o aluno verá a aplicação dos indicadores como uma ferramenta fundamental para a tomada de decisão dos gestores de processo. No primeiro capítulo o objetivo é apresentar a introdução aos indicadores, ou seja, como o gestor de um processo produtivo ou de manutenção pode fazer a implantação. O conhecimento dos dados é fundamental, com isso a preocupação em criar um indicador que seja realmente aplicado as suas necessidades. É importante que o aluno conheça a estratégia de manutenção utilizada e saiba como atuar na engenharia de manutenção, observando o desempenho do departamento ou até mesmo dos colaboradores que atuam em uma determinada frente de trabalho que lhe dará subsídio para o gerenciamento das melhorias. No segundo capítulo deste modulo serão apresentados os prin- cipais indicadores utilizados na manutenção industrial, conhecidos e apli- cados mundialmente em indústrias que visam boas práticas de manu- tenção e, com isso, tornam a empresa competitiva mundialmente. Ainda, será explicado como fazer a implantação destas ferramentas para a co- leta dos dados. Vale destacar que três indicadores são essenciais para o departamento de manutenção na gestão dos ativos, entre eles o indica- dor de tempo médio entre falhas, o indicador do tempo médio de reparo e, por fim, o indicador do tempo médio de máquina parada. O terceiro e último capítulo deste modulo traz o impacto da im- plantação dos indicadores na gestão da manutenção. Através da coleta 12 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S de dados é possível gerenciar de forma eficaz a manutenção ou outro processo produtivo. Serão exploradas as dificuldades na implantação, mudança de cultura etc., como também trará o conhecimento de como fazer uma medição das peças de reposição, análise de estoque e cus- tos relacionados à manutenção industrial. Neste módulo o aluno vai aprender a gerenciar a manutenção industrial baseado em dados, ou seja, de forma efetiva, a manutenção exerce um papel fundamental nas indústrias e, portanto, necessita de ferramentas para sua atuação. O desenvolvimento de cada um dos in- dicadores se torna uma ferramenta nas mãos de um gestor, e diante do exposto logo no início, de que o que não se mede não se pode geren- ciar, é possível obter com precisão dados para a tomada de decisão e para o que vai ser significativamente importante para a gestão. 13 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S INTRODUÇÃO Desde a Revolução Industrial, a engenharia de manutenção para máquinas e equipamentos tem sido um desafio para gestores e empreen- dedores de maneira geral. Embora um progresso impressionante tenha sido feito de maneira eficaz na manutenção de máquinas e equipamen- tos, a manutenção ainda é um desafio devido a fatores como tamanho, custo, complexidade e concorrência, entre outros fatores relacionados à produção industrial. Desnecessário será dizer que as práticas de manu- tenção atuais são orientadas pelo mercado, em particular para a indústria de manufatura e processo, fornecedores de serviços e assim por diante. Notamos ainda uma cultura totalmente fundamentada nas dé- cadas anteriores, em que a manutenção, de modo geral, foi considera- INTRODUÇÃO AO SISTEMA DE GERENCIA MENTO DE MANUTENÇÃO BASEADO EM INDICADORES IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S 13 14 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S da um “mal necessário”, contudo, podemos observar fábricas, indústrias e muitos sistemas produtivos atuando de maneira totalmente corretiva, onde se percebe que ocorre a utilização de um determinado equipamen- to até o momento em que um de seus componentes começa a falhar e somente após a falha há uma preocupação com a reparação do item. Um evento de correção pode apresentar uma implicação nes- tes sistemas produtivos que atuam preocupados somente na correção, desempenho ou segurança imediata. Assim, há uma necessidade de- finitiva de práticas eficazes de gerenciamento e manutenção de ativos que influenciarão positivamente os fatores críticos de sucesso, como segurança, qualidade do produto, velocidade de inovação, preço, lucra- tividade e entrega confiável. A cada ano, aumentam os gastos em manutenção de equipa- mentos em todo o mundo. Ao longo dos anos, muitos novos desenvol- vimentos ocorreram nesta área para melhorar os indicadores de ma- nutenção nas fábricas em geral. Para tanto, os termos “manutenção” e “engenharia de manutenção” podem significar coisas diferentes para pessoas diferentes. Por exemplo, a engenharia de manutenção pode ser vista como uma disciplina ou conceito que auxilia na aquisição de recursos necessários para manutenção e fornece políticas e planos para o uso de recursos na execução ou manutenção pensando sempre na melhoria contínua dos sistemas, e isto inclui os fatores de sucesso em uma indústria, como prazos cumpridos de acordo com o estabeleci- do com o cliente, segurança na operação, economia de matéria-prima e principalmente na qualidade de produtos. Em contrapartida, as ativida- des de manutenção são vistas como aquelas que usam recursos para executar fisicamente as ações e tarefas que acompanham a função de manutenção do equipamento para teste, manutenção, reparo, calibra- ção, revisão, modificação e assim por diante. Os indicadores de manutenção elevam os níveis de qualidade das instituições, através dos dados extraídos, tabulados e analisados é possível interpretar situações futuras. Um gestor certamente se apoiará nos dados para determinar ações para suas equipes. MANUTENÇÃO E ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO Embora a manutenção e a engenharia de manutenção tenham os mesmos objetivos, os ambientes aos quais estão inseridos são di- ferentes. Mais especificamente, a engenharia de manutenção é uma função analítica e é deliberada e metódica, está fundamentada no pla- nejamento, ou seja, atua na inteligência e programação para que fa- 15 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S tores não planejados não ocorram, ou que ao contrário disso, eventos que devem ser planejados possam ocorrer sem nenhum impedimento, transformando-se assim em economia de custos para a indústria. Por outro lado, a manutenção é uma função que deve ser execu- tada sob circunstâncias normalmente adversas e estresse, e seu principal objetivo é restaurar rapidamente o equipamento ao estado de prontidão operacional usando os recursos disponíveis. No entanto, os objetivos da engenharia de manutenção incluem: melhorar as operações de manuten- ção, reduzir a quantidade e a frequênciade manutenção, reduzir o efei- to da complexidade, reduzir as habilidades de manutenção necessárias, reduzir a quantidade de suporte de suprimento, estabelecer a frequência ideal e a extensão da manutenção preventiva ser realizada, melhorar e garantir o máximo de utilização das instalações e melhorar a organização de manutenção, estes fatores devem ser pautados sob a luz de indicado- res, que auxiliam o gestor na tomada de decisão. Cabe ainda ressaltar que a manutenção, mesmo tendo este nome que a remete a algo que já falhou, deve trabalhar em conjunto com a engenharia de manutenção para antecipar os eventos de falhas que certamente iriam impedir uma parada indesejada, e quando fala- mos em parada indesejada certamente entendemos os principais pro- blemas atrelados que vão contra os objetivos da empresa. MEDIÇÃO DE DESEMPENHO DE MANUTENÇÃO A medição de desempenho permite identificar as lacunas de desempenho entre o desempenho atual e o desempenho desejado e fornece indicação de progresso no sentido de minimizar as falhas. Os gestores devem definir uma direção clara, concentrando-se na visão da empresa, devem adotar ferramentas de gerenciamento e qualidade para ajudá-los a orientar a organização, monitorar e avaliar o progresso. Todas as funções e níveis de gerenciamento requerem um tipo de medida de desempenho e, ao definir essas medidas, os líderes de manu- tenção precisam entender sua necessidade, precisão, fonte e aplicabilida- de para indicar aqueles que são mais adequados, entre muitos disponíveis. Os indicadores devem apoiar o monitoramento e controle de desempenho, ajudar na identificação de falhas de desempenho, dar suporte à aprendizagem e melhoria e a ações de manutenção para a realização e concretude dos objetivos, fornece recursos de manutenção para áreas que afetam diretamente o desempenho de produção. Em ge- ral, os indicadores são medidos ao conjunto de dados numéricos sobre os processos que queremos controlar e melhorar. 16 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S Para Xavier (2013) os indicadores fornecem quatro benefícios principais a uma empresa, os quais podemos destacar: - Satisfação dos clientes; - Melhoria nos processos; - Possibilitar o benchmarking dentro e fora da organização; - Promover mudança nas estratégias implementadas. Princípios Importantes de Gerenciamento de Manutenção Quadro 1 – Conceitos e princípios para indicadores de manutenção 17 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S Fonte: Autor, 2019. É importante e necessário que a escolha dos indicadores tenha o principal objetivo que é apresentar os dados reais, estes dados necessitam ser confiáveis, isto significa que a coleta precisa ser eficiente e confiável. A manutenção pode ser conceituada como sendo a maneira como o ativo da empresa desempenha a função requerida, tal conceito se justifica diante de uma produção que precisa ser entregue aos clien- tes e em determinado momento algo que impede esse processo precisa ser conhecido, ser detalhado e sanado de maneira a dar seguimento na produção. Diante disso podemos concluir que os principais objetivos da manutenção podem ser: a) Prevenir a parada de máquinas por quebras; b) Minimizar os custos com substituições de emergências; c) Aumentar o tempo de produção do equipamento. Após este entendimento relacionado ao objetivo de manuten- ção podemos entender que a criação de um modelo de monitoramento é fundamental e temos então: 1) Aumento da confiabilidade operacional; 2) Gerenciamento de custos; 3) Maximização da capacidade produtiva. Segundo Spinola e Pessoa (1997, p. 99), “a informação é uma ferramenta poderosa para uma organização, pois através dela pode-se ter um domínio dos diversos parâmetros que regem a sua dinâmica”. Quadro 2 – Indicadores de manutenção 18 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S Fonte: Adaptada de Engeteles, 2019. Assim, ALVAREZ (1988, p. 382), afirma que os indicadores de desempenho na manutenção propiciarão: O controle estatístico global ou particular dos sistemas pro- dutivos através do monitoramento dos índices utilizados para medir a eficiência dos serviços de manutenção, otimizando os níveis de manu- tenção em termos econômicos, em função da potencialidade máxima oferecida pelos sistemas analisados. ESTRATÉGIA DE MANUTENÇÃO Diversos autores descrevem as estratégias genéricas de ma- nutenção. Gama (1999) descreve estratégia como sendo o “conjunto de ações para atingir os objetivos previstos” e que após definidos os indica- dores que serão utilizados para quantificar os objetivos deve-se traçar as estratégias, as quais podemos descrever citando alguns itens típicos que constam das estratégias de manutenção das empresas. São elas: • Racionalização da mão de obra própria e da contratação de serviços de terceiros; • Qualificação e motivação da mão de obra; • Controle de materiais e sobressalentes de manutenção; • Sistema de planejamento, programação e controle de manu- tenção; • Sistemática de manutenção preventiva, inspeção e de manu- tenção preditiva; • Planos periódicos de paradas programadas; • Controle de custos; • Sistema de padrões de manutenção (normalização); • Engenharia de manutenção em geral, como apoio à manuten- ção de área; • Controle gerencial integrado de todas as funções de manu- tenção; 19 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S • Melhorias nos equipamentos em final de vida, obsoletos ou eliminar pontos críticos. Os indicadores de manutenção, assim como os indicado- res de performance (ou desempenho), são um conjunto de infor- mações que buscam mensurar e otimizar o funcionamento dos processos, a fim de aumentar a eficiência e a produtividade de uma empresa. Para saber mais sobre esse assunto, acesse: https://fiel- dcontrol.com.br/blog/processos/indicadores-de-manutencao/ Como já mencionado, o grande mote dos gestores industriais e de manutenção está em melhorar os custos de produção e aumentar a confiabilidade dos equipamentos de produção. Deve-se ainda destacar algumas formas de gestão para estratégias de manutenção, na figura 5 observamos algumas formas, entre elas, os painéis onde são apresen- tadas as metas, dados e resultados. Figura 5 – Formas de gestão a vista. Fonte: Siteware, 2019. Já Kardec et al. (2002) define a estratégia de manutenção sob a ótica do Balanced Scorecard: “A manutenção, para ser estratégica, precisa estar voltada para os resultados empresariais da organização”. 20 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S ELEMENTOS DE GESTÃO DE MANUTENÇÃO Existem muitos elementos de gerenciamento de manutenção efetivos cuja eficácia é a chave para o sucesso geral da atividade de manutenção. Muitos desses elementos são descritos abaixo. Política de Manutenção Uma política de manutenção é um dos elementos mais impor- tantes do gerenciamento de manutenção efetivo. É essencial para a continuidade das operações e um claro entendimento do programa de gerenciamento de manutenção, independentemente do tamanho de uma organização de manutenção, a política deve incluir formas de cole- ta de dados e estratificação clara de maneira que os gestores possam se apoiar nestes dados e tomar decisões mais assertivas, abaixo na figura 6 vemos o exemplo de um gráfico apresentado dados de homem hora atuando nos seguimentos de manutenção. Figura 6 – Gráfico com apontamento de horas e percentual para homem hora nos tipos de manutenção. Fonte: Engeteles, 2019. Normalmente, as organizações de manutenção têm manuais contendo itens como políticas detalhadas, programas, objetivos, res- ponsabilidades e autoridades para todos os níveis de supervisão, re- quisitos de relatórios, métodos e técnicas úteis e índices de medição de desempenho. Na falta de tal documentação, ummanual de políticas, um documento de política deve ser desenvolvido contendo todas as infor- mações essenciais da política. 21 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S Controle de Material A experiência indica que, em média, os custos de material re- presentam aproximadamente 30 a 40% dos custos totais de manuten- ção direta. A utilização eficiente do pessoal depende em grande parte da eficácia na coordenação de materiais. Problemas com falta de materiais podem levar a falsas partidas, excesso de tempo de viagem, atrasos, datas de vencimento não atendidas etc. Etapas como planejamento de tarefas, coordenação com compras, coordenação com lojas, coorde- nação da emissão de materiais e revisão do trabalho concluído podem ajudar a reduzir problemas relacionados ao material. Decidir se manter as peças sobressalentes armazenadas é um dos problemas mais im- portantes do controle de materiais. A figura 7 apresenta uma forma simples para acompanhamen- to das peças de reposição utilizando uma técnica de estoque mínimo e máximo. Figura 7 – Planilha com dados de entrada e saída de materiais. Fonte: Luz Planilhas, 2019. A identificação da quantidade de material adquirida e armaze- nada deve ser monitorada para identificar possíveis formas de melhoria. Note que um custo muito elevado de estoque pode ser uma forma de prejuízos para a industrial. Estoques com custo alto e que falte, ain- da peças para reposição quando o equipamento apresenta uma falha 22 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S pode ser um prejuízo maior. Os estoques devem ter um custo acessível, com peças que suportem uma parada de máquina indesejada, o supor- te deve atuar no sentido de trabalhar em conjunto com a manutenção prevendo possíveis falhas nos componentes. Sistema de Trabalho Perdido Uma ordem de trabalho autoriza e direciona um indivíduo ou um grupo para executar uma determinada tarefa. Um sistema de ordens de serviço bem definido deve cobrir todos os trabalhos de manutenção so- licitados e executados, sejam trabalhos repetitivos ou únicos. O sistema de ordens de serviço é útil para o gerenciamento, no controle de custos e na avaliação do desempenho do trabalho. Embora o tipo e tamanho da ordem de serviço possa variar de uma organização de manutenção para outra, uma ordem de serviço deve conter, pelo menos, informações como: datas de conclusão solicitadas e planejadas, descrição do trabalho e suas razões, data de início planejada, custos de mão de obra e material ou itens a serem afetados, categoria de trabalho (manutenção preventiva, reparo, instalação etc.) e assinaturas de aprovação apropriadas. Como calcular corretamente o MTBF por equipamento e da planta. Vídeo sobre o assunto: Neste vídeo você vai ver um exem- plo de como calcular o MTBF para a planta fabril. Acesse os links: https://www.youtube.com/watch?v=oNwl_ulY8B8 Observação: É importante observar os detalhes, certamen- te você vai ser um gestor de manutenção e deverá atuar de forma correta, os cálculos auxiliam a tomada de decisão, porém formas ou cálculos incorretos levarão você a um caminho errado. Registros de Equipamentos Os registros dos equipamentos desempenham um papel crítico na eficácia e eficiência da organização de manutenção. Geralmente, os registros de equipamentos são agrupados em quatro classificações: execução de trabalho de manutenção, custo de manutenção, inventário 23 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S e arquivos. A categoria de trabalho de manutenção realizada contém documentação cronológica de todos os reparos e manutenções preven- tivas (MP) realizadas durante a vida útil do item até a data. A categoria de custo de manutenção contém perfis históricos e acumulações de mão de obra e custos de material por item. Geralmente, as informações sobre o estoque são fornecidas pelas lojas ou pelo departamento de contabilidade. A categoria de estoque contém informações como núme- ro de propriedade, tamanho e tipo, custo de aquisição, data de fabrica- ção ou aquisição, fabricante e localização do equipamento/item. Figura 7 – Tagueamemto de componentes Fonte: Manutenção em Foco, 2020. A categoria de arquivos inclui manuais de operação e serviço, garantias, desenhos e assim por diante. Registros de equipamentos são úteis na aquisição de novos itens/equipamentos para determinar ten- dências de desempenho operacional, solução de problemas, tomada de decisões de substituição ou modificação, investigação de incidentes, identificação de áreas de preocupação, estudos de confiabilidade e ma- nutenção e realização de estudos de custos e projetos. Manutenção Preventiva e Corretiva O objetivo básico da execução da Manutenção Preventiva é manter a instalação/equipamento em condições satisfatórias por meio de inspeção e correção de deficiências em estágio inicial. 24 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S Figura 8 – Metas para tipos de manutenção Fonte: Engeteles, 2019. Três fatores principais moldam o requisito e o escopo do es- forço da Manutenção Preventiva: confiabilidade do processo, economia e conformidade com os padrões. Uma grande parte do esforço de uma organização de manutenção é gasto em manutenção corretiva. Assim, a manutenção de correção é um fator importante na eficácia da organiza- ção de manutenção. Tanto a Manutenção Preventiva quanto a corretiva são descritos em detalhes no Capítulo 1. Planejamento e Programação dos Trabalhos O planejamento de trabalho é um elemento essencial do ge- renciamento de manutenção efetivo. Várias tarefas podem ser exe- cutadas antes do início de um trabalho de manutenção; por exemplo, aquisição de peças, ferramentas e materiais, coordenação e entrega de peças, ferramentas e materiais, identificação de métodos e sequencia- mento, coordenação com outros departamentos e garantia de licenças de segurança. Embora o grau de planejamento requerido possa variar com a embarcação envolvida e os métodos utilizados, a experiência vivenciada em outras empresas indica que, em média, um planejador é 25 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S necessário para cada vinte manutenções. Estritamente falando, o pla- nejamento formal deve cobrir 100% da carga de trabalho de manuten- ção, mas trabalhos de emergência e atribuições de pequenos trabalhos diretos são realizados em um ambiente menos formal. Assim, na maio- ria das organizações de manutenção, a cobertura de planejamento de 80 a 85% é atingível. O agendamento de manutenção é tão importante quanto o planejamento do trabalho. Figura 9 – Exemplo de cronograma de manutenção Fonte: Autor, 2020. A eficácia do cronograma baseia-se na confiabilidade da fun- ção de planejamento. Para trabalhos grandes, em particular aqueles que requerem coordenação de técnicos junto à realização das ativida- des, deve-se considerar seriamente o uso de métodos como Avaliação de Programas e Técnica de Revisão (PERT) e Método de Caminho Crí- tico (CPM) para assegurar um controle global efetivo. Atuar em manutenção é algo que exige competência téc- nica e ética profissional, a manutenção é responsável pelo correto funcionamento dos sistemas em geral, desde um sanitário, uma escada rolante, um avião e até mesmo uma estação espacial. Atuar corretamente nestes sistemas é a certeza de que eles funcionarão 26 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S corretamente sem prejuízos à sociedade que deles se utilizam. Medição de Desempenho Organizações de manutenção bem-sucedidas medem regular- mente seu desempenho por vários meios. As análises de desempenho contribuem para a eficiência do departamento de manutenção e são es- senciais para revelar o tempo de inatividade dos equipamentos, pecu- liaridadesno comportamento operacional da organização em questão, desenvolver planos para manutenção futura e assim por diante. Vários tipos de índices de desempenho para uso pelo gerenciamento de ma- nutenção são discutidos mais adiante nesta unidade. 27 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S QUESTÃO 1 Ano: 2022 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - POLITEC - RO - Pe- rito Criminal - Área 6 (Ciências da Computação/Informática/Análise de Sistemas) Considerando as métricas relacionadas a incidentes do ITIL Mean Time to Restore Service (MTRS), Mean Time Between Service Inci- dents (MTBSI) e Mean Time to Repair (MTTR), julgue os itens que se seguem. I. MTRS é sempre maior que MTTR. II. MTTR é sempre menor que MTBSI. III. MTBSI é a soma entre MTRS e MTTR. Assinale a opção correta. A) Apenas o item I está certo. B) Apenas o item II está certo. C) Apenas o item III está certo. D) Apenas os itens II e III estão certos. E) Nenhum item está certo. QUESTÃO 2 Ano: 2022 Prova: FGV - 2022 - TJ-DFT - Analista Judiciário - Supor- te em Tecnologia da Informação Os analistas de Tecnologia da Informação de uma instituição estão planejando modernizar o Centro de Dados da organização. Para isso, estão avaliando os indicadores de disponibilidade de siste- mas e componentes, pois os indicadores são importantes para cálculos de desempenho e planejamento da manutenção. Um dos componentes em avaliação possui o tempo médio de operação sem falhas de 500 horas e o tempo médio de reparo é de 5 horas. Com base nessas informações, é correto afirmar que: A) o MTTF é de 5 horas; B) o MTBF é de 100 horas; C) o MTBF é de 500 horas; D) a disponibilidade do componente é de 90%; E) a disponibilidade do componente é de 95%. QUESTÃO 3 Ano: 2022 Prova: FGV - 2022 - SEFAZ-BA - Agente de Tributos Es- taduais - Tecnologia da Informação Leia o fragmento a seguir. “Segundo o Guia PMBOK, 6ª edição, uma métrica da qualidade es- pecificamente descreve um atributo de projeto ou produto e como 28 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S o processo de _____ verificará a conformidade com ela. Alguns exemplos de métricas da qualidade incluem, _____, número de de- feitos identificados por dia, _____, pontuações de satisfação do cliente e porcentagem de requisitos cobertos pelo plano de testes como uma medida da cobertura de testes”. Assinale a opção cujos itens completam corretamente as lacunas do fragmento acima. A) padronizar a qualidade – erros encontrados por linha de código – de- sempenho de custos medido por IDC. B) gerenciar a qualidade – desempenho de custos medido por IDC – custo geral do projeto. C) controlar a qualidade – índice de falhas – períodos de inatividade total por mês. D) certificar a qualidade – índices de acertos – quantidade de abertura de chamados de manutenção corretiva. E) planejar o gerenciamento da qualidade – erros em documentação – índice de substituição de membros da equipe. QUESTÃO 4 Ano: 2019 Prova: CESPE - 2019 - MPC-PA - Assistente Ministerial de Informática De acordo com o ITIL, para criação e manutenção dos acordos de níveis de serviços (SLA), o gerenciamento de nível de serviço utili- za informações que os clientes podem acessar ao buscar dados no A) funil de serviço. B) catálogo de serviço técnico. C) plano de capacidade. D) catálogo de serviços do negócio. E) catálogo de serviços aposentados. QUESTÃO 5 Prova: CEV-URCA - 2021 - Prefeitura de Crato - CE - Engenheiro Mecânico Não é uma ação que representa a prática da manutenção preventiva: A) Lubrificação periódica em mancais. B) Troca programada de correias de transmissão. C) Troca de um rolamento em situação de defeito, por uso além do pe- ríodo recomendado. D) Substituição periódica do filtro de ar de um compressor de pistões. E) Realização de teste de estanqueidade em vasos de pressão seguin- do a NR-13. 29 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S TREINO INÉDITO São exemplos de componentes de um sistema de controle de ma- nutenção: 1. Faturamento das frotas. 2. Ordem de serviço. 3. Controle de pneus. 4. Ficha técnica dos veículos. Assinale a alternativa correta. a) Somente o item 4 é verdadeiro. b) Somente os itens 2 e 3 são verdadeiros. c) Somente os itens 1, 2 e 3 são verdadeiros. d) Somente os itens 2, 3 e 4 são verdadeiros. e) Os itens 1, 2, 3 e 4 são verdadeiros. QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE A partir dos dados informados deve-se proceder com a aplicação da fórmula vista ao longo do capítulo, pode-se realizar manualmente, mas como bom gestor utilize uma planilha no Excel e chegue aos valores apresentados: Nestes exercícios procure realizar os cálculos apresentados e o resulta- do em um gráfico para melhor visualização. NA MÍDIA Produção industrial acumula queda de 0,7% no ano No ano de 2022 a produção industrial ficou estável em dezembro e re- gistrou queda de 0,7% conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O resultado negativo do ano atingiu todas as quatro grandes categorias do setor — bens de consumo duráveis, bens de capital, bens de con- sumo semi e não duráveis e bens intermediários –, além de 17 dos 26 ramos industriais, 54 dos 79 grupos e 62,4% dos produtos produzidos. Fonte: CNN Brasil Data: 03 fev. 2023. Leia a notícia na íntegra: https://www.cnnbrasil.com.br/economia/ producao-industrial-fica-estavel-em-dezembro-e-acumula-queda-de- -07-em-2022/ 30 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S NA PRÁTICA Agora que você já conhece os principais indicadores de manutenção, proponho colocar seus conhecimentos em prática, abaixo apresenta-se um quadro com dados fictícios de uma indústria, você deverá trabalhar os dados e utilizá-los para a sua gestão, ou seja, você precisa tomar decisões com base nestes dados, então vamos lá! Deixei pronto o mês de janeiro, com ele você pode verificar seus conhe- cimentos, para que você faça de uma maneira mais fácil e rápida, pro- cure utilizar uma planilha eletrônica de cálculos (Excel) crie as fórmulas e, como desafio, crie também os gráficos para que você possa verificar de uma maneira gerencial e visual todos os dados para esta máquina. Veja quais foram os meses com maiores dificuldades e procure interpre- tar os dados, tire suas próprias conclusões. PARA SABER MAIS Filme sobre o assunto: Indicador Tempo Médio Entre Falhas e Indicador de Tempo Médio de Reparo Acesse os links: https://www.youtube.com/watch?v=J5fO1PLMWC8 31 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S INTRODUÇÃO AOS INDICADORES Como toda atividade empresarial das mais variadas formas de produção, a manutenção deve corresponder a critérios explícitos de Efi- ciência, Eficácia, Efetividade, Produtividade e Qualidade, que a torne, de maneira econômica, atrativa. Embora bastante lavrados na literatura e no meio empresarial, estes termos necessitam de significados exatos, que facilitem seu aproveitamento nesta e em outras áreas, com o intuito de fornecer dados e definições formais sobre estes termos, visando sua aplicação no ambiente da manutenção. A avaliação da qualidade de serviços é subdividida, segundo JURAN (1992), em dois vetores de medidas de desempenho distintos. O primeiro tem unidades "objetivas" de medida, onde as medidas são INDICADORES IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S 31 32 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S estabelecidas por unidades de tempo (dias, horas, minutos, segundos), temperatura etc., ou unidades tecnológicas de medida, como, por exem- plo, partículas de poluentes lançadas na atmosfera. INDICADORES GERAIS NA MANUTENÇÃO De forma geral os indicadores visam mostrar e acompanhar a evolução de uma determinada atividade. Em um sistema de geren- ciamentoé comum um painel onde pode-se visualizar as fases de um projeto, o custo de mão de obra, o tempo de parada de máquinas, no quadro abaixo é apresentado um modelo de acompanhamento de vá- rios índices, que com suas metas estabelecidas norteiam a forma de atuação em máquinas e equipamentos. Neste quadro é possível ter uma visão global dos seguintes itens: 1. Custo de manutenção: este é um indicador chave de perfor- mance, onde é analisado os custos mês a mês, atrelado à apresenta- ção dos custos mensais, é projetado uma meta mensal e através dela pode-se verificar se os custos estão ou não sendo cumpridos de acordo com o planejamento. 2. Números de quebras: este é um dos principais indicadores a serem monitorados num departamento de manutenção, através deste indicador pode-se verificar a eficiência operacional do sistema, de forma simples são apontados os números de quebras que ocorreram diaria- mente no sistema produtivo. Outros indicadores são apresentados no quadro, que serão ex- plorados com maior riqueza de detalhes mais adiante. Figura 10 – Indicadores chaves de performance com acompanhamento 33 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S Fonte: Autor, 2019 Note que os dados são atualizados diariamente e para que isso ocorra deve haver um responsável para esta atualização, todas estas informações devem vir das ordens de serviços. Os dados apresentados na planilha são mensais, porém a cada dia dados são inseridos no ban- co de dados. Os gestores podem avaliar o indicador diário com objetivo de determinar possíveis correções ao longo do percurso, a falta de itens em estoque para manutenção pode ser um índice a ser monitorado mensal, semanal ou até mesmo diário, e que pode ser corrigido. Pode- mos tomar como exemplo manutenções que não foram efetivadas, ou efetivadas com qualidade baixa devido à falta de parafusos. Neste caso, o gestor de manutenção pode apontar para o departamento de compras a necessidade de aquisição deste componente. Figura 11 – Indicadores chaves de performance Fonte: Autor, 2019 Os indicadores fornecem informações críticas sobre o desem- penho, a realização e a prestação de contas, que são a base do moni- toramento e avaliação eficazes. Além disso, os dados dos indicadores fornecem os insights estratégicos que são essenciais para o gerencia- mento efetivo da gestão de manutenção. É impossível subestimar o va- lor dos indicadores para continuar a melhorar o conhecimento sobre os dados da manutenção industrial. Para serem indicadores valiosos, eles 34 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S precisam ser de alta qualidade e capazes de coletar os dados certos no lugar certo, na hora certa. Um bom indicador deve ser claro e conciso. Deve se concen- trar em um único problema que forneça informações relevantes sobre uma situação; informações que fornecem a visão estratégica necessá- ria para um planejamento eficaz e uma tomada de decisão sólida. Segundo Kardec e Nascif (2013), na visão atual, a gestão e engenharia de manutenção são concebidas para que não ocorrerem manutenções, no sentido de manutenção corretiva não planejada. Por maior que seja o paradoxo aqui, numa visão mais aprofundada, per- cebe-se que o trabalho da manutenção está sendo fundamental onde, cada vez mais, o pessoal ligado a esta atividade precisa de qualificação e equipamentos suficientes para evitar falhas e não para corrigi-las. Na gestão e engenharia de manutenção atua-se em quatro fa- ses para redução de quebras e, consequentemente, a implantação do sistema de manutenção planejada. Vídeo sobre o assunto: BACKLOG DE MANUTENÇÃO: O que é e como calcular o Backlog? Acesse os links: https://www. youtube.com/watch?v=O5VIxH_qguk Observação: O vídeo aborda o que é backlog e como cal- cular o backlog enquanto indicador de manutenção. O backlog é um indicador de tempo, usado na Gestão da Manutenção. Em meio a tantos outros indicadores, podemos classificar o backlog como o indicador que mede o acúmulo de atividades pendentes de fi- nalização. O backlog é a nossa carteira de serviços oriunda das atividades de manutenções corretivas, preventivas, preditivas, ins- peções, melhorias, lubrificações, instalações etc. INDICADORES DE DESEMPENHO Bons indicadores também são definidos pela viabilidade de coletar dados significativos e confiáveis para eles. Além disso, bons in- dicadores devem medir de maneira precisa o que eles desejam medir. Se não for viável coletar dados para um indicador, ou se os dados que podem ser coletados não forem significativos, o indicador terá pouca ou nenhuma utilidade. Entre as dezenas de fatores em jogo na coleta 35 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S de dados para indicadores, há pelo menos três que devem ser sempre abordados devido ao seu impacto na credibilidade dos dados: (1) vali- dade, (2) confiabilidade e (3) viés. Validade: medição ou teste que mede com precisão o que se pretende medir. Confiabilidade: a consistência dos dados quando coletados repe- tidamente usando os mesmos procedimentos e sob as mesmas condições. Viés: qualquer efeito durante a coleta ou interpretação de infor- mações que leva a um erro sistemático em uma direção. MTBF, MTTR e MTTF são termos de confiabilidade utilizados para manutenção de máquinas, são baseados em métodos e procedimen- tos para previsões de ciclo de vida de um produto, do tempo para reparo em uma máquina e a vida útil de um equipamento. Os clientes geralmente precisam incluir dados de confiabilidade ao determinar qual produto com- prar para determinada aplicação. MTBF (tempo médio entre falhas), MTTR (tempo médio de reparo), MTTF (tempo médio de falha) são maneiras de fornecer um valor numérico baseado em uma compilação de dados para quantificar uma taxa de falha e tempo resultante do desempenho espera- do. O valor numérico pode ser expresso usando qualquer medida de tem- po, mas a hora é a unidade mais comum, na prática. Antes de conceituar cada um dos indicadores vamos interpre- tar como eles surgem e como podem ser gerenciados. QUATRO FASES PARA REDUÇÃO DE QUEBRAS EM MÁQUINAS A seguir são detalhados índices que podem ser monitorados com objetivos claros de redução de quebras, há ainda a possibilidade de criar um banco de dados que alimentado diariamente pode dar ao gestor a flexibilidade para atuação em máquinas e equipamentos que operam em regime de trabalho constante. Redução da Variação no Intervalo entre as Quebras Reduzir o intervalo de tempo entre as quebras pode significar que as manutenções realizadas no equipamento podem não estar sen- do bem realizadas, note que quando ocorre uma quebra o manutentor deve ter o cuidado de observar outras partes do equipamento que po- dem estar em falha. Certamente uma parada indesejada deve ser minimizada o mais breve possível, sim, isso deve ser feito, porém, realizar apenas o pro- 36 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S blema que fez com que o equipamento parasse neste momento não é o suficiente para redução das quebras. O manutentor deve ter um senso de gestão e verificar outros possíveis problemas no equipamento com objetivo de que os tempos entre as falhas sejam sempre maximizados. Vamos tomar como exemplo uma máquina que parou indesejadamente por um problema no sistema pneumático, ocorreu uma falha em um atua- dor, o manutentor apenas reparou o cilindro pneumático, mas analisando outras ordens de serviço, este mesmo equipamento falhou horas depois também com problemas pneumáticos, mas desta vez a conexão do mes- mo cilindro. Este é um caso clássico em que o manutentor preocupou-se apenas com o problema em si, não teve o cuidado de analisar ao redor desta parte da máquina e verificar possíveis outros problemas, de fato, se ele tivesse feito um check up nos demais componentes do sistemapode- ria ter visto que a conexão estava prestes a apresentar defeitos. Figura 12 – Minimização da variação entre os tempos de falhas Fonte: Autor, 2019 Como restaurar a deterioração dos equipamentos/componentes: 1. Estabelecer condições de base (limpeza, lubrificação, aper- tos, ajustes); 2. Esclarecer as condições de operação nos equipamentos; 3. Eliminar as maiores fontes de contaminações; 4. Estabelecer controle diário de lubrificação; 5. Introduzir os controles visuais, disponíveis a todos envolvidos. Prolongar a Vida Útil do Equipamento Certamente o investimento em máquinas e equipamentos é alto, e de maneira geral, um investidor vai desejar que seus equipa- 37 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S mentos durem e produzam pelo máximo de tempo possível. Mas, como determinar o tempo de vida de um equipamento? Equipamentos de pro- dução foram projetados para não quebrarem, ou ter um fim, eles fo- ram projetados para a máxima produção durante um tempo significativo para que sua produção retorne o investimento. Podemos analisar uma máquina muito antiga que ainda está em funcionamento, certamente ela passou por diversas manutenções e todas tiveram a finalidade de que o equipamento tornasse a produzir com qualidade. A necessidade de um novo investimento com outro equipamento pode ser prolongada. Figura 13 – Vida útil do equipamento Fonte: Autor, 2019 Implantar sistema de análise das quebras das máquinas (im- plantar melhorias) 1. Avaliar e selecionar os itens para manutenção preventiva; 2. Classificar as quebras segundo a gravidade, prevenindo a recorrência; 3. Melhorar os pontos fracos de projetos; 4. Eliminar quebras, prevenindo erros de operação e manutenção. Restaurar Periodicamente a Deterioração Reparar um equipamento no momento ideal é muito vantajoso, podemos notar que o componente foi utilizado em sua totalidade, e que ainda não houve paradas indesejadas na produção. Note que o gráfico da figura 14 destaca o ponto ideal da troca com manutenção, vamos tomar como exemplo um rolamento substituído em um determinado mo- mento, e que na substituição o fornecedor indica um tempo de operação confiável para ele de oito mil horas, e o equipamento volta a trabalhar e 38 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S quando decorridas as oito mil horas informadas pelo fabricante, ocorre novamente a substituição do componente. Figura 14 – Momento ideal de manutenção Fonte: Autor, 2019 Manutenção preventiva com intervalo de substituição correto, manutenção baseada no tempo. 1. Implantar um sistema de manutenção periódica; a. Manutenção terceirizada periódica; b. Inspeção periódica; c. Implantar padrões para manutenção; d. Controle de peças de reposição; e. Controle dos dados; 2. Detecção antecipada de anomalias em máquinas; 3. Correção adequada das anomalias. Predizer a Vida do Equipamento A técnica de manutenção preditiva é muito bem-vinda, porém muitos gestores a realizam de maneira equivocada, aqui vale ressaltar que a manutenção preditiva apontada na figura 15 deve ser realizada quando se tem um planejamento preventivo muito bom. A técnica predi- tiva maximiza os lucros fazendo com que o componente indicado pelo fornecedor necessita de reposição, deve-se analisar utilizando para isso ferramentas adequadas de maneira a identificar a condição do compo- nente, caso ele ainda suporte uma carga maior de trabalho, deve-se acompanhar e maximizar a manutenção. 39 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S Figura 15 - Preditivas Fonte: Autor, 2019 Implantação da manutenção preditiva, manutenção baseada em condições. 1. Implantar um sistema de manutenção preditiva; a. Treino em equipamentos e diagnósticos; b. Introduzir técnicas em diagnósticos de equipamentos; 2. Consolidação das atividades de melhoria; a. Aplicar análise sofisticada de quebras; b. Estender a vida dos equipamentos através de desenvolvi- mento de novos materiais e tecnologias. Para exemplificar os tempos veja na figura 16 como coletar os dados para estratificação. Figura 16 – Linha do tempo em manutenção Fonte: Autor, 2019 40 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S TEMPO MÉDIO DE QUEBRAS (MDT) O tempo médio de parada é uma medida básica de confiabili- dade para sistemas não reparáveis. É o tempo médio em que o equipa- mento fica parado em detrimento de uma falha de máquina. Note que de acordo com a figura 16 neste tempo médio estão inclusos todos os tempos, entre eles a falta de uma peça para reposição, a falta de uma ferramenta para o manutentor entre outros tempos que possam existir em uma parada de máquinas. É dado pela seguinte equação: Onde: TQ = Tempo de quebras nQ = Número de quebras TEMPO MÉDIO DE REPARO (MTTR) O Tempo Médio de Reparo (MTTR) é o tempo necessário es- pecífico para reparar um determinado equipamento em falha. Em um sistema, o reparo geralmente significa substituir uma peça com falha. Assim, o MTTR seja tempo médio para substituir um componente com falha. Levar muito tempo para consertar um produto aumenta o custo da instalação a longo prazo, devido ao tempo de inatividade até que a nova peça chegue e a possível janela de tempo necessária para agendar a instalação. Para evitar o MTTR, muitas empresas compram produtos de reposição para que uma substituição possa ser instalada rapidamente. Onde: TR = Tempo específico de reparo nQ = Número de quebras TEMPO MÉDIO ENTRE FALHAS (MTBF) O tempo médio entre falhas (MTBF) é um termo de confiabi- lidade usado para fornecer a quantidade de falhas em horas para um equipamento, setor ou até mesmo a fábrica como um todo. Essa é a pergunta mais comum sobre o tempo de vida de um produto e é impor- 41 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S tante no processo de tomada de decisão do usuário final. Onde: HP = Horas de produção nQ = Números de quebras A figura 17 é uma forma de determinar estes indicies para uma máquina, para um grupo de máquinas, um setor em específico e até mesmo para a fábrica toda. Figura 17 – Apontamento de tempos e indicadores Fonte: Autor, 2019. Os dados coletados alimentam uma planilha com as fórmulas predeterminadas e geram gráficos que auxiliam o gestor do processo, a forma de visualização é importante, pois trata-se da gestão a vista, tratada em outros capítulos, os gráficos podem ser compartilhados em tabelões disponíveis a todos os envolvidos no processo produtivo. Nos gráficos a seguir são apresentados os dados de MDT (MTTR), ou seja, tempo médio de parada de máquinas para reparo. 42 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S Figura 18 – Gestão a vista para indicadores Fonte: Autor, 2019 Muitas vezes, os termos “previsão” e “estimativa” são usados de forma intercambiável, no entanto, isso não está correto. Métodos que predizem o MTBF, calculam um valor baseado apenas nos dados levantados mês a mês. Os métodos de previsão são úteis quando os dados de campo são escassos ou inexistentes. Quando existem dados de campo suficientes, os métodos de previsão não devem ser usados. Em vez disso, métodos que estimam o MTBF devem ser usados porque representam medidas reais de fábrica. O gráfico da figura 18 apresenta os dados reais de máquinas em uma indústria de grande porte, nele são apresentados os valores da fábrica como um todo, depois são estratificados os valores para os tempos médios entre falhas para um determinado grupo de máquinas, aqui intitulado como inlines. 43 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S Figura 19 – Análise de dados, estratificação. Fonte: Autor, 2019 Os indicadores a serem usados no nível de gestão de manu- tenção devem ser escolhidos cuidadosamente para recebera atenção adequada e serem interpretados corretamente e de maneira a apresen- tar dados que submetidos a tratamentos possam surtir efeito no planeja- mento estratégico que é baixar custos e maximizar a confiabilidade nos equipamentos. A maneira mais apropriada de conseguir isso é converter o máximo de empenho em solucionar as paradas indesejadas, pois elas vão contra os dois principais objetivos, custo e confiabilidade. Entre os gestores de manutenção em geral, também existe a crença de que os modelos econômicos são a única maneira pela qual eles podem trans- formar a empresa competitiva mundialmente. Por exemplo, uma dis- ponibilidade de 97% em um determinado equipamento pode significar 44 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S pouco para um gerente, enquanto um número de quanto essa indispo- nibilidade custa à empresa pode ser mais fácil de compreender. Por esse motivo, os indicadores genéricos de alto nível, foca- dos na perspectiva do negócio e não na visão técnica, são usados como principais KPIs. Figura 20 - Análise de dados, estratificação. Fonte: Autor, 2019 INDICADORES DE CUSTOS De acordo com Ambrozewicz, (2012), a utilização de padrões externos à empresa tornou-se uma necessidade nos dias de hoje, pois, através do reconhecimento da utilização desses padrões, portas de mercados internacionais estão se abrindo. A uniformização de nor- 45 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S mas de elaboração de produtos e de execução de serviços tem o objetivo de garantir que todas as atividades desenvolvidas por empresas de diferentes pa- íses sigam os mesmos padrões e tenham seu controle de qualidade garantido. Os gráficos abaixo apresentam a estratificação dos custos de manutenção industrial, especificamente na figura 21, são apresentados os dados de custos com a aquisição de peças para reposição em máquinas do setor produtivo, onde o gráfico está mostrando dados de compra direta, aquela onde houve a necessidade de aquisição de peças para reposição em um determinado equipamento, porém por estratégia ou descuido não havia o item no almoxarifado da empresa isso resultou na necessidade de cotações, ou seja, envolvimento de outros setores em caráter emergencial. Em contrapartida outros dados apresentados neste gráfico, são das baixas de peças que constavam no almoxarifado, aquelas que foram previamente adquiridas, negociados preços e prazos de entre- gas, e com isso há diferentes oportunidades para este processo. Podemos entender que nos dois casos é a estratégia que de- termina a posição para um gestor tomar a decisão, se não mantiver um estoque e não tiver este custo, e quando necessitar da aquisição de uma peça de reposição mesmo que em caráter emergencial deverá fazer a aquisição. No outro caso há um almoxarifado contendo as peças que se utiliza no processo produtivo, nas máquinas e com isso se man- tém um custo com esse almoxarifado de reposição. Figura 21 – Custos de Manutenção Fonte: Autor, 2019 Indicadores de desempenho devem servir aos gestores como 46 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S forma de definição de metas e atuação, são índices elaborados para a medição e avaliação, na prática e na forma de aplicar os dados cole- tados e tabulados, o desempenho de um sistema produtivo. Observe a funcionalidade do sistema. Primeiramente, antes de iniciar qualquer mudança seja ela de layout, de processos ou até mesmo cultural, é necessário identificar como é a situação atual, observar o momento e somente após esta análise criteriosa fazer um balanço sobre onde deverá estar com a im- plantação dos indicadores. Para esta primeira avaliação damos o nome de visibilidade. Depois deste ponto os objetivos se tornam mais claros e mais fácil o estabelecimento das metas. Posteriormente à identificação do patamar com a implantação dos sistemas de indicadores, inicia-se a fase de estratificação dos da- dos, esta análise pode ser baseada em índices de classe mundial, ou seja, baseado nas boas práticas de produção. Após a definição dos objetivos para os indicadores a instituição deve fazer uso da implantação e colocar em prática todos os passos ne- cessários, analisar os dados coletados tabular as informações fazendo entre eles o controle estatístico visualizando as metas propostas. É fundamental que as empresas optem por mudar uma cultura de correção das falhas em máquinas e equipamentos, é necessário que o planejamento possa fazer parte dos objetivos das indústrias, este por sua vez, deve estar atrelado aos objetivos da empresa. Os indicadores precisam ter confiabilidade, ser bem marcan- tes, adequadamente publicados e estudados permanentemente para que sejam aceitos e tornem-se dados valiosos para a tomada de de- cisões. Devem ainda ser utilizados rotineiramente com a finalidade de nortear a decisão, gestores devem utilizar um indicador como um méto- do de definição e estratégia. Na figura 22 é apresentado um gráfico de custos de manuten- ção, mas de forma estratificada, para mostrar os custos de peças de reposição com os diferentes tipos de manutenção concebidos, neste caso, manutenção corretiva e manutenção preventiva. 47 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S Figura 22 – Custo de Manutenção por tipo. Fonte: Autor, 2019. Deve-se obedecer a um intervalo entre uma coleta de dados e outra, este tempo é necessário para verificar a efetividade da ação toma- da. Caso o tempo seja inferior ao efeito da ação podemos ter um relato falso para a implantação da melhoria ou entender erroneamente que não está dando certa tal ação. Os dados têm a responsabilidade de informar, ou seja, dar base para interpretação do gestor do processo. Após a aná- lise criteriosa um gestor pode lançar outros projetos principalmente para melhoria em manutenção ou prevenção nas máquinas e equipamentos. A coleta dos dados para gerar os indicadores deve ser fei- ta de maneira eficaz. No caso do Tempo médio de parada (MDT) os tempos de parada contemplam desde o momento em que é aberta a ordem de serviço, até o momento em que a ordem de serviço é en- cerrada. Para o Tempo médio de reparo (MTTR), neste caso, deve ser anotado apenas o tempo em que ocorreu o reparo, independente de quanto tempo a máquina fica parada. No caso do tempo médio entre falhas, há duas possibilidades para mensurar, a primeira é com rela- 48 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S ção ao planejamento de tempo das máquinas, e a outra é com relação ao tempo realmente trabalhado, nestes dois casos divide-se o tempo pelo número de quebras. Caso não ocorram quebras em máquinas deve-se adotar para o MTBF o tempo total de produção, no caso de MDT deve-se adotar como 0 (zero) ele deve ser para o MTTR. Além dos gráficos apresentados, um sistema robusto de coleta de dados deve ser implantado e alimentado constantemente. A tabela apresentada na figura 23 mostra os dados que refletem os gráficos, apresentados de maneira visual, dando assim, a oportunidade ao gestor de tomada de decisão. Figura 23 – Limite de custos em manutenção Fonte: Autor, 2019 Figura 24 – Custo de manutenção baixas do almoxarifado 49 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S Fonte: Autor, 2019 É necessário entender como fazer a medição de um determi- nado dado, após a definição deve-se padronizar a forma de coleta das informações, um exemplo claro de coleta de dados nos é dado pela ordem de serviço ou como conhecemos a OS, através delas, todos os dados relacionados à parada de máquina por manutenção são informa- dos, diante destas informações pode-se tabular todos os indicadores. Há muitos indicadores que são utilizados na gestão da ma- nutenção, indicadores que mostram a quantidade dehoras de serviço pendentes em relação à quantidade de horas disponíveis, é chamado de Backlog. Indicadores como disponibilidade de máquinas auxiliam o planejamento de produção, dão ao gestor do processo a informa- ção de quanto uma máquina pode estar disponível para produção. Indicadores de cumprimento dos planos de manutenção preventiva. REQUISITOS DOS INDICADORES O Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade (PBQP, 1991) especificou os requisitos básicos que os indicadores de desempenho devem atender. Veja quais características os indicadores devem possuir: - Seletividade: os indicadores devem estar relacionados aos aspectos, etapas e resultados essenciais ou críticos do produto, serviço ou processo. Um número excessivo de indicadores dificulta a coleta e leva à interrupção do acompanhamento. - Estabilidade: deve perdurar ao longo do tempo, com base em procedimentos otimizados, incorporando as atividades da empresa ou de- partamento. Além disso, um histórico da evolução de cada indicador é mais importante, pois permite avaliar a evolução do processo ao longo do tempo. - Simplicidade: deve ser de fácil compreensão e aplicação, usando relações percentuais simples, médias, medidas de variabilidade e números absolutos. Fórmulas complicadas de cálculo e coletas de da- dos trabalhosas desestimulam e inviabilizam do ponto de vista de custo o acompanhamento dos indicadores. 50 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S - Baixo custo: o custo para coleta, processamento e avaliação não pode ser superior ao benefício obtido pela medida. - Acessibilidade: os dados para coleta do indicador devem ser de fácil acesso, caso contrário, as pessoas envolvidas na sua obtenção abandonam a coleta, interrompendo o acompanhamento. - Representatividade: o indicador deve ser formulado de forma a representar satisfatoriamente o processo ou produto a que se refere. Indicadores pouco representativos não são úteis para orientar tomadas de decisão. - Rastreabilidade: devem ser adequadamente documentados os dados e as informações utilizadas, bem como os formulários e me- mórias de cálculo, incluindo o registro do pessoal envolvido. Esse pro- cedimento favorece o recálculo rápido do indicador em caso de dúvida, além de permitir que outra pessoa possa efetuar a coleta e o cálculo. Abordagem experimental: é recomendável testar, inicialmente, os indicadores. Caso não se mostrem importantes e eficazes ao longo do tempo, devem ser alterados. Essa abordagem é importante, pois protege a persistência no uso de indicadores. O trabalho pode ainda ser considerado como a principal ati- vidade desenvolvida pelo ser humano ao longo dos dias, visto que, além de ofertar ao homem uma contraprestação financeira, traz con- sigo a utilidade, necessidade como ente social, uma integralidade dentro de uma comunidade, motivando-o, consequentemente. Os indicadores são importantes e necessários para a gestão dos processos, cabe ao gestor analisar e identificar os reais objeti- vos da empresa, utilizar apenas indicadores que realmente são fun- damentais no processo, caso utilize indicadores que não auxiliam na capacidade de decisão, terá apenas trabalho e nenhum resultado. 51 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S QUESTÃO 1 Prova: FAUEL - 2020 - Prefeitura de Centenário do Sul - PR - Agente de Manutenção - Máquinas e Veículos Quando um mecânico substitui, em um equipamento, um rolamen- to que está com excessivo barulho, mas que ainda está em funcio- namento, dizemos que ele realizou que tipo de manutenção? a) Manutenção subjetiva. b) Manutenção planejada. c) Manutenção preditiva. d) Manutenção corretiva. QUESTÃO 2 Prova: UFU-MG - 2022 - UFU-MG - Técnico de Laboratório - Eletri- cidade - Edital nº 145 As afirmativas a seguir referem-se aos métodos de manutenção. I. A manutenção corretiva é feita após a ocorrência da falha, com o objetivo de recolocar o equipamento novamente em condição de produção. II. A manutenção preventiva prevê que o reparo só será executado se o desgaste do elemento em análise estiver além do tolerável, indicando uma condição de falha ou defeito iminente. III. A manutenção preditiva é caracterizada pela prática de peque- nas intervenções nas máquinas e nos equipamentos, em intervalos de tempo programados, antes que defeitos ou falhas aconteçam. Assinale a alternativa CORRETA. a) A afirmativa I é verdadeira. b) As afirmativas I e II são verdadeiras. c) As afirmativas II e III são verdadeiras. d) As afirmativas I, II e III são verdadeiras. QUESTÃO 3 Prova: ADM&TEC - 2020 - Prefeitura de Água Branca - AL - Opera- dor de Máquinas Leia as afirmativas a seguir: I. A realização da manutenção preventiva de máquinas pesadas traz muitos benefícios, como o aumento do tempo de vida do equi- pamento e a redução de quebras e falhas. Assim, é recomendável atentar para os prazos e momentos certos de troca de peças, óleos e outras revisões e inspeções programadas. II. Quando utilizar ar comprimido e/ou água sob pressão para a limpeza do seu equipa- mento, o profissional responsável por operar tratores, motonivela- 52 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S doras, escavadeiras e outras máquinas pesadas deve usar roupas protetoras, sapatos protetores e proteção para os olhos, seguindo assim as normas de segurança aplicáveis ao seu trabalho. Marque a alternativa CORRETA: a) As duas afirmativas são verdadeiras. b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. d) As duas afirmativas são falsas. QUESTÃO 4 Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFPB Prova: INSTITU- TO AOCP - 2019 - UFPB - Técnico em Mecânica O índice Tempo Médio Entre Falhas, mais conhecido pela sua sigla inglesa MTBF, é um valor atribuído a um determinado equipamento para descrever sua confiabilidade. Assinale a alternativa correta sobre esse índice. a) É definido como a divisão da soma das horas paradas do equipamen- to pelo tempo de operação. b) É um índice igual ao Tempo Médio de Reparo, da sigla inglesa MTTR. c) Se o valor do MTBF diminui com o passar do tempo, este é um sinal positivo para a manutenção, pois indica que o número de intervenções está diminuindo. d) Se o valor do MTBF aumenta com o passar do tempo, este é um sinal positivo para a manutenção, pois indica que o número de intervenções está diminuindo. e) É definido como a divisão das somas das horas paradas do equipa- mento pelas horas paradas do setor. QUESTÃO 5 Prova: IBADE - 2019 - DEPASA - AC - Torneiro Mecânico A manutenção dos equipamentos é parte essencial das operações de usinagem. Algumas atividades de manutenção são comumente realizadas pelos próprios operadores. Marque a alternativa que NÃO indica uma atividade de manutenção a ser realizada pelo operador. a) Limpeza da máquina b) Inspeção das guias do barramento c) Lubrificação dos mancais d) Verificação do reservatório de lubrificantes e) Substituição das correias do motor QUESTÃO 6 Prova: SELECON - 2021 - EMGEPRON - Técnico Mecânica (Naval) 53 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S Em relação ao conceito de manutenção, é possível afirmar que: a) Refere-se a estratégias de comum acordo empresarial e sindical de elevar e garantir os índices de produção de uma empresa com a finali- dade de aumentar o lucro e manter a garantia dos empregos. b) Tem como objetivo a situação do equipamento para determinar as falhas em estágio inicial, quando ainda não prejudicam o bom funciona- mento do equipamento e/ou processo de produção. c) Consiste na combinação de ações técnicas e administrativas, incluin- do as de supervisão, destinadas a manter ou recolocar um item em um estado no qual ele possa desempenhar uma função requerida. d) É uma estratégia administrativa de supervisão, destinada a manter formas de trabalho mecânico e elétricopara colocar o equipamento me- cânico em operação. QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE Os dados e indicadores de excelência em manutenção ou KPI (Key Per- formance Indicators) são verificados e utilizados para medir o desem- penho de uma planta industrial. Podem mensurar desde o tempo gasto numa parada (prevista ou não), até o processo de evolução produtiva. Quais são os principais indicadores de manutenção para uma planta industrial? TREINO INÉDITO Nas indústrias, de maneira geral, é comum encontrar barreiras para a realização da manutenção preventiva, entre os fatores que influenciam a manutenção preventiva destacamos os seguintes: 1. O meio ambiente e seus intemperes. 2. Capacidade operacional, forma e tamanho dos equipamentos. 3. Análise visual cotidiana dos equipamentos. 4. Identificação do tempo de vida útil para cada componente, con- junto ou equipamento: Assinale a alternativa correta. a) Somente o item 3 é verdadeiro. b) Somente os itens 2 e 3 são verdadeiros. c) Somente os itens 1, 2 e 3 são verdadeiros. d) Somente os itens 1, 2 e 4 são verdadeiros. e) Os itens 1, 2, 3 e 4 são verdadeiros. NA MÍDIA JUSTIÇA ORDENA QUE ENEL RETOME SERVIÇO DE MANU- TENÇÃO PREVENTIVA EM GOIÁS A Justiça de Goiás ordenou que a Enel retome os serviços de manuten- 54 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S ção preventiva da rede de energia elétrica em Goiás. A determinação aconteceu após o governador de Goiás Ronaldo Caiado (UB) informar que foi protocolada uma ação civil pública contra a empresa. A decisão impôs uma multa de R$ 1 milhão por dia, em caso de descumprimento. Fonte: G1 Data: 23 dezembro. 2022. Leia a notícia na íntegra: https://g1.globo.com/go/goias/noti- cia/2022/10/23/justica-ordena-que-enel-retome-servico-de-manuten- cao-preventiva-em-goias.ghtml NA PRÁTICA Imagine que você participou de um processo seletivo para ser o gestor de manutenção em uma indústria agropecuária, onde possuem muitos equi- pamentos para plantio, cuidados e colheita de grãos. Neste trabalho que você assumiu não existia uma política de manutenção e você, como gestor, deve instituir tudo, planejamento de manutenções, estoque de peças de reposição, cuidados com outros equipamentos pertinentes ao processo. Assim, os primeiros passos a serem dados para uma boa gestão, pode ser iniciado pela construção de um modelo de gestão baseado em indi- cadores, com a elaboração de um gráfico para apontamento das ordens de serviço corretivas, e a criação de uma ferramenta de coleta de dados para custos de manutenção. PARA SABER MAIS SÁVIO, Luciane Alves. Flexibilização do direito do trabalho e implantação da autonomia privada coletiva no Brasil. In: DALLEGRAVE NETO, José Affonso (Coord.). Direito do trabalho: estudos. São Paulo: LTr, 1997. 55 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S As organizações de manufatura de hoje necessitam operar como sistemas tecnológicos muito mais avançados que algumas dé- cadas atrás, este fato se dá em função da modernização dos sistemas. Note que muitas máquinas que no passado necessitavam de diversos operadores hoje estão em função da automação. Em sistemas moder- nos, as tecnologias avançadas de manufatura e operacional são com- binadas com modernos e avançados sistemas informatizados de coleta de dados com monitoramento para integrar e coordenar recursos ope- racionais, como já abordamos, são diversas ferramentas que auxiliam a gestão no processo de decisão. Os softwares são cada vez mais inteligentes e proporcionam qualidade na geração de dados muito mais confiáveis, até bem pouco tempo um gestor de manutenção utilizava simples planilhas com gráfi- cos ilustrativos para demonstrar em quais caminhos poderiam seguir, IMPACTO DA IMPLANTAÇÃO DOS INDICADORES EM GESTÃO DE MA- NUTENÇÃO IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S 55 56 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S hoje, vemos aplicativos nos aparelhos celulares que dispõe de informa- ções e dados numa velocidade impressionante. O acompanhamento de processos e atividades diversas gera um fluxo de operações de valor agregado, visando capturar uma van- tagem competitiva. Com a crescente complexidade, o escopo e o papel organizacional das tecnologias operacionais avançadas de manufatura, a manutenção dessas tecnologias está se tornando muito importante para a capacidade da organização de competir em todos os setores. Figura 25 - Benchmarking Fonte: Vale, 2019. O benchmarking é uma ferramenta muito utilizada nas institui- ções e o departamento de manutenção deve fazer uso dela sempre que possível, pois por meio dela é possível implantar tecnologias e proces- sos de melhoria através do conhecimento de outras indústrias que já realizam o procedimento. É comum, nas grandes instituições, a busca pela melhoria dos seus processos visando sempre lucros mais sólidos. Uma das ferramen- tas é o benchmarking que propõem adotar melhores práticas produtivas e qualidade de entrega de produtos e serviços. Esta é uma técnica que consiste no aprendizado de novas culturas, processos e formas de se realizar atividades, ou seja, um gestor visita outras empresas parceiras com intuito de aprender como fazer melhor e com maior eficiência, este profissional tem a missão de ir em busca do novo, da melhoria constante. 57 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S O impacto que esta ferramenta pode trazer é benéfico, pois muitos processos em outras empresas já estão estabelecidos, e ao pas- so que é aprendido e padronizado pode ser disseminado nesta nova cultura que se adequa ao novo processo, sempre visando melhoria. Trabalhar o benchmarking em uma instituição pode alavancar o processo produtivo, muitas vezes os profissionais podem ser muito dedicados, porém, acabam por se acostumar com a cultura da empresa que faz com que ele não enxergue novas possibilidades. Ao passo que ele conhece algo novo em outra instituição, ele pode aderir e ver novas possibilidades de melhoria. Essa imersão em novas frentes de trabalho disseminada na própria empresa causa um impacto que contagia todos os colaboradores e faz com que o processo melhore significativamente. DIFICULDADES NA AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE MANUTEN- ÇÃO Em geral, as melhorias na eficácia da manutenção técnica e eco- nômica são geralmente motivadas pelas necessidades reais. Algumas des- sas necessidades podem ser exploradas fazendo-se perguntas sobre: • os custos de manutenção podem ser reduzidos e a eficiência melhorada; eficiência de manutenção é definida aqui por duas medidas, eficácia e precisão; • a política de manutenção aplicada é melhor ou pior do que a utilizada em outras empresas (dentro da mesma filial ou outras indústrias); • havia motivos pelos quais arranjos especiais e investimentos em manutenção estavam sendo implementados em outras empresas e não nas nossas. Alguns estudos apontam que existem várias dificuldades ao se tentar medir o desempenho de manutenção. Essas dificuldades são: 1. identificação das atividades que devem ser incluídas pela manutenção: por exemplo, reparo, limpeza, engraxamento e ajuste; 2. distinguir os ativos de produção dos edifícios e instalações; 3. atividades do operador que podem ser consideradas parte da manutenção; 4. distinguir as peças sobressalentes e o material consumido ao realizar ações de manutenção; 5. dificuldades ao julgar e calcular a disponibilidade. Muitas tentativas de desenvolver medidas gerais para avaliar o desempenho da manutenção foram feitas. Por exemplo, uma atua- ção que usou uma série de medidas para comparar o desempenho de manutenção em empresas multinacionais. A identificação e o desen- 58 IN D IC A D O R E S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S volvimento de medidas
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