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Bioética
Profa. Dra. Eliana Adami
Cuidados Paliativos, Eutanásia, Distanásia
e Ortotanásia
Cuidados Paliativos (CP)
Vieram preencher a lacuna entre a competência técnica da medicina curativa e a cultura do respeito à autonomia do indivíduo em relação às situações extremas, como o fato de decidir, que diante de uma situação, na qual não faz diferença na vida da pessoa, pelo contrário, causará mais sofrimento interromper todos os procedimentos e deixar a morte seguir o curso natural, cuidando obviamente para que não tenha dor e preserve sua qualidade de vida.
CP é o melhor a oferecer.
Ética e Eutanásia
O que é eutanásia?
Eutanásia consiste na conduta de abreviar a vida de um paciente em estado terminal ou que esteja sujeito a dores e intoleráveis sofrimentos físicos ou psíquicos.
Ética e Eutanásia
 Uma série de questões éticas e morais afloram no contexto da terminalidade da vida:
direitos do paciente em relação à verdade sobre suas reais condições; 
objetivos da atuação médica; 
paradoxos entre a consciência e a legalidade. 
Ética e Eutanásia
Pode, ou deve, o médico ajudar um paciente, que sofre de modo irreversível, a morrer? 
A eutanásia pode ser considerada uma ação médica ética?
A palavra “eutanásia” tem origem grega e representa, literalmente: “boa morte”. 
É comumente entendida como a prática pela qual o médico abrevia a vida de um paciente incurável. 
Ética e Eutanásia
É importante respeitar a legislação vigente, que afirma que a eutanásia é crime.
A atuação médica está fundamentada em dois pilares: 
A preservação da vida, e 
O alívio do sofrimento. 
Estes princípios podem se completar ou 
se tornarem antagônicos.
Distanásia
Se considerarmos que a preservação da vida é o valor maior, podemos incorrer na chamada “distanásia”.
Distanásia é o nome do ato de prorrogar a vida através de meios artificiais e, muitas vezes, desproporcionais à condição de recuperação do doente.
A Questão Ética a ser considerada é:
A distanásia é mais ética do que a eutanásia?
É válido estender a vida mesmo que a cura não seja possível e o sofrimento excessivamente penoso?
Enquanto houver a mais remota possibilidade de reversão do quadro de morte inevitável deve-se sustentar a manutenção da vida;
Mas, em caso contrário, o que a ética determina é a priorização do segundo pilar: o alívio do sofrimento. 
Comente esta e outras questões com seus colegas no Fórum da Disciplina.
Eutanásia
Poderíamos então, considerar que aliviar o sofrimento, nestes casos, compreendido como permitir ou antecipar a morte, recai em uma outra grave questão: 
Quando desistir da vida ? 
Para Reflexão
O americano Terry Wallis, após um acidente de carro, ficou 20 anos em estado de coma e retornou à consciência, voltando a falar e a recuperar movimentos do corpo. Certamente não é o tempo o padrão capaz de determinar esta resposta.
Vídeo distanásia, eutanásia e ortotanásia
https://youtu.be/dWzBF77c4vg 
Eutanásia
Uruguai, Holanda e Bélgica admitem a prática legal da eutanásia ativa. 
Suicídio assistido = Suíça, Alemanha, Holanda, EUA - Oregon, Washington e Vermont.
Suicídio assistido = O suicídio assistido ocorre quando uma pessoa, que não consegue concretizar sozinha sua intenção de morrer, solicita o auxílio de um outro indivíduo.
No Brasil, as duas práticas são proibidas, embora não constem especificamente no Código Penal.
Eutanásia
No Brasil - a eutanásia pode ser enquadrada no artigo 121, como homicídio simples ou qualificado, e o suicídio assistido pode configurar o crime de participação em suicídio, previsto no artigo 122.
Do ponto de vista legal, é importante frisar que, no Brasil, o Conselho Federal de Medicina através do Código de Ética Médica (2009) em seu Artigo 41 explicita de modo claro a proibição de: “Abreviar a vida do paciente, ainda que a pedido deste ou de seu representante legal.”
Resolução 1.805 de 2006 do CFM = regulamentava e autorizava aos médicos a prática da ortotanásia (interrupção de terapêuticas que já não surtem mais efeitos em pacientes terminais) como forma de desestimular a distanásia (sustentação artificial da vida por tratamentos desproporcionais à condição de recuperação).
Referências
[1] LEPARGNEUR, Hubert. Bioética, novo conceito: a caminho do consenso. 2. ed. São Paulo Loyola, 2004.
[2] SALLES, Alvaro Angelo (Org.). Bioética: a ética da vida sob múltiplos olhares. Rio de Janeiro: Interciência, 2009.
[3] SPINSANTI, Sandro. Ética biomédica. São Paulo: Paulinas, 1990.
Referências Complementares
ADAMI, E. R.; CHEMIN, M.R.C. (Org.). Câncer de mama e a bioética: clínica, cuidado e prevenção. Curitiba: Prismas, 2016.
LEONE, S.; PRIVITERA, S.; CUNHA, J.T. (Coord.). Dicionário de Bioética. Aparecida: Editorial Perpétuo Socorro/Santuário, 2001.
GARRAFA, V.; PESSINI, L. Bioética: Poder e Injustiça. Editora Loyola, Brasília, p. 522, 2003.
OLIVEIRA, F. Bioética: uma face da cidadania. 2. Ed. São Paulo: Moderna, 2004.
POTTER, V. R. Bioética: ponte para o futuro. São Paulo: Edições Loyola, 2016. 207p.POTTER, V. R. Global Bioethics. Ed. Michigan University, 1988. 203p.
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Reich WT. Encyclopedia of Bioethics. 2nd ed. New York; MacMillan, 1995: XXI.
SCHWEITZER, Albert. The ethics of reverence for life. Christendom, v. 1, n. 2, p. 225-239, 1936.
SINGER. P.; 1994. Ética Prática. São Paulo: Martins Fontes.
URBAN, C. A. Aspectos Clínicos e Bioéticos no tratamento do câncer de mama, cap. 1, in ADAMI e CHEMIN. Câncer de mama e a bioética: clínica, cuidado e prevenção. Curitiba: Prismas, 2016, p 38.
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