Buscar

DORALICE-TRABALHO-AVALIACAO 2024

Prévia do material em texto

1 
 
UNINTER CHRISTIAN 
AMERICAN INTERNACIONAL CHRISTIAN UNIVERSITY 
MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO 
 
 
DORALICE DA SILVA PEREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Itacoatiara 
2024 
2 
 
DORALICE DA SILVA PEREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM 
 
Trabalho apresentado à disciplina Avaliação da 
Educação e da Aprendizagem, no Curso de 
Mestrado em Ciências da Educação como pré-
requisito para aprovação. 
 
 
Professor Me. Reinaldo dos Santos Souza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Itacoatiara 
2024 
3 
 
 
SUMÁRIO 
TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 4 
TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 4 
TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 6 
TÓPICO 4 ....................................................................................................................... 7 
TÓPICO 5 ....................................................................................................................... 8 
TÓPICO 6 ....................................................................................................................... 9 
TÓPICO 7 ..................................................................................................................... 12 
REFERÊNCIA............................................................................................................13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1. TÓPICO: ESTEBAN, M. T. A negação do direito à diferença no cotidiano 
escolar. Avaliação, Campinas, Sorocaba, SP, n, 19, n.02, p. 463-482. Breve 
Reflexão. – A relação intrínseca entre a avaliação da aprendizagem e formação 
do sujeito. 
A avaliação da aprendizagem desempenha um papel crucial na formação do 
sujeito e no processo educacional. É através da avaliação que os docentes podem 
obter informações sobre o progresso dos alunos, identificar suas necessidades 
individuais e adaptar suas práticas de ensino para promover um ambiente de 
aprendizado eficaz. 
O autor provavelmente discute como a negação do direito à diferença no cotidiano 
escolar pode afetar a avaliação da aprendizagem e, consequentemente, a formação 
dos alunos. Isso pode se referir à falta de reconhecimento das particularidades de 
cada aluno, à ênfase excessiva em padrões uniformes de avaliação ou à 
discriminação de certos grupos. 
Na prática docente, é fundamental adotar abordagens avaliativas inclusivas, que 
considerem a diversidade de estilos de aprendizagem, habilidades e experiências dos 
alunos. Isso implica em utilizar múltiplas formas de avaliação, permitindo que os 
alunos demonstrem seu conhecimento e habilidades de maneiras diversas. 
Além disso, a avaliação deve ser utilizada como uma ferramenta de ensino, 
fornecendo feedback individualizado e orientações para os alunos. Isso contribui para 
o desenvolvimento contínuo dos alunos, incentivando-os a refletir sobre seu próprio 
aprendizado e a se envolverem ativamente no processo de formação do 
conhecimento. 
Em resumo, a relação intrínseca entre a avaliação da aprendizagem e a formação 
do sujeito na prática docente reside na necessidade de adotar abordagens avaliativas 
inclusivas, que valorizem e respeitem as diferenças individuais dos alunos. Os 
professores desempenham um papel fundamental ao criar um ambiente de 
aprendizado enriquecedor, que promova a formação integral dos alunos e o 
reconhecimento de sua diversidade. 
 
2. TÓPICO: FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática 
educativa. 14 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002. FERNANDES, D. Por uma teoria 
da Avaliação. Revista Portuguesa de Educação, 2006, 19 (2), p.21-50. – Os 
processos de avaliação da Aprendizagem e formação do sujeito. 
5 
 
É notório que a "Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática 
educativa" de Paulo Freire e o artigo "Por uma teoria da Avaliação" de David 
Fernandes abordam a relação entre os processos de avaliação da aprendizagem e a 
formação do sujeito na prática educativa. 
Ao analisar o artigo da "Pedagogia da Autonomia", foi possível percebe que 
Paulo Freire discute a importância da autonomia do aluno no processo educativo. Ele 
enfatiza a necessidade de os educadores promoverem a emancipação dos 
estudantes, incentivando-os a pensar criticamente, a desenvolver sua capacidade de 
reflexão e a se tornarem sujeitos ativos na construção do conhecimento. Freire 
argumenta que a avaliação deve ser uma ferramenta que estimula a autonomia, 
proporcionando aos alunos a oportunidade de refletir sobre seu próprio aprendizado, 
identificar suas dificuldades e buscar soluções, em vez de ser apenas um processo 
de classificação e julgamento. 
Ademais o artigo de David Fernandes, "Por uma teoria da Avaliação", discute a 
importância de uma abordagem teórica sólida na avaliação da aprendizagem. O autor 
argumenta que a avaliação deve ir além da mera mensuração do desempenho do 
aluno, buscando compreender e valorizar a complexidade do processo de 
aprendizagem e a formação do sujeito. Fernandes propõe uma concepção de 
avaliação formativa, que visa fornecer feedback contínuo aos alunos, promover o 
desenvolvimento de habilidades e competências, e contribuir para a construção de 
uma identidade autônoma e crítica. 
A partir dessas obras, podemos refletir sobre a importância de uma abordagem 
avaliativa que esteja alinhada com os princípios da pedagogia da autonomia. A 
avaliação deve ser vista como uma oportunidade de desenvolvimento, em que os 
alunos são incentivados a refletir sobre seu próprio aprendizado, a identificar suas 
dificuldades e a buscar soluções. Além disso, a avaliação deve ser um processo 
contínuo e formativo, que fornece feedback construtivo e orientação aos alunos, 
promovendo a construção de uma identidade autônoma e crítica. 
Nessa perspectiva, os professores desempenham um papel fundamental na 
criação de um ambiente de aprendizagem que valoriza a autonomia do aluno, estimula 
a reflexão crítica e promove a formação integral do sujeito. Eles devem adotar práticas 
avaliativas que vão além da simples mensuração do desempenho, considerando a 
diversidade de estilos de aprendizagem, as necessidades individuais dos alunos e 
6 
 
fornecendo oportunidades para que eles participem ativamente do processo de 
avaliação. 
Dessa forma, a obra de Paulo Freire e o artigo de David Fernandes destacam a 
importância de uma abordagem avaliativa que esteja alinhada com a pedagogia da 
autonomia, promovendo a reflexão crítica, o desenvolvimento da autonomia do aluno 
e contribuindo para a formação integral do sujeito. Os processos de avaliação da 
aprendizagem devem ser entendidos como oportunidades de crescimento, em que os 
alunos são incentivados a refletir sobre seu próprio aprendizado e a se tornarem 
sujeitos ativos na construção do conhecimento. 
 
3. TÓPICO: FONSECA, V. M. CISSE BA, S. A. TRABALHO DOCENTE, 
CURRÍCULO E CULTURA: Do currículo crítico à crítica ao currículo. Extraclasse, 
ano 5, n.5, jan-dez, 2012, p.38-62. FREITAS, L. C. Qualidade negociada: 
Avaliação e contrarregulação na escola pública. Educação & Sociedade, Vol. 26, 
n.92, outubro, 2005, p.911-933 (Campinas: Centro de estudos Educação e 
Sociedade) - A avaliação crítica no contexto da escola contemporânea. 
No que concerne á a obra "Trabalho Docente, Currículo e Cultura: Do currículo 
crítico à crítica ao currículo" de Vera Maria Candau Fonseca e Salim A. Cissé Ba, e o 
artigo "Qualidade negociada: Avaliação e contrarregulação na escola pública" de Luiz 
Carlos de Freitas. Ambas as obras tratam da avaliação crítica no contextoda escola 
contemporânea. 
No livro "Trabalho Docente, Currículo e Cultura", os autores exploram a 
importância do currículo crítico e como ele pode ser uma ferramenta para promover a 
reflexão e a transformação social. Eles destacam a necessidade de uma abordagem 
curricular que vá além da transmissão de informações, enfatizando a importância de 
uma educação crítica que promova a consciência social, a valorização da diversidade 
e a análise crítica das estruturas de poder. No contexto da avaliação, os autores 
defendem uma perspectiva crítica que vá além da mera mensuração do desempenho 
dos alunos, buscando compreender o impacto do currículo e das práticas educativas 
na formação dos sujeitos. 
Por outro lado, o artigo "Qualidade negociada: Avaliação e contrarregulação na 
escola pública" discute como os processos de avaliação são influenciados por 
políticas educacionais que buscam aferir a qualidade da educação. Luiz Carlos de 
Freitas aborda a ideia de que a avaliação tem sido utilizada como uma ferramenta de 
7 
 
contrarregulação, onde o Estado busca controlar e regular o trabalho docente através 
de medidas padronizadas de avaliação. O autor argumenta que essa abordagem 
reducionista e pautada em resultados pode levar a uma simplificação da avaliação, 
desconsiderando a complexidade do processo educativo e as particularidades dos 
contextos escolares. 
Ao relacionar essas obras, podemos refletir sobre a importância da avaliação 
crítica no contexto da escola contemporânea. A avaliação crítica vai além da simples 
mensuração do desempenho dos alunos, considerando o currículo, as práticas 
educativas e as estruturas de poder presentes no contexto escolar. Ela busca 
compreender como esses aspectos influenciam a formação dos sujeitos e promover 
uma educação que seja reflexiva, transformadora e socialmente justa. 
A avaliação crítica também nos convida a questionar a forma como as políticas 
educacionais têm utilizado a avaliação como uma ferramenta de contrarregulação. É 
importante considerar os impactos dessas políticas na prática docente, na autonomia 
dos professores e na qualidade da educação oferecida. A avaliação não deve ser um 
mecanismo de controle burocrático, mas sim uma prática que contribua para a 
melhoria do ensino e uma educação mais inclusiva e emancipatória. 
Desse modo, a avaliação crítica no contexto da escola contemporânea envolve 
uma compreensão mais ampla dos processos educativos, considerando o currículo, 
as práticas pedagógicas e a transformação social. Ela busca ir além da mera 
mensuração do desempenho dos alunos, promovendo uma educação reflexiva, 
transformadora e socialmente justa. No entanto, é necessário questionar as políticas 
educacionais que utilizam a avaliação como uma ferramenta de controle, garantindo 
que a avaliação seja uma prática que contribua para a melhoria do ensino e a 
valorização da autonomia docente. 
 
4. TÓPICO: ESTEBAN, M. T. A negação do direito à diferença no cotidiano 
escolar. Avaliação, Campinas, Sorocaba, SP, n.19, n.02, p.463-482. - A relação 
intrínseca entre a avaliação da aprendizagem e a formação do sujeito. 
Ao refletir sobre a obra "A negação do direito à diferença no cotidiano escolar" 
de Maria Teresa Esteban aborda a relação entre a avaliação da aprendizagem e a 
formação do sujeito, destacando a negação do direito à diferença que ocorre no 
contexto escolar. 
 
8 
 
No artigo, Esteban examina como as práticas avaliativas podem reproduzir 
desigualdades e injustiças, negando o direito à diferença dos estudantes. Ela 
argumenta que a avaliação tradicional tende a privilegiar determinados padrões e 
critérios de desempenho, que nem sempre levam em consideração a diversidade de 
habilidades, conhecimentos e formas de aprendizagem dos alunos. Essa abordagem 
uniformizadora da avaliação pode resultar na exclusão e marginalização de 
estudantes que não se enquadram nos padrões dominantes. 
A autora defende a necessidade de uma avaliação que valorize e respeite a 
diversidade dos alunos, reconhecendo suas singularidades e potencialidades. Ela 
propõe uma avaliação inclusiva e formativa, que considere diferentes formas de 
expressão e de demonstração de conhecimento, valorizando a participação ativa dos 
alunos no processo avaliativo. 
A partir dessa análise, podemos refletir sobre a relação intrínseca entre a 
avaliação da aprendizagem e a formação do sujeito. A forma como a avaliação é 
realizada influencia diretamente a construção da identidade e o desenvolvimento dos 
alunos. Uma avaliação que nega o direito à diferença e valoriza apenas determinados 
padrões de desempenho tende a reforçar desigualdades e contribuir para a exclusão 
de grupos marginalizados. 
Por outro lado, uma avaliação que reconhece e valoriza a diversidade dos alunos 
contribui para a formação de sujeitos mais autônomos, críticos e participativos. Ela 
permite que os estudantes se sintam valorizados e reconhecidos em suas 
singularidades, promovendo a construção de uma identidade positiva e fortalecendo 
a sua autoestima. 
É importante destacar também a importância da avaliação formativa nesse 
contexto. A avaliação formativa busca fornecer feedback contínuo aos alunos, 
permitindo que eles identifiquem suas dificuldades, desenvolvam estratégias de 
aprendizagem e se envolvam ativamente no processo de avaliação. Esse tipo de 
avaliação contribui para a formação de sujeitos autônomos, responsáveis pelo próprio 
aprendizado e capazes de refletir criticamente sobre seu desenvolvimento. 
Conclui-se que, a obra de Maria Teresa Esteban ressalta a negação do direito à 
diferença no cotidiano escolar por meio de práticas avaliativas excludentes. A relação 
intrínseca entre a avaliação da aprendizagem e a formação do sujeito é evidenciada, 
destacando a importância de uma avaliação inclusiva, formativa e que valorize a 
diversidade dos alunos. Essa abordagem contribui para a construção de identidades 
9 
 
positivas, o desenvolvimento da autonomia e a promoção da equidade no contexto 
educacional. 
 
5. TÓPICO: FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática 
educativa. 14 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002. FERNANDES, D. Por Uma Teoria 
da Avaliação. Revista Portuguesa de Educação, 2006, 19(2), p.21-50. - Os 
processos de avaliação e a autonomia do sujeito da aprendizagem. 
Ao se averiguar a obra "Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática 
educativa" de Paulo Freire e o artigo "Por Uma Teoria da Avaliação" de Denise 
Fernandes abordam a relação entre os processos de avaliação e a autonomia do 
sujeito da aprendizagem. 
A pesquisa supracitada evidencia que "Pedagogia da Autonomia", Freire discute 
a importância da autonomia na prática educativa e enfatiza a necessidade de uma 
pedagogia que promova a formação de sujeitos críticos, reflexivos e capazes de tomar 
decisões. Ele ressalta a importância de uma educação libertadora, que vá além da 
transmissão de conhecimentos, e que estimule os alunos a se tornarem sujeitos ativos 
na construção de seu próprio conhecimento. Freire argumenta que a avaliação deve 
ser um processo dialógico, em que os alunos sejam encorajados a refletir sobre suas 
aprendizagens e participar ativamente na definição de seus critérios de avaliação. 
Já no artigo "Por Uma Teoria da Avaliação", Denise Fernandes propõe uma 
reflexão crítica sobre os processos de avaliação na educação. Ela discute as 
diferentes abordagens e concepções de avaliação e defende a necessidade de uma 
teoria da avaliação que seja coerente com os princípios da educação democrática e 
da formação integral dos sujeitos. Fernandes argumenta que a avaliação não deve 
ser apenas um instrumento de controle e classificação, mas sim uma prática que 
promova a reflexão, o diálogo e o desenvolvimento da autonomia do sujeito da 
aprendizagem. 
Ao relacionar essas obras, podemos perceber a importância dos processos de 
avaliaçãona promoção da autonomia dos alunos. Tanto Freire quanto Fernandes 
destacam a necessidade de uma avaliação que vá além da mera mensuração do 
desempenho dos alunos e que promova a reflexão, a participação ativa e a construção 
coletiva de critérios de avaliação. 
 
10 
 
A avaliação, nessa perspectiva, se torna uma ferramenta pedagógica que 
contribui para o desenvolvimento dos alunos, permitindo-lhes refletir sobre seus 
processos de aprendizagem, identificar suas dificuldades e avançar em suas 
trajetórias educativas. Além disso, a avaliação também estimula a autonomia e a 
responsabilidade dos alunos em relação ao seu próprio aprendizado, tornando-os 
sujeitos ativos e críticos na construção do conhecimento. 
No entanto, é importante ressaltar que a implementação de processos de 
avaliação que promovam a autonomia do sujeito da aprendizagem requer uma 
mudança de paradigma na forma como a avaliação é concebida e praticada. Isso 
implica em superar abordagens tradicionais, hierárquicas e punitivas, e adotar uma 
postura mais dialogada, participativa e formativa. 
Em resumo, as obras de Paulo Freire e Denise Fernandes destacam a 
importância dos processos de avaliação na promoção da autonomia do sujeito da 
aprendizagem. Ambos defendem a necessidade de uma avaliação que seja dialógica, 
reflexiva e participativa, contribuindo para a formação de sujeitos críticos, reflexivos e 
responsáveis por seu próprio aprendizado. Essa concepção de avaliação vai ao 
encontro dos princípios da educação democrática e da formação integral dos alunos. 
 
6. TÓPICO: CHUEIRI, M, S, F. Concepções sobre avaliação escolar. Estudos em 
Avaliação Educacional, v. 19, n. 39, jan./abr. 2008 - A avaliação processual. 
O artigo "Concepções sobre avaliação escolar" de Maria Suely Ferreira Chueiri 
aborda diferentes concepções e perspectivas sobre a avaliação escolar. A autora 
discute como a avaliação tem sido compreendida ao longo do tempo e como diferentes 
abordagens influenciam a prática avaliativa nas escolas. 
Destaca-se na obra de Chueiri que apresenta três principais concepções de 
avaliação: somativa, formativa e processual. A concepção somativa entende a 
avaliação como um momento final de verificação do desempenho do aluno, com foco 
na atribuição de notas e classificação. Já a concepção formativa propõe uma 
avaliação contínua e integrada ao processo de ensino-aprendizagem, com ênfase na 
retroalimentação e no acompanhamento do progresso do aluno. Por fim, a concepção 
processual enfatiza a importância da avaliação como um processo dinâmico e 
interativo, no qual tanto o professor quanto o aluno são sujeitos ativos na construção 
do conhecimento. 
 
11 
 
Em relação à avaliação processual, Chueiri destaca que essa abordagem 
reconhece a complexidade do processo educativo e a necessidade de uma avaliação 
que vá além da simples atribuição de notas. A avaliação processual busca 
compreender o percurso de aprendizagem dos alunos, considerando seus avanços, 
dificuldades e potencialidades. Ela valoriza a participação ativa dos alunos, promove 
a reflexão sobre o próprio processo de aprendizagem e estimula a construção coletiva 
de critérios e metas de avaliação. 
A avaliação processual apresentada por Chueiri traz importantes contribuições 
para repensarmos a forma como avaliamos os alunos. Ao enfatizar a participação 
ativa dos alunos e a construção coletiva de critérios de avaliação, essa abordagem 
coloca o estudante como sujeito central no processo avaliativo, incentivando sua 
autonomia e responsabilidade em relação ao próprio aprendizado. 
A avaliação processual vai além da mera atribuição de notas e classificações, 
buscando compreender o processo de aprendizagem em sua totalidade. Ela 
reconhece que os alunos possuem ritmos e formas de aprender diferentes, 
valorizando a diversidade de conhecimentos e habilidades. Por meio da reflexão 
constante sobre o processo de aprendizagem, os alunos podem identificar seus 
pontos fortes e fracos, desenvolver estratégias de superação e se tornarem sujeitos 
mais autônomos e críticos. 
No entanto, a implementação da avaliação processual requer uma mudança de 
paradigma na forma como a avaliação é concebida e praticada nas escolas. É 
necessário superar práticas tradicionais que enfatizam a mensuração e a 
hierarquização do desempenho dos alunos, e promover uma cultura de avaliação que 
valorize o processo, a reflexão e a construção conjunta de critérios. 
Além disso, a avaliação processual demanda um papel ativo dos professores, 
que devem estar abertos ao diálogo, à escuta dos alunos e à flexibilidade na definição 
de estratégias e instrumentos de avaliação. Os professores são mediadores nesse 
processo, fornecendo feedbacks construtivos e incentivando a autorreflexão dos 
alunos. 
Portanto, a avaliação processual proposta por Chueiri nos convida a repensar a 
forma como avaliamos os alunos, colocando o foco na compreensão do processo de 
aprendizagem e na participação ativa dos estudantes. Essa abordagem contribui para 
a formação de sujeitos críticos, reflexivos e autônomos, capazes de se engajar 
ativamente em seu próprio processo educativo. 
12 
 
7. TÓPICO: Leitura do referencial indicado. FERNANDES, D. Para Uma Teoria da 
Avaliação Formativa. Revista Portuguesa de Educação, 2008, 23(1), p.41-62. - A 
avaliação formativa. 
A obra de Denise Fernandes, "Para Uma Teoria da Avaliação Formativa", aborda 
o tema da avaliação formativa no contexto da educação. A avaliação formativa é uma 
abordagem contínua e integrada de avaliação que se concentra no processo de 
aprendizagem dos alunos, fornecendo feedback e orientação regulares para promover 
o desenvolvimento e a melhoria do desempenho. 
No artigo, Fernandes explora os princípios, fundamentos teóricos e práticas 
relacionadas à avaliação formativa. Ela discute a importância de uma abordagem 
formativa na avaliação, enfatizando a necessidade de fornecer feedback construtivo, 
estabelecer metas claras e envolver os alunos ativamente no processo de avaliação. 
A autora também explora diferentes estratégias e instrumentos que os 
professores podem usar para implementar a avaliação formativa em sala de aula. Isso 
pode incluir técnicas como questionários, observação do desempenho dos alunos, 
autoavaliação, coavaliação e portfólios, entre outros. 
Além disso, o artigo destaca a importância da colaboração entre professores e 
alunos, bem como a necessidade de criar um ambiente de aprendizagem que 
incentive a reflexão, a autorregulação e o engajamento ativo dos alunos. 
No geral, a obra de Fernandes busca fornece uma base teórica e prática para a 
implementação da avaliação formativa na educação. Ela destaca a importância dessa 
abordagem no apoio ao desenvolvimento dos alunos, fornecendo feedback contínuo 
e orientação para melhorar seu desempenho acadêmico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
Referencia 
CHUEIRI, M, S, F. Concepções sobre avaliação escolar. Estudos em Avaliação 
Educacional, v. 19, n. 39, jan./abr. 2008 - A avaliação processual. 
 
ESTEBAN, M. T. A negação do direito à diferença no cotidiano escolar. 
Avaliação, Campinas, Sorocaba, SP, n, 19, n.02, p. 463 -482. Breve Reflexão. – A 
relação intrínseca entre a avaliação da aprendizagem e formação do sujeito. 
 
ESTEBAN, M. T. A negação do direito à diferença no cotidiano escolar. 
Avaliação, Campinas, Sorocaba, SP, n.19, n.02, p.463-482. - A relação intrínseca 
entre a avaliação da aprendizagem e a formação do sujeito. 
 
FERNANDES, D. Para Uma Teoria da Avaliação Formativa. Revista Portuguesa de 
Educação, 2008, 23(1), p.41-62. - A avaliação formativa. 
 
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 
14 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002. FERNANDES, D. Por uma teoria da Avaliação. 
Revista Portuguesa de Educação, 2006, 19 (2), p.21-50. – Os processos de avaliação 
da Aprendizagem e formação do sujeito. 
 
FONSECA, V.M. CISSE BA, S. A. TRABALHO DOCENTE, CURRÍCULO E 
CULTURA: Do currículo crítico à crítica ao currículo. Extraclasse, ano 5, n.5, jan-dez, 
2012, p.38-62. 
 
FONSECA, V. M. CISSE BA, S. A. TRABALHO DOCENTE, CURRÍCULO E 
CULTURA: Do currículo crítico à crítica ao currículo. Extraclasse, ano 5, n.5, jan-
dez, 2012, p.38-62. 
 
FREITAS, L. C. Qualidade negociada: Avaliação e contrarregulação na escola pública. 
Educação & Sociedade, Vol. 26, n.92, outubro, 2005, p.911-933 (Campinas: Centro 
de estudos Educação e Sociedade) - A avaliação crítica no contexto da escola 
contemporânea 
 
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 14 
ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002. FERNANDES, D. Por Uma Teoria da Avaliação. 
Revista Portuguesa de Educação, 2006, 19(2), p.21-50. - Os processos de avaliação 
e a autonomia do sujeito da aprendizagem.

Continue navegando