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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA___ VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE... DO ESTADO DE...,
(10 linhas)
FULANA, nacionalidade..., viúva, profissão...., inscrito no CPF nº... e no RG nº..., endereço eletrônico..., residente e domiciliado em..., telefone nº..., vem, por meio de seu advogado que subscreve, com instrumento de mandato em anexo, endereço profissional em..., endereço eletrônico..., respeitosamente perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo 37, § 6º, da Constituição Federal – CF/88, e no artigo 319 do Código de Processo Civil – NCPC, propor
AÇÃO INDENIZATÓRIA
em desfavor do ESTADO..., pessoa jurídica de direito público interno, inscrita no CNPJ nº..., com sede em..., endereço eletrônico..., pelas razões de fato e de direito expostos a seguir:
I – Dos fatos
Pedro..., esposo da autora, se encontrava dentro do presídio estadual de..., e, portanto, sob a custódia direta do réu, foi assassinado dentro do presídio por outro detento com uso de arma de fogo.
Ficou constatado que a arma do crime foi introduzida no presídio por um parente do criminoso, em dia regular de visita.
Vale destacar que entre autor e vítima, embora existisse inimizade, no dia da ocorrência não houve qualquer desavença, ficando, assim, configurada a premeditação do ilícito penal.
Por essa razão a autora vem propor a presente demanda, para ver indenizada pela morte seu marido dentro de presídio estadual.
II – Do direito
O art. 5º XLIX, da CRFB, prevê que é assegurado respeito à integridade física e moral do preso.
O art. 37, § 6º, da CRFB, fixa as balizas da responsabilidade civil do Estado pelos danos causados aos particulares.
No mesmo sentido, o art. 43 do Código Civil, determina que as pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros.
Os citados artigos consagram a responsabilidade objetiva do Estado, adotando a teoria do risco administrativo, de modo que não é necessário a demonstração de dolo ou culpa para haver o direito à reparação dos danos sofridos da ação estatal, bastando a demonstração da conduta, o dano e o nexo de causalidade entre estes.
A doutrina entende que a teoria da responsabilidade objetiva tem aplicação nos atos comissivos do Estado, sendo que na omissão, entende-se que haveria responsabilidade subjetiva, devendo o particular demonstrar o dolo ou a culpa estatal.
No entanto, há precedentes dos Tribunais Superiores de que quando a custódia de bens e de pessoas estiverem sob a responsabilidade do Estado, somente será necessária a demonstração da conduta, o dano e o nexo de causalidade entre estes, nos moldes da responsabilidade objetiva. Sendo esta, portanto, a teoria a ser aplicada nos autos.
No presente caso, o dano moral sofrido pela autora decorre da falta de proteção do Estado para com seu cônjuge, uma vez que este se encontrava sob a custódia Estatal.
O esposo da autora foi assassinado por outro detento, com arma de fogo, dentro do próprio estabelecimento prisional, sendo que o Estado não tomou as precauções necessárias a fim de evitar o ingresso de armas letais no presídio em questão, o que evitaria a ocorrência dos fatos narrados.
Assim, em razão da omissão estatal que ocasionou a morte do cônjuge da autora, necessário se faz a indenização por danos morais in re ipsa, além do ressarcimento pelas despesas com o funeral e o luto da família, bem como a prestação de alimentos (pensão por morte) levando-se em conta a duração provável da vida da vítima, nos termos do art. 948, incisos I e II, do Código Civil.
III – Dos pedidos
Ante o exposto, requer:
A designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, inciso VII, do Código de Processo Civil;
A citação do réu, por intermédio de seu representante judicial, para, querendo, contestar a presente demanda, no prazo legal, sob pena de revelia;
A procedência do pedido, para condenar o réu a pagar à autora o valor de R$..., à título de ressarcimento das despesas de funeral, na forma do art. 948, inciso I, do Código Civil; o valor de R$... por danos morais in re ipsa sofridos pela Autora; e o valor de R$..., à titulo de pensão por morte, até que a vítima completasse a idade de..., levando-se em conta que seria esta idade a provável duração da vida da vítima, nos termos do art. 948, inciso II, do Código Civil;
A condenação da ré ao pagamento das custas e honorários advocatícios;
A produção de todas as provas admitidas em direito e necessários a solução da lide, bem como a juntada dos documentos anexos;
Atribui-se à causa o valor de R$...
Termos em que pede deferimento.
Local..., data...,
ADVOGADO/OAB...
Rol de documentos:
1. procuração;
2. Cópia da Certidão de óbito;

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