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INTERVENÇÃO
Conceito 
Medida temporária e excepcional, prevista na constituição (art. 34), que autoriza a supressão da autonomia de um ente federativo por tempo determinado.
Estado de Exceção VS Estado de Legalidade Extraordinária
2. Principios
I – Não Intervenção ou Excepcionalidade da Medida
II – Taxatividade
III – Temporariedade
TAXATIVO VS EXAUSTIVO VS EXEMPLIFICATIVO
Hipóteses de Decretação
Art. 34 - A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
Obs: União intervém em municípios de territórios federais
Obs2: Atos de Império X Atos de Gestão
INTERVENÇÃO FEDERAL
INTERVENÇÃO ESTADUAL
PROCEDIMENTOS
AUTORIDADE COMPETENTE: PRESIDENTE DA REPÚBLICA
FORMAS: ESPONTÂNEA (EX OFFICIO) OU MEDIANTE PROVOCAÇÃO 
1 - ESPONTÂNEA: O P.R. OUVE DOIS CONSELHOS: O DA REPÚBLICA E O DE DEFESA NACIONAL, CONFORME DETERMINA O ART. 90, I E O ART. 91, §1º, II DA CONSTITUIÇÃO. 
2 - QUANDO DECORRER DO DESCUMPRIMENTO DE ORDEM JUDICIAL, ESTA PODERÁ SER REQUISITADA STF, STJ, TSE (ART. 36, II).
DECRETO DE INTERVENÇÃO: ART. 36, §1º-3º DA CF DE 1988. 
ESPECIFICA: A AMPLITUDE, O PRAZO E AS CONDIÇÕES DE EXECUÇÃO E QUE, SE COUBER, NOMEARÁ O INTERVENTOR, SERÁ SUBMETIDO À APRECIAÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL OU DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO, NO PRAZO DE VINTE E QUATRO HORAS. ART. 36, § 1°
CESSADAS AS CAUSAS QUE MOTIVARAM A INTERVENÇÃO, AS AUTORIDADES AFASTADAS PODERÃO VOLTAR A SEUS CARGOS, SALVO EM CASO DE IMPEDIMENTOS LEGAIS ART. 36, § 4°
PRINCIPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
EXPLICITO
I – Legalidade
À Administração Pública só é permitido fazer aquilo que a lei expressamente autoriza. 
II – Impessoalidade
A administração deve agir de modo imparcial, sendo vedado o beneficio ou danos a pessoas especificas, uma vez que deve atender a sociedade como um todo. Ademais, a responsabilidade dos atos praticados pelos agentes públicos será sempre objetiva, afastando a pessoalidade e imputando sobre o órgão como um todo os atos dos servidores públicos.
III – Moralidade
Além do fiel cumprimento da Lei, a administração deve zelar sempre pela ética, boa fé, moral e probidade.
IV – Publicidade
Os atos da administração devem, em regra, serem publicados e divulgados, exceto os que possuam sigilo envolvendo a segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior da administração.
V – Eficiência
A administração deve ser eficiente, fazer mais com menos e ter resultado positivo e satisfatório
Obs: LIMPE
IMPLÍCITOS
I – Supremacia do Interesse Público
À Administração Pública deve agir sempre em favor do interesse público que deve prevalecer sobre os interesses particulares.
II – Presunção de Legitimidade
Presumem-se legítimos os atos praticados pelo poder público.
III – Continuidade dos Serviços Públicos
Prestação regular, continua e eficiente dos serviços públicos.
IV – Especialidade
A administração deve atuar de acordo com as suas competências definidas em lei, respeitando a distribuição de atribuições entre os seus órgãos. 
V – Motivação 
A administração pública deve expor os fundamentos de fato e de direito que justificam as suas decisões, especialmente aquelas que afetam direitos ou interesses dos administrados, motivando devidamente os seus atos demonstrando a legalidade, legitimidade e conveniência de suas ações.
VI – Autotutela
A administração tem o poder de controlar os seus próprios atos, anulando atos ilegais e revogando os importunos sem a necessidade de intervenção do Poder Judiciário.
VII – Razoabilidade
Esse princípio significa que a administração pública deve agir com bom senso, lógica e coerência, evitando decisões arbitrárias, absurdas ou injustificáveis.
VIII – Indisponibilidade do Interesse Público
A Administração deve garantir os direitos fundamentais da sociedade, não podendo dispor dos interesses da sociedade, uma vez que o titular dos direitos é o povo.
CONCEITOS IMPORTANTES
Administração Direta
Conjunto de órgãos ligados diretamente ao Poder Executivo de forma centralizada.
Administração Indireta
Entidades administrativas, dotadas de personalidade jurídica própria e autonomia administrativa, criadas mediante lei para o exercício descentralizado de atividades públicas.
Desconcentração
Criação de órgãos para exercer a competência administrativa centralizada
Descentralização
Criação de pessoas jurídicas para exercerem atividades públicas
Orgão
Unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta.
Entidade
Unidade de atuação dotada de personalidade jurídica pertencente a Administração Indireta.
Autoridade
Servidor ou agente público dotado de poder de decisão
CARGOS PÚBLICOS
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; 
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; 
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público; 
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; 
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes daUnião, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; 
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público; 
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; 
 
OBS: Forças Armadas (marinha, exercito e aeronáutica) só pode acumular com 1 cargo da saúde.
RESUMO DE PROCESSO DE CONHECIMENTO
PREVISÃO LEGAL
Art. 334 do CPC
Réu deve ser citado com no mínimo de vinte dias de antecedência da data da audiência.
O réu será intimado para comparecer acompanhado de advogado ou de defensor público à audiência de conciliação ou mediação, com menção do dia, da hora e do lugar do comparecimento. 
Deverá ser advertido na citação que sua ausência injustificada será punida com multa art. 334, parágrafo 8 , cpc
A audiência é de conciliação ou mediação, pois depende do tipo da técnica a ser aplicada, e o tipo de técnica depende do tipo de conflito. 
Art 165 CPC Será de conciliação nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes. 
Será de mediação, nos casos, em que houver vínculo anterior entre as partes.
MOMENTO PROCESSUAL E LOCAL DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO
A Audiência de conciliação ou mediação será realizada antes do oferecimento da defesa, é uma audiência preliminar. 
Deve realizar-se no centro judiciário de solução consensual de conflitos, somente em casos excepcionais deverá ser realizada na sede do juízo, com a condução do próprio juiz. 
 Esse centro pode ser externo ao poder judiciário, podem ser entidades de classe, serventias extrajudiciais, associação de moradores, escolas, defensorias e outros, desde que estejam conveniados com o tribunal. 
As pautas das audiências de conciliação ou mediação serão organizadas respeitando o intervalo de 20 minutos entre uma audiência e outra.
A audiência apenas não ocorrerá nas hipóteses expressamente previstas no dispositivo: 
se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição processual, ou, quando não se admitir a autocomposição. 
No primeiro caso, o autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência. 
Se houver litisconsortes, todos devem manifestar o desinteresse na realização da audiência em respeito ao tratamento paritário das partes.
Superadas as hipóteses de vedação, a audiência deverá ocorrer no prazo definido, inclusive por meio eletrônico caso haja concordância das partes, permitida a indicação de representantes, por meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir . 
A ausência imotivada é considerada ato atentatório à dignidade da justiça de acordo com o §8º do dispositivo em comento, sendo penalizada com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa em favor da União ou do Estado, aplicada àqueles que não comparecerem.
A parte pode constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir. 
 Qualquer parte pode fazer isso, pessoa natural, jurídica, espólio, qualquer sujeito de direito , tem o direito de fazer-se representar nesta audiência. 
Esse representante precisa ter poderes para negociar e transigir, essa atuação restringe-se a negociação e assinatura de acordo, não postula, não alega e não depõe pela parte. 
Sendo assim , a parte não precisa comparecer à audiência preliminar.
Ao final do procedimento, caso seja alcançado um acordo, a autocomposição será reduzida a termo e homologada por sentença. 
Segundo o rol do art. 515 do CPC, este termo terá força de título executivo judicial e lhes serão atribuídas todos os atributos inerentes à essa condição, tornando impossível o arrependimento unilateral de uma das partes. 
O processo será extinto com resolução de mérito, art 487, III, CPC.
Se não for alcançada a autocomposição, o prazo para resposta do réu, começa a correr da data da audiência
OS CEJUSCS SÃO RESPONSÁVEIS PELA REALIZAÇÃO DE SESSÕES E AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO. (art. 165 do CPC e art. 7º, da Res. 125/2010-CNJ)
A autocomposição
 ➢ Ação judicial dura, em média, entre 5 a 8 anos. 
➢ Autocomposição é obtida, em média, em 6 meses.
PESQUISADORES DA USP ANALISAM A MEDIAÇÃO E A CONCILIAÇÃO NO PAÍS: “... pesquisadores comprovaram que nos casos de mediação ou conciliação o tempo de tramitação cai pela metade. No entanto, os operadores do direito demonstram pouca fé, quando não resistência a esses instrumentos alternativos.”
CONSTATAÇÕES POSITIVAS DA MEDIAÇÃO - Procedimento construído pelas partes; - Maior acessibilidade; - Grande redução dos custos operacionais; - Maior efetividade do resultado obtido / pacificação social / fidelização cliente…
A petição inicial é o ponto de partida de qualquer ação civil na Justiça brasileira.
 É uma das etapas mais importantes no processo. 
Por meio dela o juiz vai conhecer, pela primeira vez, o teor do que está sendo solicitado.
A petição inicial, como o nome já diz, é o primeiro ato de um processo. 
Trata-se do ato que dá início a uma disputa judicial. 
Ela é o meio pelo qual o advogado leva ao juízo os problemas jurídicos de quem está representando
Na petição inicial, o advogado descreve o que a parte deseja, quais são os fatos e os direitos que embasam esse desejo e disponibiliza espaço para que a outra parte se manifeste, por meio da contestação contrariando ou negando as acusações.
Dessa forma, fica nítida a importância da petição inicial, pois é o primeiro documento que o juiz lerá a respeito da lide da parte interessada.
É a petição inicial que define:
 a narrativa dos acontecimentos;
Quais documentos serão necessários;
Quais serão os possíveis caminhos que o processo irá trilhar
Quais provas serão necessárias e, principalmente;
Qual é a questão abordada no jurídico pela parte que entrou com o pedido.
Conceitualmente, a petição inicial carrega em si dois pressupostos processuais. 
O primeiro deles é o da existência: é partir dela que o autor vai provocar a tutela judicial. Explicando: o poder jurisdicional é um poder inerte, não toma iniciativa. 
Esta é uma característica fundamental para a garantia de imparcialidade. 
Por isso, ele precisa ser provocado. 
E na competência cível, isso é realizado pela petição inicial. Sem ela, não há processo.
Há também o pressuposto processual de validade. 
Uma petição inicial considerada apta possibilita que o processo se desenvolva também de forma apta.
O professor Fredie Didier Jr., autor do Curso de Direito Processual Civil, define a importância da petição inicial
“Como a demanda tem a função de bitolar a atividade jurisdicional, que não pode extrapolar os seus limites (decidindo além, aquém ou fora do que foi pedido), costuma-se dizer que a petição inicial é um projeto de sentença: contém aquilo que o demandante almejaser o conteúdo da decisão que vier a acolher o seu pedido.”
Ou seja, desde o começo do processo ela fixa os limites em que o juiz vai poder atuar. Ele não vai poder conferir um direito superior ou diferente daquele solicitado na petição inicial.
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL
Por sua importância no curso de todo o processo, um modelo de petição inicial não pode ser feito de qualquer maneira.
 Ela deve seguir alguns requisitos formais. Importante também chegar ao juiz de forma mais clara possível, já que é a primeira comunicação a respeito dos fatos e pedidos.
A petição inicial deve ser apresentada em forma escrita — impressa ou digital —, contendo data e assinatura. 
Via-de-regra, será assinada por um advogado. 
Mas existem algumas exceções para isso, como no caso dos juizados especiais. 
Nestes casos, o autor poderá ingressar com o pedido de forma oral na secretaria do juizado, e quem irá reduzir a termo serão os serventuários.
O Novo Código de Processo Civil de 2015 (Lei nº 13.105/15) trata sobre a Petição Inicial em seu Capítulo II, Seção I. No artigo 319, o Novo CPC disciplina os requisitos essenciais da petição inicial, que são:
O juízo ao qual é dirigida;
A qualificação das partes;
Os fatos e o fundamento jurídico do pedido;
O pedido e suas especificações;
O valor da causa;
As provas com as quais o autor pretende demonstrar a veracidade das alegações;
A opção, ou não, de conciliação ou mediação.
Assim, um bom modelo de petição inicial indicará:
I – o juízo a que é dirigida;
O juízo ao qual é dirigida
Deve ser indicado o juízo ao qual a petição é endereçada, por exemplo: “Ao Juízo da 1ª Vara Cível da Comarca de Joinville”.
No Código de Processo Civil de 1973, era solicitado o endereçamento apenas ao juiz, que foi alterado para juízo no Novo CPC. II – os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
Este é o requisito da qualificação das partes. 
É importante para individualizá-las, mostrar ao juiz quem é quem. 
E possibilita que o réu seja localizado.
Autor e réu devem ser qualificados da forma mais completa possível, inclusive com endereço eletrônico, que se tornou requisito essencial com o Novo CPC.
Nos casos em que alguma informação seja desconhecida, o advogado deve informar o juiz, solicitando diligência para que os dados necessários sejam colocados na petição inicial.
III – o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
A petição é o primeiro contato do juiz com os fatos da causa. Por isso, os fatos devem ser apresentados de forma clara, lógica e cronológica. E devem ser fundamentados segundo a doutrina jurídica a fim de mostrar ao juiz quais são os direitos do autor previstos em decorrência desses fatos.
Devem ser narrados os fatos, de forma clara, bem estruturada e respeitando a ordem cronológica. Deve-se tomar o cuidado de não “misturar” as partes durante a narrativa dos fatos, o que pode causar problemas no entendimento do juízo.
Os fundamentos jurídicos são o direito ferido ao qual o autor quer a proteção, baseado na legislação, doutrinas, súmulas e jurisprudências 
 É recomendado que esse item seja divido em dois tópicos: “dos fatos” e “do direito”, para facilitar a leitura e o entendimento.
IV – o pedido com as suas especificações;
Uma vez que o autor se dirigiu a um órgão, qualificou as partes, apresentou os fatos e fundamentos jurídicos, ao final deverá apresentar seu pedido.
 Especificar o que ele quer. 
O pedido deve ter uma relação lógica entre os fatos e fundamentos apresentados.
V – o valor da causa;
O quanto vale este pedido. Necessário também para delimitar o valor das custas processuais, honorários de sucumbência.
Toda causa deve ter um valor estabelecido, mesmo que não tenha conteúdo econômico quantificável. O valor da causa tem uma série de reflexos no decorrer do processo (cálculo das custas, definição do rito), por isso requer atenção no seu cálculo
VI – as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
Aqui, o advogado deverá explicitar como pretende demonstrar a validade dos fatos apresentados.
Mesmo existindo a fase das provas durante o processo, é fundamental que conste, na petição inicial, todos os tipos de prova que o autor pretende produzir (como provas documentais e testemunhais, por exemplo). 
VII – a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação;
Esse item foi estabelecido pelo Novo CPC, devido a sua filosofia conciliatória. O autor deve indicar, já na petição inicial, se tem interesse em realizar a audiência de conciliação ou mediação. 
Embora pareça simples, esse item é outro que merece atenção redobrada, levando em consideração o interesse da parte e os possíveis desfechos da ação.
FORMALIDADES VERSUS VALIDADE
Essas exigências previstas no CPC são formalidades que facilitam o trabalho do Judiciário. Mas elas não podem suplantar em importância o direito ao acesso à Justiça. 
O não cumprimento em si não podem levar ao indeferimento da petição inicial. 
O Artigo 320 estabelece que a petição inicial deve conter os documentos indispensáveis ao processo, tais como: documentos pessoais do autor, a procuração outorgada pela parte ao advogado, contratos, provas etc.
Nos casos em que a petição inicial não atende a todos os requisitos, conforme artigo 321 do CPC, o juiz pode determinar a chamada “emenda da petição inicial”, que nada mais é do que a correção e complementação da mesma.
A possibilidade de emendar a inicial ocorre quando é constatada a existência do chamado “vício sanável”, que são os vícios de menor importância.
 Caso seja necessária a emenda, o Novo Código de Processo Civil determina que o prazo para a correção seja de quinze dias úteis.
Quando se tratar de vício considerado insanável o magistrado, nos termos do artigo 330 do CPC – INDEFERIMENTO DA PI 
Para qualquer advogado, tanto a emenda da petição inicial quanto o indeferimento devem ser evitados, pois podem demonstram despreparo, causando danos à imagem do profissional e do escritório.
QUEM PODE AJUIZAR UMA PETIÇÃO?
Como a petição inicial é o instrumento que começa uma disputa judicial, apresentando ao juiz os problemas, necessidades e requerimentos da parte que entra com a lide, geralmente é o advogado, representando seu cliente, que entra com a petição inicial de um processo.
Entretanto, embora a regra da petição inicial seja um documento escrito, entregue em juízo específico por um advogado que representa uma pessoa física ou jurídica, essas mesmas pessoas podem entrar com a petição inicial por conta própria.
Nos casos de ajuizados especiais, ações de alimentos e ações judiciais contra crimes de violência doméstica, as pessoas podem entrar com uma petição inicial de forma oral, onde a pessoa que entra com a ação fala com o juízo, que formaliza, de forma escrita, a petição inicial. 
PARA FAZER UMA BOA PETIÇÃO INICIAL
Narre os fatos na ordem correta
A petição inicial é o momento onde o advogado explica ao juiz quais foram os fatos que ocorreram para que a parte entrasse em uma disputa jurídica contra a outra parte.
Por isso, narrar os fatos na ordem que eles ocorreram é importante, para que o juiz consiga compreender o que ocorreu, sem a possibilidade de confundir a linha do tempo.
Quanto mais ordenado estiverem os fatos, mais fácil será do juiz compreender as motivações da parte e a gravidade do que ocorreu.
Tenha uma escrita limpa e objetiva
Cada vez mais é comum ver advogados que largam mão de palavras em latim e termos rebuscados para explicar ao juiz o que ocorreu e quais são os pedidos da parte em uma lide.
Entretanto, ter uma escrita objetiva não é a mesma coisa que ser pobre em detalhes. É importante que o advogado utilize todos os recursos linguísticos possíveis para colocar o juiz na situação que a parte que entrou com o processo se encontra, para que o mesmo consiga compreender a causa.
O importante para quem está julgandoé a compreensão dos fatos e dos direitos da pessoa que entrou com o pedido, nada mais.
USE OS RECURSOS NECESSÁRIOS PARA MOSTRAR O SEU LADO AO JUÍZO
A petição inicial é a primeira impressão que o julgador terá da disputa judicial que ocorrerá após ela ser entregue. 
Por isso, é importante que o advogado e a parte estejam bem preparados e mostrem todos os recursos possíveis para convencer o juiz.
Ter uma narrativa bem clara dos fatos, juntar todos os documentos necessários para a comprovação das necessidades, embasar os direitos em jurisprudência, doutrinas e no código específico, tudo isso é muito importante para a ação.
A petição inicial, portanto, é o documento que precisa estar bem caprichado e com o máximo de apontamentos possíveis para favorecer o pedido da parte.
A petição inicial é o documento que começa todo um processo judicial. Tendo esse peso, é notável a importância da mesma para o advogado, para a parte representada e para os julgadores, que, a partir dela, terão uma dimensão das necessidades da parte.
A petição inicial é o documento que começa todo um processo judicial. Tendo esse peso, é notável a importância da mesma para o advogado, para a parte representada e para os julgadores, que, a partir dela, terão uma dimensão das necessidades da parte.
O fato e os fundamentos jurídicos são também conhecidos como causa de pedir. Conforme define Didier (2015, p. 551),
A causa de pedir é o fato ou o conjunto de fatos jurídicos (fato(s) da vida judicializado(s) pela incidência da hipótese normativa) e a relação jurídica, efeito daquele fato jurídico, trazidos pelo demandante como fundamento do seu pedido.[...] Tem, assim, o autor de, em sua petição inicial, expor todo o quadro fático necessário à obtenção do efeito jurídico perseguido, bem como demonstrar como os fatos narrados autorizam a produção desse mesmo efeito (deverá o autor demonstrar a incidência da hipótese normativa no suporte fático concreto).
Vimos, portanto, o que uma petição inicial deve conter para que seja deferida pelo juiz e para que se dê prosseguimento à demanda. Entretanto, pode acontecer de algum dos requisitos formais não ser observado pela parte autora, mas se tratar de algo que possa ser corrigido ou sanado, não justificando que o juiz cancele todo o processo por este motivo, já que ele pode ser consertado pelo autor.
Diante de tal situação, o artigo 321 do CPC determina que quando o juiz verificar que algum dos requisitos dos artigos 319 e 320 está faltando ou apresenta irregularidades capazes de prejudicar o julgamento futuro da demanda, deverá determinar que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, emende ou complete a petição.
Neste caso, o juiz deverá indicar e descrever de modo pormenorizado qual requisito entende estar omisso ou incompleto na petição inicial, demonstrando objetivamente ao autor o que deve ser corrigido para que a petição seja deferida.
Emendar a inicial é, portanto, corrigir um vício apontado pelo juiz como essencial para a solução da lide. Essa determinação pode ser feita quantas vezes o juiz entender necessário, sempre que entender que o defeito é sanável, com o objetivo de evitar que o processo se perca em razão de requisitos formais, os quais são importantes para o processo mas não podem prejudicar a solução de conflitos.
Caso o autor não cumpra a diligência requerida pelo juiz, a petição inicial será indeferida, conforme prescreve o parágrafo único do artigo 321 do CP
Caso não sejam cumpridas tais premissas, a petição inicial será indeferida, conforme autoriza o artigo 321 do CPC, impedindo de modo liminar o prosseguimento da causa, antes que o réu seja ouvido. O momento do indeferimento da inicial é muito importante, pois mata a causa antes mesmo que ela exista e produza efeitos no mundo jurídico. 
Após a praticar outros atos processuais, como a citação do réu, já não é mais possível que se indefira a inicial, pois a demanda já terá iniciado a produção de efeitos no mundo jurídico.
Isso não significa que o juiz não possa extinguir posteriormente o processo por outros motivos processuais verificados após o prosseguimento válido do feito (conforme art. 485 do CPC). Significa apenas que esse é o único momento que o feito poderá ter fim com fundamento no indeferimento da petição inicial.
Conforme lição de Didier (2015, p. 558):
É o indeferimento [da petição inicial] uma hipótese especial de extinção do processo por falta de um “pressuposto processual”. 
A petição inicial válida é um requisito processual de validade, que, se não preenchido, implica extinção do processo sem exame do mérito. Se o defeito se revelar macroscopicamente, é o caso de indeferimento; se o magistrado tiver ouvido o réu para acolher a alegação de invalidade, não é mais o caso de indeferimento, mas sim de extinção com base no art. 485, IV do CPC.
 A distinção é importante, pois o regramento do art. 331 do CPC somente se aplica à decisão que indefira a petição inicial, bem como, sendo liminar a sentença, não se condenará o autor ao pagamento de honorários advocatícios em favor do réu ainda não citado. o indeferimento da inicial não resolve o mérito, possibilitando que a demanda seja novamente proposta caso corrigidos os vícios que motivaram o indeferimento, quando possível. A decisão que indefere a petição inicial apenas declara que aquela demanda, do modo como foi apresentada, não poderá nem mesmo ser apreciada pelo juízo, tendo em vista o fato jurídico que impede o prosseguimento do feito.
Conforme o § 1º do artigo 330 do CPC, a inicial será considerada inepta quando faltar pedido ou causa de pedir; quando apresentar pedido indeterminado não albergado pelas hipóteses legais que permitirem pedido genérico; quando a narração dos fatos não levar logicamente à conclusão ou contiver pedidos incompatíveis entre si.
Observe que os defeitos elencados pelo CPC estão todos ligados a vícios que impedem ou obstaculizam o julgamento do feito, tendo em vista que não é possível que se julgue uma demanda que não explicite o que se pretende, ou que não haja fatos e fundamentos que justifiquem o pedido, ou que formule pedidos que se anulem ou que sejam contraditórios.
A inépcia da inicial decorre da ausência da identificação dos limites e fundamentos da demanda, impossibilitando ao magistrado delimitar a respeito do que, de fato, versa a demanda. Desta forma, torna-se impossível alcançar o mérito da questão, que não pode ser identificado naquela petição inicial inepta. A inépcia é, portanto, uma ausência de possibilidade de identificação e de reconhecimento do que deve ser julgado.
A ausência de pedido ou de causa de pedir impede a delimitação da demanda. O juiz não consegue verificar até onde pode julgar, tendo em vista que diversas informações essenciais estão ausentes ou incompletas, tratando-se de uma demanda obscura.
Ilegitimidade da parte
A ilegitimidade da parte, nos termos do inciso II do artigo 330, verifica-se quando o sujeito indicado como parte na petição inicial não é o titular daquela relação jurídica que está sendo discutida na demanda, seja como autor ou como réu.
É o caso, por exemplo, de uma pessoa pleitear em nome próprio o direito de outrem, ou quando indica-se um réu que não praticou nenhuma ação contra o autor, o que acontece muito quando, na existência de grupo econômico de conhecimento notório, indica-se empresa do grupo que não foi exatamente aquela que estabeleceu a relação jurídica com o autor.
Nesse caso, por se tratar de vício sanável, o ideal é que o juiz determine a emenda da petição inicial, intimando o autor para que indique corretamente a parte que compôs a relação jurídica que está sendo discutida.
Ausência de interesse processual por parte do autor
O interesse processual diz respeito à relação entre o autor da demanda e o objeto da demanda: o bem pretendido. É a definição entre o que está sendo pedido e o direito e necessidade que o autor tem de pedir aquele bem jurídico.
Também diz respeito à relação da parte com o processo. Não há interesse processual, nos termos do inciso III do artigo 330, quandoo processo não seria necessário para a obtenção do pedido ou quando o procedimento adotado não é o meio adequado para fazer aquele pedido.
Se há questão bem estabelecida no direito processual civil brasileiro é o direito de resposta do réu por meio da contestação. Esta, como preleciona o jurista Humberto Theodoro Júnior (2014), é a principal peça de defesa a ser manejada para opor-se, formal ou materialmente, à pretensão deduzida em juízo pelo autor. Consagrada pela Constituição Federal por meio do princípio do contraditório (art. 5º, LV), trata-se de porto seguro, instituto solidamente estabelecido, por assim dizer.
Didier Júnior (2015, p.637), por exemplo, ensina que “a contestação está para o réu como a petição inicial está para o autor. 
Trata-se do instrumento da exceção exercida (exercício do direito de defesa), assim como a petição inicial é o instrumento da demanda (ação exercida
Em palavras mais simples, proferidas pelo próprio jurista, “é pela contestação que o réu apresenta a sua defesa”.
Frustração da tentativa de solução do processo por autocomposição, ocorrido na audiência preliminar de conciliação ou mediação. 
A contestação é oportunidade que o réu tem de apresentar a sua resposta a demanda.
No procedimento comum a contestação é escrita, deve ser assinada pelo advogado ( capacidade postulatória) membro do MP ou Defensor.
A contestação é a resposta defensiva do réu, representando a forma processual pela qual o réu se insurge contra a pretensão do autor.
 O prazo de contestação é de quinze dias, contados: (i) da audiência de conciliação quando não houver autocomposição. 
Os requisitos da contestação são semelhantes aos da petição inicial: nome e prenome das partes (qualificação não é necessária, se corretamente já feita na inicial); o endereçamento ao juízo da causa; documentos indispensáveis; requerimento de provas; dedução dos fatos e fundamentos jurídicos da defesa.
 A contestação deve vir em forma escrita, excepcionada as hipóteses da contestação nos Juizados Especiais Cíveis, que pode ser feita pela forma oral. (DIDIER JR, 2015, p. 655).
Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.
O réu deve alegar tudo que puder na contestação, caso não faça, perderá a oportunidade, sob pena de preclusão. 
O réu pode cumular defesas, assim como o autor pode cumular vários pedidos. 
Poderá fazer uma cumulação eventual de defesas, quando a outra anteriormente formulada não for acolhida.
O ART 337 lista um rol de defesas processuais que devem ser apresentadas antes da contestação, ou seja, antes do réu discutir o mérito do processo. São chamadas de defesas de admissibilidade, são elas:
Inexistência ou nulidade de citação: trata-se de defesa dilatória, pois o máximo que o réu poderá conseguir com o acolhimento da sua alegação é a renovação do prazo para a apresentação da sua resposta.
Incompetência do juízo, o direito de o réu alegar incompetência no foro do seu domicílio: a incompetência, absoluta ou relativa, será alegada na contestação. Não há mais a diferença que existia ao tempo do CPC/1973, quando a incompetência relativa teria de ser alegada em um instrumento distinto da contestação. O art. 340 determina que, "havendo alegação de incompetência relativa ou absoluta, a contestação poderá ser protocolada no foro de dom icílio do réu, fato que será imediatamente comunicado ao juiz da causa, preferencialmente por meio eletrônico".
Incorreção do valor da causa: na contestação, o réu apresenta a sua impugnação ao valor atribuído à causa pelo autor.
Inépcia da petição inicial: os casos de inépcia da petição inicial devem ser apontados pelo réu, em sua defesa. 
Como a inépcia se relaciona ao pedido ou à causa de pedir, o silêncio do réu, na defesa, pode levar ao entendimento de que ele conseguiu defender-se do que foi pedido e, assim, não seria mais caso de rejeitar a petição inicial por esse defeito.
Perempção, litispendência e coisa julgada: trata-se [...] de requisitos processuais negativos, pois são fatos que não podem ter ocorrido para que o processo se instaure regularmente.
Conexão e continência: o inciso VIII do art. 337 do CPC determina que cabe ao réu, em sua defesa, alegar conexão. 
O dispositivo também se aplica à continência, que é espécie de conexão.
Incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização: são todos defeitos relacionados à capacidade processual (capacidade para estar em juízo).
Alegação de convenção de arbitragem: Na contestação, cabe ao réu o ônus de alegar a existência de convenção de arbitragem (art. 337, X, CPC). A existência de convenção de arbitragem (cláusula compromissória ou compromisso arbitral) é fato jurídico que o ó rgão jurisdicional não pode conhecer de ofício (art.337, §5º, CPC). A ausência de alegação de convenção de arbitragem pelo réu, na contestação, será considerada como aceitação da jurisdição estatal e consequente renúncia ao juízo arbitral.
Ausência de legitimidade ou de interesse processual: o inciso XII do art.337 do CPC permite que o réu alegue ilegitimidade ou falta de interesse processual.
Falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar: o inciso XII do art. 337 autoriza que o réu alegue, na contestação, a falta de caução ou de outra prestação que a lei exigir como preliminar. São exemplos de deste tipo de defesa: não pagamento de honorários advocatícios de processo extinto sem resolução do mérito, quando o autor intente a mesma ação (art. 486, §2º, CPC); e não pagamento das custas processuais (art. 290, CPC).
Indevida concessão do benefício da gratuidade concedido ao autor: diferentemente do que acontecia ao tempo do CPC/1973, o requerimento de revogação da justiça gratuita concedida ao autor tem de ser apresentado pelo réu na própria contestação, e não em peça avulsa - inciso XIII do art. 337.
Necessário salientar que existem defesas que têm de ser alegadas fora da contestação e que podem ser alegadas depois da contestação. Sobre tal tema o próprio Didier Júnior preleciona que “há, no entanto, defesas que a própria lei impõe sejam alegadas em peça distinta da contestação”, a exemplo da arguição de impedimento ou suspeição do juiz, membro do Ministério Público ou auxiliar da justiça (DIDIER JR., 2015, pág. 649).
Não se admite a formulação de defesa genérica, isto significa que o réu não pode apresentar a sua defesa com a negativa geral das alegações de fato apresentadas pelo autor; cabe ao réu impugná-las especificadamente, sob pena de a alegação  ser havida como verdadeira. 
Ao autor cabe formular sua demanda de modo claro e determinado; idêntica razão impõe a regra que veda a contestação genérica.
Prestigiam-se, assim, o princípio da cooperação (art. 6°, CPC) e, consequentemente, o princípio da boa-fé processual (art. 5º, CPC). 
A regra aplica-se, por analogia, à réplica, ou seja, cabe ao autor impugnar especificadamente os fatos novos suscitados pelo réu em sua defesa, sob pena de admissão e, portanto, de incontrovérsia do fato, cuja prova se dispensa (art. 374, III, CPC). Também se aplica à regra aos recursos, em que cabe ao recorrente impugnar especificadamente a decisão recorrida, sob pena de não conhecimento do seu recurso.
Poderá ser indeferida se for, intempestiva ou se não ficar comprovada a regularidade da representação processual da parte ( falta de documentos que comprovem aptidão para ser sócio.
Réu, sem advogado, petição não será indeferida, deve o juiz nomear advogado dativo. 
Réu incapaz, juiz deve nomear curador especial. 
O aditamento da contestação acontece quando se faz necessário aditar a contestação para acrescentar defesas que podem ser alegadas após o prazo de resposta do réu.
Permite impugnar os fatos narrados pelo autor na petição inicial; 
quer seja diretamente ao direito material do autor, quer de maneira indireta, demonstrando os fatos modificativos, impeditivos ou extintivos do direito do autor.image1.png
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