3 Lei processual no tempo e no espaço

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Processo Civil - 09 
Professor: Rodolfo Hartmann 
 
Lei processual no tempo e no espaço. 
 
 
Temos três teorias acerca da aplicação da lei processual no tempo. 
 
Teoria da unidade processual 
 
Prega que para os processos iniciados na vigência do CPC/73, esse continuaria sendo aplicado, a fim 
de dar segurança jurídica. 
 
De acordo com a teoria da unidade processual, o processo deve ser regido pelas normas processuais 
que existiam no momento em que ele foi instaurado. 
 
A teoria da unidade processual não é adotada entre nós, no que se refere a aplicação da lei processual 
no tempo. 
 
Teoria das fases processuais 
 
A lei processual teria aplicação imediata, porém teria que respeitar a etapa em que o processo se 
encontra. 
 
Essa teoria buscar minorar o aspecto da insegurança jurídica, na medida em que continua a adotar a lei 
vigente ao tempo em que se iniciou determinada etapa processual e permaneceria até passar para outra 
fase. 
 
Essa teoria foi eventual adotada pelo CPC/2015. 
 
No art. 1046 do CPC, §1° diz que se existir algum processo em curso, quando em vigor o novo código e 
esse processo observava certo procedimento que deixou de existir, continua sendo aplicável a legislação 
anterior, enquanto permanecer nessa fase de conhecimento. 
 
Só será adotado código anterior, enquanto permanecer na fase de conhecimento. Eventual etapa 
recursal ou execução já é pelo código novo. 
 
Todos os processos antigos, cujo rito não mais existe pelo CPC/15, ainda adota o CPC/73 até encerrar 
a fase de conhecimento. 
 
 
 
 
 
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Quanto aos procedimentos extintos pelo CPC/15 (procedimento sumário, procedimento de usucapião, 
ação de nunciação de obra nova, cautelares autônomas, ação de depósito, ação de anulação de titulo ao 
portador, ação de prestação de contas na modalidade dar contas), para os processos antigos continuamos 
aplicando o CPC/73, até que se entre em nova fase (executiva ou recursal). 
 
O art. 1047 do CPC também adota esse modelo, prevendo a possibilidade do CPC/15 adotar o modelo 
das fases processuais. 
 
Se a parte pediu um prova testemunhal ainda na vigência do CPC/73, mesmo que por ventura a 
audiência foi realizada com o CPC/15 em vigor. Uma vez que prova testemunhal foi requerida, ainda na 
vigência do código anterior, deve ser produzida segundo as regras do direito probatório anterior. Aqui 
também é o modelo das fases processuais. 
 
O código anterior dizia que a prova exclusivamente testemunhal só pode provar algo de conteúdo 
econômico em torno de 10 salários mínimos, era uma prova tarifada. E o código novo não traz essa 
restrição. 
 
O código novo não adota o modelo da unidade processual, adota eventualmente, o modelo das fases 
processuais. 
 
Do isolamento dos atos processuais 
 
Adotado como regra pelo CPC/15, conforme previsão do art. 14 do CPC/15, que pontua que a lei 
processual tem aplicação imediata. Tem aplicação imediata nos processos pendentes. 
 
Salvo algumas exceções, em relação a direito intertemporal. artigos 1046 e 1047 CPC, dentre outras 
normas em que ainda é aplicável o código anterior, a depender da circunstância). 
 
Por exemplo, o art. 1052 do CPC, que prevê que para os processos antigos ou novos ainda é regulado 
pelo código anterior. 
 
No art. 1054 diz que para os processos antigos ainda existe ação declaratória incidental. Nos processos 
antigos os artigos 5, 305 e 470 do CPC/73 ainda estão em vigor. 
 
O art. 1057 do CPC/15 fala que para os processos que já tem decisão transitada em julgado, antes do 
CPC/15, aplica-se o código antigo nos artigos 475,§1° e 741, parágrafo único. 
 
Embora a regra seja a do isolamento dos atos processuais (lei processual tem aplicação imediata nos 
processos pendentes), ainda sim temos várias situações peculiares nas disposições finais do CPC/15. 
Quando aquelas determinadas normas ainda são aplicáveis. 
 
Lei processual no espaço 
 
O art.13 do CPC prevê que a lei processual aplicável no Brasil é aquela produzida internamente. 
 
 
 
 
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Na cooperação jurídica internacional podemos ter algumas normas criadas por tratados. 
 
Apesar do art. 13 do CPC prevê que norma processual é aquela produzida internamente pelo 
Congresso, ainda sim, por meio da cooperação internacional podemos ter tratados versando sobre normas 
processuais.