Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Terapia Intensiva – Amanda Longo Louzada 1 VENTILAÇÃO MECÂNICA NA ASMA E DPOC DEFINIÇÕES: DPOC DESCOMPENSADA: ➔ Associada a aumento da frequência e gravidade da tosse ➔ Piora da qualidade e volume da secreção ➔ Piora da dispneia ➔ O paciente precisa ter dois desses 3 parâmetros para ser classificado como DPOC descompensado ➔ Pode ocorrer por infecções bacterianas ou virais, IC descompensada, embolia pulmonar, atelectasia, qualquer outra doença que aumente a demanda metabólica do paciente ou má aderência ao tratamento ➔ DPOC Descompensada Grave: associada a insuficiência respiratória aguda ➢ É quando o paciente precisa frequentemente de internação hospitalar, ventilação mecânica invasiva ou não invasiva ➔ Indicações de UTI: ➢ Dispneia importante com resposta inadequada ao tratamento inicial ➢ Alteração neurológica, indica hipoxemia grave ou retenção de gás carbônico ➢ Hipoxemia persistente ou em piora (PaO2 < 40 mmHg) ou piora da acidose respiratória apesar de oxigenoterapia e ventilação não invasiva ➢ Necessidade de ventilação invasiva ➢ Instabilidade hemodinâmica ASMA GRAVE: ➔ Exacerbação potencialmente fatal, associada à insuficiência respiratória aguda que não responde ao tratamento convencional e requer internação hospitalar ➔ Classificação da Exacerbação Aguda da Asma: ➢ Moderada: • Agravamento dos sintomas • Pico de fluxo expiratório 50 a 80% • Sem sintomas de asma aguda grave ➢ Aguda Grave: • Pico de fluxo expiratório entre 33 e 50% • Ritmo respiratório maior ou igual a 25 irpm • Ritmo cardíaco maior ou igual a 110 bpm • Incapaz de completar frase num único fôlego ➢ Risco de Morte: • Sinais Clínicos: ✓ Alterações de consciência ✓ Exaustão ✓ Arritmia ✓ Pressão arterial baixa ✓ Cianose ✓ Peito silencioso ✓ Perda de capacidade respiratória • Medições: ✓ Pico de fluxo expiratório < 33% ✓ Saturação de oxigênio < 92% ✓ PaCO2 normal ➢ Quase Fatal: PaCO2 elevado e/ou necessidade de ventilação mecânica MECÂNICA VENTILATÓRIA: ALTA RESISTÊNCIA: ➔ Esses pacientes possuem uma alta resistência para exalar o volume corrente, gerando um aprisionamento aéreo, aumentando o volume pulmonar, a pressão intratorácica ➔ Os pacientes com DPOC além do aumento da resistência das vias aéreas, ele possui destruição do parênquima pulmonar, com perda das fibras elástica, ou seja, ele perde as fibras elásticas pulmonares, ficando ainda mais difícil de exalar o ar ➔ O aprisionamento aéreo vai gerando aumento do volume residual, levando a hiperinsuflação dinâmica ➔ Gerando o auto-peep: é a pressão gerada por esse ar aprisionado ➢ A curva de fluxo não toca o zero ➢ Pode ser medido através da pausa expiratória no ventilado mecânico, fazendo com que no final da expiração ele pare de mandar o ar, conseguindo ver a pressão gerada, que corresponde ao auto- PEEP ➢ Se for maior que a ser PEEP, indica aprisionamento aéreo Terapia Intensiva – Amanda Longo Louzada 2 VENTILAÇÃO MECÂNICA NA ASMA E DPOC AJUSTES DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: ➔ Deve garantir que todo volume corrente seja exalado ➔ O tempo expiratório deve ser prolongado, isso pode ser feito através do tempo inspiratório curto e fluxo alto ➔ Preservado uma relação I:E em 1:5 ➔ Com fluxo de 60 – 100 L/min ➔ Deve ter atenção a curva de fluxo para controlar o auto PEEP ➔ Ventilar com 4 – 6 ml/kg do peso ideal, sendo < 10 L/min ➔ Tolerar uma pressão de pico < 50 e platô < 30 ➔ A PEEP deve estar em 80% do auto-PEEP RESUMO: ➔ Modo VCV ou PCV ➔ Volume-minuto: < 10 l/min ➔ Volume corrente: 4 a 6 ml/kg de peso ideal ➔ Frequência Respiratória: 10 a 14/min ➔ Pressão de Platô: < 30 ➔ Fluxo Inspiratório: 60 – 100L/min ➔ Curva de Fluxo Inspiratório (se VCV): forma quadrado ou descendente ➔ Tempo Expiratório: 4 a 5 segundos ➔ PEEP: 3 a 5 ➔ FiO2: para manter saturação acima de 90%
Compartilhar