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AFYA FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS - GARANHUNS MARCELA NOBRE BELTRÃO SISTEMAS ORGÂNICOS E INTEGRADOS V Acidente vascular encefálico GARANHUNS 2024 MARCELA NOBRE BELTRÃO SISTEMAS ORGÂNICOS E INTEGRADOS V Acidente vascular encefálico Trabalho apresentado à disciplina de Sistemas Orgânicos e Integrados V, como requisito parcial para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos e Integrados V do curso de medicina. Orientador: Prof. Ernando Gouveia. GARANHUNS 2024 1. Qual Tipo de Tomografia utilizamos na avaliação do paciente com quadro agudo de AVC? Quais as três perguntas que devemos tem em mente antes de utilizar trombólise IV? Envie um desenho anexado no word do território da cerebral média em um corte do estilo de uma tomografia (plano transversal do encéfalo). O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é definido como a diminuição ou completa interrupção do aporte sanguíneo cerebral. Está dividido em dois tipos, trombótico (tipo isquêmico) ou provocado pelo rompimento de um vaso do encéfalo, acarretando extravasamento de sangue no parênquima cerebral (tipo hemorrágico). (Da Silva et al., 2019) O paciente com quadro de Acidente Vascular Encefálico (AVE) deve ser avaliado de imediato, já que a janela terapêutica é importante para direcionar o tratamento, bem como o prognóstico do indivíduo. Clinicamente, é difícil identificar a diferença entre esses dois tipos, isquêmico e hemorrágico, essa diferenciação se dá através de exames de neuroimagem, sendo considerado padrão ouro a tomografia computadorizada (TC) sem contraste. (Margarido et al., 2021) Após a realização do exame de imagem para subsidiar o diagnóstico, é importante traçar a linha de tratamento para o indivíduo. Nesse contexto, vale a pena pontuar algumas perguntas que devem ser questionadas durante o raciocínio clínico, verificando dessa forma a possibilidade de trombólise. São elas: A TC possui evidência de hemorragia? O início dos sintomas foi menor que 4,5h? Paciente é maior de 18 anos? (Bertolucci et al., 2021) O Acidente Vascular Encefálico (AVE) pode comprometer várias artérias cerebrais, sendo a artéria cerebral média frequentemente a mais impactada. Segue abaixo imagem (figura 1) em corte transversal do cérebro, destacando em vermelho a região suprida por esta artéria. Figura 1: Associação dos territórios cerebrais com as artérias que irrigam o encéfalo. FONTE: Google imagens. A terapia trombolítica (TT) proporciona a restauração do fluxo sanguíneo cerebral na região de penumbra isquêmica, tendo como resultado o retorno da sua função. No Brasil, a trombólise intravenosa para AVCi tem sido executada. Porém, são raros os relatos nacionais sobre as características clínicas e demográficas dos pacientes submetidos a esse tratamento, do mesmo modo as complicações dessa terapêutica, a exemplo, a transformação hemorrágica. (Roxa et al., 2021) O tempo limite entre o início dos sintomas e o início da terapia trombolítica não deve ultrapassar 4,5 horas, tornando-se esse intervalo denominado como delta T e um dos indispensáveis fatores para elegibilidade da terapia. Os pacientes que estão entre o tempo da janela terapêutica e não demonstram nenhuma contraindicação, precisam receber o trombolítico imediatamente. (Sartoretto et al., 2019) REFERÊNCIAS BERTOLUCCI, P. H. F. et al. Neurologia: diagnóstico e tratamento. 3. ed. São Paulo: Manole, 2021. DA SILVA, D. N. et al. Cuidados de enfermagem à vítima de acidente vascular cerebral (AVC): Revisão integrativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde, n. 36, p. e2156, 14 nov. 2019. MARGARIDO, A. J. L. et al. Epidemiologia do Acidente Vascular Encefálico no Brasil. Revista Eletrônica Acervo Científico, v. 39, p. e8859, 23 dez. 2021. ROXA, G. N. et al. Perfil epidemiológico dos pacientes acometidos com AVC isquêmico submetidos a terapia trombolítica: uma revisão integrativa. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 1, p. 7341–7351, 2021. SARTORETTO, E. R. et al. Contraindicações ao uso de trombolítico em pacientes acometidos por acidente vascular cerebral isquêmico num hospital de alta complexidade do Sul Catarinense no período de 2012 a 2014. Arquivos Catarinenses de Medicina, v. 48, n. 1, p. 108–117, 1 mar. 2019.