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DIR-SF 8ºNA Disciplina: Sistema tributário nacional e a atividade empresarial. Docentes: Amanda Câmara e Ricardo Muniz. Discentes: Ana Carolinne Teixeira da Rocha - RA: 1282023629; Leonardo Franco do Nascimento - RA: 1282224439; Marcelli Gomes do Nascimento- RA: 1282116930; Rebeca Rodrigues de França - RA:1282016647; Vitória Maria de Lucena - RA 1282017805. As obrigações tributárias são os deveres e responsabilidades que os contribuintes têm perante o sistema tributário em relação ao pagamento de impostos, taxas e contribuições. Existem dois tipos de obrigações tributárias: as principais e as acessórias, conforme dito no artigo 113 do Código Tributário Nacional (CTN). A obrigação principal surge do fato gerador, anteriormente previsto em lei, que tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária, que advém do não cumprimento da obrigação acessória (§3°, art. 113 do CTN), e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente segundo o §1° do artigo supracitado, O não cumprimento dessas obrigações pode acarretar em penalidades e sanções legais. Já a obrigação acessória ou deveres instrumentais, são as obrigações de natureza não financeira, que envolvem o fornecimento de informações e documentos necessários para o cálculo e fiscalização dos tributos, diferentemente da principal não extingue-se com o pagamento do tributo e também em alguns casos independe da obrigação principal, esta que está ligada ao ‘‘dar’’. Já a obrigação acessória está ligada ao ‘‘fazer e ao não fazer’’ surgindo da legislação tributária, ou seja nem sempre será por meio de lei no sentido estrito, assim diz o §2° do artigo É mister informar que tanto pessoas físicas como pessoas jurídicas podem ser sujeitos passivos nessa relação 113 do CTN, e que a obrigação acessória vem do interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. jurídica em que o Estado é o sujeito ativo. Exemplos disso é quando o cidadão adquire um carro - fato gerador - tem a obrigação de pagar o Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores (IPVA) e também quando uma loja varejista, inscrita na junta comercial, vende um produto - fato gerador - incidindo assim o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS). Por fim, qual a consequência do não pagamento de um tributo? Um empresário de Santa Catarina declarou o recolhimento de R$30 mil de ICMS, mas não pagou o valor. O contribuinte foi acusado de crime de apropriação indébita tributária, mas foi absolvido na primeira instância da Justiça. Na sentença, o magistrado entendeu que não pagar ICMS é mero inadimplemento do imposto. Dessa forma, o empresário não pode ser processado criminalmente pelo fato. Porém o Superior Tribunal de Justiça (STJ) mudou o entendimento no caso e decidiu que o não pagamento do ICMS é crime de apropriação indébita tributária. Insatisfeita com a decisão, a defesa do comerciante recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF). O Pretório Excelso, em uma votação de 7 votos a 3 decidiu considerar crime o não pagamento do ICMS, devidamente declarado, com base no artigo 2° do inciso II, da Lei 8137/90. Frisa-se que a decisão somente atinge os contribuintes que de forma contumaz e com dolo de apropriação, deixam de repassar o ICMS aos Fiscos. O processo julgado é o RHC 163.334. Fontes: STF decide que não pagar ICMS é crime. Agência Brasil, 2019. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2019-12/stf-decide-que-nao-pagar-ic ms-e-crime#:~:text=Conforme%20a%20decis%C3%A3o%2C%20os%20respons%C3 %A1veis,%2C%20da%20Lei%208.137%2F90. Acesso em: 29 de setembro de 2023 SCHOUERI, Luís E. Direito tributário. Editora Saraiva, 2023. E-book. ISBN 9786553626041. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786553626041/. Acesso em: 29 de setembro de 2023.
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