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Pré-natal

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PRÉNATAL 1
PRÉ-NATAL
OBJETIVO: assegurar o desenvolvimento da gestação permitindo o parto de um RN saudável, sem impacto 
para a saúde materna, inclusive abordando aspectos psicossociais e as atividades educativas e preventivas
CONSULTAS: para pacientes de baixo risco
quantidade mínima: 
1 consulta no 1º trimestre
2 consultas no 2º trimestre
3 consultas no 3º trimestre
quantidade ideal (recomendada pelo MS
até a 28ª semana → consultas mensais
da 28ª à 36ª semana → consultas quinzenais 
da 36ª à 41ª semana → consultas semanais 
ROTINA BÁSICA DE EXAMES:
hemograma → na 1ª consulta e no 3º trimestre
tipagem sanguínea e fato Rh 
Coombs indireto para pacientes Rh negativo → na 28ª, 32ª, 36ª e 40ª semana
glicemia de jejum → na 1ª consulta e no 3º trimestre
TOTG 75g → entre a 24ª e 28ª semana
urocultura e EAS  na 1ª consulta e no 3º trimestre
sorologias:
teste rápido para sífilis e/ou VDRL/RPR  na 1ª consulta
VDRL repetir no 3º trimestre
teste rápido anti-HIV  na 1ª consulta e repetir no 3º trimestre
toxoplasmose IgM e IgG  na 1ª consulta
IgM e IgG negativo = paciente suscetível → repetir a cada 23 meses
infecção por parasita intracelular, com pouca repercussão materna, mas possível repercussão 
(grave) fetal
transmissão: manipulação de locais contaminados por fezes de gatos, consumo de comida ou 
água contaminada, consumo de carnes cruas
o risco de transmissão vertical é diretamente proporcional à IG  maior IG em que a mãe foi 
infectada, maior risco de transmitir para o feto
o acometimento fetal grave é inversamente proporcional à IG  maior a IG, menor o risco de 
repercussões graves no feto
diagnóstico sorológico:
IgG e IgM negativos → paciente suscetível
prevenção primária + sorologia a cada 23 meses
IgG positivo e IgM negativo → paciente imune
IgG negativo e IgM positivo → infecção aguda ou falso-positivo
iniciar o tratamento com espiramicina
PRÉNATAL 2
para descartar falso-positivo: realizar IgA ou repetir IgG em 3 semanas
IgG continua negativo após 3 semanas = falso-positivo → suspender medicação
IgG positivo após 3 semanas → nova infecção → manter tratamento
IgG e IgM positivos → infecção aguda ou crônica → iniciar espiramicina e avaliar IG
 16 semanas: realizar teste da avidez
teste de avidez indica se a paciente contraiu a doença há mais de 4 meses ou não → 
se alta avidez, indica que a paciente contraiu a doença antes da gestação, então está 
imune
baixa avidez 30%  4m = contraiu a doença durante a gestação
alta avidez 60%  4m = contraiu a doença antes da gestação
 16 semanas: iniciar tratamento e rastrear o feto
soroconversão: infecção aguda → iniciar tratamento e investigação fetal
rastreamento fetal: 
PCR no líquido amniótico → a partir de 16 semanas
cordocentese
US mensal
tratamento:
inicial e/ou sem infecção fetal: espiramicina
com sinais de infecção fetal: sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico
após 16 semanas
HbSAg → na 1ª consulta e repetir no 3º trimestre
colpocitologia oncótica → rastreamento oportunista de câncer de colo de útero
EPF (se indicado)
rastreio de colonização pelo Estreptococo do grupo B GBS
para prevenção de sepse neonatal pelo GBS
recomendado pelo CDC, mas não pelo MS
feito com swab vaginal e retal entre 3537 semanas
válido por 5 semanas
não rastrear: pacientes de alto risco = com histórico de sepse neonatal pelo GBS em gestação 
anterior e pacientes que tenham tido bacteriúria por GBS na presente gestação
realizar profilaxia!
profilaxia: penicilina (droga de escolha) ou ampicilina
pacientes com swab positivo ou alto risco: início da profilaxia no trabalho de parto ou na situação 
de bolsa rota (amniorrexe)
pacientes que não coletaram swab ou swab  5 semanas: realizar profilaxia em caso de parto 
prematuro, febre intraparto  38ºC ou amniorrexe há mais de 18h
não precisam de profilaxia: cesariana eletiva sem RPMO, swab negativo há menos de 5 semanas, 
gestação anterior com cultura positiva
US
NÃO pedir:
sorologia para rubéola e para citomegalovírus 
PRÉNATAL 3
NUTRIÇÃO:
reposição de ferro:
Hb  11 g/dl → normal = ferro profilático 
200 mg de sulfato ferroso/dia (cerca de 40g de Fe elementar) a partir da 20ª semana ou a partir 
do 2º trimestre
Hb entre 811 g/dl → anemia leve a moderada
120240 mg de Fe elementar/dia → cerca de 6001200 mg de sulfato ferroso divididos em 3 
tomadas
nova dosagem de Hb em 3060 dias
Hb  8 g/dl → encaminhar para pré-natal de alto risco
reposição de ácido fólico: iniciar 3 meses antes da concepção e manter até completar 23 meses
deficiência associada a defeitos de fechamento do tubo neural (espinha bífida, anencefalia, 
encefalocele)
população de baixo risco: 0,4 mg/dia
população de alto risco: 4 mg/dia 
já possui filho acometido ou utiliza anticonvulsivante
pode ser mantido até o final da gestação para prevenir anemia megaloblástica MS
VACINAÇÃO NA GESTAÇÃO:
vacinas de vírus atenuados não podem ser utilizadas em gestantes
tríplice viral (caxumba, sarampo e rubéola), varicela, febre amarela, BCG, sabin 
se a paciente for viajar para área endêmica, pode ser aplicada a vacina da febre amarela
tétano (dT) → completar esquema ou aplicar reforço quando  5 anos
influenza/H1N1  sazonal
hepatite B → completar esquema
prevenção da tramsmissão vertical
iniciar após o 1º trimestre
coqueluche (dTpa) → a partir da 20ª semana e no puerpério caso não tenha sido vacinada
indicada para reduzir a doença nos RNs
deve ser administrada a cada gestação
dT completo, duas doses ou reforço → realizar uma dose de dTpa
uma dose dT  realizar uma dose de dT e uma dose de dTpa
gestantes não vacinadas para dT  duas doses de dT e uma dose de dTpa
vacinas permitidas mas não de uso rotineiro: raiva, meningite e hepatite A
ACONSELHAMENTO GENÉTICO PRÉNATAL
https://www.notion.so/ACONSELHAMENTO-GEN-TICO-PR-NATAL-bb317fd227ec45eb9fd0e0da1ca2d57a?pvs=21

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