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ETHERNET IP GUIA DE INSTALAÇÃO CABLAGEM E MONTAGEM VERSÃO 1.0 ABRIL DE 2009 Guia de Instalação Ethernet/IP – Versão 1.0 – Abril de 2009 ___________________________________________________________________ Autor: Eng. André Luis Biscaro 1 ÍNDICE 1. ETHERNET/IP ........................................................................................................................ 2 2. SEGMENTO DE REDE......................................................................................................... 3 3. CONECTORES ...................................................................................................................... 3 4. MONTAGEM DOS CABOS ETHERNET........................................................................... 5 5. CONECTORIZAÇÃO ............................................................................................................ 8 5.1. CONECTORIZAÇÃO DE CABOS UTP (PARES TRANÇADOS SEM BLINDAGEM) .................. 8 5.2. CONECTORIZAÇÃO DE CABOS STP (PARES TRANÇADOS BLINDADOS) ......................... 11 6. ATERRAMENTO ................................................................................................................. 13 7. DISTÂNCIA ENTRE CABOS ............................................................................................ 15 8. ORIENTAÇÕES GERAIS DE FIAÇÃO............................................................................ 15 Guia de Instalação Ethernet/IP – Versão 1.0 – Abril de 2009 ___________________________________________________________________ Autor: Eng. André Luis Biscaro 2 1. ETHERNET/IP Controles industriais requerem tempos de resposta rápidos, máxima disponibilidade da rede e segurança. A rede ethernet industrial, chamada de Etrhernet/IP possui estas características. Um exemplo desta rede pode ser visto na figura 1 abaixo: Figura 1 – Exemplo de uma Rede Ethernet/IP A instalação da rede deve ser robusta o suficiente para prevenir danos físicos e ingresso de ruído que poderiam causar degradação da performance da rede, resultando em paradas no processo. Guia de Instalação Ethernet/IP – Versão 1.0 – Abril de 2009 ___________________________________________________________________ Autor: Eng. André Luis Biscaro 3 Alguns produtos Ethernet freqüentemente usados em ambientes comerciais não são compatíveis com ambientes industriais. Abaixo são listados alguns problemas relacionados com estes produtos: • Degradação da performance causada por temperatura ou umidade; • Intolerância a produtos químicos; • Suscetível a ruído; • Falhas relacionadas à vibração; Estes tipos de ambientes hostis requerem componentes desenhados para uso em ambiente industrial. No entanto, cuidadosamente planejados alguns componentes comerciais podem ser usados, como por exemplo, cabos podem ser usados em ambientes fechados ou podem ser instalados dentro de eletrodutos ficando isolados dos ruídos. 2. SEGMENTO DE REDE Um segmento de rede é um grupo de dispositivos de funcionalidades associadas conectados juntos e isolados por pontes (bridges), roteadores ou switches. As redes podem ser divididas em múltiplos segmentos por motivos de segurança e para melhorar o fluxo de tráfego de dados eliminando pacotes que não são destinados ao segmento de rede. 3. CONECTORES O tipo de conector Ethernet/IP mais usado é o de 8-vias (8-way) encapsulado, definido no padrão internacional IEC 61076-3-106 (variante 1) e IEC 61076-2-101 respectivamente, possui índice de proteção IP65 / 67 de acordo com a IEC60529 (Classe de Proteção Internacional) . É reconhecido pela ODVA (especificação da Ethernet/IP industrial). A tabela 1 contém os parâmetros para os conectores 8-vias (selado e não-selado) para sistemas industriais Ethernet/IP. Estes conectores podem ser de plástico ou metal. Os conectores 8-vias (RJ45) usados em ambientes comerciais não foram desenhados para atender os índices de proteção IP 65 e 67 e podem ser suscetíveis a problemas relacionados com vibração. Guia de Instalação Ethernet/IP – Versão 1.0 – Abril de 2009 ___________________________________________________________________ Autor: Eng. André Luis Biscaro 4 Tabela 1 – Parâmetros do conector 8-vias Ethernet/IP As figuras 2 e 3 ilustram alguns tipos de conectores 8-vias Ethernet/IP. Figura 2 – Conectores 8-vias Ethernet/IP selado em encapsulamento plástico (soquete e plug) Figura 3 – Conectores 8-vias Ethernet/IP selado em encapsulamento metálico (soquete e plug) Guia de Instalação Ethernet/IP – Versão 1.0 – Abril de 2009 ___________________________________________________________________ Autor: Eng. André Luis Biscaro 5 A Figura 4 mostra o desenho de um conector 8-vias indicando a numeração de sua pinagem. Figura 4 – Numeração da pinagem do conector 8-vias 4. MONTAGEM DOS CABOS ETHERNET Há dois métodos de montagem dos cabos ethernet usando os conectores de 8-vias: Método T568A e T568B. Os pares 2 e 3 são invertidos de acordo com o método de montagem usado. Não é recomendado misturar os dois métodos de montagem em um mesmo canal, pois isto pode enfraquecer a performance do canal. Os dois métodos de montagem são mostrados na figura 5. Figura 5 – Métodos de montagem dos cabos Ethernet O método T568A deve ser usado em aplicações genéricas e onde se necessite suporte a sistemas de telefonia de 2 pares, caso contrário, ambos os métodos (T568A Guia de Instalação Ethernet/IP – Versão 1.0 – Abril de 2009 ___________________________________________________________________ Autor: Eng. André Luis Biscaro 6 ou T568B) são aceitáveis. É recomendado o uso do método T568A – Figura 6. O método selecionado deve ser usado através de todo o segmento. Figura 6 – Método de montagem tipo T568A Os cabos podem ser blindados ou não. No caso do uso de cabos blindados os conectores devem possuir encapsulamento metálico. Na montagem dos cabos preste particular atenção aos pares de cabos e ao código de cores – Tabela 2. A correta disposição dos pares dos cabos nos pinos dos conectores é extremamente importante. Note que o par 2 (T568A) ou o par 3 (T568B) é dividido através do par 1 – Figura 5. Tabela 2 – Código de cores dos 4 pares Os cabos são construídos com conectores do tipo plug em ambos os lados (Figuras7 e 9). Cabos para extensão são construídos com um plug e um soquete. O comprimento máximo de cabo em um segmento não pode exceder a 100 metros. Guia de Instalação Ethernet/IP – Versão 1.0 – Abril de 2009 ___________________________________________________________________ Autor: Eng. André Luis Biscaro 7 A figura 7 mostra o esquema de ligação do tipo direta de um cabo ethernet usando conectores 8-vias. Figura 7 – Ligação do tipo direta com conectores 8-vias A tabela 3 mostra o esquema de ligação dos fios nos conectores. Tabela 3 – Esquema de Ligação do tipo Direta Conexões entre apenas dois dispositivos via um simples cabo ethernet são possíveis conforme mostra a figura 8. Hubs, switches ou outros dispositivos de conexão não são usados. Nestas condições é necessário o uso de um cabo ethernet do tipo crossover, ao menos que o dispositivo usado suporte a função auto MDIX que reconhece o tipo de ligação e se ajusta automaticamente. Figura 8 – Esquema de ligação entre dois dispositivos Guia de Instalação Ethernet/IP – Versão1.0 – Abril de 2009 ___________________________________________________________________ Autor: Eng. André Luis Biscaro 8 A figura 9 mostra o esquema de ligação tipo crossover de um cabo ethernet usando conectores 8-vias. Figura 9 – Ligação do tipo crossover com conectores 8-vias A tabela 4 mostra o esquema de ligação dos fios nos conectores. Tabela 4 – Esquema de ligação do tipo crossover 5. CONECTORIZAÇÃO 5.1. Conectorização de Cabos UTP (Pares trançados sem blindagem) Usar um decapador similar ao da figura 10 e decapar 1 polegada do cabo. Certificar de não cortar a isolação dos fios. Se danificar a isolação dos fios cortar este pedaço do cabo e recomeçar novamente. Guia de Instalação Ethernet/IP – Versão 1.0 – Abril de 2009 ___________________________________________________________________ Autor: Eng. André Luis Biscaro 9 Figura 10 – Detalhe da decapagem do dabo Separar os pares conforme o código de cores da Tabela 2. Alinhar os fios conforme o método de ligação a ser usado (T568A ou T568B) para posicionar os fios em suas respectivas cavidades dentro do conector, conforme a Figura 10.1. Figura 10.1 – Método de ligação tipo T568A Manter os fios na direção correta e cortar o comprimento dos fios em excesso usando um alicate de corte afiado. O comprimento máximo final dos fios a serem inseridos no conector não deve ultrapassar a 0,5 polegadas. Guia de Instalação Ethernet/IP – Versão 1.0 – Abril de 2009 ___________________________________________________________________ Autor: Eng. André Luis Biscaro 10 Confirmar a correta orientação dos fios como mostrado na figura 10.2 e inserir os fios para dentro do corpo do conector. Reparar que cada fio tem sua própria cavidade dentro do corpo do conector. Figura 10.2 – Correta orientação dos fios Empurrar o cabo para dentro do corpo do conector até que todos os fios toquem no final (topo) do corpo do conector. A capa do cabo deve ficar na parte interna do corpo do conector para posteriormente ser travada junto com o conector na crimpagem. Inserir o conector dentro do alicate de crimpagem conforme figura 10.3 e crimpar o conector. Certificar de que as travas de metal do conector foram crimpadas ao redor do fio. Figura 10.3 –Crimpagem do conector Guia de Instalação Ethernet/IP – Versão 1.0 – Abril de 2009 ___________________________________________________________________ Autor: Eng. André Luis Biscaro 11 Verificar o estado final da crimpagem puxando levemente o conector mantendo o cabo assegurado. Se a capa do cabo ou algum fio escapar do conector, cortar o conector e iniciar o processo novamente. Testar eletricamente o cabo usando um testador apropriado. 5.2. Conectorização de Cabos STP (Pares trançados blindados) Decapar 1 polegada do cabo usando uma ferramenta de decapagem conforme a figura 11 e prestar particular atenção para não cortar a blindagem. Se danificar a blindagem, cortar este pedaço do cabo e começar novamente. Figura 11 – Detalhe da decapagem do Cabo Separar os pares conforme o código de cores da Tabela 2 e dobrar a malha de blindagem (dreno) para trás alinhada ao cabo. Alinhar os fios conforme o método de ligação a ser usado (T568A ou T568B) para posicionar os fios em suas respectivas cavidades dentro do conector, conforme a figura 11.1. Guia de Instalação Ethernet/IP – Versão 1.0 – Abril de 2009 ___________________________________________________________________ Autor: Eng. André Luis Biscaro 12 Figura 11.1 – Método de ligação tipo T568A Manter os fios na direção correta e cortar o comprimento dos fios em excesso usando um alicate de corte afiado. O comprimento máximo final dos fios a serem inseridos no conector não deve ultrapassar a 0,5 polegadas. Confirmar a correta orientação dos fios como mostrado na figura 11.2 e insierir os fios para dentro do corpo do conector. Reparar que cada fio tem sua própria cavidade dentro do corpo do conector. Figura 11.2 – Correta orientação dos fios Guia de Instalação Ethernet/IP – Versão 1.0 – Abril de 2009 ___________________________________________________________________ Autor: Eng. André Luis Biscaro 13 Empurre o cabo para dentro do corpo do conector até que todos os fios toquem o final (topo) do corpo do conector. A capa do cabo deve ficar na parte interna do corpo do conector para posteriormente ser travada junto com o conector na crimpagem. Inserir o conector dentro do alicate de crimpagem conforme figura 11.3 e crimpar o conector. Certificar de que as travas de metal do conector estão crimpadas ao redor do fio. Figura 11.3 – Ferramenta de crimpagem Verificar o estado final da crimpagem puxando levemente o conector mantendo o cabo assegurado. Se a capa do cabo ou algum fio escapar do conector, cortar o conector e iniciar o processo novamente. Testar eletricamente o cabo usando um testador apropriado. 6. ATERRAMENTO Há requisitos específicos de aterramento para cabos blindados. As blindagens representam um papel importante no fornecimento de imunidade a ruído para seu sistema, entretanto, um cabo blindado instalado incorretamente pode causar defasagem de aterramento, problemas devido à diferença de potencial causada no aterramento entre dois pontos do sistema, conforme mostra figura 12. Guia de Instalação Ethernet/IP – Versão 1.0 – Abril de 2009 ___________________________________________________________________ Autor: Eng. André Luis Biscaro 14 Figura 12 – Defasagem de aterramento Esta diferença de potencial pode ser CC ou CA ou transiente. Um cabo que conecte dois pontos fornece um caminho secundário para o percurso da corrente. A corrente através da blindagem do cabo de comunicação acoplará o ruído ao sistema de comunicação. Este ruído terá um impacto direto na performance do sistema. Para minimizar os efeitos da defasagem do aterramento, será necessário isolar a blindagem em uma das extremidades do cabo. Neste caso, a blindagem deve ser isolada no dispositivo, não no switch, conforme mostra a figura 13. Figura 13 – Aterramento da blindagem do cabo Guia de Instalação Ethernet/IP – Versão 1.0 – Abril de 2009 ___________________________________________________________________ Autor: Eng. André Luis Biscaro 15 7. DISTÂNCIA ENTRE CABOS Para minimizar a indução eletromagnética entre cabos, é recomendável manter a distância mínima de separação entre o cabo Ethernet e os cabos de potência, tanto na parte interna, quanto na parte externa dos painéis, conforme a tabela 5 abaixo. Tabela 5 – Distância mínima entre cabos 8. ORIENTAÇÕES GERAIS DE FIAÇÃO Seguir as orientações abaixo na fiação de todos os cabos EtherNet/IP: • Se um cabo deve cruzar linhas de alimentação, ele deve fazê-lo em ângulo reto. • Passar pelo menos 1,5 m dos gabinetes de alta tensão ou fontes de radiação de RF/microondas. • Se o cabo estiver em eletrocalha de metal ou eletroduto, cada seção da eletrocalhacalha ou do eletroduto deve ser unida a cada seção adjacente, de forma que ela possua continuidade elétrica em toda sua extensão e deve estar unida ao gabinete no ponto de entrada. • O raio de curvatura do cabo não deve ser menor do que 8 vezes o diâmetro do cabo. • A força para puxar não deve exceder 90 lbs ou o máximo especificado na planilha de dados do fabricante.
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