Buscar

teorico-7

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Estética e Cirurgia
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Paula Carvalho
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin 
Eletroterapia Aplicada no Pós-Operatório
• Eletroterapia no Pós-Operatório;
• Ultrassom;
• Radiofrequência;
• Alta Frequência;
• LED e Laser;
• MENS – Microcorrentes.
• Quando e como usar a eletroterapia no pré e no pós-operatório.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Eletroterapia Aplicada 
no Pós-Operatório
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Eletroterapia Aplicada no Pós-Operatório
Eletroterapia no Pós-Operatório
A eletroterapia é um dos recursos que mais nos ajudará na recuperação do pós-
-operatório, bem como auxiliará em alterações decorrentes das cirurgias, como 
fibrose, cicatriz hipertrófica, edema e flacidez.
Nas aulas de eletroterapia, você verá os mecanismos de ação, bem como as dosi-
metrias que serão aplicadas nas alterações estéticas, ou seja, que serão empregadas 
no pós-operatório. 
Aqui, veremos as ações dessas correntes no pós-operatório, respeitando os mes-
mos mecanismos de ação, as contraindicações relativas e absolutas e o mais impor-
tante, respeitando a liberação médica.
Ultrassom 
Modalidade terapêutica de onda sonora, de penetração relativamente profunda, com 
frequências superiores às detectadas pelo ouvido humano, podendo atingir até 3MHz. 
Produz alterações teciduais por meio de mecanismos térmicos e não térmicos. 
Durante a aplicação, o transdutor ou cabeçote deve estar completamente acoplado 
na pele, para que a energia seja melhor aproveitada e transmitida. Precisam sem-
pre ser aplicados com gel de contato, que pode ou não conter ativos. 
Seus principais efeitos são a passagem de ativos, como a fonoforese e a mi-
cromassagem, que aumenta o metabolismo e pode diminuir a fibrose. Além disso 
pode gerar neovascularização e rearranjo de fibras de colágeno.
Na estética, utilizamos a frequência de 1MHz. 
A intenção da utilização do ultrassom na pós-cirurgia plástica é a aceleração da 
cicatrização, alcançar força tênsil normal e até mesmo a prevenção de cicatrizes 
hipertróficas e queloides. 
Para a aceleração do reparo tecidual da pele, recomenda-se o uso do ultrassom 
no modo pulsado, no pós-operatório imediato, pois, dessa forma, só teremos os 
efeitos atérmicos, ou seja, sem geração de calor, pois sabemos que, nessa fase, 
temos um intenso processo inflamatório e o calor exacerbaria ainda mais os sinais 
e os sintomas (Relação 1:5, 20%), utilizando uma frequência de 3MHZ, com inten-
sidade de até 0,5 W/cm², na fase proliferativa. 
Não existe um consenso nos parâmetros de intensidade, pois são muitos artigos 
e autores que atingem resultados com diferentes dosimetrias. 
Segundo Guirro e Guirro (2004), as intensidades recomendadas oscilam entre 
0,5 e 1,5 W/cm2. Essas intensidades variam de acordo com o pós-operatório (ime-
diato e tardio) e também de acordo com a alteração que se queira tratar, ou seja, 
8
9
modo pulsado e intensidades baixas para acelerar o processo de cicatrização, con-
siderado uma lesão aguda e modo contínuo para fibrose e cicatriz hipertrófica, que 
são consideradas lesões crônicas.
Sobre o modo contínuo e o pulsado, podemos dizer que o contínuo produz grande 
efeito mecânico e térmico. Já o pulsado opera por ciclos de trabalho, interrompendo, 
parcialmente, a emissão de ondas, com amplitude de pulsação entre 16Hz a 100Hz, 
ciclo de trabalho que varia de 10% a 50%, tendo pouco efeito térmico e mecânico.
Os efeitos térmicos que auxiliam na fibrose e cicatriz hipertrófica são: aumento 
da elasticidade do colágeno e melhora das propriedades mecânicas do tecido. 
E os efeitos atérmicos que auxiliam no processo de regeneração: neoformação 
angiogênica, aumento da síntese proteica e da secreção dos mastócitos. 
Esse efeito também justifica seu uso preventivo para fibrose e hipertrofia cicatri-
cial no pós-operatório imediato. Também produz micromassagem, promovendo a 
circulação dos fluidos, o que justifica seu uso para diminuir o edema e as equimoses.
Pode-se utilizar ativos cosméticos com o US, pois eles terão sua permeação 
aumentada devido à fonoforese. A escolha do ativo dependerá do objetivo a ser 
alcançado, podendo ser antiedema e reestruturante, entre outros.
O ativo pode ser aplicado junto à aplicação do US, o que torna o processo dis-
pendioso, pois a quantidade para que ocorra o acoplamento é grande, lembrando-
-se de que ele tem de ter base cosmética em gel. 
Mas se pode, ainda, utilizar pré-ultrassom, devendo a substância (em gel, líquido 
ou serum), ser massageada até total absorção ou, ainda, pós-ultrassom, na qual 
o gel de contato deve ser totalmente removido, e o cosmético escolhido deve ser 
massageado até total absorção.
MHz: Megahertz;
Hz: Hertz;
W/cm2: Watts por centímetro quadrado;
US: Ultrassom.
Ex
pl
or
O tempo de aplicação deve ser de 2 minutos por quadrante, mas de acordo com 
alguns autores, deve-se dividir a área a ser tratada pela ERA do transdutor (cabe-
çote), ou seja:
Tempo = Área/ERA
Sendo assim, quanto maior o tamanho da ERA, menor será o tempo de apli-
cação. Na maioria dos aparelhos, o fabricante já nos orienta em relação ao tempo 
de aplicação, assim como muitos deles já têm os programas pré-estabelecidos para 
cada alteração, mas lembrando-se da avaliação de cada paciente. 
9
UNIDADE Eletroterapia Aplicada no Pós-Operatório
Para facilitar o trabalho, podemos estabelecer:
• Pós imediato na cicatriz: modo pulsado de 0,5 a 1 Wcm2;
• Pós imediato para absorção de edema e hematomas: pulsado 0,8 a 1,5 W/cm2;
• Cicatriz hipertrófica: contínuo 0,8 a 2,0 W/cm2;
• Fibrose: contínuo 1,0 a 1,5 W/cm2.
As variações serão de acordo com a extensão de tecido, quantidade de tecido 
adiposo, proximidade óssea, sinais inflamatórios.
Figura 1 – Cabeçote do US
Fonte: Divulgação
Figura 2
Fonte: Divulgação
Radiofrequência 
É um recurso terapêutico que utiliza ondas eletromagnéticas de alta frequência 
para produzir calor em nível cutâneo e subcutâneo. Seu mecanismo de ação, por 
meio da vibração das moléculas de água, transforma energia eletromagnética em 
energia térmica.
É considerado um equipamento termoterapêutico e a passagem das ondas ele-
tromagnéticas pelotecido pode gerar três fenômenos:
• Vibração iônica: aumento da temperatura é gerado quando os íons do tecido 
submetidos à RF geram fricção e colidem com os adjacentes;
• Rotação das moléculas dipolares: as moléculas de água vibram e colidem 
com o tecido, gerando calor;
• Distorção molecular: moléculas e átomos eletricamente neutros não apresen-
tam movimentação, gerando uma conversão mínima de energia.
Os aparelhos podem ter ponteiras monopolares, bipolares e até hexapolares. 
Quantos mais polos, mais o calor se dissipa.
Veja a figura em: http://bit.ly/2Kta7us
Ex
pl
or
10
11
Diferentes ponteiras de RF
Cada equipamento tem sua especificidade quanto ao meio de acoplamento, que pode 
ser gel, glicerina, gel glicerinado ou algum produto que acompanhe o próprio aparelho. 
Deve-se sempre ficar atento a esse detalhe que está relacionado ao aquecimento.
Com a elevação da temperatura, o organismo 
promove vasodilatação, melhora do trofismo, há 
reabsorção do edema, melhora da drenagem ve-
nosa e remoção de catabólitos, entre outros.
Altas temperaturas promovem a remodelação 
de fibras de colágeno e um depósito de novas fi-
bras. Pode atuar na fibrose e na cicatriz hiper-
trófica, degradando o excesso de colágeno, ou 
na flacidez tissular que, por vezes, aparece após 
algum procedimento cirúrgico, o qual vimos em 
capítulos anteriores. 
No caso da flacidez, as temperaturas devem ser mais elevadas, chegando de 
380C a 400C, ativando a cascata inflamatória com liberação da HSP47, pro-
teína de choque e de fatores de crescimento que estimulam a fibrinogênese e 
levam à neocolagênese. 
Em alguns casos, quando ainda ocorre um excesso de liposdistrofia localizada, e 
não se que se faça um retoque cirúrgico, pode-se elevar ainda mais a temperatura, 
até 420C/430C, e assim causar um trauma térmico na membrana adipocitária, di-
minuindo a quantidade de gordura subcutânea. 
Devemos lembrar que colágeno é a proteína mais abundante do corpo humano, 
representando 30% do total dessas proteínas, sendo que esta representa aproxi-
madamente 70% do peso da pele seca, e tem como função fornecer resistência e 
integridade estrutural a diversos tecidos e órgãos. 
As fibras de colágeno são reabsorvidas durante o crescimento, remodelação, 
involução, inflamação e reparo dos tecidos. 
A reabsorção é iniciada por colagenases específicas que podem digerir as molé-
culas de tropocolágeno da fibra. 
A RF é o equipamento que influencia esse processo, tanto para neutralizar um 
processo exacerbado como para estimular um processo que está em déficit, ou 
seja, fibrose e flacidez, respectivamente.
No pós-operatório de lipoaspiração, esse recurso está ligado ao tratamento das 
fibroses, tanto recente como tardia, podendo ser aplicada precocemente, desde que 
a sensibilidade térmica do paciente seja perfeitamente mensurável e que o edema 
não seja acentuado. 
A temperatura atingida, medida pelo termômetro, não deve ultrapassar 36ºC, 
para qualquer tipo de fibrose. Lembrando-se de que existem autores que realizam 
trabalhos com 370C. 
Figura 3 – Aparelho de RF Efect, da HTM
Fonte: Divulgação
11
UNIDADE Eletroterapia Aplicada no Pós-Operatório
No caso de cicatriz hipertrófica, também podemos atingir as mesmas tempera-
turas que utilizamos para a fibrose, entre 360C e 370C, e para cicatrizes atróficas 
as mesmas temperaturas que são utilizadas na flacidez, que são 40ºC. Nesse caso, 
utilizaremos apenas no POT.
A aplicação da radiofrequência depende do aparelho utilizado, levando em con-
sideração o tipo de radiação, a quantidade de eletrodos e forma de resfriamento, 
variando no acompanhamento e na manutenção da dosimetria e nos cuidados pós-
-aplicação. Deve-se, portanto, seguir sempre as orientações do fabricante.
Deve-se promover movimentos em áreas pequenas até causar hiperemia (aver-
melhamento local) e, no caso de equipamentos de alta potência, os movimentos 
devem ser mais rápidos. 
Sempre se deve observar o tempo de manutenção, que é entre 3 e 5 minutos 
da temperatura escolhida, ou seja, se precisa atingir 370C, quando chegar a essa 
temperatura, ficar de 3 a 5 minutos na mesma região, promovendo movimentos 
circulares no quadrante a ser tratado.
Você sabe a diferença de RF resistiva e capacitiva? Disponível em: http://bit.ly/2M3EYkw
Ex
pl
or
A maioria dos efeitos adversos da radiofrequência são gerados por erro na pro-
gramação ou na aplicação da técnica: 
• Queimaduras no local que podem ser internas, quando causadas pelo eletrodo 
ativo e externas quando causadas pelo eletrodo dispersivo;
• Aumento nos casos de fibroses pós-operatórias, quando a temperatura não 
é adequada;
• Aumento nos quadros de flacidez, caso a temperatura não seja adequada.
Para evitar os efeitos adversos, é necessário entender qual a temperatura ade-
quada e por quanto tempo essa temperatura deve ser mantida. Portanto, as potên-
cias ideais são as adequadas, e não as elevadas. Outro ponto é manter o espaço de 
15 dias entre uma sessão e outra.
Alta Frequência
O gerador de alta frequência é produto de uma corrente alternada de elevada fre-
quência e baixa intensidade, utilizada na estética com tensão aproximada de 30 mil 
a 40 mil volts e uma frequência de 150 a 200Khz. 
Seus efeitos fisiológicos variam em condições térmicas, aumentando o metabo-
lismo e, com isso, a oxigenação celular e a eliminação de gás carbônico, atuando 
como vasodilatador, que estimula a circulação periférica, como bactericida e antis-
séptico pela formação do ozônio. 
No contato com o eletrodo, a pele promove um faiscamento que converte o 
oxigênio em ozônio, o qual, por sua instabilidade, tem propriedades germicidas.
12
13
O método de aplicação se dá de forma direta ou indireta, não se devendo fazer 
uso da técnica em pele umedecida e em material inflamável, lembrando-se, ainda, de 
que, na Estética, só faremos procedimentos em feridas fechadas, ou seja, cicatrizadas. 
O O3 estimula a produção de citocinas, ativa os linfócitos T, melho ra a oxigena-
ção e o metabolismo celular por meio da vasodilatação e produz um aumento da 
resposta enzimática antioxidativa, contribuindo, assim, de forma efetiva no trata-
mento de lesões cutâneas causadas por diferentes microrganismos. 
As bactérias são os organismos mais sensíveis ao O3, o que garante a sua eficácia 
bactericida. Ele atua, primeiramente, sobre a membrana bacteriana e causa a perda 
da atividade enzimática celular normal. 
A partir daí, ocorre uma mudança na permeabilidade da célula, que leva à morte 
da bactéria. Esse processo ocorre associado à lise celular. Essa ação nos auxilia no 
processo de cicatrização, para evitar que ocorra um processo inflamatório exacer-
bado ou então um processo infeccioso.
Esses são os eletrodos que compõem o aparelho de AF:
Figura 4
Sobre as técnicas de aplicação, as mais utilizadas no processo de regeneração 
tecidual em cicatrizes são as descritas a seguir, lembrando-se de que só devemos 
atuar na lesão fechada e com a autorização do médico:
• Fluxação ou Efluviação: esta forma de aplicação promove efeito desconges-
tivo e calmante, diminuindo a hiperemia (vermelhidão);
• Faiscamento direto:  aplica-se com o eletrodo um pouco afastado da pele, 
provocando faíscas. Nesse método de aplicação, ocorre a formação de Ozônio;
• Faiscamento indireto. essa técnica permite tonificar e estimular as termina-
ções nervosas da pele, além de permitir a permeação de ativos cosméticos. 
Aqui, podemos associar ativos antiedema, estimulantes do colágeno e hidra-
tantes, para melhor recuperação tecidual.
No link a seguir, veja outras formas de aplicação do AF: http://bit.ly/2M1oxoM
Ex
pl
or
13
UNIDADE Eletroterapia Aplicada no Pós-Operatório
LED e Laser
A fototerapia consiste na aplicação de luz com finalidades reparatórias nos tecidos 
e apresenta uma função interessante nos tratamentos, tanto estético quanto médico. 
Sua principal via de ação é por meio da mitocôndria e da geração de ATP, sendo 
essencial ao processo de reparação tecidual, queacontece nas cirurgias estéticas.
Tal reparo tecidual é um estado dinâmico que compreende diferentes processos, 
entre eles, inflamação, proliferação celular e síntese de elementos que constituem a 
matriz extracelular, como colágeno, elastina e fibras reticulares. 
A síntese de colágeno é um processo rápido e harmônico que tem seu início com 
a lesão intersticial e se estende até o final da fase de cicatrização, quando ocorre a 
remodelação dos tecidos.
A terapia a laser de baixa intensidade é um método aceito pela Food Drug 
Administration (FDA) como tratamento eficaz para a cicatrização de tecidos, pois 
facilita a síntese de colágeno, aumenta a motilidade dos queratinócitos, libera fato-
res de crescimento, além de transformar os fibroblastos em miofibroblastos, incre-
mentando, dessa forma, a síntese de colágeno.
Lembrando-se novamente de que só iremos atuar na ferida fechada, ou seja, na 
lesão já cicatrizada, e com liberação médica.
Deve ser aplicada pontualmente, sempre utilizando os óculos de segurança. Exis-
tem técnicas nas quais o feixe de luz é aplicado nas bordas da lesão e outras no centro. 
Ambas demonstram excelentes resultados. A unidade de medida é em Joules (J) 
e são muitas as dosimetrias utilizadas. Essa energia produz nos tecidos efeitos pri-
mários ou direto que são bioelétricos e bioquímicos Efeito bioelétrico, aumento na 
produção de ATP, elevando a eficácia da bomba de potássio. Os efeitos bioquímicos 
são retardo ou elevação das reações, com as substâncias de prostaglandina, hista-
mina, serotonina e bradicinina. 
Podemos entender esses efeitos como:
• Fotobiomodulação;
• Interação fótons e cromofóros;
• Modulação celular.
De acordo com Borges (2006) a densidade do aparelho é medida em Joules/
cm2, que é igual à potência (mW) do aparelho, multiplicada pelo tempo em segun-
dos, dividido pela superfície de emissão ao quadrado:
• Efeito analgésico: 2 a 4 Joules/cm2; 
• Efeito regenerativo/cicatrizante: 3 a 6 Joules/cm2;
• Efeito circulatório: 1 a 3 Joules/cm2; 
• Efeito anti-inflamatório: 1 a 3 Joules/cm2. 
14
15
Nesses parâmetros, temos os seguintes efeitos:
• Aumenta a síntese de colágeno, útil para reparo tecidual;
• Aumenta a permeabilidade das membranas celulares com eficiência da bomba 
de sódio;
• Aumenta o número de fibroblastos e promove tecido de granulação; 
• Aumenta os níveis de prostaglandinas, levando o aumento na ATP celular;
• Ação anti-inflamatória, antiflogística;
• Normalização da bioenergia celular; 
• Aumento da atividade enzimática, acelerando a cicatrização;
• Neovascularização, estímulo à microcirculação;
• Ante edematoso (ativa a microcirculação, a vasodilatação de arteríolas, a pro-
liferação celular);
• Ação fibrinolítica (aumento da reabsorção fibrinogênica), ideal para hipertro-
fia cicatricial.
A literatura sugere que o laser de emissão vermelha (630nm a 690nm) é a me-
lhor opção para cicatrização da ferida cutânea, por se apresentar de forma super-
ficial, sendo a dosimetria de 2 a 4J para bioestimulação, ou seja, reparo tecidual, e 
de 6 a 8J para inibição, isto é, cicatriz hipertrófica e queloide. 
Vale lembrar-se de que o queloide deve sempre ser tratado em conjunto com 
o cirurgião, pois as técnicas empregadas na estética são paliativas, e isoladas não 
apresentam resultados definitivos.
O arquivo a seguir apresenta uma revisão sobre a dosimetria do LBI. Aplicação do laser de 
baixa intensidade no processo de cicatrização de ferida cirúrgica: padronização dos parâme-
tros dosimétricos, Disponível em: http://bit.ly/2Aqo6g3
Ex
pl
or
Nas terapias fotodinâmicas, temos, ainda, o LED, que também nos auxilia não 
só nos processos de regeneração e hidratação, mas age como um coadjuvante nos 
tratamentos de cicatrizes hipecrômicas e flacidez tecidual.
O LED (Light Emitting Diodes) é uma fonte de luz que não emite calor, por não 
produzir radiação infravermelha e, atualmente, é muito utilizado nos tratamentos 
estéticos por sua atuação na modulação celular. 
Cada comprimento de onda corresponde a uma cor, e cada cor tem funções 
diferentes.
Para estímulo de colágeno e reparação tecidual, devemos utilizar o LED Verme-
lho, cujo papel na reorganização do colágeno está diretamente relacionado à ação 
de modulação do fibroblasto, pois estimula a ação do citocromo-C, aumentando 
o trabalho da mitocôndria, da cadeia respiratória celular, a troca de nutrientes e a 
eliminação de toxinas. 
15
UNIDADE Eletroterapia Aplicada no Pós-Operatório
Para auxiliar na hidratação e no clareamento de cicatrizes hipercrômicas, pode-
mos utilizar o LED azul, pois ele age na hidrólise da água, e também na desagluti-
nação dos pigmentos de melanina. Sua aplicação deve ser realizada em varredura, 
dividindo a região em quadrantes, sendo 2 minutos para cada quadrante e na cica-
triz, de 2 a 4 minutos em toda a extensão. 
Veja outras ações dos diferentes tipos de LED:
• O LED âmbar é absorvido pelos fibroblastos, aumentando a síntese de coláge-
no e elastina, reorganiza a disposição dessas fibras no tecido e reduz a glicação 
(endurecimento do colágeno);
• O LED vermelho é absorvido por substâncias da mitocôndria, aumentando 
a energia celular, e promove a vasodilatação, aumentando a microcirculação 
periférica, age diretamente na recuperação da pele, e o LED verde atua au-
mentando a proliferação celular, aumentando sua renovação, e estimula os 
fibroblastos a sintetizarem ácido hialurônico.
As terapias fotodinâmicas (Laser e LED) podem ser combinadas, ou seja, podemos 
aplicar ambas em uma mesma sessão e, ainda, contarmos com a ação dos cosméticos. 
Eles devem ser fotoativados, transparentes e com ativos que imitem um cromóforo. 
Figura 5 – Óculos de segurança na aplicação das terapias fotodinâmicas
Fonte: Getty Images
MENS – Microcorrentes 
A aplicação da microcorrentes no pós-operatório tem efeitos na normalização 
do tecido lesado, pois aumenta a circulação sanguínea, o que, por si, já aumenta o 
aporte de nutrientes, e facilita o transporte de aminoácidos e síntese de proteínas, 
otimizando a permeabilidade de membrana, fatores que somados resultam em um 
melhor desempenho funcional da célula, principalmente, por aumentar em 500% 
a produção de ATP.
Ocorre uma anormalidade elétrica em tecidos lesados que apresentam uma re-
sistência maior do que tecidos não lesados. 
16
17
Isso se deve a uma alteração de cargas que alteram a permeabilidade da mem-
brana celular. Com essa alteração, as funções celulares ficam prejudicadas, e, por 
esse motivo, a regulação da bioeletricidade da pele seria o gatilho para iniciar o 
processo de normalização.
A microcorrentes trabalha com os benefícios causados tanto por seu polo negati-
vo quanto por seu polo positivo, sendo que cada um exerce uma função importante 
no reparo tecidual. 
O polo negativo exerce um potencial no controle de crescimento bacteriano e o 
polo po sitivo atua no crescimento celular, realizando reepitalização, multiplicando 
as células do tecido conjuntivo e aumentando a produção de colágeno.
Na recuperação da lipoaspiração precisa ser utilizada com cautela, pois o incre-
mento na síntese de colágeno pode gerar fibrose, o que seria um resultado indesejado.
Seu principal uso no pós-operatório é a aplicação nas cicatrizes, para normali-
zar o tecido, ou seja, as cargas elétricas e também para estimular o colágeno e, no 
caso de cicatrizes hipertróficas, usando a modalidade de bioinibição para diminuir 
a produção exacerbada de colágeno.
Pode ser aplicada com os eletrodos em esfera, afastando as canetas por 5 se-
gundos ou, então, em placas nas bordas das cicatrizes. Na Literatura, são descritas 
muitas dosimetrias, mas as mais aplicadas são:
• Reparação tecidual: 100Hz de frequência e 80uA a 100uA de intensidade;
• Normalização: 100Hz de frequência e 500uA de intensidade – Iniciando 
a aplicação; 
• Bioinibição: 100Hz de frequência e 750uA de intensidade – Para cicatri-
zes hipertróficas.
O tempo pode variar de 10 a 15 minutos por região.
Figura 6 – MENS comeletrodo caneta
Fonte: Getty Images
17
UNIDADE Eletroterapia Aplicada no Pós-Operatório
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Leitura
Os efeitos da radiofrequência na fibrose no pós-operatório de lipoaspiração
http://bit.ly/2QbsmLf
A alta frequência no estímulo da cicatrização: revisão de literatura
http://bit.ly/2Qcfy7f
Laser de baixa intensidade no processo de cicatrização hipertrófica
http://bit.ly/2AjH342
Avaliação do laser e led no tratamento da hiperpigmentação periorbital evaluation of laser and led in 
the treatment of periorbital hyperpigmentation
http://bit.ly/2Am9y0V
18
19
Referências
BORGES, F. S. Dermato Funcional: Modalidades terapêuticas nas disfunções es-
téticas. São Paulo: Phorte, 2006. 
BORGES, F.; SCORZA, F. Terapêutica em estética conceitos e técnicas. 
Phorte, 2016. 
FREITAS, D. R. Laser como recurso terapêutico para amenizar a cicatriza-
ção hipertrófica: uma revisão bibliográfica. 2013. (Pós-graduação em Fisiote-
rapia Dermato-Funcional) – Faculdade Cambury, 2013. Disponível em: <http://
portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/18/85_-_Laser_como_recurso_terapYuti-
co_para_amenizar_a_cicatrizaYYo_hipertrYfica_uma_revisYo_bibliogrYfica.pdf>. 
Acesso em: 6 jun. 2019. 
GUIRRO, E. C. O.; GUIRRO, R. R. J. Fisioterapia Dermato-Funcional. São Paulo: 
Manole, 2004.
MACEDO, A. C. B.; OLIVEIRA, S. M. A atuação da fisioterapia no pré e pós-ope-
ratório de cirurgia plástica corporal: uma revisão de literatura. Cadernos da Escola 
de Saúde, Curitiba, 2017, n. 5, p. 169-189. Disponível em <http://portaldepe-
riodicos.unibrasil.com.br/index.php/cadernossaude/article/viewFile/2327/1899>. 
Acesso em: 4 junho 2019.
MARTELLI, A. et al. Microcorrente no processo de cicatrização: revisão da litera-
tura. Arch Health Invest, v. 5, n. 3: p. 134-139, 2006. Disponível em: <http://
dx.doi.org/10.21270/archi.v5i3.1316>. Acesso em: 8 jun. 2019. 
MARTINS, A. et al. Efeito bactericida do gerador de alta frequência na cultura de 
Staphylococcus aureus. Fisioter Pesq., Paraná, v. 19, n. 2, p. 153-157, 2012.
MEJIA, D. P. M. Abordagens terapêuticas nas cicatrizes hipertróficas. Dis-
ponível em: <http://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/18/103_- Universidade 
do Vale do Itajai, 2012 - siaibib01.univali. _Abordagens_terapYuticas_nas_cicatri-
zes_hipertrYficas.pdf>. Acesso em: 8 jun. 2019.
OLIVEIRA , L. M. N. Utilização do ozônio através do aparelho de alta frequência 
no tratamento da úlcera por pressão. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, 
Paraná, ano 9, n. 30, out./dez. 2011. Disponível em <file:///C:/Users/Fast%20
Shop/Downloads/1418-5028-1-PB.pdf>. Acesso em: 5 jun. 2019.
PEREIRA, M. F. L. Eletroterapia. São Paulo: Difusão, 2014. v. V.
R. JUNIOR, A. M. et al. Modulação da proliferação fibroblástica e da resposta infla-
matória pela terapia a laser de baixa intensidade no processo de reparo tecidual. An 
Bras Dermatol. São Paulo, v. 8, n. 2: p. 150-156, 2006. Disponível em: <http://
www.anaisdedermatologia.org.br/detalhe-artigo/149/Modulacao-da-proliferacao-
-fibroblastica-e-da-resposta-inflamatoria-pela-terapia-a-laser-de-baixa-int>. Acesso 
em: 8 jun. 2019.
19

Continue navegando