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SLIDE_BIOÉTICA_AULA_8_vILFM

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Bioética
Profa. Dra. Eliana Adami
Transfusão Sanguínea
Transfusão Sanguínea
Procedimento que consiste em transferir sangue total, ou parte de seus componentes, de um doador para um receptor desde que haja compatibilidade. 
Também pode ser feita de forma autóloga, quando o paciente é submetido à transfusão, usando o próprio sangue.
Antes da transfusão, é importante fazer um cruzamento de informações entre doador e receptor para evitar possíveis reações adversas.
 Os primeiros 15 minutos durante o processo de transfusão devem ser acompanhados por enfermeiros e/ou médico, pois é nesse período que podem ocorrer a maioria das reações adversas.
Transfusão Sanguínea
É indicado o uso de filtros de 20 a 40 micrômetros no momento da transfusão para reter micro coágulos sanguíneos;
A transfusão de sangue é um procedimento rotineiro e seguro feito em ambientes hospitalares; 
A doação de sangue deve ser voluntária;
O doador deve ter de 16 a 79 anos; 
O limite de idade para a primeira doação é de 60 anos; 
O intervalo mínimo entre duas doações de sangue total é de 2 meses para homens e de 3 meses para mulheres;
Transfusão Sanguínea
O doador deve passar por um processo de triagem por questões de segurança onde são investigados aspectos como: comportamento de risco, doenças infectocontagiosas, tipagem sanguínea entre outros.
Existem dois tipos de transfusão: 
heteróloga, na qual ocorre transfusão de sangue de uma pessoa a outra; e
autóloga, que se caracteriza pela transfusão usando o sangue do próprio paciente.
Produtos Obtidos
Sangue total
Hemocomponentes
Hemoderivados
Hemáceas
Plasma
Plaquetas
Granulócitos
Proteínas plasmáticas
Fatores de coagulação
Sangue Total
	Anticoagulante 	Validade (quando armazenado em temperatura de 1 a 6°C)
	ACD 	21 dias
	CPD	21 dias
	CPDA-1 (adenina)	35 dias
Concentrado de Hemácias
	Temperatura de armazenamento	Validade
	2 a 6 °C	35 a 42 dias
Plasma
Obtido através da centrifugação do sangue total.
É constituído basicamente de água, proteínas (albumina, globulinas, fatores de coagulação e outras), carboidratos e lipídios.
Plasma fresco congelado:
O plasma é completamente congelado em até 6 horas após a coleta. O congelamento permite a preservação dos fatores de coagulação, albumina, imunoglobulinas, outras proteínas e sais minerais e mantém constantes suas propriedades. 
	Temperatura de armazenamento	Validade
	18 a 25°C negativos	12 a 24 meses
Plaquetas
Podem ser obtidas de duas formas:
A partir de unidade individual de sangue total de vários doadores:
(1) uma centrifugação leve, em que se obtém o plasma rico em plaquetas (PRP); (2)este plasma é novamente centrifugado, desta vez em alta rotação, para a obtenção do concentrado de plaquetas (CP).
Por aférese:
As plaquetas devem ficar em agitação constante com temperatura de 20 a 24°C.
Granulócitos
Obtidos por aférese de doador único e por meio de máquinas separadoras de células.
O concentrado de granulócitos deve ser transfundido após a coleta, caso não seja possível a transfusão imediata esse deve ser armazenamento em temperatura entre 20° e 24° C, em repouso no máximo por 24 horas.
 Recomendado para pacientes com leucopenia grave ou que possuem infecções que não respondem a antibióticos.
Crioprecipitado
O crioprecipitado é resultante do descongelamento de uma unidade de plasma fresco congelado à temperatura de 1° a 6° C.
Corresponde à porção que não se torna totalmente líquida.
O crioprecipitado contém glicoproteínas de alto peso molecular como de fatores de coagulação e fibrinogênio. 
Pode ser congelado e armazenado por 1 ano.
Fatores de Coagulação
São hemoderivados, produtos obtidos em escala industrial, a partir do fracionamento do plasma por processos físico-químicos.
Exemplos: concentrado de fator VIII e concentrado de fator IX. São indicados para pacientes que possuem deficiência na produção de algum desses fatores.
Fibrinogênio
É um hemoderivado obtido através do plasma.
É uma proteína necessária para a formação do coágulo. 
Os concentrados de fibrinogênio não são mais preparados comercialmente, sendo utilizado atualmente como fonte de fibrinogênio o crioprecipitado que contém 150 mg de fibrinogênio por bolsa.
Transfusão Sanguínea e Testemunha de Jeová
Esses pacientes se recusam a fazer transfusão sanguínea por conta de suas convicções religiosas.
Estão protegidos pela lei = autonomia e respeito ao próximo. 
A Constituição de 1988 garante a inviolabilidade da liberdade de consciência e de crença, assegura o livre exercício dos cultos religiosos e garante a proteção aos locais de culto e a suas.
O novo Código Civil, no Art. 15, preserva a autonomia e defende que ninguém será exposto a qualquer tipo de constrangimento ou submetido a tratamento médico ou intervenção cirúrgica se não estiver de acordo. Assim, as Testemunhas de Jeová se encontram protegidas em sua escolha.
Referências
[1] LEPARGNEUR, Hubert. Bioética, novo conceito: a caminho do consenso. 2. ed. São Paulo Loyola, 2004.
[2] SALLES, Alvaro Angelo (Org.). Bioética: a ética da vida sob múltiplos olhares. Rio de Janeiro: Interciência, 2009.
[3] SPINSANTI, Sandro. Ética biomédica. São Paulo: Paulinas, 1990.
Referências Complementares
ADAMI, E. R.; CHEMIN, M.R.C. (Org.). Câncer de mama e a bioética: clínica, cuidado e prevenção. Curitiba: Prismas, 2016.
LEONE, S.; PRIVITERA, S.; CUNHA, J.T. (Coord.). Dicionário de Bioética. Aparecida: Editorial Perpétuo Socorro/Santuário, 2001.
GARRAFA, V.; PESSINI, L. Bioética: Poder e Injustiça. Editora Loyola, Brasília, p. 522, 2003.
OLIVEIRA, F. Bioética: uma face da cidadania. 2. Ed. São Paulo: Moderna, 2004.
POTTER, V. R. Bioética: ponte para o futuro. São Paulo: Edições Loyola, 2016. 207p.POTTER, V. R. Global Bioethics. Ed. Michigan University, 1988. 203p.
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Reich WT. Encyclopedia of Bioethics. 2nd ed. New York; MacMillan, 1995: XXI.
SCHWEITZER, Albert. The ethics of reverence for life. Christendom, v. 1, n. 2, p. 225-239, 1936.
SINGER. P.; 1994. Ética Prática. São Paulo: Martins Fontes.
URBAN, C. A. Aspectos Clínicos e Bioéticos no tratamento do câncer de mama, cap. 1, in ADAMI e CHEMIN. Câncer de mama e a bioética: clínica, cuidado e prevenção. Curitiba: Prismas, 2016, p 38.

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