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1. COMPREENDER A SINDROME METABÓLICA SINDROME METABÓLICA PROBLEMA 5 3.CONHECER OS EXAMES PARA DIAGNOSTICAR A SINDROME METABÓLICA 6. CONHECER O PROGAMA DE CONTROLE DA OBESIDADE E O TRATAMENTO 5. COMPREENDER A FISIOLOGIA DA FOME E DA SACIEDADE 4. COMPREENDER AS DIRETRIZES PARA DIAGNOSTICAR A SINDROME METABÓLICA 2. entender a obesidade 7. correlacionar as comorbidades com a obesidade SINDROME METABÓLICA A Síndrome Metabólica (SM) é um transtorno complexo representado por um conjunto de fatores de risco cardiovascular usualmente relacionados à deposição central de gordura e à resistência à insulina. A SM é caracterizada por uma grande circunferência abdominal (devido à gordura abdominal excessiva), hipertensão arterial, resistência aos efeitos da insulina (resistência à insulina) ou diabetes, e por níveis anormais de colesterol e outras gorduras no sangue (dislipidemia). * Causas: Alguns fatores contribuem para o seu aparecimento: os genéticos, excesso de peso (principalmente na região abdominal) e a ausência de atividade física. A síndrome metabólica é uma doença da civilização moderna, associada à obesidade, como resultado da alimentação inadequada e do sedentarismo. - Obesidade central – circunferência da cintura superior a 88 cm na mulher e 102 cm no homem; Hipertensão Arterial – pressão arterial sistólica 130 e/ou pressão arterial diatólica 85 mmHg; Glicemia alterada (glicemia 110 mg/dl) ou diagnóstico de Diabetes; Triglicerídeos 150 mg/dl; HDL colesterol -40 mg/dl em homens e 50 mg/dl em mulheres Segundo os critérios brasileiros, a Síndrome Metabólica ocorre quando estão presentes três dos cinco critérios abaixo: A maioria das pessoas que tem a Síndrome Metabólica sente-se bem e não tem sintomas. Entretanto, elas estão na faixa de risco para o desenvolvimento de doenças graves, como as cardiovasculares e o diabetes. PREVENÇÃO: A adoção precoce por toda a população de estilos de vida relacionados à manutenção da saúde, como dieta adequada e prática regular de atividade física, preferencialmente desde a infância, é componente básico da prevenção da SM. A alimentação adequada deve: • permitir a manutenção do balanço energético e do peso saudável; • reduzir a ingestão de calorias sob a forma de gorduras; mudar o consumo de gorduras saturadas para gorduras insaturadas; reduzir o consumo de gorduras trans (hidrogenada); • aumentar a ingestão de frutas, hortaliças, leguminosas e cereais integrais; • reduzir a ingestão de açúcar livre; reduzir a ingestão de sal (sódio) ; A atividade física regular ou o exercício físico diminuem o risco relacionado a cada componente da SM e trazem benefícios substanciais também para outras doenças (câncer de cólon e câncer de mama) SINDROME METABÓLICA Tratamento Não-Medicamentoso da Síndrome Metabólica A realização de um plano alimentar para a redução de peso, associado a exercício físico são considerados terapias de primeira escolha para o tratamento de pacientes com síndrome metabólica. Está comprovado que esta associação provoca a redução expressiva da circunferência abdominal e a gordura visceral, melhora significativamente a sensibilidade à insulina, diminui os níveis plasmáticos de glicose, podendo prevenir e retardar o aparecimento de diabetes tipo 2 . Há ainda, com essas duas intervenções, uma redução expressiva da pressão arterial e nos níveis de triglicérides, com aumento do HDL-colesterol. - Baixar a pressão arterial, como losartana, candesartana, enalapril ou lisinopril; Diminuir a resistência à insulina e reduzir o açúcar no sangue, como metformina ou glitazonas; Reduzir o colesterol e os triglicerídeos, como a rosuvastatina, atorvastatina, sinvastatina, ezetimiba ou fenofibrato; Perder peso, como a fentermina e a sibutramina, que inibem o apetite ou o orlistat, que inibe a absorção de gordura. Tratamento medicamentoso : Tratamento com remédios Os remédios para a síndrome metabólica geralmente são prescritos pelo médico quando o paciente não consegue perder peso, baixar os níveis de açúcar e colesterol no sangue e reduzir a pressão arterial apenas com as mudanças na alimentação e exercício físico. Nestes casos, o médico pode orientar o uso medicamentos para: Principais sintomas Os sinais e sintomas da síndrome metabólica estão relacionadas com as doenças que a pessoa possui, podendo ser verificado: Acantose nigricans: são manchas escuras ao redor do pescoço e nas dobras da pele; Obesidade: acumulo de gordura abdominal, cansaço, dificuldade para respirar e dormir, dor nos joelhos e tornozelos devido ao excesso de peso; Diabetes: boca seca, tontura, cansaço, urina em excesso; Pressão alta: dor de cabeça, tontura, zumbido nos ouvidos; Colesterol e triglicerídeos altos: aparecimento de bolinhas de gordura na pele, chamadas de xantelasma e inchaço abdominal. circunferência abdominal Medição de pressão arterial Exames para medir as concentrações de açúcar (glicose) e gordura (lipídeos) no sangue Nível de açúcar no sangue em jejum igual a 100 mg/dl (miligramas por decilitro) ou maior Pressão arterial igual a 130/85 mm Hg (milímetros de mercúrio) ou maior Nível de triglicérides (uma gordura) no sangue em jejum igual a 150 mg/dl ou maior Nível de lipoproteína de alta densidade (HDL – colesterol bom) de 40 mg/dl ou menos nos homens ou 50 mg/dl ou menos nas mulheres Diagnóstico A circunferência abdominal deve ser medida em todas as pessoas porque mesmo aquelas sem sobrepeso ou que parecem magras podem armazenar excesso de gordura abdominal. Quanto maior a circunferência abdominal, maior o risco de síndrome metabólica e suas complicações. O tipo de circunferência abdominal que aumenta o risco de haver complicações devido à obesidade varia de acordo com a etnia e o sexo. Se a circunferência abdominal for alta, os médicos devem medir a pressão arterial e os níveis de açúcar e gordura no sangue em jejum. Os níveis de açúcar e gordura no sangue geralmente estão alterados. A síndrome metabólica tem várias definições, mas costuma ser diagnosticada quando a circunferência abdominal for igual ou superior a 102 centímetros em homens ou igual ou superior a 88 centímetros em mulheres (o que indica um excesso de gordura abdominal) e quando a pessoa recebeu ou estiver recebendo tratamento para dois ou mais dos problemas abaixo: Critérios para diagnóstico clínico da síndrome metabólica SINDROME METABÓLICA Alimentos ricos em fibras, como cereais integrais, vegetais e frutas; Alimentos ricos em ômega 3 e ômega 6, como salmão, nozes, amendoim ou óleo de soja; Preferir cozidos e grelhados; 3 a 4 g de sódio por dia, no máximo; Alimentação para síndrome metabólica a dieta para síndrome metabólica, deve incluir a ingestão diária de: Além disso, pode-se comer 1 quadradinho de chocolate meio amargo com até 10 g, pois ajuda a diminuir a pressão arterial e melhora o colesterol. É importante também evitar o consumo de doces, refrigerantes, embutidos, molhos, conservar, café e bebidas com cafeína e alimentos industrializados, já que podem interferir diretamente no tratamento. Obesidade : É um distúrbio dos sistemas reguladores do peso corporal e caracteriza-se por armazenamento de excesso de gordura corporal. A medida que a obesidade aumenta, também aumenta o risco de desenvolvimento de doenças associadas → artrite, o diabetes, a hipertensão, doença cardiovascular e o câncer. Graus de obesidade Para identificar que uma pessoa está obesa, na maioria das vezes, utiliza-se o IMC, ou índice de massa corpórea, que é um cálculo que analisa o peso que a pessoa apresenta em relação à sua altura, sendo dividido em diferentes graus: Peso normal: IMC entre 18.0 a 24,9 kg/m2 Sobrepeso: IMC entre 25.0 a 29,9 kg/m2 Obesidade grau 1: IMC entre 30.0 - 34.9 kg/m2; Obesidade grau 2: IMC entre 35.0 - 39.9 kg/m2; Obesidade grau 3 ou obesidade mórbida: IMC igual ou superior 40 kg/m2. Além do IMC, é importante que o médico realize outros exames para confirmar a obesidade, jáque o IMC não distingue músculo de gordura. Principais causas: A obesidade pode ocorrer em qualquer idade e está frequentemente associada com maus hábitos alimentares, havendo consumo excessivo de alimentos calóricos, como pão, massas, doces, fast food e comidas prontas, além do sedentarismo, o que faz com que a quantidade de calorias consumidas seja maior do que a quantidade que a pessoa gasta ao longo do dia. Além disso, distúrbios hormonais ou problemas emocionais como ansiedade ou nervosismo também podem aumentar o risco de obesidade e, por isso, estas situações devem ser tratadas logo que sejam identificadas. Medição da espessura das pregas cutâneas: mede a gordura localizada nos depósitos debaixo da pele, que está relacionada com a quantidade de gordura interna; Bioimpedância: exame que analisa a composição corporal, indicando a quantidade aproximada de músculos, ossos e gorduras do corpo. Entenda melhor quando é indicada e como funciona a bioimpedância; Ultrassonografia, tomografia ou ressonância magnética: avaliam a espessura do tecido adiposo nas dobras, e também em tecidos mais profundos nas diferentes regiões corporais, como abdômen, por isso, são bons métodos para avaliar a obesidade abdominal; Como confirmar a obesidade A principal forma de identificar inicialmente a obesidade é através do cálculo do IMC, entretanto, além do peso aumentado, também é importante identificar o depósito de gordura em diferentes locais do corpo, diferenciando o peso em gordura do peso em músculos. Assim, como forma de avaliar a massa de gordura o corpo e a sua distribuição, utiliza-se: Medida da circunferência abdominal: identifica o depósito de gordura no abdômen e o risco do desenvolvimento de obesidade abdominal, sendo classificada como tendo este tipo de obesidade quando a medida da cintura ultrapassa 94 cm no homem e 80 cm na mulher; Relação circunferência abdominal/quadril: mede a relação entre a circunferência abdominal e a do quadril, avaliando diferenças nos padrões de acúmulo de gordura e o risco para desenvolver obesidade, estando alto quando acima de 0,90 para homens e 0,85 para mulheres tratamento O tratamento da obesidade deve ser feito com a prática regular de exercícios físicos, orientados por um preparador físico, e uma dieta de emagrecimento, que deve ser orientada por um nutricionista, já que assim é possível promover a perda de peso saudável e garantir efeitos duradouros. Remédios para obesidade O uso de remédios para tratar a obesidade é indicados pelo médico quando a pessoa tem IMC superior a 30kg/m2, IMC maior que 27kg/m2 e que tenham outras doenças relacionadas, como diabetes, colesterol elevado e pressão alta, e também nos casos de pessoas com qualquer tipo de obesidade que não conseguem emagrecer com dieta e exercícios. Os principais remédios indicados para o tratamento da obesidade são: Inibidores do apetite, como sibutramina, anfepramona ou femproporex, pois agem diretamente no centro da saciedade no cérebro, diminuindo o apetite, o que reduz o consumo de calorias ao longo do dia e ajuda no emagrecimento; Redutores da absorção de gorduras, como o orlistate, que agem inibindo algumas enzimas no intestino, o que bloqueia a absorção de parte da gordura dos alimentos, diminuindo a quantidade de calorias ingeridas por dia; Antagonista do receptor CB-1, como rimonabanto, que age diretamente no cérebro inibindo o apetite, aumentando a saciedade e diminuindo a compulsão alimentar; Termogênicos, como efedrina, que agem acelerando o metabolismo fazendo com que o corpo gaste a gordura acumulada como principal fonte de energia. https://www.tuasaude.com/bioimpedancia/ https://www.tuasaude.com/bioimpedancia/ Cuidado às pessoas com sobrepeso e obesidade A atenção às pessoas com sobrepeso e obesidade na APS deve obedecer às diretrizes de organização da prevenção e do tratamento do sobrepeso e obesidade como linha de cuidado prioritária da Rede de Atenção à Saúde das pessoas com doenças crônicas FISIOLOGIA DA FOME E DA SACIEDADE mecanismo da fome e saciedade - leptina : hormônio da saciedade é sintetizado ( produção) ocorre nos adipócitos (celulas que produzem gorduras) ela age no hipotálamo , a leptina passa a sensação que é importante a redução de alimento e consequentemente o aumento no gasto de energia em pessoas obesas no SNC , temos uma redução do numero de receptores para leptina , a informação de saciedade acaba sendo reduzida e a pessoa acaba consumindo mais alimento e consequentemente gastanto menos energia e assim aumenta o ganho de gordura -Grelina: hormônio da fome é sintetizado( produzido ) pelas células do trato gastrointestinal , ou seja , células do estômago e porção superior do intestino delgado. ele age no hipotálamo , e a informação que ele passa para o hipotálamo é que è hora de se alimentar , e logo após a ingestão de alimentos o nivel de grelina diminui e quando vai passando as horas e a pessoa entra no estado de jejum o nível de grelina vai aumentando Síndrome metabólica Cardiopatias Cânceres Comorbidades relacionadas à sobrecarga corporal Comorbidades associadas à obesidade: HDL baixo/ hipertrigliceridemia/ dislipidemias/ intolerância à glicose/ diabetes melittus tipo 2/ hipertensão arterial sistêmica. Síndrome da hipoventilação pulmonar relacionada à obesidade/ insuficiência cardíaca congestiva/ cardiopatia isquêmica/ outras cardiopatias. Vesícula/ rins/ pâncreas/ vesícula/ mama/ esôfago/ colorretal/ infertilidade. Hérnias da parede abdominal/ refluxo gastroesofágico/ apneia obstrutiva do sono/ artropatias. qual a relação da sindrome metabólica com a obesidade a obesidade é um dos fatores que levam ao diagnóstico da síndrome metabólica. “Isso porque a síndrome metabólica ocorre em maior proporção em pessoas que estão acima do peso, já que ela é caracterizada pela resistência do corpo à ação da insulina — o hormônio responsável pelo metabolismo da glicose qual a relação das doenças cardiovasculares com a obesidade A obesidade e o excesso de peso aumentam o risco de ataques cardíacos e não apenas isso, porque quando uma pessoa está acima do seu peso ideal ela também tem uma baixa qualidade de vida. Foi comprovado que o excesso de peso aumenta a produção de leptina (hormônio responsável de induzir a saciedade) e de insulina, além de aumentar os ácidos graxos livres no sangue e os depósitos de gordura nas artérias. Este último é muito grave, pois leva à aterosclerose coronariana. É importante destacar que a obesidade aumenta tanto o volume de sangue como o gasto cardíaco. Isso significa que o coração deve trabalhar mais quando a pessoa está acima do peso, o que leva a uma dilatação ou hipertrofia do ventrículo esquerdo, entre outras anormalidades. qual a relação dos canceres com a obesidade De acordo com informações do INCA, estudos demonstram que atualmente o excesso de peso é um dos principais riscos para o desenvolvimento de câncer no Brasil. Na lista estão incluídos os tumores de esôfago (adenocarcinoma), estômago (cárdia), pâncreas, vesícula biliar, fígado, intestino (cólon e reto), rins, mama (mulheres na pós-menopausa), ovário, endométrio e etc. O excesso de gordura corporal provoca um estado de inflamação crônica e aumentos nos níveis de determinados hormônios, que promovem o crescimento de células cancerígenas, aumentando as chances de desenvolvimento da doença, conforme explica o Instituto Nacional de Câncer. https://vitat.com.br/web-stories/diabetes/ https://fitpeople.com/pt/dieta-e-nutricao/ha-diferenca-entre-emagrecer-e-perder-peso/
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