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Tema 04 – As salas de recursos 
multifuncionais nas escolas regulares e 
o atendimento às famílias 
Bloco 1
Profª Mª Taís Buch Pastoriza
AEE para a Sala de 
Recursos Multifuncionais
W
BA0223_V1.0
Relação família e escola
• Parceria entre a família e o professor/escola.
• “Mais importante que a caracterização da 
deficiência, das dificuldades ou limitações é 
procurar compreender a singularidade da 
história de vida de cada criança, suas 
necessidades, seus interesses, como 
interagem, como se relacionam com 
as pessoas, com os objetos e com o 
conhecimento” (CIA; RODRIGUES, 2014, 
p. 84).
A família do aluno com deficiência (TGD)
Compreendendo a relação familiar
• Nascimento da criança fora do “padrão 
cultural de normalidade”.
Crise de identidade grupal 
• Representações anteriores se deterioram. 
• Desconstrução brusca das expectativas.
• Sentimento semelhante ao luto 
(simbolicamente o filho esperado ‘morreu’).
Fonte: Glat (2012, p. 316).
• Oscilação de sentimentos > afeta o 
relacionamento entre os membros;
Há fases cíclicas (não lineares 
cronologicamente): 
• 1ª reação: choque/ negação do diagnóstico;
• 2ª reação: “luto pelo filho idealizado”.
A família do aluno com deficiência (TGD)
Compreendendo a relação familiar
Tristeza, desesperança, principalmente para 
aqueles que não contam com uma rede de 
suporte. 
Fonte: Glat (2012, p. 317).
A família do aluno com deficiência (TGD)
Compreendendo a relação familiar
“Com o tempo, porém, a maioria das famílias 
consegue, de uma forma ou de outra, aceitar 
realisticamente a situação, incorporando 
este filho especial à estrutura familiar, 
adaptando-se e buscando alternativas 
terapêuticas, educacionais e sociais de 
suporte” (GLAT, 2012, p. 318).
A família do aluno com deficiência (TGD)
Compreendendo a relação familiar
• Problema: muitos médicos e profissionais 
da saúde, ao transmitirem o diagnóstico, 
ressaltam mais os aspectos negativos 
(“incapacidades”).
• Frequentemente não fazem qualquer 
referência a suportes terapêuticos e 
educacionais que as auxiliem no 
planejamento da vida de seu filho”. 
A família do aluno com deficiência (TGD)
Compreendendo a relação familiar
• Raramente a família é orientada sobre as 
possibilidades de aprendizagem e 
tratamento (GLAT, 2012, p. 319).
A família do aluno com deficiência (TGD)
Compreendendo a relação familiar
• As dificuldades geradas e a insegurança 
das famílias podem gerar uma atitude de 
superproteção em relação a eles.
• Caso não trabalhada, pode limitar as 
possibilidades de desenvolvimento dos 
sujeitos/autonomia e independência.
• Relação com estereótipo da pessoa com 
deficiência como um ser frágil, impotente, 
“eterna criança” (GLAT, 2012, p. 320).
A família do aluno com deficiência (TGD)
Compreendendo a relação familiar
• É importante atentar-se para as relações 
estabelecidas entre a família e os 
diferentes serviços educacionais e clínicos 
que o filho com necessidades educacionais 
especiais frequenta. 
• Expectativas e objetivos de ambas as 
partes precisam ser compreendidos e 
acordados (GLAT, 2012, p. 321).
A família do aluno com deficiência (TGD)
Compreendendo a relação familiar
Atitudes das famílias que 
atrapalham o atendimento
1. Pais que não acreditam no potencial de 
aprendizagem e desenvolvimento do seu 
filho (geralmente influenciado pelos 
profissionais, como já abordado).
2. “Pensamento mágico” – confundem 
progresso com cura (GLAT, 2012, p. 321).
Atitudes dos professores que 
atrapalham o atendimento
• Progressos que parecem “pequenos” > 
profissional passa a questionar sua 
“vocação” ou competência.
• Ou perde a noção do progresso relativo e 
param de investir em novos programas e 
procedimentos > estagnação do 
atendimento.
Relação família e escola
• Para reverter isso, é fundamental a 
parceria entre a família e a escola desde 
o início do atendimento.
• Sobre essa parceria, trataremos no 
segundo bloco.
Referências bibliográficas
GLAT, Rosana. Orientação familiar como estratégia facilitadora do 
desenvolvimento e inclusão de pessoas com necessidades 
especiais. In: A pesquisa sobre a inclusão escolar em suas múltiplas 
dimensões. Abpee. 2012.
BRASIL. MEC. SEESP. Sala de recursos multifuncionais: espaço para 
atendimento educacional especializado. Brasília, 2006.
CIA, Fabiana; RODRIGUES, Roberta Karoline Gonçalves. Ações do 
professor da sala de recursos multifuncionais com os professores 
das salas comuns, profissionais e familiares de crianças 
pré-escolares incluídas. Dossiê Temático. 2014. Disponível em 
http://periodicos.uesb.br/index.php/praxis/article/viewFile/2891/2573. 
Acesso em: 19 Abr 2017.
Tema 04 – As salas de recursos 
multifuncionais nas escolas regulares e 
o atendimento às famílias 
Bloco 2
Profª Mª Taís Buch Pastoriza
AEE para a Sala de 
Recursos Multifuncionais
Importância da relação família e 
escola na inclusão
Segundo Glat (2012, p.323), [...] o nível de 
inclusão que este indivíduo pode vir a 
desenvolver depende, em grande medida, da 
disponibilidade da sua família em lhe 
permitir participar de diferentes 
ambientes e relações sociais, apesar de 
todas as barreiras físicas e sociais existentes”.
Relação família-escola
• As famílias, quando se sentem ouvidas 
e acolhidas, se predispõem a participar 
mais ativamente, a ouvir e aprender 
(MENDES, 2010).
• A relação entre família-escola poderá ser 
estabelecida quando estes dois âmbitos 
estiverem se expressando na mesma 
linguagem, com os mesmos interesses e 
buscando caminhar na mesma direção.
Relação família-escola
• É importante que o professor não 
estabeleça a posição de especialista, 
mas que considere os saberes da família.
• Deve existir uma credibilidade e confiança 
mútua.
Relação família e a escola
• Necessidade de “encontros” mais 
frequentes com os pais para que se
possa informá-los e discutir sobre todas as 
mudanças e adaptações realizadas no 
ambiente escolar (CIA; RODRIGUES, 2014).
Relação família e a escola
• Caso não seja possível, pela rotina da 
família, um maior contato presencial com 
ela, deve-se estabelecer outras formas 
de comunicação, como bilhetes, 
telefonemas, agendas, etc.
Atribuições do professor 
em relação à família
• As Diretrizes Operacionais do AEE 
(Brasil,2009) estabelecem como 
atribuições do professor:
§ Orientar as famílias sobre os 
recursos pedagógicos e de 
acessibilidade utilizados pelo aluno;
§ Ensinar e usar a tecnologia 
assistiva de forma a ampliar 
habilidades funcionais dos alunos, 
promovendo autonomia e participação;
Atribuições do professor 
em relação à família
§ O recurso de TA acompanha o aluno em 
todos os ambientes que se fizer 
necessário (escola, contexto familiar, 
comunidade), cabendo ao professor do 
AEE orientar as pessoas envolvidas com 
o aluno para que tenham conhecimento 
sobre a função do recurso. 
Acompanhamento do trabalho 
pedagógico pela família
• É preciso que haja um “[...] intercâmbio 
de informações, transmitir, numa visão 
realista, sejam maiores ou menores os 
avanços alcançados pelas crianças” 
(PANIAGUA, 2004 apud CIA; RODRIGUES, 
2014, p. 96).
Atribuições do professor do AEE
• Segundo Oliveira e Padilha (2013) é 
importante também que o professor do 
AEE realize:
• Avaliações no contexto escolar e familiar 
de forma a identificar as necessidades 
educacionais das crianças.
• Acompanhamento da criança, promovendo 
encaminhamentos e intercâmbios com os 
profissionais da saúde.
Atribuições do professor do AEE
• Promover atividades e espaços de 
participação da família (BRASIL, 2009).
Relação Família e Escola na 
Educação Infantil
A relação entre a educação especial e a 
educação infantil na escola regular deve 
ocorrer em três formas de atendimentos 
que são complementares, segundo Oliveira 
e Padilha (2011):
• Momento individual: contatos e 
interação com a família e a avaliação do 
desenvolvimento da criança e suas 
condições de vida;
Relação Família e Escola na 
Educação Infantil
• Momentogrupal: intervenção 
propriamente dita com a criança, que é 
considerada mais eficaz quando as ações 
ocorrem em contexto grupal, propiciando 
interações e aprendizado entre as próprias 
crianças, além das interações entre a 
criança e o adulto;
Relação Família e Escola na 
Educação Infantil
• Trabalho conjunto com a família, de 
forma a fornecer o suporte necessário ao 
atendimento às necessidades cotidianas 
das crianças.
Relação Família e Escola na 
Educação Infantil
• No caso da educação infantil, 
especialmente, a parceria com os pais é 
primordial, inclusive para dar 
continuidade ao processo de 
estimulação que é oferecido à criança e 
que interfere em seu desenvolvimento.
Relação Família e Escola na 
Educação Infantil
• “É importante que o professor da educação 
infantil esteja aberto e disposto a realizar a 
escuta e acolhida dos desejos e das 
intenções, interpretar as expressões, 
os sentimentos, as diferentes formas de 
ação e comunicação” (CIA; RODRIGUES, 
2014, p. 84).
Relação Família e Escola na 
Educação Infantil
• Para isso, o professor necessita do apoio 
e cooperação contínuos da família para 
que juntos possam estabelecer 
estratégias que favoreçam o processo de 
desenvolvimento e aprendizagem dessas 
crianças (BRASIL, 2006).
Referências bibliográficas
BRASIL. MEC. SEESP. Sala de recursos multifuncionais: espaço para 
atendimento educacional especializado. Brasília, 2006.
_______. Resolução Nº 4, de 2 de outubro de 2009. Institui Diretrizes 
Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na 
Educação Básica, modalidade Educação Especial. Brasília, 2009.
CIA, Fabiana; RODRIGUES, Roberta Karoline Gonçalves. Ações do professor 
da sala de recursos multifuncionais com os professores das salas 
comuns, profissionais e familiares de crianças pré-escolares incluídas. 
Dossiê Temático. 2014. Disponível em http://periodicos.uesb.br/index.php/
praxis/article/viewFile/2891/2573. Acesso em: 19 Abr 2017.
MENDES, E.G. Inclusão marco zero: começando pelas creches. 1. ed. 
Araraquara: Junqueira & Martin, 2010. p. 303.

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